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Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e

desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).


A revolução é digital ou não?


(Material do aluno)

➢ Qual a influência das redes sociais nos conflitos sociais, nas reivindicações, nas
revoluções e nas guerras?
➢ As redes sociais podem ser responsabilizadas pelas recentes mobilizações
sociais?
➢ As redes sociais ajudam a fortalecer as discussões públicas?

Os textos e as questões propostas abaixo podem ajudá-lo nesta reflexão.

Respeito à própria intimidade


(Roberto Soares Garcia)

O abuso do direito à imagem escancarada pode suprimir o direito à privacidade, abrindo


espaço para uma ditadura do monitoramento ilimitado.

A falta de recato com a própria intimidade, revelada sem pejo em algumas páginas
da Internet, nas telas do "Big Brother" e nas traseiras de automóveis, onde se veem
grudadas figurinhas representativas da composição da família proprietária, constitui, em
um primeiro olhar, exercício de direito à autoexposição.
Pondero, para a reflexão do leitor, que o abuso desse direito à imagem
escancarada poderá levar à supressão do direito fundamental à privacidade, abrindo
espaço para a ditadura do monitoramento oficial ilimitado. A perda de espaço destinado
à intimidade, como se lembram os que leram "1984", é característica de regimes
autoritários.
Sociedades democráticas prezam os direitos de minorias, em especial o direito da
menor minoria possível, que é o indivíduo.
Não foi por acaso que, pós-ditadura, a Constituição destinou seu dispositivo mais
extenso à tutela de direitos individuais: o artigo 5º tem 78 incisos e diz, ao fim, que o rol
não é exaustivo, o que confere a todos nós proteção contra o Estado, que não pode
atentar contra a intimidade do cidadão, bisbilhotando, sem autorização judicial, sua
movimentação bancária ou suas comunicações telefônicas; se o fizer, o indivíduo pode
recorrer ao Judiciário para resguardar seus direitos.
É, contudo, no exagerado exercício individual do direito de abrir mão da
privacidade que mora o problema. Se considero normal informar ao estranho que vai à
traseira do meu carro que somos cinco em casa, como poderei exigir da loja da esquina
a manutenção em segredo do cadastro que lá preenchi?
Por que o fiscal do Imposto de Renda deveria se privar de vasculhar minha conta
corrente se tuíto a todos os que me "seguem" o quanto gastei no final de ano em
determinado shopping?
Como sustentar que a polícia não pode ouvir minhas conversas telefônicas se
divulgo detalhadamente todos os meus pecados, fotografados ou filmados, no Orkut?
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

Em resumo: se não velo pelo que me é próprio, pela minha intimidade, por que o
Estado estaria obrigado a velar? A resposta, por ora, está na vigência da lei, que me
autoriza a divulgar meus segredos e veda ao Estado acesso indiscriminado à minha
intimidade.
Mas a legitimidade da lei está no eco que seus comandos encontram na sociedade.
Se a norma visa proteger o que o indivíduo não se importa mais em perder, a vida da
tutela ao direito será curta. Ao abrir reiteradamente mão do resguardo da intimidade
como vetor de vida, o cidadão, sem perceber, leva a sociedade para um modelo
autoritário, em que o indivíduo e a privacidade não importam.
Já que, por definição, se descartam intervenções que substituam o próprio cidadão
nas decisões sobre sua intimidade, a solução está no alerta para que, em nossas
condutas, cada um preze um pouco mais por sua privacidade. Esse cuidado responsável
e voluntário não trará prejuízo. Já o descuido poderá ser fatal até para a democracia!

(Folha de São Paulo, 27/02/2011 -Caderno Tendências e Debates)

Trecho da entrevista com Eric Schmidt,


membro do Conselho Executivo do Google

A revolução não é digital

Prestes a deixar a presidência do Google, o executivo afirma que a empresa chegou à


maturidade e minimiza a importância da Internet nas revoltas populares dos países
árabes.

Revista Veja - Na semana passada, o vice-primeiro-ministro russo de certa forma


culpou o Google pela revolução que depôs Hosni Mubarak no Egito. O senhor assume
alguma parcela de responsabilidade pelo que acontece nos países árabes?

