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Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos

ÁGORA
Em Agenda
160
Nov. / Dez. 2010

11 de Dezembro:
Concerto - Rão Kyao e
convidados
18 de Dezembro:
Festa de Natal -
Projecto Intervir
21 de Dezembro:
Festa de Natal do
Centro
26 de Dezembro:
Feira das Velharias

Todas as 4ªs Feiras


Feira do Vende Tudo

AGENDA 2011
Já à venda!

Rão Kyao e Convidados


Agenda

2011
Ano
Europeu do
Voluntariado
Concerto de Angariação de Fundos
O Colégio Marista cede-nos o seu auditório e Rão Kyao cede-nos o seu talento e o seu
tempo. Vai acontecer dia 11 de Dezembro pelas
21h30 e Rão Kyao convida Dany Silva,

Distribuição
Janita Salomé e alguns músicos para co-
Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos laborarem com a nossa causa.
As verbas que daqui resultarem serão
Formato A5
6 euros
direccionadas para a construção da nova
creche do Centro (p. 3).
Gratuita
Venha visitar-nos em www.centrocomunitario.net e em http://centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com
Agenda 2011 já
A
Agenda 2011 sobre o Ano Europeu do Voluntari-
ado está finalmente disponível para venda no
à venda! Centro Comunitário, paróquia, livraria bulhosa
no Oeiras Parque e em vários pontos do comércio local.
De formato A5, organização semanal e por apenas 6€,
esta agenda é uma forma de homenagearmos e agra-
decermos a todos os voluntários que têm contribuído
para que o Centro cresça e diversifique os seus serviços
em prol da comunidade.
Em 2011 vamos inaugurar o novo edifício, que contem-
pla uma creche para 60 crianças dos 0 aos 3 anos, bem
como a melhoria das condições para todos aqueles que
frequentam o Centro, dando mais qualidade à acção
que temos desenvolvido.

Cada exemplar custa 6€ e será o contributo de cada


um de nós para esta obra que é de todos!o

Venda de Natal Venda


C de Natal
Como acontece todos os anos, o Centro vai
organizar uma Venda de Natal de 8 a 12 de
Dezembro para angariação de fundos.
Dias 8, 9 e 10 de Dezembro estaremos no Salão Pa-
roquial da Igreja de Carcavelos das 10h às 13h e das Centro Comunitário P. Carcavelos
14h30 às 20h.
Nos dias 11 e 12 de Dezembro poderão visitar a nos-
sa venda, no mesmo local, das 9h às 20h.
8, 9 e 10 Dezembro
No espaço reser- Das 10h às 13h e das 14h30 às 20h
vado ao Centro
Ficha Técnica: Comunitário en-
Coordenação:
contrará produ- 11 e 12 Dezembro
Natércia Martins tos de artesanato Das 9h às 20h
muito originais
Redacção:
Susana Teodoro doados pela co- Local: Salão Paroquial da Igreja de Carcavelos
Layout e Grafismo: munidade.
Susana Teodoro
Revisão: Agradecemos a Angariação de Fundos para a construção do novo edifício
Mário Marfim, Conceição Fernando todos os que par- Av. do Loureiro, 394, 2775-599 Carcavelos
Colaboraram neste número: Tel. 21 457 89 52 * ccpc@netcabo.pt
Cátia Silva, Catarina Guedes Barroso ticiparam nesta http://centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com
e Fernando Fradique. causa! www.centrocomunitario.net
Propriedade:
Centro Comunitário da Paróquia de
Carcavelos No dia 4 de Dezembro o Centro estará na venda de Natal do Colégio
Av. do Loureiro, 394
2775-599 Carcavelos St Dominic’s International School, das 11h às 16h, onde poderá en-
Tel: 214 578t 952 contrar a Agenda de 2011, bilhetes para o Concerto de Rão Kyao a
Fax: 214 576 768
Email: ccpc@netcabo.pt 11 de Dezembro, produtos de artesanato do AJAC (a associação de
Visite-nos em jovens artesãos existente no Centro), e outros produtos concebidos
www.centrocomunitario.net
centrocomunitariocarcavelos.blogspot.com para o efeito.o

