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QUESTÃO 03 - TJ-PE – Juiz de Direito – 2013 – FCC.

No tocante à transação penal, INCORRETO afirmar que


a) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado,
pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não definitiva
a sentença.

b) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes


criminais, salvo registro para impedir nova concessão do benefício no prazo
de cinco anos.
c) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado
anteriormente nos mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela aplicação
de pena restritiva.
d) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados
propor ação cabível no juízo cível.
e) a aplicação de pena restritiva de direitos não importará em reincidência.

Comentários
A alternativa incorreta é a letra A, pois o art. 76, § 2º, da Lei 9.099/95 proíbe a
proposta se o autor da infração tiver sido condenado, pela prática de crime, à
pena privativa de liberdade, por sentença definitiva. A alternativa fala de infração
e de sentença não definitiva.
GABARITO: A

QUESTÃO 04 - TJ-RN – Titular de Serviços de Notas e de


Registros – 2012 – IESES (adaptada).
A competência do juizado especial criminal é absoluta, não comportando
exceções.

Comentários
De forma alguma. O art. 60 prevê exceções à competência dos juizados especiais
criminais nos casos de conexão e continência.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 05 - TJ-RN – Titular de Serviços de Notas e de


Registros – 2012 – IESES (adaptada).
Aplicar-se-á o procedimento sumaríssimo para as infrações penais de menor
potencial ofensivo tipificadas na Lei 9.099/95.

Comentários
O erro da assertiva está em afirmar que a Lei nº 9.099/1995 tipifica infrações
penais, mas isso não é verdade.
GABARITO: ERRADO

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QUESTÃO 06 - Senado Federal – Advogado – 2008 – FGV.
Relativamente aos juizados especiais criminais, analise as afirmativas a
seguir:

I. São princípios que orientam os juizados especiais a oralidade,


simplicidade, informalidade, economia processual, celeridade e a busca pela
conciliação.
II. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei
local, preferentemente entre bacharéis em Direito que exerçam funções na
administração da Justiça Criminal.
III. Os atos processuais serão públicos, sendo vedada sua realização em
horário noturno.
IV. É possível a aplicação dos institutos da conciliação e da transação no
tribunal do júri nas infrações de menor potencial ofensivo conexas com
crimes dolosos contra a vida.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.

Comentários
A assertiva II está incorreta porque os conciliadores devem ser recrutados
preferencialmente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exercem funções
na administração da Justiça Criminal. A assertiva III está incorreta porque os atos
processuais podem ser praticados em horário noturno, conforme as normas de
organização judiciária.
GABARITO: C

QUESTÃO 07 - MPE-PE – Promotor de Justiça – 2002 – FCC


(adaptada).
Poderá haver suspensão condicional do processo em infrações cuja pena seja
no máximo igual ou superior a dois anos.

Comentários
A suspensão condicional do processo só poderá ser proposta nos crimes cuja pena
mínima cominada for igual ou inferior a um ano, nos termos do art. 89.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 08 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de


Registros - Provimento – 2016 – IESES.

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Levando em conta as disposições da lei 9.099/95, no que diz respeito aos
juizados especiais criminais, é correto afirmar:

a) Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no


prazo de 5 (cinco) dias, contados da ciência da decisão, e quando opostos
contra sentença, interromperão o prazo para o recurso.
b) A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo
Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no
juízo civil competente.
c) A suspensão condicional do processo será revogada se o acusado vier a
ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir
qualquer outra condição imposta.
d) A competência do juizado será determinada pelo lugar do resultado da
infração penal.

Comentários
A alternativa A está incorreta porque diz que os embargos de declaração
interrompem o prazo para recurso quando opostos contra sentença, mas esta era
a regra anterior. Hoje a interrupção ocorre em qualquer caso. A alternativa C está
incorreta porque a revogação da suspensão condicional do processo ocorrerá se
o beneficiário vier a ser processado por crime ou não efetuar, sem motivo
justificado, a reparação do dano, nos termos do art. 89, §3o. A alternativa D está
incorreta porque a competência será determinada pelo lugar em que foi praticada
a infração penal, de acordo com o art. 63.

GABARITO: B

QUESTÃO 09 - MPE-SP - Oficial de Promotoria I – 2016 –


VUNESP.
Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena
que corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo.
a) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa
b) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.
c) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos.
d) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
e) Reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Comentários
Segundo o art. 61, consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo
as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior
a 2 anos, cumulada ou não com multa.
GABARITO: A

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QUESTÃO 10 - PC-PE - Delegado de Polícia – 2016 – Cespe.
Godofredo tem a obrigação legal de cuidar de determinado idoso, mas o
abandonou em um hospital — conduta prevista no art. 98, do Estatuto do
Idoso, com pena de detenção de seis meses a três anos e multa. Paulo negou
trabalho a um idoso, com a justificativa de que o pretendente ao emprego
encontrava-se em idade avançada — conduta enquadrada no art. 100, II, do
Estatuto do Idoso, com pena de reclusão de seis meses a um ano e multa.
Nessas situações, as medidas despenalizadoras, previstas na Lei n.º
9.099/1995 (lei dos juizados especiais),
a) poderão beneficiar ambos os acusados, desde que haja anuência das
vítimas.
b) poderão beneficiar Paulo, com a transação penal, ao passo que
Godofredo, com a suspensão condicional do processo.
c) não poderão beneficiar Godofredo nem Paulo.
d) poderão beneficiar apenas Godofredo.
e) poderão beneficiar apenas Paulo.

Comentários
A questão menciona o Estatuto do Idoso, mas na verdade ela trata da Lei dos
Juizados Especiais. Pois bem, em primeiro lugar é importante saber que o art. 94
do Estatuto do Idoso assegura a aplicação dos institutos previstos na Lei dos
Juizados Especiais nos casos de crimes cuja pena máxima privativa de liberdade
não ultrapasse 4 anos. Mas naqueles crimes com penas máximas superiores a 2
anos, aplica-se apenas o rito sumaríssimo, ou seja, o procedimento mais célere.
Na hipótese trazida pela questão temos um crime punido com detenção de seis
meses a três anos, e outro punido com reclusão de seis meses a um ano. Em
ambos os casos poderiam ser aplicadas a suspensão condicional do processo (art.
89), mas a transação penal (art. 76) apenas para Paulo, pois sua pena máxima
não excede dois anos. Considerando que a transação penal é bem mais benéfica
que a suspensão condicional do processo, para Paulo será proposta a transação
penal, ao passo que Godofredo terá apenas a possibilidade de suspensão
condicional do processo.
GABARITO: B

QUESTÃO 11 - PRF – Agente – 2013 – Cespe.


Os atos processuais dos juizados especiais criminais poderão ser realizados
nos finais de semana, à exceção dos domingos e feriados.

Comentários
A regra da Lei nº 9.099/1995 é a seguinte: os atos processuais serão públicos e
poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.

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GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 12 - PC-ES – Perito Papiloscópico – 2011 – Cespe.


Nos casos em que a mencionada lei exige representação para a propositura
da ação penal pública, o ofendido ou seu representante legal será intimado
para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência.

Comentários
Essa obrigatoriedade está prevista no art. 91 da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 13 - PC-RN – Agente de Polícia – 2009 – Cespe


(adaptada).
Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos,
cumulada ou não com multa.

Comentários
Esta é a definição de infração penal de menor potencial ofensivo, trazida pelo art.
60 da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 14 - PC-RN – Agente de Polícia – 2009 – Cespe


(adaptada).
Não encontrado o acusado para ser citado, o juiz titular do juizado especial
criminal deverá determinar a citação por intermédio de edital, com prazo de
15 dias.

