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Aula 03/08/2019
Situação 1
Camila não se reconhece mais como mulher e decide ir ao cartório da sua para
realizar a mudança de seu registro de nascimento. O dono do cartório que a conhece
desde nova, diz que ela es v tá louca e que ele não irá fazer a alteração do registro.
Camila decide então voltar em outro dia, e quando retorna, encontra um funcionário do
cartório que também não prestou atendimento à Camila, mesmo ela tendo consigo um
laudo médico em mãos. Com essa situação, Camila procura o escritório da Alisson
para resolver essa situação, pois eles não querem cumprir uma decisão que possui
caráter vinculante.
- Transgênero – Ação de indenização c/c obrigação de fazer Procedimento
Comum Ação de Conhecimento Sentença.
Judicializando a questão, antes de saber o tipo de procedimento é preciso definir os
pedidos. As ações que, geralmente cumulam dois pedidos são de procedimento
comum, das ações de conhecimento até a sentença, sem seguir nenhum rito especial
previsto em lei, como por exemplo nas ações possessórias que são de procedimento
especial, previsto em lei. As ações de procedimento especial servem para proteger
pretensões específicas, geralmente vinculadas a um único direito, ex: divórcio.
O objetivo do procedimento comum ao formular os dois pedidos é obter a condenação
do tabelionato a alteração do registro. Essa é uma pretensão de conhecimento, (levar
a demanda dos fatos a conhecimento de um terceiro afim de que ele, por meio das
provas produzidas profira uma determinada decisão) um processo de acertamento de
direitos em conflito.
Classificação das Sentenças
Declaratória: Declara existência ou inexistência de direitos. Ex: investigação de
paternidade, usucapião.
Declaratória Condenatória: Sentença que impõe alguém o cumprimento de uma
obrigação, fazer, não favor, pagar algo. A maioria das sentenças são condenatórias.
São sempre declaratórias também.
Constitutivas/ desconstitutiva: através da decisão judicial modifica-se uma relação
jurídica previamente existente. Ex: ação de divórcio. São sempre declaratórias
também.
Mandamental: proferidas nas ações constitucionais, tem efeito imediato por se tratar
de ordem.
Nas ações de conhecimento, sempre terá a prolação de uma dessas sentenças,
independentemente se o procedimento é comum, especial, jurisdição contenciosa ou
voluntária.
* Procedimento especial de jurisdição contenciosa – art. 535 a 718 do CPC. Há
conflito
* Procedimento especial de jurisdição voluntária – art. 719 a 770 do CPC. Não tem
uma existência de conflito, mesmo que em abstrato. É uma ação que não tem réu, é
apenas um interessado.
Situação 3
Heron tem por hábito a agiotagem, empresta 1500 reais para a Camila através de
contrasto de mútuo, o contrato é assinado perante duas testemunhas, onde Camila diz
que irá pagar o empréstimo em 6 meses e, após assinado o contrato e passado os
seis meses Camila não realiza o pagamento.
Dívida com inadimplemento mais título – Ação de Execução de Título
Extrajudicial.
Não terá uma sentença condenatória, mas sim uma citação para pagamento.
Aula 05/08/2019
Tutelas Provisórias (art 294 a 311 CPC).
Continua com o exemplo da situação 2.
Técnica de antecipação dos efeitos da sentença. É o risco de dano que
caracteriza a urgência necessária a prolação de antecipação da tutela, ou seja,
existência de perigo de dano e probabilidade do direito.
Fator tempo como inimigo da efetividade. Ou seja, não se pode esperar até a definição
real da existência do direito porque a efetividade do processo pode acabar sendo
comprometida. É por conta deste entendimento que se entende que o dano elimina a
efetividade do processo.
Aula 10/08/2019
Na tutela cautelar a proteção do direito é indireta porque ela se faz pela via da
conservação de provas, pessoas ou bens. Já a tutela antecipada(satisfativa) vai
efetivamente satisfazer aquilo que está sendo pedido. Ex: Investigação de paternidade
c/c alimentos.
