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Sorgo: ingrediente alternativo para nutrição animal

1. GENERALIDADES

O sorgo é uma gramínea de origem africana, pertencente a família Gramineae e


de nome científico Sorghum bicolor. Situa-se em quinto lugar entre os cereais mais
plantados no mundo, ficando atrás apenas para as produções de trigo, arroz, milho e
cevada. Em regiões como a Ásia, África, China, Rússia e América Central os grãos de
sorgo são largamente utilizados para a alimentação humana, enquanto que na América
do Norte e Sul, Europa e Austrália sua produção é destinada especialmente à produção
de rações. Esse cereal foi introduzido no Brasil no início do século XX, mas desde então
nunca se firmou como uma cultura com características comerciais tão marcantes.
Por ser visualizado como substituto do milho em seus vários usos, o sorgo teve
problema para ser identificado pelos produtores e consumidores como tal. Também por
ser apresentado como rústico, com sua origem em regiões semi-áridas e áridas, seria
resistente a seca, foi introduzido no Nordeste como o produto que salvaria a produção
agropecuária daquela região, no entanto, o sorgo é um pouco mais resistente á um
estresse hídrico do que o milho, mas não é resistente à seca como se propagava, e
depende de boas práticas culturais para atingir produtividades melhores, assim, teve
dificuldades para se tornar um produto comercial de porte naquela região.

 
A informação que se possui com respeito ao sorgo, indica-o como um bom
substituto do milho na produção agrícola e na alimentação animal, mas aspectos
culturais que afetam o comportamento dos agentes do agronegócio do Brasil dificultam
esta substituição e geram problemas de mercado para o produto. Na realidade o produtor
de sorgo é quase que integrado com algumas firmas produtoras de rações, visto que nos
canais normais de comercialização eles têm dificuldades de colocar o produto, pois em
sua maioria no momento da colheita o produtor precisa escoar o grão direto para os
consumidores por não terem espaços específicos e separados para armazenagem deste
cereal. Por exemplo, os armazéns graneleiros são usados prioritariamente para
estocagem de milho e soja, sendo usados apenas espaços marginais para armazenagem
de sorgo. Desta forma a comercialização do sorgo ocorre de forma intensa nos meses da
colheita e, por isso, passa a concentrar-se nos armazéns das grandes empresas
consumidoras, restando pouco tempo para a comercialização futura. O sorgo é uma
cultura marginal ao milho e depende do desempenho dele para participar no mercado.
Normalmente o preço mínimo do sorgo representa 80% do preço do milho,
possivelmente essa relação vem se mantendo no mercado interno e internacional. Dessa
forma, a variação sazonal dos preços do sorgo deve seguir de perto o do milho, em
função da utilização semelhante, sendo assim, os preços do sorgo são fortemente
influenciados pelos do milho.
Ao avaliarmos a produção brasileira como um todo, nota-se que em uma década
a área colhida de sorgo em grãos praticamente quadruplicou e que a produção mais que
quadruplicou. Analisando os dados de 1973 até 1994, a produção cresceu a taxa média
de 1,3% ao ano, representando aproximadamente um crescimento de 32,93% em um
período de 22 anos, por outro lado, no período de 1995 até 2001 a taxa de crescimento
média foi de 19,85 % ao ano, resultando em um crescimento aproximado de 255,1% no
período de 7 anos (Tabela 01). Os dados relativos à produtividade apontam para o
cultivo do sorgo sendo desenvolvidos na segunda safra nas regiões Sudeste e Centro-
Oeste, uma vez que as produtividades destas regiões são menores que a da região Sul
(Tabela 02).
Atualmente as técnicas de cultivo, variedades e sistemas de produção
relacionada ao sorgo, não constituem em fatores limitantes para a expansão da cultura
do sorgo, dadas à versatilidade desse cereal quanto à sua adaptação aos diversos tipos de
solo, climas, bem como as suas características de boa resistência à seca. Dessa forma o
sorgo pode ser cultivado em áreas em que apresentam menor disponibilidade de água do
que aquelas destinadas para o cultivo do milho. Haja vista a característica de maior
resistência hídrica, o sorgo apresenta maiores opções de plantios do que o milho, sendo
muito utilizado como opção para o plantio de safrinha em algumas regiões do Brasil
(Figura 01).

Figura 01
Épocas de Plantio do Sorgo no Brasil

 Tabela 01
Comparativo de Área, Produção e Produtividade de Sorgo nas 1999/2000 e 2000/2001
 

Tabela 02
Evolução da Produção de Sorgo no Brasil por Regiões 1973-2001

 
O plantio do sorgo, com destaque para a região Centro-oeste, tem sua
concentração no período pós-colheita de soja e milho, por isso mesmo denominada
safrinha, tendo sua colheita entre os meses de julho e agosto, época em que os armazéns
gerais da região estão abarrotados de grãos de milho e soja. Com o incremento da
produção de sorgo nos últimos anos no Brasil e com uma perspectiva de uma produção
em torno de 2.347 mton para a 2005(Tabela 03), este cereal apresenta-se como uma
alternativa para a indústria de rações para suprir as necessidades de insumos de alto
potencial de energia. Nesse contexto destaca-se o segmento avícola brasileiro, em
especial a avicultura de corte que hoje é uma das atividades agropecuária das mais
relevantes importância econômica no setor. Com uma taxa de crescimento anual
próximos aos 10% ao longo da última década, este setor vem batendo recordes
sucessivos tanto na produção como nas exportações.
O Brasil participa como terceiro colocado no ranking mundial de produtores de
frango de corte. Da mesma forma, vem merecendo destaque na produção agropecuária
brasileira o segmento suinocultura que vem crescendo a elevadas taxas nos últimos
anos, assim como segmento de rações comerciais, em especial a área de pet food.
O sorgo atualmente tem participação concretizada no segmento de rações
industrializadas, baseada em projeções que levam em conta a relação custo x benefício e
à maior oferta do cereal no mercado a curto prazo. Portanto, o sorgo granífero é
reconhecido como uma alternativa importante tanto para produtores rurais como para a
indústria de alimentação animal. No primeiro caso, o sorgo representa uma lavoura
rústica e produtiva, já para os fabricantes de alimentação animal, o sorgo é um
importante componente dentro do mix de insumos energéticos que entra na composição
de rações para pet food, aves, suínos, bovinos e rações comerciais.
 
Tabela 03
Contudo, existem paradígmas a serem superados no processo de comercialização
do grão de sorgo, principalmente no tocante aos espaços adequados de armazenagem
desse cereal. Dentre eles destacamos o momento da colheita, onde o grão encontra-se
com umidade que varia entre 13 a 16% , podendo transformar-se num problema, que via
de regra acaba por comprometer a sua qualidade nutritiva. Os armazéns de uma maneira
geral recusam-se a fazer pré-limpeza e secagem, principalmente devido as dificuldades
operacionais, como troca de peneiras. Por outro lado, a secagem do cereal com presença
de casca e palhada aumentam o risco de incêndios no interior dos secadores provocando
danos aos equipamentos e perdas de grãos. Dessa forma, a colheita acaba sendo
armazenada a céu aberto ou coberta por lona plástica.
Sendo assim, tendo em vista ofertar ao mercado consumidor produtos de
elevadíssima qualidade, a Bunge Alimentos através de seus segmentos de Originação de
Grãos e sua área de Comercialização de Produtos para Nutrição Animal, buscando
quebrar os paradígmas inerentes ao sorgo, destina armazéns próprios para a recepção de
grãos de sorgo. Todo o produto recebido passa por processos de pré-limpeza e secagem,
ficando em armazéns e silos controlados por termometria e controladores de umidade,
bem como sistemas de aeração.
Nessas condições de armazenagem a qualidade do sorgo comercializada pela
Bunge Alimentos mantém integralmente seus aspectos nutricionais, possibilitando aos
diversos segmentos da indústria de produção de rações adquirirem grãos de alto padrão
de qualidade, propiciando aos nutricionistas formularem suas rações com toda
segurança que merecem. Autor: Luis Cláudio Coelho de Holanda –

Fonte: Bünge Alimentos

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