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-Esperamos que este glossário de termos e princípios sirva como um auxílio útil e
prático para aqueles que não estão familiarizados com certas expressões, tópicos ou
princípios discutidos com frequência neste livro. Por nós acharmos ser mais benéfico, este
glossário foi organizado por tópicos ao invés de por ordem alfabética.-
Papado - o cargo de um papa, sucessor de São Pedro, que foi instituído por Jesus Cristo
sobre em São Pedro como o chefe da Igreja Cristã (Mateus 16:18-20; João 21:15-17). Os
bispos de Roma são os sucessores de São Pedro. Eles têm a mesma primazia na Igreja Cristã
que São Pedro tinha na Igreja Apostólica.
Papa Pio IX, Primeiro Concílio do Vaticano, Sessão 4, Cap. 4, 1870: “… o Pontífice
Romano, quando pronuncia-se ex cathedra [desde a Cátedra de Pedro], isto é, quando
executa o cargo de pastor e professor de todos os cristãos de acordo com a sua suprema
autoridade apostólica, explica uma doutrina de fé ou moral a ser crida pela Igreja Universal,
pela assistência divina a ele prometida através do bem-aventurado Pedro, opera com aquela
infalibilidade com a qual o divino Redentor quis que a Sua Igreja fosse instruída ao definir
doutrinas acerca da fé ou moral; e, então, tais definições do Pontífice Romano de si próprio,
não do consenso da Igreja, são inalteráveis.” 1
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, Sess. 3, Cap. 4, Sobre a fé e a razão, 1870, ex cathedra:
“Logo, deve-se sempre ter por verdadeiro sentido dos dogmas aquele que a Santa Madre
Igreja uma vez tenha declarado, não sendo jamais permitido afastar-se deste sentido sob o
pretexto ou em nome de uma compreensão mais profunda.” 2
Papa Pio IX , Concílio Vaticano I, Sess. 3, Cap. 4, Cânon 3: “Se alguém disser que por
vezes, de acordo com o progresso das ciências, se pode atribuir aos dogmas propostos pela
Igreja um sentido diverso daquele que a Igreja entendeu e entende - seja anátema.”3
Herético - uma pessoa baptizada que rejeita um dogma da Igreja Católica. Hereges são
automaticamente excomungados da Igreja (ipso facto), sem qualquer declaração, por
rejeitarem um ensinamento de fé estabelecido autoritariamente pela Igreja.
Papa Leão XIII, Satis Cognitum (#9), 29 de Junho de 1896 : “Ninguém que simplesmente
não creia em nenhuma (destas heresias) pode por este motivo considerar a si próprio como
ou chamar a si próprio de católico. Pois podem existir ou aparecer outras heresias que não
estão discriminadas nesta nossa obra, e, se alguém mantém uma que seja destas
heresias não é um católico.”4
Papa São Pio X, Editae saepe (#43), 26 de Maio de 1910: “É um facto certo, bem
estabelecido, que nenhum outro crime ofende a Deus tão seriamente e provoca a
Sua maior ira do que o vício da heresia.”5
Cismático – uma pessoa batizada que recusa-se a estar em comunhão com um verdadeiro
papa ou com verdadeiros católicos. Os cismáticos são quase sempre hereges. Cismáticos
também incorrem em excomunhão automática.
Apóstata - uma pessoa baptizada que não nega simplesmente uma ou mais verdades da fé
católica, mas que renuncia completamente a fé cristã. Apóstatas também incorrem em
excomunhão automática.
Seita do Vaticano II – este termo refere-se à contra-Igreja que surgiu desde o Concílio
Vaticano II, a qual foi predita na profecia Católica e nas Sagradas Escrituras. Este livro prova
em grande detalhe que essa seita falsificada é uma contra-Igreja impregnada de heresia,
apostasia e de aberrações das mais escandalosas. Este livro prova que a seita do Vaticano
II não é a Igreja Católica, mas uma falsificação do Diabo para enganar as pessoas durante a
Grande Apostasia.
Novus Ordo Missae - latim para a “Nova Ordem da Missa,” referindo-se à Nova Missa
promulgada por Paulo VI, em 3 de Abril de 1969.
Igreja Novus Ordo – tal como é empregado neste livro, é basicamente sinónimo do
termo “seita do Vaticano II,” que refere-se à contra-Igreja do Vaticano II, à Nova Missa e
àqueles que aderem a ela.
Católico Tradicionalista - uma pessoa que é simplesmente católica, isto é, que adere
à fé católica de sempre, que adere a todos dogmas proclamados pelos papas, e aos ritos
tradicionais da Igreja. O católico tradicional não aceita a falsa religião do Vaticano II ou a
Nova Missa (a Novus Ordo), porque estas são inovações opostas à doutrina católica.
Falso Tradicionalista - uma pessoa que adere a alguns dos aspectos da fé católica
tradicional (tal como a resistência ao ecumenismo ou a certas partes do Vaticano II), mas ao
mesmo tempo mantém alguma fidelidade à seita do Vaticano II. A fidelidade dos “falsos
tradicionalistas” à seita do Vaticano II consiste geralmente no facto de que eles aceitam como
verdadeiros papas os “papas” pós-Vaticano II, mesmo podendo-se provar que os “papas”
pós-Vaticano II são antipapas (como é demonstrado neste livro).
Salmos 95:5 - “Porque todos os deuses das gentes [gentis] são demónios...”
1 Coríntios 10:20 - “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos
demónios, não a Deus. E não quero que vós tenhais sociedade com os demónios.”
Papa Pio XI, Ad salutem, 20 de Abril de 1930: “... todas as ânsias e loucuras, ultrajes e
luxúria, introduzidos na vida de um homem por demónios através do culto a falsos deuses.” 8
Islão - uma falsa religião revelada pelo falso profeta Maomé. Os seus seguidores chamam-
se muçulmanos e seguem o livro chamado Alcorão. Muçulmanos rejeitam a Trindade e a
divindade de Cristo. De acordo com a doutrina católica, o islão é uma abominação e uma
seita maligna (isto é, uma seita que vem do Diabo). Os muçulmanos são não-crentes (infiéis),
que precisam se converter para se salvarem.
Papa Eugénio IV, Concílio de Basileia, 1434: “...há esperança de que muitos da abominável
seita de Maomé irão converter-se à fé católica.” 9
Papa Calisto III, 1455: “Comprometo-me a... exaltar a verdadeira Fé, e extirpar a seita
diabólica do réprobo e infiel Maomé [islão] no Oriente.” 10
Judaísmo - a religião que rejeita Jesus Cristo como o Messias e tenta praticar a Antiga Lei
dada pelo intermédio de Moisés. O judaísmo defende que o Messias ainda está para vir pela
primeira vez. A Igreja Católica ensina que a Antiga Lei foi revogada pela vinda de Cristo; que
é um pecado mortal continuar a observá-la (Concílio de Florença); e que os aderentes da
religião judaica não serão salvos ao menos que se convertam a Jesus Cristo e à fé católica.
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, 1442, ex cathedra: “A Santa Igreja Romana crê
firmemente, professa e ensina que as prescrições legais do Antigo Testamento, que são
divididas em cerimónias, ritos sagrados, sacrifícios, e sacramentos... após a vinda do nosso
Senhor Jesus Cristo... terminaram e que começaram os sacramentos do Novo Testamento...
Então, ela [a Santa Igreja Romana] declara como estranhos à fé de Cristo todos os que desde
aquela época (a promulgação do Evangelho) observam a circuncisão, o sábado e os outros
requisitos da lei, e afirma que eles não podem alcançar a salvação eterna...” 11
Papa Bento XIV, A Quo Primum, 14 de Junho de 1751: “Certamente não é em vão que a Igreja
tenha estabelecido a oração universal que é, do nascer ao pôr-do-sol, oferecida pelos infiéis
judeus para que o Senhor Deus remova o véu de seus corações, para que eles sejam
resgatados das suas trevas para a luz da verdade.” 12
Papa Bento XIV, Allatae Sunt, #19, 26 de Julho de 1755: “Em primeiro lugar, o missionário
que que está a tentar, com a ajuda de Deus, trazer à união os cismáticos gregos e orientais,
deve concentrar os seus esforços no único objetivo de livrá-los de doutrinas em desacordo
com a fé católica.” 13
No entanto, a seita do Vaticano II diz que os ortodoxos não precisam ser convertidos para
a salvação. Ela ensina que eles participam da verdadeira Igreja e estão no caminho para a
salvação (como demonstrado neste livro).
Papa Pio XI , Rerum perturbationem omnium, #4, 26 de Janeiro de 1923: “... as heresias
geradas pela reforma protestante. É nessas heresias que nós descobrimos o início daquela
apostasia da Igreja por parte da humanidade.” 14
Papa Leão XII, Ubi Primum, #14, 5 de Maio de 1824: “É impossível ao autêntico Deus, o qual
é a própria Verdade, o melhor e mais sábio Provedor, e o Recompensador dos homens bons,
aprovar todas as seitas que professam falsos ensinamentos que são frequentemente
inconsistentes uns com os outros e contraditórios, e conferir recompensa eterna aos seus
membros... Por fé divina nós professamos um Senhor, uma fé, um baptismo... É por isso que
professamos que não há salvação fora da Igreja.” 15
Porém, a seita do Vaticano II diz que o protestantismo não é heresia, que os protestantes
não são hereges, e que suas seitas são meios de salvação e que fazem parte da verdadeira
Igreja.
Papa Pio XI, Mortalium Animos, #10, 6 de Janeiro de 1928: “Então, Veneráveis Irmãos, é
claro que esta Sé Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de
acatólicos...” 16
Heresia pode ser manifestada por actos - Enquanto que algumas pessoas
manifestam a sua heresia por declarações escritas ou orais, a maioria das heresias e
apostasias são manifestadas por actos e não por palavras. Ao dirigirem-se à templos não-
católicos para culto, como uma sinagoga ou mesquita, ou ao unirem-se em culto com
protestantes e cismáticos nas suas igrejas, as pessoas manifestam heresia e apostasia.
São Tomás de Aquino, Summa Theologica, Pt. I- II, Q. 103, Art. 4: “Todas as cerimónias são
profissões de fé, nas quais consiste o culto interno de Deus. Ora, o homem pode manifestar
a fé interior tanto por actos como por palavras: e, em ambos os casos, se ele fizer uma falsa
declaração, ele comete pecado mortal.” 17
É por isso que São Tomás de Aquino ensina que se alguém fosse fazer adoração no túmulo
de Maomé, ele seria um apóstata. Tal acto, por si só, mostraria que ele não tem a fé católica
e que aceita a falsa religião do islão.
São Tomás de Aquino, Summa Theologica, Pt II, Q. 12, Art. 1, Obj. 2: ”E se alguém... fosse
adorar o túmulo de Maomé, ele seria considerado um apóstata.” 18
Papa Pio IX, Ineffabilis Deus, 8 de Dezembro 1854, Definição da Imaculada Conceição: “...
Além do mais, ao fazer isso, eles incorrem nas sanções previstas pela lei, se eles ousarem
expressar por palavras, por escrito ou por qualquer sinal exterior o que eles
pensam internamente de contrário ao presente decreto.” 19
Vemos aqui que heresia contra o dogma da Imaculada Conceição pode ser expressa por
palavras, escritos ou por “qualquer sinal exterior.” De facto, no seu livro Princípios de
Teologia Católica, Bento XVI reconhece que os actos e gestos ecuménicos que a seita pós-
Vaticano II tem dirigido aos cismáticos orientais significam precisamente que (de acordo
com a seita do Vaticano II) os cismáticos não precisam aceitar a primazia papal:
Bento XVI, Princípios de Teologia Católica, 1982, pág. 198: “Nem tampouco é possível,
por outro lado, que se considere como a única forma possível e, em
consequência, seja obrigatória para todos os cristãos a forma que tomou esta
primazia nos séculos XIX e XX. Os gestos simbólicos do Papa Paulo VI e, em particular,
o haver se ajoelhado ante o representante do patriarca ecuménico [o patriarca cismático
Atenágoras] foram um intento de expressar precisamente isto...”20
Isto será discutido mais adiante no livro, mas é uma admissão incrível pelo actual líder da
seita Vaticano II, de que os actos ecuménicos expressam heresia contra a primazia papal.
Este é um claro exemplo de uma heresia manifestada por acto.
A Igreja Católica rejeita todos aqueles que têm pontos de vista opostos -
Aqueles que rejeitam a doutrina dogmática da Igreja Católica são condenados, rejeitados e
anatematizados pela Igreja.
Papa Pelágio II, Carta (1) Quod ad dilectionem, 585: “No entanto, se alguém sugerir, ou crer,
ou ousar ensinar algo contrário a esta fé, que saiba que está condenado e anatematizado
segundo a sentença desses mesmos Padres.”21
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Cantate Domino, 1441: “Logo, a Santa Igreja
Romana condena, reprova, anatematiza e declara estar fora do Corpo de Cristo, que é a
Igreja, qualquer um que mantenha visões opostas e contrárias.” 22
Rejeitar um dogma da Igreja Católica é rejeitar toda a fé, porque Cristo
é o provedor de seus dogmas
Papa Leão XIII, Satis Cognitum, #9, 29 de Junho de 1896: “… poderá ser lícito a alguém
rejeitar uma dessas verdades sem, por esse mesmo facto, precipitar-se claramente em
heresia? – sem separar-se da Igreja? – sem repudiar em conjunto toda a doutrina cristã? Pois
tal é a natureza da fé, que nada é mais absurdo do que crer em algumas coisas e rejeitar
outras. (...) Pelo contrário, quem num só ponto diverge das verdades divinamente reveladas,
abdica de forma absoluta de toda a fé, pois recusa submeter-se a Deus como soberana
verdade e motivo formal da fé.” 23
Papa Leão XIII, Satis Cognitum, #9, 29 de Junho de 1896: “A Igreja, fundada nestes
princípios e ciente do seu cargo, não fez nada com maior zelo e esforço do que com aquele
que tem demonstrado em guardar a integridade da fé. Logo, Ela considera como rebeldes e
expelidos dos postos de filhos d'Ela todos os que mantiveram crenças em qualquer ponto de
doutrina diferentes das Suas próprias. Os Arianos, Montanistas, Novacianos, os
Quartodecimanos, os Eutiquianos, certamente não rejeitavam toda a doutrina Católica; eles
abandonaram apenas uma certa porção desta. Ainda assim, quem não sabe que foram
declarados hereges e foram banidos do seio da Igreja? Do mesmo modo foram condenados
todos os autores de preceitos heréticos que os seguiram nas épocas subsequentes. Não pode
haver nada mais perigoso do que aqueles hereges que confessam praticamente toda a
doutrina, e ainda assim, por uma palavra, como uma gota de veneno, infectam a
simples e real fé ensinada por Nosso Senhor e transmitida pela tradição apostólica.” 24
Papa Leão XIII, Satis Cognitum, #9, 29 de Junho de 1896 : “A prática da Igreja tem sido
sempre a mesma, apoiada pelo juízo unânime dos Santos Padres, que sempre consideraram
como excluídos da comunhão católica E FORA DA IGREJA QUALQUER UM QUE SE
DESVIE, NO MENOR GRAU QUE SEJA, DE QUALQUER PONTO DE DOUTRINA
PROPOSTA PELO SEU MAGISTÉRIO AUTÊNTICO.” 25
Papa São Leão o Grande, Sermão 129: “Logo, uma vez que fora da Igreja Católica não há nada
perfeito, nada imaculado... não temos qualquer semelhança com aqueles que estão
divididos da união do Corpo de Cristo; não partilhamos comunhão alguma.” 26
Deve-se resistir aos clérigos, inclusive bispos e papas, se eles afastarem-
se da fé; eles perdem automaticamente os seus cargos caso se tornem
hereges públicos
Código de Direito Canónico de 1917, cânon 188.4 : “Em virtude de renúncia tácita admitida
pelo mesmo direito, caem ipso facto, e sem nenhuma declaração, de qualquer
ofício, se… §4 Apostata publicamente da fé católica.” 27
Papa Leão XIII, Satis Cognitum, #15, 29 de Junho de 1896 : “Logo, ninguém, ao menos que
em união com Pedro, pode partilhar da sua autoridade. É absurdo imaginar que aquele
que está fora possa comandar dentro da Igreja.” 28
São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, Livro II, Cap. 30: “Por fim, os Santos Padres
ensinam unanimemente, não só que os hereges estão fora da Igreja, mas também que eles
estão ‘ipso facto’ privados de qualquer dignidade e jurisdição eclesiástica.”
Dom Prosper Guéranger, The Liturgical Year, Vol. 4, pág. 379, sobre um leigo do século V
que resistiu e condenou Nestório, seu bispo, quando este demonstrou heresia manifesta:
”Então Satanás havia produzido Nestório... entronou-o na cátedra de
Constantinopla... No mesmo ano da sua exaltação, no dia de Natal 428, Nestório, tomando
vantagem da imensa multidão de fiéis reunidos em honra da Virgem Mãe e do seu
Filho, pronunciou desde o alto do púlpito episcopal estas palavras blasfemas:
‘Maria não deu luz à Deus; o seu filho era apenas um homem, instrumento da Divindade.’
Após estas palavras, a multidão tremeu de horror. Eusébio, um simples leigo,
manifestou-se para dar expressão à indignação geral, e protestou contra essa
impiedade. Pouco depois, um protesto mais explícito foi elaborado e disseminado em nome
dos membros desta igreja de luto, anatematizando qualquer um que ousasse dizer: ‘O Único
Filho Unigénito do Pai, e o Filho de Maria são pessoas diferentes.’ Essa atitude
generosa foi a defesa de Bizâncio, e valeu-lhe o elogio de papas e concílios.
Quando o pastor transforma-se em lobo, o primeiro dever do rebanho é defender-se.” 30
Papa São Celestino, citado por São Roberto Belarmino: “A autoridade da Nossa Sé
Apostólica determinou que o bispo, clérigo ou simples cristão que foi deposto ou
excomungado por Nestório ou por seus seguidores, depois que os últimos começaram
a pregar heresia, não deve ser considerado deposto ou excomungado. Pois aquele que
desertou da fé com tais pregações, não pode depor ou remover quem quer que
seja.” 31
São Roberto Belarmino, cardeal e Doutor da Igreja, De Romano Pontifice, II, 30: “Um Papa
que é manifestamente um herege automaticamente deixa de ser Papa e Cabeça,
tal como ele deixa automaticamente de ser cristão e um membro da Igreja. Por conseguinte,
ele pode ser julgado e punido pela Igreja. Este é o ensinamento de todos os Padres da
antiguidade que ensinam que hereges manifestos perdem automaticamente toda a
jurisdição.”
São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, II, cap. 30: “Este princípio é do mais
certo. O que não é cristão não pode de maneira alguma ser Papa, como o próprio
Caetano o disse (ib. c. 26). A razão disto é que ninguém pode ser cabeça daquilo
que não é membro. Agora bem, aquele que não é cristão não é um membro da Igreja e
um herege manifesto não é cristão, tal como é claramente ensinado por S.
Cipriano (lib. 4, epíst. 2), S. Atanásio (Cont. aria.), S. Agostinho (lib. De grat.
Christ.), S. Jerónimo (contra Lucifer), e outros; logo, um herege manifesto não
pode ser Papa.”
São Francisco de Sales (séc. XVII), A Controvérsia Católica, Ed. inglesa, pp. 305-
306: “Agora, quando ele [o Papa] é explicitamente um herege, ele cai ipso
facto da sua dignidade e para fora da Igreja...” 32
Santo Antonino (1459): “No caso de o Papa ter se tornado um herege, ele encontrar-
se-ia, por esse facto isolado e sem nenhuma outra sentença, separado da
Igreja. Uma cabeça separada de um corpo não pode, enquanto se mantenha separada, ser
cabeça do mesmo corpo da qual foi cortada. Portanto, um papa que se separe da Igreja por
heresia, por esse mesmo facto, deixaria de ser a cabeça da Igreja. Ele não poderia ser um
herege e continuar como Papa, porque, uma vez que está fora da Igreja, não pode possuir as
chaves da Igreja.” 33
São Roberto Belarmino, De Romano Pontífice, Livro 2, Cap. 30, sobre o julgamento daqueles
que são hereges: “... pois homens não são obrigados ou capazes de ler corações, mas
quando eles vêm que alguém é um herege pelas suas obras públicas, eles
julgam-no pura e simplesmente como um herege, e condenam-no como um
herege.” 34
Indefectibilidade - refere-se à promessa de Cristo de que Ele estará sempre com a Sua
Igreja (Mt. 28) e que as Portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt. 16). A
indefectibilidade da Igreja requer que exista pelo menos um remanescente da Igreja até o fim
do mundo; e que um verdadeiro papa nunca ensine erro a toda a Igreja com a sua autoridade
magisterial. Isto não exclui a possibilidade de haver antipapas que digam falsamente ser
papas, nem tampouco exclui que haja uma falsa seita que reduza os fiéis da verdadeira
Igreja Católica a um pequeno remanescente nos últimos dias. Isto é precisamente o que está
predito que ocorra nos últimos dias e o que ocorreu durante a crise ariana.
Santo Atanásio disse: “Mesmo que a verdadeira Igreja de Cristo seja reduzida a um
pequeno número de verdadeiros crentes e um sacerdote verdadeiro, eles continuarão a ser a
verdadeira Igreja de Cristo na terra.” 35
Notas finais:
1 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., 13ª Edição, 1957, no.
1839.
2 Denzinger 1800.
3 Denzinger 1818.
4 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990,Vol. 2 (1878-
1903), Vol. 2 (1878- 1903), pág. 393.
5 The Papal Encyclicals, Vol. 3 (1903-1939), pág. 125.
6 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 230.
7 Denzinger 714.
8 The Papal Encyclicals, Vol. 3 (1903-1939), pág. 381.
9 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, Vol. 1, pág. 479.
10 Von Pastor, History of the Popes, II, 346; citado por Warren H. Carroll, A History of
Christendom, Vol. 3 (The Glory of Christendom), Front Royal, VA: Christendom Press, pág.
571.
11 Denzinger 712.
12 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pp. 41-42.
13 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 57.
14 The Papal Encyclicals, Vol. 3 (1903-1939), pág. 242.
15 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 201.
16 The Papal Encyclicals, Vol. 3 (1903-1939), pág. 317.
17 St. Thomas Aquinas, Summa Theologica, Pt. I-II, Q. 103., A. 4
18 St. Thomas Aquinas, Summa Theologica, Pt. II, Q. 12, A. 1, Obj. 2:
19 Denzinger 1641.
20 Bento XVI, Principles of Catholic Theology, San Francisco: Ignatius Press, 1982, pág. 198.
21 Denzinger 246.
22 Denzinger 705.
23 The Papal Encyclicals, Vol. 2 (1878-1903), pág. 394.
24 The Papal Encyclicals, Vol. 2 (1878-1903), pág. 393.
25 The Papal Encyclicals, Vol. 2 (1878-1903), pág. 393.
26 Citado em Sacerdotium, # 2, Instauratio Catholica, Madison Heights, WI, pág. 64.
27 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, translated by Dr. Edward Von Peters,
Ignatius Press, 2001, pág. 83.
28 The Papal Encyclicals, Vol. 2 (1878-1903), pág. 401.
29 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, translated by Dr. Edward Von Peters, pág.
695.
30 Dom Prosper Guéranger, The Liturgical Year, Loreto Publications, 2000, Vol. 4, pág. 379.
31 Citado por São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, II, 30.
32 São Francisco de Sales, The Catholic Controversy, Rockford, IL: Tan Books, 1989, pp.
305-306.
33 Summa Theologica, citado de Actes de Vatican I, V. Frond pub.
34 São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, II, 30.
35 Coll. Selecta SS. Eccl. Patrum. Caillu and Guillou, Vol. 32, pp. 411-412.
Do livro: A Verdade sobre o que Realmente Aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II
Lucas 18:8: “Mas quando vier o Filho do homem, julgais vós que achará ele
alguma fé na terra?”
No Evangelho, o Nosso Senhor Jesus Cristo nos avisou que, nos últimos dias, a verdadeira
fé se haverá quase extinguido no mundo. Ele nos diz que no próprio “lugar santo,” aí
precisamente, instalar-se-á a “abominação da desolação” (Mt. 24:15), e haverá um engano
tão profundo que, se fosse possível, até os eleitos seriam enganados (Mt. 24:24).
Mateus 24:15: “Quando vós pois virdes que a abominação da desolação, que foi
predita pelo profeta Daniel, está no lugar santo; o que lê entenda.”
Mateus 24:24-25: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes
prodígios, e maravilhas tais, que, se fôra possível, até os eleitos se enganariam. Vêde
que eu vo-lo adverti antes.”
2 Tessalonicenses 2: 3-5: “Ninguém de modo algum vos engane; porque não será, sem que
antes venha a apostasia e sem que tenha aparecido o homem do pecado, o filho da perdição,
aquele que se opõe, e se eleva sobre tudo o que se chama Deus, ou que é adorado, de sorte
que se assentará no templo de Deus, ostentando-se como se fosse Deus. Não vos
lembrais que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco?”
Em 1903, o Papa São Pio X pensou que talvez ele já estivesse a presenciar o princípio dos
males que haverão de ocorrer nos últimos dias.
Papa São Pio X, E supremi, #5, 4 de Outubro de 1903: “Há boas razões para temer
que esta grande perversão possa ser como se fosse um prenúncio, e talvez o
começo dos males que estão reservados para os últimos dias; e que já habite
neste mundo o ‘filho de perdição’ (2 Tes. 2:3) do qual fala o Apóstolo.”1
O Novo Testamento nos diz que esta farsa ocorrerá no seio das estruturas
físicas da Igreja, no “templo de Deus” (2 Tes. 2: 4) e “no lugar santo” (Mt. 24:15).
Assim será porque as pessoas não receberão o amor da verdade (2 Tessalonicenses 2: 10).
Em 2 Tessalonicenses 2, São Paulo nos diz que os últimos dias se caracterizarão por uma
grande apostasia que será a pior da história – pior inclusive que a ocorrida durante a crise
ariana do século IV, na qual seria difícil encontrar um sacerdote autenticamente católico.
Pe. William Jurgens: “Num momento da história da Igreja, apenas alguns anos antes da
pregação de São Gregório [de Nissa] (380 d.C.), talvez o número de bispos católicos
em posse de suas sés, ao contrário dos bispos arianos, não fosse maior do que
algo entre os 1% ou 3% do total de bispos. Se a doutrina tivesse sido determinada pela
popularidade, hoje todos seríamos negadores de Cristo e adversários do Espírito.”2
Pe. William Jurgens: “No tempo do emperador Valente (séc. IV), São Basílio era
practicamente o único bispo ortodoxo em todo Oriente que teve êxito em
conservar o cargo da sua diocese… Se isto não tem qualquer outra importância para o
homem moderno, um conhecimento da história do arianismo deveria pelo menos mostrar-
lhe que a Igreja Católica não toma em conta a popularidade e o número para determinar e
conservar a doutrina: de outro modo, já teríamos a muito abandonado Basílio, Hilário,
Atanásio, Libério e Ósio e nos chamaríamos arianos.”3
São Gregório de Nissa (+380), Contra os Arianos: “Onde estão os que nos insultam pela
nossa pobreza e se orgulham de suas riquezas? Esses que definem a Igreja pelos
números e desprezam o pequeno rebanho?”4
Se a crise ariana ― apenas um prelúdio da Grande Apostasia ― foi tão extensa, quão mais
extensa será a Grande Apostasia predita pelo Nosso Senhor e por São Paulo?
Profecia de São Nicolau de Flue (1417-1487): “A Igreja será castigada porque a maioria de
seus membros, superiores e inferiores, se perverterão para além dos limites. A Igreja se
afundará mais e mais, até que ela, finalmente, parecerá haver se extinguido, e a
sucessão de Pedro e dos outros Apóstolos expirado. Mas depois disto, ela será
exaltada vitoriosamente à vista de todos os incrédulos.”5
São Paulo nos diz além disso que nesta apostasia um homem se sentará no templo de Deus
e se “proclamará Deus a si mesmo.” Mais adiante neste livro, demostramos que isto é
exactamente o que aconteceu: um homem tomou posse da Basílica de São Pedro
proclamando que ele e todos os demais são Deus.
O Padre Herman Kramer era um sacerdote católico que passou 30 anos a estudar e a
escrever um livro sobre o Apocalipse. Ele escreveu o seguinte sobre a profecia de S. Paulo que
diz respeito ao assentar do Anticristo no Templo de Deus:
“S. Paulo diz que o Anticristo ‘se sentará no Templo de Deus’... Este não é o antigo Templo
de Jerusalém, nem um templo desse tipo construido pelo Anticristo, como alguns pensaram,
pois esse seria então o seu próprio templo... esse templo é mostrado como sendo uma igreja
católica, possivelmente uma das igrejas em Jerusalém ou a de S. Pedro em Roma, que é
a maior igreja do mundo e é no seu completo sentido ‘O Templo de Deus.’”6
Note que o Pe. Kramer diz que ‘o Templo de Deus’ refere-se provavelmente à Basílica de
São Pedro em Roma.
Papa Pio XI, Quinguagesimo ante, #30, 23 de Dezembro de 1929: “… tal foi a quantidade de
pessoas que vieram à Basílica de São Pedro para a indulgência do jubileu que,
provavelmente, nós nunca haviamos visto o grande templo tão cheio de gente.”7
A Enciclopédia Católica, no seu artigo acerca do “Anticristo,” nos diz que São Bernardo
cria que o Anticristo seria um antipapa:
Joaquim de Flora (m. 1202): “Quando o fim do mundo estiver próximo, o Anticristo
derrubará o Papa e usurpará a sua sé.”9
Creia-se ou não que o Anticristo será um antipapa, o que foi definitivamente profetizado é
que as forças do Anticristo apoderar-se-ão de Roma nos últimos dias. Em 19 de Setembro de
1846, Nossa Senhora da Salette profetizou que, como resultado da apostasia da única
verdadeira fé católica nos últimos dias, Roma perderá a fé e se converterá no Assento do
Anticristo.
Esta alarmante profecia coincide com as profecias das Sagradas Escrituras (Apocalipse 17
e 18), que nos dizem que a cidade das sete colinas (Roma) se converterá numa prostituta
(uma falsa Esposa de Cristo), que cometerá fornicações espirituais (idolatria) e embebedar-
se-á com o sangue dos santos (falso ecumenismo). A grande prostituta profetizada na Biblia
não é a Igreja Católica, mas, ao invés, esta é uma falsa Igreja Católica, uma falsa esposa
apóstata que aparecerá nos últimos dias para enganar os católicos e eclipsar a verdadeira
Igreja, a qual ficará reduzida a um grupo remanescente. Neste livro apresentaremos
evidências inegáveis, irrefutáveis e esmagadoras, com bases doutrinais e factos inabaláveis,
que a “Igreja” nascida do Concilio Vaticano Segundo (1962-1965) na realidade não é a Igreja
Católica, mas uma falsa Igreja, uma enorme fraude que nega os ensinamentos fundamentais
da Igreja Católica.
Também demonstraremos que os homens que impuseram esta nova religião do Vaticano
II e a Nova Missa na realidade não eram católicos, mas hereges manifestos que pregavam
uma nova religião.
Isto pode ser alarmante para alguns, mas é um facto. Sem sequer considerar todas as outras
apostasias que são abordadas neste livro, este facto prova que as palavras de Nossa Senhora
tornaram-se realidade: Roma (não a Igreja Católica) perdeu a fé (dando lugar a uma falsa
seita não-católica) e tornou-se o assento do Anticristo.
Nos fins de 2001, a Comissão Pontifícia Bíblica publicou um livro entitulado O Povo
Judaico e as Suas Escrituras Sagradas na Bíblia Cristã. Este livro argumenta que a
contínua espera dos judeus pelo Messias continua sendo válida e justificada
pelo Antigo Testamento. “A espera messiânica foi justificada no Antigo Testamento,”
explicou o porta-voz papal Joaquín Navarro-Valls, “e se o Antigo Testamento mantém o seu
valor, então mantém isso como um valor também. Este diz que você não pode afirmar que
todos os judeus estão equivocados e nós temos a razão.” Quando os jornalistas perguntaram-
lhe se as suas declarações poderiam dar a entender que o Messias, de facto, pode não ter
vindo, Navarro-Valls respondeu: “Isto significa que seria um erro para o católico esperar pelo
Messias, mas não para um judeu.” Isto significa que o Vaticano agora mantém que os judeus
são perfeitamente livres de rejeitar a Cristo; este é o ensinamento dos “papas” do Vaticano
II.
Mas, como pôde isto acontecer, e o que devem os católicos fazer a respeito disso? Este site
procura responder detalhadamente a ambas as perguntas.
Notas finais:
1 Claudia Carlen, Raleigh, The Papal Encyclicals [As Encíclicas Papais], edição inglesa : The
Pierian Press, 1990, vol. 3 (1903-1939), pág. 6.
2 William Jurgens, The Faith of the Early Fathers [A fé dos Primeros Padres], edição inglesa,
Collegeville, MN: The Liturgical Press, 1970, vol. 2, pág. 39.
3 William Jurgens, The Faith of the Early Fathers, vol. 2, pág. 3.
4 William Jurgens, The Faith of the Early Fathers, vol. 2, pág. 33.
5 Yves Dupont, Catholic Prophecy [a Profecia Católica], edição inglesa, Rockford, IL: Tan
Books, 1973, pág. 30.
6 Pe. Herman Kramer, The Book of Destiny [O Livro do Destino], edição inglesa, Tan Books,
1975, pág. 321.
7 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 351.
8 The Catholic Encycopedia [A Enciclopedia Católica], edição inglesa, Volume 1,
“Antichrist”, Robert Appleton Co. 1907, pág. 561.
9 Rev. Culleton, The Reign of Antichrist [O Reinado do Anticristo], edição inglesa, Tan
Books, 1974, pág. 130.
A Oração a São Miguel Arcanjo do Papa Leão XIII é profética. Composta há mais de 100
anos, é uma oração muito interessante e controversa relacionada com a situação actual em
que se encontra a verdadeira Igreja Católica. Esta oração rezava-se após a Missa, mas foi
suprimida posteriormente. No dia 25 de Setembro de 1888, depois da sua missa matinal, o
Papa Leão XIII sofreu um desmaio. Os assistentes pensaram que ele estava morto. Depois de
recuperar a consciência, o Papa descreveu uma espantosa conversa que havia escutado
proveniente do tabernáculo. A conversa compunha-se de duas vozes; vozes que o Papa Leão
XIII entendeu claramente serem as de Jesus Cristo e do diabo. O diabo ostentava conseguir
destruir a Igreja, se lhe fosse concedido 75 anos para levar a cabo o seu plano (ou 100 anos,
segundo outros relatos). O diabo também pediu permissão para ter “uma maior influência
sobre aqueles que se entregarão ao meu serviço.” Às petições do diabo, o Senhor respondeu:
“Ser-te-á dado o tempo e o poder.”
Abalado profundamente pelo que havia ouvido, o Papa Leão XIII compôs a seguinte Oração
a São Miguel (que também é uma profecia) e ordenou que se rezasse depois das Missas
ordinárias como medida de protecção para a Igreja contra os ataques do inferno. A oração é
a seguinte (atente especialmente nas partes a negrito), seguida de alguns comentários
nossos. Esta oração foi tirada da Raccolta, 1930, edição inglesa, Benziger Bros., pp. 314-
315. A Raccolta é uma colecção da Igreja Católica com imprimatur de orações oficiais
indulgenciadas.
Sim, esse grande dragão, essa antiga serpente que se chama demónio e Satanás, que seduz o
mundo inteiro, foi precipitado com os seus anjos ao fundo do abismo (Apoc. 12). Mas é aqui
que esse antigo inimigo, este antigo homicida levantou ferozmente a cabeça. Disfarçado de
anjo de luz e seguido por toda a multidão de espíritos malignos, invade o mundo inteiro para
apoderar-se dele e desterrar o nome de Deus e do seu Cristo, para afundar, matar e entregar
à perdição eterna às almas destinadas à coroa de glória eterna. Sobre os homens de espírito
perverso e de coração corrupto, este dragão malvado derrama também, como uma torrente
de lama impura, o veneno de sua malícia infernal, o espírito de mentira, de impiedade, de
blasfémia e o sopro envenenado da imundice, dos vícios e de todas as abominações.
Nós te suplicamos, ó príncipe invencível, ajude o povo de Deus e concede-lhe a vitória contra
os ataques destes espíritos dos réprobos. Este povo te venera como seu protetor e padroeiro,
e a Igreja se gloria de tê-lo como defensor contra os poderes malignos do inferno. A ti, Deus
confiou a missão de conduzir as almas para a felicidade celeste. Roga, portanto, ao Deus da
paz que submeta Satanás aos nossos pés, tão derrotado e subjugado, que nunca mais possa
impor a escravidão aos homens, nem prejudicar a Igreja! Apresenta as nossas orações à vista
do Todo-Poderoso para que as misericórdias do Senhor nos alcancem o quanto antes.
Submeta o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e o precipite acorrentado no
abismo para que não mais possa seduzir as nações (Apoc. 20). Amém.
Desde já confiados à vossa assistência e protecção, com a sagrada autoridade da Santa mãe
Igreja, e em nome de Jesus Cristo, Deus e Senhor nosso, empreendemos com fé e segurança
repelir aos ataques da astúcia diabólica.
Oremos.
Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós invocamos vosso Santo Nome e imploramos
insistentemente a Vossa clemência para que, pela intercessão da Imaculada sempre Virgem
Maria, nossa Mãe, e do glorioso São Miguel Arcanjo, de São José, esposo da mesma
Santíssima Virgem, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os santos, dignai-vos
proteger contra Satanás e contra todos os espíritos malignos que vagueiam pela terra para
destruir a humanidade e para a perdição das almas. Amém.”
Quem lê a oração (especialmente a parte a negrito) dar-se-á conta de que o Papa Leão
XIII parece prever e profetizar a grande apostasia; e também parece assinalar que esta
apostasia seria coordenada desde Roma – Roma que unicamente é o “lugar sagrado onde
está instituída a Sé de São Pedro e a Cátedra da Verdade para iluminar os povos.” O Papa
Leão previu que este lugar (a cidade do Vaticano em Roma), onde foi
estabelecida a Sé de São Pedro pelo primeiro Papa, o próprio São Pedro, se
converteria no trono da abominação da impiedade de Satanás, “com o desígnio
iníquo de ferir o Pastor e dispersar as ovelhas.” Estas são palavras do Papa Leão XIII.
O Papa Leão XIII não estava a profetizar a defecção da Igreja Católica (a qual é impossível
já que as portas do inferno nunca prevalecerão contra a Igreja [Mat. 16]), nem a defecção da
cátedra de São Pedro (que também é impossível), mas estava profetizar a implantação de
uma falsa religião católica apóstata em Roma, na qual “o Pastor” (o verdadeiro Papa) é
substituído por um antipapa usurpador (como já acontecera por vezes na história da
Igreja), com o desígnio iníquo de “dispersar as ovelhas.”
A oração do Papa Leão também previu que os apóstatas impuros de Satanás poriam as suas
mãos criminosas “sobre seus bens mais sagrados.” Quais são os seus bens mais sagrados?
Os bens mais sagrados são as coisas que Cristo lhe confiou, a saber, o depósito da fé (com
todos os seus dogmas) e os sete sacramentos instituídos pelo nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, a oração do Papa Leão predisse o tentativa de destruição do depósito da fé com o
Vaticano II e os novos ritos sacramentais da Igreja do Vaticano II. Ambos são tratados em
detalhe neste livro. Veremos que Paulo VI pôs as suas mãos criminosas sobre os sete ritos
sacramentais a partir de Abril de 1969, produzindo uma Nova Missa inválida, um Novo Rito
inválido de Ordenação, e os ritos gravemente duvidosos da confirmação e extrema-unção,
cumprindo ao pé da letra a profecia do Papa Leão.
Em 1934, a surpreendente oração do Papa Leão (transcrita acima) foi mudada sem
explicação. A frase crucial que se refere à apostasia em Roma (no lugar sagrado,
onde foi estabelecida a Sé de São Pedro e a cátedra da Verdade para iluminar os
povos) foi eliminada. Ao mesmo tempo, a Oração a São Miguel do Papa Leão XIII que se
rezava depois de cada Missa foi substituída por uma oração mais curta, a famosa e agora
abreviada Oração a São Miguel. Esta é a oração:
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e
ciladas do demónio! Subjugue-o Deus, instantemente vos pedimos; e vós, Príncipe da Milícia
Celeste, pelo poder Divino, precipitai ao inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que
vagueiam pelo mundo pela perdição das almas. Amém.”
Não há nada maligno nesta oração a São Miguel — de facto, é muito boa e eficaz. No
entanto, o ponto é que já não é a Oração a São Miguel composta pelo Papa Leão XIII. Na
opinião de muitos, a oração curta foi introduzida como substituta, de modo a que os fiéis não
estivessem conscientes do conteúdo incrível da oração larga, como se descreveu
anteriormente. Se a larga Oração a São Miguel tivesse sido recitada ao final de cada Missa
rezada e não suprimida em 1934, quantos milhões mais haveriam resistido, enfrentando a
invectiva da nova religião do Vaticano II que será explicada neste livro? Quantos mais teriam
percebido depois do Vaticano II o desmantelamento sistemático da fé católica tradicional?
A antiga Oração a São Miguel do Papa Leão XIII, que é mais extensa, também está
perfeitamente relacionada com a famosa aparição e profecias de Nossa Senhora de La Salette
de 1846: “Roma perderá a Fé e tornar-se-á assento do Anticristo... a Igreja estará em
eclipse.” As palavras do Papa Leão sugerem que próprio Anticristo, ou ao menos as forças do
Anticristo estabelecerão sua sé em Roma: “Lá, no lugar sagrado onde está instituída a sede
de São Pedro (...) foi instalado o trono da abominação de sua impiedade.”
Capítulo 3 - Fátima, um grande sinal no céu que marca o princípio dos últimos tempos e
uma predição da apostasia na Igreja
Pe. Mario Luigi Ciappi, teólogo papal do Papa Pio XII: “No Terceiro Segredo [de Fátima]
prediz-se, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará pelo cimo.”1
A visão do Inferno mostrada por Nossa Senhora aos pastorinhos [nota: texto com
grafia original]: “Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses
passados. O reflexo de luz que delas expediam pareceu penetrar a terra e [Nossa
Senhora] mostrou-nos um grande mar de fôgo que parcia estar debaixo da
terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem
brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que
flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam,
juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao
cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos
e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor.
Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais
espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um
momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com
a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse,
creio que teríamos morrido de susto e pavor.”2
“Lúcia disse: ‘Queria pedir-lhe para nos dizer quem é; para fazer um milagre com que todos
acreditem que Vossemeçê nos aparece.’
‘Continuem a vir aqui todos os meses,’ respondeu a Senhora. ‘Em Outubro direi quem
sou, o que quero e farei um milagre que todos hão-de ver para
acreditarem.’”3(Nossa Senhora de Fátima, 13 de Julho de 1917).
Devido ao facto de as crianças terem anunciado meses antes que a Senhora iria operar um
milagre no dia 13 de Outubro daquele ano, cerca de 70.000 a 100.000 pessoas foram a
Fátima para presenciar o milagre profetizado. Também foram muitos incrédulos para
zombar, crendo que a profecia do milagre não se cumpriria. Porém, até a imprensa secular
confirmou que o Milagre do Sol ocorreu efectivamente, tal como foi predito pelas crianças e
pela Nossa Senhora. O milagre assombrou a multidão reunida, convertendo descrentes
obstinados, incluindo ateus e maçons, e confirmou milhares na fé católica.
A multidão assombrada em Fátima, em 13 de Outubro de 1917,
presenciando o milagre profetizado pela Nossa Senhora
Em quê consistiu o Milagre do Sol para surpreender e converter uma audiência estupefacta
de mais de 70.000 pessoas em Fátima em 13 de Outubro de 1917? Um breve exame do
milagre e da sua importância é um factor crucial para compreendermos a Verdade sobre o
que realmente aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II.
“O sol brilhava no zénite [auge] como se fora um imenso disco de prata. Brilhava com
intensidade tal que nunca se vira e no entanto podia ser fitado sem que ofuscasse. Até era
delicioso ficar assim, contemplando essa luz que não cegava. Isto durou apenas um instante.
Enquanto todos olhavam assombrados, a imensa bola começou a “dançar” – é a palavra
empregada pelos observadores. Qual gigantesca roda de fogo, o sol girava agora rapidamente.
Parou depois de algum tempo. Novamente começou a rodar sobre si mesmo,
vertiginosamente, numa velocidade incrível. Finalmente os bordos tornaram-se escarlates e
deslizou no céu como um redemoinho infernal espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa
luz reflectia-se na terra, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces voltadas para cima e
nas vestes, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores: verde, vermelho, alaranjado,
azul, violeta, as cores todas do espectro solar. Animado três vezes de um movimento louco, o
globo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezage, avançando
sobre a multidão.
“Um grito de terror saiu dos lábios de centenas de pessoas apavoradas que se
ajoelhavam na lama pensando ter chegado o fim do mundo. Algumas atestam que
o ar se tornou mais quente nesse instante. Não se admirariam se vissem as coisas todas em
volta consumir-se em chamas envolvendo-os e consumindo tudo.”4
“Por toda parte, em Portugal, a imprensa anticlerical se viu obrigada, de facto, a dar
testemunhos desse género. Em geral, estavam de acordo quanto ao essencial. Segundo
escreveu o Dr. Domingos Pinto Coelho em A Ordem,‘O sol, umas vezes rodeado de chamas
escarlates, outras vezes aureolado de amarelo e roxo esbatido, outras vezes ainda parecendo
animado de velocíssimo movimento de rotação, outras vezes também aparentando destacar-
se do céu, aproximar-se da terra…’”5
Durante o milagre, o sol foi visto a precipitar-se sobre a terra e as pessoas pensaram que o
fim do mundo havia chegado. O significado deveria ser óbvio: Fátima foi um sinal
apocalíptico; foi um sinal de que o final estava próximo; que os acontecimentos precedentes
à culminação do mundo e à segunda vinda de Jesus Cristo estavam para começar. Os homens
devem emendar as suas vidas antes que chegue o verdadeiro fim do mundo.
Baseados em algumas destas considerações, muitos concluíram que a Nossa Senhora de
Fátima é a mulher vestida de sol descrita no capítulo 12:1 do Apocalipse:
“E apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, que tinha a lua
debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.” (Apocalipse 12:1)
Os videntes de Fátima também relataram que a Nossa Senhora estava envolvida por uma
torrente de luz — ela era mais brilhante que o sol. Isto é uma forte evidência de que a Nossa
Senhora de Fátima é a mulher vestida de sol profetizada no capítulo 12 do Apocalipse. De
facto, isto é uma impressionante confirmação de que a aparição de Nossa Senhora em Fátima
foi o cumprimento da profecia do Apocalipse acerca da mulher vestida de sol.
O Milagre do Sol operado pela Nossa Senhora de Fátima foi noticiado pelos jornais
anticatólicos de Portugal inteiro. O jornal diário liberal, anticlerical e maçónico de Lisboa, O
Século, enviou o seu editor chefe, Avelino de Almeida, para informar-se sobre o evento. Para
seu crédito, ele noticiou honestamente sobre o prodígio solar. Chamamos a atenção sobre o
cabeçalho do artigo de Avelino que foi publicado na edição de O Século em 15 de Outubro de
1917. Relatando o evento extraordinário de 13 de Outubro em Fátima, o seu artigo na edição
de O Século de 15 de Outubro teve o seguinte cabeçalho:
Note por favor que o jornal maçónico e anticlerical de Lisboa descreveu o evento de Fátima
e o Milagre do Sol como “o sinal do céu.” Isto soa familiar?
Apocalipse 12:1: “E apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, que
tinha a lua debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”
Vamos nós acreditar que o jornal maçónico de Lisboa tinha em mente o Apocalipse 12:1
quando publicou este artigo pouco depois do prodígio solar de 1917? Por acaso estes
anticlericais estavam a considerar a possibilidade de que a aparição de Nossa Senhora
constituía a mulher vestida de sol e o “sinal do céu,” descritos na Bíblia? Claro que não; nem
sequer os católicos da altura tinham relacionado o sucesso de Fátima com a mulher vestida
de sol, então muito menos iriam os anticlericais que nem sequer criam na Sagrada Escritura
e provavelmente nem sequer sabiam acerca da profecia do Apoc. 12:1! Portanto, o cabeçalho
do jornal foi uma confirmação feita por uma fonte pública e anti-católica de que
as aparições da Nossa Senhora de Fátima e o milagre do Sol de 13 de Outubro
foram de facto o sinal e o evento profetizados no Livro de Apocalipse, 12:1!
Este facto surpreendente, não só serve para confirmar que a Nossa Senhora de Fátima é a
mulher vestida de sol de Apoc. 12:1, mas também confirma ainda mais a autenticidade da fé
católica e da Sagrada Escritura.
Portanto, para finalmente completarmos o nosso ponto sobre Fátima e a sua conexão com
o sucedido na Igreja Católica depois do Vaticano II, podemos dizer: visto que Fátima foi o
sinal profetizado em Apoc. 12:1, isto significa que estamos na era apocalíptica, nos últimos
dias do mundo.
O que dá ainda mais substância à ideia de que Fátima foi o “sinal” de Apocalipse 12:1 é o
facto de que o Apocalipse fala do “grande dragão vermelho” apenas dois versículos adiante.
A Escritura parece indicar que ambos apareceriam em cena ao mesmo tempo.
Apocalipse 12:3-4: “E foi visto outro sinal no céu; e eis aqui um grande dragão
vermelho, que tinha sete cabeças e dez cornos, e nas suas cabeças sete diademas [coroas]. E
a cauda dele arrastava a terça parte das estrelas do céu, e as fez cair sobre a terra.”
É também muito interessante que o grande dragão vermelho arrastara a terça parte das
estrelas do céu:
Apocalipse 12:3-4: “E foi visto outro sinal no céu; e eis aqui um grande dragão
vermelho... E a cauda dele arrastava a terça parte das estrelas do céu, e as fez cair
sobre a terra.”
Será apenas uma coincidência que o comunismo, no seu apogeu, tenha submetido a
terça parte do mundo sob as suas garras?
Warren H. Carroll, The Rise and Fall of the Communist Revolution, pág. 418: “Quando
Joseph Stalin entrou no Vale da Sombra da Morte, o movimento comunista
internacional dirigido por ele, apoderou-se sob as suas garras de um terço do
mundo.”9
Em 1957, a Irmã Lúcia de Fátima disse ao Padre Fuentes que estávamos nos
últimos tempos
Uma dos três videntes de Fátima, a Irmã Lúcia, disse ao Padre Fuentes em 1957:
Estas são as últimas palavras que nos foram ditas antes de começar o ainda não
revelado Terceiro Segredo de Fátima. Apartir disto, os estudiosos de Fátima concluiram que
o terceiro segredo refere-se sem dúvida a uma crise espiritual massiva e uma apostasia da fé
católica entre aqueles que afirmam ocupar postos de autoridade na Igreja.
Uma vez que não conhecemos a frase completa das últimas palavras da Nossa Senhora na
mensagem dada por ela em Julho de 1917, não podemos dizer ao certo o que estas significam;
no entanto, a frase pode ser: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé num
restante defiéis…”; ou, “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé até a Grande
Apostasia…”; ou, “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé entre aqueles que
são realmente devotos a mim…” O terceiro segredo, sem dúvida alguma, trata da
apostasia actual da seita do Vaticano II. Neste livro documentamos em grande detalhe esta
apostasia.
Como foi citado no princípio desta secção, o Pe. Mario Luigi Ciappi, teólogo papal do Papa
Pio XII, disse o seguinte sobre o terceiro segredo:
“No Terceiro Segredo [de Fátima] prediz-se, entre outras coisas, que a grande
apostasia na Igreja começará pelo cimo.”11
“Cardeal” Silvio Oddi: “… o Terceiro Segredo [de Fátima]… não se trata de uma suposta
conversão da Rússia… mas diz respeito à ‘revolução’ na Igreja Católica.”12
▫ O cónego Galamba: “Quando o bispo recusou-se a abrir a carta, Lúcia fê-lo prometer que
seria aberta definitivamente e lida ao mundo após a sua morte ou em 1960, o que
ocorresse primeiro” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pp. 46-47).
▫ John Haffert: “Na casa do bispo (em Leiria), à mesa, sentei-me à sua direita, com os quatro
cónegos. Durante essa primeira cena, o cónego José Galamba de Oliveira dirigiu-se a mim
quando o bispo saiu do quarto por um momento e me perguntou: ‘Por que não dizes ao bispo
para abrir o Segredo?’ Cuidando de não mostrar minha ignorância acerca de Fátima ― que
naquela época era quase completa ― simplesmente olhei para ele sem expressão. Ele
continuou: ‘O bispo pode abrir o Segredo. Ele não necessita esperar até 1960’ (Dear
Bishop!, John Haffer, AMI 1981, pp. 3-4).
▫ O cónego Barthas: Durante a sua conversa com a Irmã Lúcia entre 17 e 18 de Outubro de
1946, ele teve a oportunidade de perguntar-lhe sobre o Terceiro Segredo. Ele escreve:
“Quando nos será revelada a terceira parte do segredo?” Já em 1946, responderam-me de
maneira uniforme ― Lúcia e o bispo de Leiria ― a esta pergunta, sem duvidar e sem
comentário: “Em 1960.” E quando levei a minha audácia tão longe ao ponto de perguntar
sobre o porquê de ser necessário esperar até lá, a única resposta que recebi de ambos
foi: “Porque a Santíssima Virgem deseja que assim o seja.” (Barthas, Fátima,
merveille du XXe siecle, pág. 83, Fatima-editions, 1952).
▫ Os Armstrongs: Em 14 de Maio de 1953, Lúcia recebeu uma visita dos Armstrongs, que
puderam fazer-lhe perguntas sobre o Terceiro Segredo. No seu relato, publicado em 1955,
eles confirmaram que o Terceiro Segredo “teria de ser aberto e divulgado em 1960” (A. O.
Armstrong, Fátima, peregrinação à paz, Ed. inglesa, The World’s Work, Kingswood, Surrey,
1955).
▫ Padre Joaquim Alonso, arquivista oficial de Fátima: “Outros bispos também falaram
― e com autoridade ― sobre o ano 1960 como sendo a data indicada para abrir a famosa
carta. Assim que, quando então o bispo titular de Tiava e bispo auxiliar de Lisboa perguntou
a Lúcia quando deveria ser aberto o Segredo, foi-lhe dada sempre a mesma resposta: em
1960” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pág. 46).
▫ Padre Joaquim Alonso: “Quando Dom José, o primeiro bispo de Leiria, e a Irmã Lúcia
acordaram que a carta deveria ser aberta em 1960, eles quiseram obviamente dizer que o seu
conteúdo deveria ser tornado público para o bem da Igreja e do mundo” (ibid., pág. 54).
▫ Bispo Venâncio: “Eu penso que a carta não será aberta antes de 1960. A Irmã Lúcia pediu
que não fosse aberta antes da sua morte, ou antes de 1960. Estamos já em 1959 e a Irmã Lúcia
goza de boa saúde” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima, Pe. Joaquim Alonso, pág. 46).
▫ Padre Fuentes: Em 26 de Dezembro de 1957, o Padre Fuentes entrevistou a Irmã Lúcia, que
lhe disse: “Padre, a Santíssima Virgem está muito triste, porque ninguém faz caso da sua
Mensagem, nem os bons nem os maus. Os bons continuam os seus caminhos, mas sem dar
importância alguma à sua Mensagem… Não posso detalhar mais, uma vez que é ainda um
segredo. Por vontade da Santíssima Virgem, só pode ser conhecido pelo Santo Padre e pelo
Senhor Bispo de Fátima – mas nem um nem outro o quiseram ler, para não se deixarem
influenciar. Esta é a parte da mensagem [do Terceiro Segredo] da Nossa Senhora
que irá permanecer em segredo até 1960.” (A Verdade sobre o Segredo de Fátima,
Pe. Joaquim Alonso, pp. 103-104).
▫ F. Stein: “Os testemunhos que têm anunciado a revelação do Segredo para 1960 são de peso
tal e tão numerosos que, em nossa opinião, mesmo que as autoridades eclesiásticas de Fátima
[em 1959, os próprios estudiosos do assunto estavam ainda na ignorância de que Roma havia
pedido ao bispo de Leiria que lhes enviasse o segredo] não se resolvam a publicar o segredo
em 1960, eles ver-se-ão forçados a fazê-lo pelas circunstâncias.” (Mensagem de Fátima,
Julho-Agosto, 1959).
▫ Padre Dias Coelho: “… nós podemos servirmo-nos, como um facto inquestionável, desta
afirmação do Dr. Galamba de Oliveira (em 1953) em Fátima, Altar do Mundo: ‘A terceira
parte do Segredo foi lacrada nas mãos de Sua Excelência o bispo de Leiria, e será aberta, ou
depois da morte da vidente, ou no mais tardar em 1960.’” (L'Homme Nouveau, No. 269, 22
de Novembro, 1959)
Todos estes testemunhos e declarações revelam claramente que os Céus queriam que
o Terceiro Segredo de Fátima fosse revelado ao mundo inteiro não após o ano de 1960 — por
tornar-se mais claro nessa altura.
Por que o Terceiro Segredo de Fátima se tornaria mais claro em 1960?
Foi em 25 de Janeiro de 1959 que João XXIII anunciou ter tido uma inspiração especial
para anunciar subitamente um novo concílio ecuménico. Aliás, 25 de Janeiro foi o mesmo
dia em que uma luz desconhecida iluminou o mundo antes da Segunda Guerra Mundial sobre
os céus da Europa. Essa luz desconhecida que apareceu em 25 de Janeiro de 1938 foi predita
por Nossa Senhora de Fátima como um sinal de que Deus iria punir o mundo com os eventos
que foram revelados na segunda parte do segredo. Será o facto de João XXIII ter
convocado o Concílio Vaticano II em 25 de Janeiro, um aviso dos castigos que estavam por
vir descritos no Terceiro Segredo?
Este concílio convocado por João XXIII em 1959 seria então o Vaticano II, cujos resultados
desastrosos são o assunto deste livro. Será a convocação deste concílio em 1959 a razão pela
qual nossa Santíssima Mãe pedira que o Terceiro Segredo de Fátima fosse revelado em
1960? Estava ela advertindo-nos directamente sobre a apostasia que iria resultar deste
concílio, o qual deu a luz precisamente a uma nova, falsa contra-Igreja Católica, como
veremos neste site? De facto, o único sinal ocorrido em 1960 a respeito da tremenda apostasia
na qual vivemos neste preciso momento, o único que iria efectivamente tornar as coisas “mais
claras,” foi o anúncio que João XXIII fez da sua intenção de convocar um novo concílio em
1959. Na nossa opinião, é muito óbvio que o Terceiro Segredo de Fátima diz respeito à
apostasia resultante de um falso concílio; se assim não fosse, o Terceiro Segredo não faria
mais sentido em 1960, como o disse nossa Santíssima Mãe.
Para entendermos o que Deus pode permitir que aconteça nos últimos dias, temos de
compreender o ensinamento católico sobre o papado e olhar para alguns exemplos da
história da Igreja de coisas que Deus permitiu que ocorressem em relação ao papado. É um
da história, das Escrituras e da tradição que o Nosso Senhor Jesus Cristo fundou a Sua Igreja
universal (a Igreja Católica) sobre São Pedro.
Mateus 16:18-19: «E eu digo-te que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves
do reino dos céus: tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o
que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.»
Nosso Senhor fez de São Pedro o primeiro papa, confiou-lhe todo o Seu rebanho, e deu-lhe
a suprema autoridade na Igreja universal de Cristo.
João 21:15-17: «Tendo eles jantado, disse Jesus a Simão Pedro: “Simão, filho de João,
amas-me mais do que estes?” Ele disse-lhe : “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” Jesus
disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros.” Disse-lhe outra vez; “Simão, filho de João,
amas-me?” Ele disse-lhe : “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” Jesus disse-lhe: “Apascenta
as minhas ovelhas.” Disse-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Ficou
Pedro triste, porque, pela terceira vez, lhe disse: “Amas-me?” E disse-lhe: “Senhor, tu
conheces tudo; sabes que eu te amo.” Jesus disse--Ihe: “Apascenta as minhas
ovelhas.”»
Porém, nos dois mil anos de história da Igreja Católica, houve mais de 40 antipapas.
Um antipapa é um bispo que diz ser o papa, mas que não foi canonicamente eleito como Bispo
de Roma (Supremo Pontífice). Segue-se uma lista dos 42 antipapas com os quais a Igreja teve
de lidar antes do Vaticano II:
2. Novaciano, 251-258.
4. Ursino, 366-367.
5. Eulálio, 418-419.
27. Teobaldo Boccapecci (Celestino II) (legítimo mas submeteu-se ao seu rival
Honório II, e posteriormente considerado um antipapa), 1124.
37. Pietro Filargi de Cândia (Alexandre V), antipapa da linha de Pisa, 1409-1410.
38. Baldassare (Baltazar) Cossa (João XXIII), antipapa da linha de Pisa, 1410-
1415.
39. Gil Sanches Munhoz (Clemente VIII), antipapa da linha de Avinhão, 1423-
1429.
41. Jean Carrier (o segundo Bento XIV), antipapa da linha de Avinhão, 1430-
1437.
42. Duque Amadeus VIII de Saboia (Félix V), 5 de Novembro 1439 – 7 de Abril
1449 (Wikipedia, A Enciclopédia Livre).
Um dos casos mais notórios na história da Igreja foi o do antipapa Anacleto II,
que reinou em Roma desde 1130 a 1138. Anacleto foi implantado numa eleição não-
canônica depois de Inocêncio II, o verdadeiro Papa, já ter sido eleito. Apesar da sua eleição
inválida e não-canónica, o antipapa Anacleto II obteve o controlo de Roma e o apoio da maior
parte do colégio de cardeais. Anacleto teve o apoio de quase toda a população de Roma, até
que o verdadeiro Papa recuperasse o controlo da cidade em 1138 (A Enciclopédia Católica,
«Anacleto», Vol. 1, 1907, p. 447).
Além disso, devemos agora analisar o que ocorreu durante o Grande Cisma do Ocidente,
para compreender até que ponto Deus permitiu que as coisas chegassem na história da
Igreja, e assim poder entender o que Ele pode permitir na Grande Apostasia.
Capítulo 5 - O Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) e o que este nos ensina sobre a
apostasia pós-Vaticano II
– Uma enorme confusão, múltiplos antipapas, antipapas em Roma, um antipapa reconhecido por todos
os cardeais; o Grande Cisma do Ocidente prova que é absolutamente possível que uma linha de
antipapas esteja no fundamento da crise pós-Vaticano II –
Uma Análise do Grande Cisma do Ocidente
O conclave no Vaticano (1378), depois da morte do Papa Gregório XI, foi o primeiro a ser
reunido em Roma desde 1303. Os Papas haviam residido em Avinhão por aproximadamente
70 anos devido à desordem política. O conclave realizou-se no meio de cenas de alvoroço
sem precedentes. 1 Como a França se tornara a residência dos Papas durante os últimos 70
anos, a multidão romana que rodeava o conclave estava muito revoltada e exigia que os
cardeais elegessem um romano, ou pelo menos um italiano. Em determinado momento,
crendo que havia sido eleito um francês ao invés de um italiano, a multidão realizou um
assalto ao palácio:
“A multidão furiosa começou a lançar pedras às janelas do palácio e atacou as portas com
picos e machados. Não havia força de defesa efectiva; a multidão entrou como um
turbilhão.” 2
Eventualmente, um italiano foi eleito por 16 cardeais: o Papa Urbano VI. O novo Papa
perguntou aos cardeais se o haviam eleito livre e canonicamente; eles disseram que sim.
Pouco depois da eleição, os 16 que o haviam eleito escreveram aos seis cardeais que
permaneceram obstinadamente em Avinhão:
“Demos os nossos votos a Bartolomeu, o arcebispo de Bari [Urbano VI], que se distingue
pelos seus grandes méritos e cujas virtudes múltiplas fazem-no um exemplo brilhante;
elevámo-lo, de pleno acordo, à excelência apostólica e anunciámos a nossa eleição à multidão
dos cristãos.” 3
Porém, pouco depois da sua eleição, o Papa Urbano VI começou a afastar os cardeais.
“Os cardeais franceses, que formavam a maioria do Sacro Colégio, não estavam satisfeitos
com a cidade e desejavam regressar a Avinhão, onde não havia basílicas em ruinas nem
palácios arruinados, nem tumultuosas turbas romanas ou pestes mortais, onde a vida era,
numa palavra, mais cómoda. Urbano VI recusou-se a sair de Roma e, com severa
determinação, lhes deu a entender sem pelos na língua que reformaria a corte papal e
acabaria com o luxo da sua vida, o que ofendeu profundamente aos cardeais.” 4
Um por um, os cardeais foram de férias para Anagni, em França. “O novo Papa, sem
suspeitar de nada, lhes permitiu que lá fossem durante o verão. A meio de
Julho… concordaram entre elesque a eleição de Abril havia sido inválida devido à coacção
da multidão que os rodeava e que, usando isto como razão, deixariam de reconhecer a
Urbano.” 5
Uma vez difundida a notícia da decisão dos cardeais em repudiar a Urbano VI, o canonista
Baldus, considerado o jurista mais famoso da sua época, publicou um tratado em desacordo
com a decisão dos cardeais. Ele declarou:
“… não havia motivos para que os cardeais repudiassem um papa uma vez que o tivessem
eleito, e ninguém na Igreja, nem todos em conjunto podiam destituir-lo, excepto pela heresia
pertinaz e manifesta.” 6
Apesar da imprecisão nesta declaração de Baldus ― pois um verdadeiro papa não pode ser
deposto; um herege se depõe a si mesmo ― podemos ver claramente em suas palavras a
verdade comummente reconhecida de que, se o reclamante ao papado é manifesto e
pertinazmente herético, pode ser rejeitado como um antipapa, uma vez que ele está fora
da Igreja.
TODOS OS CARDEAIS DA ALTURA REJEITAM URBANO VI E
RECONHECEM UM ANTIPAPA
Em 20 de Julho de 1378, 15 dos 16 cardeais que haviam eleito o Papa Urbano VI deixaram
de lhe prestar obediência argumentando que a multidão rebelde romana havia feito que
a eleição não fosse canónica. O único cardeal que não repudiou o Papa Urbano VI foi o
Cardeal Tebaldeschi, mas esse morreu pouco depois, em 7 de Setembro, deixando as coisas
numa situação na qual nenhum dos cardeais da Igreja Católica reconheceram o
verdadeiro papa, Urbano VI. Todos os cardeais consideraram a sua eleição como
inválida. 7
“Os cardeais rebeldes escreveram aos tribunais europeus explicando o seu proceder. Carlos
V de França e toda a nação francesa reconheceram imediatamente a Clemente VII, assim
como Flandres, Espanha e Escócia. O Império e a Inglaterra, com as nações do Norte e de
Este e a maioria das repúblicas italianas, aderiram a Urbano VI.” 8
Apesar da validez da eleição de Urbano VI ter sido comprovável, pode-se ver por que
muitos aceitaram o argumento de que a multidão romana havia influído ilegalmente em sua
eleição, e que isso a tinha tornado não-canónica. Por outra parte, pode ver-se como a posição
do antipapa Clemente VII se fortaleceu de maneira considerável e impositiva aos olhos de
muitos, pelo facto de que 15 dos 16 cardeais que haviam eleito a Urbano VI rejeitaram a sua
eleição como inválida. A situação que se deu após a aceitação do antipapa Clemente VII
pelos cardeais foi um pesadelo, um pesadelo desde o princípio – um pesadelo que nos mostra
o quão mal e confuso pode ser o ponto em que Deus permite que as coisas às vezes cheguem,
sem violar as promessas fundamentais que Ele fez à sua Igreja:
“O cisma era já um facto consumado e, durante quarenta anos, a cristandade foi o palco do
triste espectáculo no qual firmou a sua lealdade a dois e até a três papas rivais. Foi a crise
mais perigosa pela qual a Igreja alguma vez passara. Ambos os papas declararam uma
cruzada contra o outro. Cada um dos Papas reivindicava o direito a criar cardeais e
confirmar arcebispos, bispos e abades, pelo que existiam dois colégios de cardeais e em
muitos lugares existiam dois reclamantes aos altos cargos na Igreja. Cada papa
empenhava-se em colectar todas as receitas eclesiásticas, e cada um excomungou o outro e a
todos os demais seguidores.” 9
Durante o seu reinado, o Papa Bonifácio IX “foi incapaz de ampliar a sua esfera de
influência na Europa; de facto, Sicília e Génova chegaram mesmo a apartarem-se dele.Para
evitar a propagação de apoio a Clemente na Alemanha, ele outorgou favores ao rei alemão
Venceslau…” 10
Enquanto isso, em Avinhão, no ano de 1394, o antipapa Clemente VII morre. Antes de
eleger o sucessor de Clemente VII, todos os 21 cardeais “juraram trabalhar para o fim do
cisma, cada um prometendo que, se fosse eleito, abdicaria se e quando a maioria o julgasse
adequado.” 11 Lembre-se disto pois será relevante para quando tratarmos do porquê da
entrada em cena de um terceiro reclamante ao papado.