Tutela provisória não forma coisa julgada, pois posso sempre prolongar a discussão a
respeito da matéria, até que a cognição chegue a ser exauriente, e é mutável, posso
ter modificado o resultado dessa tutela.
Enunciado 18 – (art. 300) “O perigo de dano ao direito material da parte deve ser
analisado para o deferimento da tutela antecipada e o risco ao resultado útil do
processo para a concessão da tutela cautelar”. Basicamente, este enunciado divide o
perigo de dano como necessário a tutela de urgência antecipada e, o risco ao
resultado útil ao processo a tutela de urgência cautelar. Essa divisão, de acordo com a
professora Camila, não faz sentido, uma vez que as duas tratam-se de espécie de
tutela de urgência, sendo assim, os requisitos são exatamente os mesmos. Deste
modo, tanto faz a comparação de um ou de outro. A diferenciação existia no CPC de
76, hoje em dia não mais. Resumidamente, na prática, este enuncia é inaplicável.
Podem ter natureza cautelar ou antecipada, como já foi dito (art.294 caput e
parágrafo único, NCPC).
Tanto tutelas antecipadas quanto cautelares, desde que urgentes, poderão ser
requeridas na forma antecedentes. Quando antecipadas, seguiram os dispostos nos
arts. 303 e 304, quando cautelares, seguiram a forma prevista nos art. 305 a 310.
Considerando que o prazo para a interposição de agravo é maior do que o prazo para
o aditamento da inicial, quando esse não é dilatado, uma vez que os 15 dias para a
interposição de agravo só começam a serem contados a partir da juntada da carta de
citação ao autos, teoricamente, a parte autora seria prejudicada. Como é perceptível, a
parte autora assumiria o risco em aditar ou não dentro do prazo esperando pela parte
ré, se essa iria ou não se manifestar. O risco disso, é que como foi dito acima, caso a
parte autora não adite a inicial e a parte ré interponha agravo de instrumento, o
processo será extinto sem estabilização daquilo concedido na decisão liminar. Por
outro lado, se a parte autora adita a inicial e a parte ré não agrava, considera-se que a
parte autora deseja prosseguir com o feito, uma vez demonstrado o interesse
processual por meio do aditamento. Como forma de resolução deste conflito, dispõe o
enunciado 19:
Aula 17/08/2019
Continuação das características relativas às tutelas provisórias de urgência...
Revogabilidade: Podem ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo, é
comum as tutelas de urgência tanto de natureza satisfativa quanto cautelar.
Porque se trata de um provimento provisório (precário, inapto a formação de
coisa julgada.) que necessita ser confirmado ao final a possibilidade de
continuidade da tutela de urgência, se não houver necessidade mais, há
possibilidade de revogação. Previsto no art. 296 CPC.
Eficácia: As tutelas provisórias de urgência conservam sua eficácia no curso
do processo, inclusive se o processo estiver suspenso a tutela conserva os
efeitos. Ex: Tathy e Heron casaram e depois tiveram Lorena de filha, depois de
algum tempo decidiram se divorciar, Heron não aceita nenhum tipo de acordo e
Tathy é obrigada a ajuizar uma ação litigiosa de divórcio, pedindo guarda
compartilhada, alimentos e partilha de bens. O juiz aprecia as tutelas e
concede a guarda e os alimentos, ambos são convocados para audiência de
conciliação, Heron não demonstra resistência mas diz que precisa pensar
sobre a pensão, o juiz propõe uma mediação e eles chamam o Gabriel para
uma mediação extrajudicial e solicitam a suspensão do processo judicial,
enquanto durar essa suspensão a tutela deferida anteriormente produzirá
efeitos, enquanto for necessária. Mesmo com a mediação não conseguem
chegar a um acordo e Heron começa a deixar de pagar a pensão, a obrigação
poderá ser exigida forçadamente (seguindo as regras do provimento provisório
de sentença) por meio de cumprimento provisório de decisão interlocutória
alimentar – art. 528 CPC e ss.