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Angariação de Fundos
Rão Kyão e convidados

É
já dia 11 de Dezembro! O Colégio Marista
cede-nos o excelente auditório e Rão Kyao
o seu talento e o seu tempo.
O espectáculo irá também contar com outros
músicos, convidados por Rão Kyao: Dany Silva,
Janita Salomé, Sofia Varela, entre outros.
Todas as verbas destinam-se à ampliação
do Centro Comunitário, que contempla uma
creche para cerca de 60 crianças.
Ouça boa música e colabore nesta causa! o

Dia de São Martinho


E
ste ano, para além do baile de São Mar-
tinho, já habitual no Centro Comunitário,
algumas senhoras do Espaço Sénior foram
convidadas a ir à Escola Básica dos Lombos para
ajudar as crianças a confeccionar doces para a
festa de São Martinho.
Aida Carvalho, Susana Casaleiro, Leonor Pereira,
Ilda Lourenço, Mercedes Sousa e Fátima Carones
(estagiária do Espaço Sénior) aceitaram este de-
safio e participaram nesta iniciativa inter-gera-
cional.
Durante a manhã do Dia de São Martinho, na
Escola Básica dos Lombos, fizeram-se trufas, sa-
lame e sumo de Laranja, em “linhas de monta- Leonor Pereira ajuda a fazer sumo de laranja
gem” cuidadosamente fabricadas para que todos
os alunos pudessem participar na experiência.
Depois da culinária, crianças e seniores foram
aprender uma canção sobre as castanhas e ver
um filme sobre “A lenda de S. Martinho” e a
“História da Maria Castanha”. Os alunos presen-
tearam as “nossas” seniores com uma lembran-
ça e com a promessa de que esta iniciativa seria
para repetir.
À tarde no Centro, a nossa festa de São Martinho
contou com cantares, músicas, rifas e prémios,
danças e a animação do costume.
Para terminar o dia em grande, os seniores
seguiram para o Espaço ABC, onde a festa pôde
continuar e contar com os pais das crianças desta Os cantares de Mª Vieira Emídio, Aida Carvalho, Ilda Gama e
actividade.o Fernando Silva

3
Festa de Natal em preparação
A
recolha de géneros ali- Guias de Carcavelos vai orga- serão distribuídas prendas às
mentares e produtos nizar um jantar no sentido de crianças, existindo também um
para bebé já começou. O angariar fundos para esta inicia- espectáculo de animação.
objectivo? Conseguir, neste mês tiva. Estão também a ser feitos Ainda vai a tempo de entregar
de Natal, um cabaz com alimen- diversos apelos ao comércio e às a sua contribuição para esta
tos da quadra festiva para as pastelarias locais no sentido de causa. Seja em géneros alimen-
famílias apoiadas pelo Projecto contribuírem com géneros para tares, produtos para bebé ou
Intervir do Centro Comunitário. a festa de natal e para os caba- mesmo ideias que ajudem na
Para além disso prepara-se tam- zes. angariação de fundos. Colabore
bém uma festa Depois de recolhidos connosco!o
especialmente os produtos, é tempo
direccionada
para as crian-
de recrutar volun-
tários para construir
Cada cabaz tem:
1 lt de Azeite
ças que fazem os cerca de 100 caba- 1 kg de Arroz
parte do pro- zes que vão ser ofe- 1 lt Vinagre
jecto. recidos às famílias. Já 1 kg Bacalhau
Procura-se que prontos, os cabazes 1 kg Açúcar
toda a comuni- vão ser distribuídos 1 kg Batatas
dade se envol- de duas formas: du- 2 lt de Leite
va nesta inicia- rante a festa de natal, 1 kg de fruta em calda
tiva. A Paróquia e, no caso das famí- 1 kg de farinha
esparguete
de Carcavelos faz a recolha dos lias que não puderem ir à festa,
Frutos Secos
alimentos que integram os caba- serão entregues directamente 2 Latas de Salsichas
zes até ao dia 12 de Dezembro. nas suas casas, com o apoio de 2 Latas de Atum
Algumas escolas do concelho de voluntários, fundamentais para Chocolates
Cascais desenvolveram projec- fazer o transporte dos alimen- Fraldas e artigos para
tos de turma para formar caba- tos. Bebé
zes completos para entregar às Na festa de Natal, para além de Bolo Rei
famílias. A 1ª Companhia de serem oferecidos os cabazes,