Eric Schmidt - Eu rejeito esse tipo de afirmação. Quem diz que o Google, o Facebook
ou o Twitter foram responsáveis pela revolução no Egito ou em qualquer país vizinho
incide num erro e comete uma injustiça. A revolução foi feita pelos egípcios. Muitos
pagaram com a vida por participar dela. Foi uma questão interna, relacionada à
demografia de um país cheio de jovens com pouco emprego, muita repressão, muita
desigualdade. Isso é que deve ser lembrado.

Revista Veja - Qual o real poder político e mobilizador das ferramentas digitais da
Internet?

Eric Schmidt - Celulares, redes sociais, sites da Internet são apenas isto: ferramentas.
Permitem que as pessoas organizem e comuniquem seus pensamentos de maneira mais
eficiente, mas não podem nada sem as pessoas a lhes dar vida. E, como toda ferramenta,
podem ser usados pelos dois lados do conflito como de fato aconteceu no Egito, por
exemplo. Sempre é bom lembrar que nenhuma pessoa caiu, ou jamais cairá, morta
alvejada por um tweet.
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

(Fragmentos de entrevista – Veja, edição 2206, 2 mar. 2011)

1. O que Roberto Soares Garcia quis dizer com a expressão “ditadura do


monitoramento oficial ilimitado”?
2. Baseando-se no trecho “Se considero normal informar ao estranho que vai à
traseira do meu carro que somos cinco em casa, como poderei exigir da loja da
esquina a manutenção em segredo do cadastro que lá preenchi?” do texto
intitulado Respeito à própria intimidade, responda:
a. Você acha que o comportamento humano atual, em relação à liberdade
de expressão/privacidade, é contraditório? Justifique.
3. Você participa de redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram?
4. Por que você participa ou não desse tipo de interação virtual?
5. O que você costuma postar/veicular nas redes que utiliza?
6. Você considera ser possível manter a privacidade mesmo utilizando as redes
sociais?
7. Qual você pensa ser a função principal das redes sociais hoje em dia?
8. Em Janeiro e Fevereiro de 2011, ocorreu no Egito uma série de manifestações de
rua, protestos e atos de desobediência civil. A manifestação ficou conhecida
como Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo. Os principais
motivos para o início das manifestações e tumultos foram a violência policial, as
leis de estado de exceção, o desemprego, o desejo de aumentar o salário mínimo,
a falta de moradia, inflação, corrupção, falta de liberdade de expressão, as más
condições de vida e os fatores demográficos estruturais. O principal objetivo dos
protestos era derrubar o regime do presidente Hosni Mubarak, que estava no
poder há quase 30 anos. De acordo com a mídia, o uso das redes sociais foi
fundamental para a divulgação e amplitude da revolução. (Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Eg%C3%ADpcia_de_
2011). Veja o que diz Eric Schmidt, membro do Conselho Executivo do Google,
a respeito dessa influência: “Quem diz que o Google, o Facebook ou o Twitter
foram responsáveis pela revolução no Egito ou em qualquer país vizinho incide
num erro e comete uma injustiça.?”.
a. Você concorda com Schmidt? Por quê?
9. Você acha que as redes sociais desempenham papel importante nas revoluções
atuais? Justifique sua resposta.
10. Como você entende a seguinte frase de Schmidt: “Sempre é bom lembrar que
nenhuma pessoa caiu, ou jamais cairá, morta alvejada por um tweet?”. O que
ele quer dizer com isso? Você concorda com ele?
11. Na sua opinião, as redes sociais trouxeram mais benefícios ou malefícios para a
vida moderna? Procure comprovar sua resposta com alguns exemplos.
12. Agora, a sala será dividida em 2 grupos. Um defenderá o tema “Os benefícios da
revolução digital” e o outro o tema “Os malefícios da revolução digital”. Busque
contribuir para a discussão com argumentos embasados nos textos lidos e em
seus conhecimentos prévios sobre o assunto.

Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

A revolução é digital ou não?


