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NOÇÕES BÁSICAS
Agente público
Qualquer pessoa física que de alguma forma participa das atribuições do Estado. São
agentes públicos:
a) agentes políticos
- exercem mandatos;
- a Constituição Federal (CF) disciplina as relações com o Estado;
b) agentes administrativos
- servidores públicos: exercem cargos públicos de natureza pública;
- a lei 8.112 disciplina as relações com o Estado;
c) agentes econômicos
- empregados públicos: exercem empregos públicos de natureza privada, nas empresas
públicas e sociedades de economia mista;
- a CLT disciplina as relações com o Estado;
Funcionário público
Termo utilizado pelo Código Penal para se referir a qualquer agente público, sob efeitos da lei
penal, que pratique crimes contra a Administração Pública.
Servidor público
É a pessoa legalmente investida em cargo público.
a) efetivo (concursado)
- exerce cargo efetivo;
- habilidade prévia em concurso;
- estágio probatório;
- estabilidade;
b) não-efetivo (em comissão)
- exerce cargo de confiança;
- não há concurso;
- não há estágio probatório;
- não há estabilidade;
- todo servidor estável é necessariamente efetivo, mas nem todo servidor efetivo é
estável.
Os servidores militares são regidos por outros regimes jurídicos. São militares os agentes do
Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. São
servidores civis os agentes das Polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal. A Polícia Civil e a
Polícia Federal são polícias judiciárias; a Rodoviária Federal, administrativa. Estados,
Municípios e Distrito Federal, cada qual possui o seu regime jurídico próprio.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Campo de aplicação
A lei 8.112 institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União:
a) Poder Executivo: Presidência da República, ministérios, autarquias e fundações públicas
federais;
b) Poder Legislativo: Câmara dos Deputados e Senado Federal;
c) Poder Judiciário: todos os tribunais, exceto os TJs dos Estados, que possuem servidores
estaduais e, portanto, regime jurídico próprio do Estado;
d) Tribunal de Contas da União;
e) Ministério Público da União
- Ministério Público Federal e do Distrito Federal e Territórios;
- Ministério Público do Trabalho;
- Ministério Público Militar;
- Ministério Público Eleitoral.
Candidato
- possui apenas expectativa de direito;
- excepcionalmente, tem o direito de receber o valor da inscrição, caso o concurso seja
anulado e não haja nomeação alguma.
Classificação
a) quanto à disposição no quadro:
- de carreira: dividido em classes;
- isolado: não é dividido em classes.
b) quanto à permanência dos ocupantes:
- em comissão: os servidores podem ser exonerados ad nutum (a qualquer momento);
- efetivo: caráter definitivo. Por concurso
público de provas ou de provas e títulos;
- vitalício: são os magistrados, ministros do TCU, membros do Ministério Público. Tornam-se
vitalícios após 2 anos ou, excepcionalmente, após a posse. Só são desligados por processo
judicial.
Cargo é diferente de função. A função é algo que só o servidor efetivo pode exercer. Tem a
ver com a estrutura interna do órgão.
No caso das designações para exercer funções de confiança, o início do exercício, em regra,
coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver
em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro
dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a 30 dias da publicação.
Se, nas funções de confiança, o servidor não entrar em exercício no prazo legal, será tornado
sem efeito o ato de sua designação para a função de confiança. A promoção não interrompe
o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de
publicação do ato que promover o servidor.
O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em
que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
PROVIMENTO
É o ato de designação de alguém para titularizar cargo público.
Originário ou autônomo
O servidor não tinha qualquer relação com o cargo público.
Derivado
O servidor tem ou tinha um vínculo com o cargo público.
a) vertical
Promoção
- movimento ascendente dentro da mesma carreira, com acréscimo de vencimentos e
responsabilidades;
- ocorre por merecimento ou antigüidade;
- a natureza do trabalho continua a mesma;
- requisito indispensável à promoção:
participação em cursos de formação e aperfeiçoamento de servidores públicos.
b) horizontal
c) reingresso
É o retorno ao serviço ativo do qual estava desligado.
Importante:
a) disponibilidade: não há cargo (foi extinto), não há atribuições (não comparece na
repartição) e a remuneração é proporcional ao tempo de serviço;
b) excedência: não há cargo (não foi extinto), mas há atribuições com remuneração
integral;
c) regra geral: sempre que um servidor retornar ao seu cargo de origem e ele estiver
ocupado, o ocupante permanecerá, exceto na reintegração, hipótese em que o ocupante
sairá: se estável, será reconduzido ao cargo de origem; não sendo, será exonerado ex
officio.
DIREITOS E VANTAGENS
DIREITOS
a) de ordem pecuniária (arts. 40 e 41)
- vencimento: retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei
e não inferior ao salário-mínimo;
- remuneração: vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei.
b) licenças
- normais
1)doença em pessoa da família (art. 83)
- até 30 dias + 30, remunerada;
- a partir desse prazo, no máximo mais 90 dias, sem remuneração;
- mediante avaliação de junta médica oficial;
- considera-se pessoa da família:
>cônjuge ou companheiro;
>pais;
>padrastos;
>filhos;
>enteados;
>colateral consangüíneo até o 2º grau;
>dependente que viva às expensas do servidor e conste do seu assentamento
funcional;
- é vedada a atividade remunerada durante a licença;
- a licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo
ou mediante compensação de horário;
- no DF, o prazo é de 90 dias + 90, remunerada. Além desse prazo será sem
remuneração.
- previdenciárias
1) tratamento de saúde (art. 202)
- concedida a pedido ou de ofício, com base em perícia médica;
- máximo de 24 meses, remunerada;
- até 30 dias, a inspeção será feita por médico do setor de assistência do órgão de
pessoal e, se por prazo superior, por junta médica oficial;
- sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou
no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado;
- findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que
concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
c) afastamentos
- normais
d) concessões (remuneradas!)
e) benefícios
- aos dependentes
a) vitalícia
- somente se extingue ou se reverte com a morte dos beneficiários;
- são beneficiários:
> cônjuge;
> pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão
alimentícia;
> companheiro ou companheira designado que comprove união estável como
entidade familiar;
> pais que comprovem dependência econômica do servidor;
> pessoa designada, maior de 60 anos, e a pessoa portadora de deficiência, que
vivam sob a dependência econômica do servidor;
- se for concedida ao cônjuge ou companheiro, descartam-se os pais, a pessoa maior de 60
anos e a portadora de deficiência;
b) temporária
- pode se extinguir ou se reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou
maioridade dos beneficiários;
- são beneficiários:
> filhos ou enteados, até 21 anos, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
> menor sob guarda ou tutela até 21 anos;
> irmão órfão, até 21 anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que
comprovem dependência econômica do servidor;
> a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 anos, ou, se
inválida, enquanto durar a invalidez;
- se for concedida aos filhos ou menor sob guarda ou tutela, descartam-se o órfão, o
inválido e o dependente econômico;
- a pensão entre os beneficiários será:
> concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, salvo se existirem
beneficiários da pensão temporária;
> havendo vários titulares da pensão vitalícia, dividida entre os titulares;
> havendo titulares da pensão vitalícia e da temporária, metade do valor aos
titulares da vitalícia e a outra metade rateada entre os titulares da temporária;
> havendo somente titulares da pensão temporária, dividida em partes iguais;
- poderá ser concedida pensão provisória por morte presumida em casos de:
> declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
> desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não
caracterizado como em serviço;
> desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de
segurança;
- a pensão provisória poderá se tornar vitalícia ou temporária, conforme o caso,
decorridos 5 anos de vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor;
- a pessoa deixa de ser beneficiária em caso de:
> falecimento;
> anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da
pensão ao cônjuge;
> cessação de invalidez;
> maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada;
> acumulação irregular de pensão;
> renúncia expressa;
- havendo perda da qualidade de beneficiário, a respectiva parte (ou cota)
reverterá:
> da pensão vitalícia para os remanescentes desta, se houver, ou para os titulares da
pensão temporária;
> da pensão temporária para os cobeneficiários ou, na falta destes, para o
beneficiário da pensão vitalícia;
> as pensões poderão ser requeridas a qualquer tempo, prescrevendo tão
somente as prestações exigíveis há mais de 5 anos;
- concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que
implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a
partir da data em que for oferecida;
- não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de
que tenha resultado a morte do servidor;
- as pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma
proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores;
- ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas
pensões.
- ao servidor
1) salário-família (art. 197)
- é devido ao servidor ativo ou inativo, por dependente econômico;
- são dependentes econômicos:
>o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 anos ou, se
estudante, até 24 ou, se inválido, de qualquer idade;
>o menor de 21 anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas
do servidor ou inativo;
>os pais sem economia própria;
- não será dependente econômico aquele que perceber qualquer rendimento em valor igual
ou superior ao salário-mínimo;
- se os pais forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família relativo aos
filhos será a apenas um deles.
Quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes;
- aos pais equiparam-se os padrastos e, na falta destes, os representantes legais dos
incapazes;
- o pagamento do salário-família não será suspenso no caso de afastamento do cargo
efetivo, ainda que sem remuneração.
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou
de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva
substituição, que excederem o referido período.
Deve-se sempre encaminhar os pedidos por intermédio do chefe imediato, que os enviará,
pela via hierárquica, à autoridade competente.
Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração, bem como das decisões sobre
os recursos sucessivamente interpostos. O recurso deverá ser dirigido à autoridade
imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e sucessivamente,
em escala ascendente, às demais autoridades, sempre por intermédio da autoridade a que
estiver imediatamente subordinado o requerente.
- licenças
1) à gestante, à adotante e à paternidade;
2) tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses;
3) desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em
sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros,
exceto para efeito de promoção por merecimento;
4) acidente em serviço ou doença profissional;
5) capacitação. No DF, chama-se licença-prêmio por assiduidade;
6) convocação para o serviço militar.
- concessões
1) doação de sangue;
2) alistar-se como eleitor;
3) casamento ou falecimento de:
- cônjuge;
- companheiro;
- pais;
- padrastos;
- filhos;
- enteados;
- menor sob guarda ou tutela;
- irmãos.
- outros afastamentos
1) deslocamento para nova sede;
2) participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar
representação desportiva nacional, no país ou no exterior;
3) afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com
o qual coopere. Ao DF não é aplicado.
São considerados apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:
1) o tempo de serviço público prestado à União, Estados, DF ou Municípios;
2) licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração;
3) licença para atividade política, apenas a partir do registro da candidatura e até o 10º dia
seguinte ao da eleição (15º no DF), pelo período máximo de 3 meses;
4) tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou
distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;
5) tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;
6) tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
7) tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder 24 meses.
j) aposentadoria
1) invalidez
- em razão de acidente, moléstia ou doença, torna-se o servidor inapto para o trabalho;
- em regra, será com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Exceção: em
decorrência de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, será com proventos integrais.
2) compulsória
- com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, ocorrerá quando o servidor,
homem ou mulher, completar 70 anos.
3) voluntária
a) regra atual (proventos limitados ao teto de R$ 2.508,72)
- requisitos:
>10 anos de efetivo exercício no serviço público;
>5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria;
>além disso, para proventos integrais:
-> 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem;
-> 55 anos de idade e 30 de contribuição, se mulher;
>para proventos proporcionais ao tempo de contribuição:
-> 65 anos de idade, se homem;
-> 60 anos de idade, se mulher.
d) professor
- só vale para professores da Educação Básica (Educação infantil, Ensino
fundamental e Ensino médio) que exerçam o magistério com exclusividade;
- professores do Ensino Superior devem seguir as mesmas regras dos demais
servidores;
- requisitos:
>10 anos de exercício no serviço público;
>5 anos no cargo;
- além disso:
>55 anos de idade e 30 de contribuição, se homem;
>50 anos de idade e 25 de contribuição, se mulher.
VANTAGENS
a) indenizações
Ressarcimento de gastos em razão do serviço. Não se incorporam ao vencimento ou
provento.
b) gratificações
Incorporam-se ao vencimento ou provento.
c) adicionais
Incorporam-se ao vencimento ou provento.
1) tempo de serviço (art. 67)
- na União, não existe mais;
- no DF, equivale a 1% do vencimento por ano de serviço.
REGIME DISCIPLINAR
f) multa
- é possível, como substituta da suspensão, quando houver conveniência para o serviço;
- o servidor obrigatoriamente permanecerá em serviço, reduzindo-se o vencimento ou
remuneração, a título de multa, à base de 50% por dia.
O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em
que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Acumulação ilegal
A autoridade que tiver ciência da irregularidade notificará o servidor, por intermédio de sua
chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de 10 dias, contados da data
da ciência e, na hipótese de omissão, será feita a apuração e a regularização imediata,
seguindo as seguintes fases:
- instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por 2
servidores estáveis;
- instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
- julgamento.
A comissão lavrará, até 3 dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de
indiciação, que conterá a autoria e a materialidade da transgressão, e promoverá a citação
do servidor indiciado, para em 5 dias, apresentar defesa escrita.
A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese
em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo, uma vez
que, se caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de
demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos
cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal.
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.
Cada uma das sanções, civil, penal e administrativa, é independente das demais, podendo
cumular-se.
Entretanto, em caso de absolvição criminal que negue a existência de fato ou a sua autoria,
afastam-se as responsabilidade administrativa e civil (art. 935 do CC).
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão
por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da
remuneração, podendo ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
Será conduzido por comissão composta de 3 servidores estáveis designados pela autoridade
competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente. A Comissão terá como secretário
servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus
membros.
Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus
membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
Inquérito
O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado
ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da
instrução.
Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito
penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito.
O indiciado será citado para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 dias, assegurando-se-
lhe vista do processo na repartição. Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e
de 20 dias, podendo ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, para apresentar
defesa no prazo de 15 dias a partir da última publicação do edital.
Julgamento
Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo,
este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. Havendo mais
de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
para a imposição da pena mais grave.
Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao
Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
Revisão do Processo
Poderá ocorrer a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos,
ainda não apreciados no processo originário, ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. A simples alegação de
injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão. No processo revisional, o
ônus da prova cabe ao requerente.
Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da
família poderá requerer. No caso de incapacidade mental, a revisão será requerida pelo
respectivo curador.
A comissão revisora terá 60 dias para a conclusão dos trabalhos, cabendo o julgamento à
autoridade que aplicou a penalidade, em 20 dias, contados do recebimento do processo.
Sindicância
Da sindicância poderá resultar:
- arquivamento do processo;
- aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
- instauração de processo disciplinar.
O prazo para conclusão da sindicância será de no
máximo 30 dias, prorrogável por igual período, a critério da autoridade superior. A Comissão
será composta por 2 ou 3 servidores estáveis, designados pela chefia imediata.