Feira do Livro N
o dia 14 de Novembro realizou-se a
primeira Feira do Livro do Centro Comu-
nitário de Carcavelos, onde se conseguiu
angariar 1234,60€.
Para além de livros, os compradores ainda pu-
deram escolher brinquedos, quadros e até doces
e compotas!
Agradecemos aos colaboradores e voluntários que
tornaram possível esta iniciativa!o

A equipa: (em cima) Alexandre Nicolau, Abaris Silva, Isa-


bel Nicolau, Josefina Pereira, Pureza Rodeia, Sr. Cabrita;
(em baixo) Luís Constantino e Fabiana Raquel Nicolau

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ABC e a Vida
Já sairam as primeiras duas edições do novo jornal do ABC!

E m Novembro sairam as duas primeiras edições do


Jornal do Espaço ABC, “ABC e a Vida”, que vêm dar a
conhecer um pouco do quotidiano deste espaço de
aprendizagem.
O número zero veio mostrar aos pais das crianças o anda-
mento das obras do novo edifício do Centro. Também pu-
deram saber que o Espaço ABC apoia a Pegada Verde, o
movimento ecologista do Centro, através de uma pequena
horta cultivada nos terrenos do Centro.
Também a cidadania tem marcado presença nas salas do
ABC. As crianças fizeram uma maqueta da escola que con-
sideravam ideal. O resultado foi uma elaborada e colorida
maqueta com o detalhe de verdadeiros arquitectos.o

O número 1 deu a conhecer o cabaz de Natal que está


a ser preparado para doar às famílias apoiadas pelo
Centro. Nas aulas de cidadania, foi pedido às crianças
que escrevessem o que achavam que era um cidadão antes
mesmo de lhes ser descrito o conceito. Este foi o resultado:

O que é um Cidadão?
“Nunca ouvi esta palavra.” - Francisca, 3º ano
“Não sei!” - Beatriz, 1º ano
“É uma pessoa baixa e boa.” - Maria do Mar
“É brincar e aprender.” - Tomás Brito, 1º ano
“Não sei! Acho que é um papão porque o nome é como
ladrão!” - Francisco 1º ano
“Para mim é muita coisa! É uma pessoa que trabalha todos os
dias e que vive o máximo a vida!” - João Afonso, 4º ano
“É uma pessoa importante, ajuda as pessoas.” - Tomás Cordas
4º ano
“É um parvinho que fica parado. Não gosto muito dele. Já vi
um cidadão parado e eu fiz-lhe caretas!” - André 4º ano o