(Material do professor)

➢ Qual a influência das redes sociais nos conflitos sociais, nas reivindicações, nas
revoluções e nas guerras?
➢ As redes sociais podem ser responsabilizadas pelas recentes mobilizações
sociais?
➢ As redes sociais ajudam a fortalecer as discussões públicas?

Nessa parte o professor deve levar em consideração o quanto a Internet, hoje, está
muito mais acessível do que há dez anos, por exemplo. Com isso e pelo fato de ser um
meio de comunicação de extrema agilidade e facilidade na transmissão de informações,
a rede se tornou um eficiente meio para conectar pessoas, seja para causas sociais,
políticas ou por questões pessoais. Tendo uma grande abrangência a nível global, é por
meio da rede que se pode atingir o maior número de pessoas em um curto espaço de
tempo em prol de determinadas causas. Para responder essas questões, os alunos
também podem dar exemplos de casos recentes em que o uso da Internet foi
fundamental para certas conquistas.

Os textos e as questões propostas abaixo podem ajudá-lo nesta reflexão.

Respeito à própria intimidade


(Roberto Soares Garcia)

O abuso do direito à imagem escancarada pode suprimir o direito à privacidade, abrindo


espaço para uma ditadura do monitoramento ilimitado.

A falta de recato com a própria intimidade, revelada sem pejo em algumas páginas
da Internet, nas telas do "Big Brother" e nas traseiras de automóveis, onde se veem
grudadas figurinhas representativas da composição da família proprietária, constitui, em
um primeiro olhar, exercício de direito à autoexposição.
Pondero, para a reflexão do leitor, que o abuso desse direito à imagem
escancarada poderá levar à supressão do direito fundamental à privacidade, abrindo
espaço para a ditadura do monitoramento oficial ilimitado. A perda de espaço destinado
à intimidade, como se lembram os que leram "1984", é característica de regimes
autoritários.
Sociedades democráticas prezam os direitos de minorias, em especial o direito da
menor minoria possível, que é o indivíduo.
Não foi por acaso que, pós-ditadura, a Constituição destinou seu dispositivo mais
extenso à tutela de direitos individuais: o artigo 5º tem 78 incisos e diz, ao fim, que o rol
não é exaustivo, o que confere a todos nós proteção contra o Estado, que não pode
atentar contra a intimidade do cidadão, bisbilhotando, sem autorização judicial, sua
movimentação bancária ou suas comunicações telefônicas; se o fizer, o indivíduo pode
recorrer ao Judiciário para resguardar seus direitos.
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

É, contudo, no exagerado exercício individual do direito de abrir mão da
privacidade que mora o problema. Se considero normal informar ao estranho que vai à
traseira do meu carro que somos cinco em casa, como poderei exigir da loja da esquina
a manutenção em segredo do cadastro que lá preenchi?
Por que o fiscal do Imposto de Renda deveria se privar de vasculhar minha conta
corrente se tuíto a todos os que me "seguem" o quanto gastei no final de ano em
determinado shopping?
Como sustentar que a polícia não pode ouvir minhas conversas telefônicas se
divulgo detalhadamente todos os meus pecados, fotografados ou filmados, no Orkut?
Em resumo: se não velo pelo que me é próprio, pela minha intimidade, por que o
Estado estaria obrigado a velar? A resposta, por ora, está na vigência da lei, que me
autoriza a divulgar meus segredos e veda ao Estado acesso indiscriminado à minha
intimidade.
Mas a legitimidade da lei está no eco que seus comandos encontram na sociedade.
Se a norma visa proteger o que o indivíduo não se importa mais em perder, a vida da
tutela ao direito será curta. Ao abrir reiteradamente mão do resguardo da intimidade
como vetor de vida, o cidadão, sem perceber, leva a sociedade para um modelo
autoritário, em que o indivíduo e a privacidade não importam.
Já que, por definição, se descartam intervenções que substituam o próprio cidadão
nas decisões sobre sua intimidade, a solução está no alerta para que, em nossas
condutas, cada um preze um pouco mais por sua privacidade. Esse cuidado responsável
e voluntário não trará prejuízo. Já o descuido poderá ser fatal até para a democracia!