Após ter jurado seguir o caminho da abdicação para pôr fim ao cisma caso a maioria dos
seus cardeais estivessem de acordo, o antipapa Bento XIII ofendeu a muitos de seus cardeais
quando se retractou da sua promessa e se mostrou relutante em considerar a abdicação,
apesar do facto de essa ter sido a vontade de seus cardeais. O seu rival, o Papa Bonifácio IX,
mostrou igualmente má vontade para o fazer.
Em 1404, o Papa Bonifácio IX (o sucessor de Urbano VI) morreu, e o Papa Inocêncio VII
foi eleito como seu sucessor pelos oito cardeais disponíveis. Porém, o Papa Inocêncio VII não
viveu por muito, morrendo dois anos mais tarde, em 1406. Durante o seu curto reinado,
Inocêncio VII se opusera em reunir-se com o reclamante de Avinhão, Bento XIII, apesar de
ter feito um juramento antes da sua eleição de fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para
pôr fim ao cisma, incluindo a abdicação se fosse necessário.
Enquanto persistia o cisma, os membros de ambos os partidos frustravam-se cada vez mais
com a falta de vontade de ambos os reclamantes em adoptar medidas eficazes para pôr fim
ao cisma.
“As vozes escutavam-se por todas as partes pedindo que se restabelecesse a união. A
Universidade de Paris, ou melhor, os seus dois professores mais proeminentes, João
Gerson e Pedro d’Ailly, propuseram que se convocasse um Concílio General para decidir
entre os pretendentes rivais.” 14
De acordo com este sentimento generalizado de adoptar medidas eficazes para pôr fim ao
cisma, outro juramento foi tomado antes da eleição do sucessor de Inocêncio VII.
“… cada um dos quatorze cardeais no conclave, a seguir a morte de [o Papa] Inocêncio VII,
jurou que, se fosse eleito, abdicaria com a condição de que o antipapa Bento XIII fizesse o
mesmo ou morresse; também que [o eleito] não criaria novos cardeais, salvo para manter a
paridade dos números com os cardeais de Avinhão, e que dentro de três meses haveria de
entrar em negociações com o seu rival sobre o lugar da reunião.” 15
O próprio facto de os cardeais, que se preparavam para eleger um verdadeiro papa, terem
feito um juramento como este ― que incluía negociações com um antipapa ― mostra o quão
horrível a situação se tinha tornado durante o cisma, e o quão apoiado era o antipapa na
cristandade.
“À medida que as negociações [entre o Papa Gregório XII e Bento XIII de Avinhão] se
prolongavam, os cardeais de Gregório XII ficavam cada vez mais inquietos. Uma ruptura
aberta se fez inevitável quando o Papa Gregório XII, suspeitando da lealdade de seus rivais,
quebrou a sua promessa pré-eleitoral e, em 4 de Maio, anunciou a criação de quatro novos
cardeais… Então todos, excepto três do seu colégio original, o abandonaram e fugiram
para Pisa…” 16
Os 14 cardeais que deixaram de obedecer ao Papa Gregório XII e fugiram para Pisa, lá se
uniram com 10 cardeais que abandonaram a obediência ao antipapa Bento XIII. Os cardeais
dos dois lados haviam organizado um concílio, e estavam decididos a pôr fim ao cisma por
meio de uma eleição conjunta em Pisa.
“Aos olhos do mundo, o Concílio de Pisa foi, sem dúvida uma assembleia brilhante, na
qual participaram 24 cardeais (quatorze ex-aderentes ao Papa Gregório XII, os dez de
Luna [Bento XIII]… quatro patriarcas, 80 bispos, 89 abades, 41 priores, os chefes das
quatro ordens religiosas, e representantes de praticamente todas as universidades, reinos,
e grande parte das casas nobres na Europa católica.” 17
O cardeal arcebispo de Milão deu o discurso de abertura em Pisa. Ele condenou a ambos
os reclamantes, Gregório XII e (o antipapa) Bento XIII, e os convocou formalmente a
comparecer no concílio. Por não se apresentarem, foram declarados como desobedientes
obstinados.
Há que realçar que, nesta fase do cisma (1409), as pessoas estavam tão desesperadas com
a prolongada desunião e com as promessas rotas dos dois reclamantes, que a assembleia em
Pisa foi recebida e apoiada amplamente. Esta tornou-se ainda mais impressionante e
atractiva pelo facto de que os seus 24 cardeais eram compostos por um número considerável
de cardeais provenientes de ambos os lados [Gregório XII e o antipapa Bento XIII]. Isto lhe deu
a aparência de uma acção unida dos cardeais da Igreja. Em 29 de Junho de 1409, os 24
cardeais elegeram por unanimidade a Alexandre V. Agora havia ao mesmo tempo três
reclamantes ao papado.
Pe. John Laux, História da Igreja, pág. 405: “Havia agora três Papas, e três colégios de
cardeais, em algumas dioceses, três bispos rivais, e em algumas ordens religiosas, três
superiores rivais.” 18
“Durante o Outono de 1408 e o Inverno de 1409, o debate continuou num ambiente de cólera
entre os teólogos e canonistas. A maioria deles, em maior ou menor grau de desespero,
estavam agora a favor do concílio, independentemente de quem o verdadeiro papa pudesse
ser ou de como seria autorizado.” 20
O recém-eleito antipapa de Pisa, Alexandre V, não viveu muito tempo. Morreu menos de
um ano após a sua eleição, em Maio de 1410. Para suceder-lhe, em 17 de Maio de 1410, os
cardeais de Pisa elegeram por unanimidade a Baltazar Cossa como João XXIII. Assim como
o seu predecessor, o antipapa Alexandre V, João XXIII também obteve o apoio mais amplo
entre os três reclamantes.
“Embora havendo três reclamantes ao papado, João [XXIII] tinha sob seu comando o apoio
mais amplo, com França, Inglaterra e vários estados italianos e alemães a reconhecerem-no.
Com a ajuda de Luis de Anjou… foi capaz de estabelecer-se em Roma.” 22
Como vemos, o antipapa João XXIII pôde reinar em Roma. João XXIII (1410-1415) seria o
último antipapa a reinar de Roma, até a apostasia pós-Vaticano II, que começou com um
homem que também se fez chamar João XXIII (Angelo Roncalli, 1958-1963).
Durante o quarto ano do seu reinado como antipapa, João XXIII convocou o Concílio de
Constança em 1414, em virtude da insistência do Imperador Sigismundo. É muito
interessante notar que o recente João XXIII também convocou o Vaticano II no quarto ano
do seu reinado, em 1962. E, tal como o Vaticano II, o Concílio de Constança começou como
um falso concílio, em virtude de ter sido convocado por um antipapa.
O antipapa João XXIII foi formalmente condenado e deposto pelo concílio. Uma ordem foi
enviada pelo Imperador para prendê-lo; foi detido e encarcerado. Na prisão, o antipapa João
XXIII “entregou com lágrimas o seu selo papal e o anel do pescador aos representantes do
concílio.” Ele aceitou o veredicto contra ele sem protesto. 24
Portanto, depois de ter sido deposto o antipapa João XXIII, o Papa Gregório XII acordou
convocar o Concílio de Constança (com o fim de conferir-lhe a legitimidade papal que o
antipapa João XXIII não podia dar-lhe) e logo renunciou com a esperança de pôr fim ao
cisma.
Terminaremos esta análise do Grande Cisma do Ocidente citando o Pe. Edmund James
O’Reilly, S.J. Ele disse várias coisas interessantes sobre o Grande Cisma do Ocidente no seu
livro As Relações da Igreja com a Sociedade – Ensaios Teológicos, escrito em 1882. No seu livro,
ele menciona a possibilidade de um interregno papal (um período sem um papa) com uma
duração similar a do Grande Cisma do Ocidente (quase 40 anos).
Começamos com uma citação do discurso do Padre O’Reilly sobre o Grande Cisma do
Ocidente.
“Podemos parar aqui para perguntar o que se pode dizer da posição, naquela altura, dos três
reclamantes, e dos seus direitos em relação ao papado. Em primeiro lugar, desde a morte de
Gregório XI em 1378, houve sempre um Papa – com a excepção, obviamente, dos intervalos
entre as mortes e as eleições para preencher as resultantes vacâncias. Houve, digo, em cada
dado momento um Papa, realmente investido da dignidade de Vigário de Cristo e Cabeça
da Igreja, quaisquer que sejam as opiniões que entre muitos possam existir quanto à sua
autenticidade; não que um interregno que durasse todo o período fosse algo impossível ou
inconsistente com as promessas de Cristo, porque isso não é de modo algum manifesto, mas
que, na verdade, não houve tal interregno.” 27
O Pe. O’Reilly disse que um interregno (um período sem um papa), que abarcasse todo o
período do Grande Cisma do Ocidente não é em absoluto incompatível com as promessas
de Cristo para com a Sua Igreja. O período do qual está a falar o Pe. O’Reilly iniciou-se em
1378 com a morte do Papa Gregório XI e finalizou essencialmente em 1417, com a eleição do
Papa Martinho V. Isto é um interregno de trinta e nove anos!
Escrevendo depois do Primeiro Concílio do Vaticano, é evidente que o Pe. O’Reilly está do
lado dos que, rejeitando os antipapas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e Bento
XVI, apoiam a possibilidade de existir uma vacância de largo período de tempo da Santa Sé.
De facto, na página 287 do seu livro, o Pe. O’Reilly dá esta advertência profética:
“O grande cisma do Ocidente sugere-me uma reflexão que tomo a liberdade de expressar
aqui. Se este cisma não tivesse acontecido, a hipótese de que tal coisa pudesse suceder
pareceria a muitos como algo quimérico (absurdo). Diriam que não poderia ser; que Deus
não permitiria que a Igreja chegasse a um ponto tão infeliz. As heresias poderiam surgir,
estender-se e durar por longos e dolorosos períodos de tempo, por culpa de seus autores e
cúmplices e para a sua perdição, também para grande angústia dos fiéis, aumentada pela
realidade das perseguições nos muitos lugares onde os hereges tivessem firmado o seu
domínio. Mas que a verdadeira Igreja permanecesse entre trinta a quarenta anos sem uma
Cabeça bem esmerada e representativa de Cristo na terra, isso não seria possível. Mas no
entanto aconteceu; e não temos garantia alguma de que não volte a acontecer, embora
esperemos fervorosamente o contrário. O que posso inferir é que não devemos ser
demasiado ávidos em pronunciarmo-nos sobre aquilo que Deus pode ou não permitir.
Sabemos com absoluta certeza que Ele cumprirá as Suas promessas… Também podemos
contar com que Ele faça muito mais do que aquilo a que se tenha obrigado com as Suas
promessas. Podemos com ânimo volver os nossos olhares adiante, face à probabilidade da
isenção no futuro de alguns dos problemas e desgraças que tenham acontecido no
passado. Mas nós, ou os nossos sucessores nas futuras gerações de cristãos, veremos talvez
males mais estranhos do que os que até agora foram experienciados, até mesmo antes da
aproximação imediata daquela grande consumação de todas as coisas na terra que precederá
o dia do juízo. Eu não me estou a fazer de profeta, nem pretendo ver prodígios infelizes, dos
quais não possuo conhecimento algum. Tudo o que pretendo dar a entender é que as
contingências em relação à Igreja , que não estão excluídas pelas promessas divinas, não
podem ser consideradas como impossibilidades práticas simplesmente porque seriam
terríveis e desesperantes num grau muito elevado.” 28
O Pe. O’Reilly está a dizer que se o Grande Cisma do Ocidente nunca tivesse ocorrido, as
pessoas diriam que tal situação seria impossível e incompatível com as promessas de Cristo
para com a Sua Igreja, mas com a evidência histórica que prova o contrário, não podemos
descartar a possibilidade de que coisas similares ou talvez piores aconteçam no futuro com
base na premissa de que essas seriam extremamente angustiantes.
1 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of PopesOxford University Press, 1986, pág. 227.
2 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), Front
Royal, VA: Christendom Press, pág. 429.
3 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág. 431.
4 Pe. John Laux, Church History, Rockford, IL: Tam Books, 1989, pág. 404.
5 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pp. 432-
433.
6 Citado por Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of
Christendom), pág. 433.
7 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pp. 432-
434.
8 Pe. John Laux, Church History, pág. 404.
9 Pe. John Laux, Church History, pág. 405.
10 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 231.
11 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 232.
12 Pe. Andrew Pradel, St. Vincent Ferrer: The Angel of the Judgment, Tam Books, 2000,
pág. 39.
13 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 237.
14 Pe. John Laux, Historia da Igreja, pág. 405.
15 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 235.
16 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 235.
17 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
472.
18 Pe. John Laux, Church History, pág. 405.
19 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
473-474.
20 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
471.
21 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
479.
22 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 238.
23 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
485.
24 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 3 (The Glory of Christendom), pág.
487.
25 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, pág. 236.
26 Pe. John Laux, Church History, pág. 408Pe. James Edmund O’Reilly, The Relations of
the Church to Society – Theological Essays.
27 Pe. James Edmund O’Reilly, The Relations of the Church to Society – Theological Essays.
28 Pe. James Edmund O’Reilly, ibídem, pág. 287.
Capítulo 6 - A Igreja Católica ensina que um herege deixaria de ser o papa, e que um
herege não pode ser eleito validamente como um papa
A heresia é uma rejeição obstinada ou dúvida de um dogma da fé divina e católica por uma
pessoa baptizada. Por outras palavras, uma pessoa baptizada que nega deliberadamente um
ensinamento dogmático da Igreja Católica é um herege.
Martinho Lutero, talvez o mais notório herege da história da Igreja,
ensinou a heresia da justificação pela fé somente, entre muitas outras
Para além dos antipapas que reinaram de Roma devido a eleições não-canónicas, a Igreja
Católica ensina que se um papa se tornasse um herege, perderia automaticamente o seu cargo
e ofício e deixaria de ser papa. Este é um ensinamento de todos os Doutores e Padres da Igreja
que falaram sobre este tema:
São Roberto Belarmino, cardeal e Doutor da Igreja, De Romano Pontifice, II, cap. 30: “Um P
que é manifestamente um herege automaticamente deixa de ser Papa e Cabeça
como ele deixa automaticamente de ser cristão e um membro da Igreja. Por conseguinte, ele p
ser julgado e punido pela Igreja. Este é o ensinamento de todos os Padres da antiguidade
ensinam que hereges manifestos perdem automaticamente toda a jurisdição.”
São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, II, cap. 30: “Este princípio é do mais certo
que não é cristão não pode de maneira alguma ser Papa, como o próprio Caetan
disse (ib. c. 26). A razão disto é que ninguém pode ser cabeça daquilo que nã
membro. Agora bem, aquele que não é cristão não é um membro da Igreja e um her
manifesto não é cristão, tal como é claramente ensinado por S. Cipriano (lib. 4, ep
2), S. Atanásio (Cont. aria.), S. Agostinho (lib. De grat. Christ.), S. Jerónimo (con
Lucifer), e outros; logo, um herege manifesto não pode ser Papa.”
São Francisco de Sales (séc. XVII), A Controvérsia Católica, Ed. inglesa, pp. 3
306:“Agora, quando ele [o Papa] é explicitamente um herege, ele cai ipso facto da
dignidade e para fora da Igreja...”
Santo Antonino (1459): “No caso de o Papa ter se tornado um herege, ele encontrar
ia, por esse facto isolado e sem nenhuma outra sentença, separado da Igreja.U
cabeça separada de um corpo não pode, enquanto se mantenha separada, ser cabeça do me
corpo da qual foi cortada. Portanto, um papa que se separe da Igreja por heresia, por esse me
facto, deixaria de ser a cabeça da Igreja. Ele não poderia ser um herege e continuar co
Papa, porque, uma vez que está fora da Igreja, não pode possuir as chaves da Igre
(Summa Theologica, citado em Actes de Vatican I. V. Frond pub.)
O facto de um herege não poder ser papa tem as suas raízes no dogma de que
os hereges não são membros da Igreja Católica
Cabe enfatizar que o ensinamento dos santos e doutores da Igreja, que é citado acima —
que um papa que se torna um herege automaticamente deixa de ser papa — tem as suas raízes
no dogma infalível de que um herege não é um membro da Igreja Católica.
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, “Cantate Domino,” 1441, ex cathedra:“A Santa Igreja
Romana crê firmemente, professa e prega que nenhum dos que estão fora da Igreja
Católica, não só pagãos como também judeus, heréticos e cismáticos, poderá participar
na vida eterna; mas que irão para o fogo eterno que foi preparado para o demónio e os seus
anjos, a não ser que a Ela se unam antes de morrer…”2
Papa Pio XII, Mystici Corporis Christi, #22, 29 de Junho de 1943:
“Nem todos os pecados, embora graves, são de sua natureza tais que separem o homem
do corpo da Igreja como fazem os cismas, a heresia e a apostasia.”3
Podemos ver que é o ensinamento da Igreja que um homem é separado da Igreja por
heresia, cisma ou apostasia.
Em 1559, o Papa Paulo IV publicou uma bula papal que trata deste tema e da
possibilidade de um herege ser eleito papa.
Papa Paulo IV
Na altura em que o Papa Paulo IV publicou a Bula (citada abaixo), havia rumores de haver
um cardeal que era secretamente um protestante. Para evitar a eleição de tal herege ao
papado, o Papa Paulo IV decretou solenemente que um herege não pode ser eleito papa
validamente. Abaixo estão as partes pertinentes da Bula.
(ii) não será possível que essa adquira validez (e de nenhum modo pode considerar-se que
tal assunção tenha adquirido validez), por aceitação do cargo, por sua consagração, ou pela
subsequente possessão de governo e administração, ou pela suposta entronização do
Pontífice Romano, ou veneração, ou pela obediência que todos lhe tenham
prestado, qualquer que tenha sido o período de tempo decorrido depois da situação
anteriormente exposta;
(iv) os que assim foram promovidos e assumiram as suas funções, por essa mesma razão e
sem necessidade de qualquer declaração ulterior, estão privados automaticamente de toda
dignidade, lugar, honra, título, autoridade, função e poder…
10. Portanto, a homem algum seja lícito infringir esta página de Nossa Aprovação, Inovação,
Sanção, Estatuto, Derrogação de Vontades e Decretos, ou por temerária ousadia a
contradiga. Mas se alguém pretender fazê-lo, saiba que incorrerá na ira de Deus Omnipotente
e na dos seus santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Dado em Roma, junto a São Pedro, no ano da Encarnação do Senhor 1559, 15 de Fevereiro,
no quarto ano de nosso Pontificado.
O Papa Paulo IV também declarou que fazia essa declaração com o fim de combater o
surgimento da abominação da desolação no lugar santo, predita pelo profeta
Daniel. Isto é assombroso, e parece indicar que o próprio Magistério está a ligar
o aparecimento da abominação da desolação (Mateus 24:15) com um herege a
fazer-se de papa – talvez porque, como acreditamos que seja o caso, esse tal herege nos
trará a abominação da desolação no lugar santo, ou porque esse antipapa herege será ele
mesmo a abominação da desolação no lugar santo.
A Enciclopédia Católica repete esta verdade declarada pelo Papa Paulo IV, afirmando que
a eleição de um herege ao papado seria obviamente nula e inválida por completo.
Em consonância com a verdade que os hereges não podem ser papas, a Igreja
ensina que não se pode rezar por hereges no cânon da Missa
Reza-se pelo papa na oração Te Igitur do cânon da Missa, mas a Igreja também ensina que
não se pode rezar por hereges no cânon da Missa. Se um herege pudesse ser um verdadeiro
papa, então teríamos um dilema indissolúvel. Mas na verdade tal dilema não existe uma vez
que um herege não pode ser um papa válido:
Papa São Hormisdas, Libellus professionis fidei, 2 de Abril de 517, profissão de fé: “E,
portanto, espero merecer estar numa só comunhão convosco, que proclama a Sé
Apostólica, na qual está a íntegra, verdadeira e perfeita solidez da fé cristã, prometendo
que, no futuro, os nomes daqueles que se separaram da comunhão da Igreja
Católica — isto é, daqueles em desacordo com a Sé Apostólica — não serão lidos
nos mistérios sagrados. Mas se eu alguma vez intentar desviar-me da minha profissão,
declaro-me, por minha própria sentença, cúmplice daqueles por mim condenados. No
entanto, eu com a minha própria mão assinei esta profissão escrita por mim e a ti,
HORMISDAS, o santo e venerável Papa da Cidade de Roma, a dirijo.”9
Papa Bento XIV, Ex quo primum, #23, 1 de Março de 1756: “Além disso, os hereges e
cismáticos estão submetidos à censura da excomunhão maior pela lei do Can. de Ligu. 23,
quest. 5, e do Can. Nulli, 5, dist. 19. Pois os sagrados cânones da Igreja proíbem a
oração pública pelos excomungados, como se pode verificar no capítulo A
nobis, 2, e no capítulo Sacris da sentença de excomunhão. Embora isto não proíba
a oração pela sua conversão, ainda assim, tais orações não podem tomar a forma de
proclamação de seus nomes na oração solene durante o santo sacrifício da Missa.”10
Papa Pio IX, Quartus supra, #9, 6 de Janeiro de 1873: “Por esta razão, o bispo de
Constantinopla, João, declarou solenemente ― e após ele, todo o Oitavo Concílio Ecuménico
fez o mesmo ― ‘que os nomes daqueles que foram separados da comunhão da
Igreja Católica, isto é, daqueles que não concordam em todos os pontos com a
Sé Apostólica, não devem ter os seus nomes lidos durante os sagrados
mistérios.’”11
» Ir para a página principal dos antipapas da Contra-Igreja do Vaticano II
Notas finais:
1 The Catholic Encyclopedia, “Heresia”, New York: Robert Appleton Co., 1914, vol. 7, pág.
261.
2 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, vol. 1, pág. 578; Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co.,
Thirtieth Edition, 1957, no. 714.
3 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, vol. 4 (1939-
1958), pág. 41.
4 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 393.
5 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 393.
6 Denzinger 423.
7 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 401.
8 The Catholic Encyclopedia, “Papal Elections”, 1914, vol. 11, pág. 456.
9 Denzinger 172.
10 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 84.
11 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 415.
Papa Leão XIII, In ipso, #1, 3 de Março de 1891: “Porém, dói-nos pensar que os inimigos
da Igreja, unidos numa conspiração tão maligna, trabalhem para debilitar e
inclusive, se possível, eliminar completamente esse edifício maravilhoso que
Deus ergueu como um refúgio para a raça humana.”2
O Irmão Joseph Natale O.S.B., fundador do Mosteiro da Sagrada Família, esteve presente
numa das conferências de Bella Dodd nos primeiros anos da década de 1950. Ele declarou o
seguinte:
“Escutei aquela mulher por quatro horas e fiquei com os cabelos em pé. Tudo o que ela disse
cumpriu-se ao pé da letra. Poder-se-ia pensar que ela era o maior profeta do mundo, mas não
era nenhum profeta. Estava apenas a fazer uma exposição passo a passo do plano de batalha
de subversão comunista contra a Igreja Católica. Ela explicou que, de todas as religiões do
mundo, a Igreja Católica era a única a quem temiam os comunistas, posto que era a sua única
adversária efectiva.”3
Bella Dodd converteu-se ao catolicismo no final da sua vida. Falando como ex-comunista,
ela disse: “Na década de 1930, pusemos onze mil homens no sacerdócio com o fim
de destruir a Igreja desde dentro.” A ideia era que estes homens fossem ordenados, e
logo ascendessem pela escala de influências e de autoridade como monsenhores e bispos.
Naquela altura, ela disse: “Agora mesmo, eles estão nos cargos mais altos da Igreja. Estão
trabalhando para realizar uma mudança para que a Igreja Católica não seja eficaz contra o
comunismo.” Ela também disse que estas mudanças seriam tão drásticas que “você não
reconhecerá a Igreja Católica” (isto foi entre 10 a 12 anos antes do Vaticano II).
Antipapa Bento XVI com o comunista e fundador do Foro de São Paulo, Lula da Silva
O Irmão Joseph relata que Bella Dodd também havia dito: “A ideia era destruir, não a
instituição da Igreja, mas a fé das pessoas, e inclusive utilizar a instituição da
Igreja, se possível, para destruir a fé mediante a promoção de uma pseudo-
religião: algo que se parecesse com o catolicismo, mas que não o fosse realmente. Assim
que a fé fosse destruída, explicou, haveria um complexo de culpa introduzido na Igreja… para
rotular a ‘Igreja do passado’ de opressiva, autoritária, cheia de preconceitos, arrogante em
afirmar ser a única possuidora da verdade, e responsável pelas divisões das entidades
religiosas ao longo dos séculos. Isto seria necessário para produzir um sentimento de
vergonha entre os líderes da Igreja e conduzi-los para uma ‘abertura ao mundo,’ e para uma
atitude mais flexível perante todas as religiões e filosofias. Os comunistas então se
aproveitariam desta brecha com o fim de debilitar a Igreja.”4
“… É um dever das sociedades secretas fazer o primeiro ataque à Igreja e ao Papa, com o
objetivo de conquistá-los aos dois. A obra a que nos propomos não é uma obra de um dia,
nem de um mês, nem de um ano. Poderá demorar muitos anos, talvez um século… O que
devemos pedir, o que devemos buscar e esperar, assim como os judeus esperam
pelo Messias, é um papa de acordo com a nossas necessidades. Precisamos de um
papa para nós, se tal Papa fosse possível. Com esse papa marcharemos mais seguramente ao
assalto à Igreja do que com todos os livrinhos de nossos irmãos franceses e ingleses.”5
“Num espaço de cem anos… os bispos e sacerdotes crerão estar a marchar atrás da
bandeira das chaves de Pedro, quando na realidade estarão seguindo a nossa
bandeira… As reformas terão de ser introduzidas em nome da obediência.”6
Estas organizações e os indivíduos que pertencem a elas são agentes utilizados pelo diabo
para atacar a verdadeira Igreja de Cristo.
Efésios 6:12: “Porque nós não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os
principados e potestades, contra os governadores destas trevas do mundo, contra os espíritos
de malícia espalhados por esses ares.”
Em 3 de Abril de 1844, um líder da Alta Vendita chamado Nubius escreveu uma carta a
outro maçom de alta posição. O plano de infiltração da Igreja Católica, e a tentativa de
instalar um “papa” maçónico que promoverá a religião da Maçonaria, é mais uma vez
discutido nesta carta. “Agora então, a fim de garantir um papa às nossas medidas que se
encaixe no perfil que queremos, devemos em primeiro lugar preparar uma geração digna do
reino com o qual sonhamos… Deixe que o clero avance sob a sua bandeira (a
bandeira maçónica) sempre na crença de que estão avançando sob a bandeira
das chaves apostólicas. Lance a rede como Simão Barjonas; estendendo-a até ao fundo
das sacristias, dos seminários e conventos… Haverás realizado uma revolução vestido com a
tríplice coroa e a capa do papa, levando a cruz e a bandeira, uma revolução que só necessita
de um pequeno estímulo para que as suas chamas se alastrem pelos quatro cantos da terra.”7
O maçom Eliphas Lévi disse em 1862: “O dia chegará em que o papa… declarará que
todas as excomunhões estão levantadas e todos os anátemas retirados, em que
todos os cristãos estarão unidos dentro da Igreja, em que os judeus e os muçulmanos serão
abençoados e chamados de novo a ela… ela permitirá que todas as seitas se aproximem pouco
a pouco e abarcará a toda a humanidade na comunhão do seu amor e orações. E assim os
protestantes já não existirão. Contra o que irão protestar? O Sumo Pontífice será então
verdadeiramente o rei do mundo religioso, e fará o que ele quiser com todas as nações da
terra.”8
Um sacerdote apóstata e ex-canonista,9 chamado Pe. Roca (1830-1893), depois de ter sido
excomungado, disse: “O papado cairá; morrerá pela faca sagrada que os padres do
último concílio forjarão.”10 Roca também disse: “Devemos ter um novo dogma, uma
nova religião, um novo ministério, e novos rituais que sejam muito parecidos aos da Igreja
que se haverá rendido. O culto divino dirigido pela liturgia, o cerimonial, o ritual e
os regulamentos da Igreja Católica Romana submeter-se-ão em breve a uma
transformação num concílio ecuménico.”11
1 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pieriam Press, 1990, vol. 2 (1878-
1903), pág. 226.
2The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 237.
3 Declaração do Ir. Joseph Natale relatando o que disse a ex-comunista.
4 Declaração do Ir. Joseph Natale relatando o que disse a ex-comunista.
5 The Permanent Instruction of the Alta Vendita.
6 The Permanent Instruction of the Alta Vendita.
7 NUBIUS, Instruções Secretas sobre a Conquista da Igreja, em Emmanuel Barbier, Les
infiltrations maconiques dans l’Eglise, Paris/Brussels: Desclée de Brouwer, 1901, pág. 5;
parte disto também em Piers Compton, The Broken Cross, Cranbrook, Western Australia:
Veritas Pub. Co. Ptd Ltd, 1984, pp. 15-16.
8 Dr. Rara Coomaraswamy,The Destruction of the Christian Tradition, pág. 133.
9 Piers Compton, The Broken Cross, Cranbrook, Western Australia: Veritas Pub. Co. Ptd
Ltd, 1984, pág. 42.
10 Dr. Rudolf Graber, Athanasius and the Church of Our Time.
11 Piers Compton, The Broken Cross, pág. 42.
ntrodução
O Concílio Vaticano II foi celebrado entre os anos 1962 e 1965. O Vaticano II foi um falso
concílio que constituiu uma revolução contra os 2000 anos de doutrina e tradição católica.
Como veremos, o Vaticano II contém várias heresias que foram directamente condenadas
pelos papas e concílios do passado. O Vaticano II se tentou dar aos católicos uma nova
religião. No período seguinte ao Vaticano II, sucederam-se mudanças massivas em todos os
âmbitos da fé católica, incluindo a implementação de uma nova missa.
Antes do Vaticano II
Depois do Vaticano II
O Vaticano II também introduziu novas práticas e instaurou uma nova visão a respeito das
outras religiões. A Igreja Católica não pode mudar a sua doutrina sobre as outras religiões e
a maneira como as encara, visto que são ensinamentos fundamentados em verdades de fé
transmitidas por Jesus Cristo. O Vaticano II tentou mudar essas verdades da Igreja Católica.
O Vaticano II foi convocado por João XXIII e foi solenemente promulgado e confirmado
por Paulo VI em 8 de Dezembro de 1965. O Vaticano II não foi um verdadeiro concílio geral
ou ecuménico da Igreja Católica porque, como veremos em detalhe nas secções a seguir, foi
convocado e confirmado por hereges manifestos (João XXIII e Paulo VI), que não eram
elegíveis para a eleição papal (consultar a constituição apostólica do Papa Paulo IV
anteriormente citada). Os frutos do Concílio Vaticano II estão a vista de todos. Qualquer
católico honesto que tenha vivido antes do concílio e o compara com o que ele mesmo
experiencia nas dioceses de hoje pode atestar o facto de que o Vaticano II inaugurou uma
nova religião.
Há outras heresias nos documentos do Vaticano II. No entanto, o que foi tratado deveria
ser suficiente para convencer qualquer pessoa de boa vontade de que nenhum católico pode
aceitar este concílio herético sem negar a fé. E não basta simplesmente resistir às heresias do
Vaticano II; deve-se condenar por completo este concílio não-católico e todos os
que obstinadamente aderem às suas doutrinas. Porque, se uma pessoa rejeita as
heresias do Vaticano II, e mesmo assim se considera em comunhão com aqueles que aceitam
as heresias do Vaticano II, então essa pessoa na verdade ainda está em comunhão com
hereges e, portanto, é um herege.
Notas finais:
1 Yves Marsaudon em seu livro Ecumenism Viewed by a Traditional Freemason, Paris: Ed.
Vitiano, 121; citado por Permanences, no. 21 (Julho de 1965), 87; também citado pelo bispo
Tissier De Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, Kansas City, MO: Angelus Press,
2004, pág. 328.
A Missa latina tradicional, o acto de culto mais sagrado do Rito Romano da Igreja Católica,
foi codificada pelo Papa São Pio V em sua bula Quo primum em 1570.
O Papa São Pio X a celebrar a Santa Missa
Em sua famosa bula Quo primum, o Papa São Pio V proibiu a alteração da Missa latina
tradicional.
No dia 3 de Abril de 1969, Paulo VI substituiu a Missa latina tradicional nas igrejas do
Vaticano II pela sua própria criação, a Nova Missa ou Novus Ordo. Desde então, o mundo
tem presenciado o seguinte nas igrejas do Vaticano II que celebram a Nova Missa ou Novus
Ordo:
… Missas nudistas, nas quais tomam parte pessoas escassamente vestidas ou nuas. O
mundo viu Missas de malabarismo, nas quais um malabarista actua durante a Nova Missa…
O mundo tem presenciado padres a celebrar a Nova Missa com batatas “Doritos”;
… com refrigerantes; sobre uma caixa de cartão; com bolachas; com chá chinês
acompanhado por culto aos antepassados; com uma bola de basket, com o padre a dribla-la
sobre o altar; com um sacerdote a tocar um solo de guitarra. O mundo testemunhou a Nova
Missa com um sacerdote quase nu enquanto dança à volta do altar ou fazendo outros
abomináveis actos de equilíbrio…
… o mundo viu a Nova Missa com padres vestidos com vestimentas pagãs nativas;
… com uma menorah judaica colocada no altar…
… com uma estátua de Buda no altar; com freiras fazendo oferendas a “deusas femininas”;
com leitores e acólitos vestidos de satanistas-voodoo. O mundo viu na Nova Missa um
actuante vestido de smoking e a contar anedotas. O mundo tem visto concertos de rock na
Nova Missa…
Até mesmo uma organização que defende a Nova Missa se viu obrigada a admitir o
seguinte acerca da típica Nova Missa — isto é, a Nova Missa que se celebra normalmente nas
igrejas (até mesmo sem considerarmos as abominações e os sacrilégios comuns que foram
acima mencionados): “A maioria das Novas Missas que assistimos… são festividades
entusiásticas, acompanhadas de aplausos da congregação, a música é atroz, os sermões são
vazios, e são irreverentes…”3
Quando a Nova Missa surgiu em 1969, os cardeais Ottaviani, Bacci e alguns outros teólogos,
escreveram a Paulo VI a respeito dessa. Tenha em conta que o que eles disseram acerca da
Nova Missa concerne à versão latina, a chamada versão “mais pura” da Nova Missa. O seu
estudo é popularmente conhecido como A Intervenção Ottaviani. Este diz o seguinte:
“A Novus Ordo [a Nova Ordem da Missa] representa, tanto no seu conjunto como em seus
detalhes, um notável desvio da teologia católica da Missa tal como foi formulada na sessão
22 do Concílio de Trento.”4
Eles foram capazes de perceber claramente que a versão Latina da Nova Missa foi um
abandono marcante dos ensinamentos do Concílio de Trento. Das doze orações do ofertório
da Missa tradicional, apenas duas foram mantidas na Nova Missa. As orações eliminadas do
ofertório são as mesmas que os hereges protestantes Martinho Lutero e Thomas Cranmer
eliminaram. A Nova Missa foi promulgada por Paulo VI com a ajuda de seis ministros
protestantes.
Os seis ministros protestantes que ajudaram a conceber a Nova Missa foram os Drs. George,
Jasper, Shepherd, Kunneth, Smith e Thurian.
Paulo VI chegou mesmo a admitir ao seu bom amigo Jean Guitton que a sua intenção em
alterar a Missa era de torná-la protestante.
Jean Guitton (um amigo íntimo de Paulo VI) escreveu: “A intenção de Paulo
VI em respeito à que é vulgarmente chamada de ‘Nova Missa,’ foi de reformar
a liturgia católica de tal modo que essa quase coincidisse com a liturgia
protestante. Houve, com Paulo VI, uma intenção ecuménica de remover, ou,
pelo menos corrigir, ou pelo menos relaxar o que era ‘demasiado’ católico na
Missa, num sentido tradicional. E, repito, de aproximar a Missa Católica da
Missa Calvinista.”5
Paulo VI eliminou o que era demasiado católico na Missa com o propósito de fazer da Missa
um serviço protestante.
Um estudo dos Próprios e orações da Missa Tradicional em oposição à Nova Missa, revela
um massacre da fé tradicional. A Missa tradicional contém 1182 orações. Cerca de 760 foram
eliminadas completamente na Nova Missa. Dos aproximadamente 36% de orações que
restaram, os revisores alteraram mais da metade antes de introduzi-las no novo Missal.
Portanto, apenas cerca de 17% das orações da Missa tradicional se mantiveram
intactas na Nova Missa. O que também chama a atenção, é o conteúdo das modificações
feitas às orações. Orações tradicionais que descrevem os seguintes conceitos foram
especificamente abolidas do Novo Missal: a depravação do pecado; as ciladas da malícia; a
grave ofensa do pecado; o caminho para a perdição; terror face à fúria de Deus; a ira de Deus;
os golpes da Sua ira; o fardo do mal; as tentações; os pensamentos pervertidos; os perigos
para alma; os inimigos da alma e do corpo. Também foram eliminadas as orações que
descreviam: a hora da morte; a perda do céu; a morte eterna; o castigo eterno; as penas e o
fogo do Inferno. Foi dado ênfase especial em abolir da Nova Missa orações que descrevem: o
desapego ao mundo; as orações pelos defuntos; a verdadeira fé e a existência da heresia; as
referências à Igreja militante, aos méritos dos santos, aos milagres e ao Inferno.6 Podemos
ver os resultados deste massacre da Fé Tradicional nos próprios da Nova Missa.
A Nova Missa está cheia de sacrilégios, profanações e das mais ridículas abominações
imagináveis, porque reflete uma falsa religião que abandonou a fé católica tradicional.
A falsa religião que a Nova Missa reflete é uma das razões do porquê de ela ser
completamente vazia; é por isso que os seus frutos são completamente desoladores, estéreis,
e quase indizivelmente ruins. A religião praticada nas igrejas onde a Nova Missa é celebrada
é, pura e simplesmente falando, um completo sacrilégio e uma oca celebração do homem.
Até Dietrich von Hildebrand, um apoiante da religião do Vaticano II, disse o seguinte
acerca da Nova Missa:
“Em verdade, se a ruína da liturgia houvesse sido confiada a um dos demónios de As Cartas
de um Diabo a seu Aprendiz de C. S. Lewis, ele não poderia ter feito melhor.”7
Isto é precisamente o que também ocorreu em 1969, quando Paulo VI promulgou a Nova
Missa, a Novus Ordo Missae. As similaridades entre o Livro de Orações anglicano de 1549 e
a Nova Missa são surpreendentes. Um especialista observou que:
“A dimensão da separação entre a Novus Ordo da Missa e a teologia do Concílio de Trento
pode ser melhor apreendida mediante a comparação das orações que o Concilium eliminou
da liturgia com aquelas eliminadas pelo herege Thomas Cranmer. A coincidência não é
apenas notável: é aterradora. Não pode, de facto, ser uma coincidência.”10
De forma a enfatizar as suas crenças heréticas de que a Missa não é um sacrifício, mas
apenas uma refeição, os protestantes removeram o altar e puseram uma mesa em seu lugar.
Na Inglaterra protestante, por exemplo, “Em 23 de Novembro de 1550, o Concílio Secreto
ordenou que todos os altares em Inglaterra fossem destruídos e substituídos por mesas de
comunhão.”11
E São Roberto Belarmino observou que: “… quando entramos nos templos dos
hereges, onde não há nada excepto uma cátedra para a pregação e uma
mesa para cear, sentimo-nos a entrar num salão profano e não na casa de Deus.”14
Tal como os novos ofícios dos revolucionários protestantes, a Nova Missa é celebrada numa
mesa.
O Livro de Orações Anglicano de 1549 era também chamado de “A Ceia do Senhor e a santa
Comunhão, comummente chamada de Missa.”15 Este título enfatiza a crença protestante de
que a Missa é apenas uma refeição, uma ceia e não um sacrifício. Quando Paulo VI promulgou
a Instrução Geral para a Nova Missa, esta foi intitulada exactamente da mesma forma. Seu
título era: “A Ceia do Senhor ou Missa.”16
O Livro de Orações anglicano de 1549 eliminou da Missa a oração que começa com “Tirai de
nós os pecados,” porque ela evoca o sacrifício.
A oração que começa “Vos rogamos, Senhor,” refere-se às relíquias no altar de pedra. Esta
oração fora suprimida na Nova Missa.
As Orações do Ofertório que equivalem às seguintes orações: “Recebei, santo Pai… Ó Deus,
que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana… Nós vos oferecemos
Senhor… Em espírito de humildade… Vinde, ó Santificador, omnipotente ... Recebei, ó
Trindade Santíssima,” foram todas suprimidas no Livro de Orações anglicano de 1549. Com
excepção de dois excertos, todas elas foram suprimidas na Nova Missa.
No Livro de Orações anglicano de 1549, o diálogo “Corações ao alto,” o Prefácio e
o Sanctus foram todos conservados. Estes mantiveram-se na Nova Missa.
O Cânon romano foi abolido pelo Livro de Orações Anglicano de 1549. Ele foi conservado
apenas como opcional na Nova Missa.
Os arqui-hereges da revolução protestante: Thomas Cranmer (esq.) e Martinho Lutero (dir.)
Tanto Thomas Cranmer (o autor do Livro de Orações Anglicano de 1549) como Martinho
Lutero aboliram a oração “Livrai-nos, Senhor” — provavelmente porque ela menciona a
intercessão de Nossa Senhora e dos santos. Apenas uma versão modificada desta oração foi
mantida na Nova Missa, sem a invocação dos santos. Também há que assinalar que a oração
do ofertório da Nova Missa, que começa com “Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,” foi
tirada de uma oração de mesa judaica.17
De facto, o Novus Ordo Missae também eliminou a oração tradicional de Sexta-Feira Santa
pela conversão dos judeus. Esta oração foi substituída por uma oração, não pela conversão
dos judeus, mas para que estes cresçam em fidelidade à Sua Aliança! Portanto, existe uma
expressão de apostasia precisamente na oração de Sexta-Feira Santa da Nova Missa. É uma
promoção do judaísmo e da heresia de que a Antiga Aliança ainda é válida.
No Livro de Orações Anglicano de 1549, o equivalente da oração que começa por “Que esta
união e consagração do Corpo e do Sangue,” foi abolida. É muito interessante que apenas
uma versão modificada desta oração tenha sido mantida na Nova Missa com a importante
palavra “consagração” eliminada.
A versão do Livro de Orações Anglicano de 1552 instruiu que a Comunhão deve ser dada
na mão para significar que o pão é pão ordinário e que o sacerdote não é diferente, em
essência, do leigo.18
A Nova Missa dá a Comunhão na mão em quase todos os lugares do mundo, e vai até mais
longe que Cranmer ao permitir que os comungantes recebam de pé a comunhão das mãos de
um ministro leigo.
As orações da Missa tradicional que começam por “Fazei, Senhor, que conservemos o que
a nossa boca recebeu” e “Concedei, Senhor, que vosso Corpo e vosso Sangue que
recebi” fazem uma referência explícita à presença real de Cristo na Eucaristia. Ambas foram
suprimidas na Nova Missa.
A oração que começa por “Seja-vos agradável, ó Trindade santa, a oferta de minha
servidão” foi a oração pós-comunhão menos aceitável para todos os protestantes, porque faz
referência ao sacrifíciopropiciatório. Martinho Lutero, e Cranmer no seu Livro de Orações
Anglicano, suprimiram-na. Seguindo os seus passos, também foi suprimida na Nova Missa.
As orações após a Missa tradicional, as orações leoninas, inclusive o Ave Maria; o Salve,
Rainha; Oh Deus refúgio nosso; a oração a São Miguel; e o apelo ao Sagrado Coração,
formam, na prática, uma importante parte da liturgia. Cinco orações menos compatíveis com
o protestantismo dificilmente poderiam ser imaginadas. Todas elas foram suprimidas na
Nova Missa.
Considerando tudo isto, até Michael Davies concorda: “É incontestável que... o Rito
Romano foi destruído.”19
O “cardeal” Annibale Bugnini foi o presidente da comissão que concebeu a Nova Missa de
Paulo VI. Bugnini foi iniciado na loja maçónica em 23 de Abril de 1963, de acordo com o
registo maçónico de 1976.20
Além de todos estes problemas com a Nova Missa, há um ainda maior. O maior problema
da Nova Missa é o de não ser válida. Jesus Cristo não está presente na Nova Missa porque a
Nova Missa alterou as próprias palavras da consagração.
A PROVA DE QUE A NOVA MISSA NÃO É VÁLIDA —
AS PALAVRAS DA CONSAGRAÇÃO
FORAM ALTERADAS
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, 1439: “Todos estes sacramentos são feitos de três
elementos: nomeadamente, das coisas como matéria, das palavras como forma, e da pessoa
do ministro que confere o sacramento com a intenção de fazer o que a Igreja faz. Se um
destes estiver em falta, o sacramento não é efectuado.”21
O problema com a validez da Nova Missa está na forma, as palavras necessárias para
consagrar o sacramento da Eucaristia. A forma necessária para a consagração do sacramento
da Eucaristia no Rito Romano foi declarada pelo Papa Eugénio IV no Concílio de Florença.
Este ensinamento aparece no início de todos os Missais de altar Romanos de 1570 a 1962.
Podemos ver que as mesmas palavras mencionadas pelo Concílio de Florença, são declaradas
como necessárias pelo Papa São Pio V. É por isso que todas estas palavras de consagração
aparecem em negrito (destacadas) nos Missais de altar Romanos tradicionais. E esta é a razão
pela qual o Missal romano instrui o sacerdote a suster o cálice até que tenham sido
pronunciadas todas estas palavras.
Em primeiro lugar, na versão em latim original da Nova Missa foram removidas as palavras
“mysterium fidei” ― “mistério de fé” ― da fórmula da consagração. Isto causa uma grave
dúvida, porque “mysterium fidei” é parte da fórmula no Rito Romano. Apesar de as palavras
“mysterium fidei” não fazerem parte das fórmulas de consagração de alguns ritos orientais,
essas foram declaradas como parte do Rito Romano, e encontram-se também em alguns ritos
orientais. O Papa Inocêncio III e o Cânon da Missa também nos dizem que as palavras
“mysterium fidei” foram dadas pelo próprio Jesus Cristo.
Papa Inocêncio III, Cum Marthae circa, 29 de Novembro de 1202, em resposta a uma
pergunta sobre a forma da Eucaristia e a inclusão do “mysterium fidei”: “Perguntas quem
adicionou à forma das palavras que Cristo mesmo pronunciou quando transubstanciou o pão
e o vinho em Seu Corpo e Sangue, aquilo no Cânon da Missa utilizado pela Igreja universal
que nunca se leu escrito por nenhum dos Evangelistas… No Cânon da Missa, aparece
aquela expressão ‘mysterium fidei’ interposta às Suas palavras… De certo,
muitas são as coisas que vemos omitidas pelos Evangelistas tanto das palavras
como das acções do Senhor, que, como se lê, os Apóstolos completaram com a palavra
ou expressaram por acto… Logo, cremos que a forma das palavras, tal como se
encontram no Cânon, os Apóstolos receberam de Cristo, e deles receberam os seus
sucessores.”24
As palavras “mistério de fé” na consagração são uma clara referência à presença real de
Cristo na Eucaristia. Estas palavras também foram eliminadas pelo herege Thomas Cranmer
em seu Livro de Orações Anglicano de 1549, porque elas fazem uma clara referência à
presença real de Cristo na Eucaristia.25 Quando palavras são removidas de um rito pelo facto
de que o significado que elas expressam contradiz o sentido desejado do rito, causa-se uma
dúvida. Mais poderia ser dito acerca deste assunto, mas devemos agora proceder ao golpe
fatal à validez da Nova Missa.
“Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Este é o cálice do meu sangue, o
sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e POR TODOS PARA
REMISSÃO DOS PECADOS.”
As palavras “por vós e por muitos para remissão dos pecados,” foram alteradas para “por
vós e por todos para remissão dos pecados.” A palavra “muitos” foi removida e
substituída pela palavra “todos.” Esta mudança invalida absolutamente todas as Novas
Missas. Em primeiro lugar, a palavra “muitos” foi utilizada por Jesus Cristo na instituição do
sacramento da Eucaristia, como vemos em Mateus 26:28: “Porque este é o meu sangue do
novo Testamento, que será derramado por muitos para remissão de pecados.” As palavras
utilizadas por nosso Senhor, “por muitos para remissão de pecados” representam a eficácia
do sangue que Jesus derramou. O sangue de Jesus é eficaz para a salvação de muitos, não de
todos os homens. Na explicação disto, o Catecismo do Concílio de Trento declara
especificamente que Nosso Senhor não quis dizer “todos” e portanto não o disse!
Como podemos ver, segundo o Catecismo do Concílio de Trento, as palavras “por todos”
não foram utilizadas por nosso Senhor precisamente porque elas dariam um significado
falso.
O uso de “todos” altera o sentido da forma da consagração. Ninguém, nem sequer um papa,
pode alterar as palavras que Jesus Cristo instituiu especificamente para um sacramento da
Igreja.
Uma vez que “todos” não significa o mesmo que “muitos,” o sacramento não se realiza na
Nova Missa.
Existe outro ângulo para a questão que devemos examinar agora. Em sua famosa
bula, Apostolicae Curae de 1896, o Papa Leão XIII ensina:
Papa Leão XIII, Apostolicae Curae, 13 de Setembro de 1896: “E todos sabem que os
sacramentos da Nova Lei, sendo sinais sensíveis e eficazes de graça invisível, devem
tanto significar a graça que produzem, e produzir a graça que significam.”30
Se não significar a graça que produz e não produzir a graça que significa, não é um
sacramento — ponto final. Portanto, qual é a graça produzida pelo sacramento da sagrada
Eucaristia?
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Exultate Deo, Sobre a Eucaristia, 1439:
“Finalmente, isto é apropriado para significar o efeito deste sacramento, que é a
união do povo cristão com Cristo.”31
São Tomás de Aquino, Summa Theologica, Pt. III, Q. 73, A. 3: “Ora, como dissemos, a
realidade deste sacramento [da Eucaristia] é a unidade do Corpo Místico, sem a
qual não pode haver salvação, já que fora da Igreja não há salvação.”32
O Concílio de Florença, São Tomás de Aquino e muitos outros teólogos ensinam que a graça
produzida pela Eucaristia é a união dos fiéis com Cristo. São Tomás chama esta graça de “a
unidade do Corpo Místico.” A graça produzida pela Eucaristia (a união dos fiéis com Cristo
ou a unidade do Corpo Místico) deve ser distinguida cuidadosamente da própria Eucaristia:
o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo.
Uma vez que a união dos fiéis com Cristo é a graça produzida pelo sacramento da
Eucaristia ― ou aquilo que é chamado a realidade do sacramento ou a graça própria do
sacramento da Eucaristia ―, esta graça deve ser significada na forma da consagração para
que seja válida, como ensina o Papa Leão XIII. Bem, então devemos analisar a forma
tradicional da consagração e encontrar onde esta graça, a união dos fiéis com Cristo, é
significada.
A forma tradicional da consagração, como foi declarada pelo Papa Eugénio IV no Concílio
de Florença e pelo Papa São Pio V em De Defectibus, é a seguinte:
Note uma vez mais: estamos à procura daquela parte da forma que significa que a pessoa
que recebe dignamente este sacramento une-se ou une-se mais fortemente com Jesus Cristo
e o seu Corpo Místico.
As palavras “DO NOVO E ETERNO TESTAMENTO” significam a união dos fiéis com
Cristo/o Corpo Místico de Cristo? Não. Essas palavras não significam o Corpo Místico de
Cristo, mas contrastam os sacrifícios temporais e prefigurados da Antiga Lei com o sacrifício
eterno e propiciatório de Jesus Cristo.
As palavras “MISTÉRIO DE FÉ” significam a união dos fiéis com Cristo/o Corpo Místico
de Cristo? Não. Estas palavras significam a presença real de Cristo na Eucaristia, como
ensina Inocêncio III; elas não significam o Corpo Místico de Cristo.
As palavras “QUE SERÁ DERRAMADO” significam a união dos fiéis com Cristo/o
Corpo Místico de Cristo? Não. Essas palavras denotam o verdadeiro sacrifício.
As únicas palavras que restam na forma da consagração são: “POR VÓS E POR
MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.”
As palavras “POR VÓS E POR MUITOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS” são as
palavras na forma da consagração que significam a união dos fiéis com Cristo/o Corpo
Místico de Cristo, que é a graça própria do sacramento da Eucaristia.
Agora, se analisarmos a forma de consagração da Novus Ordo, encontraremos o que
significa o Corpo Místico/a união dos fiéis com Cristo (a graça própria do sacramento da
Eucaristia)? Esta é a forma da consagração na Nova Missa ou Novus Ordo:
A forma da Nova Missa: “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós. Este é o cálice do
meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todospara
remissão dos pecados.”
Está a união do Corpo Místico de Jesus Cristo significada pelas palavras “por vós e por
todos para remissão dos pecados”? Não. São todos os homens parte do Corpo Místico? Não.
São todos os homens parte dos fiéis unidos com Cristo? Não. Podemos ver claramente que a
Nova Missa ou Novus Ordo certamente não significa a união do Corpo Místico (a graça
própria do sacramento da Eucaristia) e, logo, não é um sacramento válido!
Papa Leão XIII, Apostolicae Curae, 13 de Setembro de 1896: “E todos sabem que os
sacramentos da Nova Lei, sendo sinais sensíveis e eficazes de graça invisível, devem tanto
significar a graça que produzem, e produzir a graça que significam.”33
Papa Leão XIII, Apostolicae Curae, 1896: “A forma não pode ser considerada apta ou
suficiente para o sacramento se omite o que deve significar na sua essência.”34
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Exultate Deo, 1438: “... isto é apropriado para
significar o efeito deste sacramento, que é a união do povo cristão com Cristo.”35
Para que se prove mais veementemente este ponto, há que se notar que em todas as
fórmulas de consagração nos ritos litúrgicos da Igreja Católica, seja a liturgia arménia, a
liturgia copta, a liturgia etíope, a liturgia síria, a liturgia caldaica, etc., a união dos fiéis com
Cristo/o Corpo Místico está significada na forma da consagração. Nenhuma das liturgias
alguma vez aprovadas pela Igreja falha em significar a união dos fiéis com Cristo.
Estas são as partes das formas de consagração do vinho usadas pelos ritos
orientais que significam o que a Missa tradicional faz e o que a Nova Missa
não faz: a união e os membros da Igreja
A LITURGIA ARMÉNIA: “… por vós e por muitos será derramado na expiação e perdão dos
pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são significados pelas palavras “por vós
e por muitos... na expiação e perdão dos pecados.”
A LITURGIA BIZANTINA: “… porque por vós e por muitos será derramado em remissão dos
pecados.”
A LITURGIA CALDAICA: “… derramado por vós e por muitos em remissão dos pecados.”
A LITURGIA COPTA: “… derramado por vós e por muitos em remissão dos pecados.”
A LITURGIA ETÍOPE: “… derramado por vós e por muitos em remissão dos pecados.”
A LITURGIA DE MALABAR: “… derramado por vós e por muitos para a remissão dos
pecados.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são significados.
A LITURGIA MARONITA: (esta forma é idêntica à que foi sempre utilizada no Rito Romano).
A LITURGIA SÍRIA: “Isto é o Meu Sangue, da Nova Aliança, que será derramado e
oferecido para o perdão dos pecados e a vida eterna de vós e de muitos.”
Note que a união e os membros do Corpo Místico são significados pelas palavras “para o
perdão dos pecados e a vida eterna de vós e de muitos.”
Portanto, um católico não pode atender à Nova “Missa” sob pena de pecado
mortal.Aqueles que persistem em fazê-lo cometem idolatria (adoração de um pedaço de
pão). Jesus Cristo não está ali presente. A hóstia da Novus Ordo não é mais que um pedaço
de pão; não é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor. A Igreja sempre ensinou
que receber um sacramento duvidoso (que utilize matéria ou forma duvidosa) é pecado
mortal. De facto, o Papa Inocêncio XI, no Decreto do Santo Oficio de 4 de Março de
1679,36 condena a ideia de que os católicos podem receber sacramentos “prováveis.” E a
Nova Missa não é meramente duvidosa, é claramente inválida, pois não significa a graça que
supostamente deveria produzir. A Nova Missa é, na verdade, pior que um ofício protestante:
é uma abominação, que falsifica as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e a fé católica.
Nota: Nesta mesma altura durante a qual escrevemos isto, surgiram alguns rumores de que
o Vaticano, a fim de enganar novamente os tradicionalistas e trazê-los para a falsa Igreja e a
falsa Nova Missa, está a planear corrigir o erro “por todos” na forma de consagração. O facto
de o Vaticano pretender fazer isso demonstra que “por todos” dá, como dissemos, um
significado falso. Mesmo se o fizerem, um católico deve continuar a evitar todas as novas
Missas sob pena de pecado mortal, porque a Nova Missa é, em si mesma, um serviço não-
católico; irá continuar a faltar na consagração as palavras “mysterium fidei” e, em qualquer
caso, a maioria dos “sacerdotes” que a celebram não são validamente ordenados (como a
secção seguinte provará).
Notas finais:
1 Palavras de Dietrich von Hildebrand, um partidário da religião do Vaticano II que sentiu-
se obrigado a fazer tal declaração acerca da Nova Missa. Citado por Michael Davies, Pope
Paul’s New Mass, Kansas City, MO: Angelus Press, 1980, pág. 80.
2 Papa São Pio V, bula Quo Primum, 14 de Julho de 1570.
3 New Oxford Review, Berkeley, CA, Novembro de 2006, “Notas.”
4 The Ottaviani Intervention, Ed. inglesa, Rockford, IL: Tam Books.
5 Rama Coomeraswamy, The Problems with the New Mass, Tam Books, pág. 34.
6 Fr. Anthony Cekada, The Problems With the Prayers of the Modern Mass, Tam Books,
1991, pp. 9-13.
7 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, Kansas City, MO: Angelus Press, pág. 80.
8 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 126.
9 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 395.
10 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass.
11 Warrem H. Carroll, A History of Christendom, vol. 4 (The Cleaving of Christendom),
Front Royal, VA: Christendom Press, 2000, pág. 229
12 Michael Davies, Cranmer’s Godly Order, Fort Collins, CO: Romam Catholic Books, 1995,
pág. 183.
13 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 398.
14 Octava Controversia Generalis. Liber Ii. Controversia Quinta. Caput XXXI.
15 Michael Davies, Cranmer’s Godly Order, pág. 65.
16 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 285.
17 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 320.
18 Michael Davies, Cranmer’s Godly Order, pág. 210.
19 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 504.
20 Também discutido em Pope Paul’s New Mass, pp. 102; 504-505.
21 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
695.
22 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 1, pág. 581; Denzinger 715.
23 Uma tradução comum, encontrada em muitas publicações das palavras em latim do
missal romano do altar, em De Defectibus, cap. 5, parte 1.
24 Denzinger 414-415.
25 Michael Davies, Cranmer’s Godly Order, pág. 306.
26 The Catechism of the Council of Trent, Tan Books, 1982, pág. 227; Catecismo
Romano, Editora Vozes Limitada, Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, 1951, pág. 282.
27 Santo Afonso de Ligório, Treatise on The Holy Eucharist, Redemptorist Fathers, 1934,
pág. 44.
28 Denzinger 2301.
29 Uma tradução comum, encontrada em muitas publicações das palavras em latim do
missal romano do altar, em De Defectibus, cap. 5, parte 1.
30 Denzinger 1963.
31 Denzinger 698.
32 São Tomás de Aquino, Summa Theologica, Allen, TX: Christian Classics, Pt. III, q. 73, a.
3.
33 Denzinger 1963.
34 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, Tam Books, 1995, pág. 401.
35 Denzinger 698.
36 Denzinger 1151.
Michael Davies: “… toda oração no rito tradicional [de ordenação] que afirmava
especificamente o papel essencial de um sacerdote como homem ordenado para
oferecer o sacrifício propiciatório pelos vivos e pelos mortos foi eliminada [do
novo rito de Paulo VI]. Na maioria dos casos, estas eram precisamente as
orações eliminadas pelos reformadores protestantes, e quando não eram
exactamente as mesmas, havia um claro paralelismo.”1
Além de ter havido mudanças invalidantes na Missa, o Diabo sabia que tinha de alterar o
rito de ordenação para que os sacerdotes da nova Igreja também fossem inválidos.
O Novo Rito das Santas Ordens (bispos, sacerdotes, diáconos) foi aprovado e
imposto por Paulo VI em 18 de Junho de 1968. É crucial que a seguinte informação
seja conhecida por todos os católicos, uma vez que refere-se à validez de essencialmente
todos os “sacerdotes” ordenados dentro da estrutura diocesana desde aproximadamente
1968; e, em consequência, diz respeito à validez de inúmeras confissões, missas de indulto,
etc.
Papa Pio XII, Sacramentum Ordinis, 30 de Novembro de 1947: “Mas em relação à matéria e
à forma na consagração de qualquer ordem, pela Nossa mesma suprema autoridade
apostólica Nós decretamos e estabelecemos o seguinte: … Na ordenação de
presbíteros, a matéria é a primeira imposição de mãos do bispo, que é feita em
silêncio… Porém, a forma [da ordenação] consta das palavras do ‘Prefácio,’ das
quais as seguintes são essenciais e, portanto, requeridas para a validez:
→ “Nós Vos pedimos, Pai Todo-poderoso, constituí estes vossos servos na dignidade de
presbíteros (Presbyterii dignitatem); renovai em seus corações o Espírito de
santidade, para que (ut) recebam de Vós, ó Deus, o segundo grau da Ordem sacerdotal em
Vosso serviço, e que a sua vida seja exemplo para todos.”2
▪ “Nós Vos pedimos, Pai todo-poderoso, constituí estes vossos servos na dignidade de
presbíteros; renovai em seus corações o Espírito de santidade; obtenham, ó Deus, o segundo
grau da Ordem sacerdotal que de Vós procede, e a sua vida seja exemplo para todos.”3
A diferença entre as duas formas está na palavra latina ut (que significa “para
que”), que foi omitida no Novo Rito. Isto pode parecer insignificante, mas
em Sacramentum Ordinis, Pio XII declarou que esta palavra é essencial para a validez.
Ademais, a omissão de “para que” causa um relaxamento da designação do efeito
sacramental (que confere o ofício de segundo grau). Por outras palavras, a eliminação de
“para que” pressupõe uma ordenação que já foi realizada, mas que não se realiza a medida em
que as palavras são pronunciadas.
Visto que o novo rito pretende ser o rito romano, esta eliminação de “ut” (“para que”) faz
com que a validez do novo rito seja questionável.4 Porém, há um problema muito maior que
demonstra que o novo rito é inválido.
A mudança na forma essencial não é o único problema com o Novo Rito de Ordenação
promulgado por Paulo VI. Os seguintes pontos são de igual importância, porque o
sacramento da Ordem, embora tenha sido instituído por nosso Senhor Jesus Cristo, não foi
instituído por nosso Senhor com uma forma sacramental específica ― ao contrário dos
sacramentos da Eucaristia e do Baptismo, que foram instituídos com uma forma
sacramental específica ― de modo que o significado e a relevância da forma das
palavras na ordenação são dados pelos ritos e cerimónias que lhe são
adjacentes.
Em sua famosa bula, Apostolicae curae, de 13 de Setembro de 1896, o Papa Leão XIII
declarou solenemente que as ordenações anglicanas são inválidas. Isto significa que a seita
anglicana não tem nem sacerdotes nem bispos válidos.
Papa Leão XIII, Apostolicae curae, 13 de Setembro de 1896: “... de Nossa própria
iniciativa e conhecimento certo, pronunciamos e declaramos que as ordenações
feitas de acordo com o rito Anglicano foram, e são, absolutamente nulas e
totalmente inválidas.”5
Deve-se compreender que, ao fazer esta declaração, o Papa Leão XIII não
estava tornandoinválidas as ordenações anglicanas, mas estava declarando que eram
inválidas devido aos defeitos no rito. Mas, quais eram os defeitos ou problemas que
Leão XIII viu no rito anglicano que contribuíam para a sua invalidez?
Papa Leão XIII, Apostolicae curae, 13 de Setembro de 1896: “Quando alguém faz um correcto
e sério uso da forma devida e da matéria requerida para efectuar ou conferir o sacramento,
por esse mesmo facto, considera-se que ele faz o que a Igreja faz. Sobre este princípio se
baseia a doutrina de que um sacramento se confere verdadeiramente pelo ministério de um
herege ou um não-baptizado [significando que uma pessoa não baptizada só pode conferir o
sacramento do Baptismo, mas não os outros sacramentos], desde que seja empregado o rito
católico. Por outro lado, se o rito é alterado, com a intenção manifesta de
introduzir outro rito não aprovado pela Igreja e de rejeitar o que a Igreja faz, e
o que pela instituição de Cristo pertence à natureza do sacramento, então está
claro que não só está em falta a intenção necessária ao sacramento, mas que a
intenção é adversa e destrutiva para o sacramento.”6
Aqui vemos o Papa Leão XIII a ensinar que se um ministro utiliza o rito católico ao conferir
o sacramento da Ordem, com a matéria e forma correctas, por essa mesma razão assume-se
que a sua a intenção era de fazer o que a Igreja faz — a intenção de fazer o que a Igreja faz é
necessária para que qualquer sacramento seja válido. Por outro lado, diz-nos que se o rito
for alterado com a intenção manifesta de introduzir um novo rito não aprovado
pela Igreja, e de rejeitar o que a Igreja faz, então a intenção não é apenas
insuficiente, mas é destrutiva para o sacramento.
E quais são as coisas descritas pelo Papa Leão XIII que demonstram a intenção destrutiva
do rito anglicano de ordenação?
Papa Leão XIII, Apostolicae curae, 13 de Setembro de 1896: “Pois, pondo de lado as outras
razões que mostram que isto é insuficiente para a intenção no rito anglicano, que para
todos seja suficiente este argumento: por eles foi deliberadamente
eliminado tudo o que estabelece a dignidade e o ofício do sacerdócio no rito
católico. Por conseguinte, esta forma não pode considerar-se apta ou suficiente para o
sacramento, uma vez que omite o que em essência deve significar.”7
Papa Leão XIII, Apostolicae curae, 13 de Setembro de 1896: “Portanto sucede que, como o
sacramento da Ordem e o verdadeiro sacerdotium [sacerdócio sacrificador] de
Cristo foi completamente eliminado do rito anglicano, e dado que
o sacerdotium [sacerdócio] não é de maneira alguma conferido verdadeira e
validamente na consagração episcopal do mesmo rito, pela mesma razão, portanto, o
episcopado de forma nenhuma pode ser conferido verdadeira e validamente por este; e isto
sobretudo porque está entre os primeiros deveres do episcopado a ordenação dos ministros
para a Santa Eucaristia e o sacrifício.”8
Michael Davies: “Tal como ficou claro na secção anterior, toda oração no rito tradicional
[de ordenação] que afirmava expressamente o papel essencial de um sacerdote
como homem ordenado para oferecer o sacrifício propiciatório pelos vivos e
pelos os mortos foi eliminada [do novo rito de Paulo VI]. Na maioria dos
casos, estas eram precisamente as orações eliminadas pelos reformadores
protestantes, e quando não eram exactamente as mesmas, havia um claro paralelismo.”10
Aqui estão algumas das orações e cerimónias específicas que manifestam a verdadeira
natureza do sacerdócio no rito tradicional e que foram eliminadas especificamente no Novo
Rito de Ordenação de Paulo VI. A seguinte informação encontra-se no livro de Michael
Davies, A Ordem de Melquisedeque (The Order of Melchisedech), pp. 79 e seguintes.
→ “Que nos digneis chamar à unidade da Igreja, a todos os que estão alheios a
Ela, para iluminar todos os infiéis com a luz do Evangelho.”
Em seguida, no rito tradicional, depois de pronunciada a forma essencial, que foi alterada
no novo rito (ver acima), o bispo diz outra oração, que inclui o seguinte:
→ “Que sua missão seja alterar com a bênção incorrupta, para o serviço do
povo, o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Vosso Filho.”
No rito tradicional, o bispo entoa a seguir o Veni Creator Spiritus. Enquanto unge cada
sacerdote, diz:
→ “Dignai-vos, Senhor, consagrar e santificar estas mãos por esta unção e por
nossa bênção. A fim de que tudo que elas benzerem seja bento, e tudo que elas
consagrarem seja consagrado e santificado, em nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo.”
Esta oração foi abolida. E esta oração é tão importante que foi até mencionada por Pio
XII em Mediator Dei #43:
Papa Pio XII, Mediator Dei, #43, 20 de Novembro de 1947: “Além disso, como já dissemos,
somente estes [os sacerdotes] são marcados com caráter indelével que os ‘configura’ ao
sacerdócio de Cristo e somente as suas mãos são consagradas ‘para que seja abençoado
tudo o que abençoam e tudo o que consagram seja consagrado e santificadoem
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.’”12
Note que Pio XII, ao falar de como os sacerdotes foram marcados na ordenação, faz
referência a esta muito importante oração que foi especificamente abolida no novo rito de
1968 instituído por Paulo VI.
Pouco depois desta oração no rito tradicional, o bispo diz o seguinte a cada ordinando:
No rito tradicional:
→ “… os novos sacerdotes então prometem obediência ao seu bispo, que lhes ‘admoesta’
a terem em conta que o oferecimento da Santa Missa não está isento de riscos, e
que devem aprender com outros sacerdotes experimentados tudo o que seja necessário, antes
de empreenderem essa responsabilidade tão perigosa.”