5
Entrevista: Conceição Fernando
O CCPC no Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social

E
m Ano Europeu de Com- ficações. É o caso da Formação dio mensal protocolado, não
bate à Pobreza e Exclusão Modular de Serviço Doméstico. tivemos apoios nenhuns para as
Social, o ÁGORA não Mais do que dar um cabaz com obras. Se não fosse a autarquia
poderia deixar de falar com a alimentos, tentamos que as pes- nós não teríamos conseguido le-
Directora Técnica do Centro soas se organizem no sentido de var a cabo esta obra. Mas aquilo
Comunitário de Carcavelos, não precisarem deste apoio. As que a autarquia dá também não
Conceição Fernando. Colabora- acções do Centro têm como ob- chega.
dores, funcionários e frequenta- jectivo o empowerment (facul- Daí a necessidade de pôr à prova
dores do Centro convivem todos tar qualificações), e não o con- a nossa capacidade criativa. Te-
(ou quase todos) os dias com o tinuar a alimentar a dependên- mos as nossas Feiras do Vende
“combate” à pobreza que leva- cia institucional. E isto a todos Tudo, que já estão implantadas
mos a cabo. Mas com uma nova os níveis: desde o Esperança em Carcavelos, e que nos con-
realidade social e uma conjun- de Recomeçar, a Casa Jubileu, seguem uma receita que já é
tura económica cada vez mais o Projecto Intervir com o tra- significativa. Por outro lado esta
difícil é preciso mudar estraté- balho com as famílias, a área do iniciativa também tem uma ver-
gias… emprego com o GIP (Gabinete tente social, porque permite
de Inserção Profissional), até às pessoas com mais dificul-
ÁGORA: Como é que o Centro mesmo com o Espaço Sénior, dades adquirir bens a preços
responde ao desafio, cada vez quando tentamos proporcionar muito apetecíveis.
mais difícil, de atenuar a pobre- oportunidades para as pessoas Temos também o concerto
za e exclusão social? experimentarem actividades com o Rão Kyao, que nos
que não tiveram oportunidade oferece esta possibilidade de
Conceição Fernando: A ex- de experimentar durante a sua angariação de fundos; temos a
clusão não deriva só de pobreza vida activa. Agenda de 2011 que celebra o
económica, mas muitas vezes do Ano Europeu do Voluntariado;
isolamento. Daí todo o trabalho A: Estando o Centro também a temos a venda do livro do Pe.
que se faz por exemplo com os sofrer com os cortes orçamen- Aleixo, cujo resultado reverte
idosos na prevenção desse isola- tais do Governo, como se con- para o Centro…
mento, que em última instância segue manter uma instituição Por outro lado, está também
os leva à exclusão. A desocu- que não tem um fim lucrativo em implementação um plano
pação é frequente em quem e ao mesmo tempo continuar a de contenção de custos, que
chega a uma fase da vida onde ajudar a Comunidade? já se faz sentir em todas a as
já não precisa de trabalhar. Des- áreas do Centro. Verificamos
ta forma a maior parte das ac- CF: Agora temos de pôr à prova que reduzimos muito os cus-
tividades do Centro combatem a a nossa capaci-
pobreza, não só económica, mas dade criativa.
outros tipos também, contri- Temos de inven-
buindo para impedir a exclusão tar formas de ar-
social. ranjar recursos
económicos, para
A: Nesta nova realidade social não estarmos de-
o que Centro tem feito de dife- pendentes do Es-
rente? tado. A Seguran-
ça Social também
CF: Por exemplo, ao nível do em- tem reduzido os
prego, criámos formações para apoios, e, para
capacitar as pessoas de quali- além do subsí-

6
tos e as despesas, através de ter oportunidade para procurar perder este “comboio” da certi-
uma austeridade muito grande emprego e poder alargar os seus ficação.
no nosso dia-a-dia cá no Centro. horizontes nessa procura. Será
mais uma forma do Centro con- A: Que mensagem para a Comu-
A: Com obras de ampliação, cons- tribuir para as pessoas poderem nidade que servimos?
trução da creche e Certificação superar esta crise.
de Qualidade, não serão muitos Por outro lado a Certificação de CF: Estejam connosco porque
os desafios para o Centro? Qualidade é de facto um desa- nós sozinhos não conseguimos
fio muito grande (e todos nós fazer tudo. Nós temos de contar
CF: A execução das obras talvez sentimos isso na pele) mas tam- com todos. As pessoas devem
não tenha sido na melhor al- bém é uma forma de todos nós interiorizar que o Centro é mes-
tura. Mas por outro lado, se as fazermos frente a esta crise. Es- mo DA COMUNIDADE e como tal
conseguirmos levar a cabo, a Co- pecialmente porque dentro de é da responsabilidade de todos.
munidade terá uma nova valên- pouco tempo vai haver uma se- Pedimos que acreditem em nós,
cia, a creche, que vai em muito lecção natural das instituições, apostem em nós e nos apoiem,
beneficiar as pessoas que vão sendo concerteza mais apoiadas porque só juntos conseguiremos
ser também muito afectadas aquelas que estão certificadas. contribuir para um maior equilí-
por esta crise. Muitas mulheres, Nós que andámos sempre na brio social, que neste momento
com a possibilidade de deixar vanguarda dos Centros Comu- a comunidade tanto precisa.o
os seus filhos numa creche, vão nitários, não podemos de todo

Conferência: O CCPC face à situação


presente da pobreza crescente
Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social
Social. cem a sua vinculação ‘espiritual’,
O Pe. Manuel Marques pelo menos em sentido lato, à
Gonçalves fez as honras Paróquia de que o Centro de-
da casa e abriu a palestra pende? O Pároco sente que
apresentando as interve- o continua a ser, quando se
nientes Zulmira Pechirra torna, por força dos Estatu-
e Marta Pereira, técnicas tos, também Presidente da
de serviço social no Cen- Direcção?”.
tro, e o cónego Francisco Depois foi a vez de Mar-
Pereira Crespo, pároco ta Pereira e Zulmira Pechirra
de S. Vicente de Paulo e mostrarem aos presentes a re-
Marta Pereira, Cónego Francisco Crespo, Pe. Manuel Gon-
çalves e Zulmira Pechirra
Director do Departamen- alidade do nosso Centro Comu-

N
to da Pastoral Sócio-Cari- nitário, explicando o trabalho e
o dia 29 de Outubro a tativa. serviços que levamos a cabo no
Paróquia de Carcavelos Este abriu a conferência com nosso dia-a-dia.
organizou um “Encontro uma intervenção que focava a A palestra contou ainda com o
sobre a Pobreza”, com o tema “O identidade dos Centros Comuni- testemunho de Alexandre e Isa-
Centro Comunitário da Paróquia tários no país. Deixou algumas in- bel Nicolau, voluntários no Cen-
de Carcavelos face à situação terrogações, como: “As Paróquias tro Comunitário há cerca de 4
presente da pobreza crescente”, ‘sentem’ os Centros Sociais como anos, que partilharam as suas ex-
no âmbito do Ano Europeu de seus? O pessoal técnico e os periências com a plateia.o
Combate à Pobreza e à Exclusão outros trabalhadores reconhe-
7
Voluntariado na 1a Pessoa Fátima Leitão
A
vida de Fátima Leitão, de ao Projecto Intervir, que actua bilingue, “estava tão segura do
63 anos, deu uma volta de para tentar minimizar os riscos de que estava a dizer que me come-
180 graus quando se re- exclusão social. cei a entusiasmar. O rapaz olhava
formou ao fim de mais de 40 anos Ambas actividades motivantes, para mim e o entusiasmo passou
de trabalho. Para além de ter per- apesar do trabalho administra- para ele e então era ele a dizer:
dido uma actividade diária, em tivo ser, por natureza, mais iso- não diga, que eu digo sozinho...”
2007 mudou-se de França, onde lado. Nos “bastidores”, Fátima Uma vontade de aprender que
viveu durante décadas, para Por- organiza o arquivo e põe em or- é evidente nas crianças e jovens
tugal. As diferentes mentalidades, dem a papelada, para que quem que Fátima ajuda e é por isso que
a saudade dos amigos, a ausência precise dos papéis os possa en- todos os Sábados deixa alegre-
do trabalho foram alguns dos fac- contrar sem perder tempo útil de mente o portão do Centro Co-
tores que terão contribuído para trabalho. Nesta função não há o munitário com “a sensação de
que, na altura, o seu corpo tenha retorno do sorriso das crianças, ter cumprido um dever”, para
começado a reflectir o que lhe ia que Fátima encontra no Apoio voltar na semana seguinte, com
na mente e no coração. “Comecei Escolar, mas sabe que está a aju- o mesmo profissionalismo. “Sinto
a ter problemas de saúde”, refere, dar os funcionários do Centro a que ao faltar posso perturbar as
admitindo a correlação. Ao fim fazerem melhor o seu trabalho e crianças que estão comigo”, diz,
de dois anos procurou ajuda e isso reflecte-se num melhor ser- confessando ainda, com pro-
um dos conselhos que recebeu viço à comunidade. Mais visível teccionismo maternal, ter
foi ocupar-se. Por isso diz que a é o trabalho feito aos sábados alguns ciúmes de “deixar”
sua entrada no voluntariado se de manhã, junto das crianças e os seus “alunos” entregues a
deu por “uma atitude egoísta”, se jovens que Fátima Leitão ajuda outros monitores. Por isso e
é que egoísmo se pode chamar a fazerem os trabalhos de casa e porque o seu corpo e mente
ao receber algo em troca do que a estudarem para os testes. Isto assim o exigem, Fátima Leitão
se dá com total entrega. “porque conseguimos ver a sua garante que será voluntária “en-
Foi assim que Fátima Leitão che- evolução”, garante, e porque lhe quanto me quiserem”.o
gou ao Centro Comunitário, há dá particular prazer transmitir “o
pouco mais de um ano. “Não pouco saber” que (com modés-
conhecia nada”, recorda, mas tia) diz ter.
como estava a morar na zona, foi Para além disso, a voluntária per-
por aí que começou a busca de cebeu rapidamente a importân-
possibilidades de voluntariado cia do Apoio Escolar para estas
através da Internet. Mais impor- crianças, porque a vida que têm
tante do que a área geográfica, fora do Centro torna-se muito
era aquela a que se iria dedicar. clara na hora do lanche, no sono
“Queria trabalhar com crianças”, com que chegam de manhã e nas
diz, “até porque psicologica- dificuldades de aprendizagem.
mente não estava preparada para “Não é que não tenham capa-
outras vertentes”. Também não cidade intelectual”, apressa-se a
se importava de ajudar na área dizer, mas muitas vezes não têm
que lhe era à partida mais fácil: em casa espaço para estudarem,
o trabalho administrativo, uma regras, horários, entre outros ele-
vez que foi sempre Assistente de mentos essenciais. “Muitos são
Direcção. No Centro Comunitário espertos e teriam capacidade de
BI:
Aos 63 anos, Fátima Leitão diz sentir-
encontrou ambas e hoje dá apoio ir longe, mas até que ponto as se com 30 anos de idade. A joviali-
administrativo duas tardes por condições em que vivem não os dade é evidente e a energia positiva
semana e, aos sábados de ma- vão condicionar?”. Aqui a volun- também. Sem filhos, dedica-se aos
nhã, ensina os mais jovens no es- tária recorda um rapaz a quem outros de corpo e alma, tirando ap-
uma vez ensinou francês. Sendo enas algum tempo para um dos seus
paço de apoio escolar associado
maiores prazeres: a leitura.