(Folha de São Paulo, 27/02/2011 -Caderno Tendências e Debates)

Trecho da entrevista com Eric Schmidt,


membro do Conselho Executivo do Google

A revolução não é digital

Prestes a deixar a presidência do Google, o executivo afirma que a empresa chegou à


maturidade e minimiza a importância da Internet nas revoltas populares dos países
árabes.

Revista Veja - Na semana passada, o vice-primeiro-ministro russo de certa forma


culpou o Google pela revolução que depôs Hosni Mubarak no Egito. O senhor assume
alguma parcela de responsabilidade pelo que acontece nos países árabes?

Eric Schmidt - Eu rejeito esse tipo de afirmação. Quem diz que o Google, o Facebook
ou o Twitter foram responsáveis pela revolução no Egito ou em qualquer país vizinho
incide num erro e comete uma injustiça. A revolução foi feita pelos egípcios. Muitos
pagaram com a vida por participar dela. Foi uma questão interna, relacionada à
demografia de um país cheio de jovens com pouco emprego, muita repressão, muita
desigualdade. Isso é que deve ser lembrado.
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

Revista Veja - Qual o real poder político e mobilizador das ferramentas digitais da
Internet?

Eric Schmidt - Celulares, redes sociais, sites da Internet são apenas isto: ferramentas.
Permitem que as pessoas organizem e comuniquem seus pensamentos de maneira mais
eficiente, mas não podem nada sem as pessoas a lhes dar vida. E, como toda ferramenta,
podem ser usados pelos dois lados do conflito como de fato aconteceu no Egito, por
exemplo. Sempre é bom lembrar que nenhuma pessoa caiu, ou jamais cairá, morta
alvejada por um tweet.

(Fragmentos de entrevista – Veja, edição 2206, 2 mar. 2011)

1. O que Roberto Soares Garcia quis dizer com a expressão “ditadura do


monitoramento oficial ilimitado”?

Ao utilizar essa expressão, o autor quis se referir à extrema falta de privacidade da


vida moderna, na qual, a todo o momento, estamos sendo “vigiados”
ilimitadamente. Trata-se praticamente de uma ditadura, pois essa falta de
privacidade é algo praticamente imposto a nós, ou seja, hoje em dia não se pode
escolher ter ou não privacidade: não é mais possível tê-la. Talvez os alunos possam
achar a visão de Soares um tanto quanto categórica, uma vez que somos nós, seres
humanos, que limitamos nossa privacidade.

2. Baseando-se no trecho “Se considero normal informar ao estranho que vai à


traseira do meu carro que somos cinco em casa, como poderei exigir da loja da
esquina a manutenção em segredo do cadastro que lá preenchi?” do texto
intitulado Respeito à própria intimidade, responda:
a. Você acha que o comportamento humano atual, em relação à liberdade
de expressão/privacidade, é contraditório? Justifique.

Baseando-se no trecho, o aluno pode achar que realmente o comportamento


humano, hoje, em relação à liberdade de expressão/privacidade, é contraditório
justamente pelo fato de expormos tanto nossas vidas, nossas questões pessoais, e de
nos esquecermos de que algumas coisas deveriam permanecer privadas. Por sua
vez, quando é o outro que nos expõe, que tira a nossa privacidade, nos
posicionamos contra. O comportamento contraditório atual do ser humano é
cobrar privacidade quando ele mesmo “abre mão” dela.

3. Você participa de redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram?


4. Por que você participa ou não desse tipo de interação virtual?
5. O que você costuma postar/veicular nas redes que utiliza?

Nas questões 3, 4 e 5, o professor deve deixar que os alunos percebam qual a


contemporânea finalidade das redes sociais e como as pessoas, principalmente
adolescentes, comportam-se diante delas. Eles devem perceber que, embora, a
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

princípio, as redes sociais tenham sido criadas por uma questão de interação, o
modo como as pessoas vêm utilizando-as denota outras funções que elas podem ter
atualmente.

6. Você considera ser possível manter a privacidade mesmo utilizando as redes


sociais?