É possível que o juiz ordene o requerimento de tutela de urgência satisfativa
de ofício? Não, pois violará o princípio da inércia e da imparcialidade. Com
relação as tutelas cautelares, existem uma gama de autores que defendem o
deferimento dessa tutela cautelar sem requerimento da parte, portanto ela
poderá ser concedida – poder geral de cautela - segundo o art 297 CPC.
Existem autores que dizem que ainda que se sustentem a possibilidade dessa
tutela segundo o 297, é que o juiz poderá alterar a medida se verificar que o
pedido está inadequado, não conceder sem o pedido e sim, uma tutela mais
adequada para o caso – segunda dimensão geral do poder de cautela-.
Exigir caução real ou fidejussória (incide sobre pessoa, afiançamento): é
uma faculdade do juiz. Essa calção tem a finalidade de ressarcir prejuízos
suportados pela parte contrária. Art. 300, §ù CPC. O juiz verifica o caso em que
é cabível, não é uma obrigação. Há possibilidade de despensa da calção se a
parte for hipossuficiente.
As tutelas de urgência podem ser concedidas liminarmente (antes da citação)
ou após justificação prévia (audiência para coleta de elementos que informem a
existência de probabilidade do direito), segundo o Art.300§ 2º.
Aula 19/08/2019 – AULA DE ELISA
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
Trata-se de modalidade de tutela de urgência, com finalidade satisfativa ou
antecipatória, formulada por via de petição inicial exclusiva que carrega o mesmo
nome. Poderá ser requerida toda vez que a urgência for contemporânea à propositura
da ação e houver uma das seguintes situações:
1- O autor não dispuser da totalidade dos documentos que necessita para
formular uma inicial completa e deduzir suas pretensões principais, ou;
2- O autor tiver como objetivo obter rapidamente a extinção de sua demanda,
contentando-se exclusivamente com a providência de urgência requerida,
deferida pelo juiz e não impugnada pela parte contrária.
Tem que ter indicação do valor da causa, (pois toda inicial precisa ter!), esse
valor será o valor da pretensão final de mérito (§4° art. 303, do CPC.
O autor tem que indicar na inicial de TA.A., de modo expresso, que
pretende se valer do benefício do aditamento e que formula sua
pretensão nos termos do art. 303 CPC.
Necessário o recolhimento de custas (possível a gratuidade).
Decorrido o prazo de 2 anos não formará coisa julgada, pois para que
haja a formação é necessário que tenha exercício de cognição exauriente +
transito em julgado, neste caso não há apreciação de mérito, pois o processo
foi extinto sem a resolução do mérito, daí não pode falar em coisa julgada, pois
a decisão não reconheceu o mérito.
Não forma coisa julgada, mas e a formal? A coisa julgada formal ocorre
através de um defeito de forma, no caso da decisão extinta sem resolução do
mérito não possui coisa julgada formal, vez que não tem defeito de forma.
31/08/2019 - AMANDA
Observações importantes:
1. Fungibilidade entre T.C.A e T.A.A: §ú art. 305.
2. Cessação da eficácia da T.C: art. 309
3. Indeferimento da T.CA: art. 310
Conceito (slide) :Execução é o conjunto de atos estatais através dos quais, com ou
sem a vontade de devedor (e até contra ela), invade-se seu patrimônio para, à custa
dele, realizar-se o resultado prático desejado concretamente pelo direito objetivo
material.
Segundo Araken de Assis, “através da execução forçada o órgão judiciário privará [por
meio de sub-rogação] o executado imediata ou progressivamente da garantia
constitucional de gozar do que é seu (e do que se encontra na sua esfera jurídica),
imputando bens à satisfação do crédito do exequente”. (ASSIS, 2009, p. 94/95).
Basicamente, a execução é uma atividade de satisfação forçada de direitos já
acertados contidos em título executivo, mas inadimplidos, que propicia mecanismos
para que o devedor seja compelido ao cumprimento forçado da obrigação, seja
através da expropriação de bens ou de mecanismos que possam forçar o
cumprimento da obrigação específica ou a obtenção de resultado prático equivalente.
