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Por Dudude
......Do
lugar
que
Proust
ocupa,
docemente,
ansiosamente,
sempre
e
cada
vez
que
desperta,
deste
lugar,
se
meus
olhos
estiverem
abertos,
não
posso
mais
escapar....
Esta
impressão
de
Foucault
já
denuncia
o
nosso
fazer
arte
na
vida,
nosso
oficio,
nossa
profissão
e
trabalho,
nossa
maneira
de
estar
no
mundo.
Quando
nos
descobrimos
em
“algo”
que
nos
arrebata
e
nos
faz
ver
mais,
sentir
mais,
escutar
mais
as
coisas
do
mundo
e
de
mundo,
nos
altera
e
a
partir
desta
lucidez
inebriante
não
conseguimos
não
ver,
não
sentir,
não
escutar
e
decorrente
disso
nos
colocamos
no
olho
do
furacão
e
passamos
a
ter
necessidade
e
urgência
de
expressão,
de
publicarmos
em
arte
e
produzirmos
sensibilidades,
tornando
o
lugar
do
efêmero
nossa
fonte
de
criarmos
no
desejo
de
tocar
o
mundo.
Fomentar
o
campo
do
sensível,
nos
fazer
acordados,
ver
o
invisível,
alimentar
de
impressões
que
o
viver
nos
traz
e
nos
faz
mover,
remover,
desmover,
não
há
fuga,
ou
caminho
de
volta
ao
ser
anestesiado
e
amortecido,
existindo
a
premissa
do
fazer,
de
dar
e
trazer
notícias
através
da
poesia,
da
expressão
artística.
Experimentamos
o
presente
todo
o
tempo,
tendo
visto
que
somos
fabricadores
efêmeros
que
aparecemos
e
desaparecemos
em
potências
múltiplas.
A
linguagem
da
improvisação
no
terreno
da
arte
da
cena
viva
é
um
recurso
rico
em
estratégias,
em
acordos
no
instante
da
ação.
O
artista
improvisador,
sabe
que
o
desapego
é
sua
força,
seu
treino
é
constante,
vida
e
arte
estão
intrínsecos
e
aliados
e
o
conhecimento
adquirido
lhe
pertence
todo
o
tempo.
É
bom
lembrar
que
conhecimento
é
algo
pertencido
e
certamente
ninguém
pode
retirar
de
um
ser
tal
conhecimento
adquirido
via
experiência,
acontecimentos,
sendo
seu
bem
maior.
A
linguagem
da
improvisação
em
dança
é
sim
um
modo
operante
e
econômico
de
criar
trabalhos
em
dança
Porquê?
Porque
temos
no
conhecimento
nosso
bem
maior
e
estratégias
para
criarmos
tais
trabalhos
usando
do
espaço,
das
coisas
que
ali
se
encontram
e
extraindo
imagens
volumosas
do
que
já
está
no
espaço,
sendo
assim
ouso
considerar:
2 Tudo é importante
Dança é sim uma linguagem do presente, acontecendo no momento justo do acontecimento.
Todo momento é único e nunca mais irá se repetir como tal.
Treino
para
a
vida
inteira
e
assim
sendo
não
posso
e
não
quero
mais
escapar
,
porque
isto
me
interessa!