Nessa questão os alunos podem dar exemplos pessoais, falando sobre os limites que
eles mesmos se impõem ao postar algo sobre a vida pessoal nessas redes. Eles
podem falar, por exemplo, o que, para eles, seria passível de se colocar nas redes
sociais ou não. Além disso, deve-se levar em consideração que o que é perda de
privacidade para um pode não ser para outro.

7. Qual você pensa ser a função principal das redes sociais hoje em dia?

As funções das redes sociais são diversas. Entre elas, divulgar campanhas (sociais,
políticas, ambientais etc.), incentivar à cultura, promover debates, unir forças para
determinadas mobilizações, agregar conhecimento, compartilhar informações, etc.
Ressalta-se que houve uma ampliação das funções de integração e interação das
redes sociais, o que possibilita um alcance dessas redes sociais em nível mundial.

8. Em Janeiro e Fevereiro de 2011, ocorreu no Egito uma série de manifestações de


rua, protestos e atos de desobediência civil. A manifestação ficou conhecida
como Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo. Os principais
motivos para o início das manifestações e tumultos foram a violência policial, as
leis de estado de exceção, o desemprego, o desejo de aumentar o salário mínimo,
a falta de moradia, inflação, corrupção, falta de liberdade de expressão, as más
condições de vida e os fatores demográficos estruturais. O principal objetivo dos
protestos era derrubar o regime do presidente Hosni Mubarak, que estava no
poder há quase 30 anos. De acordo com a mídia, o uso das redes sociais foi
fundamental para a divulgação e amplitude da revolução. (Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Eg%C3%ADpcia_de_
2011). Veja o que diz Eric Schmidt, membro do Conselho Executivo do Google,
a respeito dessa influência: “Quem diz que o Google, o Facebook ou o Twitter
foram responsáveis pela revolução no Egito ou em qualquer país vizinho incide
num erro e comete uma injustiça.?”.
a. Você concorda com Schmidt? Por quê?

Nessa questão o professor deve levar em consideração a influência que a rede


exerce nessas questões, entretanto, reforçar a ideia de que ela não determina a
ocorrência de revoluções como a que ocorreu no Egito. Os responsáveis por isso
não são apenas os impactos das redes sociais nesse processo revolucionário.
Condições sociais, revoltas, insatisfação com o governo, má qualidade de vida,
repressão, ditadura, crimes políticos, esses fatores foram muito mais responsáveis
pelo que ocorreu no Egito do que o Facebook ou o Twitter, por exemplo.
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

9. Você acha que as redes sociais desempenham papel importante nas revoluções
atuais? Justifique sua resposta.

Aqui os alunos podem lançar mão de grandes revoluções recentes que tiveram
amplitude devido ao uso da rede. Eles também poderiam justificar esse potencial da
Internet falando do poder de alcance que a rede tem, por ser acessível, prática e
funcionar muito bem de forma instantânea.

10. Como você entende a seguinte frase de Schmidt: “Sempre é bom lembrar que
nenhuma pessoa caiu, ou jamais cairá, morta alvejada por um tweet?”. O que
ele quer dizer com isso? Você concorda com ele?

Nessa questão o professor pode reforçar a ideia de que boa ou ruim não é a
tecnologia, mas sim o uso que o homem faz dela. A tecnologia precisa do homem
para o seu manuseio, sem isso, de nada ela é capaz. E quem souber usá-la de forma
consciente, certamente saberá utilizar os grandes benefícios que a rede pode nos
trazer.

11. Na sua opinião, as redes sociais trouxeram mais benefícios ou malefícios para a
vida moderna? Procure comprovar sua resposta com alguns exemplos.
12. Agora, a sala será dividida em 2 grupos. Um defenderá o tema “Os benefícios da
revolução digital” e o outro o tema “Os malefícios da revolução digital”. Busque
contribuir para a discussão com argumentos embasados nos textos lidos e em
seus conhecimentos prévios sobre o assunto.