Conclusão: Face a estes factos, torna-se completamente evidente que no novo rito não há
intenção de ordenar verdadeiros sacerdotes sacrificantes. Cada uma das referências
preceptivas para o verdadeiro sacrifício sacerdotal foi deliberadamente
removida, tal como no rito anglicano — o qual foi, por essa mesma razão, declarado
inválido pelo Papa Leão XIII.
Papa Leão XIII, Apostolicae curae, 13 de Setembro de 1896: “Por esta razão, em todo o
ordinal, não só não há menção alguma do sacrifício, da consagração,
do sacerdotium [sacerdócio sacrificador], que seja clara, mas, como já declarámos,
todo rastro destas coisas, que estavam nas orações do rito romano e que não
foram rejeitadas por completo, foi deliberadamente amputado e
suprimido.Desta maneira, o carácter natural ― ou o espírito, como é chamado ― do ordinal
se manifesta claramente.”13
O novo rito encaixa-se precisamente nesta descrição. Poderia alguém negar este facto?
Não, para fazê-lo teria de prestar falso testemunho. O novo rito de ordenação eliminou
especificamente o sacerdócio sacrificial. A intenção que manifesta é contrária à intenção da
Igreja e não pode ser suficiente para sua validez.
Michael Davies, A Ordem de Melquisedeque, pág. 97: “Se o novo rito católico é considera
satisfatório, então todo o caso formulado por Apostolicae curae [de Leão XIII
arruinado… Se o novo rito católico, despojado de toda oração preceptiva q
significa o poder essencial do sacerdócio, é válido, então não parece haver raz
alguma pela qual o rito anglicano de 1662 não deva ser válido também, e muito me
pode haver alguma possível objeção aos Ordinais Anglicanos Serie III de 1977.”
Michael Davies, A Ordem de Melquisedeque, pág. 99: “Como comentário final sobre
novo ordinal católico, eu gostaria de citar uma passagem de Apostolicae curae e pe
a qualquer leitor que me mostre como as palavras que o Papa Leão XIII escrev
sobre o rito de Cranmer não podem ser aplicáveis ao novo ordinal católico, p
menos no que toca às orações preceptivas.”
Michael Davies, A Ordem de Melquisedeque, pág. 109: “… as diferenças entre o rito catól
de 1968 e o novo ordinal anglicano são tão mínimas que é difícil crer que não est
destinadas para o mesmo propósito… Ver-se-á que toda fórmula imperativa q
pode ser interpretada como um outorgamento do poder especificamente sacerdo
negado à totalidade dos fiéis foi cuidadosamente excluída do novo rito.”
Michael Davies, A Ordem de Melquisedeque, pp. 94-95: “Quando as mudanças [do rito
de Ordenação] são consideradas em conjunto, parece impossível crer que
qualquer católico íntegro possa negar que não seja evidente e alarmante o
paralelo com a reforma de Cranmer [a reforma anglicana]. É bastante óbvio que
existem forças poderosas dentro da Igreja Católica e das diversas denominações protestantes
que estão decididas a realizar a todo custo um ordinal comum… Os protestantes do século
XVI alteraram o pontificais tradicionais porque eles rejeitavam a doutrina católica do
sacerdócio. O arcebispo Bugnini e o seu Consiliummodificaram de tal maneira o
Pontifical Romano que dá a entender que há pouca ou nenhuma diferença de
crença entre católicos e protestantes, desvirtuando desta maneira a
bula Apostolicae curae [de Leão XIII].”15
São Tomás de Aquino, Summa Teologica, Pt. III, Q. 60, A. 8: “… a intenção é essencial para
o sacramento, como se explicará mais adiante. Portanto, se ele intencionar com esta
adição ou subtração realizar um rito que não aquele que é reconhecido pela
Igreja, parece que o sacramento é inválido, porque não parece ter a intenção de fazer
o que a Igreja faz.”
Também vale a pena assinalar que Cranmer, ao criar o inválido rito anglicano, aboliu o
subdiaconato e as ordens menores e as substituiu por um ministério de três graus: bispos,
sacerdotes e diáconos. Isto é exactamente o que Paulo VI fez ao alterar os ritos católicos.
O novo rito menciona que os candidatos para a ordenação devem ser elevados ao
“sacerdócio,” mas também o rito inválido anglicano o faz. O facto é que o Papa Leão XIII
explica em Apostolicae curaeque se um rito de Ordenação implica a exclusão do poder de
oferecer os sacrifícios propiciatórios, como faz o novo rito, então esse é necessariamente
inválido, independentemente de expressar ou mencionar a palavra “sacerdote.”
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos admitiu que a teologia
católica do sacerdócio não se fez explícita no rito de 1968.16
O facto é que o novo rito de Paulo VI é um rito totalmente novo, que rejeita o que a Igreja
Católica faz ao rejeitar o que, por instituição de Cristo, pertence à natureza do sacramento [o
sacerdócio sacrificial]; então torna-se evidente que a intenção necessária manifestada por
este rito é insuficiente, e até mesmo adversa e destrutiva ao sacramento das Santas
Ordens (Leão XIII). Estes factos demonstram que o Novo Rito de Ordenação de Paulo VI não
pode ser considerado válido, mas deve ser considerado inválido.
Obviamente que, sob pena de pecado mortal, nenhum católico pode recorrer licitamente a
“sacerdotes” ordenados no novo rito de Paulo VI para receber a “comunhão” ou a confissão
ou qualquer outro sacramento que requer um sacerdócio válido, uma vez que eles não são
sacerdotes válidos.
Como já foi mencionado, o Papa Inocêncio XI, Decreto do Santo Ofício de 4 de Março de
167917, condenou a ideia de que os católicos podem receber sacramentos que sejam
“prováveis.” Por outras palavras, mesmo que um indivíduo cresse que o Novo Rito de
Ordenação é provavelmente válido (o qual é falso, já que é claramente inválido), estaria
mesmo assim proibido, sob pena de pecado mortal, de receber os sacramentos das mãos
daqueles que nesse foram “ordenados.” Os sacramentos apenas podem ser recebidos quando
a matéria e a forma são certamente válidas.
A Sociedade de São Pio X ocasionalmente permite que nela entrem homens que foram
“ordenados” no Novo Rito de Ordenação, e nem sempre os voltam a ordenar
condicionalmente — ou pelo menos não o admitem publicamente. As “missas” celebradas
por tais “sacerdotes” seriam inválidas.
Os sacerdotes que foram “ordenados” no novo rito de Paulo VI e que estão abertos à
verdade, devem ser ordenados novamente por um bispo consagrado validamente no rito
tradicional. Isto também significa necessariamente que a Novus Ordo Missae (a Nova
Missa), sem sequer considerar os seus próprios problemas internos que a fazem inválida, é
obviamente inválida se for celebrada por qualquer “sacerdote” ordenado no Novo Rito de
Ordenação.
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Notas finais:
1 Michael Davies, The Order of Melchisedech, Harrison, NY: Roman Catholic Books, 1993,
pág. 83.
2 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
no. 2301.
3 The Rites of the Catholic Church, The Liturgical Press, Vol. 2, 1991, pp. 44-45; Ordenação
do Bispo, dos Presbíteros e Diáconos, 3ª edição, Conferência Episcopal Portuguesa, pág. 14.
4 Catecismo Romano, Editora Vozes Limitada, 1951, pág. 282: “Em nossos Sacramentos,
porém, a forma das palavras é prescrita de tal maneira que, se não for observada, deixa de
haver Sacramento. Por isso, são elas muito evidentes, e não dão lugar a nenhuma dúvida.”
5 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, Rockford, IL: Tam Books, 1995, pág. 405;
Denzinger 1966.
6 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pág. 404.
7 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pág. 401.
8 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pág. 402.
9 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pp. 402-403.
10 Michael Davies, The Order of Melchisedech, pág. 83.
11 Michael Davies, The Order of Melchisedech, pág. xix.
12 The Papal Encyclicals, de Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, vol. 4 (1939-
1958), pág. 127.
13 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pp. 402-403.
14 The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII, pág. 401.
15 Michael Davies, The Order of Melchisedech, pág. 94-95.
16 Michael Davies, The Order of Melchisedech, pág. xxii.
17 Denzinger 1151.
Paulo VI também alterou o rito de consagração de bispos. Isto é muito importante porque
grupos como a Fraternidade de São Pedro e o Instituto de Cristo Rei (grupos indultados que
oferecem a Missa latina tradicional) ordenam os seus homens segundo o Rito de Ordenação
Tradicional, mas são ordenações feitas por “bispos” que foram ordenados segundo o novo
rito de consagração episcopal.
Este assunto é também importante porque Bento XVI, o homem que actualmente diz ser o
bispo de Roma, foi “consagrado” neste Novo Rito de Consagração Episcopal, em 28 de Maio
de 1977.1 Se ele não é um bispo validamente consagrado, então não pode ser o bispo de Roma.
Papa Pio XII, Sacramentum Ordinis, 30 de Novembro de 1947: “Mas em relação à matéria e
à forma na consagração de qualquer ordem, pela Nossa mesma suprema autoridade
apostólica Nós decretamos e estabelecemos o seguinte:… na ordenação ou
consagração episcopal… A forma consta das palavras do ‘Prefácio,’ das quais as seguintes são
essenciais e, portanto, requeridas para a validez:
▪ “Enviai agora sobre este eleito a força que de Vós procede, o Espírito
soberano, que destes ao vosso amado Filho Jesus Cristo, e Ele
transmitiu aos santos Apóstolos, que fundaram a Igreja por toda a
parte, como vosso templo, para glória e perene louvor do vosso
nome.”3
Esta nova forma não significa inequivocamente o poder do episcopado. Nas Escrituras ou
na Tradição, a frase “Espírito soberano” é usada para se referir a muitas coisas (e. g. Salmo
50:14), mas não significa inequivocamente os poderes do episcopado. Portanto, a validez da
nova forma é gravemente duvidosa.
Além da mudança devastadora à forma essencial, muitas outras coisas foram eliminadas.
De facto, não há uma declaração inequívoca sequer sobre o efeito sacramental que a
consagração episcopal produz. No Rito Tradicional de Consagração, o consagrante instrui o
bispo eleito nos termos seguintes:
→ No rito tradicional, é requisitado ao futuro bispo que confirme a sua crença em cada um
dos artigos do Credo.
→ No rito tradicional, é perguntado ao futuro bispo se ele “anatematizará toda heresia que
surja contra a Santa Igreja Católica.”
→ ”Dá-lhe, oh Senhor, as chaves do Reino dos Céus… tudo o que ele ligar sobre a terra, seja
também ligado nos céus; e tudo o que desligar sobre a terra, seja também desligado nos céus.
A quem ele retenha os pecados, ser-lhe-ão retidos, e perdoai os pecados a quem ele os
perdoar… Concedei-lhe, oh Senhor, uma sé episcopal…”
Esta oração foi abolida por completo no Novo Rito.
Todos os “sacerdotes” ordenados por “bispos” que foram consagrados neste rito, mesmo
que tenha sido utilizado o Rito de Ordenação Tradicional, como o foi para a maioria dos
sacerdotes da Fraternidade de São Pedro, dos sacerdotes do Instituto de Cristo Rei, etc., não
podem ser considerados sacerdotes válidos. As suas “missas” devem ser evitadas.
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Notas finais:
O BAPTISMO
No novo rito, a criança recém-baptizada já não recebe a vela acesa ― essa é antes dada a
um dos pais ou a um dos padrinhos. A criança recém-baptizada também já não recebe a veste
branca ― esta só é mencionada simbolicamente. Já não é necessário que o candidato
ao baptismo faça um voto de baptismo.
Conclusão: Desde que a pessoa que baptize na Igreja Novus Ordo verta água e use a forma
essencial ― “Eu te baptizo, em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo”― com a
intenção de fazer o que a Igreja faz, o Baptismo é válido, apesar dos outros problemas
adjacentes no rito. Mas estas alterações ao rito do Baptismo, embora não essenciais para a
sua validez, servem para revelar o verdadeiro carácter e intenção dos homens que
implementaram a revolução do Vaticano II.
A CONFIRMAÇÃO
No Novo Testamento, a imposição das mãos esteve sempre presente na confirmação (ver
Actos 8:17; Actos 19:6). Mas no Novo Rito de Confirmação não há imposição das mãos. Esta
foi abolida. Isto, por si só, torna o Novo Rito de Confirmação de Paulo VI altamente duvidoso.
Além disso, no Rito Oriental de Confirmação, quando o bispo pronuncia a forma, ele impõe
as suas mãos, completando assim pela sua acção as palavras da forma. Porém, no novo
rito, apesar de ser utilizada a forma do rito oriental, as palavras não são completadas pela
acção da imposição das mãos, como acontece no rito oriental, tornando-a assim altamente
duvidosa.
A CONFISSÃO
“Eu te absolvo de teus pecados, em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo” (Concílio
de Florença, Exultate Deo, Denzinger 696).
Talvez isto seja motivo de surpresa, mas esta forma essencial não foi alterada no Novo Rito
da Confissão. Há alguns sacerdotes da Novus Ordo que não dizem “Eu te absolvo de teus
pecados, em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo,” mas usam novas formas tal
como: “Eu te livro de todo vínculo ao pecado à que estás submetido.” Se for utilizada alguma
destas diferentes formas, então a confissão seria duvidosa.
Conclusão: O Novo Rito da Confissão é válido, mas apenas se o sacerdote tiver sido
ordenado no rito tradicional por um bispo consagrado no rito tradicional, e se pronunciar as
palavras “Eu te absolvo de teus pecados, em nome do Padre, e do Filho, e do Espírito Santo.”
A EXTREMA-UNÇÃO
→ Por esta santa unção e pela sua piíssima misericórdia, te perdoe o Senhor
todos os pecados cometidos com a vista — com os ouvidos — com o olfato —,
com o paladar e palavras — com o tacto e com os passos.
▪ Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu
auxílio com a graça do Espírito Santo (o penitente: Amém), para que, liberto
dos teus pecados, Ele te salve e, na sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos.
Pode-se ver que depois da alteração, a nova forma adquiriu um carácter consideravelmente
diferente. A ênfase agora está na libertação da enfermidade. O facto de o novo rito chamar-
se “A Unção dos Enfermos” já sugere que a recuperação física é o ponto principal. Em
consequência, o novo rito é administrado várias vezes a enfermos e a pessoas de idade que
não se encontram em perigo de morte.
A nova forma também é ambígua acerca de quando o perdão dos pecados é concedido. A
forma tradicional indica claramente que pela unção o Senhor perdoa os pecados. A nova
forma menciona “liberto dos teus pecados,” mas esta referência é feita de modo que poderia
significar algum momento no futuro.
A matéria no novo rito também foi alterada. Ao longo da história da Igreja, a matéria do
sacramento da Extrema-Unção foi o óleo de oliveira. Porém, no novo rito, ao invés de óleo
de oliveira, qualquer outro óleo vegetal pode ser utilizado. Ao invés de seis unções, só duas
estão prescritas.
De acordo com a maior parte dos teólogos, o uso arbitrário de qualquer tipo de óleo faz com
que o sacramento seja inválido. A incerteza da matéria usada no novo rito — se essa é óleo de
oliveira ou não — é causa suficiente para fazer com que o sacramento seja duvidoso.
A bênção nupcial foi alterada; o texto foi mudado. Além disso, os matrimónios mistos são
agora muito frequentes, muitos dos quais são inválidos.
Conclusão: O Novo Rito do Matrimónio é válido, mas um católico tradicional não se pode
casar no novo rito. Muitos dos matrimónios mistos, que agora se permitem, não são válidos.
O Novo Rito do Matrimónio não invoca a Deus. O Novo Rito do Matrimónio é utilizado para
corromper os ensinamentos católicos e incutir um falso entendimento às pessoas casadas.
Uma vez que o sacerdote é a testemunha da Igreja no matrimónio, um católico não se pode
casar perante qualquer sacerdote que não seja 100% católico, mesmo que tenha sido
validamente ordenado.
Examinemos alguns dos factos acerca de Angelo Roncalli (João XXIII). Angelo Roncalli
nasceu em 1881 e ocupou cargos diplomáticos na Bulgária, Turquia e França. Roncalli foi
também “patriarca” de Veneza.
Durante anos, o Santo Ofício manteve um arquivo sobre Angelo Roncalli (João XXIII) que
dizia “suspeito de modernismo.” O arquivo remonta ao ano de 1925, quando Roncalli, que
era conhecido pelos seus ensinamentos heterodoxos, foi abruptamente removido da sua
cátedra no Seminário de Latrão a meio do semestre (foi acusado de modernismo) e enviado
para a Bulgária. Esta transferência para a Bulgária deu inicio à sua carreira diplomática. De
particular preocupação para Roma foi a permanente e próxima relação de Roncalli com o
destituído sacerdote Ernesto Buonaiuti, que foi excomungado por heresia em 1926.2
Já em 1926, Angelo Roncalli (João XXIII) escreveu a um ortodoxo cismático:
“Os católicos e os ortodoxos não são inimigos, mas irmãos. Temos a mesma fé,
participamos nos mesmos sacramentos e, sobretudo, na mesma Eucaristia. Separam-nos
alguns mal-entendidos sobre a constituição divina da Igreja de Jesus Cristo. Aqueles que
causaram esses mal-entendidos já morreram há séculos. Vamos deixar de lado as velhas
contendas e, cada um no seu campo, vamos trabalhar para tornar bons os nossos irmãos,
oferecendo-lhes os nossos melhores exemplos. Mais tarde, ainda que tendo partido de
caminhos diferentes, encontrar-nos-emos na união das Igrejas para formar juntos
a verdadeira e única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.”3
Esta afirmação implica que a única verdadeira Igreja não foi ainda estabelecida.
Aqui há outra citação que demonstra a visão herética de Roncalli: “A facção extrema
anticatólica da Igreja Ortodoxa Grega anunciou com júbilo um acordo com a Igreja de
Inglaterra pela qual cada uma reconhece a validez das sagradas ordens da outra. Mas
Roncalli estava genuinamente contente. Aos gregos, que sorrateiramente lhe perguntaram
sobre o que pensava do acordo, ele respondeu com sinceridade, ‘Não tenho nada senão
elogios aos nossos irmãos separados pelo seu zelo em dar um passo em direcção à união de
todos os cristãos.’”7
A revista 30 Dias (30 Giorni) também realizou uma entrevista há vários anos com o líder
da maçonaria italiana. O Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália declarou: “Quanto a
isso, parece que João XXIII foi iniciado (numa loja maçónica) em Paris, e
participou nos trabalhos das Lojas em Istambul.”13
Uma vez em Paris, “Mons.” Roncalli participou de um banquete e sentou-se ao lado de uma
mulher vestida com um decote muito imodesto. A companhia de Roncalli sentiu-se um pouco
incomodada. Os convidados lançaram olhares ao “núncio papal.” Roncalli rompeu o silêncio
dizendo com humor:
“Não posso imaginar por que todos os convidados continuam a olhar para mim,
um pobre e velho pecador, quando a minha vizinha, nossa encantadora anfitriã,
é muito mais jovem e atractiva.”14
Quando João XXIII foi elevado a “Cardeal,” ele insistiu em receber o seu chapéu de cardeal
do ateu socialista e manifesto anticlerical Vincent Auriol, Presidente da República de França,
o qual Roncalli descreveu como “um socialista honesto.”15
Roncalli ajoelhou-se perante Auriol, e Auriol colocou o barrete de cardeal sobre a cabeça
de Roncalli. Auriol logo pendurou uma “extensa fita vermelha ao redor do pescoço do
cardeal, abraçando-o com um pequeno apertão que imprimiu uma intimidade calorosa ao
protocolo formal.”16 Auriol teve de enxugar as suas lágrimas com um lenço quando Roncalli
se retirou para assumir a sua nova dignidade de “cardeal.”17
Durante funções sociais em Paris, Roncalli (João XXIII) foi frequentemente visto
socializando com o embaixador soviético, M. Bogomolov, apesar do facto de o governo russo
de Bogolomov ter retomado a sua política pré-guerra de exterminação massiva de católicos
na Rússia.
Antes de ter deixado Paris, Roncalli organizou um jantar de despedida para os seus amigos.
“Entre os convidados incluiam-se políticos de direita, de esquerda e de centro, unidos nesta
ocasião pelo seu afecto para com o genial anfitrião.”20 Quando Roncalli foi “cardeal” de
Veneza, “não deu motivos para que os comunistas o criticassem. Os habituais insultos anti-
clericais deram lugar a um silêncio que transparecia respeito.”21 Durante a sua estadia em
Veneza, o “Cardeal” Roncalli “exortou os fiéis a acolher os socialistas de toda Itália,
que celebravam a sua trigésima segunda reunião” em Veneza.22
“O patriarca (João XXIII) mandou que se colocassem nas paredes de Veneza inteira avisos
sobre a abertura da trigésima segunda reunião do Congresso do Partido Socialista de Itália
(PSI) em Fevereiro de 1957. Os anúncios diziam: ‘Acolho a excepcional magnitude deste
evento, que é tão importante para o futuro do nosso país.’”23
Papa Pio XI, Quadragesimo ano, #120, 15 de Maio de 1931: “Ninguém pode ser ao
mesmo tempo um bom católico e um verdadeiro socialista.”24
“… alegro-me de aqui estar, embora talvez havendo alguns aqui presentes que não se
consideram cristãos, mas que podem ser reconhecidos como tais pelas suas boas obras.”25
Pouco tempo após ter sido “eleito” e se mudado para o Vaticano, “João XXIII encontrou
uma antiga estátua de Hipólito, um antipapa do século III. Ele mandou restaurá-la e colocá-
la na entrada da Biblioteca do Vaticano.”26 “Rostos decepcionados surgiram por toda parte
na Praça de São Pedro quando João XXIII deu a sua primeira bênção papal pois ele mal
levantou os braços. O seu sinal da cruz se afigurou aos romanos como um gesto deplorável,
pois pareceu que movia os pulsos a nível da cintura.”27
“João XXIII disse que se sentia inibido quando era tratado por ‘Sua Santidade’ [ou] ‘Santo
Padre’…”28 “Durante muito tempo, João XXIII disse ‘eu’ ao invés de ‘nós’ nas suas
conversações oficiais. É suposto que os papas usem ‘nós’ e ‘nos’ pelo menos nas ocasiões
oficiais.”29
Quando João XXIII publicou uma encíclica acerca da penitência, nenhum jejum foi
proclamado, nem mesmo um dia de abstinência obrigatória de comida ou prazeres
seculares.30 João XXIII disse de si mesmo: “Sou o Papa que tem o pé sempre no
acelerador.”31
O pai de João XXIII era um viticultor. Falando de seu pai, João XXIII disse:
“Há apenas três maneiras de um homem arruinar a sua vida: mulheres, jogo a dinheiro, e...
agricultura. O meu pai escolheu o mais aborrecido dos três.”32
João XXIII descreveu com estas palavras o que ele considerava que deveria ser a atitude
do Segundo Concílio do Vaticano em relação às seitas não-católicas: “Não temos a intenção
de realizar um julgamento do passado. Nós não queremos mostrar quem estava certo
e quem estava errado. Tudo o que queremos dizer é, ‘Unamo-nos; ponhamos termo às
nossas divisões.’”33 As suas instruções ao “cardeal” Bea, chefe do Secretariado do Concílio
para a União dos Cristãos, foram as seguintes: “Temos que pôr de lado, por agora,
aqueles elementos que nos diferenciam.”34
Numa determinada altura, “um congressista, inesperadamente, disse de forma bruta: ‘Sou
baptista.’ João XXIII disse com um sorriso: ‘Bem, eu sou João.’”35 João XXIII disse ao
não-católico Roger Schutz, fundador da comunidade ecuménica de Taizé (um
mosteiro ecuménico não-católico): “Vós estais na Igreja, ficai em paz.” Schutz
exclamou: “mas então nós somos católicos!” João XXIII disse: “Sim, já não estamos
separados.”36
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Cantate Domino, 1441: “Aqueles, por
conseguinte, que mantêm posições diversas ou contrárias, [a sacrossanta Igreja romana] os
condena, reprova e anatematiza, e proclama que são alheios ao corpo de Cristo, que é a
Igreja.”37
Um dos primeiros actos de João XXIII foi de receber numa audiência o Xá muçulmano do
Irão. Quando o Xá do Irão estava para se retirar, “João XXIII deu-lhe a sua bênção, que
havia reformulado delicadamente para evitar ofender os princípios religiosos
maometanos:‘Que o mais abundante favor de Deus Todo-poderoso esteja contigo.’”40
Ao reformular a bênção, João XXIII: 1) retirou da bênção a invocação à Santíssima
Trindade, para não ofender o infiel; e 2) deu uma bênção a um membro de uma falsa religião.
Isto é contrário ao ensinamento das Escrituras que proíbe dar bênçãos aos não-crentes, como
nos recorda o Papa Pio XI.
Papa Pio XI, Mortalium animos, #9, 6 de Janeiro de 1928: “Ninguém ignora por certo que o
próprio João, o Apóstolo da Caridade, que em seu Evangelho parece ter manifestado os
segredos do Coração Sacratíssimo de Jesus e que permanentemente costumava inculcar à
memória dos seus o mandamento novo: ‘Amai-vos uns aos outros,’ proibiu inteiramente
até mesmo manter relações com os que professavam de forma não íntegra e
corrupta a doutrina de Cristo: ‘Se alguém vem a vós e não traz esta doutrina,
não o recebais em casa, nem digais a ele uma saudação’ (2 João 10).”41
Em 18 de Julho de 1959, João XXIII suprimiu a seguinte oração: “Sede o Rei de todos
aqueles que ainda estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo.”42 No
seu breve apostólico de 17 de Outubro de 1925, o Papa Pio XI ordenou que esta oração fosse
recitada publicamente na festa de Cristo Rei.43 João XXIII removeu do calendário dos
santos os Quatorze Santos Auxiliares e uma série de outros santos, incluindo a Santa
Filomena.
Santa Filomena, apenas um dos muitos santos
retirados do calendário por João XXIII e Paulo VI
Sob o Papa Gregório XVI, a Sagrada Congregação dos Ritos deu uma plena e favorável
decisão a favor da veneração de Santa Filomena; ademais, o Papa Gregório XVI deu a Santa
Filomena o título de “Grande Taumaturga do século XIX” e “Padroeira do Rosário
Vivo.”44 Ela foi canonizada pelo mesmo Papa em 1837. A canonização de um santo é
“uma declaração pública e oficial das virtudes heróicas de uma pessoa e a inclusão do seu
nome no cânon (lista ou registo) dos santos… Esta sentença da Igreja é infalível e
irreformável.”45
João XXIII declarou: “… todo aquele que grita é injusto! Devemos sempre respeitar a
dignidade do homem diante de nós, e, sobretudo, a liberdade de todos os homens.”46
Abaixo segue uma foto de uma reunião de João XXIII com os cismáticos orientais no
Vaticano II. João XXIII queria que o clero da Igreja “Ortodoxa” russa — muitos dos quais
eram agentes da KGB — participasse do Concílio Vaticano II. Os “ortodoxos” disseram que
alguns de seus clérigos participariam, com a condição de que não houvesse condenação do
comunismo no Vaticano II. Portanto, João XXIII ― o homem que deu início à apostasia do
Vaticano II ― mediou o “grande acordo” que foi o Acordo Vaticano-Moscovo (ou Pacto de
Metz). O Vaticano concordou em não condenar o comunismo no Vaticano II, em troca de
(veja-me esta) os cismáticos orientais poderem observar os procedimentos do
Concílio!47 Isso foi um acordo e tanto, diga lá! João XXIII era claramente um maçom e
provavelmente um comunista; ele foi o homem que iniciou a massiva conspiração e apostasia
que é a seita do Vaticano II.
“Nos tempos atuais, elas não vêem senão prevaricações e ruínas; vão repetindo que a nossa
época, em comparação com as passadas, foi piorando; e portam-se como quem nada
aprendeu da história, que é também mestra da vida, e como se no tempo dos Concílios
Ecuménicos precedentes tudo fosse triunfo completo da ideia e da vida cristã, e
da justa liberdade religiosa. Mas parece-nos que devemos discordar desses
profetas da desventura, que anunciam acontecimentos sempre infaustos, como se estivesse
iminente o fim do mundo. No presente momento histórico, a Providência está-nos levando
para uma nova ordem de relações humanas...”
“...os erros se dissipam logo ao nascer, como a névoa ao despontar o sol. A Igreja sempre se
opôs a estes erros; muitas vezes até os condenou com a maior severidade. Agora, porém,
a esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia do que o da
severidade. [A Igreja] Julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez
da sua doutrina do que renovando condenações. (…) Infelizmente, a família cristã,
não atingiu ainda, plena e perfeitamente, esta visível unidade na verdade.”49
Como vimos acima no seu discurso de abertura, João XXIII declarou que, na história, a
Igreja se opôs a e condenou os erros, mas que agora não iria renovar tais condenações. Ele
também proferiu a heresia de que “a família cristã, não atingiu ainda, plena e perfeitamente,
esta visível unidade na verdade.” Em primeiro lugar, “a família cristã” é composta
apenas pelos católicos. Dizer que a “família cristã” inclui os não-católicos, como João
XXIII disse, é heresia. Em segundo lugar, João XXIII disse que a família cristã (que é a Igreja
Católica) “não atingiu ainda, plena e perfeitamente, esta visível unidade na verdade.” Isto é
heresia. É uma negação da unidade da verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja Católica. A
verdadeira Igreja (a Igreja Católica) é una na fé. A Igreja Católica sempre manteve e sempre
manterá a “visível unidade na verdade.”
Papa Leão XIII, Satis cognitum, #4, 29 de Junho de 1896: “A Igreja, em relação à sua
unidade, pertence à categoria das coisas indivisíveis por sua própria natureza, embora os
hereges trabalhem para que se divida em diversas partes.”50
Papa Leão XIII, Satis cognitum, #5: “Há ― disse São Cipriano ― um só Deus, um só Cristo,
uma só Igreja de Cristo, uma só fé, um só povo que, pelo vínculo da concórdia, está fundado
na unidade sólida de um mesmo corpo. Esta unidade não pode ser quebrada, nem o
corpo uno ser dividido pela separação das suas partes constituintes.”51
João XXIII também alterou as rubricas para o Breviário e o Missal. Ele ordenou a supressão
das orações leoninas, que eram as orações prescritas pelo Papa Leão XIII para serem
recitadas depois da Missa. Estas orações foram também prescritas pelo Papa São Pio X e o
Papa Pio XI.52 Esta incluía a oração a São Miguel Arcanjo, uma oração que faz uma menção
específica da batalha travada pela Igreja contra o Demónio. João XXIII eliminou da Missa o
salmo Judica me. João XXIII suprimiu o Último Evangelho, o Evangelho de São João. Este
Evangelho é também utilizado nos exorcismos.53
Depois, João XXIII eliminou o segundo Confiteor na Missa. Só depois de todas estas
mudanças, ele fez uma mudança no cânon da Missa, introduzindo o nome de
São José.54 A petição para se colocar o nome de São José no cânon da Missa foi
oficialmente rejeitada pelo Papa Pio VII em 16 de Setembro de 1815,55 e pelo Papa Leão XIII
em 15 de Agosto de 1892.56As outras mudanças significativas a respeito do Santo Sacrifício
da Missa (que precederam à Nova Missa de Paulo VI) entraram em vigor no primeiro
Domingo do Advento de 1964.
João XXIII escreveu uma carta elogiando Marc Sangnier, o fundador de O Sillon. O Sillon
foi uma organização condenada pelo Papa São Pio X. João XXIII escreveu acerca de
Sangnier: “A poderosa fascinação de suas palavras (de Sangnier), da sua alma, encantou-
me, e as mais vivas recordações de minha juventude como sacerdote devem-se a
essa pessoa e à sua actividade política e social…”57
Em sua encíclica Mater et Magistra (sobre o cristianismo e o progresso social), João XXIII
promove os ideais socialistas e não condena uma vez sequer a contracepção e o comunismo.
Quando lhe foi perguntado o porquê de ter respondido à saudação de um ditador comunista,
João XXIII respondeu: “Sou o Papa João, não por causa de algum mérito pessoal, mas por
um acto de Deus, e Deus está em cada um de nós.”58 “João XXIII se divertia muito com
os comunistas; poderia-se pensar que eram os seus próprios irmãos.”59 O comunismo foi
condenado 35 vezes pelo Papa Pio XI e 123 vezes pelo Papa Pio XII.60
No dia 6 de Março de 1963, João XXIII recebeu Aleksei Adzhubei e a sua esposa, Rada,
numa audiência especial. Rada era a filha do Primeiro-Ministro da URSS, Khrushchev. Rada
disse o seguinte sobre o seu encontro com João XXIII: “… ele entregou a Aleksei e a mim um
par de prendas simbólicas, que também se destinavam ao meu pai, e disse-me: ‘… isto é
para o teu Papa.’”61
Por ocasião do seu octogésimo aniversário (25 de Novembro de 1961), João XXIII recebeu
um telegrama de Khrushchev oferecendo-lhe as suas “felicitações e sinceros desejos de boa
saúde e êxito em suas nobres aspirações para contribuir para… a paz na terra.”62
O secretário-geral do Partido Comunista Britânico, John Gollan, frente às câmeras
de televisão no dia 21 de Abril de 1963, disse que “a encíclica (Pacem in terris) [de
João XXIII] o surpreendeu e alegrou” e, portanto, ele havia exteriorizado a sua “mais
sincera satisfação no recente 28° congresso do partido.”63
Um dos bons amigos de João XXIII foi o comunista e vencedor do Prémio Lenine da Paz,
Giacomo Manzu.64 João XXIII disse: “Não vejo razão alguma para que um cristão não possa
votar num marxista se julgar que este é mais apto para seguir uma determinada linha política
e destino histórico.”65
João XXIII, Pacem in terris, #14, 11 de Abril de 1963: “Pertence igualmente aos direitos da
pessoa a liberdade de prestar culto a Deus de acordo com os retos ditames da própria
consciência, e de professar a religião, privada e publicamente.”
Isto é heresia. Não é do direito do homem adorar em público a deuses falsos. Isto foi
condenado por muitos papas, como foi demonstrado na secção sobre o Vaticano II. Quando
o teólogo do Santo Oficio, o Pe. Ciappi, disse a João XXIII que a sua encíclica Pacem in
terris contradizia os ensinamentos dos Papas Gregório XVI e Pio IX sobre a liberdade
religiosa, João XXIII respondeu: “Não fico ofendido por algumas manchas se a
maior parte brilha.”67
A encíclica Pacem in terris de João XXIII foi admirada pelos próprios líderes maçónicos
como um documento maçónico. Estes são apenas alguns exemplos:
Esta é uma citação do Boletim Maçónico, o órgão oficial do Supremo Conselho do 33º e
Último Grau do Rito Escocês Antigo e Aceite da Maçonaria, para o distrito maçónico dos
Estados Unidos Mexicanos, endereçado em Rua Lucerna, nº 56, no D. F. do México (ano 18,
n° 220, Maio de 1963):
“A LUZ DO
GRANDE ARQUITECTO DO UNIVERSO
ILUMINA O VATICANO
”Em termos gerais, a encíclica Pacem in terris, dirigida a todos os homens de boa vontade,
inspirou consolo e esperança. Tanto em países democráticos como
comunistas, Pacem in terris foi elogiada universalmente. Apenas as ditaduras
católicas franziram o sobrolho e distorceram o seu espírito.
”Muitos dos seus conceitos e doutrinas nos são familiares. Ouvimo-las de ilustres
racionalistas, liberais e irmãos socialistas. Depois de considerado cuidadosamente o
significado de cada palavra, poderíamos dizer que, apesar da proverbial e típica baboseira
literária do Vaticano, a encíclica Pacem in terris é uma rigorosa exposição de
doutrina maçónica. (…) nós não hesitamos em recomendar uma leitura
atenciosa dessa encíclica.”68
João XXIII também fez coisas tais como parar o seu carro para abençoar os judeus que
saíam do culto de “Sabbath.”70
João XXIII uma vez saudou certos visitantes judeus com as palavras: “Eu sou
José, vosso irmão.”71 Apesar de esta misteriosa declaração de João XXIII aos judeus ter
sido citada frequentemente, o seu significado ainda não foi explicado. Cremos que existe uma
boa explicação para o seu significado. Esta afirmação de João XXIII, “Eu sou José, vosso
Irmão,” é uma citação do Génesis 45:4. Ela foi feita pelo patriarca José, o filho de Jacob,
a seus irmãos quando chegaram ao Egipto durante o tempo da fome. Aqueles que estão
familiarizados com o relato bíblico sabem que José foi vendido como escravo pelos seus
irmãos muitos anos antes, mas ascendeu às mais altas posições do reino do Egipto
(apesar de não ser um deles) porque havia conseguido interpretar os sonhos do Faraó.
Uma vez que ele ascendera às posições mais altas no reino dos egípcios, tinha poder de
repartir os tesouros do reino de acordo com a sua vontade — como por exemplo, a seus
irmãos. Ele deu em abundância a seus irmãos sem pedir-lhes nada em troca.
Quando consideramos as evidências de que João XXIII foi um maçom que começou o
processo de revolução contra a Igreja Católica no Vaticano II, e que o “pontificado” de João
XXIII deu início a uma nova atitude revolucionária a respeito dos judeus, entre outras coisas,
o significado da sua declaração aos judeus torna-se clara. Tal como José, que não era
um dos egípcios e encontrava-se no pináculo da hierarquia dos egípcios, e que
revelou isso aos seus irmãos com a declaração “Eu sou José, vosso Irmão,” João XXIII disse
aos judeus que ele era “José, vosso Irmão” porque ele era na realidade um judeu
infiltrado colocado na mais alta posição da hierarquia dos cristãos (ou assim
parecia). Essa foi a maneira oculta de João XXIII de revelar o que ele realmente era: um
antipapa conspirador ao serviço dos inimigos da Igreja.
Pouco antes da sua morte, João XXIII compôs a seguinte oração pelos judeus. Esta oração
foi confirmada pelo Vaticano como sendo obra de João XXIII.72
João XXIII disse que os judeus ainda são o povo eleito, o que é herético. A frase “pérfidos
judeus” era a expressão utilizada pelos católicos na liturgia da Semana Santa até que João
XXIII a eliminou em 1960.74 A palavra pérfido significa “infiel.” “Na Sexta-Feira Santa de
1963, o cardeal que foi o celebrante em São Pedro disse as antigas palavras (pérfidos judeus)
como que por força de hábito. João XXIII surpreendeu os fiéis ao interrompê-lo,
admoestando-o: ‘Di-lo outra vez na nova maneira.’”75
Papa Bento XIV, A quo primum, 14 de Junho de 1751: “Outra ameaça para os cristãos tem
sido a influência dos infiéis judeus… Certamente não é em vão que a Igreja tenha
estabelecido a oração universal que é, do nascer ao pôr-do-sol, oferecida pelos
infiéis judeus para que o Senhor Deus remova o véu de seus corações, para que eles sejam
resgatados das suas trevas para a luz da verdade.”76
A uma criança judaica recém-baptizada, João XXIII disse: “Ao tornares-te católico, não te
tornas menos judeu.”77 Na noite da morte de João XXIII, o Rabino-Chefe de Roma e outros
líderes da comunidade judaica, uniram-se a centenas de milhares na Praça de São Pedro de
luto.78
Alden Hatch, autor do livro Um homem chamado João: a vida de João XXIII, disse acerca
de João XXIII: “… certamente nenhum (dos papas anteriores) havia tocado tanto os corações
de pessoas de todas as fés — e das de nenhuma fé. Porque sabiam que ele os amava,
independentemente do que fossem ou do que criam.”79
Depois da sua morte, o Vaticano enviou o corpo de João XXIII a Gennaro Goglia e seus
colegas para que o embalsamassem. Goglia injectou dez litros de fluído de embalsamento no
pulso e estômago de João XXIII para neutralizar qualquer putrefacção.80 Esta é a razão pela
qual o corpo de João XXIII não se decompôs como os corpos normais. Em Janeiro de 2001,
o corpo de João XXIII foi exumado e colocado num novo caixão de cristal a prova de balas,
agora exibido na basílica de São Pedro. O rosto e as mãos de João XXIII foram também
cobertos de cera.81
Um segundo prefácio para o livro foi dirigido ao “seu augusto continuador, sua Santidade
o Papa Paulo VI.”85
Como já vimos, a Igreja Católica ensina que um herege não pode ser validamente eleito
papa, porque um herege não é membro da Igreja Católica. Os factos aqui apresentados
demonstram que João XXIII, o homem que convocou o Vaticano II e deu início à
apóstata Igreja conciliar, era claramente um herege. Ele não era um papa válido.
Angelo Roncalli (João XXIII) era um não-católico, um antipapa conspirador que começou a
apostasia do Vaticano II.
OS SURPREENDENTES PARALELOS ENTRE O ANTIPAPA JOÃO XXIII DO
GRANDE CISMA DO OCIDENTE E O ANTIPAPA JOÃO XXIII DO VATICANO II
O nome “João” tem sido propositadamente evitado por papas durante 500 anos, porque o
último homem a usá-lo foi o infame João XXIII (Baltazar Cossa) do Grande Cisma do
Ocidente. Existem paralelos incríveis entre o recente antipapa João XXIII (Angelo Roncalli)
e o antipapa João XXIII (Baltazar Cossa) que reinou durante o Grande Cisma do Ocidente.
O reinado do primeiro antipapa João XXIII abarcou cinco anos, desde 1410 até 14
tal como o reinado do segundo antipapa João XXIII, que abarcou cinco anos,
1958 a 1963.
O primeiro antipapa João XXIII convocou um falso concílio, o Concílio
Constança (o Concílio de Constança tornou-se posteriormente num verdadeiro conc
ecuménico, com algumas sessões aprovadas pelo verdadeiro papa; mas, na altura em qu
antipapa João XXIII o abriu, era um falso concílio). Da mesma maneira, o recente antipa
João XXIII (Angelo Roncalli) também convocou um falso concílio, o Vaticano II!
O primeiro antipapa João XXIII abriu o seu falso concílio em Constança no quar
ano do seu reinado, em 1414. O recente antipapa João XXIII abriu o Vaticano II
quarto ano do seu reinado, 1962.
O reinado do primeiro antipapa João XXIII, terminou pouco antes da terce
sessão do seu falso concílio, em 1415. O recente antipapa João XXIII morreu pou
antes da terceira sessão do Vaticano II, em 1963, pondo um fim ao seu reinado.
Cremos que as similaridades entre o primeiro antipapa João XXIII e o segundo não são
meras coincidências. O primeiro antipapa João XXIII foi também o último antipapa a reinar
em Roma. Estava Angelo Roncalli, o mais recente antipapa João XXIII, ao escolher este
nome, indicando de forma simbólica (na forma esotérica que os maçons costumam fazer as
coisas) que ele estava a continuar a linha de antipapas que reinam em Roma?
O cardeal Heenan, que esteve presente no conclave de 1958 que elegeu João XXIII, uma
vez mencionou: “Não havia grande mistério na eleição do Papa João. Ele foi eleito porque
era um homem muito velho. O seu principal dever foi de elevar o Mons. Montini (mais tarde,
Paulo VI), o arcebispo de Milão, a cardeal para que pudesse ser eleito no próximo conclave.
A política foi essa e foi realizada com precisão.”87
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Notas finais:
“Como pôde um sucessor de Pedro em tão pouco tempo causar mais dano
à Igreja do que a Revolução de 1789?… a mais profunda e impactante em
Sua história... algo que nenhum heresiarca jamais conseguiu fazer?…
Temos realmente um papa ou um intruso assentado na Cátedra de
Pedro?”1 (Arcebispo Marcel Lefebvre, comentando sobre o reinado de Paulo VI em
1976)
Paulo VI —
o homem que promulgou a Nova Missa
e os ensinamentos do Vaticano II
Paulo VI foi o homem que afirmou ser o líder da Igreja Católica de 21 de Junho de 1963 a
6 de Agosto de 1978. Ele foi o homem que promulgou o Concílio Vaticano II e a
Nova Missa. Já analisámos as evidências que indicam que João XXIII, o homem que
precedeu e elevou Paulo VI, foi um maçom e um herege manifesto. Vimos também que os
documentos do Vaticano II contêm muitas heresias, e que a Nova Missa promulgada por
Paulo VI, representou uma revolução litúrgica.
Paulo VI ratificou solenemente todos os 16 documentos do Vaticano II. Não é possível que
um verdadeiro papa da Igreja Católica ratifique solenemente ensinamentos heréticos. Como
se verá detalhadamente mais adiante neste livro, o facto de Paulo VI ter ratificado
solenemente os ensinamentos heréticos do Vaticano II, prova que Paulo VI não foi um
verdadeiro papa, mas um antipapa.
É importante ter em conta que Paulo VI foi quem deu ao mundo a Nova Missa, os novos
“sacramentos” e os ensinamentos heréticos do Vaticano II. Se você assiste à Nova Missa ou
aceita os ensinamentos do Vaticano II, a confiança que você tem na legitimidade
destas coisas está directamente relacionada com a confiança que você tem de
que Paulo VI foi um verdadeiro papa católico.
Iremos agora expor as surpreendentes heresias de Paulo VI. Mostraremos, a partir de seus
discursos e escritos oficiais, que Paulo VI foi um completo apóstata e nem sequer
remotamente católico. Todos os discursos e escritos oficiais do homem que dizia ser o papa
estão extraídos do jornal semanal do Vaticano L’Osservatore Romano. O Vaticano
reimprimiu as publicações do seu jornal desde 4 de Abril de 1968 até ao presente. Partindo
desses discursos, iremos agora provar que Paulo VI não era um verdadeiro papa devido às
irrefutáveis e inegáveis evidências de que ele era um completo herege e um apóstata.
Paulo VI, Audiência Geral, 6 de Dezembro de 1972: “Deus existe? Quem é Deus? E
que conhecimento pode o homem ter d'Ele? Que relação cada um de nós deve ter com Ele?
Responder a estas perguntas nos levaria a um discurso sem fim, complexo e interminável…”2
Estas perguntas não nos levam a um discurso sem fim, complexo e interminável. Deus
existe? Sim. Quem é Deus? A Santíssima Trindade. Que conhecimento pode o homem ter
d'Ele? A fé católica. Que relação devemos ter com Ele? Pertencer à Igreja por Ele estabelecida.
Paulo VI está a declarar que estas perguntas são intermináveis e complexas. Nenhum católico
afirmaria semelhante disparate, que zomba e torna desprovidos de sentido a fé católica e o
verdadeiro Deus.
Paulo VI, Audiência Geral, 27 de Junho de 1973: “…tudo deve mudar, tudo progredir.
A evolução parece ser a lei que traz a libertação. Deve haver muito de verdadeiro e
de bom nesta mentalidade…”3
Aqui, Paulo VI afirma e aprova explicitamente a blasfémia modernista de que tudo está
num estado de evolução. Esta heresia foi condenada explicitamente pelo Papa São Pio X.
Papa São Pio X, Pascendi, #26, 8 de Setembro de 1907, explicando a doutrina dos
modernistas: “O dogma, pois, a Igreja, o culto, os livros sagrados e até mesmo a
fé... devem sujeitar-se às leis da evolução.”4
Notas finais:
1 Declaração do arcebispo Marcel Lefebvre, Agosto de 1976; citado parcialmente por Mons.
Tissier De Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, Kansas City, MO: Angelus Press,
2004, pág. 505.
2 L’Osservatore Romano, ed. inglesa, 14 de Dezembro de 1972, pág. 1;
https://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/audiences/1972/documents/hf_p-
vi_aud_19721206_it.html
3 L’Osservatore Romano, ed. inglesa, 5 de Julho de 1973, pág. 1;
https://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/audiences/1973/documents/hf_p-
vi_aud_19730627_it.html
4 The Papal Encyclicals, de Claudia Carlen, Ed. inglesa, Raleigh: The Pieriam Press, 1990,
vol. 3 (1903-1939), pág. 82.
Albino Luciani (João Paulo I) era filho de um socialista militante.2 João XXIII o consagrou
pessoalmente bispo em 27 de Dezembro 1958.3 Luciani foi nomeado “cardeal” por Paulo VI.4
Luciani fez amizade com muitos não-católicos. Phillip Potter, secretário do Conselho
Mundial de Igrejas, foi seu hóspede. Entre seus outros convidados houveram judeus,
anglicanos e “cristãos” pentecostais. Ele trocou livros e cartas muito amigáveis com Hans
Küng.5
Luciani (João Paulo I) citou várias vezes Hans Küng nos seus sermões, não poupando os
elogios6(para aqueles que não o conhecem, Hans Küng negou a divindade de Cristo).
“[Luciani] sabia que um certo número de católicos laicos que conhecia eram membros de
várias Lojas [maçónicas] — da mesma forma que tinha amigos que eram comunistas.”7
Mais tarde, durante seu “papado” ― quando era “João Paulo I” ― Luciani fez referência e
citou frequentemente de decretos e encíclicas de Paulo VI. Era notoriamente ausente
qualquer referência de João Paulo I à Humanae Vitae.12
No dia 13 de Abril de 1968, Luciani falou ao povo de Vittorio Veneto acerca do controlo de
natalidade.13 Luciani fez as seguintes observações:
“É hoje mais fácil, dada a confusão criada pela imprensa, encontrar pessoas casadas que não
pensam estarem em pecado. Se isto acontecer talvez seja oportuno, sob as condições
habituais, não as perturbar…”
“Rezemos para que o Senhor ajude o papa a resolver esta questão [se os católicos devem ou
não praticar o controlo artificial de natalidade]. Talvez nunca tenha havido um problema tão
difícil para a Igreja: tanto pelas suas dificuldades intrínsecas e numerosas implicações que
afectam outros problemas, como pela maneira premente como é sentido pela vasta massa do
povo.”14
Quando Albino Luciani tornou-se “patriarca” de Veneza, o seu secretário pessoal era o
Padre Mario Senigaglia. Senigaglia discutiu com Luciani (com quem tinha uma relação quase
de pai e filho) diferentes casos de moral respeitantes a paroquianos. Luciani aprovava sempre
a posição liberal tomada por Senigaglia. Senigaglia disse: “[Luciani] era um homem muito
compreensivo. Muitas vezes o ouvi dizer aos casais: ‘Fizemos do sexo o único pecado, quando
de facto ele está ligado à fraqueza e à fragilidade humana e é portanto, talvez, o menor de
todos os pecados.’”15
Senigaglia confirmou que a opinião pessoal de Luciani sobre o divórcio teria surpreendido
os seus críticos: “Podia aceitar os divorciados e fazia-o. Aceitava também outros que
viviam o que a Igreja chama em ‘pecado.’”16
Ele também foi um promotor do falso ecumenismo. “Durante os seus nove anos que
lá esteve [como “patriarca” de Veneza] foi o anfitrião de cinco conferências
ecuménicas, incluindo a reunião da Comissão Internacional Anglicana-Católica
Romana, que em 1976 apresentou uma declaração conjunta sobre a autoridade…”17
Citando Gandhi, Luciani disse: “Admiro Cristo, mas não os cristãos.”19 Num sermão de
Páscoa em 1976, Luciani fez a seguinte declaração:
“Assim a moralidade cristã adoptou a teoria da guerra justa; assim a Igreja permitiu a
legalização da prostituição (até no Estado Papal), enquanto essa continuasse obviamente
proibida a nível moral.”20
Pouco antes do Conclave de 1978, Luciani tinha sido interrogado sobre a sua opinião acerca
do nascimento da primeira bebé-proveta, Louise Brown. Falando da bebé-proveta e de seus
pais, Luciani disse: “Seguindo o exemplo de Deus que deseja e ama a vida humana, também
eu desejo as maiores felicidades ao bebé. Quanto aos pais não tenho o direito de os condenar;
subjectivamente, se agiram com boas intenções e de boa fé, podem ter mesmo muito
mérito perante Deus por aquilo que decidiram e pediram aos médicos que
fizessem.”22
Luciani, mais do que qualquer outro “cardeal” italiano, pusera em prática o espírito
do Segundo Concílio do Vaticano de João XXIII.23 João Paulo I renunciou à tiara papal e
substituiu a cerimónia da coroação por uma celebração de começo de pontificado.24 A tiara
que foi vendida por Paulo VI foi substituída pelo pálio, uma estola de lã branca que é colocada
sobre os ombros.25
Isto é o que disse João Paulo I em seu primeiro discurso anunciando o programa do seu
“pontificado”:
1) “O eco que a sua vida produz no mundo todos os dias é testemunho de que, apesar de tudo,
ela [a Igreja] está viva no coração dos homens, mesmo daqueles que não partilham a sua
verdade e não aceitam a sua mensagem.”26
3) “Queremos prosseguir, sem paragens, a herança do Concílio Vaticano II, cujas normas
sábias devem continuar a cumprir-se...”28
Durante a Inauguração de João Paulo I, ele disse: “... queremos dirigir também o Nosso
respeitoso e cordial pensamento para todos os homens do mundo, que Nós consideramos e
amamos como irmãos, porque filhos do mesmo Pai celeste e todos irmãos em Jesus
Cristo.”31
Falando a um amigo acerca do patriarca cismático de Moscovo, Nikodem,
João Paulo I chamou-o de “um verdadeiro santo.”32
Numa carta ao novo patriarca cismático de Moscovo por motivo da morte do então
recentemente falecido patriarca de Moscovo, João Paulo I, disse:
João Paulo I chama de “devoto servidor da sua Igreja” o falecido cismático russo, que
rejeitava a infalibilidade papal e os últimos 13 concílios dogmáticos (entre outras doutrinas
católicas).
João Paulo I “defendia uma maior partilha de poder com os bispos espalhados pelo mundo
e planeava descentralizar a estrutura do Vaticano.”34
João Paulo I disse: “... a Igreja não deve ter poder nem possuir riquezas (…) Como teria
sido bonito se o Papa tivesse renunciado espontaneamente o poder
temporal!”35 João Paulo I disse ao corpo diplomático que o Vaticano renunciava a todo o
poder temporal.36
João Paulo I, Discurso Angelus, 10 de Setembro de 1978: “Ele (Deus) é nosso Pai, mais
ainda, é nossa Mãe.”39
Em sua Audiência Geral de 13 de Setembro de 1978, João Paulo I falou sobre o tema das
verdades imutáveis, e disse:
“As verdades são aquelas determinadas; nós devemos andar pela estrada dessas verdades —
compreendendo-as embora cada vez mais, actualizando-nos, propondo-as de forma que se
adapte aos novos tempos. O mesmo pensava também o Papa Paulo.”40
Em Setembro de 1978, alguém ouviu Luciani falando com o seu secretário de Estado nos
aposentos papais, o “cardeal” Villot: “Falarei com muito prazer sobre a questão com essa
delegação dos Estados Unidos. Na minha opinião não se pode deixar a situação no ponto em
que actualmente está.” A “questão” era a população mundial. A “situação” era a Humanae
Vitae.41
Em Maio de 1978, Luciani tinha sido convidado para participar e falar num congresso
internacional celebrado em Milão a 21 e 22 de Junho. O objetivo principal do congresso era
celebrar o iminente aniversário da encíclica Humanae Vitae. Luciani tornara público que não
falaria no congresso e que não participaria.43
No dia 19 de Setembro de 1978, João Paulo I se reuniu com o seu secretário de Estado, o
“cardeal” Villot. João Paulo I disse-lhe:
“Eminência. Estivemos a discutir o controlo dos nascimentos durante quase quarenta e cinco
minutos. Se a informação que recebi, e as várias estatísticas, se essa informação está correcta,
então durante o período de tempo em que estivemos a conversar, mais de mil crianças com
menos de cinco anos morreram de má nutrição. Durante os próximos quarenta e cinco
minutos, enquanto o senhor e eu estivermos ansiosos à espera do nosso almoço, mais outras
mil crianças morrerão de fome. Amanhã por estas horas trinta mil crianças que neste
momento vivem, estarão mortas — de fome. Deus nem sempre providencia.”44
O Vaticano afirmou que João Paulo I morreu de um ataque cardíaco massivo por volta das
23 horas de 28 de Setembro de 1978.45
Provámos que João Paulo I era um herege manifesto que, entre outras coisas, autorizou
por completo o indiferentismo religioso e o falso ecumenismo do Segundo Concílio do
Vaticano. Uma vez que era um herege, não pode ter sido um papa validamente eleito. Ele foi
um antipapa não-católico.
» Ir para a página principal dos antipapas da Contra-Igreja do Vaticano II
Notas finais:
1 David Yallop, Em Nome de Deus (A verdadeira investigação sobre a morte do Papa João
Paulo I), Publicações Dom Quixote, 2ª Edição, 2006, pág. 82.
2 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 39.
3 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, Huntington, IN: Our Sunday Visitor
Publishing, 2004, pág. 27.
4 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 58.
5 David Yallop, Em Nome de Deus, pp. 112, 228.
6 David Yallop, Em Nome de Deus, pp. 228-229.
7 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 241.
8 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 35.
9 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 36.
10 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 52.
11 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 230.
12 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 231.
13 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 52.
14 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 52.
15 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 82.
16 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 82.
17 J.N.D. Kelly, Oxford Dictionary of Popes, Oxford University Press, 2005, pág. 325.
18 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 84.
19 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 86.
20 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 81.
21 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 120.
22 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 275.
23 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 116.
24 Luigi Accattoli, Quando o Papa pede perdão, Edições Paulinas, Lisboa, pág. 43.
25 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 223.
26 L’ Osservatore Romano, 31 de Agosto de 1978, ed. inglesa, pág. 6; João Paulo I, Primeira
Radiomensagem, 27 de Agosto de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/messages/documents/hf_jp-
i_mes_urbi-et-orbi_27081978_po.html
27 L’ Osservatore Romano, 31 de Agosto de 1978, ed. inglesa, pág. 6.
28 L’ Osservatore Romano, 31 de Agosto de 1978, ed. inglesa, pág. 6; João Paulo I, Primeira
Radiomensagem, 27 de Agosto de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/messages/documents/hf_jp-
i_mes_urbi-et-orbi_27081978_po.html
29 L’ Osservatore Romano, 31 de Agosto de 1978, ed. inglesa, pág. 6; João Paulo I, Primeira
Radiomensagem, 27 de Agosto de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/messages/documents/hf_jp-
i_mes_urbi-et-orbi_27081978_po.html
30 L’ Osservatore Romano, 31 de Agosto de 1978, ed. inglesa, pág. 6; João Paulo I, Primeira
Radiomensagem, 27 de Agosto de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/messages/documents/hf_jp-
i_mes_urbi-et-orbi_27081978_po.html
31 L’ Osservatore Romano, 7 de Setembro de 1978, ed. inglesa, pág. 1; Homilia de João Paulo
I, 3 de Setembro de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/homilies/documents/hf_jp-
i_hom_03091978_po.html
32 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 64.
33 L’ Osservatore Romano, 14 de Setembro de 1978, ed. inglesa, pág. 2.
34 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 228.
35 Luigi Accattoli, Quando o Papa pede perdão, pp. 48-49.
36 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 250.
37 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 359.
38 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 44.
39 L’ Osservatore Romano, 21 de Setembro de 1978, pág. 2; David Yallop, Em Nome de Deus,
pág. 220; João Paulo I, Angelus Domini, 10 de Setembro de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/angelus/documents/hf_jp-
i_ang_10091978_po.html
40 L’ Osservatore Romano, 21 de Setembro de 1978, pág. 1; João Paulo I, Audiência Geral,
13 de Setembro de 1978,
https://www.vatican.va/holy_father/john_paul_i/audiences/documents/hf_jp-
i_aud_13091978_po.html
41 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 231.
42 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 233.
43 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 231.
44 David Yallop, Em Nome de Deus, pág. 235.
45 Raymond & Lauretta Seabeck, The Smiling Pope, pág. 70.
Capítulo 16 - As heresias de João Paulo II. O homem que mais viajou na história e talvez o
mais herético
Maestro judeu Gilbert Levine falando a Larry King da CNN sobre João Paulo
II:“KING: O Papa o felicitou pelo bar mitzvahs de seus filhos?
”LEVINE: Não só nos felicitou, ele enviou-nos uma menorah.
”KING: Ele enviou-vos uma menorah?
”LEVINE: Na verdade, não a enviou, sele deu-nos. Ele deu-nos mesmo uma
menorah. Creio que é do século XVI de Praga. É a mais formosa
menorah. Ele enviou-nos uma carta por ocasião do bar mitzvah de cada
um de nossos filhos. Também ordenou o cardeal a cargo das relações
católico-judaicas que nos enviasse uma carta que foi lida em minha
sinagoga ortodoxa por ocasião do bar mitzvah recente do meu filho, e o
rabino a leu como se tivesse vindo de um rabino.”1
Karol Wojtyla (João Paulo II) proclamou ser o papa
entre 1978-2005
1. João Paulo II ensinou a salvação universal: que todos os homens serão salvos
2. João Paulo II ensinou que o Espírito Santo é o responsável pelas religiões não-cristãs
3. João Paulo II ensinou e praticou o completo indiferentismo religioso
4. A apostasia de João Paulo II em Assis
5. João Paulo II orou com animistas africanos
6. O encontro “Pan-Cristão”: o encontro apóstata de oração de João Paulo II em 1999
7. O segundo encontro de oração com falsas religiões de João Paulo IIem Assis
8. A apostasia de João Paulo II com os muçulmanos
9. A apostasia de João Paulo II com os judeus
10. As heresias de João Paulo II em relação aos cismáticos “ortodoxos”
11. As heresias de João Paulo II em relação à seita anglicana
12. A apostasia de João Paulo II com as Seitas Protestantes
13. João Paulo II ensinou que não-católicos podem receber Comunhão, que as suas seitas
meios de salvação e que podem ter santos e mártires
14. João Paulo II aprovou a presença de meninas de coro
15. João Paulo II foi galardoado pela Maçonaria
16. João Paulo II pediu perdão à China Comunista
17. João Paulo II promoveu a teoria da Evolução, e disse que o Céu, o Inferno e o Purgatório
são lugares reais
18. João Paulo II alterou o Rosário
19. João Paulo II ensinou que todo o homem é Cristo
Portanto, a pergunta que todo aquele que professe ser católico deve fazer a si mesmo é a
seguinte: Foi João Paulo II a cabeça da Igreja Católica? Ou foi João Paulo II membro de uma
religião diferente? Se João Paulo II foi um membro de uma religião diferente — e quem se
atreverá a negá-lo à luz da clara e esmagadora evidência que acabamos de apresentar? —
, então ele não pode ter sido a cabeça da Igreja Católica.
E assim provámos, sem margem de dúvidas, que João Paulo II foi um herege
manifesto. Uma vez que foi um herege, ele não pode ter sido um papa validamente
eleito. Ele foi um antipapa não-católico. Como já foi citado, o Papa Paulo IV ensinou
solenemente em sua bula Cum ex apostolatus officio — de 15 de Fevereiro de 1559 — que é
impossível que um herege seja um papa legitimamente eleito.
Notas finais:
A 31 de Outubro de 1999, o Vaticano aprovou sob João Paulo II a declaração conjunta com
os Luteranos sobre a Doutrina da Justificação. A ideia de que católicos possam concordar na
realização de uma declaração conjunta com luteranos sobre a doutrina da justificação deveria
soar absurdo para um católico, pois os católicos são obrigados a crer no ensinamento
dogmático do Concílio de Trento, enquanto os luteranos rejeitam o ensinamento dogmático
do Concílio de Trento.
Papa Paulo III, Concílio de Trento, Sess. 6, Sobre Justificação, Introdução: «… o Sacrosanto,
Ecuménico, e Geral Concílio de Tridentino, legitimamente congregado com assistência do
Espírito Santo… presidindo nele… Cardeais da Santa Romana Igreja, e Legados Apostólicos
de Latere, pretende expor a todos os Fiéis de Cristo a verdadeira e sã Doutrina acerca da
mesma Justificação; a qual ensinou o Sol de Justiça (Mal. 4:2) Cristo Jesus, Autor e
consumador da nossa Fé (Heb. 12:2); os Apóstolos nos entregaram, e a Igreja Católica,
inspirada pelo Espírito Santo, conservou perpetuamente…»2
Isto quer dizer que as diferenças restantes entre luteranos e católicos sobre Justificação —
por exemplo, o facto de os luteranos não aceitarem o Decreto sobre Justificação do Concílio de
Trento como dogmático — não mais constituem motivo de condenações doutrinais. Isto é
descaradamente HERÉTICO. O próprio facto de os luteranos não aceitarem como dogmático
o Decreto do Concílio de Trento sobre Justificação é um motivo para a condenação doutrinal
deles, como acabamos de ver.
► 2) Declaração Conjunta com os Luteranos, 31 de Out. De 1999: «41. Com isso também as
condenações doutrinais do século XVI, na medida em que dizem respeito à doutrina da
justificação, aparecem sob uma nova luz: a doutrina das Igrejas luteranas apresentada nesta
Declaração não é atingida pelas condenações do Concílio de Trento.»5
Isto quer dizer que nenhum dos ensinamentos dos luteranos na Declaração Conjunta é
condenado pelo Concílio de Trento! Mas na DC, para além das outras heresias ensinadas
pelos luteranos (como veremos), as igrejas luteranas ensinam a heresia de justificação por
«fé somente», que foi condenada pelo Concílio de Trento, aproximadamente 13 vezes!
Papa Paulo III, Concílio de Trento, Sessão 6, Cap. 10, ex cathedra: «“Vedes como pelas obras se
justifica o homem, e não pela fé só” (S. Tiago 2:24).»7
Portanto, a afirmação no n.º 41 da DC quer dizer que o lado «católico» concorda que todos
os cânones e decretos dogmáticos em Trento que condenam fé somente estão anulados, e que
fé somente já não é contrária ou condenada por Trento. É impossível que heresia seja mais
formal que isso.
Isto quer dizer uma vez mais que o facto de os luteranos não aceitarem o Decreto sobre
Justificação do Concílio de Trento na sua totalidade não é herético, o que é uma negação do
Concílio de Trento. O Concílio de Trento condenou como herético qualquer um que não
aceite todos os seus ensinamentos, como vimos acima.
Portanto, não vos deixei iludir por aqueles mentirosos que tentam convencer as pessoas de
que a DC não chegou a negar o Concílio de Trento, ou que «é muito mais complicado que
isso». Estas pessoas são utilizadas pelo demónio para defender a apóstata seita Vaticano II: A
Declaração Conjunta com os Luteranos sobre a Doutrina da Justificação rejeita completamente
o dogmático Concílio de Trento. Qualquer um que negue isso é simplesmente um mentiroso.
► Declaração Conjunta com os Luteranos: «21. Segundo a concepção luterana o ser humano é
incapaz de cooperar em sua salvação, porque como pecador ele resiste ativamente a Deus e
à sua ação salvadora.»9 — HERESIA CONDENADA POR TRENTO!
► Declaração Conjunta com os Luteranos: «29. Luteranos entendem isso no sentido de que a
pessoa cristã é “ao mesmo tempo justa e pecadora”: ela é totalmente justa porque Deus, por
palavra e sacramento, lhe perdoa o pecado e lhe concede a justiça de Cristo, da qual ela se
apropria pela fé e a qual em Cristo a torna justa diante de Deus. Olhando, porém, para si mesma
através da lei, ela reconhece que continua ao mesmo tempo totalmente pecadora…»13 —
HERESIA CONDENADA POR TRENTO!
Esta heresia é também chamada de «simul justus et peccator» (justo e pecador ao mesmo
tempo) e era uma das favoritas de Lutero. Esta foi vigorosamente condenada por Trento nas
duas passagens seguintes.
► Declaração Conjunta com os Luteranos: «29. … luteranos dizem que a pessoa justificada é
também pecadora e que sua oposição a Deus é verdadeiramente pecado, não negam que, a
despeito do pecado, ela está inseparada de Deus em Cristo e que seu pecado é pecado
dominado.»16 — HERESIA CONDENADA POR TRENTO
Lembre-se que todos esses ensinamentos dos luteranos contidos na Declaração Conjunta
— que são descaradamente heréticos e claramente condenados pelo Concílio de Trento — são
declarados como não condenados por Trento no n.º 41 da Declaração Conjunta!
Poderíamos continuar, mas o que foi abordado acima é suficiente para estabelecer o ponto.
Posicionamento Oficial Conjunto, n.º 1 (parte da Declaração Conjunta): «Com base neste
consenso a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica declaram juntas: “A doutrina das
Igrejas luteranas apresentada nesta Declaração não é atingida pelas condenações do
Concílio de Trento. As condenações expressas nos escritos confessionais luteranos não se
aplicam à doutrina da Igreja católica romana apresentada nesta Declaração” (DC 41).»18
Entenda, por favor: este «Anexo» faz parte da Declaração Conjunta a qual os defensores da
seita Vaticano II dizem que clarifica tudo e que «deixa tudo nos conformes»! Eles dizem que
o Anexo faz com que tudo contido na DC fique completamente conformável com o
ensinamento Católico. Que mentira! Na citação seguinte, vemos um defensor da seita
Vaticano II a tentar usar este mesmo argumento. Os defensores Novus Ordo/Vaticano II que
fazem uso deste tipo de argumento pensam que a pessoa com quem estão a conversar
desconhece os dois documentos (o Anexo e o POC) ou esperam tal coisa — para que possam
passar a falsa impressão de que os dois documentos mitigam ou explicam as heresias na
Declaração Conjunta. Eles esperam que a outra pessoa, por não estar familiarizada com estes,
não tenha resposta. O argumento não funciona, no entanto, com aqueles que estão
familiarizados com o que estes dois documentos de facto dizem.
Leon Suprenant, Presidente de Catholics United for the Faith, ao MSF, a tentar defender a DC, 20
de Jan. de 2005: «… é necessário ler o POC e o “Anexo católico” co-publicado para se
compreender adequadamente a posição da Igreja exposta na DC. (Queira por favor
informar-me se precisa de uma cópia de algum desses documentos).»20
Como vemos aqui, ele tentou responder às heresias citadas na Declaração Conjunta
dizendo que o Anexo e o POC fazem com que tudo fique nos conformes. Mas como
demonstrámos, isto é uma completa tolice. O Anexo e o Posicionamento Oficial Conjunto
confirmam o que está contido na DC. Ademais, o Anexo declara que os «católicos» não só
aceitam fé somente como algo que não é contrário a Trento (tal como é dito na DC), mas
que católicos crêem eles mesmos em fé somente! Se, como ele diz, o Anexo é necessário para
se compreender o que é ensinado na DC, então ele está a admitir que crê em Justificação pela
fé somente.
Para além disso, mesmo que o Anexo não asseverasse esta heresia abominável da
Justificação pela fé somente a partir do lado católico, não importaria, pois todas as heresias
catalogadas acima — quer as do lado luteranos, quer as do lado «católico» da DC — são
aceites como não condenadas pelo Concílio de Trento. Ademais, como foi provado no ponto
1 desta coluna, a DC diz especificamente que as restantes diferenças dos luteranos em relação
as católicos sobre Justificação não são motivo de condenações doutrinais. Portanto, não vos
deixeis enganar por aqueles mentirosos que vos dizem que «sim, há problemas com a DC,
mas nenhuma das heresias aparecem do lado católico, somente do lado luterano.» Isto
simplesmente não é verdade e, o que é mais importante, não faz diferença.
A seita Vaticano II, incluindo João Paulo II, Bento XVI e o jornal oficial do Vaticano, todos
aprovam a Declaração Conjunta. Isto prova que são hereges manifestos.
João Paulo II, 19 de Janeiro de 2004, Numa reunião com luteranos na Finlândia: «… desejo
expressar minha gratidão pelo progresso ecumênico realizado entre católicos e luteranos nos
cinco anos transcritos desde a assinatura da Declaração Conjunta da Doutrina da
Justificação.»21
Bento XVI, Discurso aos protestantes na Jornada Mundial da Juventude, 19 de Agosto de 2005: «… o
importante resultado da “Declaração comum sobre a doutrina da justificação, de
1999…”»22
Bento XVI, Discurso aos metodistas, 9 de Dezembro de 2005: «Senti-me encorajado pela
iniciativa que há-de levar as Igrejas-membro do Conselho Metodista Mundial a associarem-se
à Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada pela Igreja Católica e
pela Federação Luterana Mundial em 1999.»23
Mons. John A. Radano, Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos:«Este último
encontro [entre baptistas e “católicos”], de 5 e 6 de Dezembro, por sugestão dos baptistas focou-
se por um dia na Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação (JD) assinada pela
Igreja Católica e pela Federação Luterana mundial em 1999…»24
Isto significa que a «Igreja» de João Paulo II aceita oficialmente a Declaração Conjunta
com os Luteranos sobre a Doutrina da Justificação e rejeita o Concílio de Trento. A Igreja
Católica, por outro lado, conserva e sempre conservará a Doutrina da Justificação do
Concílio de Trento, que foi transmitida por Cristo aos Apóstolos.
Papa Paulo III, Concílio de Trento, Sess. 6, Sobre Justificação, Introdução: «… o Sacrosanto,
Ecuménico, e Geral Concílio de Tridentino, legitimamente congregado com assistência do
Espírito Santo… presidindo nele… Cardeais da Santa Romana Igreja, e Legados Apostólicos
de Latere, pretende expor a todos os Fiéis de Cristo a verdadeira e sã Doutrina acerca da
mesma Justificação; a qual ensinou o Sol de Justiça (Mal. 4:2) Cristo Jesus, Autor e
consumador da nossa Fé (Heb. 12:2); os Apóstolos nos entregaram, e a Igreja Católica,
inspirada pelo Espírito Santo, conservou perpetuamente…»25
Portanto, a «Igreja» de João Paulo II não é a Igreja Católica e aqueles que estão cientes
destes factos e afirmam comunhão com ela estão simplesmente a afirmar comunhão com
hereges manifestos e a pecar contra a Fé.
08/12/2017
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Categorias: A Infiltração dos Inimigos da Igreja / Antipapas / Doutrina Católica / Heresias / Protestantismo/ Seita
do Vaticano II
Etiquetas: Anti-papa Bento XVI / Anti-papa João Paulo II / Concílio de Trento / luteranos / Papa Paulo III
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Notas finais:
1http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
2 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, Oficina Patriarcal de Francisco
Luiz Ameno, 1751, pág. 132.
3 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 137.
4http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
5http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
6http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
7 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 117.
8http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
9http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_chr
stuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
10 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 139, 141.
11http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_ch
rstuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
12 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 139.
13http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_ch
rstuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
14 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 73.
15 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 73.
16http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_ch
rstuni_doc_31101999_cath-luth-joint-declaration_po.html; L’Osservatore Romano, 24 de
Novembro de 1999.
17 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 131.
18http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_c
hrstuni_doc_31101999_cath-luth-official-statement_po.html.
19http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/rc_pc_ch
rstuni_doc_31101999_cath-luth-annex_po.html.
20 Comunicado ao MSF.
21 L’Osservatore Romano, 28 de Janeiro de 2004, pág. 4.
22 L’Osservatore Romano, 24 de Agosto de 2005, pág. 8.
23 L’Osservatore Romano, 21/28 de Dez., pág. 5.
24 L’Osservatore Romano, 28 de Janeiro de 2004, pág. 4.
25 O Sacrossanto e Ecuménico Concílio de Trento, Tomo I, pág. 132.
Capítulo 19 - A seita Vaticano II vs. a Igreja Católica sobre recepção da Santa Comunhão
por não-católicos
Papa Pio VIII, Traditi Humilitati (# 4), 24 de Maio de 1829: «Jerónimo costumava dizer isto
deste modo: aquele que consome o cordeiro fora desta casa perecerá assim como
aqueles que, durante o dilúvio, não estavam com Noé na arca.»1
Bento XVI a dar Comunhão ao herege público, Bro. Roger Schutz,2 o protestante fundador
de Taizé, em 8 de Abril de 2005
Nas secções precedentes acerca das heresias do Vaticano II e de João Paulo II, lidámos com
o facto de que ambos ensinam a heresia de que não-católicos podem receber a Santa
Comunhão. É importante resumir a aprovação oficial dada pela seita Vaticano II a esse
ensinamento herético para que sirva como uma referência útil:
Vaticano II
Documento do Vaticano II, Orientalium Ecclesiarum (# 27): «De harmonia com estes
princípios, podem ser conferidos aos Orientais que de boa fé se acham separados da Igreja
católica, quando espontaneamente pedem e estão bem dispostos, os sacramentos da
Penitência, Eucaristia e Unção dos enfermos.»3
Antipapa Paulo VI, no fim de cada documento do Vaticano II: «TODAS E CADA UMA DAS
COISAS APRESENTADAS NESTE DECRETO TIVERAM A APROVAÇÃO DOS PADRES
CONCILIARES. E NÓS, PELO PODER APOSTÓLICO QUE NOS FOI CONFERIDO POR
CRISTO, JUNTAMENTE COM OS VENERÁVEIS PADRES, APROVAMOS, DECRETAMOS
E ESTABELECEMOS ESTAS COISAS NO ESPÍRITO SANTO, DE TAL FORMA QUE O QUE
FOI ESTATUIDO NESTE SÍNODO POSSA SER PROMULGADO PARA A GLÓRIA DE
DEUS… EU, PAULO, BISPO DA IGREJA CATÓLICA.»4
João Paulo II, Catecismo da Igreja Católica (# 1401): «… os ministros católicos podem
ministrar os sacramentos (Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos) aos
outros cristãos que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica…»5
Cânone 844.3, Código de Direito Canónico de 1983: «Os ministros católicos administram
licitamente os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes aos membros das
Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica, se eles os pedirem
espontaneamente e estiverem devidamente dispostos; o mesmo se diga com respeito aos
membros de outras Igrejas, que, a juízo da Sé Apostólica, no concernente aos sacramentos,
se encontram nas mesmas condições que as Igrejas orientais referidas.»8
Encíclica
João Paulo II, Ut Unum Sint (# 46), 25 de Maio de 1995: «… ministros católicos podem,
em determinados casos particulares, administrar os sacramentos da
Eucaristia, da Penitência, da Unção dos Doentes a outros cristãos que não estão
em plena comunhão com a Igreja Católica…»9
Discursos (esta é apenas uma de muitas citações que poderiam ser dadas)
João Paulo II, Ut Unum Sint (# 58), 25 de Maio de 1995: «Por causa dos estreitíssimos
vínculos sacramentais existentes entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas… a Igreja
Católica…muitas vezes tem usado e usa de modos de agir mais suaves, a todos dando os meios
de salvação e o testemunho de caridade entre os cristãos através da participação nos
sacramentos e em outras funções e coisas sagradas.(…) Nunca se há-de perder
de vista a dimensão eclesiológica da participação nos sacramentos, sobretudo
na santa Eucaristia.»11
Há outras citações que poderiam ser dadas. Isto prova claramente que se os
antipapas do Vaticano II fossem verdadeiros papas, seria o ensinamento oficial
da Igreja Católica que hereges e cismáticos podem receber licitamente a Santa
Comunhão. Mas isto é impossível visto que a Igreja Católica ensinou o oposto.
Por vinte séculos, a Igreja Católica ensinou consistentemente que hereges não podem
receber os sacramentos. Este ensinamento é fundado no dogma, definido pelo Papa Bonifácio
VIII, de que fora da Igreja Católica não há remissão de pecados. É também fundado no dogma
de que os sacramentos só aproveitam para a salvação para aqueles que estão dentro da Igreja
Católica, tal como definido pelo Papa Eugénio IV.
Só aos que permanecem na Igreja Católica é que os sacramentos da Igreja contribuem para
a salvação. Isto é um dogma! Mas este dogma é repudiado pelo ensinamento escandaloso do
Vaticano II de que é lícito dar a Santa Comunhão àqueles que não permanecem na Igreja
Católica. Ao longo dos séculos, os papas proclamaram que não-católicos que recebem a Santa
Eucaristia fora da Igreja Católica recebem-na para a sua própria condenação.
Papa Pio VIII, Traditi Humilitati (# 4), 24 de Maio de 1829: «Jerónimo costumava dizer isto
deste modo: aquele que consome o cordeiro fora desta casa perecerá assim como
aqueles que, durante o dilúvio, não estavam com Noé na arca.»14
Papa Gregório XVI, Commissum divinitus (# 11), 17 de Maio de 1835: «…quem quer que se
atreva a sair da unidade de Pedro deve entender que deixará de partilhar do mistério
divino. “Aquele,” adverte São Jerónimo, “que consome o cordeiro fora desta
casa é profano...»15
Papa Pio IX, Amantissimus (# 3), 8 de Abril de 1862: «…aquele que consome o cordeiro
e não é membro da Igreja, profanou.»16
Como podemos ver, isto não é meramente uma questão disciplinar que possa ser alterada
por um papa; pois está conectada com o dogma de que hereges estão fora da Igreja e em
estado de pecado. Estando eles fora da Igreja e em estado de pecado, não podem receber a
Eucaristia para a salvação (Eugénio IV), mas apenas para a condenação. Alterar esta lei é
tentar alterar dogma.
O facto é que a Igreja Católica não pode ensinar autoritariamente que é lícito a recepção da
Santa Comunhão por parte dos não-católicos, tal como ela não pode ensinar
autoritariamente que é lícito que as pessoas realizem abortos. A ideia de que não-católicos
podem receber a Santa Comunhão é uma heresia que foi repetidamente condenada. É
contradita por toda a história da Igreja. Esta questão prova por si só que os antipapas
do Vaticano II não são verdadeiros papas, e que estamos a lidar com duas
religiões diferentes (a religião católica e todos os papas vs. A religião da seita Vaticano II
e os seus antipapas).
Notas finais:
1 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 1 (1740-
1878), pág. 222.
2 Catholic News Service, 2005.
3 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 2, pág.
907; https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_decree_19641121_orientalium-ecclesiarum_po.html
4 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, The America Press, 1966, pág. 366, etc.
5 https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap1_1210-
1419_po.html
6 Catechism of the Catholic Church, por João Paulo II, pág. 5.
7 vatican.va
8 vatican.va
9 https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/en/encyclicals/documents/hf_jp-
ii_enc_25051995_ut-unum-sint.html.
10 https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/it/audiences/1995/documents/hf_jp-
ii_aud_19950809.html.
11 https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/en/encyclicals/documents/hf_jp-
ii_enc_25051995_ut-unum-sint.html.
12 Denzinger 468.
13 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, Vol. 1, pág. 578; Denzinger 714.
14 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 222.
15 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 256.
16 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1740-1878), pág. 364.
Capítulo 20 - As Heresias de Bento XVI (2005-2013)
Bento XVI elogiado por muçulmanos por rezar virado para Meca, (Reuters)
Istambul, 1 de Dezembro de 2006 – “O papa concluiu na sexta-feira sua
conciliadora viagem à Turquia recebendo elogios da imprensa local por
ter visitado a Mesquita Azul, de Istambul, e rezado voltado para Meca
‘como os muçulmanos.’(…) ‘A temida visita do papa foi concluída com uma
maravilhosa surpresa,’ disse o jornal Askam em sua capa. ‘Na mesquita
Sultão Ahmet, ele se voltou para Meca e rezou como os muçulmanos,’…”1
Bento XVI rezando como um muçulmano virado para Meca, numa mesquita, com os braços
cruzados, um gesto de oração muçulmano chamado “gesto de tranquilidade,” em 30 de
Novembro de 2006
Bento XVI é Joseph Ratzinger. Ele foi um dos teólogos mais radicais no Concílio Vaticano
II, e os seus ideais foram um factor influente que orientou o rumo revolucionário do Concílio.
Karl Rahner (esquerda) junto com Joseph Ratzinger (direita) no Vaticano II2
No Vaticano II, Ratzinger fez-se acompanhar por notórios hereges como Karl Rahner. E,
apesar de ser sacerdote, apresentou-se não como clérigo, mas de fato e gravata.
Ratzinger foi nomeado “cardeal” por Paulo VI em 1977, e tornou-se prefeito da Sagrada
Congregação para a Doutrina da Fé, cinco anos depois.
Durante esses anos, Ratzinger escreveu um número assombroso de livros. As heresias de
Ratzinger que serão tratadas aqui provêm de muitos de seus discursos e dos 24 livros por ele
escritos.
Muitos católicos estão familiarizados com o facto de que, no ano 2000, o Vaticano supostam
Terceiro Segredo de Fátima. A maioria dos tradicionalistas reconheceram imediatamente q
“Terceiro Segredo” que o Vaticano publicou não era o verdadeiro Terceiro Segredo de Fátim
invés, havia sido perpetrada uma fraude de proporções colossais ao mundo. O principal autor
que tinha como objectivo convencer o mundo a aceitar esta fraude contra a mensagem de Nos
Fátima foi Joseph Ratzinger, Bento XVI.
A retractação de Bento XVI da sua declaração sobre o islão revela a sua verdadeira
natureza de enganador
Bento XVI é um herege manifesto. Isso foi provado por nós sem dúvida alguma. Ele
ensina inumeráveis heresias: que nosso Senhor pode não ser o Messias; que o Antigo
Testamento ainda é válido; que os judeus e outros podem salvar-se sem crerem em Cristo;
que os cismáticos e protestantes não precisam de se converter; que os acatólicos não estão
obrigados a aceitar o Vaticano I; que devem ser erguidos mosteiros protestantes; que o
protestantismo não é sequer heresia; que a Missa é válida sem palavras de consagração; que
o baptismo das crianças não tem propósito; que a Escritura está cheia de mitos; que a falsa
religião do islão é nobre; que as religiões pagãs são elevadas; que pode haver salvação fora
da Igreja; que há dogmas católicos que devem ser purgados; admite que o Concílio Vaticano
II rejeitou a doutrina católica sobre a liberdade religiosa; que a unidade da Igreja não existe;
e que a ressurreição dos corpos não ocorrerá, nomeando apenas algumas.
Visto que ele é um herege, ele não pode ter sido uma papa validamente
eleito. Como já vimos no ensinamento solene de Paulo IV ― em sua bula de 15 de Fevereiro
de 1559, Cum ex apostolatus officio ―, é impossível que um herege seja validamente eleito
papa.
Portanto, segundo a doutrina da Igreja Católica, Bento XVI não é um papa, mas
um antipapa não-católico que os católicos devem rejeitar por completo. Ele
governa a nova religião do Vaticano II, um catolicismo falsificado que abandonou as
tradições e os dogmas da Igreja Católica.
Uma das principais características de Bento XVI é que ele é um enganador, um farsante.
Enquanto que ensina incríveis e manifestas heresias, uma das maneiras pela qual ele
dissimuladamente levou tantos a pensarem que ele é um conservador é que, entre as suas
monstruosas heresias nos seus escritos, existem muitas passagens conservadoras. Mas não
há nada de novo nisto. O Papa Pio VI assinalou que os hereges, inspirados pelo Demónio,
serviram-se sempre desta táctica para incutir heresias e enganar as pessoas.
Papa Pio VI, bula Auctorem fidei, 28 de Agosto de 1794: “[Os doutores antigos]
conheciam a capacidade dos inovadores na arte do engano, os quais, temendo
escandalizar os ouvidos católicos, tratavam de ocultar as subtilezas dos seus
sinuosos estratagemas com fraudulentos artifícios de palavras para que
pudessem com a maior suavidade introduzir nas almas o erro oculto, e assim
conseguissem que, corrompida a verdade por uma ligeiríssima adição ou mudança na
fraseologia, fosse distorcida a confissão da fé que é necessária para a nossa salvação,
e que fossem encaminhados os fiéis através de erros subtis à condenação eterna.”
”... Este é um artifício absolutamente repreensível utilizado para introduzir o erro, que, com
sábia penetração, já antes fora descoberto, exposto e condenado com grande severidade pelo
nosso predecessor São Celestino nas cartas de Nestório, Bispo de Constantinopla. Uma vez
cuidadosamente examinados estes textos, o impostor foi exposto e desmentido, pois ele se
exprimira numa excessiva abundância de palavras, misturando coisas verdadeiras com
obscuras, de tal forma que conseguia confessar aquelas coisas que negara enquanto que ao
mesmo tempo tinha base para negar as mesmas sentenças que afirmara.”
Papa Pio XI, Rite expiatis, #6, 30 de Abril de 1926: “… as heresias pouco a pouco
nasceram e cresceram na vinha do Senhor, propagadas tanto por hereges
manifestos ou por enganadores astutos que, em virtude de professarem uma vida de
uma certa austeridade e darem uma falsa aparência de virtude e piedade, facilmente
conduziram pelo mal caminho as almas frágeis e simples.”3
O Papa Pio VI conclui ao dar instruções aos católicos de como lidar com tais maquinações
e ambiguidades dos hereges contidas nos seus escritos:
“De modo a expor estas astúcias – algo que torna-se necessário com certa frequência em todo sé
– não existe a necessidade de outro método além deste: SEMPRE QUE FOR NECESSÁ
EXPOR AFIRMAÇÕES SUSPEITAS DE CONTEREM ALGUM ERRO OU PER
OCULTADOS SOB O VÉU DA AMBIGUIDADE, É DEVER DENUNCIAR O SENT
PERVERSO SOB O QUAL O ERRO OPOSTO À VERDADE CATÓLICA E
CAMUFLADO.”
O Papa Pio VI nos ensina que se alguém encobre uma heresia na ambiguidade, um católico
deve expor o significado herético e denunciar o significado herético camuflado na
ambiguidade. Mas isto é senso comum: se um homem diz que é contra o aborto, mas vota
repetidamente a favor desse, ele é um adepto do aborto e é um herege. O facto de às vezes
afirmar que segue a doutrina da Igreja acerca do aborto não significa coisíssima alguma.
Do mesmo modo, o facto de Bento XVI dizer algumas coisas conservadoras, ambíguas ou
contraditórias não muda o facto de ele ensinar assombrosas heresias e não ser um católico.
Notas finais:
No dia 13 de Março de 2013, o argentino Jorge Bergoglio foi eleito Antipapa Francisco da
seita do Vaticano II.
Esta pequena sinopse provará, com base nas palavras e acções de Jorge, que ele é um
herege. Citaremos do jornal oficial do Vaticano L'Osservatore Romano e de dois livros de
Francisco que documentam as suas crenças em tópicos variados: Conversas com Jorge
Bergoglio e Sobre o Céu e a Terra.
Os judeus rejeitam que Jesus Cristo é Deus, mas Jesus Cristo diz em João, 8:24: “Porque
se não crerdes em quem Eu sou, morrereis no vosso pecado.”
A Igreja Católica ensina infalivelmente que é necessário crer em Jesus Cristo e possuir a fé
católica para a salvação. A Igreja ensina que é um pecado mortal observar ou praticar o
judaísmo, mas Francisco apoia esta falsa religião judaica e ora em sinagogas judaicas.
Francisco, Conversas com Jorge Bergoglio, pág. 156: “Há pouco tempo estive numa
sinagoga a participar numa cerimónia. Rezei muito e, enquanto o fazia, ouvi uma
frase dos textos sapienciais de que já não me lembrava: ‘Senhor, que no meio da zombaria eu
saiba manter o silêncio.’ A frase deu-me muita paz e muita alegria. ”1
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 180: “A Igreja reconhece oficialmente que o Povo de
Israel continua a ser depositário das promessas. Em momento algum afirma: ‘Perderam a
oportunidade, agora somos nós.’ É um reconhecimento do povo de Israel.”2
Isto significa claramente que, para Francisco, as pessoas que rejeitam Jesus Cristo são o
Povo Eleito aos olhos de Deus (“... o Povo de Israel continua a ser depositário das
promessas.”). Isto é uma blasfémia contra Deus.
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 48-49: “Também existe a intercessão ministerial de
um rabino ou presbítero que ora ou pede pela saúde de outro, e as melhoras aparecem. Para
mim, aquilo que garante que uma pessoa se encontra em conformidade com a lei de Deus na
cura é a simplicidade, a humildade, a falta de espetacularidade.”3
Portanto, Francisco acredita que rabis judeus têm um verdadeiro ministério espiritual que
está de acordo com a Lei de Deus.
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 208, dirigindo-se ao rabino judeu Skorka, Francisco
disse: “Não esqueço que me convidou duas vezes para rezar e falar na sua sinagoga. E eu
convidei-o para que se dirigisse aos meus seminaristas a respeito de valores.”4
“... Nós somos todos irmãos porque temos a marca de Deus nos nossos
corações.”5
A marca de Deus é o Baptismo, o qual os judeus rejeitam.
Em 2007, Francisco participou nos serviços judaicos do Rosh Hashaná numa sinagoga na
Argentina. Durante a sua visita, Francisco disse à sua congregação judaica que ele fora à
sinagoga para examinar o próprio coração “como um peregrino, junto convosco, meus irmãos
mais velhos.”8
No dia 7 de Julho de 2008, Francisco apoiou os livros do rabino Sergio Bergman. Francisco
chamou-o de “crente” e disse que “... o seu trabalho é o de um rabino que, como nosso mestre,
ajuda-nos...”.9
No dia 14 de Dezembro de 2012, apenas alguns meses antes da sua eleição a antipapa,
Francisco celebrou o Hanukkah com judeus em Argentina, celebração na qual ele acendeu
uma menorah.16
No dia 13 de Março de 2013, apenas algumas horas após Francisco ter sido eleito antipapa,
ele enviou uma carta de saudação ao rabino-chefe de Roma, que rejeita Cristo.17
“‘Tomamos o pequeno-almoço, almoçamos e jantamos juntos cada dia. Ele cuida de mim,
e supervisa-me a comida, controlando-a para que seja kosher, e segundo a
minha tradição religiosa. Estes são dias festivos para mim, e tenho de dizer
certas rezas a hora da refeição, e expando a última oração e traduzo-a. Ele
acompanha-me junto com os demais a mesa – os seus secretários e um bispo, e
todos eles respondem ao final com um «Amém»,’ disse o rabino,
‘Sonhamos em viajar juntos a Israel, e o Papa está a tratar desse assunto... Falei com ele
[Francisco] acerca da evangelização, e ele afirmou enfaticamente que a Igreja
Católica não pode participar em proselitismo,’ disse.”20
Proselitismo é tentar converter uma outra pessoa. Francisco ensina enfaticamente que as
pessoas não devem tentar converter os não-católicos à fé católica.
Francisco, Mensagem de vídeo para a Festa de São Caetano, 7 de Agosto de 2013: “Vou
convencer o outro para que seja católico? Não, não, não!”21
“...se alguém fosse... orar na tumba de Maomé, ele seria considerado um apóstata.”24
“Desejo saudar os queridos emigrantes muçulmanos que hoje, à noite, começam o jejum do
Ramadão, desejando-lhes abundantes frutos espirituais.”26
“... estima e... amizade por todos os muçulmanos, de forma especial por quantos são chefes
religiosos. (...) entre cristãos e muçulmanos, somos chamados a respeitar a religião do
próximo, os seus ensinamentos, símbolos e valores. Um respeito especial é devido aos chefes
religiosos e aos lugares de culto (...) a pensar e falar de modo respeitoso sobre as demais
religiões e os seus seguidores, evitando ridicularizar ou denegrir as suas convicções e
práticas... Boa festa a todos vós!”27
Respeitar uma falsa religião, os seus ensinamentos e os seus seguidores — como o disse
Francisco — está condenado pela doutrina católica. Isto é apostasia da fé católica.
Então, de acordo com o apóstata Francisco, a falsa religião Hindu é uma espiritualidade
verdadeira e pura porque mantém-se de pé por 3000 anos e sobreviveu ao “correr do tempo.”
Francisco, Discurso, 18 de Maio de 2013: “...promover a liberdade religiosa para todos, para
todos! Cada homem, cada mulher deve ser livre na sua própria confissão religiosa, seja ela
qual for.”29
A Igreja Católica condena a ideia de que a liberdade religiosa deve ser um direito civil
universal.
Após os ataques de 11 de Setembro de 2001 nos EUA, Francisco participou num encontro
de oração com líderes de outras falsas religiões junto de um obelisco em Argentina.30 O
obelisco é um símbolo fálico da maçonaria.
“Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos
seus estarem presentes às reuniões de acatólicos...”31
No dia 24 de Janeiro de 2002, Francisco convidou vários líderes de falsas religiões para
orarem na catedral de Buenos Aires, Argentina.32 O encontro incluiu líderes hinduistas,
budistas, islâmicos, e judaicos. A declaração de Francisco durante o encontro foi que “cada
grupo religioso fará oração de acordo com a sua própria fé, idioma e tradição, em total
respeito pelos outros.” Isto é apostasia.
No dia 5 de Maio de 2006, Francisco orou com membros do Parlamento Universal das
Religiões 33; e em 2011, Francisco organizou o seu próprio encontro inter-religioso de
oração.34 35
Francisco, Discurso, 20 de Março de 2013: “Ontem de manhã, durante a Santa Missa, nas
vossas pessoas reconheci presentes, espiritualmente, as comunidades que representais.”37
No livro Sobre o Céu e a Terra, pp. 29-30, Francisco afirma que respeita os ateus e que não
tenta convertê-los:
“Não olho a relação para fazer proselitismo com um ateu, respeito-o... não lhe
digo que a sua vida está condenada, porque estou convencido de que não tenho o direito de
fazer um juízo de valor sobre a honestidade dessa pessoa. … todo o homem é imagem de
Deus, seja crente ou não. Apenas por essa razão, conta uma série de virtudes, qualidades,
grandezas.”39
Um ateu fez uma entrevista a Francisco para o periódico La Repubblica, a qual foi
publicada em 1 de Outubro de 2013. Nessa entrevista, Francisco diz explicitamente ao ateu
que não era a sua intenção convertê-lo. Em quatro distintas ocasiões na entrevista, Francisco
rejeitou o proselitismo. Ele declarou que:
A seguir, Francisco disse que cada um tem a sua própria ideia do Bem e do Mal. Também
incita ao indivíduo a proceder de acordo com aquilo que ele concebe que seja o Bem. Isto é
uma apostasia indignante!
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 92 [Ed. espanhola]: “Houve tempos em que não se
fazia funeral ao suicida, porque este não continuava a avançar em direção à meta,
interrompia o caminho quando desejava. Mas respeito o suicida, é alguém que não conseguiu
ultrapassar as contradições. Não o rejeito.”42
O ENSINAMENTO DE FRANCISCO ACERCA DO HOMEM
Francisco, Conversas, pág. 166: “Para mim, a esperança está na pessoa humana... Acredito
no homem. Não digo que ele é bom ou mau, mas sim que acredito nele...”43
Francisco, Conversas, pág. 102: “Costumo dizer que a única glória que temos, como sublinha
São Paulo, é sermos pecadores.”44
São Paulo não disse tal coisa. Isto é escandaloso! Francisco continua dizendo na mesma
página:
Note que o único pecado que Francisco fala é não dar comida ou trabalho às pessoas. Ele
nada diz sobre os pecados contra Deus e a verdadeira fé.
Francisco, Entrevista à La Repubblica, 1 de Outubro de 2013: “O mais grave dos males que
afligem o mundo nestes anos é o desemprego dos jovens e a solidão em que são deixados os
idosos... Isto, no meu ver, é o problema mais urgente que a Igreja tem de enfrentar.”46
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 130: “Recordo de que, quando andava a estudar, havia
um professor comunista. Tínhamos uma relação excelente com ele, ele interrogava-nos sobre
tudo, e isso fez-nos muito bem. Mas nunca nos mentiu...”47
Francisco, Conversas, pág. 50: “É verdade que eu era, como toda a minha família, um
católico praticante. Mas a minha cabeça não estava só nas questões religiosas... Lia Nuestra
Palabra e Propósitos, uma publicação do partido comunista, e adorava todos os artigos de
um dos conspícuos membros... Leónidas Barletta...”48
Francisco, Conversas, pág. 95: “A Igreja não se opõe à educação sexual. Pessoalmente acho
que deve existir ao longo de todo o crescimento dos jovens, adaptada a cada etapa. Na
verdade, a Igreja sempre promoveu a educação sexual, embora eu aceite que nem sempre o
tenha feito de um modo adequado.”50
Papa Pio XI, encíclica Divini illius magistri, 31 de Dezembro de 1931: “Assaz difuso é o erro
dos que, com pretensões perigosas e más palavras, promovem a pretendida educação
sexual...”51
Portanto, Francisco ajudaria assim um homem que fez um voto permanente de castidade
perante Deus, a quebrar o seu voto e a deixar o sacerdócio.
Está agora documentado e confirmado que Francisco foi a favor das uniões civis entre
homossexuais quando vivia na Argentina. Ele apenas não queria que a união civil
homossexual fosse chamada de “matrimónio.” Isto é heresia. Isto significa que Francisco
aprovou o comportamento sexual pervertido e abominável que é condenado pelas Escrituras
e pela doutrina católica. A sua posição não difere em nada de apoiar o aborto com a condição
de que o Estado não atribua a esse estatutos especiais, ou privilegiados, através da utilização
de fundos estatais.
Atente-se às seguintes interessantes declarações que Francisco faz sobre o ”casamento” gay
e sobre homossexuais.
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pp. 116-117: “Quando o chefe do Governo da cidade de
Buenos Aires, Mauricio Macri, não apelou da sentença de uma juíza de primeira instância
autorizando o casamento, senti que tinha algo a dizer, e, como forma de orientação, senti-me
obrigado a manifestar a minha opinião. Foi a primeira vez em dezoito anos de bispo que fiz
uma crítica a um funcionário. Se analisarem as duas declarações que formulei, em momento
algum falei de homossexuais ou fiz alguma referência que lhes fosse prejudicial. (...) Macri
disse-me que eram as suas convicções; eu respeito-as, mas um chefe de governo não tem de
transportar as sua convicções pessoais para o âmbito da lei. Em momento algum falei
depreciativamente dos homossexuais...”53
Francisco diz que respeita aqueles que são a favor do abominável “casamento”
homossexual e diz que nunca foi desrespeitoso para com os sodomitas e pervertidos.
Francisco também menciona como ele permitiu o ex-presidente da Argentina, Néstor
Kirchner — que foi a favor do casamento gay, — a presidir num serviço memorial “católico”
em honra de “padres” e seminaristas falecidos.
Francisco, Conversas, pág. 117: “... quando ele chegou à igreja, pedi-lhe que fosse ele a
presidir à cerimónia...”54
Mais tarde, quando o presidente apóstata morreu, Francisco ofereceu imediatamente uma
“missa de requiem” para ele.55 56
Francisco também permitiu que políticos que são abertamente a favor do aborto e do
“casamento” gay recebessem “comunhão” na sua “missa” de instalação.
Em 19 de Agosto de 2013, Francisco foi entrevistado pela revista Razón y Fe, e, na página
14, Francisco ensina claramente que os homossexuais activos não são rejeitados nem
condenados por Deus.
Francisco, Entrevista à revista Razón y Fe, 19 de Agosto de 2013, pág. 14: “Em Buenos Aires,
recebia cartas de pessoas homossexuais que são verdadeiros ’feridos sociais,’ porque me
dizem que a Igreja sempre os condenara.. Mas a Igreja não quer fazer isso. Durante o voo que
regressava do Rio de Janeiro, disse que se uma pessoa homossexual tem boa vontade e busca
a Deus, eu não sou ninguém para julgá-la... Uma vez uma pessoa, para provocar-me,
perguntou-me se eu aprovava a homossexualidade. Eu então lhe respondi com outra
pergunta: ‘Diz-me, Deus quando olha para uma pessoa homossexual aprova-a com afecto ou
a rejeita e a condena?’ Há que ter sempre em conta a pessoa. E aqui entramos no mistério do
ser humano. Nesta vida Deus acompanha as pessoas, e é nosso dever acompanhá-las de
acordo com a sua condição.”57
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 127: “Também não concordo com aulas de Religião e
Moral que pressuponham discriminação dos não-católicos.”58
Em Argentina, Francisco recomendava aos “católicos” que procuravam o exorcismo a
dirigirem-se a um “exorcista” luterano.59
No seu livro Sobre o Céu e a Terra, pág. 78, Francisco cita o que a sua avó lhe disse quando
era mais novo a respeito das mulheres não-católicas:
“Ela respondeu-me: ‘Não, são protestantes, mas são boas.’ Esta foi a sabedoria da verdadeira
religião.”60
Em 2006, Francisco ajoelhou-se para ser abençoado por protestantes durante um encontro
ecuménico.61
Francisco fez o mesmo imediatamente após ter sido eleito antipapa em 13 de Março de
2013. Francisco, ao invés de abençoar a multidão, pediu que essa abençoasse a ele (na
multidão estavam muitos membros de várias religiões não-católicas.)62
No dia 18 de Março de 2013, Francisco escreveu ao novo líder da seita anglicana.63 Ele
tratou o leigo Justin Welby por “reverendo” apesar de a Igreja Católica, sob o papado de Leão
XIII, ter reafirmado em 13 de Setembro de 1896 que o rito de ordenação anglicano é
totalmente inválido. Francisco disse que Welby tem um “ministério pastoral” e o trata-o por
“Arcebispo” de Cantebury, o que significa que ele crê que o líder da herética e cismática seita
anglicana é o verdadeiro líder jurisdicional da Una e Verdadeira Igreja em Canterbury,
Inglaterra. Ele também pediu ao líder herege e cismático que orasse por ele.
Tal como é ensinado no Vaticano II, Francisco crê que os protestantes e os “ortodoxos” são
membros da Igreja de Cristo e que não necessitam de serem convertidos à fé católica para a
salvação. Isto é heresia.
Francisco trata o cismático por ”Santidade” e diz que Deus confiou o Seu rebanho a um
cismático. Ele também o trata por “pastor,” o que significa que ele acredita que o líder
cismático é um líder com verdadeira jurisdição na Una e Verdadeira Igreja de Cristo.
Francisco, Audiência geral, 19 de Junho de 2013: “... hoje, antes de sair de casa, passei
mais ou menos quarenta minutos, ou meia hora, com um Pastor evangélico e
pudemos rezar juntos...”67
No livro Sobre o Céu e a Terra, pág. 205, Francisco propõe às distintas denominações “...
caminharmos juntos numa diversidade reconciliada(...) façamos coisas juntos... rezemos
juntos(...) sem anular as diversas tradições...”68
Francisco promove aqui a heresia de que não deveríamos tentar converter não-católicos,
mas sim caminhar e orar juntamente com eles sem que se anule as suas diversas tradições
heréticas e cismáticas.
Francisco, Entrevista à revista Razón y Fe, 19 de Agosto de 2013, pág. 17: “Temos de
caminhar juntos nas diferenças: não existe outro caminho para unirmo-nos. O caminho de
Jesus é esse.”69
Então, para Francisco, os cismáticos devem continuar na sua rejeição dos ensinamentos
católicos e não precisam converter-se.
Papa Pio XI, Mortalium animos, #10, 6 de Janeiro de 1928: “… por quanto não é lícito
promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à
única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela.”70
FRANCISCO, O REVOLUCIONÁRIO LITÚRGICO
Aqui está Francisco a celebrar uma modernista “missa infantil” com mulheres a realizarem
danças litúrgicas.71
Francisco, Sobre o Céu e a Terra, pág. 103: “No catolicismo, por exemplo, muitas mulheres
conduzem uma liturgia da palavra...”72
Francisco nunca celebrou uma missa válida, não apenas porque ele celebra a inválida Nova
Missa, mas também porque ele foi “ordenado” em 13 de Dezembro de 1969 no inválido novo
rito de ordenação. Francisco, tal qual o seu predecessor, Bento XVI, foi “consagrado bispo”
no inválido novo rito de consagração. Um verdadeiro papa é o bispo de Roma. Francisco não
é um bispo. Essa é outra razão pela qual ele não é o papa.
Em resumo, Francisco acredita nas e professa firmemente as mesmas heresias que foram
promovidas pelos outros antipapas do Vaticano II. Francisco é um completo herege e um
apóstata. O dogma católico define que um herege não é um membro da Igreja Católica. Logo,
é infalível a conclusão de que Francisco não é um papa válido, mas sim um antipapa herético
e não-católico.
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Notas finais:
1 Sergio Rubin & Francesca Ambrogetti, Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
3ª Edição, Paulinas Editora, 2013, pág. 156
2 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, 1ª Edição, Clube do Autor,
2013, pág. 180.
3 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 48-49.
4 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 208.
5 YouTube, “Cardenal Bergoglio recuerda a Victimas del Holocausto” –
https://www.youtube.com/watch?v=YgZ8ba74mmg
6 https://www.lanacion.com.ar/637973-el-gesto-de-dos-amigos
7 https://www.parroquiasannicolas.com.ar/noche_de_los_cristales_rotos.htm
8 https://www.lanacion.com.ar/942600-teshuva-fidelidad-y-ternura
9 YouTube, “Palabras del Papa Francisco sobre libro de Sergio Bergman” –
https://www.youtube.com/watch?v=5qAXW5Bsmqc
10 YouTube, “Bergoglio en la AMIA firma el libro de visitas ilustres” –
https://www.youtube.com/watch?v=yBcjoNnv1xc
11 https://www.radiojai.com.ar/online/notiDetalle.asp?id_Noticia=49261
12 https://www.periodistadigital.com/religion/america/2010/06/07/cardenal-bergoglio-
mutual-judia-buenos-aires-iglesia-argentina-religion.shtml
13 https://pagina-catolica.blogspot.com.ar/2012/11/rabino-ofende-la-iglesia-en-la-
uca.html
14 https://www.aica.org/4058-conmemoracion-judeo-cristiana-de-la-noche-los-cristales-
rotos.html
15 YouTube, “Profanan la Catedral de Buenos Aires Primera Parte 12 11 12” –
https://youtu.be/hOyLzrOSBug?t=10m47s
16 https://es.jn1.tv/video/news/los-jud-os-argentinos-celebran-januc.html
17 https://www.news.va/es/news/intercambio-de-mensajes-entre-el-papa-y-el-rabino
18 https://www.news.va/pt/news/francisco-felicita-pesach-al-rabino-jefe-de-la-c-2
19 https://www.vatican.va/holy_father/francesco/speeches/2013/june/documents/papa-
francesco_20130624_international-jewish-committee_sp.html
20 https://vaticaninsider.lastampa.it/en/the-vatican/detail/articolo/francesco-francis-
francisco-28206/.
21 YouTube, “Mensaje del Papa Francisco para San Cayetano 2013”
– https://youtu.be/XwG8-7yHN60?t=3m57s
22 https://edant.clarin.com/diario/2005/08/02/sociedad/s-03601.htm
23 https://www.lanacion.com.ar/726634-se-hara-hoy-el-sepelio-de-adel-made
24 São Tomás de Aquino, Summa Theologiae, Pt. II, q. 12, art. 1, obj. 2.
25 https://www.aicaold.com.ar/index.php?module=displaystory&story_id=22291
26 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-
francesco_20130708_omelia-lampedusa.html
27 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-
messages/2013/documents/papa-francesco_20130710_musulmani-ramadan.html
28 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 222.
29 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa-
francesco_20130518_veglia-pentecoste.html
30 https://www.lanacion.com.ar/334678-ceremonia-ecumenica
31 Claudia Carlen, The Papal Encyclicals [As Encíclicas Papais], Raleigh: The Pierian Press,
1990, vol. 3 (1903-1939), pág. 317.
32 https://www.lanacion.com.ar/368653-sintesis
33 https://www.par.org.ar/bergoglio.htm
34 https://comipaz.wordpress.com/2011/10/13/peregrinos-de-la-paz/
35 YouTube, “Papa Francisco, entonces Cardenal Jorge Bergoglio, en el 110º Aniversario de
YMCA Argentina” – https://www.youtube.com/watch?v=2O_5ForfDCo
36 YouTube, “Papa Francisco: sí al diálogo ecuménico e interreligioso” –
https://www.youtube.com/watch?v=Lo_07FJhJi4
37 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/march/documents/papa-
francesco_20130320_delegati-fraterni.html
38 Decrees of the Ecumenical Councils [Decretos dos Concílios Ecuménicos], Sheed & Ward
and Georgetown University Press, 1990, vol. 1, pp. 550‐553; Denzinger 39‐40.
39 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pp. 29-30.
40 https://www.repubblica.it/cultura/2013/10/01/news/el_papa_as_voy_a_cambiar_la
_iglesia-67692129/
41 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/letters/2013/documents/papa-
francesco_20130911_eugenio-scalfari.html
42 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 94;Bergoglio, A.
Skorka, Sur la Terre comme au Ciel, La famille, la foi, le rôle de l’Eglise au XXI e
siècle Robert Laffont, 2013, pág. 101.
43 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 166.
44 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 102.
45 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 107.
46 https://www.repubblica.it/cultura/2013/10/01/news/el_papa_as_voy_a_cambiar_la
_iglesia-67692129/
47 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 130.
48 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 50.
49 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 89.
50 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 95.
51 Denzinger, El Magisterio de la Iglesia, Editorial Herder, 1963, no. 2214.
52 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pp. 100-101.
53 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pp. 116-117.
54 Francesca Ambrogetti & Sergio Rubin , Papa Francisco. Conversas com Jorge Bergoglio,
pág. 117.
55 https://www.aicaold.com.ar/index.php?module=displaystory&story_id=24073&editio
n_id=1362
56 YouTube, “C5N MURIÓ NÉSTOR KIRCHNER: MISA DE BERGOGLIO” –
https://www.youtube.com/watch?v=DjY7V3zHvLs
57 https://razonyfe.org/images/stories/Entrevista_al_papa_Francisco.pdf
58 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 127.
59 https://www.diariopopular.com.ar/notas/150119-la-historia-del-exorcista-favorito-del-
papa-francisco
60 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 78.
61 https://www.lanacion.com.ar/816217-masiva-oracion-por-la-unidad-cristiana
62 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/elezione/index.html
63 https://www.osservatoreromano.va/en/news/in-fidelity-to-the-gospel
64 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/june/documents/papa-
francesco_20130614_welby-canterbury.html
65 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/may/documents/papa-
francesco_20130510_tawadros.html
66 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/june/documents/papa-
francesco_20130628_patriarcato-ecumenico-costantinopoli.html
67 https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2013/documents/papa-
francesco_20130619_udienza-generale.html
68 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 205.
69 https://razonyfe.org/images/stories/Entrevista_al_papa_Francisco.pdf
70 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 317.
71 YouTube, “MISA DE NIÑOS 2011 - 2.wmv” –
https://www.youtube.com/watch?v=RwS9umpEkvs
72 Jorge Bergoglio & Abraham Skorka, Sobre o Céu e a Terra, pág. 103.
73 https://www.grandeoriente.it/comunicati/2013/03/il-gran-maestro-raffi-con-papa-
francesco-nulla-sara-piu-come-prima.aspx
74 https://www.impulsobaires.com.ar/nota.php?id=175015
Existem muitas objecções contra o sedevacantismo – isto é, a posição que afirma que a
cátedra de São Pedro está vacante devido ao facto de os “papas” pós-Vaticano II não serem
verdadeiros papas, mas antipapas não-católicos. Trataremos agora de todas as principais
objecções lançadas contra esta posição.
Resposta: O Concílio de Trento declarou que os dogmas são para o uso de todos (Papa
Pio IV, Sessão 23, cap. 4.) A autoridade que um católico tem para determinar que os
hereges não são membros da Igreja é o dogma católico que nos ensina que aqueles que se
apartam da fé não podem ser considerados como parte d'Ela. Além disso, afirmar que a
aderência ao dogma é enveredar por interpretações privadas foi condenado pelo Papa São
Pio X em sua Syllabus de Erros Modernos.
5ª Objecção: A Igreja não pode existir sem um papa, ou pelo menos não pode
existir por 40 anos sem um papa, como dizem os sedevacantistas…
Resposta: A Igreja existiu por anos sem um papa, e isso ocorre a cada vez que um papa
morre. A Igreja passou por um interregno papal por mais de 200 vezes na Sua história. O
mais longo interregno papal (antes da apostasia do Vaticano II) foi entre o Papa São
Marcelino (296-304) e o Papa São Marcelo (308-309). Durou mais de três anos e meio. Não
há nada contrário à indefectibilidade (que é uma das propriedades essenciais da Igreja) em
dizer que não temos um papa desde a morte de Pio XII em 1958. O que é contrário à
indefectibilidade da Igreja Católica é afirmar que quem promulgou o Concílio Vaticano II
foram papas verdadeiros, e que esses poderiam apoiar oficialmente religiões falsas e pagãs,
promulgar a Nova Missa protestante, e dizer que não-católicos não precisam de converterem-
se para se salvarem.
Resposta: “Ninguém pode julgar a Santa Sé” significa que o papa, o bispo de Roma não
pode ser sujeito a qualquer julgamento por quem quer que seja. Isto de maneira alguma se
refere a reconhecer um herege manifesto que diz ser o papa quando não é um verdadeiro
papa. Com a plenitude de sua autoridade, o Papa Paulo IV, na sua bula bula Cum ex
apostolatus officio, definiu que se alguém fosse promovido ao papado sendo herege, não
seria papa verdadeiro nem válido, e que poderia ser rejeitado como um feiticeiro, pagão,
publicano e heresiarca. Portanto, um indivíduo só obedece e adere ao ensinamento da Santa
Sé ao rejeitar como inválidos os reclamantes heréticos pós-Vaticano II.
8ª Objecção: São Roberto Belarmino disse que não se pode depor um papa, mas
que pode-se licitamente resistir a ele. Os sedevacantistas julgam, punem e
depõem o papa …
Resposta: Na sua obra chamada De Romano Pontifice, São Roberto ensina que 1) ninguém
pode “julgar, punir e depor” o papa (cap. 29); e que 2) um herege manifesto deixa de ser papa
(ou seja, é deposto) e que pode ser “julgado e punido” pela Igreja. Por acaso São Roberto
Belarmino é um idiota? São Roberto Belarmino não é nem um idiota nem está se
contradizendo. Ele não está a referir-se a um papa manifestamente herético no capítulo 29,
mas sim a um verdadeiro papa que dá um mal exemplo, que causa escândalo à Igreja, embora
não seja um herege manifesto. Na realidade ele e todos os Padres da antiguidade apoiam o
facto de que um herege manifesto não é um papa.
Resposta: Não é verdade que o Papa Libério tenha cedido aos arianos, nem que tenha
assinado fórmula ariana alguma, ou mesmo que tenha excomungado Santo Atanásio.
Segundo o depoimento de vários papas, o Papa Libério foi acusado falsamente pelos
inimigos da Igreja por haver se mantido fiel.
Resposta: É um facto que uma pessoa pode incorrer numa excomunhão (por algo que não
seja heresia) que não a separe da Igreja; por outro lado, se incorrer em excomunhão por
heresia, então sim é separada da Igreja. Os hereges estão impedidos de serem eleitos por lei
divina e não apenas por lei eclesiástica. Um cardeal que é excomungado por heresia já não é
mais um cardeal, porque os hereges estão fora da Igreja Católica (de fide, Papa Eugénio IV).
Mas um cardeal que recebe uma excomunhão por outra coisa, ainda permanece um cardeal,
se bem que num estado de grave pecado. Então, quando o Papa Pio XII disse que todos os
cardeais, qualquer que seja o impedimento eclesiástico ao qual estejam submetidos, podem
votar e ser eleitos num conclave papal, isto pressupõe que sejam cardeais que tenham sido
excomungados por razão outra que não heresia.
11ª Objecção: Que importa se Bento XVI é um papa ou não? O problema não é
meu.
Resposta: Dizer que o actual “papa” do Vaticano II é a cabeça da Igreja Católica é afirmar
que as portas do Inferno prevaleceram contra Ela, e é cometer um pecado contra a fé, já que
se estaria afirmando que ele tem a verdadeira fé quando na realidade é um herege manifesto
e um apóstata. Aliás, reconhecer os antipapas do Vaticano II como verdadeiros papas é
escandalizar os que não são católicos porque se estaria demonstrando uma incapacidade de
apresentar-lhes convincentemente a fé católica; e é também estar a defender uma Igreja que
repudiou o Concílio de Trento, isto é, uma “Igreja” que por definição, é uma Igreja não-
católica: uma Igreja de hereges. Se isto não importa, então nada importa.
Resposta: O Papa Paulo IV, na sua bula Cum ex apostolatus officio, declarou que os
católicos não podem aceitar um reclamante ao papado que seja herético, mesmo se
obediência lhe fosse prestada por “todos”; o que demonstra que é possível que, num
determinado momento, suceda que todosprestem obediência a um antipapa. Aliás, isto já
aconteceu na História da Igreja, nomeadamente durante o Grande Cisma do Ocidente.
13ª Objecção: João XXII era um herege, que foi inclusive denunciado pelo cardeal
Orsini, contudo, ele continuou sendo o papa.
Resposta: João XXII não foi um herege. A posição de João XXII de que as almas benditas
não vêem a visão beatífica até depois do juízo universal era uma questão que ainda não havia
sido definida especificamente como dogma. Essa definição foi pronunciada dois anos após a
morte do Papa João XXII, pelo Papa Bento XII em Benedictus Deus. Ele tinha uma opinião
pessoal que estava completamente errada, e sobre a qual ele mesmo declarou explicitamente
que não era mais do que uma opinião. O facto de o Cardeal Orsini ter denunciado João XXII
como um herege não prova nada. E além disso, João XXII, antes de sua morte, retratou-se
da sua posição quanto a esse tema.
14ª Objecção: O Papa Honório foi condenado por heresia por um concílio geral
após a sua morte, contudo, a Igreja não considera que tenha deixado de ser papa,
apesar de ter sido acusado de heresia durante o seu reinado.
Resposta: A Igreja não abordou a questão de Honório ter perdido ou não o ofício papal
após ter caído em heresia; simplesmente o condenou. Visto que Honório foi um papa eleito
validamente, o seu nome encontra-se na lista dos verdadeiros papas.
O Papa Honório havia falecido fazia mais de quarenta anos quando foi condenado
pelo Terceiro Concílio de Constantinopla e o seu erro foi quase completamente
desconhecido durante o seu reinado e anos seguintes; se ele tornou-se um verdadeiro herege
durante seu reinado, então ele perdeu o ofício papal. Até alguns estudiosos não estão ainda
convencidos de que Honório foi condenado como herege no Concílio. Comparar as duas
cartas do Papa Honório com as acções e declarações dos hereges manifestos Paulo VI, João
Paulo II e Bento XVI, é como comparar um grão de areia com uma praia.
“Cardeal” Joseph Ratzinger, Deus e o Mundo, 2000, pág. 209: “É claro que é possível ler
o Antigo Testamento de maneira que esse não seja direccionado para Jesus;
esse não aponta de forma suficientemente inequívoca para Cristo.” 3
“Cardeal” Joseph Ratzinger, Colaboradores da Verdade, 1990, pág. 29: “... na fé católica a
unidade da Igreja está ainda em processo de formação; a qual só se alcançará
totalmente no eschaton [o fim do mundo]...” 4
O povo Judeu e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia cristã, secção II, A, com prefácio de
Bento XVI: “A espera messiânica dos judeus não é vã…” 5
Em segundo lugar, o Papa Pio VI declara que os hereges, tal como Nestório,
sempre ocultaram as suas heresias e erros doutrinais na contradição e
ambiguidade! Para ilustrar este ponto, constatemos o facto de que o arqui-herege Ário
chegou a ser aprovado por Constantino ao dar-lhe uma ambígua profissão de fé. Contudo,
Santo Atanásio não se deixou enganar e recusou-se a considerá-lo católico. Segundo os que
usam este argumento, Santo Atanásio fez mal e deveria ter aceite Ário como católico, porque
a sua profissão de fé foi meramente ambígua. Este é o caminho da vitória para o diabo.
Resposta: Não, o Concílio de Constança não condenou de forma alguma a ideia de que um
herege deixa de ser o papa, mas condenou a proposição de que um homem perverso deixa
de ser a cabeça da Igreja, uma vez que não é membro dela. A proposição do herege Hus afirma
correctamente que alguém não pode ser a cabeça da Igreja se não é membro da Igreja, mas
erra ao dizer que o papa deixa de ser membro da Igreja por ser “perverso.” Um papa que
seja simplesmente mau não deixa de ser papa, mas sim se for um herege ou cismático ou
apóstata.
Resposta: A Declaração Conjunta com os luteranos por si mesma prova que os “papas” do
Vaticano II são antipapas não-católicos. O facto de João Paulo II e Bento XVI não terem
escrito o documento ou não o terem assinado é totalmente irrelevante. Ambos a
aprovaram publicamente numerosas vezes, e estão de acordo com essa.
Notas finais:
1 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, vol. 1, pág. 113.
2 Bento XVI, The Meaning of Christian Brotherhood, pp. 87-88
3 “Cardeal” Joseph Ratzinger, God and the World, Ignatius Press, 2000, pág. 209.
4 “Cardeal” Joseph Ratzinger, Co-Workers of the Truth, pág. 29.
5 O povo judeu e as Sagradas Escrituras na Bíblia cristã, secção II, A, com prefácio de Bento
XVI, www.vatican.va
6 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, traduzido pelo Dr. Edward Von Peters, pág.
83.
Quase todos os que estão a ler este sítio de Internet estão provavelmente familiarizados
com o escândalo sexual massivo entre os «padres» Novus Ordo/Vaticano II que foi
incessantemente denunciado pela grande mídia aproximadamente entre os anos de 2002 e
2004. A perversão sexual dos «padres» Novus Ordo/Vaticano II é tão generalizada que
dioceses inteiras da seita Vaticano II foram à falência por causa das compensações
financeiras que tiveram de pagar às vitimas abusadas. A Diocese de Davenport fornece-
nos o exemplo mais recente.
Nós conversámos com muitos não-católicos que, quando abordados sobre a possibilidade
de adotarem verdade da fé católica, responderam imediatamente com factos acerca dos
pervertidos padres da seita Vaticano II. «Porque quereria eu fazer parte de uma Igreja cujos
padres molestam crianças?», dizem eles (ou outras coisas parecidas). Ao
tentarmos converter pessoas, dezenas delas se recusaram alegando esse motivo. É preciso
entender que o facto de Deus ter permitido este escândalo massivo acontecer, que sem dúvida
desencorajou e continuará a desencorajar milhões de pessoas de investigar a fé católica ou
considerá-la verdadeira, demonstra-nos que nos encontramos no período da Grande
Apostasia e do grande engano espiritual. Somente católicos totalmente cientes da verdade
encontram consolo no facto de estes padres não serem de forma alguma seguidores
daverdadeira fé católica, mas seguidores de uma falsa seita não-católica. Esta
manifestação de perversidade é simplesmente a realidade subjacente
da apostasia pós-Vaticano II tal como ela realmente é.
Exemplos deste tipo de corrupção no clero Vaticano II poderiam encher páginas, mas o
leitor deve entender a ideia: este indescritível escândalo está presente na seita Vaticano II
simplesmente porque esta não é a santa Igreja Católica. Quem se atreveria a dizer o
contrário? O escândalo do qual estamos a falar é tão ultrajante — de facto, um dos piores
escândalos na história — que só poderia ser um sinal do fim dos tempos e da falsa
igreja apocalíptica que irá caracterizar os últimos dias. Quando aquilo que
recebe mais destaque no cabeçalho do sítio de Internet da Diocese de Pittsburgh
é um número telefónico de chamadas gratuitas para respostas acerca de abusos
sexuais, é porque as coisas andam mal.13
Na secção vermelha da imagem: Numero Gratuito Diocesano para Resposta a Abusos:
1.888.808.1235
O sítio de Internet da Arquidiocese de Filadélfia tem como quinta opção a secção sobre
«Protecção de Jovens e Crianças»14 — isto é, protecção contra os seus próprios «padres»
pervertidos. É um problema tão grande que todos os sítios de Internet diocesanos que
nós averiguámos têm um espaço de destaque para o problema do abuso. O que
se segue são apenas mais alguns exemplos, provenientes dos sítios de Internet diocesanos de
Miami15 e Milwaukee.16 Repare que a questão do abuso sexual é uma das coisas mais
destacadas nos sítios de Internet (os sublinhados e as chavetas são nossos).
Sublinhado na imagem: «Proteger as Crianças de Deus: Sessões de treinamento para ajudar
pais, professores e qualquer um que trabalhe com crianças a reconhecer sinais de abuso
sexual e a identificar agressores.»
Nas chavetas (de cima para baixo): Informação sobre Abuso Sexual; Salvaguardar Toda a
Família de Deus; Serviços de Prevenção e Resposta a Abusos Sexuais
O escândalo sexual da seita Vaticano II também não se limita aos Estados Unidos da
America. O escândalo sexual que inundou a seita Vaticano II espalhou-se, de facto, por todo
o mundo. Em 8 de Julho de 2002, «A Conferência de Bispos Católicos
das Filipinas pediram desculpas por “improbidade sexual grave” da parte de padres
filipinos, e prometeu a criação de um protocolo para lidar com futuros casos de abuso.»17
Na Arquidiocese de Viena em 2004, por exemplo, dez mil pessoas abandonaram a igreja
Novus Ordo num período de poucos meses por causa de dois escândalos sexuais de grande
notoriedade envolvendo o clero, pornografia infantil e alegada molestação.18
Notas finais:
1CBSNews.com, 23 de Julho de 2003.
2https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
3The Christian Century Foundation
4https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
5https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
6https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
7https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
8https://www.spokesman.com/stories/2006/may/25/ny-company-to-sell-chancery/ [25
de Maio de 2006].
9www.kxly.com – 3 de Outubro de 2006.
10https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
11https://www.nytimes.com – 25 de Janeiro de 2005.
12https://www.nbcnews.com - 10 de Outubro de 2006.
13https://web.archive.org/web/20061118182214/https://www.diopitt.org/
14https://web.archive.org/web/20061220052626/https://www.archdiocese-
phl.org/links.htm
15https://web.archive.org/web/20060222094414/https://www.miamiarch.org/ipHome.as
p?op=XHome
16https://web.archive.org/web/20061130061258/https://www.archmil.org/
17https://www.cbsnews.com/htdocs/catholic_crisis/timeline.html
18https://www.scotsman.com/news/world/austrian-catholics-stage-exodus-over-priest-
sex-scandals-1-556319
Foi publicado em 2002 o livro Goodbye, Good Men de Michael Rose. Este livro documenta
a quase indescritível perversão e depravação dos seminários da «Igreja» Vaticano II/Novus
Ordo. Os seminários corruptos produziram os «padres» que, por sua vez, produziram o
notório escândalo sexual. O autor (Rose) é um defensor da seita Vaticano II. Portanto, a sua
denúncia (vinda de alguém que tende a defender o clero Vaticano II) revela o quão horrível
a situação realmente é.
Alguns episódios acerca da vida nos seminários são tão hediondos que só uma conclusão
pode proceder destes: a «Igreja» que apresenta estes lugares como «seminários para
formação de padres católicos» só poderia ser a Prostituta da Babilónia a qual a Escritura
prediz que irá surgir nos últimos dias para enganar os católicos. Alguns excertos de Goodbye,
Good Men são necessários para estabelecer o ponto:
Michael Rose, Goodbye, Good Men, pp. 56-57: «De acordo com ex-seminaristas e padres recém-
ordenados, esta “subcultura gay” é tão notável em certos seminários que estas instituições
ganharam alcunhas tais como Notre Flame (para o Seminário de Notre Dame em New
Orleans) e Armário Teológico (para o Colégio Teológico da Universidade Católica da América
em Washington, D.C.). O Seminário de Santa Maria em Baltimore recebeu a alcunha de
“Palácio Cor-de-Rosa.”»2
Os antipapas e «bispos» da seita Vaticano II não fazem nada para lidar com
estes seminários ou com o massivo problema homossexual, é claro! Mas quando
alguém que está sob a sua autoridade opõe-se à Nova Religião, eles actuam num piscar de
olhos. Por exemplo: quando o líder do Seminário da Fraternidade de São Pedro,
o Pe. Bisig, manifestou que não estava inclinado a aceitar na sua fraternidade
homens que queriam celebrar a Nova Missa, o Vaticano removeu-o
imediatamente e nomeou o Padre Arnaud Devillerspara ocupar a sua posição.
Quão rápido é o Vaticano a actuar quando a Nova Religião enfrenta oposição! Ademais,
lembre-se que, em 1988, um bispo foi excomungado imediatamente após agir em prol da
difusão da Missa Latina Tradicional. No entanto, o Vaticano pós-Concílio Vaticano II não faz
nada para lidar com os seminários pervertidos existentes em todo o mundo. Isto é assim
porque a Contra-Igreja é do Demónio.
Antes do Vaticano II, a política era a seguinte: aqueles que tinham tendências perversas
para o homossexualismo (que é um resultado de possessão demoníaca causada por alguma
forma de idolatria, tal como ensinado em Romanos 1) eram proibidos de se tornarem padres.
«O Padre Andrew Walter, ordenado para a Diocese de Bridgeport, Connecticut, em 2000, passou
vários semestres na escola de Baltimore como um seminarista para a Diocese de Paterson, New
Jersey. O problema [homossexual] era tão grave no período em que lá esteve, ele explicou,
que “alguns estudantes e docentes costumavam vestir-se de couro para ir para “o
bloco,” o equivalente em Baltimore da Rua 42 em Manhattan.”»3
Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 57: «O Padre John Trigilio da diocese de Harrisburg,
Pennsylvania, recorda-se da sua visita a Santa Maria [o seminário] em Baltimore quando era um
seminarista em Pennsylvania. “Não havia discrição alguma,”disse ele ao referir-se à subcultura
lá presente. “Nas poucas vezes que lá estive, alguns dos seminaristas vestiam-se
literalmente como gays do Bairro. Eles chegavam ao ponto de vestir-se de seda cor-de-
rosa; era como se fosse assistir a La Cage aux Folles.”
“No meu tempo em Santa Maria,” disse o Padre John Despard, agora um padre religioso do
Sudeste, “acontecia de, ao fundo do corredor, estarem dois homens juntos no duche e todos
sabiam disso.”
“Ada Mason, uma professora de filosofia de uma universidade Católica de destaque, já foi
membro da direcção de um seminário situado na parte norte do Oeste Central. Enquanto exercia
essa posição, ela ficou chocada ao descobrir lá uma subcultura gay extremamente activa.
“Comportamentos abertamente homossexuais eram mais do que tolerados,” admitiu. “Até me
foi dito por um dos docentes do seminário que todas as sextas-feiras uma camioneta levava
os estudantes de sacerdócio a uma cidade próxima para rondar os bares gays.»4
Por horrível que pareça, isto é de facto somente a ponta do icebergue da perversão e do
desenfreado homossexualismo da seita Vaticano II. O livro Goodbye, Good Men também
documenta que os seminários da seita Novus Ordo aprovam e aceitam uma rejeição dos
ensinamentos mais elementares da fé católica.
O primeiro livro que liam no seminário atacava a historicidade de Nosso Senhor e rejeitava
os ensinamentos da Igreja como mitos. Uma vez mais, isto é apenas uma ínfima amostra do
que acontece e do que é ensinado nos «seminários» da seita Vaticano II. O livro de Rose
também documenta que homens que se opunham à ordenação de mulheres eram
desencorajados de prosseguir uma vocação. Este documenta como a Primazia Papal, a
inerrância da Escritura, etc. eram comummente negadas nestes seminários. Documenta
como uma bruxa frequentou um seminário (pág. 108), e como candidatos para o seminário
eram entrevistados e seleccionados por um maçom:
«“Posso dizer o seguinte,” ele explicou, “mas não é algo absoluto: se um homem, ao longo da sua
carreira de seminário no SMI jamais enfrentasse oposição dos docentes, havia algo de
errado com ele. Se estivesses minimamente perto da ortodoxia, tinhas de lutar com unhas e
dentes pela sua sanidade e pela sua fé… A equipa de formação diria ao meu bispo que “Ele está
com dificuldades em adaptar-se à teologia contemporânea; mantém-se rígido.» Mas em relação
àqueles que eram abertamente homossexuais, os seus bispos não eram informados.”»8
Estas são as palavras de um «padre» Novus Ordo que actualmente aparece na EWTN. Este
«padre» é um promotor de falso ecumenismo, de salvação fora da Igreja, e de muitas outras
heresias pós-Vaticano II. O ponto é que ele não é de modo algum um católico tradicionalista.
Ele está bastante distante da fé católica tradicional, e ainda assim era considerado um
reaccionário no seminário simplesmente porque não era aberto a coisas tais como o
homossexualismo e a ordenação de mulheres. Isto demonstra o quão maligna é a seita
Vaticano II, e o quão longe ela está do catolicismo.
Na edição de 1995 de The Homiletic and Pastoral Review (que foi subsequentemente
publicada na Internet), figurava um artigo escrito por um indivíduo que frequentou um dos
seminários Novus Ordo mais proeminentes do país.9 Ele ficou perplexo com o que viu.
Algumas coisas que ele disse incluem:
«Após passar quatro anos num seminário neo-modernista católico romano, tornei-me
firmemente convicto de que a fonte da actual crise na Igreja nos Estados Unidos pode ser
rastreada directamente até aos seminários. O seminário é literalmente o viveiro da fé… Um
homem iria inevitavelmente arranjar problemas [no seminário], no entanto, se usasse
linguagem do género de “o Santo Sacrifício da Missa.” Ele poria a si próprio em situação de
perigo se, além disso, apresentasse oposição ao conceito de “sacerdotisa” na Igreja Católica
Romana.
«O Rosário era considerado como algo apropriado para aqueles que não tinham
capacidade de alcançar Deus intelectualmente, e estava abaixo da sofisticação teológica…
«Para começar, ao ingressar no seminário, fomos instruídos que não nos podíamos
ajoelhar aquando da consagração durante a Missa, nem nos era permitido ajoelhar-mo-nos
depois de recebermos a comunhão. Isto iria “quebrar a comunidade”…
«Na Missa, o padre era com frequência referido simplesmente como o “presidente.” Ele era
aquele que nos liderava nas orações, “animava” a comunidade. Muitos “presidentes”
improvisavam durante a Missa, acrescentando o seu toque próprio às orações eucarísticas.
Garantir que as leituras fossem inclusivas era da responsabilidade do leitor do dia…
«A nós, seminaristas católicos romanos, não era permitido usar vestuário clerical. Isto era
assim porque o colarinho era um sinal de “clericalismo.” Apesar de se saber que o reitor dissera
ao bispo que não queria “confundir o ministério com o uso do colarinho,” a realidade por detrás
da abolição do colarinho no nosso seminário era que este era causa de grande inquietude para
feministas…
«Foi-nos dito desde o princípio que os seminaristas não deveriam referir-se a nenhum dos
docentes como “Padre” ou “Irmã.” Estas coisas também ofendiam a missão “ecuménica” com a
qual o seminário estava comprometido. Em termos de “confusão de ministérios,” poder-se-ia
questionar a própria prática inculcada no seminário…
«Durante uma conferência de classe, a questão que foi levantada era o desmedido
comportamento efeminado e escandaloso de alguns seminaristas, a reputação negativa
que o seminário ganhara às custas desta imagem recorrente, e os tipos de modelos que o
seminários estavam tacitamente a aprovar ao recomendar estes homens para as Ordens.
O vice-reitor respondeu dizendo que o seminário admitia homens de ambas as
orientações, mas a política era a de que todos tinham de ser celibatários…
«Através de um desmotivante dilema, eu sabia que o que me estava a ser ensinado contradizia
o que a Igreja ensinou, e estava ciente de que o bispo da minha diocese natal me apoiava… Após
quatro anos no seminário lutando pelas coisas certas, fui finalmente punido com uma
expulsão. Apesar de eu ter estado a apontar casos em que a posição do seminário era
directamente contrária ao catolicismo no seu clima espiritual, membros do corpo docente
protegeram a si mesmos e à instituição ao dar a impressão de que era eu quem se opunha à
Igreja, à sua autoridade, à formação do seminário… Por causa das ramificações resultantes da
ira do reitor, e para surpresa minha, o bispo por sua vez também “liberou-me,” pois a questão
estava a tornar-se bastante política para ele.
«Pergunto-me se, em seminários como aquele que frequentei, ainda acontece de homens serem
de certo modo postos diante de imagens de vários deuses e ordenados a fazer uma escolha.»10
Repare que este seminarista de mentalidade conservadora pensava que o seu «bispo»
Novus Ordo o apoiaria. Depois da sua expulsão, ele descobriu que o «bispo» ficou do lado
dos apóstatas no seminário e contra ele.
Notas finais:
1 The Papal Encyclicals, by Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 3 (1903-
1939), pág. 509.
2 Michael Rose, Goodbye, Good Men, Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2002, p.
56.
3 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 56.
4 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 56.
5 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 97.
6 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 44.
7 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 171.
8 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 172.
9 O autor refere-se aos Estados Unidos da América.
10 https://web-beta.archive.org/web/20071010134737/http://mafg.home.isp-
direct.com/priest01.htm.
Capítulo 24 - A idolatria da seita Vaticano II, e a formação de «padres» para a sua idolatria
nos seminários Vaticano II, estão conectadas com a sua desenfreada homossexualidade
Romanos 1 — «…porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram
graças, mas desvaneceram-se nos seus pensamentos, e obscureceu-se o seu coração
insensato… eles que trocaram a verdade de Deus pela mentira e que adoraram e serviram
a criatura de preferência ao Criador, que é bendito por todos os séculos. Amen. Por isso Deus
entregou-os a paixões de ignomínia. Efectivamente, as suas próprias mulheres mudaram
o uso natural em uso contra a natureza, e, do mesmo modo, também os homens, deixando
o uso natural da mulher, arderam nos seus desejos mutuamente, cometendo homens com
homens a torpeza e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu
desregramento… os que fazem tais coisas são dignos de morte, não somente as fazem mas
também aprovam aqueles que as fazem.»
João Paulo II, Novo Catecismo, #2357: «A homossexualidade… [a] sua génese psíquica continua
em grande parte por explicar.»1
Isaías 3:9-10 — «A mesma vista do seu semblante dá testemunho contra eles: e os tais
fizeram, como os de Sodoma, pública ostentação do seu pecado, e não no encobriram: ai da
alma deles, porque se lhes tem dado males em recompensa.»
Repare que o profeta Isaías, ao referir-se aos homossexuais, diz que as suas almas «tem
dado males em recompensa» a si mesmos. Isto é notavelmente similar a Romanos 1 citado a
cima, onde São Paulo diz que os homossexuais receberam «em si mesmos a paga [recompensa]
que era devida ao seu desregramento».
Poder-se-ia argumentar que a cultura asteca no México dos séculos XV e XVI, a qual os
conquistadores católicos derrubaram fisicamente — e a qual a aparição de Nossa Senhora de
Guadalupe (1531) aniquilou espiritualmente —foi a cultura mais perversa da história da
humanidade.
Warren H. Carroll, Our Lady of Guadalupe and the Conquest of Darkness, pp. 8-11:«Muitos povos
primitivos praticaram ocasionalmente sacrifício humano e alguns praticaram
canibalismo. Nenhum jamais o fez em proporções tais que beirassem minimamente a dos
astecas. Ninguém jamais saberá quantos é que eles sacrificaram; mas a lei do império exigia
milhares de sacrifícios ao deus tribal asteca Huitzilopochtli em cada localidade que dispusesse
dum templo, todos os anos; e lá havia 371 localidades subordinadas no império asteca…
«Cada cidade ou vasta localidade asteca possuía uma praça central, da qual levantava-se
um grande templo piramidal e quatro portões que abriam-se sobre quatro estradas
direccionadas para a cidade em linha recta e que se prolongavam pelo menos por oito
quilómetros, que encerravam-se num dos lados do templo piramidal… Mês após mês, ano após
ano, templo após templo, as vítimas sacrificiais percorriam as estradas até aos degraus,
subiam os degraus até à plataforma situada no cimo, e lá, sobre lajes convexas de pedra
polida, eram dobrados para trás por um gancho a volta do pescoço brandido por um
sacerdote com cabeça e braços manchados de preto, cabeleira negra sem corte, toda encrostada
e coberta de sangue seco, e com vestes, anteriormente brancas, encharcadas e manchadas por
inúmeras gotas de cor púrpura. Uma imensa faca com uma lâmina de vidro vulcânico de cor
preta intensa subia e caia, cortando e abrindo assim a vítima. O seu coração era arrancado
enquanto ainda batia, e era erguido para que todos vissem, enquanto que o seu corpo
dizimado era atirado para as laterais da plataforma do templo onde balançava e
deslizava em contorções obscenas pelos degraus a baixo até ao fundo, uns trinta metros
abaixo. Posteriormente, os membros do corpo eram comidos…
«O historiador primitivo Ixtlilxochitl estimou que uma em cada cinco crianças no México era
sacrificada… Um símbolo quase universal na religião mexicana era a serpente. Os
sacrifícios eram anunciados pelo prolongado bater de um imenso tambor feito de pele de cobras
grandes, que se podia ouvir a uma distância de mais de um quilómetro. Em mais lado algum
da história humana Satanás formalizou e institucionalizou o seu culto com tantos dos
seus títulos e símbolos.»2
Eis uma descrição de uma dedicação asteca, datada de 1487, de um novo templo em
pirâmide ao seu falso deus, Huitzilopochtli:
«Tlacaelel decidiu que este templo central deveria ser dedicado com o maior sacrifício
em massa dos seus cinquenta e oito anos de domínio no império asteca. Como sempre, ele
conseguiu. Na memorável descrição de R.C. Padden: “Bem antes do amanhecer do dia de
inauguração, os legionários prepararam vítimas, que eram postas em fila única cerrada
ao longo dos degraus da grande pirâmide, através da cidade, sobre os viadutos, e tão longe
quanto os olhos conseguiam ver. Para a pessoa comum a ver este espectáculo do telhado,
parecia que as vítimas esticavam-se em linhas até aos confins da Terra. A maioria dos
desafortunados eram de províncias hostis e provenientes das vastas camadas de escravos. No
cume da pirâmide, quatro lajes tinham sido preparadas, uma no cimo de cada escadaria,
para Tlacaelel e os três reis da Tríplice Aliança, todos os quais iriam dar início ao ofício como
sacerdotes sacrificadores. Estavam todos prontos; as linhas de vítimas esticavam-se por
quilómetros, com grandes reservas nas suas pontas, milhares de humanos aprisionados
deslocando-se como gado, esperando pela sua vez na linha que estava para se mover. De
repente, os reis brilhantemente dispostos aproximaram-se da capela de Huitzilopochtli [o falso
deus] e fizeram reverente homenagem. A medida que se viravam para juntarem-se aos seus
auxiliares nas quatro lajes, grandes tambores de pele de cobra começaram a vibrar,
anunciando que as linhas iriam começar a se mover.
«Relés de sacerdotes despacharam as vítimas. A medida que cada grupo se cansava [de
matar], outros dos milhares que iriam viver debaixo do novo templo chegavam-se a
frente para aliviá-los e manter o passo. Anos de prática deram-lhes uma habilidade e
velocidade quase inacreditável. Evidências fiáveis indicam que só demorava quinze segundos
para se matar cada vítima. Sangue e corpos encadeavam-se num fluxo sem fim pelos
degraus a baixo do templo. Corações eram reunidos em pilhas, e crânios em estantes
intermináveis.
«Isto perdurou quatro dias e quatro noites. Mais de oitenta mil homens foram mortos. Tlacaelel
ordenara toda a alta nobreza do México a estar presente para assistir em caixas perfumadas e
cobertas de rosas; mas eventualmente os vínculos de costumes e até de medo colapsaram por
um horror esmagador, e a maioria dos espectadores fugiram, assim como muitas pessoas da
cidade. Mesmo aqueles que podiam escolher não ver o que se sucedia não mais conseguiam
suportar o odor. No entanto, Tlacaelel [o líder do império], com 89 anos de idade,
permaneceu até ao fim, assistindo as vítimas a serem chacinadas ao passo de quinze
segundos por homem, até ao último dos oitenta mil ter-lhe sido arrancado o coração
diante dos seus olhos devoradores.»3
Talvez este bocado de história, mais do que qualquer outro, ilustra a verdade do
ensinamento da Escritura de que os deuses dos gentis na verdade são demónios.
1 Coríntios 10:20 — «… antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos
demónios e não a Deus. Ora não quero que tenhais sociedade com os demónios.»
Também demonstra a conexão entre idolatria e homossexualidade, pois os conquistadores
católicos, «Após repelirem o ataque [dos astecas], viram os seus primeiros pequenos
templos. “Havia ídolos de barro feitos de cerâmica,” conta-nos Bernal Diaz, “com
caras de demónios ou mulheres e outras imagens demoníacas que figuravam
índios a cometer actos de sodomia uns com os outros.”»4
Era um problema tão grave que Cortés disse aos astecas: «Quero que saibais que eu vim de
longe… Abandonai a vossa sodomia e todas as vossas outras práticas malignas, pois
assim ordena Nosso Senhor Deus, n’O qual cremos, e O qual adoramos…»5
São Francisco Xavier (século XVI) testemunhou a mesma coisa quando pregava a fé no
Japão pagão. «Fucarandono então prosseguiu com o assunto geral e, posteriormente,
perguntou a Francisco Xavier por que ele proibia os desejos não naturais tão comuns
no Japão.»6 Estes desejos não naturais eram assim tão comuns porque eles adoravam uns
33.000 ídolos no templo de Quioto.7 Tal como é ensinado em Romanos 1, desejos não
naturais estão conectados com idolatria.
É por isso que desejos não naturais são tão comuns entre o clero da seita Vaticano II: eles
estão afundados até ao pescoço em idolatria.
Notas finais:
1 vatican.va
2 Warren H. Carroll, Our Lady of Gaudalupe and the Conquest of Darkness, Front Royal,
VA: Christendom Press, 1983, pp. 8-11.
3 Warren H. Carroll, Our Lady of Gaudalupe and the Conquest of Darkness, pp. 8-11.
4 Warren H. Carroll, Our Lady of Gaudalupe and the Conquest of Darkness, pág. 17.
5 Warren H. Carroll, Our Lady of Gaudalupe and the Conquest of Darkness, pág. 33.
6 The Life and Letters of St. Francis Xavier, por Henry James Coleridge, S.J. (Publicado
originalmente: Londres; Burns and Oates, 1874) Segunda reimpressão, Nova Deli: Asian
Educational Services, 2004, Vol. 2, pág. 320.
7 The Life and Letters of St. Francis Xavier, por Henry James Coleridge, S.J., Vol 2, pág.
350.
Capítulo 25 - A seita Vaticano II promove idolatria pelo seu geral culto ao homem, pelo seu
particular culto ao homem na Nova Missa, e pela sua aceitação de religiões idólatras
«Aqueles que assumissem a enfadonha tarefa de ler atenciosamente mesmo que só uma
parcela da propaganda que acompanhou a Nova Missa nos países ocidentais iriam
certamente concordar que a assembleia é quase que invariavelmente vista como o
propósito da Missa, não o sacrifício para o qual, pelo menos em teoria, a assembleia se reúne…
[O] professor Salleron reparou logo [em 1970] que a Nova Missa representava a expressão
litúrgica do Culto do Homem…»1
Lex Orandi, lex credendi — A Lei de Oração Novus Ordo corresponde à Lei de
Crença Novus Ordo: de que o Homem é Deus
Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 149: «Talvez o símbolo mais dramático do cariz
centrado no homem da nova liturgia é o virar do altar, ou melhor, a substituição desse
por uma mesa… [O] Homem virou as costas a Deus para ficar de frente para os seus
companheiros homens. Nem todos os especialistas litúrgicos declarariam formalmente que
estão a substituir o Culto de Deus pelo Culto do Homem. Isto é um processo subconsciente
para alguns. Mas faz tudo parte de uma tendência que, quando não declarada formalmente, é
ainda assim clara.»2
O virar do altar, e a sua substituição por uma mesa que fica de frente para o homem, substitui
o culto do Deus pelo culto do homem.
Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 141: «T.S. Gregory, nos seus últimos anos… estava
deveras perturbado pelas reformas litúrgicas pós-conciliares… ele alertou: “… Mas apesar de
não podermos alterar mais a Missa católica do que a natureza de Deus… Podemos até pensar
que o cerne da questão não é o sacrifício do Filho de Deus, mas os fiéis reunidos.” Isto foi
um aviso profético no que respeita a natureza da Nova Missa tal como definida pelos seus
compiladores no notório Artigo 7, isto é, que a essência da Missa consiste no reunir dos
fiéis. Aqueles que assumissem a enfadonha tarefa de ler atenciosamente mesmo que só
uma parcela da propaganda que acompanhou a Nova Missa nos países ocidentais iriam
certamente concordar que a assembleia é quase que invariavelmente vista como o
propósito da Missa, não o sacrifício para o qual, pelo menos em teoria, a assembleia se
reúne… [O] professor Salleron reparou logo [em 1970] que a Nova Missa representava a
expressão litúrgica do Culto do Homem…»3
Atente-se à este importante ponto: o propósito da Nova Missa reside na assembleia,
segundo a seita Vaticano II, porque o seu credo é que a assembleia — o homem — é agora
Cristo.
Antipapa João Paulo II, a primeira de todas as homilias, marcou para sempre o início do seu
ministério pastoral, Domingo, 22 de Outubro de 1978: «… vós, todos os que ainda andais a buscar
a Deus; e vós também, os atormentados pela dúvida: procurai acolher uma vez mais — hoje e
neste local sagrado — as palavras pronunciadas por Simão Pedro [Mt. 16:16]. Naquelas mesmas
palavras está a fé da Igreja; em tais palavras, ainda, encontra-se a verdade nova, ou melhor, a
última e definitiva verdade — sobre o homem: o filho de Deus vivo. — Tu és o Cristo, Filho
de Deus vivo! »4
Esta substituição de Deus pelo homem na (Nova) Missa é inculcada também no documento
oficial do Vaticano II sobre a liturgia (Sacrosanctum Concilium).
Vaticano II, Constituição sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, # 14: «Na reforma e
incremento da sagrada Liturgia, deve dar-se a maior atenção a esta plena e activa
participação de todo o povo [na liturgia] porque ela é a primeira e necessária fonte onde os
fiéis hão-de beber o espírito genuinamente cristão.»5
Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pp. 142-143: «O que importa na Missa Tridentina é a
reverência devida a Deus; que o sacrifício deve ser celebrado de um modo apropriado à
majestade de Deus, a Quem este é oferecido. O Artigo 14 da Constituição sobre a Sagrada
Liturgia não é ambíguo: a atenção deve ser focada na congregação ao invés de Deus.»6
Portanto, o Vaticano II ensina oficialmente que a atenção na Missa deve estar no homem
ao invés de Deus.
É por isso que ouvimos falar de todo o tipo de abominações na Nova Missa, inclusive Missas
de Palhaço, Missas Infantis, Missas Polka, etc., etc., etc., etc., as quais vão todas no sentido de
conformar o culto à assembleia — conformar ao homem, o qual é o real objecto do seu culto.
Body Surfing na Nova Missa
Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 170: «… a característica mais evidente da nova
liturgia é que esta trata-se do Culto do Homem ao invés do Culto de Deus. A última coisa
que esta pretende transmitir é a ideia de que, embora estejamos no mundo, não somos do
mundo; a última mensagem que esta quer passar é a ideia de que devemos retirar-nos das
nossas vidas ordinárias. A ideia motriz da literatura contemporânea a respeito da [nova]
liturgia é a de que é necessário fazer com que a congregação se sinta em casa durante a
Missa, e isto é concretizado mais eficazmente garantindo que a liturgia reflicta o seu próprio
ambiente… Isto é particularmente verdadeiro no caso das crianças… o Directório para a Missa
com Crianças…»7
Esta adoração ao homem na Nova Missa foi marcantemente captada numa divulgação
de The Boston Globe de 3 de Abril de 1978.
Uma Missa de Palhaço realizada em Boston no dia 2 de Abril de 1978
Segue-se a oração Eucarística de uma «Missa» Novus Ordo de Palhaço, que foi celebrada
pelo Pe. Joachim Lally:
«Enviai o Vosso Espírito sobre estas oferendas de pão e vinho e sobre cada um de nós para que
juntos possamos ser o vivente, respirante e movente Corpo e Sangue de Jesus Cristo Vosso
Filho e nosso Irmão.»8
Nesta oração eucarística da Missa de Palhaço Novus Ordo, vemos o ensinamento descarado
de que o homem é Cristo. A oração afirmou que «nós possamos ser o vivente, respirante e
movente Corpo e Sangue de Jesus Cristo…»! Isto é a doutrina do Anticristo, o dissolver de
Jesus em todos (1 João 4:2-3). Esta religião do homem como Cristo é inculcada também por
uma directiva sobre o modo em que a «Comunhão» Novus Ordo não deve ser distribuída.
Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 340: «Muitos leitores ficarão chocados ao aprender
que a hierarquia americana está actualmente a preparar o caminho para a aceitação católica do
conceito de que o sacrifício na Missa consiste em Cristo a ser oferecido em virtude da Sua
presença na congregação que oferece a si própria. Num boletim oficial do Comité dos
Bispos sobre a Liturgia, foi estabelecida uma directiva de que quando se distribui a Santa
Comunhão, o padre não deve dizer: “Receba o Corpo de Cristo” ou “Este é o Corpo
de Cristo.” A razão dada é que a própria congregação é o Corpo de Cristo.
«[A declaração dos bispos]: “A utilização da frase O Corpo de Cristo. Amen, no rito de Comunhão
assevera de um modo bastante incisivo a presença e papel da comunidade… A mudança para
a utilização da frase O Corpo de Cristo ao invés da fórmula longa que era anteriormente
pronunciada pelo padre acarreta uma série de repercussões na renovação litúrgica. Em
primeiro lugar, procura evidenciar o importante conceito da comunidade como corpo de
Cristo…”»9
Repare: a declaração oficial dos bispos Novus Ordo diz que o padre não deve dizer «Receba
o Corpo de Cristo» ou «Este é o Corpo de Cristo» quando está a distribuir a Comunhão, mas
deve dizer «o Corpo de Cristo» para enfatizar que o «Corpo de Cristo» está presente na
comunidade! Isto é o culto do homem!
Esta idolatria é reflectida nos seminários Novus Ordo. Em muitos desses seminários, a
devoção ao que eles pensam ser o Santo Sacramento [lembre-se que a Presença Real
de Cristo não está presente na Nova Missa, tal como abordámos] chega a ser
desencorajada porque falha em reconhecer a presença de Cristo em todos!
Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 121, uma exposição dos seminários Novus Ordo:«O
seminarista [Novus Ordo] que se ajoelha e recebe Comunhão na língua é culpado de três
coisas: respeito, reverência, e piedade, que são indicadores de que o seminarista tem
um entendimento “desactualizado” da Presença Real de Cristo na Eucaristia.»10
Alguns dos que até se ajoelham por causa do que consideram ser o Santo Sacramento são
repreendidos pelo seu entendimento «desactualizado» da Presença Real de Cristo, isto é,
«falhar» em «entender» que Cristo está presente em todos! Isto é a doutrina do Anticristo,
totalmente absorvida pela seita Vaticano II. E temos conhecimento disso por experiência
própria. Há muitos anos atrás, um de nós visitou um seminário Novus Ordo na zona de
Filadélfia. A Nova «Missa» era ridiculamente irreverente e figurava seminaristas a fazerem
rasgados nas suas guitarras naquilo que estava mais para concerto de música popular do que
para Missa. Quando um de nós fez queixa a uma autoridade do seminário de que os hinos na
«Missa» não eram reverentes a Cristo que está presente no Santo Sacramento (coisa que um
de nós pensava erroneamente na altura, sem saber da invalidez da Nova Missa), a autoridade
do seminário respondeu, «Mas e Cristo que está presente em cada pessoa?».
Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 121: «A Irmã Katarina Schuth do Seminário de São Paulo
em Minnesota explica que “os estudantes podem acusar a faculdade de não apoiar as suas
devoções ou o seu afecto ao Santo Sacramento, acusação a qual a faculdade responde que
estão simplesmente a pedir aos estudantes para ver Cristo nos outros…»11
Repare como o Demónio insinua subtilmente o culto ao homem sob o falso pretexto de
preocupação com os outros. Esconder malícia debaixo do manto de uma falsa caridade ou de
um «amor» postiço sempre foi um dos mais eficazes meios do Demónio de espalhar heresia
e mentiras.
Estas pessoas falham em perceber que o Papa Pio XII condenou explicitamente confundir
o Corpo Místico de Cristo (os membros da Igreja) com o Corpo e Pessoa de Jesus Cristo.
Papa Pio XII, Mystici Corporis Christi (# 86), 29 de Junho de 1943: «Pois há alguns que
negligenciam o facto de o Apóstolo Paulo ter utilizado linguagem metafórica ao falar desta
doutrina [do Corpo Místico], e, ao falharem em distinguir como deveriam o significado preciso
e apropriado dos termos corpo físico, corpo social, e corpo Místico, chegam a uma ideia
distorcida de unidade. Fazem com que o Divino Redentor e os membros da Igreja
coalesçam num único corpo físico, e, enquanto outorgam atributos divinos ao homem,
fazem de Cristo nosso Senhor sujeito ao erro e à inclinação humana para a maldade. Mas
a fé católica e os escritos dos santos Padres rejeitam tais falsos ensinamentos como
ímpios e sacrílegos; e, para a mente do Apóstolo dos Gentis é igualmente repugnante,
pois, apesar de ajuntar Cristo e o Seu Corpo Místico numa união maravilhosamente
íntima, ele ainda assim distingue um do outro, como Esposa e Esposo.»12
Concluiremos esta secção com o estonteante relato que se segue a respeito do que ocorreu
no Seminário Menor Novus Ordo de São Marcos. Este relato leva a doutrina do homem como
Cristo à sua plena conclusão. Este demonstra-nos como essa doutrina da assembleia como
Cristo reina na Nova Igreja. Este ilustra como a seita Vaticano II, a Nova Missa e os
seminários Novus Ordo são indescritivelmente demoníacos.
Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 166: «Um dos momentos mais memoráveis para
Trigilio sucedeu-se durante uma rara benção do ofício de oração do Santo Sacramento na
capela [da igreja de São Marcos]. “O padre pegou o ostensório,” relembrou Trigilio, “e
segurou-o ao nível do peito, deslocou-se para o tabernáculo, e substitui o Santo
Sacramento. Ele a seguir pegou um pote de barro que parecia uma urna grega, e,
segurando-o num nível muito mais alto do que a altura em que tinha segurado o
ostensório, transportou-o até ao altar, e pô-lo no local onde o Santo Sacramento estava
anteriormente; a seguir, ele incensou o pote e ajoelhou-se perante este dizendo, “Abba,
vós sois o pote, nós somos o barro.” Não havia nada no pote, mas o padre incensou-o, e rezou
para este…” Esta, disse Trigilio, era a atitude de muitos do grupo de formação em São Marcos:
em suma, idólatra.»13
O culto ao homem (a assembleia) como Cristo na Nova Missa consumiu de tal modo este
«padre» Novus Ordo apóstata que ele cultuou um pote de barro, assim como ele cultua a
assembleia de pessoas na Nova Missa. E é precisamente nisto que consiste a religião Novus
Ordo/ Vaticano II de João Paulo II. É por isso que a apostasia inter-religiosa de Assis foi
completamente adoptada pelo clero Vaticano II, por meio do qual todos os líderes religiosos,
inclusive negadores de Cristo, são aceites. Eles são convidados e aceites porque (segundo a
falsa religião Vaticano II) a sua dignidade como homens é mais importante do que o facto de
rejeitarem Cristo.
Portanto, existe idolatria em três vertentes na religião Vaticano II: 1) o culto a um pedaço
de pão invalidamente consagrado na Nova Missa, visto que a forma de consagração na Nova
Missa não é suficiente para a validez (como demonstrámos); 2) o culto ao homem ao
conformar o ofício à assembleia, ao invés de conformá-lo a Deus, mediante o virar do altar e
muitas outras coisas; 3) a elevação da dignidade do homem acima da estabelecida pelo
ensinamento de Cristo mediante aceitação das falsas religiões dos homens, apesar do facto
de estas contradizerem o ensinamento de Cristo.
Este culto ao homem é a principal razão pela qual o «sacerdócio» Novus Ordo é uma fossa
de abominações, homossexualidade e de indescritível perversão. Como vimos, um estudo dos
missionários revela que onde quer que idolatria seja comum (tal como em territórios de
missão que estão totalmente sob o julgo de Satanás), a homossexualidade é comum. A
idolatra da Nova Missa é um factor predominante na massiva perversão dos «padres» Novus
Ordo.
Como é óbvio, estes factos deveriam mostrar-nos uma vez mais o porquê de a Missa Novus
Ordo não poder ser frequentada sob pena de pecado grave.
Papa São Pio X, E Supremi Apostolatus, 4 de Outubro de 1903: «… Enquanto que, por outro lado,
isto segundo o mesmo apóstolo é a distinta marca do Anticristo, o homem colocou-se com
infinita temeridade no lugar de Deus…»14
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02/08/2017
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Categorias: A Infiltração dos Inimigos da Igreja / Heresias / Livros / Os Frutos Podres da Seita do Vaticano II / Seita
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Notas finais:
1 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, Kansas City, MO: Angelus Press, pág. 141.
2 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 149.
3 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 141.
4 http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/1978/documents/hf_jp-
ii_hom_19781022_inizio-pontificato.html. L’Osservatore Romano, 2 de Nov. de 1978, pág.
1.
5 http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_const_19631204_sacrosanctum-concilium_po.html.
6 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pp. 142-143.
7 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 170.
8 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 197-198.
9 Michael Davies, Pope Paul’s New Mass, pág. 340.
10 Michael Rose, Goodbye, Good Men, Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2002, p.
121.
11 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 121.
12 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 4 (1939-
1958), pág. 54.
13 Michael Rose, Goodbye, Good Men, pág. 166.
14 The Papal Encyclicals, Vol. 3 (1903-1939), pág. 6.
Capítulo 26 - O Estado deplorável de Paróquias e Escolas «Católicas»
«No começo eu acreditei que seria fácil impedir o material imundo de ser ensinado nas escolas.
Eu estava confiante de que, se qualquer pessoa decente simplesmente olhasse para o material,
iria rejeitar e pararia imediatamente. Eu era ingénua em pensar que o arcebispo ou os seus
“chefes de departamento” se preocupavam de algum modo com as almas.»1
Desde a revolução do Vaticano II, o sistema escolar uma vez católico foi destruído. Até
mesmo muitos apoiantes da «Igreja» do Vaticano II/Novus Ordo, que se tornaram vigorosos
defensores dos antipapas que expusemos nas secções precedentes, foram forçados a
abandonar em massa o sistema escolar «católico» Novus Ordo. A heresia e a imoralidade do
sistema escolar «católico» permite que se diga que este não é mais católico, excepto apenas
em nome. O principal de entre seus muitos problemas é a educação sexual.
O Papa Pio XI condenou a educação sexual. Ao fazê-lo, ele ressaltou que não é ignorância
de tais coisas que levam a pecados a esse respeito, mas sim a exposição a tais sedimentos.
Papa Pio XI, Divini illius magistri, 31 de dezembro de 1931: «Mormente perigoso é, portanto,
aquele naturalismo que, em nossos tempos, invade o campo da educação em matéria
delicadíssima como é a honestidade dos costumes. Assaz difuso é o erro dos que, com
pretensões perigosas e más palavras, promovem a pretendida educação sexual, julgando
erradamente poderem precaver os jovens contra os perigos da sensualidade, com meios
puramente naturais, tais como uma temerária iniciação e instrução preventiva, indistintamente
para todos, e até publicamente, e pior ainda, expondo-os por algum tempo às ocasiões para
os acostumar, como dizem, e quase fortalecer-lhes o espírito contra aqueles perigos.
«Estes erram gravemente, não querendo reconhecer a natural fragilidade humana e a lei de que
fala o Apóstolo: contrária à lei do espírito, (Rom. 7:23); e desprezando até a própria experiência
dos factos, da qual consta que, nomeadamente nos jovens, as culpas contra os bons costumes
são efeito, não tanto da ignorância intelectual, quanto e principalmente da fraqueza da
vontade, exposta às ocasiões e não sustentada pelos meios da Graça.»2
«Os últimos dois meses foram um pesadelo. No começo eu acreditei que seria fácil impedir o
material imundo de ser ensinado nas escolas. Eu estava confiante de que, se qualquer
pessoa decente simplesmente olhasse para o material, iria rejeitar e pararia
imediatamente. Eu era ingénua em pensar que o arcebispo ou ps seus “chefes de
departamento” se preocupavam de algum modo com as almas. Em vez disso, o que
encontrei foi uma chancelaria cheia de pessoas com consciências amortecidas e juízos
deformados ----- “sepulcros brancos com ossos dos mortos.” Todos os pais nesta diocese
devem estar alarmados de que tais pessoas tenham sido encarregadas de cuidar e ensinar
crianças inocentes e frágeis. É escandaloso!»3
Para ilustrar a perversão desta «educação sexual», é necessário expor alguns detalhes. Se
os detalhes nunca são dados, a maioria nunca percebe o quão ruim a situação realmente é.
Na diocese de San Antonio, por exemplo, o livro Growing in Love é usado para a educação
sexual dos graus K-8. Este livro também é usado em dioceses em todo o país. Uma mãe
queixosa notou sobre este livro:
«Growing in Love, é tão desagradável e depravado em sua descrição explícita de actos sexuais
pervertidos, incluindo técnicas de sexo oral para homens e mulheres heterossexuais e
homossexuais, e, portanto, em seu rosto com “agitação gay e lésbica,” que isso pode provocar
uma indignação pública suficiente para forçar a hierarquia americana e o Vaticano a trazer esses
cinquenta anos de anti-vida, anti-criança, anti-família e anti-Deus a um fim misericordioso.»5
Este livro é usado para educar crianças em escolas «católicas»! Tratámos grande detalhe
do quão maligna e herética é a seita Vaticano II, mas ainda é de certo modo um pouco difícil
de acreditar que isso esteja a ser ensinado. Estamos a falar de uma total tomada demoníaca
aqui: a própria educação dada em escolas «católicas» incentiva as crianças mais jovens a
cometer pecados mortais (como a masturbação) que os enviará para o Inferno para sempre!
Mateus 18:6 — «Porém, o que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor
lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço a mó de um moinho, e que o lançassem ao fundo do
mar.»
À luz da situação acima, não é surpreendente que o dogma e a moral católica básica sejam
rejeitados ou quase universalmente ignorados por «católicos» que vieram dessas escolas. A
imoralidade, a imodéstia e o indiferentismo são desenfreados e, de muitas maneiras, os
«católicos» Novus Ordo são tão ruins ou piores do que os pagãos. Por exemplo, quase todas
as escolas secundárias «católicas» fazem bailes e festas que apresentam música
rap, rock e heavy metal — além de roupas e danças lascivas. Não há aversão à cultura
moderna e às celebrações mundanas, que as Escrituras e a fé católica tradicional ensinam
que estão em desacordo com os caminhos de Deus. Em vez disso, há uma união da
cultura pagã e do sistema escolar Novus Ordo. Como isso é o oposto do que uma
verdadeira educação católica transmite, demonstra novamente que o sistema escolar Novus
Ordo é desprovido da verdadeira fé católica.
Papa Leão XIII, Exeunte iam anno (#10), 25 de dezembro de 1888: «Agora, toda a essência de uma
vida cristã é rejeitar a corrupção do mundo e se opor constantemente a qualquer indulgência a
ele…»7
As pessoas passam por quatro anos de ensino médio «católico» sem ter aprendido o
conceito de pecado mortal.8 Como a mãe mencionada acima observou: «É uma verdadeira
tragédia que, nas escolas católicas de hoje, crianças de hoje consigam recitar a ladainha das
partes sexuais do corpo, mas não consigam recitar os Dez Mandamentos de Deus.»9 Um
estudo escrito por um professor de sociologia em Notre Dame concluiu que os adolescentes
«católicos» americanos são «amplamente indiferentes a questões de fé e prática».10 Essa
análise reveladora também é provavelmente um eufemismo se considerarmos que ela vem
de um professor que ensina numa das universidades da seita pós-Vaticano II.
Isso é tão maligno e tão triste; eles estão a transformar essas pequenas crianças em
apóstatas.
O sistema escolar «católico» pós-Vaticano II é uma completa piada, e talvez a única razão
pela qual ele ainda tenha uma aparência de respeito ou reconhecimento como «católico» por
parte do mundo moderno é por causa de seus programas atléticos. As «Ligas Católicas» agora
são identificadas com atletismo competitivo do ensino médio, que possui alguns dos
melhores programas desportistas do país, especialmente no futebol e no basquete. As «Ligas
Católicas» certamente não são notáveis por sua formação de pessoas na fé católica, que é
inexistente.
Uma vez que a fé católica não é mais considerada necessária para a salvação, os sacerdotes
Novus Ordo já não dizem às famílias que são obrigadas a enviar seus filhos para escolas
«católicas». «O número de escolares católicos na Arquidiocese de Boston foi de 152.869 em
1965 para 50.742 hoje, e a arquidiocese fechou várias escolas durante cada um dos últimos
anos.»12
As estatísticas de declínio para os EUA como um todo são ainda mais marcantes.
«— Colégios católicos. Quase metade de todos os colégios católicos de ensino médio nos
Estados Unidos encerraram desde de 1965. A população de estudantes caiu de 700 mil para
386 mil. As escolas paroquiais sofreram um declínio ainda maior. Cerca de 4 mil
desapareceram, e o número de alunos frequentadores caiu de 4,5 milhões para menos de
2 milhões. Apesar de o número de católicos nos Estados Unidos ter subido em 20
milhões desde 1965, as estatísticas de Jones demonstram que o poder da crença católica e a
devoção à Fé nem sequer beiram o que anteriormente eram.13
Notas finais:
1 Citado numa discussão sobre o
tópico: https://web.archive.org/web/20060504124924/http://www.dotm.org/sexed-
notes.htm.
2 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
no. 2214.
3 https://web.archive.org/web/20060504124924/http://www.dotm.org/sexed-notes.htm.
4 https://web.archive.org/web/20060504125024/http://www.dotm.org/gil-flores.htm.
5https://web.archive.org/web/20060519002726/http://www.diocesereport.com/diocese_
report/pr/homo_kinder_pr.shtml.
6 https://web.archive.org/web/20060428072022/http://www.dotm.org/gil-new.htm.
7 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 2 (1878-
1903), pág. 199.
8 Testemunho pessoal dado ao MSF.
9 https://web.archive.org/web/20060504125024/http://www.dotm.org/gil-flores.htm.
10 Christian Smith, Soul Searching: The Religious and Spiritual Lives of American
Teenagers(Oxford, 2005);
11https://web.archive.org/web/20071208203235/http://holyroodschool.catholicweb.com
/index.cfm.
12 Michael Paulson, “Church Turns to Critic to Aid Catholic Schools,” The Boston Globe, 23
de Out. de 2005,
13https://web.archive.org/web/20051028063819/http://www.townhall.com/opinion/colu
mns/patbuchanan/2002/12/11/165161.html.
14https://web.archive.org/web/20051028063819/http://www.townhall.com/opinion/colu
mns/patbuchanan/2002/12/11/165161.html.
A Universidade «católica» Seton Hall é um lar para pessoas de todas as religiões. O seu
sítio de Internet oficial declara: «Quer esteja a procura de uma sinagoga nas
proximidades, um grupo muçulmano para se juntar para orações de sexta-
feira ou um de estudo bíblico inter-religioso, o Ministério do Campus [em Seton Hall] irá
conectá-lo com os alunos que compartilham as suas crenças».12 Isto é total apostasia, claro
― é encorajar as pessoas a praticar o judaísmo, o islamismo, etc.
Seton Hall também deu o «Prémio Sandra Day O'Connor» à juíza pró-aborto Maryanne
Trump Barry. Sandra Day O'Connor, que é ela própria pró-aborto e teve o voto decisivo no
derrube das leis anti-aborto em quase 30 estados, apresentou o prémio com o seu nome para
o juiz do projecto que derrubou a proibição do aborto parcial em Nova Jersey.13 Há apenas
duas palavras para isso: insanidade e apostasia.
«O Escritório do Ministério do Campus Spiritan compilou esta lista para que todos os alunos
usem, para que eles possam praticar a sua fé enquanto estiverem na escola. Se nenhuma
listagem for fornecida para um determinado horário, um número de telefone está listado para
ligar e perguntar. Os locais marcados com uma estrela estão a curta distância. Duquesne é um
campus urbano com muitas igrejas e outros locais de culto nas proximidades. Teremos o maior
prazer em ajudá-lo a encontrar um que se adapte às suas necessidades.»15
Portanto, o «padre» que ensina na Universidade «católica» de Georgetown admite que não
quer converter pessoas à fé católica, mas sim «convertê-las» para uma compreensão mais
profunda de suas próprias crenças, seja lá qual for. E o propósito do seu curso «Problema de
Deus» é promover uma aceitação de todas as religiões. Isto é total apostasia.
«Além dos amplos serviços de adoração oferecidos por tradições religiosas específicas, o
Ministério do Campus oferece oportunidades para a oração e diálogo inter-
religiosos durante o ano letivo. Os eventos incluem diálogos inter-religiosos, meditação inter-
religiosa, Hallelujah Shabbat, Seder Inter-religioso e uma exposição de arte inter-
religiosa.»20
Isso significa que Georgetown promove a prática do judaísmo directamente em seu sítio de
internet.
«Se, como os cristãos certamente postulam, o nascimento da Igreja fazia parte do plano
divino, então os cristãos devem contemplar a possibilidade de que o “não” do judeu para
o Evangelho e o desenvolvimento da herança rabínica pós-Templo também fossem partes
do plano divino.»22
«Não» ao Evangelho poder ser parte do plano divino, segundo o Colégio «católico» de
Boston.
04/03/2018
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Notas finais:
1https://web.archive.org/web/20081109210638/http://www.tfp.org/student_action/activ
ities/protests/monologues_protest.htm
2 Tim Drake, «No Longer Catholic», This Rock, edição Nov. 2005, El Cajon, CA: Catholic
Answers.
3 Tim Drake, «No Longer Catholic», This Rock, edição Nov. 2005, El Cajon, CA: Catholic
Answers.
4https://web.archive.org/web/20070611123818/http://transcripts.cnn.com/TRANSCRIP
TS/0502/01/ltm.06.html
5https://web.archive.org/web/20071212214917/http://www.catholiccitizens.org/press/co
ntentview.asp?c=12556; https://web.archive.org/web/20050310003221/http://www.luc.e
du/info/kyan.shtml
6 https://web.archive.org/web/20090316045521/http://www.luc.edu/orgs/rainbow/
7 Tim Drake, «No Longer Catholic», This Rock, edição Nov. 2005, El Cajon, CA: Catholic
Answers.
8https://web.archive.org/web/20080829192540/http://www.sffaith.com/ed/articles/200
4/0405jh.htm
9https://web.archive.org/web/20081201080515/http://seattletimes.nwsource.com/html/l
ocalnews/2001869154_seattleusex02m.html
10 http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=5173232
11 http://publicaffairs.cua.edu/news/06PeaceLuncheonFinal.htm
12 http://www.shu.edu/catholic_mission/index.html
13 http://www.lifenews.com/state512.html
14https://web.archive.org/web/20060514140007/http://www.marquette.edu/pages/hom
e/resourcecommons/campus/archives/2003/02_10_2003/
15https://web.archive.org/web/20060825144128/http://www.campusministry.duq.edu/w
orshipsites.html.
16 http://www.xavier.edu/campus_ministry/
17 https://web.archive.org/web/20060902133540/http://explore.georgetown.edu/news/?
ID=14756.
18 www.georgetown.edu
19 https://web.archive.org/web/20061209172526/http://prayerforpeace.georgetown.edu/
20 https://web.archive.org/web/20100611024040/http://explore.georgetown.edu/docum
ents/?DocumentID=12052
21 https://web.archive.org/web/20100611024040/http://explore.georgetown.edu/docume
nts/?DocumentID=12052
22 https://web.archive.org/web/20080610102430/http://www.bc.edu/research/cjl/meta-
elements/texts/center/events/cunningham_9Feb05.htm
23https://web.archive.org/web/20061013152651/http://www.angelicum.org/facolta/pagi
nephp/dxcorsiteo.php?xt=t3e&xa=2005
24 https://web.archive.org/web/20070210200555/http://www.ianpaisley.org/article.asp?
ArtKey=ecumenism
Com isto em mente, torna-se fácil ver o porquê de «anulações» (isto é, declarações de que
certas uniões jamais foram verdadeiros matrimónios), raramente terem sido concedidas
tradicionalmente. Tais casos são extremamente difíceis de se comprovar, e se houver alguma
dúvida de se uma união em particular foi ou não um casamento validamente contraído, a
Igreja presume a validez do matrimónio.
Cânone 1014, Código de Direito Canónico de 1917: «O Matrimónio desfruta do favor da lei;
portanto, em caso de dúvida, a validez do matrimónio é mantida até que se prove o contrário,
com a devida consideração pela prescrição do Cânone 1127.»3
Um bom exemplo de «anulação» que poderia ser concedida com bons fundamentos seria
o de uma mulher que se «casasse» (sem culpa própria) com um homem o qual ela descobrisse
posteriormente ser um padre validamente ordenado. Visto que padres não podem contrair
matrimónio (Cânone 1972),4 a união entre este padre e a mulher não foi um matrimónio
válido. Dar-se-ia a esta mulher uma declaração de nulidade afirmando que ele nunca foi
casada. Ela estaria livre para casar com outra pessoa.
Outro exemplo óbvio de uma «anulação» seria se você descobrisse que a pessoa com quem
«casou» já era casada anteriormente, mas escondeu esta informação de si. Um exemplo do
passado seria o de uma mulher que se casasse com um escravo que ela pensava ser um
homem livre, mas que não era. Uma declaração de nulidade seria concedida, visto que este
erro particular acerca da pessoa com quem se está a casar é tão grave que torna o casamento
inválido (cânone 1083.2).5
Em todos esses casos, a razão tem de ser grave e a evidência de que nunca houve um
matrimónio válido tem de ser evidente. É por isso que apenas 338 anulações foram
concedidas nos Estados Unidos da América em 1968, numa altura em que o
ensinamento pré-Vaticano II sobre o matrimónio ainda era mantido pela
maioria.
Pe. Leonard Kennedy: «De 1984 a 1994, a taxa foi de 97% para julgamentos de
primeira instância. É obrigatório, no entanto, que todos os casos passem por um segundo
julgamento. A percentagem de decisões revertidas nos Estados Unidos é de 4/10
de 1%.»8
Isto significa que quase 100% das anulações requeridas são concedidas no primeiro
julgamento, sendo a probabilidade de tal anulação ser revertida menor do que metade de 1%!
Isto é uma total rejeição de facto e em acto da indissolubilidade do matrimónio. Este fiasco
da anulação foi o tema do famoso livro de Sheila Rauch Kennedy intitulado Shattered Faith:
A Woman’s Struggle to Stop the Catholic Church from Annulling Her Marriage [Fé
Abalada: A Luta de Uma Mulher para Impedir a Igreja Católica de Anular o Seu Matrimónio].
Esta permissão de divórcio e segundo matrimónio sob o falso pretexto de anulação
matrimonial tem destruído milhares de famílias, e tem feito escárnio da Igreja Católica
perante o mundo.
As coisas estão tão más que, «Há anúncios em boletins de igreja, jornais católicos,
e até na imprensa secular, de que estão disponíveis anulações, por vezes com uma
garantia sugerida de que estas serão concedidas. “Alguns convites praticamente
prometem uma anulação a todos que a solicitarem. Os esforços promocionais…
podem provocar respostas de… cônjuges que sonham com pastos maritais mais verdes, mas
que não considerariam seriamente que a separação e divórcio fossem anulação não
apresentada como uma alternativa conveniente e aceitável.»9
Basicamente qualquer um que queira uma declaração de que não está casado consegue
obter uma. Eles emitem-nas por todo o tipo de motivos ridículos, tais como alcoolismo,
incompatibilidade de personalidade, etc., etc., etc., nenhum dos quais constitui fundamento
válido. Hoje em dia, 11,68% das anulações são conferidas por «consentimento
defeituoso», o qual envolve pelo menos uma das partes não ter conhecimento
suficiente ou maturidade para saber o que o matrimónio requer!10 Por outras
palavras, se alguns anos após o casamento uma pessoa descobre que já não gosta mais do seu
cônjuge, esta pessoa não era adequadamente «madura» ou não sabia onde estava a se meter
quando decidiu partilhar votos perpétuos com essa outra pessoa. Isto é obviamente absurdo,
completamente falso e ultrajante.
As pessoas que pensam que estão livres para se casar baseando-se em tais razões falsas e
desonestas enganam-se a si mesmas; estão a por-se no caminho da condenação. E a seita
Vaticano II as confirma no falso caminho que seguem. Quando as pessoas assumem votos de
matrimónio, é até que a morte as separem. Queriam os benefícios do casamento; foram elas
mesmas que escolheram contrai-lo. Não parecia que as obrigações que acompanham o
matrimónio lhes incomodava quando se aproveitaram dos seus direitos maritais. Se, depois
de um tempo, não gostou da sua escolha ou não estava preparada, a culpa é da própria
pessoa. A capitulação nesta questão por parte da seita Vaticano II é mais uma
prova do seu culto do homem, a sua prática de agradar o homem a todo o
custo, aliviando-o de todas as responsabilidades que assumiu perante Deus por
serem para ele inconvenientes ou desagradáveis. Este abominável fiasco da anulação
é um dos aspectos mais desprezíveis da seita Vaticano II.
Robert H. Vasoli, autor do livro What God Has Joined Together [O Que Deus Juntou],
viveu um casamento totalmente válido por quinze anos, quando de repente encontrou-se na
posição de arguido para a anulação do seu próprio casamento. Ele escreve que o escândalo
gerado por uma anulação que não tem hipótese alguma de ser aprovada por pessoas que
conhecem os esposos «é infinitesimal comparada ao escândalo gerado pelo sistema
judiciário. O sistema como um todo é escandaloso.»11
Os antipapas do Vaticano II não fazem coisa alguma para reverter este ultraje ou para
impor a santidade dos vínculos matrimoniais. Este escárnio do matrimónio feito mediante a
emissão de anulações inócuas continua a ocorrer inexoravelmente sob os seus auspícios
como lava a sair dum vulcão em erupção.
Com base nestes surpreendentes factos, pode-se dizer com justeza que a seita Vaticano II
permite o divórcio e o segundo casamento, provando uma vez mais que não é a Igreja
Católica, mas uma seita falsificada dos últimos dias. Repare no quão frequentemente os
verdadeiros papas da Igreja Católica agiram quando confrontados com estes problemas.
No ano de 995, o Rei Roberto de França desfez-se da sua esposa Susana e «casou» com
Berta de Chartres. Apesar dos problemas que poderiam surgir por opor-se ao poderoso rei, o
Papa Gregório V condenou a união de Roberto com Berta como bígamo e
ordenou-o a desfazer-se de Berta sob pena de excomunhão. Roberto enviou os seus
embaixadores a Roma com a esperança de que o papa iria comprometer; mas não funcionou:
«…[o] Papa Gregório V só repetia o que disse o seu Senhor: “Não separe o
homem o que Deus juntou.” Quase mil anos antes, Jesus Cristo tinha dado isto aos seus
discípulos, que lhes parecia um dos seus ensinamentos mais duros. Ainda assim, ecoou pelos
corredores do tempo, o terror dos poderosos, o escudo dos inocentes, quando um de seus 138
vigários na terra pronunciou uma vez mais o Seu parecer a respeito do sagrado,
inquebrantável vínculo do matrimónio, em nome da Princesa Susana. Quando o Rei
Roberto ainda não tinha expulsado Berta, foi excomungado, por volta dos fins
do ano de 998. Três anos depois, ele finalmente submeteu-se, e expulsou-a.»12
Em 1141, Peronelle, a irmã da Rainha Eleonor de França, desejava casar-se com um dos
mais ricos nobres e mais poderosos oficiais da corte, o Senescal Raul de Vermandois. O
problema era que o Senescal Raul de Vermandois já era casado com uma outra Eleonor. Uma
comissão composta de três bispos, certamente influenciada pelo Rei Luis VI, pronunciou o
casamento de Raul com Eleonor inválido sob o ilusório fundamento de consanguinidade. Ele
casou-se prontamente com Peronelle. São Bernardo denunciou a decisão dos bispos
com palavras que se aplicam de modo marcante à situação pós-Vaticano II, só
que com uma diferença crucial:
«São Bernardo denunciou os três bispos como “homens sem vergonha… que,
apesar da lei de Deus, não tiveram escrúpulos em separar o que Deus juntou. E
isto não é tudo. Eles foram para além disso e acrescentaram um pecado ao outro ao unir o
que não deveria ser unido. Os ritos sagrados da Igreja foram violados e as vestes de Cristo
rasgadas, e para deixar as coisas piores, isto foi realizado por aquelas mesmas
pessoas cujo ofício deveria ser o de corrigi-los.” Ele não hesitou em mencionar que o
próprio casamento de Luis com Eleonor encontrava-se dentro dos graus proibidos de
consanguinidade, e, no entanto, não tinha recebido qualquer dispensa papal. O Papa
Inocêncio III respondeu em 1142 excomungando Raul de Vermandois, impondo
um interdito nos seus territórios, e suspendendo os três bispos.»13
Neste episódio, vemos uma incrível analogia com a situação actual. São Bernardo denuncia
os bispos por conferirem uma falsa anulação quando não havia fundamentos para o fazer, e
condena-os por romperem a união do matrimónio quando a tarefa deles é garantir que esta
se mantenha. A diferença, contudo, é que São Bernardo vivia numa altura em que havia um
verdadeiro papa, ao contrário dos que vivem hoje em dia. O verdadeiro papa, Inocêncio III,
apoiou prontamente São Bernardo ao excomungar o culpado e a suspender os bispos. Nada
disto é feito pelos antipapas da seita Vaticano II, como é óbvio, porque não são católicos e a
seita deles apoia o divórcio e o segundo casamento sob um fingimento de falsas e
fraudulentas anulações.
Em 1193, o poderoso Rei Filipe II de França anunciou que iria procurar uma anulação um
dia depois de se ter casado com a Princesa Ingeborga. Os bispos franceses conferiram
obedientemente uma anulação sem antes ouvir Ingeborga. Mas em 1195, o Papa Celestino III
reverteu a anulação conferida pelos bispos franceses e exigiu que Filipe se juntasse
novamente com Ingeborga; além disso, ele avisou Filipe que nenhum outro casamento iria
ser reconhecido pela Igreja enquanto Ingeborga fosse viva.
«O rei resistiu furiosamente, e em 1196 casou bigamicamente com Agnes de Meran; mas o
Papa Celestino III e o seu sucessor… continuaram a insistir nos direitos de Ingeborga. Em
Janeiro de 1200, o Papa Inocêncio pôs todo o reino de França sob um interdito
com o intuito de fazer valer esses direitos. Filipe simulou uma cedência, mas o seu
coração permaneceu duro; somente treze anos depois é que ele finalmente tomou de volta
Ingeborga e reinou com ela ao seu lado. Uma vez mais, o vigário de Cristo defendeu um
casamento real apesar dos custos políticos.»14
Talvez o caso mais óbvio que deva ser mencionado a respeito deste assunto é o Cisma
Anglicano. O Cisma Anglicano (século XVI) resultou de uma recusa por parte da Igreja
Católica em conceder ao Rei Henrique VIII de Inglaterra uma anulação do seu casamento
válido com Catarina de Aragão. O Rei Henrique VIII queria que este fosse considerado
inválido porque desejava casar-se com Ana Bolena (a qual alguns sugerem ter sido sua filha
ilegítima),15 então, Henrique desfez-se de Catarina e casou invalidamente com Ana Bolena.
No dia 11 de Julho de 1533, o Papa Clemente VII excomungou o Rei Henrique VIII e ordenou
que todos os fiéis o rejeitassem por se ter desfeito de Catarina e «casado» sacrílega e
invalidamente com Ana. No ano seguinte (1534), o Rei Henrique VIII se auto-proclamou
cabeça da Igreja da Inglaterra. Ele negou que o papa tivesse jurisdição suprema sobre a Igreja
universal ao negar a autoridade do papa sobre a Igreja da Inglaterra. Ele declarou inválido o
seu casamento com Catarina, e válido o seu casamento com Ana.
Se os papas tivessem simplesmente conferido a Henrique VIII a anulação que ele queria
com base em «consentimento defeituoso» ou em incompatibilidade psicológica ou alguma
outra razão fraudulenta, tal como costuma fazer a seita Vaticano II, todo o Cisma Anglicano
teria sido evitado. Mas não, a verdade e a santidade do vínculo matrimonial
precisavam ser defendidas a todo o custo, mesmo que isto significasse que um
rei levaria um país inteiro a um cisma. Essa é a diferença entre a Igreja Católica e a
seita Vaticano II; uma é católica e a outra não.
Notas finais:
1 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 2 (1878-
1903), pp. 517-518.
2 Donald Attwater, A Catholic Dictionary, Tan Books, 1997, pág. 23.
3 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, traduzido por Dr. Edward Von Peters, San
Francisco, CA: Ignatius Press, 2001, pág. 352.
4 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, traduzido por Dr. Edward Von Peters, pág.
369.
5 The 1917 Pio-Benedictine Code of Canon Law, traduzido por Dr. Edward Von Peters, pág.
373.
6 Pe. Leonard Kennedy, Catholic Insight, «The Annulment Crisis in the Church», Edição de
Março 1999; http://catholicinsight.com/online/church/divorce/c_annul.shtml.
7 http://www.townhall.com/opinion/columns/patbuchanan/2002/12/11/165161.html.
8 Pe. Leonard Kennedy, Catholic Insight, «The Annulment Crisis in the Church», Edição de
Março 1999; http://catholicinsight.com/online/church/divorce/c_annul.shtml.
9 Pe. Leonard Kennedy, Catholic Insight, «The Annulment Crisis in the Church», Edição de
Março 1999; http://catholicinsight.com/online/church/divorce/c_annul.shtml.
10 Pe. Leonard Kennedy, Catholic Insight, «The Annulment Crisis in the Church», Edição de
Março 1999; http://catholicinsight.com/online/church/divorce/c_annul.shtml.
11 Citado por Pe. Leonard Kennedy, Catholic Insight, «The Annulment Crisis in the Church»,
Edição de Março 1999; http://catholicinsight.com/online/church/divorce/c_annul.shtml.
12 Warren H. Carroll, A History of Christendom, Vol. 2 (The Building of Christendom), Front
Royal, VA: Christendom Press, 1987, pp. 437-438.
13 Warren H. Carroll, A History of Christendom, Vol. 3 (The Glory of Christendom), pág. 55.
14 Warren H. Carroll, A History of Christendom, Vol. 3 (The Glory of Christendom), pp. 141-
142.
15 Rev. Dr. Nicholas Sander, The Rise and Growth of the Anglican Schism, Tan Books, 1988,
pp. 96-100.
«Enquanto o número de padres nos Estados Unidos ultrapassou o dobro chegando aos 58
mil, entre 1930 e 1965, desde dessa altura, o número caiu para 45 mil. Em 2020, sobrarão
apenas 31 mil padres, e mais de metade desses padres terá mais de 70 de idade.
«— Ordenações. Em 1965, 1575 novos padres foram ordenados nos Estados Unidos. Em
2002, o número era de 450. Em 1965, Somente 1% das paróquias nos EUA estavam sem um
padre. Hoje, há 3 mil paróquias sem padre. — Seminários. Entre 1965 e 2002, o número de
seminaristas caiu de 49 000 para 4 700, um declínio de mais de 90%. Dois terços dos 600
seminários que estavam a funcionar em 1965 estão agora fechados.
«— Irmãs. Em 1965, havia 180 mil freiras católicas. Em 2002, este número caiu para 75 mil
e a média etária das irmãs católicas hoje em dia é de 68 anos. Em 1965, havia 104 mil irmãs
docentes. Hoje há 8200, um declínio de 94% desde o fim do Vaticano II.
«— Ordens religiosas. O fim está à vista para as ordens religiosas nos Estados
Unidos. Em 1965, 3559 jovens homens estudavam para tornarem-se padres jesuítas. Em
2000, o número era de 389. A situação dos Christian Brothers é ainda mais aterradora. O
seu número diminui por dois terços, com o número de seminaristas a cair em 99%. Em 1965,
havia 912 seminaristas membros dos Christian Brothers. Em 2000, havia apenas 7. O
número de jovens a estudarem para tornarem-se padres Franciscanos e
Redemptoristas caiu de 3379 em 1965 para 84 em 2000.
Capítulo 30 - Uma pessoa pode ser pró-aborto e pertencer à Seita Vaticano II ao mesmo
tempo
O caso mais notório foi o do candidato à presidência do Partido Democrata, John Kerry.
Kerry «gabou-se» de ter um histórico de votação 100% pró-aborto, e ostentou a sua posição
pró-aborto perante todo o mundo quando se tornou uma das figuras mais conhecidas do
mundo aquando da campanha presidencial de 2004. Ele recebeu «comunhão»
frequentemente na Igreja Novus Ordo, perante o protesto de milhões de pessoas que se
professavam católicas. João Paulo II não fez absolutamente nada, e Bento XVI não faz nada.
Se fosse para alguém ser excomungado da seita Vaticano II por manter uma posição pró-
aborto, John Kerry teria sido essa pessoa. Não só ele não foi excomungado, mas quase todos
os bispos Novus Ordo que abordaram a questão recusaram-se a dizer que sequer deveria ser
recusada a Comunhão a Kerry. No final desta secção, consideraremos as implicações
teológicas deste facto para a hierarquia da Igreja Vaticano II/Novus Ordo.
O Bispo Robert Vasa de Baker (Oregon) descreveu a discussão dos bispos e a decisão a
respeito de políticos pró-aborto:
«Foi feita de modo bastante específico a pergunta sobre se a negação da Santa Comunhão é
“necessária devido ao apoio público pelo aborto a pedido.”
«Ao fim, a perspectiva que foi aceite pelo conjunto dos bispos foi que tal negação
não era necessariamente “necessária” mas que tal negação era certamente permissível
e possível, se, no julgamento do ordinário local, fosse considerado “a via mais prudente de
acção pastoral.”»2
Isto significa que a política oficial que foi adoptada pelos «bispos» dos Estados Unidos a
respeito desta matéria grave é que nem sequer é necessário recusar a comunhão a políticos
pró-aborto, e que cada «bispo» pode decidir isso por si mesmo. Isto prova que uma
pessoa pode oficialmente receber «Comunhão» e ser um «católico» em situação
regular na seita Vaticano II ao mesmo tempo que se é pró-aborto.
Após rever a política pela qual os «bispos» decidem por si mesmos se deve-se ou não dar
Comunhão àqueles que advogam homicídio no ventre, o «Cardeal» Ratzinger disse que
esta estava «bastante em harmonia» com os princípios da Congregação para a
Doutrina da Fé.3
Para resumir: a seita Vaticano II não só se recusa a excomungar políticos pró-aborto, tais
como Kerry, mas o próprio líder da Congregação para a Doutrina da Fé, o
«Cardeal» Ratzinger (aquele que é agora Bento XVI), concordou que não é
necessário que seja negada a Comunhão à políticos pró-aborto, provando assim
que a seita Vaticano II não sustenta que é um dogma vinculativo que uma pessoa tem de ser
contra o aborto.
O «Cardeal» de Baltimore, William Keeler, disse também que não se deveria negar
Comunhão a John Kerry. Ele disse que não é da conta dos bispos fazerem tal coisa: «Não
precisamos que os bispos actuem.»7 Perguntamo-nos, o que será que ele pensa que «bispos»
devem fazer: agir como testas-de-ferro e envolver-se com pedófilos, e depois contratar
advogados para negociar indemnizações de escândalos sexuais?
Keeler é o apóstata que também disse que não devemos converter judeus, mas nisso ele é
igual a basicamente todo o «bispo» Novus Ordo!
O apóstata ex-«bispo» de Pittsburg, Donald Wuerl, também não nega Comunhão a pessoas
pró-aborto. «O bispo católico de Pittsburg disse ontem que os políticos católicos não deveriam
apoiar o aborto legalizado mas que ele não irá advogar negar-lhes a Santa Comunhão.»8
O «arcebispo» de Cincinnati Daniel Pilarczyk diz que não deveria ser negada a Comunhão
aos políticos pró-aborto, porque então ter-se-ia que negar a Comunhão a todos que negassem
qualquer ensinamento da Igreja! É exactamente isso, seu apóstata!
Mr. Allen: “Há uma porção da opinião católica que diria sim a essa pergunta.”
Arcb. Pilarczyk: “Eu sei que há. Mas há também uma questão de justiça aqui.
Parece-me que a última coisa que qualquer igreja, ou qualquer representante
ou agente da igreja quer fazer, é negar os sacramento injustamente seja a quem
for. Parece-me que neste ponto faz muito mais sentido presumir a boa vontade da
pessoa, presumir consciência errónea ou consciência perplexa e dar-lhe a
Comunhão, ao invés de dizer, “eu acho que tu pensas tal ou tal coisa.”…»9
Também o «bispo» John Steinbock de Fresno, Califórnia, não advoga negar a Comunhão
aos pró-aborto: «Eu observei aos padres e diáconos que este documento não disse, tal como
falsamente noticiado pelos meios de comunicação seculares, que políticos católicos que
votam a favor do aborto não devem receber Comunhão. Não me referi de modo algum a
políticos católicos.»10
O «Arcebispo» Alexander Brunett de Seattle disse não se deveria negar a Santa Comunhão
aos políticos pró-aborto. «Ministros da Eucaristia não deveriam encarregar-se de negar a
Santa Comunhão a qualquer um que se apresente.»11
«Como sabeis, uns poucos bispos fizeram declarações públicas nas quais favorecem a
negação da Santa Comunhão a políticos católicos que estão consistentemente em oposição
ao ensinamento da Igreja na questão mais fundamental de direitos humanos, o direito de
nascer. Eu desejava realmente que estes bispos tivessem esperado pelo relatório do grupo de
trabalho. Eles não o fizeram, e agora muitas pessoas estão a pedir aos seus próprios bispos
diocesanos que se pronunciem sobre a questão.
«Sem entrar em detalhes de questões canónicas e pastorais envolvidas neste assunto, creio
que a tradição da Igreja não favorece a negação da Eucaristia como uma sanção
para os políticos pró-aborto católicos. De facto, acredito que tal sanção seria contra-
produtiva e no fim das contas, prejudicaria o movimento pró-vida.»12
O «bispo» Fiorenza obviamente não sabe nada de tradição da Igreja. Por todas as épocas,
papas proclamaram o dogma de que os não-católicos que recebem o Cordeiro fora da Igreja
recebem-no para a sua própria condenação.
Papa Pio IX, Amantissimus (# 3), 8 de Abril de 1862: «Aquele que deserta a Igreja, em vão
crerá que está na Igreja; aquele que consome o cordeiro e não é membro da Igreja,
profanou.»15
E o Papa Bento XIV (não o Antipapa Bento XVI) deixa claro que deve-se negar os
sacramentos não só aos não-católicos notórios, mas a qualquer um do qual se saiba que se
opõe mesmo a um único ensinamento oficial da Igreja.
Os bispos de Arizona não negarão a Comunhão a John Kerry: «… dois bispos de Arizona
dizem que não irão negar a comunhão aos políticos que defendem direitos de aborto. O
Bispo Thomas J. Olmsted de Phoenix diz que ao invés de recusar administrar a
comunhão, tentará usar a persuasão para educar os políticos a respeito dos ensinamentos
da igreja.»17
Poderíamos continuar a citar o «bispos» Novus Ordo um atrás do outro a dizerem a mesma
coisa, mas o ponto deve ser claro. Na seita Vaticano II, oposição ao aborto é algo opcional
que a «hierarquia» da seita Vaticano II irá «persuadir-te» a manter. Por outras palavras, é
uma questão de opinião, não um dogma vinculativo sob pena de Inferno, excomunhão e
anátema.
«Não mais havia sussuros, piscares de olhos e acenos por parte dos arianos. A Igreja tinha
dado o seu primeiro grande passo para definir mais precisamente a doutrina
revelada em resposta ao desafio da teologia herética. Foi elaborado um credo, que
incorporava esta nova formulação, para comunicar uma melhor compreensão ― apesar de
nunca ser um entendimento completo ― do mistério superno. Este foi apresentado para ser
assinado em 19 de Junho de 325. Todos os bispos assinaram excepto dois da Líbia os quais
tinham estado muito proximamente associados aos arianos desde o princípio. Eles foram
exilados juntamente com Ário em Illycum. Até Eusébio de Nicomédia assinou, apesar
de recusar-se a unir-se à condenação de Ário.»18
Portanto, é um facto que uma pessoa pode ser membro da seita Vaticano II
sem ser contra o aborto. De facto, em 22 de Junho de 2006, na «Missa» de instalação do
Arcebispo Donald W. Wuerl, o núncio de Bento XVI para os bispos americanos deu
«Comunhão» ao John Kerry:
Estes factos provam abundantemente que ser contra o aborto não é algo que precisa ser
mantido para se pertencer à seita Vaticano II. Contudo, não se pode consagrar bispos para a
difusão da Missa Latina Tradicional sem se ser excomungado em 72 horas (ex.: Lefebvre).
Isto demonstra uma vez mais que a seita Vaticano II, que é actualmente liderada por Bento
XVI, não é a Igreja Católica, mas a Contra Igreja.
Notas finais:
1 Time Magazine, 21 de Junho de 2004, pág. 4.
2 https://web.archive.org/web/20071025045929/http://www.wf-
f.org/Bishops_Catholics_Politics.html#anchor36189926
3 https://web.archive.org/web/20130328214718/http://old.usccb.org/comm/archives/20
04/04-133.htm
4 https://www.lifesitenews.com/news/vaticans-cardinal-sodano-awards-pro-abortion-
politician-papal-knighthood
5 https://www.lifesitenews.com/news/denver-archbishop-sees-pro-abortion-communion-
scandal-as-needed-moment-of-t
6https://web.archive.org/web/20130114224030/http://www.catholiccitizens.org/press/co
ntentview.asp?c=14536
7 The Baltimore Sun, 28 de Maio de
2004; https://web.archive.org/web/20071025045929/http://www.wf-
f.org/Bishops_Catholics_Politics.html#anchor69086
8 http://www.pittsburgpostgazette.com/pg/04147/322065.stm
9 https://web.archive.org/web/20071025045929/http://www.wf-
f.org/Bishops_Catholics_Politics.html#anchor932576
10https://web.archive.org/web/20080517035032/http://www.dioceseoffresno.org/letters
/20040701knxtcommunion.html
11 https://web.archive.org/web/20071025045929/http://www.wf-
f.org/Bishops_Catholics_Politics.html#anchor3484970
12 https://web.archive.org/web/20071025045929/http://www.wf-
f.org/Bishops_Catholics_Politics.html#anchor114660
13 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990,Vol. 1 (1747-
1878), pág. 222.
14 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1747-1878), pág. 256.
15 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1747-1878), pág. 364.
16 The Papal Encyclicals, Vol. 1 (1747-1878), pág. 105-106.
17 http://www.tucsoncitizen.com/news/local/052204b1_abortion
18 Warren H. Carroll, A History of Christendom, Vol. 2 (The Building of Christendom),
Front Royal, VA:
19 Fr. John Laux, Church History, Rockford, IL: Tan Books, 1989, p. 112.
20 https://web.archive.org/web/20070828075754/http://www.msnbc.msn.com/id/50173
13
21https://web.archive.org/web/20120525033810/http://www.catholic.org/international/i
nternational_story.php?id=20313
Já documentámos que Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI ensinaram / ensinam
explicitamente que não-católicos, como os protestantes e os ortodoxos orientais, não
precisam ser convertidos à fé católica para unidade e salvação. Mantendo-se coerentes com
esta teologia herética, os responsáveis do Vaticano afastaram activamente não-católicos que
se apresentaram para converter-se à fé católica!
Em 2005, fomos contactados por um bispo ortodoxo oriental que estava interessado em se
converter ao catolicismo. Ele nos informou por e-mail (o qual continha o seu nome e
endereço completo, mas que ele nos pediu para não publicar) que ele foi desencorajado pela
Arquidiocese de Boston de converter-se à fé católica.
«Saudações em Cristo! Tenho observado o vosso sítio há algum tempo e queria saber mais
sobre a vossa organização. Permaneci muito activo por um bom tempo no Movimento
Ecuménico, mas deixei-o a algum tempo devido ao que vi como problemático. Eu tenho
muitas perguntas e espero que vocês possam me fornecer algumas respostas, por favor.
«Mas permitam-me contar um pouco sobre mim: sou um bispo copto ortodoxo e aposentado
no momento. Eu também sou bastante novo na Internet. Conheço vários sacerdotes e um
outro bispo em Cairo que estão a pensar em converter-se à fé católica.
«Quanto a mim, foi-me dito pela diocese de Boston que: “Não há necessidade de
se converter, há salvação para os não-católicos.” Fiquei muito desanimado e confuso
de um modo tal que tenho a certeza que vós compreendeis. No entanto, tenho muitas
preocupações e perguntas sobre a doutrina católica.»
Uma vez mais, isso é uma prova absoluta e total de que a seita do Vaticano II não é a Igreja
Católica.
«— Ordens religiosas. O fim está à vista para as ordens religiosas nos Estados
Unidos. Em 1965, 3559 jovens homens estudavam para tornarem-se padres jesuítas. Em
2000, o número era de 389. A situação dos Christian Brothers é ainda mais aterradora. O
seu número diminui por dois terços, com o número de seminaristas a cair em 99%. Em 1965,
havia 912 seminaristas membros dos Christian Brothers. Em 2000, havia apenas 7. O
número de jovens a estudarem para tornarem-se padres Franciscanos e
Redemptoristas caiu de 3379 em 1965 para 84 em 2000.»3
O facto de as ordens religiosas da seita Vaticano II estarem quase mortas não surpreende
em nada. Porque motivo iria uma moça ou moço católico querer entrar para uma dessas
ordens quando basicamente a única coisa que eles defendem é a promoção de falsas religiões
e de «dignidade humana»?
O sítio oficial dos «jesuítas» irlandeses, afirmou proeminentemente que não pode haver:
«qualquer serviço de fé sem… abertura a outras experiências religiosas.»6 Isto foi afirmado
pela Congregação Geral dos Jesuítas Irlandeses — total apostasia.
O sítio oficial de Internet para a «Ordem de São Bento» Novus Ordo fornece ligações para
sítios de Internet de beneditinos anglicanos e «ortodoxos»!7
Secções
• A Maligna Práctica do Yoga — O que há de errado com o yoga? Yoga é uma disciplina
espiritual que se propõe a unir a pessoa com o divino que reside na própria pessoa e e com
toda a criação. A ideia de que o divino pode ser encontrado dentro do próprio indivíduo é
ocultista. A ideia de que o divino permeia toda a criação é panteísta e condenada pelo Concílio
Vaticano I.
• Monjas de clausura Novus Ordo rezam para que judeus continuem no judaísmo — Foi
publicado na Internet um artigo acerca de certas monjas de clausura Novus Ordo que passam
a maior parte do seu dia em silêncio e querem que judeus continuem no judaísmo. Estas
monjas passam uma boa parte do seu dia em silêncio no seu convento sem aquecimento; no
entanto, são completas apóstatas, rejeitadoras de Deus e estão no caminho do Inferno.
• A apostasia das freiras «beneditinas» Novus Ordo; é preciso dizer mais alguma coisa? —
Mary Lou Kownacki, «OSB», em harmonia com a religião Vaticano II, exemplifica a total
apostasia inter-religiosa. Num de seus poemas, ela invoca o «Cristo Cósmico», o qual,
segundo ela, falou pelo apóstata Teilhard de Chardin. Ela também diz que ele falou através
do idólatra Mahatma Gandhi, do herege Martin Luther King Jr., e atrávés dos judeus Anne
Frank e Rabi Heschel.
• «Beneditinos» da Abadia de São João: típico exemplo de apostasia nas ordens religiosas da
seita Vaticano II — Os «beneditinos» da Abadia de São João não são católicos nem de longe
nem de perto. Eles não somente meditaram com pagãos e idólatras e participaram dos seus
ofícios idólatras, mas também permitiram que eles promovessem a sua maligna filosofia de
não rejeitar os pensamentos impuros. A Igreja Católica, baseada nos ensinamentos de Jesus
Cristo (Mateus 5:28), sempre ensinou que pensamentos e desejos impuros devem ser
rejeitados.
• Mary Margaret Funk: mais um exemplo de apostasia nas ordens religiosas Vaticano II —
Mary Margaret baseia o seu efusivo louvor à falsa religião do islão no falso ensinamento do
Vaticano II de que judeus, cristãos e muçulmanos supostamente cultuam o mesmo Deus. Isto
é puro indiferentismo religioso. Mas está tudo baseado precisamente no ensinamento do
Vaticano II acerca dos muçulmanos. Será que Mary Margaret Funk e milhões de outras
pessoas entenderam mal o ensinamento do Vaticano II? Não, ela entendeu perfeitamente
bem que o Vaticano II ensina que muçulmanos cultuam verdadeiramente a Deus.
Notas finais:
1 The Abbey Banner — Magazine of St. John's Abbey, Collegeville, MN, Inverno de 2005,
pág. 24.
2 The Abbey Banner — Magazine of St. John's Abbey, pág. 24.
3 http://www.townhall.com/opinion/columns/patbuchanan/2002/12/11/165161.html;
também: Kenneth Jones, Index of Leading Catholic Indicators: The Church Since Vatican
II.
4 https://web.archive.org/web/20060515113829/http://www.faithfulvoice.com/convertin
o.htm.
5 http://www.urbandharma.org/images/NunsoftheWest/31_JPG.html.
6 http://www.jesuit.ie/.
7 http://www.osb.org/.
Num outro programa no qual participou a Madre Angélica, Alice Von Hildebrand (uma
convidada frequente da EWTN) afirmou descaradamente que uma pessoa pode alcançar o
céu sendo budista. A forma como foi dito não só indicou que um budista pode ser salvo (o
que é heresia, obviamente), mas que não há qualquer obrigação que seja para um budista
tornar-se católico. Face a esta tremenda heresia e indiferentismo religioso, afirmado mesmo
à sua frente, a Madre Angélica não opôs qualquer objecção, e até comentou com aprovação.
A Madre Angélica e a EWTN sempre foram defensores dos ensinamentos heréticos do
Vaticano II.
Além disso, a Madre Angélica foi sempre uma defensora aberta do pior tipo de falso
ecumenismo, inclusive o com os judeus. Num programa de televisão, a Madre Angélica e o
Pe. Benedict Groeschel discutiam a então recente morte do “Cardeal” John O'Connor. O Pe.
Groeschel mencionou que os judeus celebraram um serviço judaico na Catedral de São
Patrício após a morte do “Cardeal” John O'Connor. Groeschel, um tremendo apóstata,
considerou o serviço judaico na catedral uma coisa muito boa. A Madre Angélica também
não perdeu tempo em exclamar: “Isso é fantástico!”
Logo, a Madre Angélica cria que o pior tipo de falso ecumenismo – um serviço judaico na
própria Catedral de São Patrício – é “fantástico.” Estes factos, já agora, refutam as asserções
ridículas feitas num livro citado abaixo, nomeadamente, que supostamente a EWTN tornou-
se modernista apenas após a Madre Angélica ter saído do poder. Mas até Raymond Arroyo,
que escreveu a biografia para a Madre Angélica e que é um dos seus maiores apoiantes,
admitiu abertamente que ela foi uma promotora do ecumenismo, cujo trabalho pôde, como
consequência, ser apoiado por membros de religiões não-católicas. “O mosteiro [sob os auspícios
de Madre Angélica] tinha se tornado uma pedra angular do ecumenismo em Birmingham,
um projecto inspirado o qual protestantes, judeus, e católicos podiam apoiar. A
personalidade da Madre Angélica assim o fez.”4
Em resumo, a EWTN é um mecanismo do qual o Demónio serviu-se para fazer com que as
mentalidades conservadoras entre aqueles que se professam católicos se tornassem
confortáveis com a apostasia pós-Vaticano II.
“No Sábado Santo de 1971, o Padre De Grandis e a Madre oraram sobre cada membro da
comunidade. Com excepção de uma freira, todos experienciaram o Baptismo do Espírito
Santo, e todos receberam algo. Após esta experiência, a Irmã Joseph e as outras freiras
creram que o Senhor começou a falar a elas. No Domingo de Páscoa, toda a comunidade
estava ‘a falar em línguas.’”9
O falar em línguas desconhecidas ao indivíduo que as fala, assim como falar coisas
incompreensíveis, etc., é muito frequentemente um sinal de possessão demoníaca. Isto é
especialmente verdade quando fruto de uma experiência carismática na qual uma pessoa
impõe as mãos na outra a fim de que esta receba “o espírito.” Os leitores são, como é óbvio,
perfeitamente livres de aceitar isto ou não: mas um indivíduo que conhecemos de
Massachussetts10, que estava bastante envolvido no Movimento Carismático anos atrás,
disse directamente a um de nós que sentiu um demónio a possuí-lo após uma imposição de
mãos de um carismático num serviço. Ele disse-nos também que, numa conferência
carismática, Deus permitiu que ele visse um pequeno demónio a entrar numa sala. Perplexo
pelo que tinha acabado de presenciar, ele seguiu o demónio e esperou a ver se esse saía da
sala; mas a única coisa que saiu da sala foi o padre carismático que estava prestes a realizar
o seu serviço de “cura” rezando sobre as pessoas. Esta experiência fê-lo abandonar o
Movimento Carismático.
Cremos que Deus permite que demónios possuam essas pessoas nesses serviços
carismáticos porque, ao participarem deles, tais pessoas estão essencialmente a afirmar que os
sacramentos da Igreja Católica, os sete que foram instituídos por Jesus Cristo, não são suficientes.
Professam, portanto, que precisam de um novo conjunto de ritos feitos pelo homem – ritos
esses que estão fora do sistema sacramental – de modo que possam receber
verdadeiramente “o espírito.” A sua participação em tais “ritos” faz com que pratiquem uma
nova religião com o fim de receberem “o espírito” fora dos meios instituídos por Cristo. Como
consequência, esses “ritos” carismáticos tornam-se novos “sacramentos” de uma falsa
religião que abre as portas ao espírito maligno, e não ao Santo.
É importante deixar claro que a imposição de mãos está presente por todo o Novo
Testamento como a matéria do Sacramento da Confirmação (e.g. Actos 8:17; Actos 19:6) –
um sacramento instituído por Jesus Cristo. É irónico que na nova “Confirmação” da seita
Vaticano II, a imposição de mãos tenha sido abolida, e que os carismáticos continuem a
utilizá-la para a transmissão do “espírito.” Uma vez que sabemos que a sua imposição de
mãos, cujo fim é transmitir o “espírito,” não é o Sacramento da Confirmação (pois até
mulheres e leigos a podem realizar), essa é na verdade a contra-Confirmação – um falso
sacramento que, mais uma vez, dá acesso, não ao Espírito Santo, mas ao espírito maligno.
Portanto, tal como alguém que recebe o Sacramento da Confirmação dignamente, recebe
mais profundamente o Espírito Santo, a participação activa em tais novos “ritos” ou
“sacramentos” da falsa religião carismática – tais como a sua “imposição de mãos” – faz com
que esses infelizes recebam mais profundamente o espírito maligno. É por este motivo que,
em tais encontros carismáticos, os “católicos” chegam a grunhir como porcos, ladrar
como cães, e têm escandalosos e incontroláveis ataques súbitos de riso. Estas coisas,
especialmente o grunhir como porcos e o ladrar como cães, são claros sinais de possessão
demoníaca.
Fazemos referência à experiência deste indivíduo porque a própria Madre Angélica não
apenas falou inúmeras vezes das suas próprias “experiências” místicas, mas também admitiu
algo impressionante sobre a sua reacção após ter recebido a imposição de mãos de
carismáticos. A sua reacção bate certo com a experiência do homem citado acima. A Madre
Angélica disse que, na sua experiência, após ter recebido a imposição de mãos dos
carismáticos, palavras saíram da sua boca as quais não tinha intencionado falar, e que tal
experiência assustou-a. Ela relembrou: “Palavras saíram, mas eu não fazia ideia do que
eram. Isso assustou-me.”11 A Madre Angélica não percebeu que tinha sido um espírito
maligno que a tinha possuído após o seu contacto com os carismáticos. Ela continuou a
promover esse movimento.
No dia 2 de Dezembro de 1977, a Madre Angélica liderou um retiro para membros da seita
carismática em Birmingham, com 28 líderes a acompanhá-la, os quais eram chamados de
“guardiões.” Na capela, “a Madre impôs as suas mãos em cada guardião, orando em línguas
pela fidelidade desses. Alguns entoaram numa santa algaraviada [sons confusos], outros
eram ‘imolados no Espírito.’”12 Um dos participantes disse mais tarde que o que se passou
tratou-se de um “arrebatamento carismático no seu auge.”13 Após a morte de Paulo VI, “a
Madre Angélica impôs as mãos em Matt Scalici, Jr. na sua capela.”14
A biografia da Madre Angélica afirma que ela após essa altura começou “gradualmente” a
abandonar o Movimento Carismático. Trata-se de uma declaração vazia, por que a sua rede
continuou a promover os maiores carismáticos no país, tais como os tipos da Franciscan
Universitye os da sua laia.
De facto, a Madre Angélica afirmou que o seu percurso na EWTN foi marcado por várias
experiências místicas e orientado por essas.
“Durante uma altura de alívio na sua convalescença, a Madre afirmou ter visto o Menino
Jesus a correr desenfreadamente pelos corredores do mosteiro. Esta certamente não foi a
única ocorrência.”15
Mateus 24:24-25 – “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão grandes
milagres e prodígios, de tal modo que (se fosse possível) até os escolhidos seriam
enganados. Eis que eu vo-lo predisse.”
A Madre Angélica também disse que o Menino Jesus apareceu a ela e disse-lhe, “Constrói-
me um templo e eu ajudarei aqueles que te ajudam.”16 Embora igrejas possam ser descritas
como “templos” – como dissemos antes na secção sobre 2 Tess. 2:4 – um “templo” também
pode descrever um local de ofício religioso judaico ou uma loja maçónica. Uma vez que a
Madre Angélica promoveu a ideia herética e falsa de que os judeus não precisam de Jesus
Cristo para a salvação – provado por, entre outras coisas, a sua aderência aos antipapas que
o ensinaram –, é certo que não foi Nosso Senhor que lhe ordenou que construísse um templo
católico. Foi antes um outro espírito maligno (um similar àquele que ela recebeu no evento
carismático) dizendo-lhe, sem que ela o percebesse, para construir um “templo” para a nova
religião da seita Vaticano II. É muito interessante que o topo da Cruz na parte exterior do seu
“templo” (um templo que custou à Madre Angélica 50 milhões de dólares!) foi atingido e
danificado por um raio durante uma tempestade fortíssima, deixando apenas um “T,” e não
a cruz normal. Assim permanece até hoje.
Voltemos à apostasia promovida pela EWTN. O Pe. Benedict Groeschel é uma figura muito
importante na EWTN. Groeschel não admitiu certos convertidos ao “catolicismo”; declarou
que ele nunca “caiu nessa” de que os não-católicos não se podem salvar (um dogma definido);
pregou em “200 igrejas protestantes e numas cem sinagogas”; disse que os sacramentos não
são necessários para a salvação, e até negou que Nosso Senhor tenha sequer dito “Se não
comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós”
(João 6:53)!17
“Bom dia, pus-me a ver a EWTN esta manhã. Encontro-me de vez em quando a ver o serviço
Novus Ordo durante o meu processo de decisão, i.e., o que fazer relativamente à minha fé
católica. Ouvi o ‘celebrante principal’, Pe. Francis, a dizer: ‘... a Igreja nunca disse que outros
cristãos não receberão a salvação... aqueles que o dizem são mentirosos e mal
informados... a Igreja Católica é como uma refeição de cinco pratos, se você quiser a
refeição inteira, venha para a Igreja...’
“A homilia do dia está disponível online (penso que no dia seguinte). Vós talvez podereis
utilizar esta declaração, após a verificarem, como a vossa ‘Heresia da Semana’. Esta ‘doutrina’
espalhou-se a inúmeras pessoas ao vivo. Se não for incluída como uma das ‘Heresias’ –
enviem uma cópia do vosso livro “Não há Salvação” ao infeliz.
Nós certamente esperamos a conversão do “Pe.” Francis, mas temos de dizer que ele está
demasiado cego pela sua apostasia para ver a sua idiotice; demasiado cego para entender que
aquilo em que ele crê é que o seu próprio “sacerdócio” – e toda a rede de televisão EWTN – é
uma completa perda de tempo. Se você crê naquilo que a EWTN e o “Pe.” Francis crêem, você
teria de ser um completo idiota para se converter ao catolicismo. Bastaria que fosse a uma
igreja local luterana, confessasse a sua fé em Jesus como Senhor e seguisse a sua vida.
Portanto, não se deixe enganar pelas aparências externas. Os hereges sempre utilizaram as
aparências externas em maior ou menor grau. Não se deixe enganar por aqueles que alegam
ter algum apego à fé católica, ou a Nosso Senhor, ou a Nossa Senhora ou aos santos, mas que
no entanto rejeitam um dogma. A não ser que aceitem toda a verdade, não passam de uma
farsa. O “Pe.” Francis fala ocasionalmente de trazer os mais novos a Cristo no seu programa
de televisão “Life on the Rock” [Vida na Pedra]. Soa bem e devoto, não soa? Mas a seguir ele
comenta e elogia publicamente a negação de Cristo por parte de Bento XVI na sua visita à
sinagoga e o seu apoio à religião judaica. Ele fala de trazer os mais novos a Cristo
enquanto crê que Cristo é desnecessário.
Este email demonstra-nos uma vez mais que farsantes misturam um certo apego a coisas
católicas com uma rejeição da verdade católica. Agem como se fossem devotos a Deus, e
certamente dizem coisas boas e conservadoras, mas são abominações aos olhos de Deus.
Por falar em farsantes, uma menção deve ser feita do “Pe.” John Corapi da EWTN. Aqueles
que já o viram sabem que Corapi prega como se fosse devoto a Nosso Senhor e à fé católica
– demonstrando um ímpeto contra o pecado e defendendo a Eucaristia no seu jeito
melodramático. Ele é um completo farsante, pois crê que tudo isso é desnecessário. Ele crê
que você pode ser um protestante que rejeita completamente Nossa Senhora, o papado e a
Eucaristia, ou que pode ser até mesmo um judeu que rejeita totalmente a Cristo.
Mateus 23:27-28 – “… sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que por fora
parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a sorte de
podridão! Assim também vós por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais
cheios de hipocrisia e iniqüidade.”
Um de nós ligou uma vez à secretária do “Pe.” Corapi, e perguntou-lhe: “É necessário ser
católico para se salvar?” Ela respondeu sem quaisquer rodeios: “Não.” Um de nós então
indagou, “então para que ser católico?” Ela disse: “Porque ser católico é estar na posse de
toda a verdade.” Um de nós respondeu: “Mas não é necessário, de acordo consigo.” Ela
confirmou. Eis o vazio, a estupidez e o quão demoníaca é a religião do Vaticano II.
Notas finais:
1 Raymond Arroyo, Mother Angelica, Random House, Inc., 2005, pág. 120.
2 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 121.
3 Demonstrado em Raymond Arroyo, Mother Angelica; de OLAM.
4 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 98.
5 Estado norte-americano.
6 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 148-149.
7 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 120.
8 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 121.
9 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 123.
10 Estado norte-americano.
11 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 121.
12 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 135.
13 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 135.
14 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 142.
15 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 314.
16 Raymond Arroyo, Mother Angelica, pág. 255.
17 Chris Ferrara, EWTN: A Network Gone Wrong, Pound Ridge, NY: Good Counsel
Publications, 2006, pág. 79; pp. 86-90.
18 Fórum EWTN – Perguntas e Respostas, conselho dado por Richard Geraghty em 19 de
Fev. de 2005 em “Salvação Não-Católica.”
19 Ver Glossário de Termos e Princípios, “Judaísmo”.
20 Emissão da EWTN de 7 de Março de 2005; citado por Chris Ferrara em EWTN: A Network
Gone Wrong, pág. 146.
Capítulo 37 - O que diz Medjugorje? A sua mensagem prova que esta é também uma falsa
aparição
“A Nossa Senhora enfatiza sempre que existe um só Deus, e que as pessoas forçaram uma
separação não-natural. Uma pessoa não pode verdadeiramente crer, ser um
verdadeiro cristão, se não respeitar de igual modo as outras religiões.”1 —
“Vidente” Ivanka Ivankovic
“A Nossa Senhora disse que as religiões encontram-se separadas na terra, mas as pessoas
de todas as religiões são aceites por seu Filho.”2 — “Vidente” Ivanka Ivankovic
Notas finais:
São três as condições que devem ser cumpridas para que um papa ensine de forma
infalível: [1] o papa deve cumprir o seu dever de pastor e mestre de todos os
cristãos; [2] deve ensinar de acordo com a sua suprema autoridade apostólica;
e [3] deve explicar uma doutrina de fé ou moral para ser crida pela Igreja
universal. Se um papa cumpre estas três condições, ele, em virtude da assistência divina
que lhe foi prometida como sucessor de Pedro, opera infalivelmente, tal como define e ensina
o Concílio Vaticano I:
O primeiro requisito para que um papa ensine de forma infalível é que deve actuar como
pastor e mestre de todos os cristãos. Se Paulo VI foi verdadeiramente o papa, ele cumpriu
com este requisito.
O Papa Eugénio IV começa a nona sessão do concílio dogmático de Florença com estas
palavras:“Eugénio, bispo, servo dos servos de Deus, para perpétua memória.”4 O
Papa Júlio II inicia a terceira sessão do quinto concílio dogmático de Latrão com estas
palavras: “Júlio, bispo, servo dos servos de Deus, com a aprovação do sacro
concílio, para perpétua memória.”5 E o Papa Pio IX começa a primeira sessão do
dogmático Primeiro Concílio do Vaticano com as seguintes palavras: “Pio, bispo, servo
dos servos de Deus, com a aprovação do sagrado concílio, para eterna
memória.”6 Esta é a forma habitual com que os papas iniciam solenemente os decretos dos
concílios gerais/dogmáticos/ecuménicos. Paulo VI iniciou todos os documentos do
Concílio Vaticano II da mesma maneira, precisamente com as mesmas
palavras!
Ao iniciar cada documento do Vaticano II desta maneira, Paulo VI (se ele tivesse sido um
verdadeiro papa) cumpriu indiscutivelmente o primeiro requisito para exercer a
infalibilidade.
Opa! Este facto ignorado por muitos devasta completamente qualquer afirmação que diga
que Paulo VI pode ter sido um verdadeiro papa. Paulo VI deu término a todos os documentos
do Vaticano II invocando a sua “autoridade apostólica,” seguida da sua assinatura! Ele
claramente cumpriu o segundo requisito da infalibilidade. De facto, este parágrafo, em si
mesmo, não cumpre somente o segundo requisito da infalibilidade papal, mas os três;
porque, nele vemos que Paulo VI está aprovando, decretando e estabelecendo “no Espírito
Santo” e “pelo seu poder apostólico” todas as coisas contidas em cada documento! Isto é
linguagem infalível. Qualquer um que negue isto simplesmente não sabe do que está a falar.
A aprovação dada ao Concílio Vaticano II por Paulo VI (citada acima) é até mais solene do
que a aprovação dada ao infalível Concílio de Niceia (325) pelo Papa São Silvestre. É mais
solene do que a aprovação dada ao infalível Concílio de Éfeso (431) pelo Papa São Celestino.
Por outras palavras, na aprovação dos verdadeiros concílios da Igreja Católica, estes
verdadeiros papas aprovaram os documentos destes concílios em formas muito menos
extraordinárias que a forma aplicada por Paulo VI para aprovar o Vaticano II; e, no entanto,
a aprovação desses verdadeiros concílios por papas verdadeiros foi suficiente para qualificá-
los como infalíveis e obrigatórios — um facto que nenhum católico põe em dúvida.
É, portanto, um facto que cada documento do Vaticano II é um acto solene de Paulo VI.
Cada documento é assinado por ele; Paulo VI inicia cada um deles na sua qualidade de
“pastor e mestre de todos os cristãos,” e cada um termina com a sua “aprovação, decreto e
promulgação” de todo o conteúdo do documento em virtude da sua “autoridade apostólica.”
Isto demonstra que, se Paulo VI era o papa, os documentos do Concílio Vaticano II são
infalíveis! Mas os documentos do Vaticano II não são infalíveis; são malignos e
heréticos. Consequentemente, isto DESTRÓI QUALQUER POSSIBILIDADE de
Paulo VI alguma vez ter sido um verdadeiro papa; porque um verdadeiro papa não
pode promulgar os malignos documentos do Concílio Vaticano II com esta autoridade.
3) Um papa deve expor uma doutrina sobre fé ou moral a ser crida pela
Igreja universal
Já temos demonstrado que Paulo VI cumpriu os três requisitos para ensinar de forma
infalível no Concílio Vaticano II se ele tivesse sido o papa. Para que a exposição ponto-por-
ponto fique completa, porém, vamos concluí-la assinalando que os documentos do Vaticano
II estão cheios de ensinamentos sobre fé e moral (parte do terceiro requisito). E estes, se
Paulo VI tivesse sido o papa, deveriam ser cridos pela Igreja universal, porque Paulo VI
aprovou, decretou e promulgou-os solenemente em virtude da sua “autoridade apostólica,”
ordenando que fossem publicados.
No seu breve que declara o término do concílio, Paulo VI invoca novamente a sua
“autoridade apostólica” e admite que todas as constituições, decretos e declarações do
Vaticano II foram aprovados e promulgados por ele. Ele especificou isto ainda mais dizendo
que tudo deve ser “observado santa e religiosamente por todos os fiéis”! E ainda por cima
declarou como nulos e vãos todos os esforços contrários a estas declarações.
E se você ainda não está convencido disto, faça esta pergunta a si mesmo: É possível que
um verdadeiro papa católico aprove, decrete e promulgue todas as heresias do Vaticano II
“no Espírito Santo” e por sua “autoridade apostólica”? O seu sentido católico lhe dá a
resposta. Não pode ser. Portanto, aqueles que reconhecem as heresias do Vaticano II e os
factos que apresentamos aqui, e ainda assim defendem que é possível que o antipapa Paulo
VI tenha sido um verdadeiro papa, estão lamentavelmente na heresia por negar a
infalibilidade papal e por manter uma posição que implica que as portas do Inferno
prevaleceram contra a Igreja Católica.
Objecção #1: Em seu discurso de abertura do Concílio Vaticano II, João XXIII disse que
o Vaticano II iria ser um “concílio pastoral.” Isto demonstra que o Vaticano II não foi
infalível!
Resposta: Isso não é certo. João XXIII, em seu discurso de abertura do concílio, não
disse que o Vaticano II seria um concílio pastoral. Segue-se o que João XXIII disse:
João XXIII, Discurso de abertura do Vaticano II, 11 de Outubro de 1962: “Uma coisa é a
substância do ‘depositum fidei’... e outra é a formulação com que são enunciadas... Será
preciso atribuir muita importância a esta forma e, se necessário, insistir com paciência... e
dever-se-á usar a maneira de apresentar as coisas que mais corresponda AO
MAGISTÉRIO, CUJO CARÁCTER É PREVALENTEMENTE PASTORAL.”9
Aqui vemos que João XXIII não disse que o Concílio Vaticano II seria um
concílio pastoral. Ele disse que este iria reflectir o Magistério da Igreja, o qual é de carácter
prevalentemente pastoral. Portanto, apesar do mui generalizado mito, a verdade é que João
XXIII nem sequer chamou o Vaticano II de concílio pastoral em seu discurso de abertura. A
propósito, mesmo se João XXIII houvesse chamado concílio pastoral ao Vaticano II em seu
discurso de abertura, isto não significaria que não é infalível. Descrever algo como pastoral
não significa ipso facto (por esse mesmo facto) que não é infalível. Isto é provado pelo
próprio João XXIII no discurso citado acima ao descrever o Magistério como “pastoral,” e no
entanto ser de fide (de fé) que este Magistério é infalível. Portanto, mesmo se João XXIII
tivesse descrito o Vaticano II como um concílio pastoral (coisa que não fez), isto não provaria
que não é infalível.
Mais importante, porém, é que o facto de João XXIII não ter chamado o Vaticano II de
concílio pastoral em seu discurso de abertura não interessa. Isto se deve ao facto de que,
como já vimos, foi Paulo VI quem confirmou solenemente as heresias do
Vaticano II; e é a confirmação de Paulo VI (não a de João XXIII), que prova que o Vaticano
II é vinculativo para todos os que o aceitam como papa.
Objecção #2: Paulo VI disse em sua Audiência Geral de 12 de Janeiro de 1966, que o
Vaticano II “evitou o pronunciamento, de maneira extraordinária, de dogmas dotados com a
nota de infalibilidade.”
Resposta: É certo que Paulo VI disse em 1966 (depois de o Vaticano II já ter sido
promulgado solenemente) que o Concílio Vaticano II “evitou o pronunciamento, de maneira
extraordinária, de dogmas dotados com a nota de infalibilidade.” Porém, a declaração do
antipapa Paulo VI em 1966 é irrelevante. Isto não muda e não pode mudar o facto de que
ele promulgou solenemente (de uma maneira que seria infalível se ele tivesse sido o papa)
todos os documentos do Concílio Vaticano II em 8 de Dezembro de 1965. Paulo VI já havia
assinado e selado o Vaticano II muito antes de 12 de Janeiro 1966. O Vaticano II
foi terminado solenemente em 8 de Dezembro de 1965. Isto significaria que se
Paulo VI foi o papa (que não foi), as portas do Inferno prevaleceram contra a Igreja em 8 de
Dezembro 1965 por causa da sua promulgação solene e definitiva dos documentos
completamente heréticos do Vaticano II naquele dia.
O Magistério é uma autoridade docente cujos ensinamentos são “irreformáveis” (de fide
definita, Concílio Vaticano I, Denz., 1839). Uma vez que são irreformáveis, eles são
inalteráveis desde a data em que são declarados/promulgados. Se o antipapa Paulo VI foi um
verdadeiro papa, o Vaticano II foi irreformável e infalível em 8 de Dezembro de 1965. Nada
dito ou feito posteriormente a 8 de Dezembro de 1965 poderia desfazer (se Paulo VI tivesse
sido um verdadeiro papa) o que já havia sido feito, porque então o ensinamento do
Magistério se tornaria reformável. Portanto, o discurso do antipapa Paulo VI em 1966 (após
o concílio ter sido encerrado) é irrelevante no que diz respeito a se o Vaticano II foi ou não
infalível.
Mas por que, então, o antipapa Paulo VI faria tal afirmação? A resposta é simples. A
diabólica (satânica) inteligência que guiava o antipapa Paulo VI sabia que, eventualmente,
os católicos mais conservadores ou com mentalidade católica tradicionalista não aceitariam
esses decretos do Concílio Vaticano II como infalíveis, já que estão cheios de erros e heresias.
Portanto, se não tivesse feito esta declaração em 1966 de que o Concílio Vaticano II havia
evitado definições extraordinárias infalíveis, um grande número de pessoas haveria chegado
à imediata conclusão de que ele (Giovanni Montini — Antipapa Paulo VI) não era um
verdadeiro papa. Portanto, o Diabo beneficiou e muito desta declaração.
O Diabo teve de propagar entre os “tradicionalistas” a ideia de que Paulo VI não promulgou
“de forma infalível” o Vaticano II. Isto era essencial para toda a sua apostasia pós-Vaticano
II; ele temia imensamente que milhões se tornassem sedevacantistas e denunciassem o
antipapa Paulo VI, a sua falsa Igreja e a sua falsa missa (o Novus Ordo). Portanto, o Diabo
inspirou o antipapa Paulo VI a dizer (muito tempo depois de o Concílio Vaticano II ter sido
solenemente promulgado por ele) que o Vaticano II não emitiu declarações dogmáticas. O
Diabo esperava que isto desse a Paulo VI a aparência de legitimidade entre os que mantinham
algum apego à fé tradicional. Mas este estratagema diabólico colapsa quando consideramos
o facto de que o Concílio Vaticano II já havia sido encerrado em 1965.
Além disso, e talvez mais importante ainda, há que assinalar que na mesma audiência
geral do dia 12 de Janeiro de 1966, Paulo VI disse:
Se alguém cita a audiência geral de Paulo VI do 12 de Janeiro 1966 para tentar provar que
o Vaticano II não foi infalível mesmo se Paulo VI tivesse sido o papa, então logicamente
deveria aceitar outras declarações sobre o Concílio Vaticano II que Paulo VI fez nessa
mesma audiência geral, tal como a citada anteriormente e a citada abaixo. Na citação
anterior, vemos claramente que Paulo VI disse (na mesma audiência geral) que o Vaticano
II é um acto do Magistério e toda pessoa que adere ao Vaticano II “honra o magistério da
Igreja”! [O Magistério é a autoridade de ensinamento infalível da Igreja].
Papa Pio XI, Rappresentanti in Terra, #16, 31 de Dezembro de 1929: “Ofício magisterial
este ao qual Cristo conferiu a infalibilidade juntamente com o mandamento de
ensinar a Sua doutrina...”10
Portanto, o discurso de Paulo VI significa que, segundo ele, o Vaticano II é infalível — uma
vez que ele diz que é o ensinamento do Magistério, o qual é infalível. O seu discurso
afirma, ademais, que qualquer pessoa que aceita o ensinamento do Vaticano II
(isto é, as suas heresias)— tais como que os não-católicos podem receber a
Sagrada Comunhão ou as heresias sobre a liberdade religiosa ou que os
muçulmanos e os católicos adoram o mesmo Deus, etc. — honra o magistério da
Igreja. Qualquer pessoa que queira basear-se neste discurso, portanto, deve
admitir que os que aceitam estas heresias honram o ensinamento católico! Isto
é claramente falso e absurdo; isto prova que, não importa de que forma se analise esta
questão em conjunção com esta audiência geral de Paulo VI, o Concílio
Vaticano II é vinculante para todos os que defendem que Paulo VI foi um papa
válido; o que demonstra definitivamente que Paulo VI não foi um verdadeiro papa. Não se
pode citar esta Audiência Geral para afirmar que não é obrigatório aceitar o Concílio
Vaticano II, quando a mesma Audiência Geral diz que toda a pessoa que adere a este honra
o magistério! Paulo VI prossegue no mesmo discurso da seguinte forma:
Esta parte do discurso quase nunca é citada pelos defensores de Paulo VI, provavelmente
porque sabem que o ensinamento do supremo Magistério Ordinário é infalível, o que
significa que até esta Audiência Geral do antipapa Paulo VI afirma a infalibilidade do
Concílio Vaticano II. Na mesma Audiência Geral, Paulo VI também disse o seguinte:
Além disso, Paulo VI disse em sua encíclica Ecclesiam suam (dirigida à toda a Igreja) que
o Concílio Vaticano II teve a tarefa de definir doutrina.
Resposta: [Nota: a resposta a esta objeção é profunda e complicada, e para alguns pode
não ter interesse. Se você não necessita da resposta para esta objeção, pode saltá-la.]
Alguns defensores de Paulo VI fazem referência a uma nota teológica que foi anexada ao
documento Lumen Gentium. Esses pensam que esta declaração prova que Paulo VI não
promulgou o Vaticano II de forma infalível ou autoritariamente. Mas este argumento não se
sustém quando analisado. Esta é a parte fundamental da nota teológica que foi anexada ao
documento Lumen Gentium:
“Tendo em conta a praxe conciliar e o fim pastoral do presente Concilio, este sagrado Concilio
só define aquelas coisas relativas à fé e aos costumes que abertamente declarar como de
fé. TUDO O MAIS QUE O SAGRADO CONCÍLIO PROPÕE, COMO DOUTRINA DO
SUPREMO MAGISTÉRIO DA IGREJA, DEVEM-NO OS FIÉIS RECEBER E
ABRAÇAR SEGUNDO A MENTE DO MESMO SAGRADO CONCÍLIO, A QUAL SE
DEDUZ QUER DO ASSUNTO EM QUESTÃO, QUER DO MODO DE DIZER,
SEGUNDO AS NORMAS DA INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA.”12
Primeiro, esta nota não é nem sequer parte do texto do documento Lumen Gentium; é um
apêndice ao texto de Lumen Gentium.13
Segundo, esta nota está anexada apenas a Lumen Gentium, e não aos outros documentos.
Por outras palavras, mesmo se esta nota teológica “ilibasse” a promulgação de Paulo VI das
heresias em Lumen Gentium (o que não acontece), não salvaria” a promulgação do resto das
heresias do Vaticano II.
Terceiro, quando lemos com atenção a nota anterior, podemos ver que ela declara que o
tema tratado ou o modo de dizer do Vaticano II, identifica que o Concílio Vaticano II está
exercendo o Magistério supremo da Igreja, segundo as normas da interpretação teológica —
isto é, tal como a Igreja no passado promulgou o Magistério supremo. A declaração de
Paulo VI ao princípio e ao final de cada documento do Vaticano II (já citada)
indica definitivamente, pelo “modo de dizer,” “segundo as normas da
interpretação teológica” (isto é, paralelamente aos decretos dogmáticos do
passado), que — se ele houvesse sido um papa — ele exerceu o Magistério
supremo. Portanto, esta clarificação teológica anexa ao documento Lumen Gentium não
denigre ou anula a linguagem solene de Paulo VI que se encontra no final de cada um dos
documentos do Vaticano II. Pelo contrário, a sua linguagem no final de cada documento do
Vaticano II cumpre com os requisitos da nota teológica.
Quarto, aqueles que tentam utilizar esta nota para “exonerar” todos os documentos do
Concílio Vaticano II de comprometer a infalibilidade papal não prestam muita atenção ao
que esta nota realmente diz. A nota afirma que claramente “tudo o mais que o sagrado
Concílio (o Vaticano II) propõe, como doutrina do supremo Magistério da
Igreja, devem-no os fiéis receber e abraçar segundo a mente do mesmo sagrado
Concílio, a qual se deduz quer do assunto em questão, quer do modo de dizer,
segundo as normas da interpretação teológica.”
Isto é um ponto muito importante! Há numerosos casos no Vaticano II onde o concílio está
a expor o que crê ser o ensinamento do Magistério supremo, que “devem-no os fiéis
receber e abraçar segundo a mente do mesmo sagrado Concílio, a qual se
deduz quer do assunto em questão, quer do modo de dizer…” Por exemplo, na sua
herética Declaração sobre a liberdade religiosa (Dignitatis Humanae), o Concílio Vaticano
II diz o seguinte:
Concílio Vaticano II, Dignitatis Humanae, #9: “O que este Concilio Vaticano declara acerca
do direito do homem à liberdade religiosa funda-se na dignidade da pessoa, cujas exigências
foram aparecendo mais plenamente à razão humana com a experiência dos séculos. Mais
ainda: esta doutrina sobre a liberdade tem raízes na Revelação divina, e por isso
tanto mais fielmente deve ser observada pelos cristãos.”14
Aqui o Vaticano II indica explicitamente que o seu ensinamento herético sobre a liberdade
religiosa tem as suas raízes na Revelação divina e que deve ser religiosamente observado
pelos cristãos. Isto cumpre claramente os requisitos da nota teológica para um ensinamento
que “devem-no os fiéis receber e abraçar segundo a mente do mesmo sagrado Concílio
(Vaticano II), a qual se deduz quer do assunto em questão, quer do modo de
dizer...” E há mais:
Concílio Vaticano II, Dignitatis Humanae, #12: “Por isso, a Igreja, fiel à verdade
evangélica, segue o caminho de Cristo e dos Apóstolos, quando reconhece e
fomenta a liberdade religiosa como conforme à dignidade humana e à revelação
de Deus. Conservou e transmitiu, no decurso dos tempos, esta doutrina, recebida do Mestre
e dos Apóstolos.”15
Aqui o Vaticano II indica explicitamente que o seu ensinamento herético sobre a liberdade
religiosa é: 1) fiel à verdade evangélica; 2) segue o caminho de Cristo e dos Apóstolos, e 3)
está em conformidade com a Revelação de Deus! Recordemos ao leitor, uma vez mais, a
linguagem da nota teológica, que afirma que “tudo o mais que o sagrado Concílio (o Vaticano
II) propõe, como doutrina do supremo Magistério da Igreja, devem-no os fiéis receber e
abraçar segundo a mente do mesmo sagrado Concílio, a qual se deduz quer do assunto
em questão, quer do modo de dizer, segundo as normas da interpretação teológica.”
Portanto, segundo a própria nota teológica, aqueles que aceitam Paulo VI como papa estão
obrigados a aceitar o ensinamento herético do Vaticano II sobre a liberdade religiosa como
ensinamento do supremo Magistério da Igreja! A nota teológica obriga-os a aceitar o
ensinamento herético do Vaticano II sobre a liberdade religiosa como: 1) fiel à verdade
evangélica; 2) seguidor do caminho de Cristo e dos Apóstolos, e 3) em conformidade com a
Revelação de Deus, porque esta é“a mente do mesmo sagrado Concílio (Vaticano
II), a qual se deduz quer do assunto em questão, quer do modo de dizer…” É
muito simples: os que crêem que o antipapa Paulo VI foi o papa estão sujeitos ao documento
herético sobre a liberdade religiosa.
Para resumir todos os pontos tratados até agora: 1) a nota teológica anexa a Lumen
Gentium não se aplica a todos os documentos; 2) a nota teológica anexa
a Lumen Gentium não denigre ou anula a linguagem de Paulo VI no final de cada documento
do Vaticano II, mas, pelo contrário, demonstra que a sua linguagem, no final de cada
documento, cumpre com os requisitos para o ensinamento infalível do Magistério, e 3)
mesmo se a nota teológica se aplicasse a cada documento — e de alguma forma tornasse não-
vinculante a linguagem solene de Paulo VI no final de cada documento (o que certamente
não é o caso) — a própria nota teológica ainda assim demonstraria que vários
documentos do Vaticano II são infalíveis e vinculantes por causa da forma com
que o Vaticano II apresenta o seu ensinamento sobre essas matérias. Não importa
de que maneira uma pessoa tente escapar da realidade de que é impossível o antipapa Paulo
VI ter sido um verdadeiro papa e ao mesmo tempo ter promulgado o Vaticano II; essa pessoa
falhará sempre.
O Papa Pio IX condenou, reprovou e proscreveu com a sua autoridade apostólica a ideia
herética de que cada Estado deve conceder o direito civil à liberdade religiosa. Mas repare no
seguinte. Enquanto o Papa Pio IX condena, reprova e proscreve esta doutrina com sua
autoridade apostólica, o antipapa Paulo VI aprova, decreta e estabelece esta mesma doutrina
condenada com a sua “autoridade apostólica.” Por outras palavras, aquilo que o Papa Pio
IX condena solenemente com a sua autoridade apostólica é exactamente o que
o antipapa Paulo VI ensina solenemente com a sua “autoridade apostólica”!
Antipapa Paulo VI, Concílio Vaticano II, Declaração sobre a liberdade religiosa: “PAULO
BISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS, JUNTAMENTE COM OS PADRES DO SAGRADO
CONCÍLIO, PARA PERPÉTUA MEMÓRIA. (…) Este Concílio Vaticano declara que a pessoa
humana tem direito à liberdade religiosa… ESTE DIREITO DA PESSOA HUMANA À
LIBERDADE RELIGIOSA NA ORDEM JURÍDICA DA SOCIEDADE DEVE SER
DE TAL MODO RECONHECIDO QUE SE TORNE UM DIREITO CIVIL… Todas e
cada uma das coisas apresentadas neste decreto tiveram a aprovação dos padres
conciliares. E TAMBÉM NÓS, PELO PODER APOSTÓLICO QUE NOS FOI
OUTORGADO POR CRISTO, JUNTAMENTE COM OS VENERÁVEIS PADRES,
APROVAMOS, DECRETAMOS E ESTABELECEMOS ESTAS COISAS NO
ESPÍRITO SANTO, e para glória de Deus mandamos promulgar o que o Concílio
estabeleceu… Eu, Paulo, Bispo da Igreja Católica.”17
Pode Paulo VI possuir a mesma “autoridade apostólica” que a do Papa Pio IX? A autoridade
apostólica de São Pedro se contradiz a si mesma? Impossível! É heresia dizer tal coisa! (Lucas
22:32; Vaticano I, Sessão 4, Capítulo 4).
Notas finais:
1 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, The America Press, 1966, pág. 366, etc.
2 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
no. 1839.
3 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pp. 137, 199, etc.
4 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, vol. 1, pág. 559.
5 Decrees of the Ecumenical Councils, Vol. 1, pág. 597.
6 Decrees of the Ecumenical Councils, Vol. 2, pág. 802.
7 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pág. 366, etc.
8 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pp. 738-739;
https://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_letters/documents/hf_p-
vi_apl_19651208_in-spiritu-sancto_po.html
9 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pág. 715;
ww.vatican.va/holy_father//john_xxiii/speeches/1962/documents/hf_j-
xxiii_spe_19621011_opening-council_po.html
10 The Papal Encyclicals, by Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, vol. 3 (1903-
1939), pág. 355.
11 The Papal Encyclicals, vol. 5, pág. 140.
12 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 2, pág. 898;
https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html
13 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pág. 97;
https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html
14 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 2, pág. 1006;
https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_decl_19651207_dignitatis-humanae_po.html
15 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 2, pp. 1008-1009;
https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
ii_decl_19651207_dignitatis-humanae_po.html
16 Denzinger 1690, 1699.
17 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pp. 675, 679, 696.
18 Denzinger 1690, 1699.
19 Walter M. Abbott, The Documents of Vatican II, pp. 675, 679, 696.
20 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 394.
21 Denzinger 1837.
[Nota: O que é dito nesta secção aplica-se não somente a Sociedade de São Pio X, mas a
muitos outros grupos «tradicionalistas» independentes, de mentalidade similar, que
resistem à apostasia do Vaticano II e à Nova Missa ao manter posições similares às da SSPX.]
A SSPX é uma ordem «tradicionalista» de padres fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre
na sua velhice. Lefebvre era um arcebispo de França que ofereceu resistência a muitos
aspectos da religião pós-Vaticano II, reconhecendo-os como desvios do catolicismo
tradicional. Ele reconheceu que a Nova Missa é protestante e oposta à Tradição. Ele também
opôs-se às heresias do «ecumenismo» e da liberdade religiosa, que foram ensinadas no
Vaticano II. Ele fundou seminários com o intuito de formar padres que celebrassem
exclusivamente a Missa tradicional, e ordenou-os no rito tradicional de ordenação. Para o
fazer, ele manteve-se independente dos antipapas do Vaticano II, apesar de continuar a
assumir a posição de que eles eram papas legítimos que mantinham o ofício do Papado. Ele
também era independente da comunhão activa dos «bispos» que seguiram a nova religião. A
30 de Junho de 1988, Lefebvre decidiu (de modo independente dos antipapas Vaticano II)
consagrar quatro bispos no rito tradicional de Consagração Episcopal, para que os bispos
pudessem continuar a ordenar padres para os ritos tradicionais. Ele foi «excomungado»
dentro de 72 horas por João Paulo II, apesar de (como já discutimos) nenhum político pró-
aborto até agora ter sido excomungado por um antipapa do Vaticano II.
A SSPX possui vários pontos de Missa tradicional por todo o mundo, e é uma grande força
de influência e de providência sacramentos para pessoas que professam ser católicas de
mentalidade tradicionalista. Queremos enfatizar que a SSPX faz muitas coisas boas; tem sido
uma via pela qual muitos se introduziram, e voltaram, para a fé católica tradicional. Contudo,
em vários tópicos, as posições da SSPX são infelizmente heréticas e contrárias à fé católica.
Primeiro, a SSPX sustenta e ensina que almas podem ser salvas em religiões não-católicas, o
que é herético.
Pe. Schmidberger, Time Bombs of the Second Vatican Council, Angelus Press [SSPX], pág.
10: «Senhoras e senhores, é claro que os seguidores de outras religiões podem ser
salvos sob certas condições, isto é, se estão em erro invencível.»
Arcebispo Lefebvre, Against the Heresies, Angelus Press [SSPX], pág. 216: «Como é
evidente, certas distinções precisam ser feitas. Almas podem ser salvas numa outra
religião que não a religião católica (protestantismo, islão, budismo, etc.), mas
não por esta religião.»
Estas afirmações constituem heresia descarada contra o dogma Fora da Igreja Não Há
Salvação; ainda assim, são impressas no próprio material best-seller da SSPX. De facto,
quase todos os padres que até celebram a Missa tradicional sustentam a mesma heresia.
Ademais, enquanto resiste à apostasia do Vaticano II, a SSPX mantém obstinadamente uma
aliança com «bispos» manifestamente heréticos da Igreja Novus Ordo/Vaticano II, como
mencionado acima. Ao mesmo tempo, no entanto, a SSPX não opera em comunhão com
aquela que eles chamam de «a Nova Igreja» — a Igreja Novus Ordo — a Igreja dos «bispos»
e dos «papas» (que na realidade são antipapas) do Vaticano II. A sua posição é uma
contradição. É uma afronta ao ensinamento católico de três modos: 1) Eles reconhecem
hereges manifestos (os bispos Novus Ordo e os antipapas do Vaticano II) como católicos que
possuem autoridade na Igreja, o que é herético. É necessário que eles reconheçam que estes
bispos heréticos estão fora da Igreja e não possuem absolutamente qualquer autoridade.
São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, Livro II, cap. 30: «Por fim, os Santos Padres
ensinam unanimemente, não só que os hereges estão fora da Igreja, mas também que eles
estão 'ipso facto' privados de qualquer dignidade e jurisdição eclesiástica.»
São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, Livro II, cap. 30: «Um Papa que é
manifestamente um herege automaticamente (per se) deixa de ser Papa e Cabeça, tal como
ele deixa automaticamente de ser cristão e um membro da Igreja. Por conseguinte, ele pode
ser julgado e punido pela Igreja. Este é o ensinamento de todos os Padres da antiguidade que
ensinam que hereges manifestos perdem automaticamente toda a jurisdição.»
2) A SSPX opera obstinadamente fora da comunhão com a hierarquia Novus Ordo, apesar
de reconhecê-la como a hierarquia católica. Isto é cismático mesmo. De facto, a SSPX recusa
audazmente comunhão com a Igreja Novus Ordo (confira abaixo), apesar de reconhecer a
hierarquia Novus Ordo como a verdadeira hierarquia católica!
The Angelus, publicação oficial da Sociedade de São Pio X (SSPX), Maio de 2000: «Esta
actual renovação resultou no surgimento de uma nova igreja dentro do seio da
Igreja Católica, a qual o Mons. Benelli chamou de “a igreja conciliar,” cujos
limites e caminho são difíceis de definir… É contra esta igreja conciliar que mantém-
se a nossa resistência. Não recusamos aderência ao Papa como tal, mas à igreja
conciliar, pois as suas ideias são repugnantes às da Igreja Católica.»4
Recusar comunhão com a Igreja Novus Ordo e não com o líder da Igreja Novus Ordo é
como dizer que recusa comunhão com o Partido Comunista mas não com o líder do Partido
Comunista! É uma contradição.
Cânone 1325.2, Código de Direito Canónico de 1917: «Uma pessoa que após o baptismo…
rejeita a autoridade do Pontífice Supremo ou recusa comunhão com os membros da
Igreja que a ele estão sujeitos, é um cismático.»
Santo Inácio de Antioquia, Carta aos Tralianos, (110 d.C.): «Aquele que está dentro do
santuário é puro, mas aquele que está fora do santuário não é puro; ou seja, aquele que age
sem o bispo, sem o presbítero e os diáconos, esse não tem consciência pura.»5
Por décadas, a SSPX tem operado obstinadamente fora da comunhão com os «bispos» e
«papa» os quais eles consideram que constitui a hierarquia católica. Isto é cismático.
São Jerónimo, Comentários sobre a Epístola de Tito, (A.D. 386): «Entre heresia e cisma, há
uma distinção a ser feita; que a heresia envolve doutrina perversa, enquanto que o
cisma separa a pessoa da Igreja por causa de desacordo com o Bispo.»6
3) A SSPX sustenta que a Igreja Católica tornou-se uma «Nova Igreja», uma seita
modernista — uma seita não-católica repleta de heresia e apostasia —o que é impossível. A
Igreja é a Esposa de Cristo imaculada, a qual não pode ensinar erro oficialmente.
Papa Pio XI, Mortalium Animos, (#10), 6 de Janeiro de 1928: «Pois, a mística Esposa de
Cristo jamais se contaminou no decorrer dos séculos nem, em época alguma, poderá ser
contaminada, como diz São Cipriano: “A Esposa de Cristo não pode ser adulterada:
ela é incorrupta e pudica. Ela conhece uma só casa e guarda com casto pudor a
santidade de um só cubículo nupcial.”»7
Papa Pio XI, Quas Primas (#22), 11 de Dezembro de 1925: «Ademais, entre os benefícios
produzidos pelo culto público e legítimo da Santa Virgem e dos Santos, não deve passar em
silêncio o da perfeita e perpétua imunidade da Igreja ao erro e à heresia.»8
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, 1870, Cap.4, ex cathedra: «… sabendo muito bem que
a Sé de São Pedro permanece sempre intacta de todo erro, segundo a promessa de
nosso divino Salvador dita ao príncipe de seus discípulos: “Eu roguei por ti [Pedro] para que
a tua fé não falte: e tu em fim, depois de convertido, conforta os teus irmãos” (Lc. 22:32).»9
Por exemplo, a SSPX até rejeita as canonizações solenes realizadas pelos «papas» do
Vaticano II, os quais eles reconhecem como legítimos. Esta posição é terrivelmente cismática,
pois assevera que um verdadeiro papa e a Igreja Católica podem ter errado oficialmente ao
canonizar santos.
Santo Afonso Ligório, O Grande meio de Salvação e Perfeição, 1759, pág. 23: «Supor que
a Igreja pode errar ao canonizar é um pecado, ou é heresia, segundo São
Boaventura, São Belarmino, e outros; ou é pelo menos bem perto de heresia,
segundo Suárez, Azorius, Gotti, etc.; pois o Soberano Pontífice, segundo São
Tomás, é guiado pela influência infalível do Espírito Santo de um modo especial
quando canoniza santos.»10
Papa Bento XIV: «Se alguém se atrever a asseverar que o Pontífice errou nesta ou
naquela canonização, diremos que ele é, se não um herege, pelo menos um
causador temerário de escândalo à toda a Igreja; um insultador dos santos, um
favorecedor daqueles hereges que negam a autoridade da Igreja de canonizar
santos; propagador de heresia ao dar aos incrédulos ocasião para zombarem dos fiéis; o
asseverador de opinião errónea, sujeito a penas mui graves.»11
Visto que muitos têm a SSPX em alta consideração, estes foram levados à mesma posição
cismática. Todas as falsas posições a respeito da situação pós-Vaticano II são um
resultado da relutância da SSPX em enxergar a verdade de que a seita Vaticano
II é uma Igreja falsificada de cima a baixo, e que os «papas» pós-Vaticano II são
na verdade antipapas inválidos.
Algumas afirmações muito interessantes feitas pelo Arcebispo Lefebvre que
expressam a sua visão de que é possível que os «papas» Vaticano II não
sejam válidos
Não importa o quão insustentável seja a sua posição actual — nem o quão claras sejam as
evidências em favor da posição sedevacantista — a SSPX continua (mesmo neste último
estágio da apostasia do Vaticano II) a publicar livros e folhetos que atacam a posição
sedevacantista. Eles não se apercebem que o fundador da Sociedade deles, o Arcebispo
Lefebvre, fez várias afirmações que demonstram que ele estava à beira da posição
sedevacantista nas décadas de 70 e 80. Os membros da Sociedade de São Pio X deveriam
conhecer estas citações.
Arcebispo Lefebvre, 4 de Agosto de 1976: «O Concílio [Vaticano II] virou costas à Tradição
e rompeu com a Igreja do passado. É um concílio cismático… Se temos a certeza de que
a Fé ensinada pela Igreja durante vinte séculos não pode conter erro, muito
menor é a nossa certeza de que o papa é verdadeiramente o papa. Heresia,
cisma, excomunhão ipso facto, eleição inválida são todas causas que podem
possivelmente significar que o papa nunca foi papa, ou que já não é o papa…
Porque, em última análise, desde o princípio do pontificado de Paulo VI, a consciência e fé
de todos os católicos tem enfrentado um sério problema. Como é que o papa, o verdadeiro
sucessor de Pedro, ao qual é garantido o auxílio do Espírito Santo, pode oficiar a destruição
da Igreja — a mais radical, rápida e generalizada da sua história — algo que heresiarca algum
jamais conseguiu realizar?”»12
Arcebispo Lefebvre, Encontro com Paulo VI, 11 de Setembro de 1976: «[O documento do
Vaticano II sobre a liberdade religiosa] contém passagens que são contrárias
palavra-por-palavra contrárias ao que foi ensinado por Gregório XVI e Pio
IX.»14
Arcebispo Lefebvre, a falar sobre os líderes da seita Vaticano II: «Não podemos seguir
estas pessoas. Eles estão em apostasia, não crêem na divindade de nosso Senhor Jesus
Cristo, O qual precisa reinar. Esperar para quê? Façamos a consagração!»24
O Bispo Fellay da SSPX rejeita o dogma católico ao ensinar que hinduístas podem ser
salvos (Artigo)
A SSPX rejeita a «canonização» de Josemaria Escrivá feita por João Paulo II, revelando,
deste modo, o seu Cisma
Pe. Peter Scott, 1 de Novembro de 2002, do Seminário da Santa Cruz da SSPX na
Austrália:«Um exemplo típico desta canonização vergonhosa e altamente questionável do
Mons. Josemaria Escrivá de Balaguer feita no dia 6 do passado mês de Outubro… Após ter
assinalado que o processo era não-canónico e desonesto, eles disseram isto: “Esta (a
canonização) ofenderá Deus. Manchará para sempre a Igreja. Irá retirar dos
santos a santidade especial deles. Porá em questão a credibilidade de todas as
canonizações feitas no vosso Papado. Ira minar a autoridade futura do Papado”… A carta
deles será certamente profética, pois, no seu devido tempo, irá provar-se correcta no que diz
a respeito de Escrivá… Por todas as razões que dão, não podemos de modo algum
considerar esta “canonização” como um pronunciamento papal válido e
infalível. Confiamos que ele está no céu, mas não podemos de modo algum considerar como
um santo este arauto do Vaticano II…» (SOUTHERN SENTINEL – No. 3 – Novembro de
2002)
Visto que eles reconhecem João Paulo II como alguém que foi um verdadeiro papa, rejeitar
as suas «canonizações» solenes é claramente cismático.
O Bispo Richard Williamson da SSPX diz que João Paulo II foi um «bom homem» e diz
que a religião da SSPX não é a mesma que a religião dos «papas» do Vaticano II que ele
reconhece!
«R. Bispo Williamson: Eu primeiro fiquei um pouco surpreso, porque algumas pessoas
tinham dito que ele não estava realmente na corrida. Depois disso, para te dizer a verdade
honesta, eu não espero muito de Roma tal como está. Estão por demais
afundados na ”Nova Religião,” e a “Nova Religião” é demasiado diferente e
distante da Verdadeira Religião. Roma é Roma, contudo, e eu creio sim que é lá que os
papas estão, e que há lá cardeais, e que é la que se encontra a estrutura oficial da Igreja. No
entanto, temo, pela defesa da Fé, que tereis de esperar por alguns eventos graves que abalem
Roma e/ou conduza os verdadeiros cardeais para fora de Roma para começar de novo em
algum outro lugar. Temo que Roma esteja demasiado afundada nas garras dos inimigos de
Deus.»25
O Bispo Williamson da SSPX afirma de modo audaz que não tem a mesma religião do
«papa» e dos «bispos» que ele reconhece como a hierarquia católica! Isto, senhoras e
senhores, resume a posição completamente ridícula —e cismática — da SSPX, que é (por falta
de uma melhor descrição) tão obstinadamente inconsistente ao ponto de ser correctamente
intitulada de VÓMITO TEOLÓGICO.
Papa Pio XII, Mystici Corporis Christi, (# 22): «Portanto como na verdadeira
comunidade dos fiéis há um só Corpo, um só Espírito, um só Senhor, um só Baptismo,
assim não pode haver senão uma só fé, e por isso quem se recusa a ouvir a Igreja, manda
o Senhor que seja tido por gentio e publicano. Por conseguinte, os que estão entre si
divididos por motivos de fé ou pelo governo, não podem viver na unidade deste
Corpo, nem podem eles viver a vida do seu único Espírito divino.»26
O Bispo Tissier Mallerais da SSPX rejeita o conceito de comunhão da Igreja e diz que
Bento XVI ensinou heresias
«R. Bispo Tissier de Mallerais: Em primeiro lugar, não estou familiarizado com o texto. Não
o conheço. Não é interessante para mim, pois não sigo este tipo de notícias. Esse não é o
problema aqui. O problema não é “comunhão.” Está é a ideia estúpida destes
bispos desde o Vaticano II — não há um problema de comunhão, há um problema
de fé. “Comunhão” não é nada, é uma invenção do Segundo Concílio do Vaticano. O que é
essencial é que estas pessoas (os bispos) não têm a fé católica. “Comunhão” não significa
coisa alguma para mim — é um slogan da nova Igreja. A definição da nova Igreja é
“comunhão” mas esta nunca foi a definição da Igreja Católica. Eu só posso dar-te
a definição da Igreja tal como ela foi tradicionalmente entendida.»
«R. Bispo Tissier de Mallerais: Foi quando ele era um padre. Quando era teólogo, ele
professou heresias, ele publicou um livro cheio de heresias…Sim, com certeza. Ele
tinha um livro chamado Introdução ao Cristianismo, foi em 1968. Era um livro
repleto de heresias. Especialmente a negação do dogma da Redenção.»27
Papa Leão XIII, Satis Cognitum (#10), 29 de Junho de 1896: «Por isto também, do mesmo
modo que a Igreja, para ser una em sua qualidade de reunião dos fiéis, requer
necessariamente a unidade de fé, também para ser uma quanto à sua condição de sociedade
divinamente constituída precisa ter de jure divino (por direito divino) a unidade de
governo, que produz e compreende a unidade de comunhão.»28
Faz sentido que a SSPX (ou pelo menor o Bispo Tissier de Mallerais) não creia no conceito
de estar em comunhão com toda a Igreja. «Comunhão não significa nada para mim,» diz o
Bispo Tissier de Mallerais. Sim, conseguimos todos ver isso muito bem. Uma vez que ele não
crê neste conceito, recusar comunhão com a hierarquia e com os membros daquilo que ele
considera ser a Igreja Católica não é, obviamente, um problema de consciência para ele.
O livro Perguntas Mais Frequentes sobre a Sociedade de São Pio X da Sociedade
de São Pio X diz que os «papas» do Vaticano II NÃO PODEM ensinar
infalivelmente
Perguntas Mais Frequentes sobre a Sociedade de São Pio X, Pergunta 7: Mas não
deveríamos nós seguir João Paulo II?, pp. 38-40: «O Papa é infalível primariamente em
questões de fé e moral, e secundariamente em questões de disciplina (legislação para a Igreja
Universal, canonizações, etc.) na medida em que estas envolvam fé e moral (cf. Princípio 4),
e isto somente quando ele as impõe para todos os tempos como um ensinamento
definitivo.
«“Ora, ‘infalível’ significa imutável e irreformável (Princípio 6), contudo, a característica de
marca dos Papas conciliares, assim com a dos modernistas, é o espírito da revolução. Até
que ponto podem tais mentes definir de modo irreformável ou impor
absolutamente? Eles não o fazem e, de facto, não o podem fazer…” (Arcebispo
Lefebvre, Êcone, 12 de Junho de 1984.) Cf. Questão 15, nº 3.» (Angelus Press, 1997)
A Sociedade de São Pio X não está meramente a dizer aqui que João Paulo II não cumpriu
com os requisitos para pronunciar-se infalivelmente; a SSPX (escrevendo durante o reinado
de João Paulo II) afirmou que ele (o homem que eles consideravam ser o verdadeiro
papa) não pode pronunciar-se infalivelmente.
Para aqueles que por alguma razão não estejam a captar o impacto desta afirmação oriunda
da SSPX, permitai que nós resumamos: a SSPX assinala correctamente que um ensinamento
infalível de um papa sobre fé ou moral é irreformável, como declarou o Vaticano I (Denz.
1389). Contudo, segundo a SSPX, os «papas» Vaticano II são tão modernistas que crêem em
evolução da doutrina; esses não crêem que coisa alguma seja irreformável. Portanto, segundo
a SSPX, apesar de serem papas válidos, os «papas» pós-conciliares NÃO PODEM ensinar
infalivelmente! Isto é uma rejeição do dogma da Infalibilidade Papal.
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, Sessão 4, Cap. 4: «... o Pontífice Romano, quando
pronuncia-se ex cathedra [desde a Cátedra de Pedro], isto é, quando executa o cargo de
pastor e professor de todos os cristãos de acordo com a sua suprema Autoridade Apostólica,
explica uma doutrina de fé ou moral a ser crida pela Igreja universal… opera com aquela
infalibilidade com a qual o divino Redentor quis que a Sua Igreja fosse instruída ao definir
doutrinas acerca da fé ou moral… Mas se alguém presumir em contradizer esta
Nossa definição (que Deus impeça): seja anátema.»29
Por definição, um papa é o Bispo de Roma que possui a jurisdição suprema na Igreja, e que
PODE ensinar infalivelmente, se cumprir com os requisitos necessários. Se ele é incapaz de
se pronunciar infalivelmente, ele então não é um papa válido!
Todas estas posições cismáticas (ex., a rejeição da SSPX das «canonizações» proclamadas
pelos seus «papas») e perversões do Ofício Papal são resultado falha da SSPX em enxergar a
verdade da posição sedevacantista (isto é, que os «papas» do Vaticano II não são papas de
modo algum, mas antipapas).
Na sua conferência em Denver em 2006 (publicada num artigo de The Angelus), o Bispo
Fellay da SSPX mencionou um ponto muito importante. Ele admitiu que, no seu encontro
pessoal com o Antipapa Bento XVI, o antipapa deixou bastante claro para ele que a SSPX
precisa aceitar o Vaticano II.
Bispo Bernard Fellay, conferência em Denver, 18 de Fevereiro de 2006: «A seguir, ele [Bento
XVI] passou para o segundo nível. E disse que o segundo nível é a aceitação do Concílio… O
Papa indicou claramente pelas palavras que utilizou durante a audiência, que,
para ele, é impossível aceitar alguém na Igreja, pelo menos no seu, digamos,
jeito moderno de encarar a Igreja, que não aceitasse o Concílio. Ele foi bastante
claro. Quando ouvi estas palavras lá, e especialmente uma palavra posterior, para mim, a
grande luta que teremos sob o este pontificado será a luta sobre o Concílio.»30
Quantas mais vezes isto precisa ser provado? Os falsos tradicionalistas precisam
abandonar a sua posição impossível, de acordo com a qual é aceitável rejeitar o Vaticano II e
aceitar os «papas» do Vaticano II como legítimos ao mesmo tempo. Eles precisam de rejeitar
o Vaticano II e os antipapas não-católicos que o impuseram.
Pontos importantes a respeito da alegação feita por apoiantes da SSPX — e
por aqueles que sustentam posições similares — de que eles simplesmente
levam uma vida católica, vão à SSPX (ou a alguma outra capela
independente) e não se envolvem nestas questões, tais como o
sedevacantismo
Então, se é assim — se você não tem autoridade para se envolver nestas questões e é
somente um «simples leigo que vai a Missa» e tenta viver a fé católica — ENTÃO VOCÊ NÃO
TEM QUALQUER DIREITO DE IR À SSPX OU A OUTRA CAPELA INDEPENDENTE.
Pois, a conclusão é que se alguém pode aceitar a Nova Missa e a religião do Vaticano II
e salvar a sua alma, então não há absolutamente qualquer justificação para ir a uma capela
independente ou à SSPX. É tudo uma questão de preferência, neste caso. Mas se uma
pessoa sustenta que a Fé obriga-a a rejeitar a Nova Missa e a religião do Vaticano
II como algo que irá causar a perca da sua salvação (o que é verdade), então a
igreja local e a Nova Missa (e as autoridades que a impôs) não podem
representar a Igreja Católica. Isto leva incontornavelmente à posição sedevacantista,
pois a Santa Igreja Católica não nos conduz ao Inferno.
Esperemos que tudo isto demonstre uma vez mais que a única posição católica é,
obviamente, a posição sedevacantista, e que todas as outras falsas posições são inconsistentes
com o ensinamento católico. Visto que a SSPX promove posições heréticas que são
inconsistentes com o ensinamento católico, nenhum católico pode apoiá-los financeiramente
sob pena de pecado mortal.
Na altura em que este livro está a ser finalizado (2007), tem havido algum rumor de que a
SSPX irá entrar em plena comunhão com a seita Vaticano II, em troca de uma permissão
mais ampla para a Missa Latina por parte do Antipapa Bento XVI e de um possível
levantamento das excomunhões contra a sociedade deles. Se isto acontecer, irá representar
a SSPX a vender-se completamente à Contra Igreja. Bento XVI, sendo ele guiado pelo
Demónio, está bem ciente que, nesta altura, a apostasia da seita Vaticano II está tão
firmemente instalada, e que quase todos os padres são inválidos visto que são ordenados nos
novos ritos de Paulo VI, que ele tem margem para fazer concessões a grupos de mentalidade
tradicionalista com o intuito de os trazer de volta para Contra Igreja, onde irão negar Cristo
completamente mediante aceitação completa da nova religião e de coisas tais como uma
«canonização» do apóstata João Paulo II.
