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QUESTÃO 1: Diferencie a Didática Instrumental de uma Didática Fundamental, tomando por base a
chamada “nova didática”.
CANDAU, Vera Maria. (org). A didática em questão. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
CANDAU, Vera Maria. (org). Rumo a Nova Didática. 8. ed. São Paulo: Vozes, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 25 ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
QUESTÃO 2: “A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor quanto dos alunos”. Explique esta afirmativa, analisando o papel da avaliação para a análise
crítica do professor sobre sua própria prática.
LUCKESI, Carlos C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2011.
Partindo do princípio que medir é um processo descritivo e avaliar é um método interpretativo, sob o
ponto de vista da própria prática do professor, a afirmação acima demostra que a avaliação é uma tarefa
didática necessária e permanente do trabalho docente, que não deve ser encarada como um instrumento de
medida, mas como um processo circular, que começa e termina conectado com os objetivos educacionais,
além de acompanhado passo a passo a fim de que o processo de ensino / aprendizagem a fim de constatar
progressos, dificuldades e reorientar correções necessárias. Dessa maneira, mais do que atribuir notas, mas
traduzir os anseios dos educadores, em geral, de como avaliar na escola, podemos considerar que o
mecanismo de avaliação deve ser concebido sempre à luz da interação (conjunto) professor e aluno, onde os
resultados obtidos, contribua para a reflexão sobre o nível de qualidade tanto de um (professor) quanto de
outro (aluno). Na trajetória docente, uma avaliação adequada deve ser pautada em critérios planejados e
bem executados capazes de promover sempre uma reflexão sobre a ação do professor e o indivíduo que a
escola se propõe formar. Compreende-se, assim, que ao submeter a mensuração a uma apreciação
qualitativa, toda avaliação passa a cumprir as suas autênticas funções, que são: pedagógico-didáticas, de
diagnóstico e de controle em relação a verificação do rendimento escolar. Nessa via de mão dupla, que
revela o aproveitamento dos alunos, auxilia o professor na tomada de decisões e os rumos do processo
ensino / aprendizagem a serem seguidos, a avaliação passa a ser concebida a partir de uma mútua relação
entre os aspectos quantitativos e qualitativos e não apenas como uma simples atividade simples de
realização de provas e aquisição de notas.
QUESTÃO 3: Faça uma crítica ao uso exagerado da aula expositiva no ensino superior, selecionando e
analisando outras estratégias de ensino apresentadas nesta Aula, discutindo suas vantagens nas práticas de
ensino na Universidade.
GIL, Antônio Carlos. Metodologia do Ensino Superior, 3º ed. São Paulo, Atlas, 1997
Apesar dos avanços da prática pedagógica na atualidade, oriundos de uma nova forma de ensinar e
aprender, é bastante plausível hoje em dia, que na Universidade, as salas de aula devem ser compreendidas
como espaços para dúvidas, leituras, interpretações de textos, trabalhos em grupo, poesias, músicas,
observações, vídeos etc. Tendo como referência o método tradicional, a ausência desses criativos e
inovadores mecanismos de ensino / aprendizagem em sua própria formação, muitos professores da
educação superior, acabam reproduzindo, direto ou indiretamente, antigas práticas docentes, que priorizam
exageradamente aulas expositivas transmitidas das fichas do professor para o caderno do aluno. Sem
defender ou criticar o seu uso, acreditamos em aula expositiva pode ser empregada, por exemplo, quando há
necessidade de o professor transmitir um determinado conhecimento através de uma estrutura lógica e com
economia de tempo; quando o professor busca introduzir um novo conteúdo apresentando a partir de
conceitos básicos e com uma visão global do assunto; ou ainda, quando o professor procura fazer uma
síntese do conteúdo abordado numa unidade. Todavia, cabe o docente numa aula expositiva planejar os seus
objetivos com clareza e precisão; selecionar as informações e organizar uma sequência de idéias em função
do tempo que dispõe; escolher e criar exemplos adequados; prever materiais e recursos a serem utilizados;
elaborar um esquema ou sumário dos conteúdos a serem tratados; além de distribuir proporcionalmente os
assuntos em tempo hábil. Dessa forma, numa aula expositiva, pode o professor, para atingir os seus
objetivos previamente planejados, apresentar o assunto e mostrar sua ligação com temas já estudados ou
conhecidos; a partir de experiências anteriores , introduzir o novo conteúdo; busque o interesse dos alunos;
seja objetivo e preciso; destaque as idéias mais importantes; dê exemplos relacionados à vivência dos
alunos; estimule a participação dos alunos; use uma linguagem simples e direta; dialogue com desembaraço
e entusiasmo; use de humor quando achar oportuno; use , sempre possível, de recursos audiovisuais; sinta e
perceba a classe; intercale a exposição com exercícios; por fim, conclua a exposição enfatizando as
principais ideias. Além das aulas expositivas, o professor do ensino pode também fazer uso, amplamente
recomendado, da discussão. Além de provocar um verdadeiro divertimento intelectual, ela favorece a
reflexão, promove novos conhecimentos, retrata diversos ângulos sobre um mesmo assunto; dar
oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras; ajuda os alunos a se tornarem
mais conscientes e facilita a aceitação de informações ou teorias contraias às crenças tradicionais ou idéias
prévias. Em geral as discussões podem ser realizadas com a turma toda (requer do professor uma série de
habilidades didáticas); seminários (no qual um ou mais alunos ficam responsáveis de fazer uma pesquisa
sobre algum assunto; ou ainda, em pequenos grupos (o aluno fala, escuta, analisa e sintetiza as idéias
expostas discutidas a partir de algumas técnicas, tais como: fracionamento, painel integrado, grupos de
verbalização e de observação ou grupos de cochicho). Pode também o docente do ensino superior fazer o
uso de simulações pelos quais os alunos assumem situações reais que possibilitam um feedback imediato
das consequências de seus comportamentos, atitudes e decisões. Das diversas modalidades de simulações,
como estratégia pedagógica, destacamos a demonstração (comprovação por meio de um raciocínio
concludente); estudo de caso (consiste em apresentar fatos ou resumos narrativos de situações ocorridas em
empresas, órgãos públicos ou em outras instituições com vistas à análise dos alunos); e a dramatização
(consiste na representação, pelos alunos, de um fato ou fenômeno, de forma espontânea ou planejada). Além
disso, em meio as diferentes situações do processo ensino/aprendizagem, integrada a uma proposta didática,
o docente do ensino superior pode dispor de algum instrumentos, sinais e símbolos nas aulas. Dos diversos
recursos, destacamos os meios impressos (livros, periódicos, apostilas e histórias em quadrinhos); recursos
visuais (quadro de giz, flanelógrafo, quadros, cartazes, gravuras, modelos, fotografias, álbum seriado, mural
didático, gráficos, diagramas, mapas e transparências), auditivos (rádioe e cds) e audiovisuais (dvd e
televisão). Por fim, nos dias atuais, como não falar do uso dos computadores na educação. No cotidiano da
universidade, como ferramenta, o professores e alunos podem digitar textos, desenvolverem tabelas,
apresentações etc. Em contrapartida, como metodologia de aprendizagem, tanto professor quanto aluno
podem elaborar e realizar exercícios (programas de exercícios); monitorar o processo de aprendizagem do
aluno (programas de monitoramento); reproduzir, de forma artificial, fenômenos e leis naturais
(programas de simulação); demostrar leis físicas, fórmulas químicas e conceitos matemáticos (programas
de demonstração); apresentar um ambiente no qual o jogador, conhecedor de algumas regras, adota um
papel e vai ensaiando estratégias (jogos). Outra interface da universidade é a internet. Por elas muitos
professores solicitam aos alunos pesquisa, além de atividade a distância (EAD). Em todas estas medidas se
evidencia que na prática superior docente é urgente a não conformidade, mas a busca pela inovação e a
criatividade. Tal capacidade é um elemento fundamental para a renovação de ideias e atitudes capazes de
fazer da universidade um verdadeiro ambiente de ensino e aprendizado.
QUESTÃO 4: Procure refletir sobre as experiências de aula que você já vivenciou com a utilização de TV
e vídeo. Relate as características de uma experiência de sucesso e compare com uma experiência de fracasso
na utilização deste recurso.