8
Agenda Cultural
Entrelaçados
Estreia a 16 de Dezembro

Género: Animação M6 | Realização: Byron Howard, Na-


Cinema than Greno | Vozes: Carol Burnett, David Cross, Jason
Alexander, Mandy Moore, Zachary Levi
O bandido mais procurado – e mais encantador – do reino,
Flynn Rider, junta-se a Rapunzel e formam um improvável
duo numa hilariante e frenética fuga de pôr os cabelos em
pé, recheada de aventura, emoção, humor e muito cabelo!

Concerto de 21º Aniversário e de Natal


8 de Dezembro

Pequenos Cantores de Carcavelos, Coral Infantil


Música de Carcavelos e Coro Juvenil de Carcavelos, Vocal
DA CAPO e Coro de Santo Amaro de Oeiras.

Informações: 214815338 | Local: Igreja de Car-


cavelos | Horário: 16h00

Conto de Natal no Forte


11, 12, 18 e 19 de Dezembro

Depois de ouvir um conto de Natal os participantes


Crianças vão construir uma vela em material reciclável.

Local: Forte de São Jorge de Oitavos | Inscrições:


214815949 | e-mail: forte.oitavos@cm-cascais.pt
| Horário: Sábado e Domingo às 10h30 e às 15h00

1910: Memórias do Teatro - Oeiras


Até 12 de Dezembro

Tema: Uma retrospectiva da vida do Teatro em Lisboa, no ano da


Implantação da República. A iniciativa é coordenada e comissari-
Exposição ada pela Mestre Paula Anjos.
A exposição está patente ao público até 12 de Dezembro e, de
seguida, de 6 de Janeiro a 27 de Março de 2011 - Dia Mundial do
Teatro.
Horário: das 14H00 às 21H30 e domingo, das 14H00 às 18H00.
Marcação de visitas guiadas: 912 362 241