Se Bento XVI de facto conseguir finalizar um acordo desse tipo com a SSPX, não vos
enganeis; será uma jogada táctica do Demónio para tentar ludibriar os falsos tradicionalistas
neste último estágio da Grande Apostasia. Se isto ocorrer, nós achamos que o que irá resultar
será uma fragmentação da SSPX em facções pró e contra a reunião completa com a Contra
Igreja.
Notas finais:
1 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, Kansas City, MO: Angelus
Press, 2004.
2 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 536.
3 The Papal Encyclicals, por Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 1 (1740-
1878), pág. 229.
4 The Angelus, Angelus Press, Maio de 2000, pág.21
5 Padres Apostólicos, Volume I, Coleção Patrística. Ed. Paulus, traduzido por Ivo Storniolo
e Euclides M. Balancin.
6 Jurgens, The Faith of the Early Fathers, Collegeville, MN: The Liturgical Press, 1970,Vol.
2:1371a.
7 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 317.
8 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 275.
9 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co. Thirtieh Edition, 1957, nº
1836.
10 Santo Afonso Ligório, The Great Means of Salvation and Perfection, 1759, pág. 23.
11 Citado por Tanquerey, «Synopsis Theologiæ Dogmaticæ Fundamentalis» (Paris, Tournai,
Rome: Desclee, 1937), nova edição, ed. Por J.B. Bord, Vol. 1, pág. 624, nota de rodapé nº 2.
12 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 487.
13 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 489.
14 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 492.
15 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 501.
16 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 536.
17 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pp. 537, 623.
18 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 537.
19 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 547.
20 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 548.
21 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 549, 625.
22 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 561.
23 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 548.
24 Bispo Tissier de Mallerais, The Biography of Marcel Lefebvre, pág. 549, 625.
25 Entrevista com The Remnant, edição de 15 de Maio de 2005.
26 The Papal Encyclicals, Vol. 4 (1939-1958), pág. 41.
27 Entrevista publicada em The Remnant, Forest Lake, MN.
28 The Papal Encyclicals, Vol. 2 (1878-1903), pág. 396.
29 Denzinger 1839.
30 The Angelus, «A Talk Heard Round the World», pág. 15.
31 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, Vol. 1, pág. 234.
Ao longo dos anos, ouvimos diferentes opiniões sobre a Devoção da Divina Misericórdia;
não tínhamos uma opinião formada acerca da mesma. O facto é que em 1950, a Devoção
da Divina Misericórdia foi suprimida e o diário da Irmã Faustina foi posto no
índice de livros proibidos. Somente depois do Vaticano II é que este foi reabilitado, por
João Paulo II, em todo o mundo. Além disso, algo que nos preocupava é que tal devoção
parecia ser popular no meio dos «católicos» carismáticos, e que parecia ser utilizada como
um substituto do Rosário. Há algum tempo atrás, um de nós decidiu dar uma vista de olhos
no livro com mais de 600 páginas A Misericórdia Divina na minha alma, um diário escrito
pela Irmã Faustina Kowalski. Abaixo seguem-se apenas algumas das coisas estranhas que
encontrámos nessa investigação que foram suficientes para convencer-nos de que essa
«devoção» é algo a evitar.
Na página 23 do livro A Misericórdia Divina na minha alma (O Diário da Irmã Faustina), é
dito: «… e a hóstia saiu do tabernáculo e pousou nas minhas mãos, e eu, com
alegria, coloquei-a de volta no tabernáculo. O mesmo sucedeu-se uma segunda
vez, e eu de igual forma agi. E, por surpresa, aconteceu uma terceira vez…»1
Na página 168, é dito: «No momento em que me ajoelhei para negar a minha própria
vontade, tal como o Senhor pedira-me para fazer, ouvi esta voz na minha alma: “De agora em
diante, não temas o julgamento divino, pois não serás julgada.”»3 (De 4 de Fev. de
1935)
Na página 176, «Jesus» diz a ela: «És uma doce uva e um cacho escolhido; quero que o
sumo que flui dentro de ti seja partilhado com os outros.»4
Na página 191, «Jesus» diz a ela: «Por ti, reterei a minha mão que pune; por ti abençoarei
a Terra.» (Ver também a página 378.)5
Na página 247, «Jesus» diz a ela: «Saiba também disto, Minha filha: Todas as
criaturas, ora cientes disso ou não, quer queiram quer não, sempre cumprem a
minha vontade… Se quiseres, filha minha, criarei neste instante um novo mundo, mais
bonito que este, no qual viverás para o resto da tua vida.»6
Na página 260, «Jesus» diz a ela: «Pois muitas almas voltarão das portas do Inferno e irão
fazer culto à Minha misericórdia.»7
Na página 374, «Jesus» disse: «Se não adorarem a Minha misericórdia, perecerão por
toda a eternidade.»8
Na página 382, «Jesus» disse: «Desejo que a Minha misericórdia seja cultuada.»9
Na página 288, «Jesus» disse: «É por isso que uno-me a ti de uma forma tão íntima
que não é equiparável a qualquer outra.»10
Na página 400, «Jesus» disse: «Observo o teu amor tão puro, mais puro que aqueles dos
anjos, e mais ainda porque continuas a combater. Por ti abençoarei o mundo.»11
Na página 417, lemos que «Jesus» supostamente fez a seguinte introdução à Irmã Faustina:
«Diz ao Superior Geral para contar contigo como a irmã mais fiel na Ordem.»12
Na página 583, a Irmã Faustina disse: «Quando recebi o Mensageiro do Sagrado Coração na
minha mão e li o relato da canonização de Sto. André Bobola, a minha alma foi invadida
por um grande desejo de a nossa congregação também ter um santo, pelo que
chorei como uma criança pois não havia santos entre nós. E disse ao Senhor,
“conheço a vossa generosidade, mas parece que sois menos generoso connosco.” E comecei
a chorar uma vez mais como uma criança. E o Senhor Jesus disse-me, “Não chores. Tu és
essa santa.”»13
Na página 602, lemos que «Jesus» supostamente disse: «Não os suporto, pois não são
nem bons nem maus.»14
Na página 612, lemos que «Jesus» supostamente disse: «Tenho um especial amor pela
Polónia, a qual, se for obediente à Minha vontade, exaltarei em poder e santidade. Dela
sairá a faísca que preparará o mundo para a Minha vinda final.»15
Na página 643, lemos que a Irmã Faustina disse após receber a comunhão: «Jesus,
transformai-me noutra hóstia! (…) Sois grande e todo-poderoso; está em vosso poder
conceder-me tal favor. E o Senhor respondeu-me: “Tu és uma hóstia viva.”»16
Na página 208, «Jesus» supostamente falou à irmã Faustina sobre a Devoção da Divina
Misericórdia e supostamente instruiu-a a respeito daquilo que deve ser dito nas contas do
Rosário: «Essa oração [a Devoção da Divina Misericórdia] irá servir para apasiguar a minha
ira. A recitarás por nove dias, nas contas do Rosário, da seguinte maneira: Primeiro,
dirás um Pai Nosso, uma Avé Maria e o Creio em Deus. Então, nas contas do Pai Nosso,
dirás as seguintes palavras: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e
a Divindade do Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos
pecados e dos do mundo inteiro.” Nas contas da Avé Maria, dirás as seguintes
palavras: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.” Em
conclusão, recitarás três vezes as seguintes palavras: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal,
tende piedade de nós e do mundo inteiro.”»17 (Sábado, 14 de Set., 1935)
As afirmações supracitadas apresentam-nos vários problemas. O primeiro problema é a
promoção da prática da Comunhão na mão, que é alegadamente promovida por Nosso
Senhor. A hóstia transporta-se para as mãos dela várias vezes; Nosso Senhor supostamente
diz que deseja repousar em suas mãos. Cremos que isto é uma artimanha diabólica para que
a prática da Comunhão na mão fosse intelectualmente aceite de antemão, antes da religião
do Vaticano II.
Em segundo lugar, vemos louvores desnecessários feitos à irmã. Vemos coisas ditas
supostamente por Nosso Senhor a ela que não cultivariam humildade, mas sim vaidade —
que basicamente ela é a melhor coisa que há no mundo. Não cremos que Nosso Senhor
alguma vez a instruiria a dizer ao seu superior que ela era a irmã mais fiel da Ordem. Nosso
Senhor poderia dizê-lo ao superior, caso pretendesse que tal facto fosse conhecido.
Em terceiro lugar, vemos que é dito à Irmã Faustina que a faísca de Deus — que preparará
o mundo para a Sua Segunda Vinda — vem da Polónia! A interpretação disto é que a pessoa
escolhida por Deus foi João Paulo II, que era da Polónia! Uma vez que sabemos que João
Paulo II foi um apóstata, um antipapa não-católico, um homem que promovia falsas religiões
do mundo, isso demonstra-nos uma vez mais que as revelações da Irmã Faustina vieram do
demónio. De facto, diz-nos o quanto o demónio queria obter apoio para João Paulo II.
Em quinto lugar, e talvez o mais importante, iria Deus revelar uma nova devoção a ser dita
nas contas do Rosário pouco tempo após a Sua Mãe ter vindo à Fátima operar um portentoso
milagre para revelar, entre outras coisas, a necessidade do Rosário? A instrução específica
dada à Irmã Faustina para a Devoção da Divina Misericórdia, de que essa deve ser rezada nas
contas do Rosário, é claramente, cremos, o substituto do demónio para o Rosário. E temos
visto tal prática a ser utilizada deste modo no caso de muitas almas. A Devoção da Divina
Misericórdia é uma falsificação astuta que, sendo ela tradicional em muitos aspectos, serve o
propósito do demónio de conseguir que esta contra-devoção seja inserida nos círculos
conservadores, os quais dela se servirão como substituto do Rosário.
Levando em consideração todas essas coisas, a devoção da Divina Misericórdia é
algo a ser evitado pelos católicos. Devem ao invés rezar um Rosário extra ou as Estações
da Cruz.
Notas finais:
1 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, Stockbridge, MA: Marian Press, 1987,
pág. 23.
2 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 89.
3 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 168.
4 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 176.
5 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 191.
6 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 247.
7 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 260.
8 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 347.
9 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 382.
10 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 288.
11 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 400.
12 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 417.
13 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 583.
14 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 602.
15 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 612.
16 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 643.
17 Divine Mercy in My Soul, The Diary of Sr. Faustina, pág. 208.
O Papa Pio XI pronunciou-se desde a Cátedra de Pedro em sua encíclica de 1931 Casti
connubiiacerca do matrimónio cristão. O seu ensinamento nos mostra que todas as formas
de prevenção de natalidade são malignas. Citamos um longo excerto da sua encíclica que
resume bem este assunto.
Papa Pio XI, Casti connubii, #53-56, 31 de Dezembro de 1930: “Vindo agora a tratar,
Veneráveis Irmãos, daquilo que se opõe aos bens do matrimónio, é necessário começar pelos
filhos, aos quais muitos se atrevem a chamar de pesado fardo da vida conjugal: de acordo
com eles, os cônjuges devem ser cuidadosamente poupados deste fardo, não certamente por
meio de uma virtuosa continência (permitida também no matrimónio, quando ambos os
esposos consentem), mas viciando o acto conjugal.
“Esses reivindicam o direito a essa licença criminosa porque, não suportando as crianças,
desejam satisfazer somente a voluptuosidade, mas sem nenhum encargo; outros, porque
não podem, dizem eles, nem guardar a continência, nem — por motivo de suas dificuldades
pessoais, ou da mãe ou da sua condição familiar — acolher mais filhos.
“Nenhum motivo, porém, por mais grave que seja, pode fazer com que o que vai
intrinsecamente contra a natureza seja honesto e conforme à mesma natureza;
e estando destinado o acto conjugal, por sua mesma natureza, à geração dos filhos, os que
no exercício do mesmo o frustram deliberadamente do seu
podere propósito naturais, obram contra a natureza e cometem uma acção
torpe e intrinsecamente desonesta.
“Por isso não é de admirar que as mesmas Sagradas Escrituras atestem com quanta aversão
a Divina Majestade tem perseguido este nefasto delito, castigando-o às vezes com a pena de
morte, como recorda Santo Agostinho: ‘Porque ilícita e impudicamente engana,
mesmo que seja com a sua legítima mulher, aquele que evita a concepção da
prole.’ Que foi o que fez Onan, filho de Judas, pelo qual Deus lhe tirou a vida (Génesis 38:8-
10).
“Tendo, pois, alguns manifestamente se separado da doutrina cristã, ensinada desde o
princípio e transmitida em todo tempo sem interrupção, e tendo pretendido publicamente
proclamar outra doutrina, a Igreja Católica, a quem Deus mesmo confiou o ensinamento
e defesa da integridade e honestidade de costumes, colocada, em meio desta ruína moral,
para conservar imune de tal profanação a castidade da união nupcial, eleva solenemente
a sua voz pelos Nossos lábios, em sinal de sua missão divina e uma vez mais
promulga que qualquer uso do matrimónio, que no exercício do qual o acto é
destituído da sua própria e natural virtude de procriação, vai contra a lei de
Deus e contra a lei natural, e os que tal cometem, se fazem culpáveis de um grave
pecado.”2
Vemos que o Papa Pio XI condena como pecado mortal todas as formas de contracepção
porque estas frustram o acto conjugal. Isto condena o PFN? Claro que sim, mas os defensores
do Planeamento Familiar Natural dizem que “não.” Eles argumentam que ao utilizar o
Planeamento Familiar Natural para evitar a concepção eles não estão frustrando
deliberadamente o actomatrimonial ou que não o estão privando propositadamente da
sua própria e natural virtude de procriação, como acontece no caso dos contraceptivos
artificiais. Eles argumentam que o PFN é “natural.”
O senso comum deveria dizer a todos que consideram profundamente este tema, que estes
argumentos são falaciosos uma vez que o PFN tem como objectivo evitar a concepção. Porém,
o intento de justificar o PFN ― alegar que não interfere com o acto conjugal em si e que,
portanto, é lícito ― deve ser especificamente refutado. E isso é feito através de uma cuidadosa
análise do ensinamento da Igreja Católica acerca do FIM PRIMÁRIO do matrimónio (e do
fim primário do acto conjugal), que condena o PFN.
O dogma católico nos ensina que o fim primário do matrimónio (e do acto conjugal) é a
procriação e educação da prole.
Papa Pio XI, Casti connubii, #17, 31 de Dezembro de 1930: “O fim primário do
matrimónio é a procriação e educação da prole.”3
Papa Pio XI, Casti connubii, #54, 31 de Dezembro de 1930:
“… estando destinado o acto conjugal, por sua mesma natureza, à geração dos
filhos, os que no exercício do mesmo o frustram deliberadamente do seu
poder e propósito naturais, obram contra a natureza e cometem uma acção torpe e
intrinsecamente desonesta.”4
Para além deste fim primário, também há fins secundários do matrimónio, tal como o
auxílio mútuo, o acalmamento da concupiscência, e o fomento do amor recíproco. Porém,
estes fins secundários devem permanecer sempre subordinados ao fim
primário do matrimónio (a procriação e a educação da prole). Este é um ponto-
chave que se deve considerar numa discussão sobre o PFN.
Papa Pio XI, Casti connubii, #59, 31 de Dezembro de 1930: “Há, pois, tanto no matrimónio
como no uso do direito matrimonial, fins secundários ― tais como o auxílio mútuo, o fomento
do amor recíproco e o acalmamento da concupiscência ―, que de maneira alguma está
interdita aos esposos, DESDE QUE SE MANTENHA ORDENADO AO FIM
PRIMÁRIO e se salvaguarde sempre a natureza intrínseca do acto.”5
Portanto, apesar de o PFN não interferir directamente com o acto conjugal em si, como
afirmam os seus defensores, isso não faz qualquer diferença. O PFN é maligno porque a
sua práticasubordina o fim (ou propósito) primário do matrimónio e do acto
conjugal (que é a procriação e a educação da prole) aos fins secundários.
O PFN faz com que o fim primário do matrimónio fique subordinado a outras
coisas por tentar evitar deliberadamente a prole (isto é, evitar o fim primário)
enquanto se tem relações matrimoniais. O PFN, portanto, inverte a ordem desejada
por Deus. Faz precisamente o que o Papa Pio XI solenemente ensinou que não é lícito fazer.
E este ponto refutatodos os argumentos usados por quem defende o PFN; pois todos os seus
argumentos focam-se no acto conjugal em si, enquanto ignoram o facto de que não faz
diferença alguma não interferir com o próprio acto se os esposos subordinam ou frustram o
FIM primário do matrimónio.
Não é complicado entender que é mau utilizar o Planeamento Familiar Natural para evitar
a gravidez. Está escrito no coração do homem que tal actividade é maligna.
Génesis 30:1-2: “Ora Raquel vendo que ela era infecunda, teve inveja a sua irmã, e disse ao
marido: Dá-me filhos, senão morrerei. Jacob enfadado lhe respondeu: Acaso estou
eu em lugar de Deus, que te te privou do fruto do teu ventre?”
Todos sabemos que Deus é Aquele que dá a fecundidade, é Aquele que dá e tira a vida.
Génesis 30:22: “Tendo-se lembrado o Senhor também de Raquel, a ouviu e a fez fecunda.”
1 Reis 2:6: “O Senhor é o que tira a vida e a dá, leva a sepultura e tira dela.”
Então, por que uma mulher que deseja cumprir a vontade de Deus faria um esforço
sistemático para evitar que Deus lhe enviasse uma nova vida? Que desculpa poderá inventar
tal pessoa para calcular como ter relações conjugais sem engravidar-se do filho que Deus lhe
ia enviar? Por que uma mulher (ou um homem), que crê que Deus dá a fecundidade,
recorreria a tabelas de gráficos, ciclos e termómetros, num meticuloso e organizado esforço
para evitar que Ele fecundasse? A resposta é que aqueles que se envolvem numa actividade
como o PFN opõem-se a Deus (que é no que consiste a essência do pecado) e negam-se a
abrir-se à Sua vontade.
“Estimado editor… Eu era uma divorciada pagã sem religião antes de conhecer o meu esposo
que, naquela altura, era um católico minimamente praticante. Converti-me ao catolicismo
em 1993 e nos casamos em 1994. Naquela época, eu não fazia ideia de que era permitido aos
católicos fazer alguma coisa para evitar a concepção. Eu nunca tinha sequer ouvido falar do
PFN até que o sacerdote com quem nos reunimos por seis meses antes do nosso casamento
deu-me uma resma de papel e basicamente disse-me ‘aqui está, é do seu interesse aprender
isto.’ Quando cheguei à casa, folheei brevemente os papéis. Vi calendários, adesivos, e
gráficos. Para ser honesta, pareceu-me totalmente alucinante todo o esforço que as pessoas
estão dispostas a fazer para ter relações íntimas sem consequências. Foi também chocante
para mim o facto de que isto já estava a ser promovido mesmo antes de eu fazer os votos no
dia do meu casamento! Atirei os papéis ao lixo e nunca me arrependi disso. Estou agradecida
por jamais ter aprendido o PFN… Pergunto-me, qual de meus filhos não estaria aqui se eu
tivesse decidido manter os papéis e aprender o PFN?”
“Estimado editor… Sou mãe de sete filhos e posso compartilhar as minhas próprias
experiências. O PFN não ajudou o meu matrimónio. Lutei para reconciliar-me com o facto
de que as Escrituras declaram que o marido e a mulher devem ser submissos e não separar-
se salvo na oração. Estávamos a evitar a gravidez… pura e simplesmente. Não pode haver
nada de espiritual em dizer ao seu cônjuge que não se pode participar no acto marital por
temor que uma criança seja concebida. O dicionário de Webster define a contracepção como:
‘prevenção deliberada da concepção ou fecundação.’ Um esforço sistemático em registar e
manter vigilância de modo a evitar os dias férteis é evitar deliberadamente a concepção. Eu
tenho amigas que o usam. Eu falei com elas muito pessoalmente. Elas não querem mais
filhos. Estão a usar o PFN como um controlo da natalidade, que é o que isso é. E uma amiga
adoptou-o faz onze anos e ‘não teve ainda qualquer acidente’. (…) Posso dizer que Santo
Agostinho tinha toda a razão quando escreveu em Os costumes dos maniqueus: ‘O
matrimónio, como proclamam as próprias tábuas do matrimónio, unem o varão e a mulher
para a procriação da prole. Qualquer um que diga que procriar filhos é um pecado pior que a
copulação, proíbe o propósito do matrimónio; e faz que a mulher não seja mais uma esposa,
mas uma prostituta, que, quando recebe certas prendas, se une com o marido para satisfazer
a sua luxúria. Se há esposa, há matrimónio. Mas não há matrimónio onde se evita a
maternidade, uma vez que então não haveria esposa.’ (…) O meu comentário favorito foi feito
recentemente por outro autor que comparou o PFN a um cultivador que planta o seu milho
em pleno inverno para evitar uma colheita frutífera.”
“Estimado editor… Permita-me simplificar o debate do PFN: se a vossa intenção é evitar a
prole então na realidade não importa que método utilizais. Já cometestes o pecado. Porém,
se utilizais o contraceptivo como vosso método de eleição, acrescentais um segundo pecado
ao primeiro. Em relação à tão repetida mantra de ‘graves motivos,’ deixai-me dizer o
seguinte: nomeai um. Procurai profundamente no vosso coração e nomeai um que seja real
e verdadeiramente grave… Nós utilizámos o PFN por algum tempo… e isso fez-nos sentir
uma repugnância desde então. Durante aquele tempo poderíamos ter tido pelo menos mais
dois filhos.”
“Ao editor: O PFN é uma das principais infiltrações da new-age nos princípios relativos ao
sexo mantidos pela Igreja, junto com a educação sexual e a imodéstia no vestir… Na medida
em que os católicos modernos foram condicionados a adoptar ideias mutuamente
contraditórias enquanto as defendiam como consonantes, eles deixaram-se enganar
facilmente pela noção de que o PFN, como se pratica comummente, é, de alguma maneira,
diferente de controlo de natalidade. Não tenho formação alguma em teologia moral, mas, no
entanto, até eu sei que o objectivo de uma acção determina a sua substância. Quando um
casal se une em relações deliberadamente estéreis, isto é chamado de controlo de natalidade,
pura e simplesmente.”
Tobias 6:16-18, 22: “Então o anjo Rafael disse a Tobias: (...) São os que se casam com
tais disposições que lançam a Deus fora do seu coração e do seu espírito, e se
entregam à sua paixão, como o cavalo e o macho, que não têm entendimento: é
sobre estes que o demónio tem poder. Porém tu, quando a tiveres recebido, tendo
entrado na câmara, viverás com ela em continência durante três dias, e não cuidarás noutra
coisa que em fazer oração com ela. (…) Passada a terceira noite, tomarás a donzela no temor
do Senhor, levado mais pelo desejo de ter filhos, do que por sensualidade…”
A palavra matrimónio significa “o ofício da maternidade.” Aqueles que usam o PFN evitam
o matrimónio (o ofício da maternidade) e excluem a Deus de si mesmos.
São Cesário de Arles: “Cada vez que ele se une a sua esposa sem um desejo de ter filhos… sem
dúvida comete pecado.”7
Erros Condenados pelo Papa Inocêncio XI: “9. O acto do matrimónio, praticado
somente pelo prazer, carece absolutamente de toda culpa e de defeito venial.” –
Condenado8
Os factos que se seguem são talvez os mais incriminatórios para a prática do “Planeamento
Familiar Natural.”
Se o planeamento familiar tivesse tido sucesso no passado, jamais teria existido a Santa
Bernadette de Lourdes, que nasceu num cárcere; nem teria existido a Santa Teresa de
Lisieux, que nasceu de uma mãe enferma que havia perdido três filhos seguidos; nem o Santo
Inácio de Loyola, o décimo terceiro dos treze filhos;9 e certamente nunca teria havido
a Santa Catarina de Siena, que foi a vigésima-terceira de uma família de vinte
cinco filhos!10
Poder-se-iam multiplicar por páginas os exemplos de santos que foram os últimos de
muitíssimos filhos. Santa Catarina de Siena e o resto dos santos que teriam então sido
excluídos da existência pelo PFN se levantarão no juízo contra a geração do PFN. Aqueles
que praticam o Planeamento Familiar Natural não falhariam em informar a mãe de Santa
Catarina que não haveria motivo algum em ter cinco filhos (muito menos vinte cinco!), e que
ela estaria perdendo o seu tempo com todas estas gravidezes.
Uma mãe de muitos filhos que estava perto de dar à luz uma vez mais, foi a Ars (o lugar
onde vivia São João Vianney) para pedir-lhe ânimo. Ela lhe disse: “Oh, estou em tão avançada
idade, Padre!” São João Vianney lhe respondeu: “Consola-te, filha minha, se soubesses
quantas mulheres vão para o Inferno porque não trouxeram ao mundo as crianças que lhe
deviam ter dado! ”
1 Timóteo 2:15 : “Contudo ela se salvará pelos filhos que der ao mundo, se
permanecer na fé e na caridade, e em santidade junta com modéstia.”
A Escritura nos ensina que a mulher pode salvar-se pela maternidade (se ela for católica e
morrer em estado de graça). Mas os defensores do PFN querem fazer-nos crer que a mulher
pode salvar-se evitando os filhos. Por outro lado, assim como a mulher que cumpre com a
vontade de Deus e mantém o estado de graça no seu matrimónio se salva por sua
maternidade, da mesma maneira inúmeras mulheres se condenam por não terem tido os
filhos que Deus queria que tivessem.
“Buscai pois primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas se vos
acrescentarão.” (Mt. 6:33).
Objecções
Resposta: Já respondemos anteriormente a esta objeção. Não iremos repetir tudo aqui.
Simplesmente resumiremos de novo que o PFN está condenado porque subordina
o FIM primário do matrimónio e o acto conjugal a outras coisas. Isto faz com que o facto de
o PFN não fazer nada para frustrar o acto matrimonial em si se torne irrelevante, posto que
com a utilização deste se frustra o fim primário do matrimónio.
2ª Objecção) O Papa Pio XII ensinou que há pelo menos algumas razões pelas quais o
planeamento familiar é lícito. Então vós não tendes o direito de condená-lo, já que ele era o
papa.
Resposta: É verdade que o Papa Pio XII ensinou que o Planeamento Familiar Natural era
lícito por certas razões numa série de discursos falíveis nos anos 50. Porém, isto não justifica
o PFN. Os discursos de Pio XII foram falíveis e, logo, eram vulneráveis ao erro.
No estudo dos erros papais através da história como parte dos preparativos para a
declaração dogmática da infalibilidade papal, os teólogos do Concílio Vaticano I descobriram
que mais de 40 papas mantiveram opiniões teológicas erradas. Num caso bem conhecido de
erro papal, o Papa João XXII manteve a falsa opinião de que os justos do Antigo Testamento
não receberiam a visão beatífica até após o Juízo Final. O Papa Honório I, um pontífice
romano validamente eleito, foi condenado pelo Terceiro Concílio de Constantinopla por
fomentar a heresia monotelita (a crença de que Cristo só tinha uma vontade). Mas nenhum
desses erros foram ensinados pelos papas desde a Cátedra de São Pedro. Do mesmo modo, o
discurso do Papa Pio XII às parteiras italianas não é uma declaração desde a Cátedra de São
Pedro.
Talvez o caso notório de erro papal na história da Igreja foi o “sínodo cadavérico” de 897.
Este foi onde o corpo do falecido Papa Formoso ― que todas as evidências indicam ter sido
um papa santo e devoto ― foi condenado após a sua morte pelo Papa Estêvão VII por uma
série de supostas violações da lei canónica.11 O Papa Sérgio III foi também a favor desta
condenação, enquanto os papas posteriores Teodoro II e João IX se opunham. Isto deveria
mostrar-nos muito claramente que nem todas as decisões, discursos, opiniões ou
juízos de um papa são infalíveis.
Pode-se argumentar que Pio XII foi um dos papas mais débeis da história da Igreja. (Não
estamos a falar dos antipapas do Vaticano II já que eles não foram, nem são papas). Para dar
apenas alguns exemplos, Pio XII permitiu que florescesse a heresia e o modernismo;
modernizou a liturgia da semana santa; ensinou que a Evolução teísta poderia ser crida e
ensinada por sacerdotes e teólogos católicos; e permitiu que se espalhasse uma desenfreada
negação do dogma Fora da Igreja Não há Salvação. Ele foi um papa válido, mas foi
verdadeiramente a ponte para o apóstata Segundo Concílio do Vaticano e para os antipapas
que o impuseram. Enganam-se aqueles que julgam ser seguro crer em algo simplesmente
porque foi adoptado por teólogos pré-Vaticano II ou pelo Papa Pio XII em sua
capacidade falível. Apesar de a explosão da Grande Apostasia ter-se dado no Vaticano II, o
seu impulso para uma deserção da fé já estava em andamento muito antes do Vaticano II,
como se torna evidente ao analisarmos muitos livros anteriores ao Vaticano II onde
se promovem heresias condenadas e modernismo. A maioria dos sacerdotes já haviam caído
em heresia na década de 1950, como se prova pelo facto de que quase todos eles aceitaram e
abraçaram a nova religião da Igreja do Vaticano II quando esta foi imposta.
3ª Objecção) Eu sei que o Pleaneamento Familiar Natural é sempre maligno, excepto por
certas razões, e nestes casos é permitido.
Nenhum motivo, por mais grave que seja, pode fazer que algo que é intrinsecamente mal
possa converter-se em algo honesto e bom. O Planeamento Familiar Natural subordina o fim
primário do acto conjugal (a procriação e educação da prole) a outras coisas e é, portanto,
proibido.
E isto nos leva a outro ponto. Se o PFN não fosse pecado ― se fosse meramente
“natural” como dizem ― então, por que os esposos não podem usar o PFN
durante todo o seu matrimónio e não ter filho algum? Se o PFN não fosse pecado,
então todas as mulheres estariam perfeitamente livres de usar este método de controlo da
natalidade para prevenir o nascimento de qualquer criança, de modo que nem sequer uma
pudesse nascer. Porém, basicamente todos os defensores do PFN admitiriam que seria
imoral e gravemente pecaminoso usar o PFN para evitar toda nova vida. No entanto, quando
eles reconhecem isto, eles estão admitindo que o PFN é um pecado; senão, caso contrário,
teriam de admitir que o PFN pode ser usado por todos os esposos por qualquer motivo para
evitar toda a prole.
4ª Objecção) Na própria encíclica Casti connubii, o Papa Pio XI ensinou que os casais podem
fazer uso dos períodos em que a mulher não pode engravidar.
Papa Pio XI, Casti connubii, #59, 31 de Dezembro de 1930: “Nem se pode dizer que obrem
contra a ordem da natureza os esposos que fazem uso do seu direito seguindo a recta razão
natural, ainda que por certas causas naturais, seja de tempo, seja de outros defeitos, não se
siga deste o nascimento de um novo vivente. Há, pois, tanto no matrimónio como no uso do
direito matrimonial, fins secundários ― tais como o auxílio mútuo, o fomento do amor
recíproco e o acalmamento da concupiscência ―, que de maneira alguma está interdita aos
esposos, DESDE QUE SE MANTENHA ORDENADO AO FIM PRIMÁRIO e se
salvaguarde sempre a natureza intrínseca do acto.”13
Resposta: Sim, o Papa Pio XI ensinou que os esposos podem fazer uso do seu direito
matrimonial em tempos inférteis da mulher (ou quando há algum defeito da natureza ou da
idade que impeça o nascimento de um novo vivente). Mas ele não ensinou que se
pode restringir intencionalmente o acto conjugal aos tempos inférteis para evitar gravidez,
como no Planeamento Familiar Natural.
É por esta razão que, na mesma passagem citada anteriormente, o Papa Pio XI reitera que
todo uso do direito matrimonial ― inclusive quando a nova vida não pode ser concebida
devido ao tempo de infertilidade ou a defeitos naturais ― deve manter os fins secundários do
matrimónio subordinados ao fim primário! Este ensinamento é um golpe mortal contra o
PFN, já que o próprio PFN consiste na subordinação do fim primário do matrimónio (a
procriação e educação da prole) a outras coisas. Portanto, em suma, a passagem citada
anteriormente não ensina o PFN, senão meramente enuncia o princípio de que os esposos
podem utilizar o seu direito a qualquer momento. Ademais, no mesmo parágrafo,
precisamente aquele que os defensores do PFN erroneamente deturpam para justificar a sua
prática pecaminosa de controlo da natalidade, o Papa Pio XI condena o PFN reiterando o
ensinamento do fim primário do matrimónio, o qual o PFN subordina a outras coisas.
5ª Objecção) Todos admitem que o “Planeamento Familiar Natural” pode ser utilizado para
ajudar a esposa a engravidar. Portanto, o mesmo método pode ser utilizado para evitar a
gravidez.
Resposta: Quando um cego guia outro cego, ambos cairão no precipício (Mateus 15:14). Os
esposos que usam o PFN sabem que estão cometendo pecado. Está escrito em seus corações.
Eles não necessitam que um sacerdote lhes diga que isto é mau. Sim, os sacerdotes que
obstinadamente instruem as pessoas acerca do PFN como algo bom e defendem este método
de controlo de natalidade também são culpados, mas isto não iliba da responsabilidade os
esposos que seguem o seu mal conselho.
É por isso que nós insistimos que aqueles que doam dinheiro a sacerdotes “tradicionalistas”
que promovem ou aceitam o PFN devem deixar de o fazer imediatamente se não querem
participar do seu pecado e juntar-se a eles no Inferno, já que estes sacerdotes estão a guiar
almas para o Inferno.
Isto inclui os sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, a Sociedade São Pio V, a
C.M.R.I. e quase todos os sacerdotes independentes nesta altura da Grande Apostasia.
Conclusão
Os esposos que tenham utilizado o PFN, mas que estão dispostos a mudar, não devem
desesperar. O PFN é maligno, mas Deus é misericordioso e perdoará aqueles que estão
firmemente resolutos em alterar as suas vidas e confessar os seus pecados. Aqueles que
praticaram o PFN necessitam de arrepender-se do seu pecado e confessar a um sacerdote
validamente ordenado que praticaram o controlo de natalidade (deve-se mencionar por
quanto tempo se utilizou). Tanto a esposa como o marido que estiveram de acordo em usar
o PFN têm de confessá-lo. Devem abrir-se à vontade de Deus, prontificando-se a receber
todos os filhos que Deus desejar enviar-lhes, sem preocupações ou conhecimento de gráficos,
ciclos férteis ou estéreis, buscando primeiro o reino de Deus e a sua justiça, deixando que
Deus planifique a sua família.
Notas finais:
1 The Papal Encyclicals, by Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, vol. 5, pág.. 227;
https://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-
vi_enc_25071968_humanae-vitae_po.html
2 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pp. 399-400.
3 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.
4 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 399.
5 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.
6 www.seattlecatholic.com
7 Jurgens, The Faith of the Early Fathers, Collegeville, MN, The Liturgical Press, 1970, vol.
3:2233.
8 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
nº. 1159.
9 John. J. Delaney, Pocket Dictionary of Saints (abridged edition), New York: Double Day,
1980, pág. 251.
10 John. J. Delaney, Pocket Dictionary of Saints (abridged edition), 110.
11 Warren H. Carroll, A History of Christendom, vol. 2 (The Building of Christendom), Front
Royal, VA:Chrstendom Press, 1987, pág. 387.
12 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 399.
13 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 394.
1ª Parte do Artigo:
Toda a Verdade sobre a Conversão e
a Consagração da Rússia, e a Irmã Lúcia Impostora
“... cum placuerint Domino viae hominis inimicos quoque eius convertet ad pacem.”
* As ênfases dadas neste artigo (negritos, sublinhados, itálicos) não necessariamente são
as dos autores das próprias citações mas são minhas na sua grande maioria.
NESTE ARTIGO:
Uma das perguntas que mais frequentemente nos fazem tem que ver com a afirmação de
Nossa Senhora em Fátima, no dia 13 de Julho de 1917:
“Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer
establecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser
salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de
ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite,
alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai
a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e
ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado
Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus
pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo,
promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre
terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração
triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será
concedido ao mundo algum tempo de paz.”
“Os ‘papas’ do Vaticano II têm de ser verdadeiros papas,” prossegue assim a objecção,
“porque um deles irá finalmente consagrar a Rússia ao Coração Imaculado de Maria, e a
nação inteira se converterá à fé católica. Como isto ainda não aconteceu, não podes estar
certo em chamá-los de antipapas.”
Primeiro, ao examinar este assunto, é importante que as pessoas tirem das suas mentes
qualquer noção pré-concebida acerca deste tema. Precisam de estar preparadas para
fazer uma nova revisão aos factos. Tratemos já deste tão importante assunto:
Muitos sabem que o Papa Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria em
1942. Muitos, no entanto, não sabem que o Papa Pio XII consagrou especificamente a Rússia
ao Coração Imaculado de Maria em 1952.
Tornei-me ciente disso apenas quando comecei a estudar o assunto a fundo. Mas este facto
importante é revelado até nos livros promovidos pelo apostolado do “Padre” Nicholas
Gruner.
Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima (Toda a Verdade sobre
Fátima), vol. 1, pág. 498: “... em 1952. No dia 7 de Julho do mesmo ano, um mês
após o artigo escrito por Dhanis, o Papa Pio XII na sua carta apostólica Sacro
vergente anno, cumpriu esta consagração da Rússia e essa apenas, por nome—
e Dhanis a dizer que isso seria impossível!” (Immaculate Heart Publications)
Este facto pode também ser encontrado no livro Fatima in Twilight (Fátima em
Crepúsculo):
Mark Fellows, Fátima em Crepúsculo, pág. 119: “A carta foi enviada pedindo a Pio
que consagrasse a Rússia ao Coração Imaculado. Ele [Pio XII] assim o fez numa
carta destinada a todos os russos (Sacro vergente anno), escrevendo a seguinte
parte pertinente: ‘hoje Nós consagramos e de uma forma mais especial confiamos todos os
povos da Rússia a este Imaculado Coração...’” (Marmion Publications, 2003)
Papa Pio XII, Sacro vergente anno (Carta Apostólica), 7 de Julho de 1952: “... tal como a
uns anos atrás Nós consagramos toda a raça humana ao Coração Imaculado da
Virgem Maria, Mãe de Deus, assim hoje Nós consagramos e de uma forma mais
especial confiamos todos os povos da Rússia a este Imaculado Coração...”
Logo, é uma verdade incontestável o facto de que o Papa Pio XII consagrou
especificamente a Rússia ao Coração Imaculado de Maria.
Mas a Nossa Senhora não prometeu que a Rússia seria consagrada em união com todos os
bispos do mundo? Não! Este é um ponto-chave. Nossa Senhora pediu que a Rússia fosse
consagrada em união com todos os bispos do mundo, mas no dia 13 de Julho ela apenas
prometeu que “por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-
me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.” Note
que a Nossa Senhora não prometeu: “O Santo Padre e todos os bispos consagrar-me-ão a
Rússia...” Além disso, os Céus revelaram que, na verdade, o cumprimento em si da
consagração da Rússia não estaria de acordo com os seus pedidos originais; por exemplo,
que este seria “tarde” (mais acerca disso a seguir).
A questão que deve ser examinada é: a Nossa Senhora alguma vez disse que a
Rússia seria convertida à “fé católica”? Há alguma evidência de que a Nossa
Senhora alguma vez disse que a Rússia se converteria à fé católica? A resposta,
que provavelmente surpreenderá a muitos, é não. Terminei recentemente um minucioso
estudo dos três volumes da obra do Frade Michel, Toda a Verdade sobre Fátima (mais de
2000 páginas dedicadas a este assunto). Eu estava a procura de alguma evidência, qualquer
que fosse, de que a Nossa Senhora tenha alguma vez dito que a “conversão” da Rússia
significa que a nação russa se converterá à fé católica. Nesta obra de três volumes, não é
apresentada qualquer evidência de que o Nosso Senhor ou a Nossa Senhora chegaram a
prometer que a Rússia seria convertida à fé católica. [Por favor, entenda o seguinte: não
estou examinando a questão de caso os Céus queriam ou não a conversão da Rússia à fé
católica; é claro que queriam, visto que fora da Igreja Católica não há salvação. Estou no
entanto a tratar da questão de caso os Céus alguma vez disseram ou prometeram que a
nação da Rússia seria convertida à fé católica. Não existem provas de que em altura
alguma os Céus chegaram a prometer a conversão da Rússia à fé católica.]
“Mas é claro que isto significa que toda a nação será convertida à fé católica,” como uma
pessoa uma vez nos disse, “pois não poderia significar outra coisa!” Esta pessoa chegou
mesmo a afirmar que é um absurdo pensar que a Nossa Senhora usaria alguma vez a palavra
“conversão” para significar outra coisa que não uma conversão à verdadeira fé. Será mesmo?
Bem, esta pessoa poderá se surpreender ao descobrir que, em Provérbios 16:7, Deus Todo
Poderoso utilizou a palavra “conversão” não para significar uma conversão à
verdadeira fé, mas uma conversão de um inimigo perseguidor à paz (para um
cessar das suas acções persecutórias).
Após ter estudado este assunto em profundidade, e olhado novamente para os factos,
tornei-me firmemente convicto de que as palavras de Nossa Senhora estão estruturadas na
promessa de Provérbios 16:7 — a “conversão” da Rússia não significa a conversão da nação à
fé católica, mas sim a conversão de um inimigo perseguidor (Rússia) a algum tempo de paz.
Nós veremos exactamente o que isso significa à medida que formos avançando, e que as
evidências da mensagem de Fátima o tornem claro.
De modo a substanciar a sua posição de que a Rússia não foi ainda consagrada, o “Padre”
Gruner e os seus apoiantes trazem com frequência à discussão a tese de Portugal como o
“Cenário de Nossa Senhora.” Eles afirmam que quando os bispos portugueses consagraram
a nação ao Coração Imaculado de Maria, em 13 de Maio de 1931, o resultado foi um incrível
renascimento católico e uma reforma social. Eles dizem que a Nossa Senhora serviu-se de
Portugal como o “cenário” para dar-nos uma amostra daquilo que ela faria com a Rússia e
com o resto do mundo.
John Vennari, “It Doesn't Add Up (Isto Não Faz Sentido),” A Cruzada de Fátima, edição
inglesa, publicação #70: “Logo, não é difícil perceber por que Portugal nesta altura fora
chamado de ‘Cenário de Nossa Senhora.’ E este triplo milagre de Portugal serve-nos
de amostra para prevermos como a Rússia e o mundo parecerão após a
Consagração Colegial da Rússia.”
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 420:
“Curiosamente, neste acordo [da nação portuguesa], a religião católica não é reconhecida
como a religião oficial do Estado Português e, logo, teoricamente, a separação entre
Igreja e Estado mantém-se.”
Se nem mesmo Portugal (uma nação que já era quase completamente católica) tornou-se
uma nação católica após a sua consagração, isto é mais uma prova de que a conversão da
Rússia não significa a conversão da nação à fé católica. A Constituição Portuguesa de 1959
nem sequer menciona o nome de Deus. (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pág. 741)
ESTA POSIÇÃO TORNA-SE AINDA MAIS FORTE AO CONSIDERARMOS
O SUMÁRIO DA VISÃO DA IRMÃ LÚCIA EM TUY
A Nossa Senhora disse à Irmã Lúcia em 13 de Junho de 1929, em Tuy: “O momento chegou
no qual Deus pedirá ao Sumo Pontífice, em reunião com todos os bispos do mundo, para
consagrar a Rússia ao Coração Imaculado de Maria, prometendo que, por estes meios, essa
iria ser salva.”(Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 464)
O que é ALTAMENTE SIGNIFICATIVO é que o Frade Michel admitiu que a Irmã Lúcia,
em duas cartas ao Padre Gonçalves, resumira a sua comunicação em Tuy de uma maneira
um pouco diferente:
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 465: “[página
a seguir àquilo que acabou de ler] Esclareçamos desde já que em 1930, em duas
cartas ao Padre Gonçalves, a Irmã Lúcia exprimiu de uma forma ligeiramente
diferente os pedidos do céu...[Irmã Lúcia]: ‘O Bondoso Deus promete acabar com
a perseguição na Rússia se o próprio Papa fizer um acto solene de reparação e de
consagração da Rússia para os Corações Sagrados de Jesus e Maria assim como ordenar
todos os Bispos da Igreja Católica a fazerem o mesmo. O Santo Padre precisa então prometer
que ao fim desta perseguição ele irá aprovar e recomendar a prática da devoção reparatória
já descrita.’”
Portanto, de acordo com a Irmã Lúcia, quando o Nosso Senhor disse na mensagem de Tuy
que “salvará” a Rússia, isso significa que Ele prometeu “acabar com a perseguição na
Rússia,”corroborando assim o ponto de que não há evidências de que os Céus alguma vez
prometeram que a Rússia seria convertida à fé católica. Encontramos a mesma coisa numa
outra visão dos Céus, em 1940, na qual Nosso Senhor revelou à Irmã Lúcia:
Nosso Senhor à Irmã Lúcia, 22 de Outubro de 1940: “Eu punirei as nações pelos seus crimes
por meios de guerra, fome e perseguições contra a minha Igreja, e isto irá pesar
especialmente sobre o meu vigário na Terra. A Sua Santidade irá obter uma
abreviação nestes dias de atribulação se ele tomar atenção aos meus desejos ao
promulgar um acto de consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria, com
uma menção especial da Rússia.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 732)
A consagração da Rússia “irá obter uma abreviação” da tribulação que é causada pelas
perseguições da Rússia, coincidindo perfeitamente com o nosso ponto acerca do que a Nossa
Senhora queria dizer por “conversão” da Rússia. E mais importante ainda é o facto de, através
de uma consideração cautelosa das suas palavras de 13 de Julho, conseguirmos ver o que a
Nossa Senhora queria dizer no contexto por conversão da Rússia.
“A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio
XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida,
sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes,
por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para
a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a
comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se
converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e
perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer,
várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo
Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum
tempo de paz.”
Note, a consagração da Rússia foi requerida especificamente para prevenir “guerra... fome
e... perseguições à Igreja...” Isto mostra-nos o quão firmemente assentes estavam as palavras
de Nossa Senhora neste contexto específico quando referiu-se à consagração da Rússia — a
conversão deste inimigo à paz para um cessar das suas perseguições de “guerra... fome... à
Igreja.”
Este ponto é corroborado quando se considera o “grande sinal” mencionado por Nossa
Senhora no contexto do seu pedido da consagração da Rússia. A Nossa Senhora diz:
“Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o
grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da
guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir...” Este “sinal”
não foi um “pequeno sinal,” mas um “grande sinal” que os Céus concederam no contexto da
consagração da Rússia e das punições que seriam então prevenidas pela consagração da
Rússia.
Bem, todos sabemos que este “grande sinal” foi a luz desconhecida que iluminou o céu no
dia 25 de Janeiro de 1938, mesmo antes dos eventos precedentes à Segunda Guerra Mundial.
“Uma aurora boreal de um tamanho excepcional cobriu os céus da Europa
Ocidental ontem a noite; essa causou um reboliço em vários departamentos, que a
primeira pensaram ser uma chama gigante. Em toda a região dos Alpes, a população
encontrava-se muito intrigada com este estranho espetáculo. O céu estava incandescente
como uma imensa fornalha em movimento, irradiando um fortíssimo brilho de cor
vermelho-sangue.” (Le Nouvelliste de Lyon, 26 de Janeiro, 1938.)
Penso que a maioria concorda com o facto de, tendo em conta a perspectiva avantajada que
temos hoje, este sinal não nos parecer tão significativo. No entanto, no contexto da
consagração da Rússia, e a “guerra... fome e... perseguições à Igreja...” das
quais seria a prevenção, este foi o “grande sinal” que o Céu nos deu. Isto mostra-
nos uma vez mais o quão firmemente estavam inseridas neste preciso contexto as palavras
de Nossa Senhora sobre a consagração da Rússia — a conversão deste inimigo à paz para um
cessar das suas perseguições de guerra, perseguições à Igreja, etc.
De modo a entendermos melhor o que a Nossa Senhora queria dizer por “conversão da
Rússia,” é importante que compreendamos o que ela queria dizer com coisas
mencionadas no mesmo contexto; por exemplo, “várias nações serão
aniquiladas” e “os bons serão martirizados.”
Nossa Senhora de Fátima, 13 de Julho de 1917: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se
converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo
guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá
muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas...”
Muitos crêem que as palavras de Nossa Senhora “várias nações serão aniquiladas” e “os
bons serão martirizados” (como resultado de a Rússia ter espalhado os seus erros) ainda não
foram cumpridas. No entanto, a verdade é que ambas ambas já foram cumpridas.
Como veremos, até o Frade Michel, um autor cuja obra é promovida pelo apostolado de
Nicholas Gruner, admite que a tomada das Nações Bálticas e de outros estados
pequenos por parte da União Soviética durante o período que compreende a
Segunda Guerra Mundial, as quais a União Soviética simplesmente
anexou fazendo com que estas deixassem de existir, constituiu a aniquilação
das nações da qual a Nossa Senhora falou.
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pág. 190: “Em 1939
a URSS ainda era o único estado comunista do mundo... Seis anos depois... várias
nações foram apagadas do mapa, absorvidas pelo império soviético, uma dúzia
de nações entraram na órbita de Moscovo e mantiveram apenas a aparência de
liberdade, enquanto outras eram agitadas por guerras internas ou gravemente ameaçadas
pela subversão comunista. A profecia de Fátima estava a ser cumprida à letra.”
“Em 23 de Julho de 1940, Sumner Welles, actuando como Secretário de Estado Americano,
afirmou que ‘processos desonestos pelos quais a independência política e a
integridade territorial destas três pequenas repúblicas Bálticas — Estónia,
Letónia e Lituânia — seriam deliberadamente aniquiladas por um dos seus mais
poderosos vizinhos, chegaram rapidamente a sua conclusão.’” (Joint Baltic Nations
American National
Committee, https://web.archive.org/web/20070929165913/https://www.jbanc.org/65join
t.html )
Note que a absorção das nações bálticas pela União Soviética “aniquilou” a
independência política e a integridade territorial destas nações (isto é,
aniquilou o seu próprio estatuto de nação!) Um outro artigo no sítio de Internet do
jornal New York Sun nota que “... o comunismo não será lembrado tanto por aquilo que
deixou para trás quanto por aquilo que não deixou. As décadas de governação
totalitária aniquilaram culturas...” (https://www.nysun.com/arts/never-
forget/24866/ )
Irmã Lúcia ao Padre Fuentes, 1957: “Diga-lhes, Padre, que muitas vezes a Santíssima Virgem
disse aos meus primos, Francisco e Jacinta, assim como também a mim, que muitas
nações iriam desaparecer da face da terra. Ela disse que a Rússia seria o instrumento de
castigo escolhido pelos Céus para punir o mundo inteiro se nós, de antemão, não obtermos a
conversão daquela pobre nação.”
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pp. 193-194: “Será
necessário enumerar estas nações, as quais talvez a Nossa Senhora designou
anunciando que ‘várias nações seriam aniquiladas’? Arrancados de suas tradições
antiqüíssimas, e da sua Igreja, com suas sociedades destruídas pela grandiosa máquina
bolchevique, com efeito, estes países já não eram eles próprios... Há a Albânia onde a
perseguição contra a Igreja começou em 1945. Há a Hungria, com os seus sete
milhões de católicos em dez milhões de habitantes, onde o núncio apostólico foi expulso em
Abril de 1945... Há a Polónia (22 milhões de católicos), com a qual, em Setembro de
1945, o governo decidiu quebrar a concordata. Há a Checoslováquia, na qual, dos seus 12
milhões de habitantes, quase nove milhões eram católicos. Há a RoméniaOrtodoxa com a
sua valente minoria de três milhões de fiéis do Rito Oriental, onde o governo espera a melhor
hora para realizar a mesma integração forçada à Igreja cismática que a que foi realizada na
Ucrânia. Há a Bulgária, onde os membros da Igreja são apenas 57 mil. Há a Jugoslávia de
Tito... onde a perseguição sangrenta começou em Junho – Julho de 1945.”
E isto fez com que “os bons fossem martirizados,” o que também foi cumprido:
É simplesmente um facto que inúmeros católicos foram martirizados pelas mãos da União
Soviética e seus satélites comunistas. Uma vez que isto é bem sabido, não irei dar muitas
citações para provar o ponto. Mas é importante notar novamente que até o Frade Michel,
cuja obra acerca de Fátima é promovida pelo “Padre” Nicholas Gruner, admite que “os bons
serão martirizados” já ocorreu.
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 764: “Se
tivermos em conta que, numa carta de 21 de Janeiro de 1940, a Irmã Lúcia mencionou
em conexão com a guerra ‘o sangue derramado pelos mártires,’ o qual acabaria
por apaziguar a ira divina, e sabendo que Nossa Senhora anunciou no seu Segredo
que ‘os bons serão martirizados,’ como podemos nos esquecer destes milhões
de ucranianos e polacos católicos martirizados pelos bolcheviques?”
“No Sábado Santo de 1923, Monsenhor Budkiewicz foi martirizado com uma
crueldade chocante. Empurrado brutalmente por um corredor escuro, ele caiu
e partiu a sua perna... Despojado de suas vestes e incapaz de andar, o mártir foi
arrastado pelas orelhas até ao destacamento de guardas. Uma de suas orelhas
foi cortada. No buraco resultante, ele levou um tiro de revólver.O Padre Walsh...
ouviu o tiro a soar entre gritos, bêbados a cantar e ataques de riso. Para que não sobrassem
relíquias, o corpo do mártir foi queimado e suas cinzas dispersadas. E este foi o sinal de
início de uma série de ataques contra a hierarquia, clérigos e leigos, muitos dos
quais foram enviados para as prisões glaciares de Solowski no Mar Negro, onde
um campo de concentração fora especialmente designado para cristãos; outros
morreram na prisão, alguns deles foram levados à loucura a custa dos tormentos que tiveram
de suportar.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 576-577)
“... durante o ano de 1922 somente, mais de 800 padres católicos e ortodoxos, irmãos e irmãs
foram fuzilados na Rússia.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 564)
Papa Pio XI, Carta ao Cardeal Pompili, 2 de Fevereiro de 1930: “Durante a festa do
Santo Natal passado, não apenas foram fechadas centenas de igrejas [na
Rússia], inúmeros ícones queimados, o trabalho imposto a todos os operários e
alunos de escola e os domingos suprimidos; mas chegou-se ao ponto de
compelir os trabalhadores de oficina — homens e mulheres — a assinarem uma
declaração de apostasia formal e de ódio contra Deus, sob pena de serem
privados dos seus cartões para pão, vestuário e alojamento, sem os quais todos
os habitantes daquele pobre país estariam condenados a morrer à fome, na
miséria e ao frio. Entre outras coisas, em todas as cidades e em numerosas vilas... durante
as celebrações natalícias: eles testemunharam uma procissão de tanques sobre os quais,
vestidos com paramenta sacra, um grande número de rufias carregavam a cruz em zombaria
e cuspindo sobre ela; enquanto outros carros transportavam grandes árvores de Natal nas
quais estavam pendurados fantoches representando os bispos católicos e ortodoxos. No
centro da cidade, outros vadios cometiam todo o tipo de sacrilégio contra a Cruz.” (Citado
em Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 539)
(Como um aparte: este padre poderia ter sido poupado dos horrores dos campos de
trabalho se ele simplesmente tivesse consentido em tornar-se um cismático oriental. Ele
recusou-se, e sofreu horrivelmente. Isto mostra-nos uma vez mais a maldade do falso
ecumenismo. O Ecumenismo pós-Vaticano II, que aceita e louva a “ortodoxia”
oriental considera o seu martírio inútil.)
Corpos mortos de lituanos após a União Soviética ter eliminado aqueles que considerava
como ameaças ao total domínio.
Hugh Thomas, considerado o mais conceituado historiador da Guerra Civil Espanhola, dá-
nos alguns detalhes acerca destes martírios:
“Em Cervera, contas de rosários foram forçadas para dentro dos ouvidos dos
monges até que os seus tímpanos fossem perfurados... Certas pessoas foram
queimadas, e outras enterradas vivas — e isto após serem obrigadas a cavar as suas
próprias covas. Em Alcazar de San Juan, a um jovem homem, distinto pela sua
piedade, foram arrancados os olhos. Naquela província, Ciudad Real, os crimes foram
de facto atrozes. Um crucifixo foi enfiado à força pela boca a dentro da mãe de dois
jesuítas. Oitocentas pessoas foram atiradas para dentro de um poço de mina.”
(citado por Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pág. 286)
O facto de a perseguição espanhola ter sido alimentada e provocada pelos erros da Rússia
é indiscutível; até alguns “agressores carregavam bandeiras vermelhas com o machado e a
foice.” (Carroll, pág. 288)
Poderíamos ocupar páginas de exemplos dos bons a serem martirizados. Por exemplo, após
a “reunificação” forçada da “Igreja” cismática com a Igreja Greco-Católica pela União
Soviética em 1945, houve inúmeros católicos ucranianos mártires pela sua fé:
Cardeal Slipyi: “Em 11 de Abril de 1945, eu fui preso juntamente com todos os outros
bispos. Menos de um ano depois, mais de 800 padres partilharam do mesmo destino. De 8
a 10 de Março de 1946 sucedeu-se o ilegítimo Sínodo de Lvov. Sob pressão ateísta, este
proclamou a ‘reunificação,’ e precisamente por isto, a liquidação oficial da nossa Igreja
foi efectuada à força bruta. Os bispos foram deportados para todos os cantos da
União Soviética. Desde então poucos foram os que não padeceram ou foram mortos em
cativeiro... mais de 1.400 padres e 800 religiosos, dezenas de milhares de fiéis foram
presos em cativeiro, pelo sacrifícios das suas vidas, sua fidelidade ao Papa, à Sé
Apostólica Romana e à Igreja Universal.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pág.
192)
É um facto que não precisa ser mais comprovado: os bons foram martirizados na União
Soviética, nos seus satélites comunistas, e em outras nações, como a Espanha, onde os erros
da Rússia provocaram perseguição sangrenta. As palavras de Nossa Senhora de que os
bons serão martirizados, e que várias nações serão aniquiladas, já foram
cumpridas.
Nossa Senhora: “Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não,
espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à
Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias
nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre
consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de
paz.”
Irmã Lúcia ao Pe. Jongen em Fevereiro de 1946: “Penso que as palavras de Nossa
Senhora estão a ser cumpridas: ‘Se isto não for feito (ela tinha acabado de relembrar ‘o
exacto pedido’ da Bem-aventurada Santa Virgem) a Rússia espalhará os seus erros pelo
mundo.’” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pág. 123)
Alguns também perguntam: o que dizer das perseguições ao Santo Padre, o qual “terá
muito que sofrer”? O que isto significa? Podemos encontrar a resposta na mensagem
anteriormente mencionada de 1940 do Nosso Senhor à Irmã Lúcia:
Nosso Senhor à Irmã Lúcia, 22 de Outubro de 1940: “Eu punirei as nações pelos seus
crimes por meios de guerra, fome e perseguições contra a minha Igreja, e isto
irá pesar especialmente sobre o meu vigário na Terra. A Sua Santidade irá obter
uma abreviação nestes dias de atribulação se ele tomar atenção aos meus desejos ao
promulgar um acto de consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria, com uma
menção especial da Rússia.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 732)
A perseguição contra a Igreja neste período — a tortura e martírio de padres e fiéis, a
supressão da actividade eclesiástica — pesou como um incrível fardo e tormento nos ombros
do Papa que sentiu-se responsável e, no entanto, impotente face tamanha tragédia. Com estes
factos em mente podemos ver que os quatro aspectos da mensagem de Nossa Senhora — a
difusão dos erros da Rússia, o martírio dos bons, a aniquilação das nações e os sofrimentos
do Santo Padre — tiveram a sua aplicação neste período.
É por isso que a Nossa Senhora apareceu em Tuy em 1929 para pedir a consagração da
Rússia. De facto, a Irmã Lúcia não mencionou uma palavra sequer sobre a Rússia antes de
1929. 1929 foi um período em que os horrores do Gulag de Stalin começaram a
tornar-se conhecidos mundo a fora. Foi um período em que as perseguições da
Rússia estavam prestes a atingir o seu ápice. 1929 foi pouco antes do início da política
de Stalin conhecida por “deskulakização,” uma política imposta entre 1930 e 1934, que
resultou na morte de milhares de camponeses agricultores. 1929 foi também pouco antes da
indescritível fome imposta em 1933 por Stalin, que resultou na morte de milhões. Faz
sentido que a Nossa Senhora retornasse para pedir a consagração da Rússia de
forma a prevenir estas horríveis perseguições quando estas estavam, ou quase,
no seu estado mais macabro. As contagens demográficas mais sérias apresentam pelo
menos 15 milhões de vítimas sob as mãos da Rússia bolchevique de 1929-1933 (Toda a
Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 457).
É de suma importância que agora analisemos os efeitos dos erros da Rússia. Nós
precisamos de ver mais de perto o que de facto foi o regime satânico comunista da Rússia
para entendermos o contexto da mensagem de Nossa Senhora.
DE QUÊ A RÚSSIA FOI CONVERTIDA — FOTOS DO REGIME SATÂNICO
NA RÚSSIA COMUNISTA
As coisas estavam tão más na Rússia em 1922, que o papa Pio XI publicou a carta
apostólica Annus Fere, ordenando uma colecta geral para o auxílio das pessoas que passavam
fome na Rússia. Nesta carta, ele falou dos horrores que o povo russo padecia. Apesar de ele
não ter denunciado o regime satânico comunista na Rússia directamente pelo seu nome, Pio
XI falou da “extrema miséria do povo russo, que foi dizimado por doenças e fome, vítimas
da maior calamidade da história...” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 565)
Logo após ter tomado controlo da Rússia, em 1919 Lenin estabeleceu o Gulag. O Gulag era
uma rede de campos de concentração para os quais todos os “inimigos” do Estado poderiam
ser enviados.
É importante para nós ter alguma noção do que foram os horrores do Gulag. Para este
propósito, citarei Warren H. Carroll que, por sua vez, baseia-se na célebre obra de Alexander
Solzhenitsyn chamada O Arquipélago de Gulag.
“A fome levou a morte aos lares, ou para tão longe desses quanto um moribundo conseguisse
andar. Os campos de trabalho levaram a morte para longe... Parece até
presunçoso que alguém escreva sobre o Gulag depois de Alexander
Solzhenitsyn. Ele esteve lá; ele transformou o tema Gulag em seu próprio; ele mudou o
mundo e a história através daquilo que escreveu sobre este... O máximo que podemos
fazer é selecionar, aqui e ali, do que Solzhenitsyn escreveu, e elaborar notas de
rodapé — para proporcionar um pouco do sentido, do sabor, do som do vento
infernal que soprava pelos campos de extermínio espalhados pelos vastos
ermos.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pág. 243)
Carroll então procede com a descrição do campo de trabalho de Orotukan:
“Até Novembro, eles só tinham abrigos feitos de ramos para viver, e não lhes era dada
nenhuma roupa para além da que tinham quando chegaram. Depois eram-lhes fornecidos
casebres de madeira feitos de tábua única sem isolamento. Havia lareiras para o
aquecimento, mas os trabalhadores tinham de cortar a sua própria lenha — sob trinta,
quarenta e ou cinquenta graus negativos — após terem terminado o trabalho do dia. Estes,
ainda em Magadan, eram os sortudos. Os menos afortunados eram enviados para
iniciar a construção da estrada para Kolyma — a meio do inverno... Não havia
casebres aí, apenas tendas e cabanas de ramos. Cães de patrulha impediam que
escapassem. Alguns dos campos no caminho para Kolyma foram dizimados até
ao último homem e cão — não apenas morreram todos os escravos
trabalhadores, mas também todos os guardas...
Um homem que morreu congelado num campo de trabalho do Gulag
“Assim que o gelo derreteu no Golfo de Okhotsk, mais barcos chegaram com mais ‘kulaks,’
sabotadores, demolidores, e outros tipos de gente indesejável ao país... Quando o gelo
derreteu no fim da primavera de 1934, o Dhzurma finalmente chegou à foz do
Kolyma. Todos os 12.000 prisioneiros a bordo estavam mortos. Praticamente toda
tripulação sobreviveu. Mas no retorno para Vladivostok, metade deles tiveram de ser
tratados por ‘desordem mental.’ O que será que eles viram?
“Orotukan foi construido como um campo de punição para aqueles trabalhadores em Kolyma
que sobreviveram e provaram ser particularmente intratáveis. As condições em Orotukan,
portanto, deveriam ser propositadamente piores do que as de qualquer outro campo da
região. Solzhenitsyn diz-nos que cada cabana em Orotukan estava cercada em
três lados por pilhas de corpos congelados. O grande total de mortos em Kolyma
foi aproximadamente três milhões. A cada ano, morria um terço dos
prisioneiros nos seus campos; quase nenhum lá sobrevivia mais de quatro anos
seguidos. Pelo menos um homem morreu por cada quilograma de ouro extraído das minas
de Kolyma...” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 243-
245)
Carroll também descreve os campos de trabalho do Canal de Belomor:
“A mão-de-obra no Canal de Belomor chegou a cerca de 300.000 no seu pico, sem contar
com o quase igualável número daqueles que morreram por excesso de trabalho, mal
tratamento, subnutrição, ou doenças do campo, e que iam sendo substituídos à medida que
caíam. A taxa de mortalidade era de setecentos por dia; porém, novos
prisioneiros chegavam aos campos do Canal de Belomor numa média de mil e
quinhentos por dia. O tempo médio de sobrevivência era de dois anos... D.P.
Vitkovsky, ele próprio prisioneiro de Solovetsky e supervisor de trabalho no canal, descreve
com calma e notável precisão as condições de trabalho e os seus resultados, até para aqueles
que não eram internos do campo de trabalho:
‘No fim do dia de trabalho jaziam corpos abandonados no local de trabalho. O
gelo tinha pulverizado as suas faces. Um deles encontrava-se curvado debaixo de um
carrinho-de-mão virado ao contrário; ele tinha posto as suas mãos para dentro
das mangas e morreu congelado nessa posição. Um deles congelou com a cabeça
fletida entre os joelhos. Dois congelaram apoiando-se mutuamente de costas
voltadas um para o outro. Eram jovens camponeses e os melhores trabalhadores que
alguém poderia conceber. Eles eram enviados para o canal às dezenas de milhares, e as
autoridades tentaram fazer as coisas de forma a que ninguém calhasse no mesmo sub-campo
que o próprio pai; eles tentaram dividir famílias. E logo que chegavam eram-lhes dadas
as normas sobre telhas e pedregulhos que não conseguiriam cumprir nem no
verão. Ninguém os podia ensinar ou avisar coisa alguma; e na sua simplicidade de
camponeses, eles despendiam toda a força no seu trabalho e enfraqueciam
rapidamente morrendo congelados, aos pares. À noite, vinham os trenós e os
recolhiam. E um som seco e forte ouvia-se à medida que os condutores atiravam
os corpos para dentro dos trenós.
E no Verão, sobravam ossos de corpos que não foram removidos a tempo, e que, juntamente
com as telhas, iam para dentro do misturador de concreto.” (Warren H. Carroll, A Ascensão
e Queda da Revolução Comunista, pp. 248-249)
Para além das inúmeras pessoas que foram enviadas para os campos de trabalho e para
outras regiões dentro da Rússia, a União Soviética deportou quantidades massivas de pessoas
de outras nações que esta ocupava, de forma a preparar o caminho para a total dominação
desses Estados. Pessoas da Polónia, dos Estados Bálticos, etc. eram deportadas e largadas
em regiões onde tinham de subsistir por si mesmas, ou eram enviadas para os campos de
trabalho. Isto resultou num atroz sofrimento e na morte de inúmeros católicos:
Joseph Stalin, possivelmente o maior genocida da história, líder da Rússia comunista de 1924
a 1953
“Um vento frio soprou neve nos desafortunados que não estavam vestidos
adequadamente, pois não lhes fora permitido levar roupa quente com eles. Nós
queríamos ajudar de alguma forma, e uma vez que podíamos assumir que
seriam banidos para a Sibéria, nós tínhamos de conseguir para eles alguma roupa que
fosse bem quente... Sob atenta supervisão dos soldados, uma grande quantidade
de trenó foram movidos para o pátio. Tinham o propósito de tirar os camponeses
detidos das suas vilas. O carregamento de seis a oito pessoas por vagão começou
imediatamente, controlado através da utilização de uma lista... esposos foram separados
de suas esposas e crianças de seus pais... Assim que um trenó moveu-se para
unir-se a uma coluna, um jovem surgiu e correu em direcção a outro trenó no
qual estavam a sua impotente esposa em lágrimas e as crianças. O pai obviamente
queria estar com a sua família, mas não os alcançou. O camarada Pashchenko, presidente
do soviete da vila que estava a supervisionar toda a acção, sacou o seu revólver e atirou
calmamente. O jovem pai caiu morto na neve, e o trenó que transportava a sua
viúva e órfãos continuou.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução
Comunista, pp. 227-228)
“Há relatos de ‘kulaks’ em comboios para o Cazaquistão ou Sibéria, trancados em carruagens
que transportavam cinquenta cada uma, com um pedaço de pão e um balde de chá ou uma
sopa pouco consistente para cada dez pessoas (e isso nos dias em que eram entregues), a
rastejar com vermes, privados de agasalho no inverno, a sufocar no calor de verão, a atirar
os bebés moribundos pela janela para pôr fim aos seus sofrimentos.” (Warren H. Carroll, A
Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pág. 228)
Em 1933, para deixar milhões à fome na Ucrânia, Stalin impôs as ridículas quotas de
cereais nas fazendas colectivas. As quotas de cereais impostas por Moscovo eram impossíveis
de se cumprir. Mas, numa tentativa de cumprir com as exigências de Moscovo, todo o cereal
disponível na Ucrânia foi exportado. O resultado foi que milhões foram deixados sem
comida, para que morressem à fome. De forma a encobrir este crime, Stalin acusou
falsamente os ucranianos de acumulação de cereais.
“A fria e dura realidade da situação era esta: os lavradores ucranianos iam morrer; e
os operativos comunistas temiam a morte, ser erradicados, ou os campos de trabalho se eles
nãos os deixassem morrer. Eles sabiam que não havia cereal. Toda gente sabia. Mas
ninguém se atrevia a dizê-lo... Entretanto, as pessoas comiam ratazanas, ratos,
pardais, caracóis, formigas e minhocas, couro e solas de sapato, peles velhas e
pelugens, ossos do chão, cascas de acácia e urtigas. Em Março, em muitas áreas, até
a maioria dessas coisas tinha acabado, e não havia mesmo nada restante para comer. Um
terrível silêncio invadiu as aldeias; não havia animais para fazer qualquer barulho e as
pessoas ainda vivas raramente falavam. Victor Kravchenko, na altura um ativista do Partido
enviado à Ucrânia, que posteriormente repudiou o comunismo e que conseguiu a sua
liberdade escapando, relembrou o que vira:
‘Aqui vi pessoas a morrer na solidão vagarosamente, de formas horríveis, sem
a desculpa do sacrifício por uma causa. Eles foram presos e abandonados à
fome, cada um em sua própria casa, por uma decisão política tomada numa
longínqua capital à volta de mesas de conferência e de banquete. Não havia sequer
a consolação do inevitável para aliviar o horror. As vistas mais terrificantes eram as de
crianças com os seus membros, que mais pareciam ser de esqueletos, como que pendessem
de seus abdómenes semelhantes a balões. A fome retirou qualquer traço de juventude das
suas faces, transformando-as em gárgulas torturadas; nos olhos somente ainda se mantinha
qualquer rastro de infância. Por todo o lado encontravam-se mulheres e homens estendidos
de bruços, as suas faces e barrigas inchadas, os seus olhos completamente sem
expressão... Cerca de cinco milhões de ucranianos morreram nesta fome
deliberada e genocida.’” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução
Comunista, pág. 240-241)
Estes factos deveriam mostrar-nos claramente o contexto no qual a Nossa Senhora pediu
a consagração da Rússia, e como a conversão da Rússia significa a conversão deste regime à
paz das suas perseguições de guerra, fome, da Igreja, etc.
É certo que o Papa Pio XI falhou em consagrar a Rússia ao Coração Imaculado de Maria. O
Papa Pio XII também falhou em fazê-lo por muitos anos, mas (como já vimos) ele finalmente
consagrou a Rússia em 1952.
Nosso Senhor à Irmã Lúcia, Verão de 1931: “Tal como o rei da França eles
se arrependerão e a farão, mas essa será tarde. A Rússia já terá
espalhado os seus erros pelo mundo provocando guerras e
perseguições contra a Igreja: o Santo Padre terá muito o que sofrer.”
(citado em Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pp. 543-544)
Papa Pio XII, Sacro vergente anno (Carta Apostólica), 7 de Julho de 1952:
“... tal como a uns anos atrás Nós consagramos toda a raça humana
ao Coração Imaculado da Virgem Maria, Mãe de Deus, assim hoje
Nós consagramos e de uma forma mais especial confiamos todos os
povos da Rússia a este Imaculado Coração...”
É evidente que, como a maioria dos comentadores concordam, as palavras de Nosso Senhor
“eles se arrependerão e o farão” aplica-se à sucessão dos papas — assim como os papas
referem-se a si mesmos como “Nós.” (“Eles” não pode referir-se ao conjunto do papa com a
totalidade os bispos, pois todos os bispos não atrasaram o pedido e, logo, não precisam de
se arrepender de o terem feito.)
Que o Papa Pio XII tenha sido quem consagrou a Rússia, embora “tarde,” faz todo o sentido.
Em primeiro lugar, o Papa Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria em
1942. Dez anos mais tarde, no entanto, ele se “arrependeu e fê-la” consagrando
especificamente a Rússia.
Em segundo lugar, em 1939 a Rússia era ainda a única nação comunista na terra, mas na
década seguinte a União Soviética dominou a Estónia, a Letónia e a Lituânia
(1940), a Bulgária (1944), a Polónia (1945), a Roménia (1945) e a Hungria
(1946). Talvez estes desenvolvimentos — para além do pedido específico — fez com que Pio
XII “se arrependesse e a fizesse.” Logo, as palavras de Nosso Senhor de que a “Rússia já terá
espalhado os seus erros pelo mundo provocando guerras e perseguições contra a Igreja”
encaixa-se perfeitamente com Pio XII; pois o que o Céu queria prevenir pela
Consagração da Rússia — a difusão do comunismo, a aniquilação por parte da
União Soviética das nações e o martírio dos bons — já tinha, em grande
extensão, acontecido quando ele a fez.
Em terceiro lugar, há um outro facto que também pode ser considerado como um sinal de
que o Papa Pio XII (apesar de certamente a ter realizado tarde) seria aquele que iria
consagrar a Rússia ao Coração Imaculado de Maria. Este sinal consiste na fantástica
coincidência de que o Papa Pio XII foi consagrado bispo exactamente no dia (e, segundo o
Frade Michel, exactamente na mesma hora) que a Nossa Senhora apareceu pela primeira vez
em Fátima.
William Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, pág. 53, nota (1): “Coincidência
interessante: Monsenhor Eugénio Pacelli [Pio XII] foi sagrado Bispo, na Capela
Sixtina, em 13 de Maio de 1917, exactamente no mesmo dia em que, pela
primeira vez, as crianças viram a Senhora de Fátima.”
Em quarto lugar, uma consideração atenta das palavras de Nossa Senhora revela que o
cumprimento das consagração da Rússia não estaria em perfeita conformidade com o pedido
original dos Céus: o que coincide com o facto de Pio XII a ter feito, embora “tarde” e não com
todos os bispos.
Por que a Nossa Senhora acrescenta a palavra “algum” quando nos diz o que por fim iria
mesmo acontecer, e não (à esquerda) quando diz-nos o que aconteceria se os seus pedidos
fossem cumpridos precisamente? Obviamente, é porque o que iria acontecer com a
consagração da Rússia não seria em perfeita conformidade com o seu pedido
original! A consagração seria “tarde” e não com todos os bispos! Logo, como provam as
palavras de Nossa Senhora, o triunfo de Nossa Senhora não é um triunfo universal ou um
reino de paz, como tantos têm sugerido e promovido, mas antes “algum” tempo de
paz — um período de paz atenuado e menos profundo do que aquele que os Céus
teriam concedido se “eles tivessem atendido” aos seus pedidos e os houvessem
cumprido meticulosamente. Isto é similar à mensagem de 19 de Agosto, quando Nossa
Senhora disse às crianças: “Se vocês não tivessem sido levados [pelo administrador] à cidade
[no dia 13 de Agosto], o milagre de 13 de Outubro teria sido maior.” (Toda a Verdade sobre
Fátima, vol. 1, pág. 235). Ela disse às crianças que a sua detenção em 13 de Agosto pelo
maldoso administrador de Ourém, que preveniu-os de estarem presentes no local da
aparição nesse dia, fez com que o milagre de 13 de Outubro fosse menos profundo do que
poderia ter sido. Da mesma forma, o facto de o papa ter feito a consagração da Rússia “tarde”
e não com todos os bispos fez com que a sua conversão à paz não fosse tão profunda como
poderia ter sido — mas que apenas proporcionasse “algum” tempo de paz.
No presente artigo, vimos que as palavras de Nossa Senhora sobre a conversão da Rússia
fazem um paralelo com Provérbios 16:7, que fala da conversão de um inimigo, não à
verdadeira fé, mas à paz de seus modos persecutórios.
Vimos também que o resumo da visão de Tuy feito pela Irmã Lúcia confirma que isto era o
que Nossa Senhora quis dizer com as suas palavras: “... por fim o meu Imaculado Coração
triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido
ao mundo algum tempo de paz.”
Irmã Lúcia ao Padre Gonçalves, resumindo a visão de Tuy: “O Bondoso Deus promete
acabar com a perseguição na Rússia se o próprio Papa fizer um acto solene de
reparação e de consagração da Rússia para os Corações Sagrados de Jesus e Maria assim
como ordenar todos os Bispos da Igreja Católica a fazerem o mesmo.” (Toda a Verdade sobre
Fátima, vol. 2, pág. 465)
Nós também vimos que a Nossa Senhora pediu especificamente a consagração da Rússia
para prevenir que essa nação provocasse guerras, perseguições à Igreja, etc.
“A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio
XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida,
sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes,
por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para
a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a
comunhão reparadora nos primeiros sábados.”
Também vimos que os Céus revelaram que o cumprimento da consagração da Rússia não
seria completamente de acordo com o seu pedido original.
Nosso Senhor à Irmã Lúcia, Verão de 1931: “Tal como o rei da França eles se
arrependerão e a farão, mas essa será tarde. A Rússia já terá espalhado os seus
erros pelo mundo provocando guerras e perseguições contra a Igreja: o Santo
Padre terá muito o que sofrer.” (citado em Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pp. 543-
544)
Vimos também que as palavras de Nossa Senhora sobre o triunfo sobre a Rússia não
prometem um reino de paz universal ou ideal, como muitos têm sugerido, mas apenas algum
tempo de paz — um tempo de uma paz inferior à que teria sido concedida caso os seus pedidos
tivessem sido cumpridos meticulosamente.
Também vimos que o Papa Pio XII claramente consagrou a Rússia ao Coração Imaculado
de Maria em 1952.
Papa Pio XII, Sacro vergente anno (Carta Apostólica), 7 de Julho de 1952: “... tal como a
uns anos atrás Nós consagramos toda a raça humana ao Coração Imaculado da
Virgem Maria, Mãe de Deus, assim hoje Nós consagramos e de uma forma mais
especial confiamos todos os povos da Rússia a este Imaculado Coração...”
Vimos também que outra visão da Irmã Lúcia mostra que a conversão da Rússia significa
uma conversão a algum tempo de paz da sua era de perseguição:
Nosso Senhor à Irmã Lúcia, 22 de Outubro de 1940: “Eu punirei as nações pelos seus crimes
por meios de guerra, fome e perseguições contra a minha Igreja, e isto irá pesar
especialmente sobre o meu vigário na Terra. A Sua Santidade irá obter uma
abreviação nestes dias de atribulação se ele tomar atenção aos meus desejos ao
promulgar um acto de consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria, com
uma menção especial da Rússia.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 732)
Ora, há alguns que afirmam que o colapso da União Soviética e a queda dos seus satélites
comunistas foi um plano dos comunistas para ludibriar o Ocidente. Os comunistas ainda
dominam, dizem eles, mas simplesmente têm um governo ao estilo ocidental, que não
persegue a Igreja, permite a liberdade, que aboliu o Gulag, etc., de forma a conseguir fundos
do Ocidente. Isto é uma tremenda teoria da conspiração, mas é a posição de muitos, incluindo
o ex-agente da KGB Anatoliy Golitsyn em The Perestroika Deception. Até aqueles que
mantêm esta visão (o que não é o meu caso, como explicarei abaixo) ainda assim admitem
(independentemente do porquê de pensarem que isto ocorreu na Rússia e em todos os seus
satélites) que a era de perseguição da Igreja na Rússia e em todos os seus satélites
já passou, o que prova o ponto. Como disse a Irmã Lúcia: “ O Bondoso Deus promete acabar
com a perseguição na Rússia,” e isto aconteceu. Ademais, o cessar das perseguições na Rússia
e em todos os seus satélites representa um triunfo significativo do Coração
Imaculado de Nossa Senhora sobre o regime satânico russo, que estava preparado
para, e que teria provavelmente (de acordo com a declaração da Irmã Lúcia a William
Thomas Walsh), dominado todo o planeta se o regime russo não tivesse se convertido de
antemão. Eu creio que é por isso que a dissolução oficial da União Soviética ocorreu no Natal;
foi um sinal de que a conversão deste inimigo noutra coisa e a algum tempo de paz das suas
perseguições, etc., foi um triunfo dos Céus. (E àqueles que não crêem que a conversão da
Rússia a algum tempo de paz da sua era de perseguição é de alguma forma “boa o suficiente”
ou “grande o suficiente” para ser aquilo a que a Nossa Senhora estava a referir-se, eu sugiro
que releiam aquelas passagens sobre a situação na Rússia e nos seus satélites durante esse
período, e se interroguem sobre o quanto teriam gostado de estar no campo de prisão Gulag
em Orotukan, ou na Ucrânia durante a fome, ou de serem deportados da Lituânia para os
degredos da Sibéria.)
Até um artigo publicado pelo próprio site do “Padre” Gruner é forçado a admitir que a
União Soviética “converteu-se”!
É por isso que é irrelevante que pessoas como Nicholas Gruner e os seus seguidores
toquem constantemente no ponto de que a Rússia está actualmente cheia de imoralidade,
aborto, pornografia, etc. Isto é certamente verdade, mas fora de contexto. A Nossa Senhora
nunca prometeu que a Rússia seria convertida numa boa nação ou numa nação católica, mas,
ao invés, como demonstrado vezes sem conta neste artigo, ela falou da sua conversão no
contexto de uma conversão dos modos persecutórios de um inimigo para um cessar dos
seus modos persecutórios, tal como em Provérbios 16:7. Isto ocorreu. Experimente, por
exemplo, perguntar a uma pessoa que viva actualmente na República Checa sobre a diferença
entre os dias de hoje e os tempos do comunismo.
Em breve iremos analisar como as coisas mudaram em cada um dos satélites da União
Soviética. Estes factos irão mostrar-nos que mesmo que as políticas de
liberalização glasnost (abertura) e perestroika (reestruturação) — que foram adoptadas pela
União Soviética na década de 80 — tenham sido uma farsa deliberadamente
arquitetada pelos membros de grau elevado do Partido Comunista, o facto é que o plano
voltou-se contra o planeador. Pois, a partir do momento em que estas ideias foram
promovidas e postas de certo modo em prática, as pessoas que viviam no bloco comunista
começaram a aderir a estas, e o momentum para a busca da liberdade da tirania comunista
tornou-se implacável.
A Queda da Polónia:
“Em 1956, o regime tornou-se mais liberal, livrando muitas pessoas da prisão e
expandindo algumas liberdades individuais. Em 1970, o governo mudou. Era um
período em que a economia estava mais moderna, e o governo tinha largos créditos. A
desordem laboral em 1980 conduziu à formação de uma união comercial
independente, “Solidariedade,” que com o tempo tornou-se uma força política.
Esta levou o domínio do Partido Comunista às ruínas; em 1989 esta triunfou nas
eleições parlamentares, e Lech Wałęsa, um candidato da Solidariedade, acabou por ganhar
as eleições presidenciais em 1990. O movimento Solidariedade contribuiu grandemente para
a queda do Comunismo por toda a Europa Oriental que se seguiu pouco tempo depois.”
(https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Poland&oldid=109227709)
O que corrobora mais ainda que a Rússia estava a converter-se do seu regime satânico de
perseguições a algum tempo de paz é o facto de que, assim que a Polónia começou a livrar-se
do domínio comunista, a Rússia não enviou tanques para restaurar a ordem e
reafirmar o domínio do Partido Comunista, como o fizera no passado; ao passo
que na China, durante o mesmo período, quando protestadores pela
democracia “saíram do controlo,” o governo do regime chinês enviou forças
para restaurar a ordem através do Massacre da Praça Tiananmen.1
A Queda da Hungria:
A “faixa da morte” iluminada, pintada de branco para que fosse fácil ver e atirar em quem
quer que cruzasse.
Guardas no muro de Berlim, prontos para disparar em qualquer um que o tentasse cruzar.
“Na capital de Honecker, o Muro de Berlim servia como uma constante lembrança
de que viagens para o Ocidente eram proibidas a todos excepto a uma minoria
oficialmente favorecida na Alemanha Oriental. Mas viagens a ‘fraternas nações
socialistas’ eram permitidas. O problema, para Honecker, foi que no fim do
Verão de 1989 duas dessas nações — Polónia e Hungria — estavam a deixar de
ser fraternalmente socialistas. A Hungria, em particular, era o local de férias
favorito dos alemães orientais que tinham capacidade financeira de o fazer. E a
Hungria tinha agora uma fronteira aberta com a Áustria, para além da qual
localizava-se a Alemanha Ocidental.
Em Agosto, a embaixada da Alemanha Ocidental em Budapeste [Hungria] foi cercada de
pessoas pedindo a entrada na Alemanha Ocidental e assistência na obtenção de documentos
que os permitisse deixar a Hungria legalmente. Em 11 de Setembro, cansado de lidar com
esses problemas externos enquanto as suas próprias mudanças importantes estavam a
realizar-se, o governo húngaro anunciou que todos os alemães de Este então
presentes na Hungria, e qualquer um que o quisesse fazer no futuro, poderiam
atravessar a fronteira austríaca sem restringimentos. Então o dilúvio para o
exterior começou.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista,
pp. 736-737)
Paremos aqui e sumarizemos o ponto que está a ser feito. Sem permissão especial, viajar
vindo de trás do outro lado da Cortina de Ferro era estritamente proibido durante o império
da União Soviética. Mas viagens para satélites parceiros comunistas não eram proibidas.
Logo, assim que a Polónia e (o que é mais significativo neste aspecto) a Hungria (dois satélites
comunistas) livraram-se do domínio comunista (como vimos acima), surgiu um problema.
A Hungria tinha aberto as suas fronteiras com a Áustria, e os alemães de Este na Hungria
emigraram em massa para o Oeste através da Áustria. Logo, se alguém quisesse escapar para
a livre Alemanha Ocidental, tudo o que tinha de fazer era viajar para a Hungria, atravessar a
(agora aberta) fronteira da Áustria, e ir para a Alemanha Ocidental. Podemos ver como esta
situação não poderia continuar por muito tempo, e significaria o fim do aprisionamento de
povos por parte do bloco comunista.
Nem todos os alemães de Este que queriam fugir para o Ocidente conseguiam chegar à
Hungria. Mas alguns deles conseguiram ir até a Checoslováquia. Vendo que outros de seu
país oprimido tinham escapado da tirania comunista através da Hungria, eles cercaram a
embaixada da Alemanha Ocidental na Checoslováquia comunista para que os deixassem ir,
acampando do lado de fora. Não querendo ser incomodados por uma situação de refugiados,
o governo da Checoslováquia concordou em deixá-los ir se Honecker (o líder comunista da
Alemanha Oriental) concordasse. Por mais incrível que pareça, ele concordou —
provavelmente para livrar os camaradas checoslovacos de problemas em ter de lidar com
uma crise de refugiados. Nesta altura, eram tantos os alemães de Este que começaram a
aproveitar-se disto, que Honecker baniu por completo qualquer viagem para a
Checoslováquia. Isto foi fútil:
“Com as forças armadas da Alemanha Oriental, que nunca tinham dado um tiro por ira e não
estavam nem nunca estiveram defendendo uma nação verdadeira, não se podia contar numa
crise. Se as massas em Leipzig triplicaram para cento e cinquenta mil em uma semana,
quantas mais poderiam lá estar na Segunda-Feira seguinte? Willi Stoph, o primeiro-ministro,
de 75 anos de idade, fez o impossível. Stoph disse a Honecker que ele que tinha de
renunciar. No dia seguinte ele fê-lo, alegando razões de doença... Se Honecker
não conseguia manter o comunismo na Alemanha Oriental, ninguém mais
conseguiria. O Partido, por tanto tempo e até recentemente tão omnipotente,
desabou como um castelo de areia à chuva.Em 30 de Outubro, trezentas mil pessoas
marcharam após as orações de Segunda-Feira em Leipzig; em 4 de Novembro, meio milhão
manifestou-se pela liberdade em Berlim Oriental, exigindo limites ao poder do governo. Em
7 de Novembro, o governo inteiro da Alemanha Oriental resignou, e Honecker foi dispensado
do Politburo...
“Dissolvidos no caos, alguns oficiais anónimos do governo emitiram uma declaração de que
‘viagens privadas para o exterior podem ser solicitadas sem cumprir requisitos.’ Ninguém
sabia o que isso significava, inclusive provavelmente o oficial que o escreveu; porém,
massas de pessoas que apareciam sobre o Muro de Berlim gritavam-na como
um slogan, e os guardas de fronteira também não sabiam o que significava. No
fim da tarde de 9 de Novembro, os agentes que os comandavam no Muro
decidiram deixar passar as pessoas que faziam pressão. Por volta da meia-noite,
centenas de milhares passavam pelos portões abertos, regozijando-se e celebrando
vivamente, partindo pedaços do muro com martelos improvisados. Oficiais do governo
abriram um grande buraco no muro na Potzdamer Platz. Em 11 de Novembro, não
menos que um milhão de alemães de Este inundaram Berlim Ocidental a pé ou
por qualquer outro meio de transporte... Ninguém mais tentava detê-los... Em
3 de Dezembro, o Politburo inteiro resignou e Honecker foi preso. O Partido
[comunista] quase se auto-dissolveu completamente no local... a Alemanha
Oriental encontrava-se agora sem futuro. No decorrer do ano de 1990, contrariamente a
todas as anteriores expectativas e opiniões informadas, esta passou sem lamentos à
história enquanto que a Alemanha foi completamente reunificada sem qualquer
oposição significativa de ninguém, nem sequer do governo soviético.” (Warren H.
Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 738-740)
A Queda da Checoslováquia:
“A queda do Muro de Berlim tocou o sino para o domínio comunista na
Checoslováquia. Em 17 de Novembro, uma manifestação estudantil de dezassete mil na
larga Praça Wenceslas em Praga exigiu a eliminação do ‘papel de líder’ do Partido Comunista
Checoslovaco. As forças policiais agrediram alguns manifestantes, e a indignação pública
escalou rapidamente... Em 20 de Novembro, duzentas mil pessoas lotaram a Praça
Wenceslas de uma ponta a outra a pedir por uma mudança de governo gritando ‘É isso o que
queríamos! Está na hora!’ Todos os dias havia manifestação na Praça Wenceslas; todos os
dias crescia o já grande número. Em 22 de Novembro, mais de um quarto de milhão gritou
‘fora! fora!’ enquanto o nome dos ministros do governo comunista eram mencionados... Em
27 de Novembro, praticamente o país inteiro juntou-se num ataque geral de
duas horas, e o governo... declarou que o Partido Comunista Checoslovaco iria
abandonar o seu ‘papel de líder.’ Mas Adamec [o primeiro-ministro] não se moveu
rápido o suficiente; o governo ainda largamente comunista que ele propôs foi rejeitado por
Havel e pelo Fórum Cívico, e em 7 de Dezembro ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro,
seguido, dois dias mais tarde, pela renúncia do presidente Gustav Husak... Um novo
governo não-comunista foi instituído, e milhões de Checos e Eslovacos
celebraram.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 740-
741)
A Queda da Bulgária:
“No dia em que o Muro de Berlim caiu, houve uma mudança na liderança comunista na
Bulgária. Todor Zhikov, que governou este mui obediente satélite da União Soviética por não
menos de trinta e cinco anos, abandonou o cargo sob a pressão da realização de uma reforma
que ele não era capaz ou não queria empreender... Um mês depois, cinquenta mil
pessoas manifestaram-se em Sofia, cidade anteriormente adormecida, exigindo
a resignação do ‘papel de supremacia’ do Partido Comunista. Num imprudente
momento de ira captada por um jornalista televisivo, que o destruiu politicamente quando
foi revelada, Mladenov [que na altura liderava a Bulgária Comunista] murmurou ‘o melhor a
fazer é enviar os tanques.’ No entanto ele não enviou tanque algum, e tal acção não foi sequer
proposta seriamente nem por este duro governo que fornecera assassinos à KGB durante
muitos anos. Um gentil, modesto filósofo chamado Zhelyu Zhelev criou a União Democrática,
e em 12 de Dezembro, o Partido Comunista Búlgaro concordou em abandonar o
seu monopólio de poder e na organização de eleições livres. Uma segunda
ronda destas, em 1990, fez de Zhelev presidente.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e
Queda da Revolução Comunista, pp. 741-742)
A Queda da Roménia:
“Resistindo contra a maré de liberdade, sobrou o por muito tempo incontestado
ditador da Roménia, Nicolae Ceaușescu, e a sua fria e maldosa esposa, Elena...
A família Ceaușescu amava o poder com uma paixão ardente... Ele manteve a Roménia na
pobreza enquanto construia enormes projectos vistosos... Havia polícia secreta por todo
o lado, mantendo constante vigília em todos os que fossem minimamente
suspeitos de dissidência. Todas as máquinas de escrever eram registadas na
polícia secreta, juntamente com uma amostra da sua escrita, para que qualquer
documento comprometedor pudesse ser rastreado até à máquina que o escreveu. Assassinos
rastreavam as poucas pessoas proeminentes que conseguiam escapar do país com sucesso
e matavam-nas. No dia 20 de Novembro, com a Polónia, a Hungria e a Alemanha Oriental
libertadas e a Checoslováquia a caminho da libertação, Ceaușescu disse que jamais iria imitar
essas nações em ‘bloquear o socialismo.’
Uma vez mais, tal como na Polónia e na Alemanha Oriental, a libertação de um país
comunista começou numa igreja... O governo ordenara Tőkés a deixar a sua paróquia. Ele
recusou-se a fazê-lo. No dia 15 de Dezembro, o prazo dado para o seu despejo, cerca de mil
pessoas manifestaram-se inesperadamente a seu favor. No dia seguinte o número aumentou
para cinco mil. Ceaușescu enviou as tropas. Os seus oficiais estavam relutantes em abrir fogo,
mas Ceaușescu condenou-os pela sua indecisão e no dia 17 adoptou uma ‘solução chinesa.’
Cerca de cem pessoas foram mortas e milhares foram feridas.
As pessoas da cidade responderam com um ataque geral assim que o exército
começou a retirar-se desta, ávido em pôr a cena de seus homicídios para trás
das costas. Manifestações de simpatia começaram em outras cidades; Ceaușescu
avisou que iria utilizar forças similares contra qualquer uma destas caso continuassem. No
dia 21 de Dezembro ele saiu do palácio presidencial para dar um furioso discurso a uma
multidão ao vivo em televisão nacional. Pela primeira vez em seus vinte e quatro anos de
poder foi deparado com agitação punhos em riste, vaias, zombarias e gritos que exclamavam
‘Ceaușescu ditador!’ que duraram três minutos completos. Abismado, ele começou a acenar
com as mãos, mas sem efeito. Elena sussurrou-lhe, ‘Fica calmo! Fica calmo!’ Então, os ecrãs
da emissora televisiva nacional tornaram-se brancos. A multidão de pessoas cresceu para
quinze mil durante o dia e foi finalmente dispersada pela polícia de segurança, que matou
treze pessoas.
No dia seguinte, grandes multidões cercaram o prédio usado pelo Comité
Central do Partido na Praça do Palácio em Bucareste. Ainda cheio daquela
confiança, própria de um maníaco, Ceaușescu saiu para dirigir-se a eles. Mas alguém tinha
desligado o microfone. Havia luta nas ruas; as pessoas estavam a entrar no prédio. Nicolae e
Elena Ceaușescu entraram num helicóptero que os esperava mesmo à frente da multidão
agressiva. O helicóptero pousou ainda longe do destino, por uma estrada aberta... Nicolae e
Elena evacuaram e tentaram sinalizar para um caminhão que passava. Alguns minutos
depois, eles foram presos. Muitos membros restantes do governo... repudiaram
a sua estrutura comunista e pouco depois o seu nome comunista, culparam
Ceaușescu por tudo e safaram-se com esta. O governo reconstituído desfez-se dos Ceaușescus
em velocidade-relâmpago. No dia de Natal de 1989, eles foram conduzidos a um
tribunal marcial, condenados, e executados.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda
da Revolução Comunista, pp. 742-743)
E enquanto que a era de perseguições culminou oficialmente com a queda dos satélites
(1989-1991) e com a dissolução da União Soviética (1991), os ares de mudança começaram
muito mais cedo que isto. A morte de Stalin em 1953 foi um bom começo. Na verdade, Nikita
Khrushchev denunciou Stalin e permitiu a publicação de um livro que expunha os horrores
dos campos de trabalho Gulag:
Claro, Krushchev foi um maligno comunista que ameaçou guerra nuclear contra os Estados
Unidos (a qual nunca chegou a acontecer), que disse ao mundo nas Nações Unidas que
“iremos enterrar-vos,” e que quis lucrar politicamente da denúncia de Stalin. Mas o facto de
que ele conseguiu sair impune da denúncia de Stalin e da permissão de publicação de um
livro a expor o Gulag demonstrou como as coisas estavam começando a mudar dentro da
União Soviética — como a era de perseguição estava a chegar ao fim — o que eventualmente
levou ao colapso do regime em 1991.
Pergunta: Mas e a China e a Coreia do Norte que continuam a perseguir católicos tal como a
Rússia sob Stalin, etc?
Resposta: A Nossa Senhora nunca prometeu que a China, etc., iriam converter-se; ela
indicou que a Rússia seria convertida a algum tempo de paz. O facto de que o Papa Pio XII
fê-la “tarde” é certamente o porquê de o comunismo ter conseguido se espalhar a estes outros
países mesmo após a consagração, tal como a China, Coreia do Norte e Cuba. Como já foi
dito, na mensagem de Fátima de 19 de Agosto, a Nossa Senhora disse às crianças: “Se vocês
não tivessem sido levados [pelo administrador] à cidade [no dia 13 de Agosto], o milagre de
13 de Outubro teria sido maior.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 1, pág. 235). Ela disse
às crianças que a sua detenção em 13 de Agosto pelo perverso administrador de Ourém, que
preveniu-os de estar presentes no local da aparição nesse dia, fez com que o milagre de 13 de
Outubro fosse menos profundo poderia ter sido! Da mesma forma, o facto de o papa ter feito
a consagração da Rússia “tarde” fez com que a sua conversão à paz não fosse tão profunda
como poderia teria sido, ou seja, de forma tal que prevenisse a difusão do comunismo a estas
outras nações. Deus e Nossa Senhora prometeram que a perseguição acabaria na Rússia, e
obviamente incluíram as nações satélites da Rússia — tal como a Polónia, etc. — na promessa;
pois estas eram, na realidade, apenas extensões do império soviético. E isto aconteceu.
Irmã Lúcia ao Padre Gonçalves, resumindo a visão de Tuy: “O Bondoso Deus promete
acabar com a perseguição na Rússia se o próprio Papa fizer um acto solene de
reparação e de consagração da Rússia para os Corações Sagrados de Jesus e Maria assim
como ordenar todos os Bispos da Igreja Católica a fazerem o mesmo. O Santo Padre precisa
então prometer que ao fim desta perseguição ele irá aprovar e recomendar a prática da
devoção reparatória já descrita.” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 2, pág. 465)
Pergunta: E a Irmã Lúcia? Se a consagração da Rússia realizada pelo Papa Pio XII em 1952
foi aceite pelos Céus, por que ela não o disse?
Resposta: Quanto a estas questões, a Irmã Lúcia sabia apenas aquilo que os Céus lhe
revelava; ela não sabia aquilo que os Céus não lhe revelavam. É extremamente importante
notar que, em 1947, quando questionada por William Thomas Walsh sobre a consagração do
mundo do Papa Pio XII de 1942, a Irmã Lúcia nem sequer sabia se esta tinha sido suficiente!
William Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, pág. 198, nota (1): “Depois da minha
volta de Portugal escrevi várias perguntas as quais S. Exa., o Bispo de Leiria teve a grande
bondade de enviar à Irmã Dores [Irmã Lúcia]. A resposta, escrita em 17 de Fevereiro
de 1947, chegou-me às mãos já estava pronta a primeira edição deste livro. (…) P. É sua
opinião que o Papa e os Bispos consagrarão a Rússia ao Imaculado Coração somente depois
que os leigos houverem cumprido sua tarefa de sacrifícios, terços, primeiros sábados, etc.?
R. [Irmã Lúcia] O Santo Padre já consagrou a Rússia, incluindo-a na consagração
do mundo, mas não foi na forma indicada por Nossa Senhora. Não sei se a Nossa
Senhora a aceitou, feita desse modo e se realizou suas promessas. Orações e
sacrifícios são sempre meios necessários para alcançar as graças e bênçãos de Deus.”
Isto foi em referência à consagração do mundo de 31 de Outubro de 1942 feita pelo Papa
Pio XII! A Irmã Lúcia nem sequer sabia que esta não tinha cumprido com os pedidos dos
Céus! Cinco anos depois, o Papa Pio XII deu um passo a frente e consagrou a Rússia ao
Coração Imaculado de Maria. Então, como poderia alguém dizer que a consagração
da Rússia definitivamente não foi aceite pelos Céus, quando a Irmã Lúcia nem sequer sabia
se a sua consagração do mundo foi ou não aceite nos Céus? Isto serve para demonstrar-nos
que a Irmã Lúcia só tinha conhecimento das coisas que os Céus lhe revelava, e que ela não
sabia — mas estava apenas a especular sobre — coisas que não foram especificamente
reveladas a ela. Por exemplo, ela sabia que várias nações seriam aniquiladas, como a Nossa
Senhora lhe disse, mas ela não necessariamente sabia ao certo como a profecia teria o seu
cumprimento.
Pergunta: O Padre Alonso, especialista em Fátima, não sustentava também que a Rússia seria
convertida à fé católica?
Resposta: Sim, para além do “Padre” Gruner, o Padre Alonso foi provavelmente o maior
defensor da ideia de que a consagração da Rússia irá converter a nação à fé católica, e que
um reino universal de paz irá resultar — uma ideia que não tem fundamento nas palavras de
Nossa Senhora. O que as pessoas precisam saber é que o Padre Alonso foi um herege liberal
que 1) justificou a decisão de Paulo VI em não revelar o Terceiro Segredo; 2) condenou os
tradicionalistas; 3) foi extremamente brando contra o inimigo número um de Fátima, Pe.
Dhanis; e 4) concordou com o falso comunicado da diocese de Coimbra que rejeitou a
entrevista da Irmã Lúcia com o Padre Fuentes em 1957.
Padre Alonso: “Uma inoportuna revelação do texto [por Paulo VI] iria apenas
exasperar as duas tendências que continuam a dividir a Igreja: um
tradicionalismo que crer-se-ia assistido pelas profecias de Fátima, e um progressismo que
se chocaria contra essas aparições...” (Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pág. 712)
Aqui vemos o Padre Alonso a condenar os tradicionalistas e a justificar Paulo VI por não
ter revelado o Terceiro Segredo! Lembre-se, este é o homem que, para além de Gruner, é
largamente responsável por promover a ideia (agora quase universalmente crida) de que a
Rússia irá necessariamente se converter à fé católica resultando no triunfo universal de
Nossa Senhora e em paz sobre a Terra.
Padre Alonso: “Deve ser apontado claramente que certas ‘revelações’ feitas pela
imprensa acerca da Irmã Lúcia não podem ser atribuídas a ela, por exemplo,
aquelas disseminadas pelo Padre Fuentes e pelo Padre Lombardi.” (Toda a Verdade sobre
Fátima, vol. 3, pág. 552)
Aqui vemos o Padre Alonso a concordar com o falso comunicado da diocese de Coimbra
(mais acerca disto um pouco abaixo) que denunciou o Padre Fuentes como um fabricador.
Logo, o facto de o Padre Alonso adoptar esta ou aquela posição ou ideia não prova nada. É
muito interessante e infeliz que inúmeros escritores tenham adoptado a ideia de Alonso e
Gruner sobre a conversão da Rússia e o triunfo de Nossa Senhora. E este tem sido um factor
que muito contribuiu para o engano entre eles acerca da actual apostasia. Note como o
seguinte escritor parece pôr toda a ênfase em “por fim...”
Mark Fellows, Fátima em Crepúsculo, pág. 334: “Maria deu-nos esta promessa: ‘Por fim o
meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que
se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.’ O Padre Alonso também
escreveu, ‘O triunfo final do coração de Maria é certo e será definitivo...’
Nesse dia, a história irá de uma vez por todas ser posta em conformidade com a
Vontade Divina. O castigo da apostasia irá cessar. Ao amanhecer, todos irão
aperceber-se que o tenebroso pesadelo que estamos a viver não viciou as promessas de Cristo
de que as portas do Inferno nunca conquistarão a Sua Igreja. Perfeita misericórdia virá
a seguir à perfeita justiça. A Rússia será devotamente consagrada ao Coração Imaculado.
A conversão desta nação torturada será estonteante, deslumbrante, enquanto a perfeita
humildade do Imaculado irá afugentar o dragão vermelho e as suas bestas... Novas lendas
irão surgir que semearão culturas com o propósito de basear a sociedade na
Realeza de Cristo. Isto inspirará o renascimento da poesia e arte cristã. Os
homens irão relembrar-se da realidade sobrenatural do Santo Sacrifício da
Missa. Em trémula reverência, iremos uma vez mais prostrarmo-nos perante o
Todo-Poderoso.”
Soa bem, não soa? O problema é que isto não tem qualquer fundamento nas palavras de
Nossa Senhora, como já vimos. O triunfo de Nossa Senhora é um triunfo “por fim” (isto é,
após a Rússia já ter espalhado os seus erros, aniquilando certas nações e martirizando os
bons) sobre o regime satânico na Rússia convertendo-a a “algum” tempo de paz, como já
demonstrámos. Não é um triunfo universal ou reino de paz, mas apenas “algum” tempo de
paz.
Frère Michel de la Sainte Trinité, Toda a Verdade sobre Fátima, vol. 3, pp. 837-838: “No
entanto, não nos enganemos. O Terceiro Segredo não pode anunciar o fim do
mundo, que não virá antes do cumprimento da fantástica promessa que conclui
o Segredo. Mas esta promessa de iminente triunfo do Coração Imaculado de
Maria, que é tão consoladora e que gera tanto entusiasmo, uma promessa que
deve ser pregada sem cessar, na época e fora de época, o Cardeal Ratzinger ignora...”
Note que o Frade Michel parece suster a mesma posição, pondo toda a ênfase na sua versão
do triunfo de Nossa Senhora. Na página 845 do seu terceiro volume, o Frade Michel chega
até a pôr as palavras de Nossa Senhora “por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O
Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo
algum tempo de paz” depois das palavras “Em Portugal se conservará sempre o
dogma da fé etc.” As últimas palavras ditas por Nossa Senhora no segredo de 13 de Julho
foram: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé etc.” As palavras “por fim o meu
Imaculado Coração triunfará...” aparecem antesdestas palavras porque elas fazem parte do
segundo segredo, que lida com o período das perseguições da Rússia tratado neste artigo.
Pergunta: O que achas ser o significado das palavras: “Em Portugal se conservará sempre o
dogma da fé etc.” que aparecem mesmo antes do Terceiro Segredo?
Resposta: Uma vez que não temos a sentença completa, não podemos dizer ao certo, mas
poderia ser: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé num remanescente de
fiéis...” Ou: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé até a Grande
Apostasia...” O Terceiro Segredo sem dúvida tem que ver com a apostasia da seita do
Vaticano II.
www.vaticancatholic.com
www.igrejacatolica.pt
Nenhum dos pontos que se seguem são necessários para demonstrar que a
seita do Vaticano II e os seus antipapas não são católicos. As evidências
doutrinais tratadas nesta página da Internet o demonstram detalhadamente. No
entanto, os pontos que se seguem são interessantes e esclarecedores na medida em que
ajudam a explicar mais detalhadamente o porquê de esta crise catastrófica estar a acontecer,
e também a clarificar a sua natureza.
Apocalipse 17:1 — “Então veio um dos sete Anjos, que tinham os sete cálices, e falou comigo,
dizendo: Vem cá, e eu te mostrarei a condenação da grande Prostituta, que está
assentada sobre as grandes águas…”
Apocalipse 17:15 — “Disse-me mais o Anjo: As águas que tu viste, onde a Prostituta
está assentada, são os Povos, e as Nações e as Línguas.”
“Povos, Nações e Línguas” são indicativos da influência global, algo que tem influência em
todos os confins da terra. O que vem logo à mente é Roma e a Igreja Católica. A missão
universal da Igreja Católica resultou na incorporação de fiéis de todos os povos, nações e
línguas.
Papa Pio XII, Fidei donum #46, 21 de Abril de 1957 — “Mãe de todas as nações, de todos
os povos e de cada um dos homens, nossa santa madre Igreja...”1
E posto que Roma é a sede da Igreja universal, se Roma fosse tomada por um
antipapa que impusesse uma nova religião, poderia então conduzir quase todos
os povos, nações e línguas à sua infidelidade espiritual. É por isso que a Prostituta
assenta-se sobre os povos, nações e línguas. De facto, o Concílio de Trento confirma
infalivelmente e com alarmante especificidade a nossa opinião de que as águas sobre as quais
a Prostituta se assenta estão conectadas com a extensão quase universal que teria uma Igreja
Católica falsificada dos últimos dias se um antipapa ou uma série de antipapas
conseguissem usurpar a Sé de Roma.
Papa Pio IV, Concílio de Trento, Sessão 22, sobre o Santo Sacrifício da Missa — “Declara mais
o santo Concílio, haver preceito da Igreja para os sacerdotes lançarem água no cálice, quando
oferecem: tanto por se crer, que assim o fez Cristo Senhor nosso, como também porque do
seu lado saiu juntamente sangue, e água; de cujo mistério se faz comemoração com esta
mistura; e como no Apocalipse (17:15) de São João os Povos se comparam às
águas, se representa a união do mesmo Povo fiel com a sua cabeça Cristo.”2
Note que o Concílio de Trento declara infalivelmente que as águas de Apoc. 17:1 e 15
representam a união dos fiéis com Cristo, isto é, a Igreja Católica. A grande Prostituta
está assentada sobre essas águas! Logo, é de fé católica que a grande Prostituta assenta-
se sobre a Igreja Católica, isto é, ela impede, obstrui, suprime, e tenta fazer-se passar pela
Igreja Católica. Eis uma descrição perfeita da falsa Igreja que surgiu com o
Concílio Vaticano II, que tem conseguido enganara maior parte do mundo ao fazê-lo crer
que esta é a verdadeira Igreja Católica.
Apocalipse 17:9 — “E aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes,
sobre os quais a mulher está sentada: são também sete Reis.”
Tal como já foi dito, Roma foi construida sobre sete montes. Dado que a grande Prostituta
senta-se sobre a cidade dos sete montes, a grande Prostituta senta-se sobre a própria cidade
de Roma — o centro de unidade na Igreja Católica e lugar dos Romanos Pontífices.
É interessante como só nos últimos dias é que Roma dá lugar à grande Prostituta, isto é,
depois da revolução do Vaticano II. Esta é a razão de a Prostituta ser mencionada apenas no
livro do Apocalipse. E este é o porquê de a Sagrada Escritura falar da “queda” da Babilónia.
Apocalipse 18:2 — “E exclamou fortemente, dizendo: caiu, caiu a grande Babilónia: e se
converteu em habitação de demónios, e em retiro de todo o espírito imundo, e em guarida de
toda a ave hedionda e abominável.”
O nome “Babilónia” tem sido considerado historicamente como um nome de código para
Roma.
1 Pedro 5:13 — “A Igreja que está em Babilónia, escolhida com vós outros, vos saúda, e
Marcos meu filho.”
Os peritos em estudos bíblicos entendem que São Pedro escreveu esta epístola desde Roma,
cidade a qual ele chama de “Babilónia.” Portanto, Roma é Babilónia e Babilónia caiu. Mas, se
ela caiu, então em alguma altura esteve de pé. E isso não é verdade? Pois, antes da sua queda,
Roma (Babilónia) foi o pilar do catolicismo e o centro do cristianismo — a grande cidade.
Apocalipse 17:18 — “E a mulher, que viste, é a grande Cidade, que reina sobre os Reis da
terra.”
Alguns fazem a pergunta — “Se Roma é a ‘grande Cidade,’ por que o Apocalipse 11:8 diz
que a grande cidade é o lugar onde foi crucificado o Senhor, que é Jerusalém?” A resposta é
que este versículo na verdade não diz isso:
Apocalipse 11:8 — “E os seus corpos [das duas testemunhas] jazerão estirados nas praças
da grande Cidade, que se chama espiritualmente Sodoma, e Egipto, onde
também o Senhor deles foi crucificado.”
Note que, ao contrário do que alguns têm afirmado, o livro do Apocalipse não indica
claramente que as duas testemunhas (que alguns crêem descrever Pedro e Paulo) são
assassinadas na cidade onde foi crucificado o Senhor. Note que poderia muito bem significar
que até onde o Senhor deles foi crucificado, a grande cidade é chamada espiritualmente
Sodoma e Egipto. Por outras palavras, a grande cidade, Roma, é referida por “Sodoma” e por
“Egipto” até numa cidade tão longínqua quanto Jerusalém (onde o seu Senhor foi
crucificado) por causa das suas imoralidades! Isto faz sentido se tivermos em conta que Roma
era famosa por sua corrupção. Logo, esta passagem não prova com clareza, como alguns têm
sugerido, que Jerusalém tem de ser a grande cidade.
Outra consideração é que o Corpo Místico de Cristo está ser crucificado em e desde Roma,
de maneira que nesse sentido também seria correcto dizer que Roma é o lugar donde o
Senhor é crucificado em seu Corpo Místico.
A grande cidade é Roma. Historicamente, nenhuma outra cidade governou sobre os reis da
Terra tal como Roma, que tem uma primazia espiritual e eclesiástica à qual todas as nações
devem ser submetidas.
E queiram ou não todos os reis da terra aceitá-lo, o facto é que todos os seres humanos
devem estar sujeitos ao poder espiritual da Igreja Católica, que (quando há um verdadeiro
papa) se exerce desde Roma.
Papa Bonifácio VIII, Unam Sanctam, 18 de Novembro de 1302 — “Além disso, declaramos,
dizemos, definimos e pronunciamos que é absolutamente necessário à salvação
de toda criatura humana estar sujeita ao romano pontífice.”5
Então, a queda da grande cidade é a queda de Roma da fé católica. Não é a queda da Igreja
Católica; a Igreja Católica pode existir sem Roma. A Igreja pode ser reduzida a um
remanescente de fiéis, tal como é predito por Nosso Senhor quando fala sobre o fim do
mundo (Lucas 18:8). Roma, por sua parte, não pode existir sem o catolicismo. Sem o
catolicismo, converte-se em nada mais que “habitação de demónios, e em retiro de todo o
espírito imundo, e em guarida de toda a ave hedionda, e abominável” (Apoc. 18:2).
Nossa Senhora de La Salette, 19 de Setembro de 1846, uma aparição aprovada pela Igreja
Católica — “Roma perderá a Fé e se tornará o assento do Anticristo.”
3. A Prostituta é uma mulher
Apocalipse 17:6-7 — “E vi esta mulher embebedada do sangue dos Santos, e do sangue dos
Mártires de Jesus. E quando a vi fiquei espantado com uma grande admiração. Então me
disse o Anjo: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da Besta, que a leva, e
que tem sete cabeças e dez cornos.”
Se é certo que a Prostituta da Babilónia é a falsa Igreja Católica que começou com a
revolução do Vaticano II (como as evidências nesta página da Internet demonstram em
abundância), faria sentido que esta entidade apocalíptica fosse descrita como uma mulher,
de modo a contrastá-la com uma outra mulher — a sua antítese — a Igreja Católica.
Papa Bonifácio VIII, Unam Sanctam, 18 de Novembro de 1302: “Uma só é a minha pomba,
a minha perfeita, ela é a única para a sua mãe, escolhida pela que lhe deu o ser [Cânt. 6:8];
que representa o corpo místico uno, cuja cabeça é Cristo, e a cabeça de Cristo, Deus [1 Cor.
11:3].”6
Apocalipse 17:5 — “E estava escrito na sua testa este nome: Mistério: A grande Babilónia, a
mãe das fornicações e das abominações da terra.”
É bastante óbvio que o Apocalipse descreve a Prostituta da Babilónia como a “mãe das
fornicações” porque a contra-Igreja se apodera de Roma, de onde normalmente um
verdadeiro papa preside a Mãe Igreja. Roma tornou-se a mãe fornicadora, a falsa Igreja
Católica dos últimos dias espalhada por quase todo o mundo. E nós vemos isso em acção: a
apostasia e a fornicação espiritual da contra-Igreja começa em Roma e depois estende-se a
todas as Igrejas locais na falsa seita. Por exemplo: o indiferentismo religioso praticado em
Roma estendeu-se ao resto da falsa Igreja.
Portanto, posto que a Igreja Católica é a nossa mãe amorosa, a Prostituta é mãe das
fornicações. E enquanto a Igreja Católica é a mãe de todos os fiéis a Cristo, a Prostituta é a
mãe dos infiéis a Cristo, isto é, dos que abandonaram a Igreja e aceitaram a nova religião do
Vaticano II.
Apocalipse 18:16 — “E dizendo: Ai, ai daquela grande Cidade, que estava coberta de linho
finíssimo, de púrpura e de escarlate e que se adornava de ouro, e de pedras preciosas e de
pérolas...”
Este é talvez um dos versículos mais reveladores no Apocalipse. Na Igreja Católica, os
bispos vestem-se de púrpura e os cardeais vestem-se de escarlate!
Cardeais (de escarlate, no topo) e bispos (de púrpura, em baixo) no Vaticano
Este versículo em particular está a referir-se ao Novus Ordo Missae (a Nova Missa), que
não contém o sangue de Jesus Cristo, mas uma oferenda abominável aos olhos de Deus.
Apocalipse 18:6 — “Tratai-a como ela tratou e dai-lhe o dobro conforme as suas obras; na
taça em que ela misturou, misturai-lhe o dobro.” 11
Papa Eugénio IV, Exultate Deo, Concílio de Florença, Sessão 8, 22 de Novembro de 1439:
“Pois o bem-aventurado papa Alexandre, quinto sucessor do bem-aventurado Pedro, diz:
‘Nas oblações dos sacramentos que se oferecem ao Senhor dentro das solenidades das
missas, seja oferecido em sacrifício apenas o pão e o vinho misturado com
água.Pois tanto o vinho somente quanto a água somente, não devem ser oferecidos no cálice
do Senhor, mas ambos misturados, porque podemos ler [nas Sagradas Escrituras] que
ambos, isto é, sangue e água, saíram do lado de Cristo.’ E também porque isto é apropriado
para significar o efeito deste sacramento, que é a união do povo cristão com Cristo. Pois a
água, com efeito, significa o povo, segundo o passagem do Apocalipse: ‘As águas... são os
Povos’ [Apoc. 17:15]. (…) Logo, quando no cálice são misturados a água e o vinho, o
povo se une com Cristo, e a multidão dos fiéis se junta e conecta com Aquele em quem
crê.’”12
Precisamente no mesmo versículo, portanto, Deus revela que a Prostituta realiza uma
massiva fornicação espiritual em questões ligadas à Missa católica e à Igreja Católica como
um todo. Trata-se de uma alarmante descrição da seita Vaticano II: a contra-Igreja do fim
dos tempos.
Apocalipse 18:3 — “Porque todas as Nações beberam do vinho da ira da sua prostituição;
e os Reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se fizeram ricos com o
excesso das suas delícias.”
Êxodo 34:16 — “Nem tomarás as suas filhas para mulheres de teus filhos, não suceda que,
depois de elas mesmas se terem prostituído com os seus deuses, façam prostituir-se
também os teus filhos com os seus deuses.”
Poder-se-iam citar muitas outras passagens para demonstrar que as Escrituras descrevem
a infidelidade espiritual e a idolatria como fornicação e prostituição. Quando neste contexto
se fala de uma “grande Prostituta” que comete fornicação por todo o mundo, isto indica
claramente apostasia da única e verdadeira fé. Como temos demonstrado neste sítio da
Internet, a apostasia da verdadeira fé e a aceitação de falsos deuses/religiões idólatras é
exactamente o que mais caracteriza a contra-Igreja do Vaticano II e a apostasia do Vaticano
II. Esta tem posto os “deuses” demoníacos do panteão das religiões do mundo ao mesmo
nível do verdadeiro Deus da Igreja Católica.
Como demonstrámos, esta fornicação que tem início nesta Roma apóstata e nos seus
antipapas (acima), foi espalhada pelo mundo inteiro (abaixo), embebedando-o.
Papa Pio XI, Mortalium animos, (#10), 6 de Janeiro de 1928: “Pois, a mística Esposa de
Cristo jamais se contaminou no decorrer dos séculos nem, em época alguma, poderá ser
contaminada, como diz São Cipriano: ‘A Esposa de Cristo não pode ser adulterada:
ela é incorrupta e pudica. Ela conhece uma só casa e guarda com casto pudor a
santidade de um só cubículo nupcial.’”14
Assim como a Prostituta é conhecida pela sua impureza, a Igreja Católica é conhecida pela
sua castidade.
Papa São Sirício, carta a Hemério — Directa ad decessorem, 10 de Fevereiro de 385: “E por
isso quis que a castidade da Sua Igreja, da qual Ele é Esposo, irradiasse com
esplendor, de forma que no dia do juízo, quando Ele tiver voltado, possa encontrá-
la sem mácula nem ruga [Ef. 5:27] tal como Ele instituiu pelos Seus apóstolos.”15
A Igreja é “a Esposa imaculada de Cristo.” A “grande Prostituta” não representa outra coisa
que não o maior escárnio da Esposa imaculada de Cristo na história.
Papa Adriano I, Segundo Concílio de Niceia, 787: “… Cristo, Deus nosso, quando
tomou por Esposa a Sua Santa Igreja Católica, que não tem mácula nem ruga,
prometeu que cuidaria dela e assegurou os seus santos discípulos dizendo:
estou convosco todos os dias até a consumação do século.”16
O Apocalipse diz-nos, em mais um incrível versículo, que a Prostituta disse a si mesma: “eu
estou assentada como Rainha: e não sou viúva.” Ela não é uma mulher viúva porque o seu
(ex-)Esposo não está morto.
Apocalipse 1:17-18 — “Logo que eu o vi, caí ante seus pés como morto. Porém ele pôs a sua
mão direita sobre mim, dizendo: não temas, eu sou o primeiro e o último, e o que vive, e fui
morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte
e do Inferno.”
O Esposo da Igreja é Jesus Cristo. A Prostituta, sendo ela uma falsa Igreja que se apartara
da Igreja Católica, teve a Jesus Cristo como seu Esposo até que se separou de Jesus Cristo
despojando-se das Suas tradições e ensinamentos. Ao invés de ser uma esposa fiel, a
Prostituta se converteu em sua própria rainha, que se alegra em impor aos outros a sua
própria vontade e glória, os seus próprios ensinamentos e sua própria religião.
Apesar de a Prostituta ter se separado da Igreja Católica ao formar a sua própria “Igreja” e
religião, a Esposa de Cristo — a Igreja Católica — mantém-se sempre unida ao seu Esposo,
mesmo quando a maior parte do mundo a tenha deixado para unir-se à Prostituta.
Papa Pio XII, Mystici Corporis Christi, (#89), 29 de Junho de 1943: “Não é exacto; o divino
Redentor não só uniu-se a si próprio estreitamente à Igreja, que é a Sua
Esposa amada, mas também com as almas de todos e cada um dos fiéis, com quem deseja
ardentemente conversar na intimidade, sobretudo depois Santa Comunhão.”17
9. A luz da lâmpada não luzirá mais na Prostituta da Babilónia
Apocalipse 18:23 — “E não luzirá mais em ti a luz das lâmpadas; nem se ouvirá
mais em ti a voz do esposo e da esposa: porque os teus mercadores eram uns Príncipes
da terra, porque nos teus encantamentos erraram todas as gentes.”
A “luz das lâmpadas” é uma referência à lâmpada do santuário presente nas igrejas
católicas. Esta lâmpada significa a presença real de Cristo na Eucaristia. Esta
lâmpada dificilmente se encontra nas igrejas do Vaticano II. Na maior parte dos casos, esta
foi posta numa nave lateral ou na parte posterior da igreja. Mas mais do que a deslocação da
lâmpada do santuário, Apocalipse 18:23 está a indicar que a presença real de Cristo (a
Eucaristia válida) já não se encontra na Igreja do Vaticano II.
“A voz do esposo e da esposa” em Apocalipse 18:23 é uma referência a Cristo e a Sua Igreja.
Papa Pio XII, Mystici Corporis Christi, (#86), 29 de Junho de 1943: “... a doutrina do
apóstolo das gentes [São Paulo], que se bem une Cristo e o seu Corpo Místico numa admirável
união íntima, no entanto contrapõe um ao outro como Esposo à Esposa (Ef 5:22-23).”18
Qualquer que fosse a dúvida que pudesse surgir sobre quem o Esposo e a Esposa são, o
Papa Pio XII eliminaria citando São Paulo. Jesus Cristo é o Esposo, e a Igreja, o Seu Corpo
Místico, é a Sua Esposa imaculada. Quando o Apocalipse faz referência à voz do esposo e da
esposa, trata-se de outra confirmação de que a Prostituta da Babilónia é a seita do Vaticano
II: a contra-Igreja, que abandonou os ensinamentos (ou voz) do Esposo (Jesus Cristo) e da
Esposa (a Sua Igreja).
Apocalipse 18:22 — “E não se ouvirá mais em ti nem a voz dos tocadores de cítara,
nem de músicos, nem de tocadores de flauta e de trombeta…”
Poucas pessoas hoje em dia sabem que “trombetas e cítaras eram os principais
instrumentos da música litúrgica na época de São João, como hoje são os órgãos no
ocidente.”19 Ao incluir os três instrumentos principais da música litúrgica católica ao longo
da história, São João adverte-nos que a música litúrgica católica tradicional em seu conjunto
“não se ouvirá mais” na Prostituta. E não se tornou isto realidade?
Já demonstrámos que desde o Concílio Vaticano II, o canto gregoriano, nossa bela tradição
musical, foi substituído por todo o tipo de música e instrumentos profanos que se possam
imaginar.
A situação agora é tão má que pode muito bem acontecer de entrarmos numa igreja
“católica” moderna e ouvir de tudo, desde ruidosos tambores a guitarras eléctricas. Poderia
inclusive acontecer de entrarmos numa dessas igrejas e ouvir música rock. No entanto, o que
é talvez o mais decepcionante de tudo isto, é que a maioria das pessoas não se dão conta de
que estas igrejas “católicas” modernas não são católicas de forma alguma, mas pertencem
inteiramente à Prostituta da Babilónia.
Apocalipse 14:8 — “E outro Anjo o seguiu, dizendo: caiu, caiu aquela grande Babilónia, que
deu a beber a todas as gentes do vinho da ira da sua fornicação.”
Apocalipse 16:19 — “E a grande cidade foi dividida em três partes; e as Cidades das Nações
caíram, e Babilónia, a grande, veio em memória diante de Deus, para lhe dar a beber o cálice
do vinho da indignação da sua ira.”
Apocalipse 17:1-2 — “Vem cá, e eu te mostrarei a condenação da grande Prostituta, que está
assentada sobre as grandes águas, com quem fornicaram os Reis da terra, e que tem
embebebado os habitantes da terra com o vinho da sua prostituição.”
Papa São Pio V, de Defectibus, capítulo 5: “As palavras de consagração, que são a forma deste
sacramento, são estas: isto é o Meu Corpo; e: este é o Cálice do meu Sangue, do novo e
eterno Testamento: mistério de fé, que será derramado por vós e por muitos para remissão
dos pecados. Agora, se alguém remover ou alterar o que seja na forma da
consagração do Corpo e Sangue, e nessa própria alteração das palavras a [nova]
formulação falhar em significar a mesma coisa, ele não consagrará o
sacramento.”
12. A Prostituta está embebedada com o sangue dos santos e dos mártires
Papa Leão XIII, Au milieu des sollicitudes, (#11), 16 de Fevereiro 1892: “[Muitas vezes]… os
cristãos, pelo simples facto de serem cristãos, e não por alguma outra razão,
viram-se forçados a escolher entre estas alternativas: a apostasia ou o
martírio.”20
Apocalipse 17:6 — “E vi esta mulher, embebedada do sangue dos santos e do
sangue dos mártires de Jesus. E quando a vi, fiquei espantado...”
Apocalipse 18:24 — “E nela foi achado o sangue dos Profetas, e dos Santos, e de
todos os que foram mortos sobre a terra.”
Pode-se dizer que a Prostituta está embebedada do sangue dos santos em vários níveis. O
primeiro que vem à mente é o ecumenismo tal como é praticado pela seita do Vaticano II.
Antes do Vaticano II, o ecumenismo referia-se ao esforço apostólico de converter o mundo
ao catolicismo. Nos dias de hoje, refere-se ao esforço de unir todas as religiões em uma só,
sem conversão, e, enquanto isso, respeitando todas as religiões como essencialmente iguais.
Papa São Gregório Magno: “A santa Igreja universal ensina que não é possível
cultuar a Deus verdadeiramente senão nela, e afirma que todos os que estão
fora dela não serão salvos…”22
Margaret Clitherow, por recusar-se a aceitar a seita Anglicana e a sua falsa missa, mas por
antes ter levado padres católicos para dentro de sua casa contra as leis penais, foi assassinada
ao ser esmagada até a morte debaixo de uma enorme porta carregada de pesos. Este tipo de
execução é tão doloroso que é chamado de “punição severa e cruel.” Ela sofreu tudo
aquilo porque rejeitou o anglicanismo. A seita do Vaticano II, por sua vez, ensina que
os anglicanos são irmãos cristãos, que não precisam de conversão; que os seus “bispos”
inválidos são, na verdade, bispos legítimos da Igreja de Cristo. A seita do Vaticano II ensina
que o martírio que ela sofreu não teve qualquer fundamento e, dessa maneira, embebeda-se
com o sangue dos santos e dos mártires.
Quantos mártires, como São Tomás More, deram as suas vidas por apenas um artigo da fé
católica? O ecumenismo faz com que o sangue derramado pelos mártires não tenha qualquer
valor, sentido e significado.
Papa Leão XIII, Satis cognitum, (#8), 29 de Junho de 1896: “Aqueles, pois, que escutavam
Jesus, se queriam salvar-se, tinham o dever, não somente de aceitar a Sua doutrina
integralmente, mas de dar pleno assentimento a cada uma das coisas que Ele
ensinava. Negar-se a crer é realmente contrário à razão, pois a fé não deve ser
negada a Deus num ponto que seja.”23
É por isso que é dito que a Igreja do Vaticano II está embebedada com o sangue dos
mártires e dos santos (Apoc. 17:6; 18:24); e todos que apoiam essa actividade própria do
Anticristo, que agora é liderada por Francisco, estão igualmente embebedados.
Apocalipse 6:9-10 — “E quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do Altar as almas dos
que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho, que
tinham dado dele. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando, Senhor, Santo,
e verdadeiro, dilatas tu o fazer-nos justiça, e vingar o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?”
É prescrito que a Missa Católica seja celebrada em altares que contêm relíquias
de mártires! Portanto, faz todo o sentido que os mártires, cujas vidas estão a ser alvo de
escárnio pelo ecumenismo da seita do Vaticano II e pelo seu apoio às falsas religiões, clamem
em alta voz “debaixo do altar”! Eles clamam em alta voz não apenas contra o ecumenismo
inter-religioso, que zomba de suas vidas, mas também contra as abominações litúrgicas que
ocorrem directamente sobre as suas relíquias na Nova Missa. Este ponto surpreendente das
Escrituras deveria também demonstrar aos protestantes que a Igreja Católica é a única Igreja
verdadeira.
Apocalipse 18:20, O Juízo de Deus contra a Prostituta: “Exulta sobre ela, ó Céu, e vós Santos
Apóstolos, e Profetas: porque Deus julgou a vossa causa, quanto a ela.”
Cabe assinalar que os “quarenta e dois meses” (Apoc. 11:2), os “mil duzentos e sessenta
dias” (Apoc. 12:6), e os “um tempo, dois tempos, e a metade de um tempo” (Apoc. 12:14) e os
três anos e meio, são considerados por alguns estudiosos como durações simbólicas de
qualquer período de perseguição.
Lucas 21:34-35 — “Velai pois sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se façam
pesados com as demasias do comer, e do beber, e com os cuidados desta vida; e para que
aquele dia vos não apanhe de repente: porque ele assim como um laço prenderá a
todos os que habitam sobre a face de toda a terra.”
O laço serve para capturar os animais. Agora, se o laço dos últimos dias consiste numa falsa
Igreja Católica instalada em Roma, e uma invasão espiritual da santa cidade (Roma), então
o “animal” que o Diabo está a tentar enlaçar é o catolicismo tradicional. Esta é outra prova
de que a religião católica é a única religião verdadeira.
É esperança nossa que estas evidências bíblicas contra a Igreja do Vaticano II fortaleçam
os católicos na sua oposição a esta. As profecias bíblicas que descrevem com incrível precisão
a nossa situação actual permitem também aos católicos ter uma melhor compreensão de
como Deus vê o desenvolvimento dos acontecimentos dos últimos cinquenta e tal anos.
Apocalipse 18:4-5 — “Depois ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, Povo meu; para
não serdes participantes dos seus delitos, e para não serdes compreendidos nas suas Pragas.
Porque os seus pecados chegaram até ao Céu, e o Senhor se lembrou das suas iniquidades.”
Se não romperem completamente com a grande Prostituta, estas pessoas perderão as suas
almas no fogo eterno por blasfemarem contra a Igreja de Cristo Rei, que não partilha das
obra das trevas; que não tem parte com não-crentes, e que não mantém amizade com a
mulher da iniquidade. Apesar de grande parte do mundo ter sido ocupado pela grande
Prostituta, a Esposa imaculada do Senhor continua existindo com toda a sua pureza,
malgrado ter se reduzido a um remanescente, ofuscado pela falsa Igreja que o sobrepuja.
Esta mulher pura que representa o remanescente da Igreja Católica nos últimos dias é
descrita no capítulo 12 do Apocalipse, depois da visão da mulher vestida de sol, a Nossa
Senhora de Fátima.
Apocalipse 12:6 — “E a mulher fugiu para o deserto, onde tinha um retiro, que Deus lhe
havia preparado, para nele a sustentarem por mil e duzentos e sessenta dias.”
Apocalipse 12:14 — “E foram dadas à mulher duas asas de uma grande águia, para
voar para o deserto ao lugar do seu retiro, onde é sustentada um tempo, dois tempos, e a
metade de um tempo, fora da presença da serpente.”
Se ainda não nos juntamos à Igreja Católica, devemos entrar neste remanescente no
deserto. Devemos manter a “fé, que foi dada aos santos” (Judas 1:3), e acercar-se de
Deus mediante a recepção dos verdadeiros sacramentos e a prática da devoção ao Imaculado
Coração de Maria e o Santo Rosário.
Apocalipse 12:17 — “E o Dragão se irou contra a mulher: e foi fazer guerra aos outros seus
filhos, que guardam os mandamentos de Deus, e tem o testemunho de Jesus Cristo.”
Apocalipse 14:12 — “Aqui está a paciência dos Santos, que guardam os mandamentos de
Deus, e a fé de Jesus.”
Notas finais:
1 The Papal Encyclicals, by Claudia Carlen, Raleigh: The Pierian Press, 1990, Vol. 4 (1939-
1958), pág. 327.
2 Denzinger, The Sources of Catholic Dogma, B. Herder Book. Co., Thirtieth Edition, 1957,
nº. 945.
3 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 28.
4 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 206.
5 Denzinger 468.
6 Denzinger 468.
7 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 403.
8 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 318.
9 The Papal Encyclicals, vol. 4 (1939-1958), pág. 50.
10 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 403.
11 Embora na maior parte das traduções portuguesas da Vulgata o verbo escolhido não seja
“mexer”, mas “derramar” ou “dar a beber”, ou outro verbo com um sentido similar, o verbo
latino utilizado é misceo, que significar “mexer”, e a palavra grega utilizada é κεράννυμι, que
significa não apenas mexer, mas também mexer especificamente vinho ou água,
corroborando assim ainda mais o ponto apresentado nesta secção.
12 Denzinger 698.
13 www.georgetown.edu
14 The Papal Encyclicals, vol. 3 (1903-1939), pág. 317.
15 Denzinger 89.
16 Decrees of the Ecumenical Councils, Sheed & Ward and Georgetown University Press,
1990, vol. 1, pág. 133.
16 The Papal Encyclicals, vol. 4 (1939-1958), pág. 55.
17 The Papal Encyclicals, vol. 4 (1939-1958), pág. 54.
18 Scott Hahn, The Lamb's Supper, Doubleday, 1999, pág. 120.
19 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 279.
20 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 304.
21 The Papal Encyclicals, vol. 1 (1740-1878), pág. 230.
22 The Papal Encyclicals, vol. 2 (1878-1903), pág. 392.