Nas questões 11 e 12, o professor pode planejar um minidebate sobre o assunto. Os


alunos podem valer-se tanto de argumentos de cunho pessoal para defenderem seu
ponto de vista, quanto de argumentos mais técnicos, baseados nos usos feitos hoje
em dia da rede. Aqui podem entrar questões como: a eficiência e a rapidez na
transmissão de informações, a facilitação da comunicação a nível mundial bem
como os casos de pedofilia, sequestros e demonstração de preconceitos facilitados
pela rede. Enfim, seria interessante que, por meio dessa discussão, os alunos
chegassem à conclusão de que os malefícios ou benefícios das redes sociais
dependem do uso que o ser humano faz delas, assim como toda tecnologia da era
digital.


Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

Outros textos sobre o assunto para direcionar as discussões

Mundo virtual auxilia debate - Cristiane Grandi

A Internet tem possibilitado uma mudança no modo de se fazer protestos sociais


no país. A rápida divulgação de informações e o grande alcance que a ferramenta
oferece permitem que novas formas de mobilizações sejam criadas e ganhem ainda mais
força.
Diferente do que acontecia no passado, quando um grande número de pessoas ia
às praças públicas fazer reivindicações e expor pensamentos, o debate de ideias tem se
tornado cada vez mais virtual. Os movimentos atuais lançam blogs e perfis em sites de
relacionamento - como Facebook, Twitter e Orkut - e ali reivindicam mudanças, tomam
conhecimento do que está sendo organizando e também agendam protestos presenciais.
Tudo isso com um diferencial: o número de integrantes é cada vez mais expressivo.
Uma das explicações para o crescimento desses movimentos, segundo
especialistas, é a facilidade com que as pessoas podem se comprometer com uma ação
em poucos cliques. Essas formas de mobilização tornam possível propor mudanças na
legislação, apoiar um abaixo-assinado ou se posicionar de forma contrária às decisões
do governo.
"Os jovens querem que as pessoas parem de pensar seu mundo como sendo
apenas seu bairro e passem a perceber a cidade como um todo. Assim, as ferramentas da
Internet facilitam de maneira incomparável a aproximação das pessoas à sociedade, sem
que, em um primeiro momento, seja preciso sair de suas casas", afirma o doutor em
ciências sociais Juarez Dayrell.
Características. Com poucos líderes, mas um grande número de integrantes.
Assim Dayrell descreve o movimento social atual que, segundo ele, ganhou mais força a
partir de 2010, quando começaram a emergir, nas cidades, mais agrupamentos que têm
como tema comum o espaço urbano.
De acordo com ele, as mobilizações sociais na Internet colocaram em voga
assuntos que mereciam mais atenção. "Esse aumento tem ligação com a postura
inflexível adotada pelos governos vigentes. As pessoas querem modificar essa situação
e, para isso, se mobilizam", diz o especialista, que é coordenador do Observatório da
Juventude - programa da Universidade Federal de Minas Gerais, que estuda ações
sociais jovens.
O especialista acrescenta, ainda, que, com os cidadãos mais cientes da
importância de sua atuação e da facilidade de mobilização, "passam a surgir mais
pessoas com desejo de se aproximar das decisões".
Permanência. Para Juarez Dayrell, movimentos de mobilização social só irão
permanecer caso seus integrantes encontrem novas lutas, tão relevantes quanto as atuais.

Espaço está disponível para todos


Para o coordenador do curso de produção multimídia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Caio Giannini, como a Internet é de fácil acesso,
Atividade proposta por Daiane Evelyn Ponciano e Raissa Nunes Leal e
desenvolvida pela equipe do Projeto Redigir (FALE/UFMG).

os movimentos não estão restritos a um público. "Tem gente de todas as idades se
manifestando sobre os mais diferentes assuntos", ressaltou.
Segundo ele, os protestos na Internet refletem as características de quem utiliza a
ferramenta usualmente, e é difícil encontrar quem nunca aderiu a um movimento na
rede. "À medida que mais pessoas passarem a ter contato com as ferramentas, vão
abraçar os movimentos", analisa Caio Giannini. (CG)

(GRANDI, CRISTIANE. Mundo virtual auxilia debate. Jornal O TEMPO 17/04/2011) Disponível em:
http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=168786,OTE (acessado em 17/04/2011)

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