9
Aconteceu
Imigrantes aprendem Português no CCPC
À
volta de uma lho e a sua fonte de
mesa com rendimento resulta
uma toalha da venda da revista
aos quadrados azuis, Cais.
seis adultos lêem en- Mihaela gostava que
tusiástica e orgulhosa- as aulas de portu-
mente as palavras por- guês os pudessem
tuguesas escritas no ajudar a ter uma
quadro. Termos como vida melhor no nos-
faca ou vaca são agora so país mas, não es-
desafios ultrapassa- tando certa de que
dos. isso possa acontecer,
Mihaela Rugalski, re- devido às elevadas
formada, de 61 anos taxas de desem-
começou a leccionar prego que existem
língua portuguesa a neste momento,
esta turma em Julho. tenta fazer das
Ao saber que o Cen- Uma das turmas de Português para Estrangeiros com a volun- aulas mais do
tro Comunitário procurava tária Mihaela Rugalsky (em baixo no meio) que o simples ensino
ajuda nesta matéria, não de uma língua. Tenta
hesitou e veio em auxílio aprendizagem do português. transmitir valores e
dos que mais precisavam. Tra- Para alguns, o desafio é ainda conselhos, nomeadamente
balha como voluntária desde maior, uma vez que nunca apren- no que respeita ao planeamen-
Fevereiro e, hoje, já acompanha deram a ler ou a escrever. Para to familiar.
a sua segunda turma. esses, esta é a sua primeira es- Para estes alunos a vida em Por-
Este grupo conta com seis alu- cola. tugal não é fácil, no entanto,
nos romenos que começam Fazem parte das famílias apoia- voltar a casa seria um destino
agora a grande aventura da das pelo Centro, não estão in- pior. o
tegrados no mercado de traba-

Destaques IM Magazine
O riso da paz
Construir uma cultura de Paz: parar a violência ultrapassando a solidão, a doença
global do nosso tempo, este pode ser o mote para o trabalho da vida de Patch
Adams, um palhaço muito sério. Texto: Leila Dregger

Farejadores de minas
Era uma vez um menino que gostava muito de
ratos... Podia começar assim a história de um
homem que teve uma ideia - usar ratos para encontrar minas terrestres
enterradas no solo - e que não descansou enquanto não conseguiu pr-
ovar que era possível fazê-lo. Estavam, então, lançadas as primeiras se-
mentes da APOPO, a ONG criada por Bart em 1998, o projecto a que este
engenheiro de produto dedica a vida. Texto: Carla Fonseca

Leia mais em http://immagazine.sapo.pt

10
SOS Terra
Reciclar na cozinha

O
lá! Estamos de volta à ÁGORA. Neste espaço SOS Terra, bolo, de arroz cozido, de massas
protecção ambiental e ao serviço da solidariedade so- cozidas, de legumes estufados,
à reciclagem em geral. cial e da instituição Centro Co- de carne assada ou grelhada, de
Depois de verificarmos, exausti- munitário de Carcavelos, vamos peixe frito ou cozido, de batatas
vamente, a potencialidade de re- evidenciar confecções populares fritas, de claras de ovo…nada
ciclagem dos diversos materiais em parceria com uma iniciativa se perde, tudo se transforma!
apresentados nas edições pas- bloguista da Internet, dando des- Portanto, não deite nada fora.
sadas, tais como, papel, embala- taque a 12 receitas de Culinária Aguarde pelas nossas sugestões
gens, vidros, óleos, pilhas, etc.., Reciclada do desafio proposto que vão despoletar na mente, a
dedicamo-nos agora ao Projecto pelo Delicias & Talentos em mar- evolução da sua vertente eco-
Reciclar na Cozinha. cha até dia 11 de Dezembro de nomicista.
Ligado à crise económica que 2010. Enquanto isto, a ecologia agra-
vivemos, torna-se pertinente Já a partir do próximo número, dece o seu empenho em reduzir
acordar consciências para a ne- comprometemo-nos a publicar o o lixo e a diminuir o consumo,
cessidade de diminuir desperdí- texto alusivo ao tema (importân- pelo que, poupa na carteira
cio nas nossas casas, mais pre- mas também poupa o ambi-
cisamente, na cozinha de cada ente.
habitação. É muito importante respeitar
É aqui o “centro de negócios”, os alimentos. A abundância que
onde começa a verdadeira sus- inundou a nossa existência gerou
tentabilidade pessoal. Saber a indiferença em relação à comi-
gerir inteligentemente a parte da. Deitar fora comida tornou-se
do orçamento mensal destinado trivial e já ninguém dá beijinho
à alimentação é o princípio fun- no pão antes do desperdiçar.
damental do equilíbrio finan- Cozinhar encerra um propósito
ceiro familiar. Tão importante mais nobre do que contentar o
quanto balancear as refeições apetite e o sentido do paladar.
em carne, peixe, hidratos de car- Permita-se ser criativo, pois até
bono, vegetais e frutas, é, valo- de trapos se fazem flores. Vamos
rizar as sobras e recriar pratos cozinhar com consciência de
inclusivos dos ditos restos ali- cia de reciclar sobras), junta- que pertencemos a um siste-
mentares. mente com a receita e a foto de ma maior que o nosso círculo
A arte de esticar uma refeição cada participante seleccionado. familiar e que todas as nossas
em várias tem sido transmitida Vamos fazer do SOS Terra, um escolhas têm impacto e con-
de geração em geração, embora espaço colectivo. sequência no todo.o
por vezes perdida ao longo dos Caso queira concorrer ao passa-
tempos, mas que tal e qual como tempo convidamo-lo a visitar o Rute Túbal
outras tradições culturais, tem endereço http://deliciasetalen- Colaboradora Voluntária
de ser resgatada para a actuali- tos.blogspot.com e a conhecer
dade como forma de ultrapassar as regras de participação, sendo Estas e outras informações úteis
momentos difíceis de poucos re- imperativo ter um blog seu, seja em http://publicarparaparti-
cursos monetários. qual for a temática do mesmo. lhar.blogspot.com e http://deli-
É o que nos propomos fazer du- Lembramos que muito se pode ciasetalentos.blogspot.com
rante as próximas edições do fazer com sobras de pão, de

11
Será que sabe mesmo reciclar?
A
revista Gingko apostou centros comerciais Dolce Vita e 5 - Os talheres de plástico são
em perceber se já todos agrupamentos de Escuteiros do recicláveis?
sabíamos ou não reciclar. Corpo Nacional de Escutas, pon- Não. Por isso utilize-os o me-
Por via das dúvidas publicaram tos seleccionados pelo Green nos possível; apenas quando for
algumas dicas de reciclagem na Cork. mesmo necessário. Privilegie
sua edição de Outubro/Novem- sempre soluções que possa reu-
bro. O ÁGORA resolveu compar- 3- Parti um prato. Posso colocá- tilizar.
tilhar e ajudar a esclarecer as -lo no vidrão?
dúvidas mais comuns: Não. Objectos em cerâmica, por- 6 - O que é que faço aos gar-
celana, cristal, ou vidros especi- rafões de óleo de motor?
1 - É preciso tirar a tampa aos ais como pirex não podem ser Devem ser colocados no ecopon-
boiões? depositados no ecoponto. to amarelo.
Não. Pode colocar os frascos de
compota ou maionese, por ex- 4 - Devo lavar as latas de con- 7 - E aos aerossóis?
emplo, com tampa. Mas facilita o serva e garrafas de óleo antes de São recicláveis - sprays para o ca-
processo se a retirar e colocar no depositá-las no ecoponto ama- belo, ambientadores... Coloque-
respectivo ecoponto (amarelo, já relo? -os no ecoponto amarelo.
que costumam ser de Não é necessário,
metal). mas pode passá- 8 - Devo tirar as janelas de plásti-
2 - E o que é que faço -las por água para co dos envelopes?
às rolhas de cortiça? evitar odores desa- Não é preciso, apesar de serem
Reúna-as e entregue- gradáveis enquanto dois materiais diferentes. Esse
-as para reciclagem não as coloca no processo decorre nos centros de
nos hipermercados ecoponto. triagem.o
Continente, Modelo, http://revista.gingko.pt

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