A invasão do patrimônio do devedor, é a forma secundária da execução, caso outras
formas não sejam possíveis.
AULA 16/09/19
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO
Basicamente esse princípio vai dizer que as regras traçadas para reger os
procedimentos executivos são autônomas independentes, que decorrem de uma
especificidade do processo executivo que não se confunde com o processo de
conhecimento. A finalidade é realizar direitos previamente acertados, portanto serve
para coagir o devedor ao cumprimento da obrigação. Nesse sentido, as regras são
autônomas quando comparadas ao processo de conhecimento.
O devedor responde com todo seu patrimônio presente e futuro para satisfação da
dívida, ou seja, a cobrança não pode recair sobre a pessoa e sim em todo seu
patrimônio. Futuro é aquele patrimônio que vai vir a se acrescer no patrimônio do
devedor depois que a dívida for contraída.
A execução deve seguir exatamente aquilo que seja suficiente para o cumprimento da
obrigação, ou seja, se o bem não representa montante significativo no pagamento
integral da dívida, eu não devo continuar com a penhora. Da mesma forma se eu
penhoro um valor maior do que o da dívida a penhora pode até permanecer, mas
quando o bem for expropriado, eu tiro o valor da dívida e o restante eu devolvo ao
devedor. Sempre que o patrimônio penhorado não for suficiente para a quitação do
débito, a execução prossegue para a cobrança do restante.
Os atos executivos estão à disposição do exequente, que pode optar ou não por
sua prática, pode se dispor de alguns atos ou da totalidade deles. Se houver
apresentação de defesa, dependendo de sua matéria para que haja anuência ou
não do executado. Se a matéria for de mérito, é necessário que haja a anuência do
executado para a desistência.
AULA 20/09/19
A execução deve proporcionar algum tipo de satisfação para o exequente, pois a sua
finalidade é trazer satisfação total ou parcial, trazendo vantagens.
j) Princípio da Dignidade da pessoa humana – art.1º, III, CF; art. 8º, CPC – deve
garantir uma espécie de patrimônio mínimo do devedor, a execução não pode tirar
todo o seu patrimônio para que ele não fique sem condições de subsistência. Por isto,
existem os bens impenhoráveis. E quanto ao credor, garante satisfação.
k) Princípio da Efetividade – arts. 4º e 8º, CPC; arts.772 e 773, CPC; art. 139, IV –
Os esforços do procedimento de execução devem ser direcionados a satisfação do
credor em tempo razoável, considerando a primazia do mérito.
Medidas Coercitivas Atípicas são utilizadas quando o credor tenta executar por várias
vezes, e a pessoa não possui nenhum patrimônio. Essas medidas são estratégias
para que de alguma forma o magistrado coaja o devedor ao cumprimento da
obrigação (contando que não atinjam a dignidade da pessoa), são restrições que
estimulam o devedor a pagar. Ex: reter passaporte, proibir de participar em concurso
público, reter CNH, podem ser aplicadas as medidas restritivas do direito penal.
AULA 23/09/19
Competência
Exs: art. 102, I e art.105, II, CF - Como previsto no artigo 102, I, m, CF/88 o
STF pode delegar atribuições para a prática de atos processuais.
a.3) o juízo cível competente, quando o título executivo for a sentença penal
condenatória ou sentença arbitral.
AULA 28/09/19
• Foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu
origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
19/10/2019
26/10/2019
FRAUDES
1- Eventum damini
2- Concibium fraudis
FRAUDE A EXECUÇÃO
04/11/2019 - Lauisla
Como toda inicial deve seguir o presente no art. 319, deve-se colocar
valor da causa, que será o valor da execução atualizado da causa, sendo
assim, precisa-se recolher custas processuais. Quando se trata de petição
simples não é necessário recolher custas processuais.
c) Permanecer inerte—PENHORA
OBS: