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Kfouri lembra ainda que muitos casos do novo coronavírus são leves e, portanto, é
provável que indivíduos sem sintomas circulem pelo país em dado momento. “Em
epidemias de doenças virais respiratórias, a maioria das infecções nem chega ao
nosso conhecimento. Se testarmos todo mundo, encontraremos muitos positivos,
mas não necessariamente essas pessoas ficarão doentes”, destaca o médico.
É possível que o mesmo ocorra com a Covid-19, nome da doença causada pelo
novo coronavírus. As crianças e os adolescentes, por exemplo, parecem contrair o
agente infeccioso e transmiti-lo, porém dificilmente ficam derrubados a ponto de
serem internados. Já indivíduos mais velhos e com doenças crônicas são mais
suscetíveis às complicações da enfermidade.
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contençãoquery_builder13 mar 2020 - 18h03
Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Sim, mas provavelmente menos. “De uma maneira geral, o nível de excreção
do vírus está relacionado com a sintomatologia da doença. Ou seja, quanto mais
doente a pessoa está, mais carga viral carrega e, portanto, mais vírus libera em
circulação”, raciocina Kfouri.
Fora que, sem tossir ou sem espirrar, já se eliminam duas vias de transmissão
importantes do Sars-CoV-2, que é propagado por meio de gotículas das secreções
respiratórias.
De novo, pesquisas futuras devem esclarecer esse ponto. “Por enquanto, temos
apenas relatos esporádicos indicando contágio por meio dos casos
assintomáticos”, conta Nancy Belley, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Quando fazer o teste do coronavírus sem sintomas
O mesmo valeria para alguém que retornou de um país com ampla disseminação
da Covid-19 e está com uma cirurgia marcada. “Quem irá fazer um procedimento
cardíaco, por exemplo, que exige internação na UTI, um local onde o vírus pode ser
mais perigoso, também poderia incluir o exame na preparação por precaução”,
opina Nancy.
“Claro que, se a pessoa doente quiser, poderá fazer na rede particular. Mas,
quando o vírus está disseminado, consideramos que é mais um entre as centenas
que já temos circulando, e só os doentes graves precisariam ser testados para
determinar o melhor tratamento”, explica Nancy.
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