Comentários
Se o acusado não for encontrado, o juiz deve encaminhar as peças existentes ao
Juízo comum, para adoção do procedimento previsto em lei, nos termos do art.
66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 15 - PC-RN – Agente de Polícia – 2009 – Cespe


(adaptada).
Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
o MP, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por
dois a quatro anos, observados os demais requisitos legais.

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Comentários
A suspensão condicional do processo é um tema muito importante para sua
prova. Esse instituto está previsto no art. 89 da Lei nº 9.099/1995.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor
a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 16 - TJ-AC – Técnico Judiciário – 2012 – Cespe.


Em caso de suspensão condicional do processo, ao juiz é autorizado impor
condições a que a suspensão ficará subordinada, inclusive medidas
cautelares previstas no CPP, desde que adequadas ao fato e à situação
pessoal do acusado.

Comentários
O juiz pode impor outras condições além daquelas que constam no art. 89 da Lei
nº 9.099/1995, mas não medidas cautelares. Não faria sentido decretar uma
prisão preventiva, por exemplo, num caso como esse, não é mesmo?
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 17 - MPE-RS – Secretário de Diligências – 2010 –


FCC.
Quanto às disposições da Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº
9.099/95) é INCORRETO afirmar:
a) As disposições da Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar.
b) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.
c) Os conciliadores são auxiliares da Justiça, que exercem funções na
administração da Justiça Criminal, excluídos os Bacharéis em Direito.
d) Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as
partes, os interessados e defensores.
e) No procedimento sumário, os embargos de declaração serão opostos por
escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.

Comentários
A alternativa incorreta é a de letra C, pois os conciliadores devem ser recrutados
preferencialmente entre bacharéis em Direito, nos termos do parágrafo único do
art. 73 da Lei nº 9.099/1995. Acredito que tenha havido erro da banca na redação
da alternativa E, pois deveria ter sido citado o procedimento sumaríssimo, e não
o procedimento sumário. De toda forma, o gabarito foi mantido.

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GABARITO: C

QUESTÃO 18 - PC-GO – Agente de Polícia – 2016 – Cespe.


Uma pessoa denunciada por crime para o qual a pena mínima é igual a um
ano recebeu e aceitou uma proposta do MP prevista na Lei n.º 9.099/1995.
Nesse caso, a proposta em questão caracteriza-se como uma
a) suspensão condicional da pena, que poderá ser revogada se a pessoa vier
a ser condenada definitivamente por outro crime.
b) transação penal, pois a pessoa cometeu crime de menor potencial
ofensivo.
c) transação penal, caso o crime cometido seja de menor potencial ofensivo.
d) suspensão condicional da pena, pois a pessoa cometeu crime de menor
potencial ofensivo.
e) suspensão condicional do processo, que poderá ser revogada se a pessoa
vier a ser processada por contravenção penal no curso do prazo.

Comentários
Falando de crime com pena mínima cominada inferior a 1 ano, estaremos diante
da suspensão condicional do processo, que poderá, nos termos do art. 89, §4o,
ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por
contravenção.
GABARITO: E

QUESTÃO 19 - PC-GO - Agente de Polícia – 2016 – Cespe.


De acordo com os termos da Lei n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os
juizados especiais cíveis e criminais, na situação em que um indivíduo tenha
sido preso em flagrante por ter cometido furto simples — cuja pena prevista
é de reclusão, de um a quatro anos, e multa —, o MP, ao oferecer a denúncia,
poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, estando
presentes os demais requisitos que autorizem a suspensão condicional da
pena, previstos em artigo do CP. Nesse caso,
a) o MP poderá propor a suspensão do processo ainda que o réu tenha sido
condenado por outro crime na semana anterior à do cometimento do furto.
b) se o juiz deferir a suspensão do processo, o prazo da prescrição penal do
crime correrá durante o curso do prazo da suspensão.
c) se for deferida a suspensão do processo, a autoridade judiciária deverá
declarar extinta a punibilidade depois de expirado o prazo, sem revogação
da suspensão.
d) se o juiz deferir a suspensão do processo, esta será mantida ainda que
no seu curso o indivíduo venha a ser processado por contravenção penal.

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e) a decisão do juiz, pelo deferimento da suspensão do processo,
independerá da aceitação do acusado.

Comentários
A alternativa A está incorreta porque a proposição da suspensão do processo
depende de o acusado não estar sendo processado ou não ter sido condenado
por outro crime (art. 89). A alternativa B está incorreta porque a prescrição não
correrá durante o prazo de suspensão do processo (art. 89, §6º). A alternativa D
está incorreta porque a suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra
condição imposta (art. 89, §4º). A alternativa E está incorreta porque o acusado
pode não aceitar a proposta, caso me que o processo prosseguirá normalmente
(art. 89, §7º).

GABARITO: C

QUESTÃO 20 – TJ-SE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe


Julgue os itens subsecutivos, acerca de crime e aplicação de penas.
Considere que um indivíduo tenha sido condenado por crime hediondo.
Nesse caso, para que possa requerer progressão de regime de pena, esse
indivíduo deve cumprir dois quintos da pena que lhe foi imputada, se for
primário, e três quintos dessa pena, se for reincidente.

Comentários
A assertiva está de acordo com o art. 2º, §2º da Lei nº 8.072/1990: A progressão
de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á
após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e
de 3/5 (três quintos), se reincidente.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 21 – TJ-CE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe


(adaptada)
É permitida a progressão de regime em crimes hediondos, sendo necessário,
para isso, que o juízo da execução avalie se o condenado preenche os
requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, ainda, a
realização de exame criminológico.

Comentários
Hoje a progressão de regime no cumprimento de pena pro crime hediondo é
permitida, exatamente nesses termos.
GABARITO: CERTO

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QUESTÃO 22 – TJ-CE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe
(adaptada)
É admitido o indulto, graça e anistia a agente que praticou crime de natureza
hedionda.

Comentários
Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça e indulto.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 23 – TJ-CE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe


(adaptada)
Os crimes de extorsão mediante sequestro e sequestro são equiparados ao
hediondo.

Comentários
Extorsão mediante sequestro é crime hediondo, e não equiparado.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 24 – PC-BA – Delegado de Polícia – 2013 – Cespe


O indivíduo penalmente imputável condenado à pena privativa de liberdade
de vinte e três anos de reclusão pela prática do crime de extorsão seguido
de morte poderá ser beneficiado, no decorrer da execução da pena, pela
progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se for
réu primário, ou de três quintos, se reincidente.

Comentários
O crime de extorsão qualificado pela morte consta na lista dos crimes hediondos.
É importante que você tenha bem claro na sua mente que é possível a progressão
de regime do condenado por crime hediondo. O cumprimento da pena se dará
incialmente em regime fechado, mas a progressão pode ocorrer quando se der o
cumprimento de 2/5 da pena (apenado primário), ou de 3/5 (reincidente).
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 25 – CNJ – Analista Judiciário – 2013 – Cespe


Recentemente, ocorreu a inclusão do crime de corrupção ativa no rol dos
delitos hediondos, fato que, entre outros efeitos, tornou esse crime
inafiançável e determinou que o início do cumprimento da pena ocorra em
regime fechado.

Comentários
Atualmente tramita na Câmara um projeto de lei nesse sentido, mas hoje a
corrupção não consta na lista da Lei dos Crimes Hediondos.

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GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 26 – TJ-ES – Analista Judiciário – 2011 – Cespe


Considere a seguinte situação hipotética.
Maura praticou crime de extorsão, mediante sequestro, em 27/3/2008, e,
denunciada, regularmente processada e condenada, iniciou o cumprimento
de sua pena em regime fechado. Nessa situação hipotética, após o
cumprimento de um sexto da pena em regime fechado, Maura terá direito à
progressão de regime, de fechado para semiaberto.

Comentários
Em 2007 a redação da Lei de Crimes Hediondos foi alterada, e agora faz menção
à possibilidade de progressão de regime quando cumpridos 2/5 da pena
(condenado primário) ou 3/5 da pena (reincidente). Esta lei é especial em relação
ao Código de Processo Penal, que estabelece a regra de progressão com 1/6 da
pena cumprida.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 27 – DPE-PI – Defensor Público – 2009 – Cespe


(adaptada)
A nova figura típica denominada estupro de vulnerável não foi incluída no rol
de delitos hediondos, fato que tem gerado várias críticas por parte da
doutrina mais autorizada.

Comentários
A Lei nº 12.015/2009 incluiu no rol dos crimes hediondos a figura do estupro de
vulnerável, ao tempo em que sepultou a discussão sobre a inclusão ou não do
estupro simples na lista de crimes hediondos. Hoje qualquer estupro é
considerado crime hediondo.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 28 – TJDFT – Analista Judiciário – 2008 – Cespe


O crime de homicídio é considerado hediondo quando praticado em atividade
típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e
quando for qualificado.

Comentários
Para não haver perigo de você não lembrar da lista dos crimes hediondos, vou
repeti-la aqui, ok?

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GABARITO: CERTO

QUESTÃO 29 – AL-MT – Procurador – 2013 – FGV


Avalie os tipos de crimes listados a seguir.
I. Extorsão mediante sequestro;
II. Estupro;
III. Qualquer homicídio, simples ou qualificado, desde que doloso;
IV. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a
fins terapêuticos ou medicinais.
De acordo com a Lei n. 8.072/90, são considerados crimes hediondos:
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.

Comentários
O único item errado é o III, não é mesmo?
GABARITO: C

QUESTÃO 30 – TRF 5ª Região – Analista Judiciário – 2012 –


FCC
São crimes hediondos próprios, assim definidos pela Lei no 8.072/1990,
dentre outros,
a) estupro de vulnerável, epidemia com resultado morte e adulteração de
produto destinado a fim terapêutico.
b) extorsão mediante sequestro, desastre ferroviário e incêndio, desde que
seguidos de morte.
c) terrorismo, estupro, atentado violento ao pudor e racismo.
d) homicídio, latrocínio, extorsão mediante sequestro e tráfico ilícito de
drogas.
e) atentado contra meio de transporte aéreo, concussão e homicídio
qualificado.

Comentários
A única alternativa que corresponde à nossa lista é a letra A, não é mesmo?
Cuidado para não confundir os crimes hediondos com os equiparados!
GABARITO: A

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QUESTÃO 31 - PC-AC - Agente de Polícia Civil – 2017 – IBADE.
Acerca dos crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990 e suas alterações), pode-
se afirmar que a:
a) pena por crime hediondo será cumprida integralmente em regime
fechado.
b) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 10 (dez) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
c) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado
for primário, havendo vedação em caso de ser reincidente.
d) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado
for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
e) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 20 (vinte) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do §1o do art. 2o, a pena por crime
hediondo será cumprida INICIALMENTE em regime fechado. Lembre-se, porém,
de que o STF declarou o dispositivo inconstitucional.
A alternativa B está incorreta. A prisão temporária por crimes hediondos terá o
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade. Isso também torna a alternativa E incorreta.
A alternativa C está incorreta. A progressão de regime, no caso dos condenados
aos crimes hediondos, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente (art. 2o,
§2o). Isso torna a alternativa D correta.
GABARITO: D

QUESTÃO 32 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – 2017 –


IBADE.
No que concerne à Lei que trata dos crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990 e
suas alterações), assinale a alternativa correta.
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado
for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é
considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a
concessão da liberdade provisória, de acordo com o entendimento dos
Tribunais Superiores.

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d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta
como hediondo é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito
de drogas e racismo.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 2o, §2o, a progressão de regime,
no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
(três quintos), se reincidente.
A alternativa B está incorreta. O homicídio considerado hediondo é aquele
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII
do Código Penal).
A alternativa C está correta. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC
104.339/SP, declarou a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade
provisória", constante do art. 44, caput, da Lei n. 11.343/2006, afastando o óbice
à concessão da liberdade provisória aos acusados da prática de crimes hediondos
e equiparados, razão pela qual a decretação da prisão preventiva sempre deve
ser fundamentada na presença dos requisitos do art. 312 do Código de Processo
Penal - CPP.
A alternativa D está incorreta. O sistema adotado no brasil é o do etiquetamento
ou rotulação, também chamado de sistema legal.
Sistema legal: etiquetamento ou rotulação (adotado);
Sistema judicial: juiz declara a hediondez diante do caso em concreto;
Sistema misto: parte de um rol legal que é flexível ao caso concreto;
A alternativa E está incorreta. O tráfico de entorpecentes, o terrorismo e a tortura
são equiparados a crimes hediondos, mas não o racismo.
GABARITO: C

QUESTÃO 33 - DPE-RS - Analista Processual – 2017 – FCC.


É correto afirmar que,
a) segundo entendimento hoje unânime nas duas turmas de competência
criminal do Superior Tribunal de Justiça, o descumprimento de ordem judicial
imposta sob o título de medida protetiva no âmbito da Lei nº 11.340/2006
(Lei Maria da Penha) não implica a prática das condutas típicas de
desobediência dispostas nos artigos 330 ou 359 do Código Penal.
b) segundo entendimento hoje vigente no âmbito do Supremo Tribunal
Federal, o tráfico de drogas cometido na vigência da Lei nº 8.072/1990, em
qualquer de suas versões, é crime assemelhado a hediondo.
c) para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a consumação do
roubo reclama a posse pacífica e indisputada da coisa pelo agente.

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d) a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite a aplicação do
chamado princípio da insignificância penal para o crime de descaminho.
e) segundo a jurisprudência assentada no âmbito da 3ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça, não subsiste o crime de desacato tipificado no artigo 331
do Código Penal no ordenamento jurídico brasileiro, posto que incompatível
com o direito de liberdade de expressão e crítica.

Comentários
A alternativa A está correta. Não há crime de desobediência quando a pessoa
desatende a ordem e existe alguma lei prevendo uma sanção civil, administrativa
ou processual penal para esse descumprimento, podendo haver também a sanção
criminal. STJ. 5ª Turma. REsp 1.374.653-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,
julgado em 11/3/2014 (Info 538). STJ. 6ª Turma. RHC 41.970-MG, Rel. Min.
Laurita Vaz, julgado em 7/8/2014 (Info 544).
A alternativa B está incorreta. O STF mudou seu posicionamento, e hoje o tráfico
privilegiado (beneficiado pela minorante do §4o do art. 33 da Lei n. 11.343/2006)
não é mais considerado crime equiparado a hediondo.
A alternativa C está incorreta. C- Errada. Consuma-se o crime de roubo com a
inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça,
ainda que por breve tempo e em seguida a perseguição imediata ao agente e
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível (dispensável) a posse mansa e
pacífica ou desvigiada. Veja a seguinte decisão: STJ. 3ª Seção. REsp 1.499.050-
RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/10/2015 (Informativo STJ
572).
A alternativa D está incorreta. Ao considerar que o descaminho não é crime
material (mas sim formal) e que ele defende outros bens jurídicos além da
arrecadação, a consequência lógica seria não mais utilizar o parâmetro de R$ 10
mil reais como critério para a aplicação do princípio da insignificância. No entanto,
o STJ continua aplicando o princípio da insignificância ao crime de descaminho
quando o valor dos tributos elididos não ultrapassar a quantia de R$10.000,00
(dez mil reais), estabelecida no art. 20 da Lei n. 10.522/02 (STJ. 5ª Turma. AgRg
no REsp 1453259/PR, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 05/02/2015).
A alternativa E está incorreta. Desacatar funcionário público no exercício da
função ou em razão dela continua a ser crime, previsto pelo art. 331 do Código
Penal. (STJ. 3ª Seção. HC 379.269/MS, Rel. para acórdão Min. Antonio Saldanha
Palheiro, julgado em 24/05/2017).
GABARITO: A

QUESTÃO 34 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – 2017 –


IBADE.
No que concerne à Lei que trata dos crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990 e
suas alterações), assinale a alternativa correta.

14 de 69
a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado
for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é
considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a
concessão da liberdade provisória, de acordo com o entendimento dos
Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta
como hediondo é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito
de drogas e racismo.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 2o, §2o, a progressão de regime,
no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
(três quintos), se reincidente.
A alternativa B está incorreta. O homicídio considerado hediondo é aquele
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII
do Código Penal).
A alternativa C está correta. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC
104.339/SP, declarou a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade
provisória", constante do art. 44, caput, da Lei n. 11.343/2006, afastando o óbice
à concessão da liberdade provisória aos acusados da prática de crimes hediondos
e equiparados, razão pela qual a decretação da prisão preventiva sempre deve
ser fundamentada na presença dos requisitos do art. 312 do Código de Processo
Penal - CPP.
A alternativa D está incorreta. O sistema adotado no brasil é o do etiquetamento
ou rotulação, também chamado de sistema legal.
Sistema legal: etiquetamento ou rotulação (adotado);
Sistema judicial: juiz declara a hediondez diante do caso em concreto;
Sistema misto: parte de um rol legal que é flexível ao caso concreto;
A alternativa E está incorreta. O tráfico de entorpecentes, o terrorismo e a tortura
são equiparados a crimes hediondos, mas não o racismo.
GABARITO: C

15 de 69
QUESTÃO 35 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto – 2017
– CESPE.
A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta.
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes
hediondos, também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser
qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de
extermínio ou em ação de milícia privada.
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo.
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou
outra forma de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não
responderá pela prática de crime hediondo.

Comentários
A alternativa A está correta. Realmente, embora tortura, tráfico de drogas e
terrorismo não sejam crimes hediondos, também são inafiançáveis e insuscetíveis
de anistia, graça e indulto.
A alternativa B está incorreta. O homicídio qualificado é crime hediondo, mas não
apenas ele. Também é hediondo, por exemplo, o homicídio simples praticado em
atividade típica de grupo de extermínio.
A alternativa C está incorreta. A lei não fala em milícia privada, mas apenas em
homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio.
A alternativa D está incorreta. Na realidade o crime considerado hediondo é o
latrocínio.
A alternativa E está incorreta. Uma alternativa traiçoeira, que exige que você
saiba quando houve alteração na Lei dos Crimes Hediondos. Na realidade a
alternativa está incorreta porque a inclusão do favorecimento da prostituição ou
outra forma de exploração sexual se deu em 2014, e não em 2015.
GABARITO: A

QUESTÃO 36 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de


Registros – Remoção – 2017 – CONSULPLAN.
Analise as assertivas abaixo, sobre crimes hediondos, e assinale a alternativa
correta:
I. A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos,
atualmente, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se
o apenado for primário, ou 3/5 (três quintos), se reincidente em crime da
mesma espécie.

16 de 69
II. A liberdade provisória não é permitida nos processos por crimes
hediondos, mas o excesso de prazo autoriza o relaxamento da prisão
processual.
III. A pena para os crimes hediondos, ou equiparados, será cumprida
inicialmente em regime fechado, na hipótese de não cabimento de regimes
menos gravosos.
IV. Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime
hediondo, ou equiparado, não é obrigatório o exame criminológico na
avaliação do preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos pelo
condenado, mas uma vez exigido, tal decisão deve ser fundamentada.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.

Comentários
O item I está incorreto porque a Lei dos Crimes Hediondos não faz qualquer
menção à necessidade de reincidência específica para que seja aplicada a regra
de progressão de regime com o cumprimento de três quintos.
O item II está incorreto. A redação original do inciso II do art. 2º vedava também
a concessão de liberdade provisória nos casos de crimes hediondos e
equiparados. Você pode notar, entretanto, que a Constituição não fez qualquer
menção à restrição da liberdade do acusado por tais crimes.
Pelo contrário, o teor do art. 5º, LXVI, é no sentido de que “ninguém deve ser
levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança”. Foi por essa razão que o dispositivo foi alterado em 2007, e hoje
os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis, mas o acusado apenas pode
ter sua liberdade restringida cautelarmente quando houver decisão judicial
fundamentada, e apenas nos casos previstos em lei (art. 312 do CPP).
GABARITO: C

QUESTÃO 37 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário – 2017 –


CONSULPLAN.
“A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos dar-
se-á após o cumprimento de _ da pena, se o apenado for primário; e de
_ , se reincidente.” Assinale a alternativa que completa correta e
sequencialmente a afirmativa anterior.
a) 1/3 / 2/3
b) 1/4 / 2/5

17 de 69
c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5

Comentários
Você já está cansado de saber isso, não é mesmo!? ☺
Nos termos do art. 2º, §2º, a progressão de regime, no caso dos condenados aos
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos)
da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente
GABARITO: D

QUESTÃO 38 - DPE-PR - Defensor Público – 2017 – FCC.


Sobre os crimes em espécie, é correto afirmar:
a) Segundo posição do Supremo Tribunal Federal, os crimes de estupro e
atentado violento ao pudor, mesmo que cometidos antes da edição da Lei nº
12.015/2009, são considerados hediondos, ainda que praticados na forma
simples.
b) A escusa relativa prevista nas disposições gerais dos crimes contra o
patrimônio extingue a punibilidade do sujeito ativo do crime.
c) A extorsão é crime formal e se consuma quando o sujeito ativo recebe a
vantagem exigida.
d) A receptação na modalidade imprópria admite tentativa.
e) O art. 28 da Lei nº 10.826/2003 veda, em qualquer hipótese, ao menor
de 25 anos, a aquisição de arma de fogo.

Comentários
A alternativa A está correta. Tanto o estupro quanto o atentado violento ao puder
já eram considerados crimes hediondos. A diferença é que, a partir da Lei n.
12.015/2009, os dois tipos penais foram reunidos em um só, sob o nomen juris
de estupro.
A alternativa B está incorreta. As escusas absolutas extinguem a punibilidade
(art. 181 do Código Penal). As escusas relativas apenas condicionam a ação penal
(art. 182 do Código Penal).
A alternativa C está incorreta. A extorsão é crime formal, e por isso se consuma
com o constrangimento da vítima. Não se exige, para fins de consumação, a
obtenção da vantagem exigida, que é apenas a intenção do agente, e poderá ser
considerada na dosimetria da pena.
A alternativa D está incorreta. Na modalidade impropria, a receptação não admite
tentativa, já que se trata de crime formal, que se consuma quando o agente
influencia o terceiro.
A alternativa E está incorreta. A vedação é a regra geral, mas há exceções,
conforme redação do art. 28 do Estatuto do Desarmamento.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados
os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do
art. 6o desta Lei.

GABARITO: A

QUESTÃO 39 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário – 2017 –


IDECAN.
Os crimes hediondos são suscetíveis de:
a) Fiança.
b) Anistia.
c) Indulto.
d) Liberdade provisória.

Comentários
Depois de ter estudado a aula de hoje, você já sabe definitivamente que os crimes
hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto, mas a
liberdade provisória é admitida.
GABARITO: D

QUESTÃO 40 - SEJUC-RN - Agente Penitenciário – 2017 –


IDECAN.
NÃO é considerado hediondo ou equiparado o crime de:
a) Latrocínio.
b) Corrupção ativa.
c) Estupro de vulnerável.
d) Epidemia com resultado morte.

Comentários
No rol taxativo dos crimes hediondos que consta no art. 1o da Lei n. 8.072/1990
não consta o crime de corrupção ativa. Existe projeto de lei em tramitação no
Congresso Nacional nesse sentido, mas essa alteração na lei nunca chegou a
ser feita.
GABARITO: B

QUESTÃO 41 - PC-AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 – FCC.


De acordo com a Lei nº 9.605/1998, NÃO é crime o abate de animal, quando
realizado
I. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família.

61 de 131
II. em legítima defesa.
III. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão
competente.
IV. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou
destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela
autoridade competente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) I e IV.
e) I, III e IV.

Comentários
O art. 37 prevê situações em que o abate animal não configurará crime.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de
animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III – (VETADO) (só há legitima defesa contra agressão humana, no estado de necessidade
pode decorrer de qualquer causa)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
GABARITO: E

QUESTÃO 42 - TJ-SC - Juiz Substituto – 2017 – FCC.


Pedro, Diretor Executivo de empresa de fertilizante, determinou, contra
orientação do corpo técnico, que trouxe solução ambientalmente correta, a
descarga de produtos em curso d’água causando poluição que tornou
necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma
comunidade localizada a jusante. A conduta de Pedro
a) é atípica.
b) é prevista como forma qualificada de crime ambiental.
c) é prevista como crime, mas sem qualificadora.

62 de 131
d) não pode ser responsabilizada, sob o ponto de vista penal, pois a
responsabilidade penal recairá sobre a pessoa jurídica.
e) ensejará a responsabilidade penal da empresa, ainda que a conduta não
tenha sido praticada no interesse ou em benefício da pessoa jurídica.

Comentários
A conduta de Pedro se amolda a forma qualificada do crime do art. 54 da Lei n.
9.605/1998.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o crime:
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento
público de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou
substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.

GABARITO: B

QUESTÃO 43 - Prefeitura de Fortaleza – CE - Procurador do


Município – 2017 – CESPE.
A respeito de política urbana, responsabilidade e licenciamento ambiental,
julgue o item subsecutivo.
Cortar madeira de lei para transformá-la em carvão constitui crime tipificado
na legislação brasileira; caso o referido crime seja praticado com o objetivo
de exploração econômica, a pena será agravada.

Comentários
O crime aqui é o do art. 45 da Lei n. 9.605/1998, mas não há agravante
relacionada à exploração econômica. Na realidade este fim especial do agente é
um elemento do tipo.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do
Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,
econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e MULTA.

63 de 131
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 44 – TJ-RR – Juiz de Direito – 2015 – FCC


Nas infrações penais previstas na Lei de Crimes Ambientais Lei nº 9.605/98,
a ação penal é
a) pública incondicionada, pública condicionada à representação ou privada,
a depender do tipo penal.
b) pública incondicionada.
c) pública incondicionada ou pública condicionada à representação, a
depender do tipo penal.
d) pública incondicionada ou privada, a depender do tipo penal.
e) pública condicionada à representação ou privada, a depender do tipo
penal.

Comentários
A Lei nº 9.605/1998 é expressa nesse sentido em seu art. 26:
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.

GABARITO: B

QUESTÃO 45 – IBAMA – Analista Administrativo – 2013 –


Cespe
Cometerá crime o servidor público que, por desconhecimento das normas
aplicáveis, conceder licença em desacordo com as normas ambientais para
atividade cuja realização dependa de ato autorizativo do poder público.

Comentários
Para responder corretamente à questão, você precisa conhecer o conteúdo do
art. 67:
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo
com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende
de ato autorizativo do Poder Público:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 46 – OAB – Exame de Ordem – 2009 – Cespe


(adaptada)
É crime abusar de animais domésticos ou domesticados, maltratá-los bem
como realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para
fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

64 de 131
Comentários
Este é um dos vários crimes previstos na Lei dos Crimes Ambientais, tipificado no
art. 32.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 47 – IBRAM-DF – Advogado – 2009 – Cespe


Considere que Alzirina tenha queimado madeira imprestável em sua chácara
no Lago Norte da capital federal, o que causou um incêndio no Parque
Nacional de Brasília. Nesse caso, de acordo com a Lei dos Crimes Ambientais,
além de outras cominações, ocorreu crime contra a flora, na modalidade
culposa.

Comentários
Este crime está tipificado no art. 40 da Lei nº 9.605/1998.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata
o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua
localização:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas,
as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de
Vida Silvestre.
[...]
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 48 – PC-TO – Delegado de Polícia – 2008 – Cespe


Constitui crime cuja pena é de seis meses a um ano e multa matar,
perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos
ou em rota migratória, em desacordo com as prescrições legais pertinentes.
Assim, diante de uma ocorrência policial dessa natureza e não havendo
causas de aumento de pena, a autoridade policial competente deverá lavrar
termo circunstanciado, em face da incidência de delito de menor potencial
ofensivo.

Comentários
Este crime, tipificado no art. 29 da Lei de Crimes Ambientais, pode ser
considerado de menor potencial ofensivo, em função da pena cominada, que é

60 de 131
inferior a 2 anos. Aos crimes ambientais se aplica, em geral, o regime da Lei nº
9.099/1995. Por essa razão deve ser lavrado o TCO.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 49 – PC-TO – Delegado de Polícia – 2008 – Cespe


A ação penal para todos os delitos previstos na lei que dispõe acerca das
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente é, exclusivamente, pública incondicionada.

Comentários
Questão simples e direta. Todos os crimes previstos na Lei dos Crimes Ambientais
são de ação penal pública incondicionada.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 50 – EMBASA – Advogado – 2010 – Cespe


Para que o responsável por um empreendimento venha a responder por dano
ao meio ambiente decorrente de transporte de resíduo, deve-se caracterizar
que ele, necessariamente, agiu com dolo específico.

Comentários
Este crime está tipificado no art. 56 da Lei dos Crimes Ambientais, que também
prevê uma modalidade culposa. Se há modalidade culposa, não pode haver a
exigência de dolo específico.
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,
transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica,
perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com
as normas ambientais ou de segurança;
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação
final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
[...]
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 51 – MPE-AC – Promotor de Justiça – 2014 – Cespe


(adaptada)
O agente que dolosamente promova a queimada de lavouras e pastagens
deve responder pela prática do delito de incêndio previsto na Lei dos Crimes
Ambientais.

61 de 131
Comentários
Na realidade, a Lei dos Crimes Ambientais somente pune o incêndio provocado
em mata ou floresta (art. 41). O caso trazido pela assertiva deve ser punido com
base no crime de incêndio (art. 250 do Código Penal).
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 52 – MPE-AC – Promotor de Justiça – 2014 – Cespe


(adaptada)
A prática de abuso e maus-tratos a animais, como feri-los ou mutilá-los,
prevista na Lei dos Crimes Ambientais, incide somente nas hipóteses em que
o animal seja silvestre, nativo ou exótico, sendo a conduta praticada em
relação a animal doméstico configurada apenas como contravenção penal.

Comentários
O crime tipificado no art. 32 alcança animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 53 – TJ-PA – Juiz de Direito – 2014 – VUNESP


A Lei de Crimes Ambientais, em seu art. 3.º, estabelece a responsabilidade
penal da pessoa jurídica. Com relação a este tema, a doutrina.
a) é unânime com relação à constitucionalidade da previsão legal.
b) majoritariamente entende que nos crimes ambientais há dupla imputação,
ou seja, a culpa individual e a culpa coletiva se condicionam reciprocamente.
c) é unânime no entendimento de que penas não podem ser aplicadas a
pessoas jurídicas.
d) é unânime com relação ao fato de que a correta exege-se do princípio da
pessoalidade da pena impede que a responsabilidade penal recaia sobre a
pessoa jurídica.
e) posiciona-se de forma eclética existindo aqueles que defendem que a
pessoa jurídica não pode cometer crimes.

Comentários
A questão da responsabilização da pessoa jurídica nos crimes ambientais já foi
intensamente debatida nos últimos anos no meio jurídico, mas hoje ainda existem
doutrinadores que apontam para a inconstitucionalidade da previsão. Não
acredito que uma questão assim, puramente doutrinária, apareça na sua prova,
mas se surgir você já sabe qual o posicionamento da banca, não é mesmo?
GABARITO: E

62 de 131
QUESTÃO 54 – TJ-MT – Juiz de Direito – 2009 – VUNESP
De acordo com a Lei n.º 9.605/98, nos casos de crimes praticados contra a
fauna, a pena é aumentada até o triplo, quando o crime for praticado em
decorrência do exercício
a) de caça profissional.
b) em período proibido à caça.
c) em unidade de conservação.
d) durante a noite.
e) contra espécie rara.

Comentários
Apenas a caça profissional aumenta a pena até o triplo. As demais hipóteses
aumentam a pena de metade.
GABARITO: A

QUESTÃO 55 – TJ-PR – Juiz – 2012 – UFPR


A regra da responsabilidade penal de pessoa jurídica no Brasil segue o
princípio societas delinquere non potest, salvo a seguinte exceção:
a) no caso de crimes contra o meio ambiente, nos casos em que a infração
seja cometida por decisão dos representantes da pessoa jurídica, legais ou
contratuais, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua
entidade.
b) no caso de organização criminosa, quando se verifica a formação formal
e contratual da pessoa jurídica cuja finalidade será cometer crimes contra o
sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.
c) no caso de crime contra o meio ambiente, sendo que a responsabilidade
penal da pessoa jurídica exclui o das pessoas físicas que dela façam parte
ou sejam funcionários.
d) no caso de organização criminosa, quando a pessoa jurídica é formada
para a prática dos crimes de tráfico de pessoas, armas ou drogas, sendo que
as pessoas físicas que a formam respondem por autoria, coautoria ou
participação no mesmo feito.

Comentários
A essa altura todos nós já temos certeza da possibilidade de responsabilização
penal das pessoas jurídicas nos crimes ambientais. Isso ocorrerá quando a
infração for cometida por decisão dos seus representantes, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da entidade. É importante também que fique
claro para você que não há bis in idem quando é promovida ao mesmo tempo a
responsabilização da pessoa jurídica e a da pessoa física responsável pela
conduta.

63 de 131
GABARITO: A

QUESTÃO 56 - PC-RJ – Oficial de Cartório – 2013 – IBFC


(adaptada).
O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, aperfeiçoado em
despacho técnico-jurídico fundamentado, que indicará as provas de
materialidade e de autoria delitiva e as circunstâncias do fato delituoso.

Comentários
Esta é praticamente a reprodução do art. 2º, §6º da Lei nº 12.830/2013.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 57 - PC-RJ – Oficial de Cartório – 2013 – IBFC


(adaptada).
Tratando-se o indiciamento de ato voltado à formalização da suspeita em
procedimento instaurado para apurar infração penal e sua autoria, poderá
ser realizado por qualquer autoridade pública que presida essa espécie de
procedimento, mesmo sem amparo constitucional e legal expressos.

Comentários
O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, não podendo ser praticado
por qualquer autoridade pública.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 58 - PC-RJ – Oficial de Cartório – 2013 – IBFC


(adaptada).
O delegado de polícia pode indiciar ou deixar de indiciar alguém por simples
subjetivismo, pois a formalização da suspeita é ato discricionário da
autoridade policial que preside a investigação criminal, não encontrando
limites constitucionais e legais que o vinculam.

Comentários
Dizer que o delegado pode indiciar alguém por simples subjetivismo é ofensivo,
não é mesmo? O indiciamento precisa ser fundamentado, nos termos da Lei nº
12.830/2013.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 59 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – 2017 –
IBADE.
No que tange à investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei
nº 12.830/2013), assinale a alternativa correta.
a) As funções de policia judiciária bem como a administrativa e a apuração
de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza
jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.

80 de 131
b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito,
devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem
os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e
os advogados.
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição
de perícia, desde que autorizada pela autoridade judiciária.
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato
fundamentado, exceto nos casos previstos em lei.
e) O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá
ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, independentemente
de despacho fundamentado.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 2º, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são
de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
A alternativa B está correta, reproduzindo corretamente o teor do art. 3º
A alternativa D está incorreta. Durante a investigação criminal, cabe ao delegado
de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos (art. 2º, § 2º)
A alternativa D está incorreta. Nos termos do § 5º do art. 2º, a remoção do
delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do § 4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.
GABARITO: B

QUESTÃO 60 - PC-MS - Delegado de Polícia – 2017 – FAPEMS.


Acerca da investigação criminal,
[...] a autoridade policial não é parte no processo penal, não tem interesse
que possa deduzir em juízo e a investigação criminal não guarda
autonomia,ela existe orientada ao exercício futuro da ação. A constatação
de comportamentos do indiciado prejudiciais à investigação deve ser
compartilhada entre a autoridade policial e o Ministério Público (ou o
querelante, conforme o caso), para que o autor da ação penal ajuíze seu real
interesse em ver a prisão decretada.
PRADO, Geraldo. Medidas cautetares no processo penal: prisões e suas
alternativas. Sõo Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 67.
As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas
pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de
Estado.

81 de 131
BRASIL. Lei n- 12.830. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
delegado de policia. Art. 2$. 2013.
Isso considerado, assinale a alternativa correta.
a) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
discricionário, mediante análise fática da ocorrência do fato, e deverá indicar
a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
b) O inquérito policial em curso poderá ser avocado ou redistribuído por
superior hierárquico, independentemente de despacho fundamentado.
c) A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória
criminal acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia.
d) Da decisão do delegado de polícia que nega o pedido de abertura de
inquérito policial formulado pelo ofendido ou seu representante legal, caberá
mandado de segurança.
e) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição
de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos
fatos.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 2º, § 6º, o indiciamento,
privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias.
A alternativa B está incorreta. Nos termos do §4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado.
A alternativa C está incorreta. Aqui vale a pena relembrarmos a Súmula 234 STJ:
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 5º, § 2º do Código de Processo
Penal, do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.
GABARITO: E

QUESTÃO 61 - PC-AC - Escrivão de Polícia Civil – 2017 – IBADE.


Acerca da Lei nº 12.830/2013, a qual dispõe sobre a investigação criminal
conduzida pelo delegado de polícia, assinale a alternativa correta.
a) O inquérito policial não poderá ser avocado. ainda que por motivo de
interesse público mediante fundamentação do superior hierárquico.
b) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a
condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro
procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das
circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações administrativas.

82 de 131
c) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar
a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
d) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de
perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos
fatos.
e) A remoção do delegado de polícia independe de ato fundamentado.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do § 4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o § 1º do art. 2º, ao delegado de
polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que
tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria
das infrações penais.
A alternativa C está correta. Encontraremos nossa resposta no §6º do art. 2º: o
indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o § 2º do art. 2º, durante a
investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia,
informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
A alternativa E está incorreta. Aqui precisamos mencionar o § 5º: a remoção do
delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
GABARITO: C
QUESTÃO 62 - PC-SC - Agente de Polícia Civil – 2017 – FEPESE
É correto afirmar sobre a investigação conduzida por delegado de polícia:
a) A apuração de infrações penais de menor potencial ofensivo, que não
possuírem natureza jurídica, poderá ser delegada a terceiros.
b) O delegado de polícia durante a investigação criminal somente poderá
requisitar a produção de provas após ouvido o Ministério Público.
c) O procedimento investigatório em curso poderá, a qualquer tempo, ser
avocado ou redistribuído por superior hierárquico.
d) A função de polícia judiciária é considerada essencial e exclusiva de
Estado.
e) A autonomia investigatória do delegado de polícia o desobriga a
observância aos procedimentos previstos em regulamento da corporação.

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Comentários
A alternativa A está incorreta. A Lei n. 12.830/2013 dispõe sobre a investigação
criminal conduzida pelo delegado de polícia.
A alternativa B está incorreta. Durante a investigação criminal, cabe ao delegado
de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos (art. 2º, §2º).
A alternativa C está incorreta. O inquérito policial ou outro procedimento previsto
em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação (art. 2º, §4º).
A alternativa D está correta, nos termos do art. 2º.
A alternativa E está incorreta. O inquérito policial ou outro procedimento previsto
em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação (Art. 2º, §4º).
GABARITO: D

QUESTÃO 63 – DPE-SP – Defensor Público – 2015 – FCC


A colaboração premiada, prevista na Lei nº 12.850/13,
a) autoriza que o juiz profira sentença condenatória apenas com base nas
declarações do agente colaborador.
b) prevê que, para fazer jus aos benefícios da lei, seja indispensável que o
colaborador tenha revelado a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da
organização criminosa.
c) é um meio de obtenção de prova permitido, apenas, na primeira fase da
persecução penal.
d) prevê restrições ao direito ao silêncio.
e) prevê que o juiz participe de todas as negociações realizadas pelas partes
para a formalização do acordo de colaboração.

Comentários
A alternativa A está incorreta, pois nenhuma sentença condenatória pode ser
proferida apenas com base nas declarações do colaborador (art. 4º, §16). A
alternativa B está incorreta, pois os resultados previstos no art. 4º são
alternativos, ou seja, deve haver pelo menos um deles, mas não todos, como
decorrência da colaboração premiada. A alternativa C está incorreta, pois a
colaboração premiada é permitida em qualquer fase da persecução penal (art.
3º). A alternativa D é a nossa resposta, pois o colaborador deve renunciar ao
direito ao silêncio, estando sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade (art.
4º, §14). A alternativa E está incorreta porque O juiz não participará das
negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor,

84 de 131
com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério
Público e o investigado ou acusado e seu defensor (art. 4º, § 6º).
GABARITO: D

QUESTÃO 64 – PC-SP – Delegado de Polícia – 2014 – VUNESP


Pertinente à Lei de combate às organizações criminosas, consiste a
intervenção administrativa na
a) forma de ação controlada existente.
b) escolha do momento mais oportuno à formação de provas.
c) ação realizada por agentes de polícia, exclusivamente.
d) observação e acompanhamento da infiltração policial.
e) infiltração feita por agentes não policiais.

Comentários
Digamos que a banca, neste questão, foi bem cruel, criando um novo termo
(“intervenção administrativa”) para qualificar a ação controlada no âmbito
administrativo, prevista no art. 8º. A questão ficou bem mal feita, mas o gabarito
terminou sendo mantido.
GABARITO: A

QUESTÃO 65 – TJ-MG – Juiz de Direito – 2014 – Gestão de


Concursos (adaptada)
É possível a formação de organização criminosa com o intuito de praticar
infração cuja pena máxima cominada seja inferior a quatro anos.
Comentários
Aqui é pegadinha mesmo! Provavelmente você pensou que a assertiva estaria
errada, mas lembre-se de que se o crime a que se dedica a organização criminosa
for de caráter transnacional, não importa qual a pena cominada...
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 66 – MPE-MG – Promotor de Justiça – 2014 – Gestão


de Concursos
São resultados previstos na "Lei de Organização Criminosa" como
necessários para que aquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente
com a investigação e com o processo criminal obtenha o benefício da
colaboração premiada, EXCETO:
a) Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa.
b) Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades de organização
criminosa.
c) Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações
penais praticadas pela organização criminosa.

85 de 131
d) Localização dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas
cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito.

Comentários
Esta questão foi retirada da literalidade do art. 4o da Lei. Vamos relembrar!?
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até
2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos
daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes
resultados:
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das
infrações penais por eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas
pela organização criminosa;
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
GABARITO: D

QUESTÃO 67 – MPE-GO – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-


GO (adaptada)
A infiltração de agentes de policia ou de inteligência em tarefas de
investigação, representada pelo delegado de policia ou requerida pelo
Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de policia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada,
motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.

Comentários
Opa! Segundo o art. 10, a infiltração contempla agentes de polícia. Os agentes
de inteligência não são mencionados.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 68 – MPE-GO – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-


GO (adaptada)
Não é punivel, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente
infiltrado no curso da investigação, quando amparada sua conduta na causa
de exclusão da ilicitude denominada "estrito cumprimento do dever legal".

Comentários
Neste caso a excludente mencionada pela lei é a inexigibilidade de conduta
diversa, e não o estrito cumprimento do dever legal.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 69 – MPE-GO – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-


GO (adaptada)

86 de 131
O juiz poderá, atendendo a requerimento exclusivo do Ministério Público,
conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa
de liberdade ou substitui-la por restritiva de direitos daquele que tenha
colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo
criminal.

Comentários
Esse requerimento é feito pelas próprias partes, sem prejuízo da possibilidade de
o delegado ou MP representarem ao Juiz para concessão do perdão judicial.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 70 – MPE-GO – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-


GO (adaptada)
Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da
intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a
cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário
ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do
produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.

Comentários
É isso mesmo! Nesse caso a colaboração das autoridades estrangeiras é
fundamental e necessária.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 71 – TJ-SP – Juiz de Direito – 2014 – VUNESP


Assinale a opção que contenha assertiva verdadeira a respeito da
“Colaboração Premiada” (ou “delação premiada”) prevista na Lei n.º
12.850/2013:
a) A colaboração posterior à sentença não aproveita ao agente colaborador
em quaisquer circunstâncias.
b) Caso alcançados os resultados previstos na lei, o Ministério Público poderá
deixar de oferecer denúncia se o colaborador não for o líder da organização
criminosa e for o primeiro a prestar efetiva e válida colaboração.
c) A sentença condenatória poderá ser proferida com fundamento exclusivo
nas declarações de agente colaborador.
d) O juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração.

Comentários
Esta é uma questão com um maior nível de profundidade em relação à
colaboração premiada. A alternativa A está incorreta porque nada impede que a
colaboração seja posterior à sentença (a própria lei prevê expressamente essa
possibilidade). A alternativa C está incorreta porque é necessário reunir provas
além das declarações do colaborador. A alternativa D está incorreta porque o Juiz
não pode participar das negociações, a ele cabendo apenas homologar o acordo.

87 de 131
GABARITO: B

QUESTÃO 72 – DPE-GO – Defensor Público – 2014 – UFG


Os crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, que define organização
criminosa, e as infrações penais conexas, serão apurados mediante
procedimento.
a) sumaríssimo, previsto na Lei n. 9.099/1995.
b) sumário, previsto no Código de Processo Penal.
c) ordinário, previsto no Código de Processo Penal.
d) especial, previsto na Constituição Federal.
e) extraordinário, previsto na Constituição Federal.

Comentários
Na aula de hoje você aprendeu que os crimes previstos na Lei nº 12.850/2013,
bem como as infrações penais conexas, deverão ser apurados mediante
procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Penal.
GABARITO: C
QUESTÃO 73 – PC-RJ – Oficial de Cartório – 2013 – IBFC
Sobre a investigação e os meios de produção de provas previstos na Lei n.
12.850/2013 - “Lei de Combate às Organizações Criminosas”, aponte a
afirmativa incorreta:
a) A ação controlada constitui-se na possibilidade de atuação de agentes
policiais, militares ou administrativos na estrutura de organização criminosa,
como forma de possibilitar a identificação detalhada das atividades ilícitas e
seus autores.
b) O delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, poderá representar
ao juiz pela concessão de perdão judicial ao integrante de organização
criminosa que tenha prestado colaboração relevante para o desfecho exitoso
da investigação criminal.
c) O Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra membro
da organização criminosa que tenha colaborado de forma efetiva com a
investigação, desde que este tenha sido o primeiro a prestar auxílio eficaz e
não seja o líder do grupo.
d) A infiltração de agentes policiais em organização criminosa, requerida pelo
Ministério Público durante o trâmite do inquérito policial, poderá ser
autorizada judicialmente após manifestação técnica do delegado de polícia.
e) O delegado de polícia terá acesso, independentemente de autorização
judicial, aos dados cadastrais do investigado mantidos pela Justiça Eleitoral,
empresas de telefonia, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.

Comentários
A alternativa A está incorreta porque se refere à infiltração, e não à ação

88 de 131
controlada. Além disso, a alternativa faz menção aos militares e agentes
administrativos, que não são mencionados pela lei. As demais alternativas estão
corretas.
GABARITO: A

QUESTÃO 74 - TJ-RJ - Juiz Substituto - 2016 - VUNESP


No que diz respeito aos crimes previstos na Lei que Define Organização
criminosa (Lei nº 12.850/13), é correto afirmar que
a) os funcionários de empresas telefônicas e provedores de internet que
descumprirem requisição do delegado de polícia, expedida durante o curso
de investigação criminal e independentemente de autorização judicial, por
meio da qual são solicitados dados cadastrais do investigado relativos
exclusivamente à sua qualificação pessoal, filiação e endereço cometerão
crime de recusa de dados, previsto na Lei nº 12.850/13.
b) a condenação com trânsito em julgado de funcionário público por integrar
organização criminosa acarretará sua perda do cargo, função, emprego ou
mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público
pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao trânsito em julgado da
condenação.
c) não poderá ser concedido perdão judicial ao colaborador cuja colaboração
resultar na recuperação parcial do produto ou do proveito das infrações
penais praticadas pela organização criminosa mas sem que ele tenha
revelado a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da organização
criminosa.
d) o concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa
dessa condição para a prática de infração penal, é circunstância qualificadora
do crime de promover, constituir, financiar ou integrar organização
criminosa.
e) aquele que impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
infração penal que envolva organização criminosa terá, além da pena relativa
ao crime de promover organização criminosa, uma causa de aumento de
pena.

Comentários
A alternativa B está incorreta porque, nos termos do art. 2º, § 6o, a condenação
com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo,
função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou
cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena. A
alternativa C está incorreta em razão do art. 4º, IV, segundo o qual a recuperação
total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela
organização criminosa é uma das possibilidades de resultados da colaboração
premiada, que autoriza a concessão do benefício. A alternativa D está incorreta
porque, nos termos do art. 2º, §4º, o concurso de funcionário público leva ao
aumento da pena de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). Podemos ver, portanto,
que se trata de majorante, e não de qualificadora. A alternativa E está incorreta

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porque a conduta aqui mencionada é um tipo equiparado do a do art. 2º:
Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais
praticadas.
GABARITO: A

QUESTÃO 75 – MPE-SC - Promotor de Justiça - 2016 - MPE-SC


Segundo a Lei n. 12.850/13 (Organizações Criminosas), em seu art. 2º, §
3º, encontra-se expressamente prevista circunstância de especial aumento
de pena para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização
criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

Comentários
O exercício de comando, individual ou coletivo, é considerado agravante, e não
causa especial de aumento de pena, nos termos do art. 2o, §3o.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 76 - MPE-SC - Promotor de Justiça – 2016 - MPE-SC


O relato da colaboração e seus possíveis resultados, as condições da
proposta do Ministério Público ou do delegado de polícia, a declaração de
aceitação do colaborador, as assinaturas do representante do Ministério
Público ou do delegado de polícia, do colaborador e de seu defensor, a
especificação das medidas de proteção ao colaborador e à sua família,
quando necessário, são os itens que obrigatoriamente deverão constar do
termo de acordo da colaboração premiada, que deverá ser redigido por
escrito, de acordo com a Lei n. 12.850/13 (Organizações Criminosas).

Comentários
Esta questão foi meio cruel. Ela não citou a declaração de aceitação do defensor,
listou apenas a declaração de aceitação do colaborador.
Art. 6º
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor;
Por essa razão, a questão está errada.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 77 - PC-PE - Delegado de Polícia – 2016 - CESPE


Sebastião, Júlia, Caio e Marcela foram indiciados por, supostamente, terem
se organizado para cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. No
curso do inquérito, Sebastião e Júlia, sucessivamente com intervalo de
quinze dias, fizeram acordo de colaboração premiada.
Nessa situação hipotética, no que se refere à colaboração premiada,
a) nos depoimentos que prestarem, Sebastião e Júlia terão direito ao silêncio
e à presença de seus defensores.

90 de 131
b) o MP poderá não oferecer denúncia contra Sebastião, caso ele não seja o
líder da organização criminosa.
c) o MP poderá não oferecer denúncia contra Júlia, ainda que a delação de
Sebastião tenha sido a primeira a prestar efetiva colaboração.
d) Sebastião e Júlia poderão ter o benefício do perdão judicial,
independentemente do fato de as colaborações terem ocorrido depois de
sentença judicial.
e) o prazo para o oferecimento da denúncia em relação aos delatores poderá
ser suspenso pelo período, improrrogável, de até seis meses.

Comentários
A questão tenta enganar você mencionando os crimes contra o sistema financeiro
nacional, mas na verdade ela se refere à Lei no 12.850/2013, conhecida como
Lei das Organizações Criminosas. No que se refere à colaboração premiada,
podemos dizer que o colaborador deverá renunciar ao direito ao silêncio na
presença dos seus defensores (art. 4o, §14) e, portanto, a alternativa A está
incorreta. Quanto à alternativa B, o MP poderá deixar de oferecer denúncia
porque Sebastião não era o líder da organização criminosa e foi o primeiro a
prestar efetiva colaboração (art. 4o, §4o), e por isso a alternativa B está correta
e a C está incorreta. A alternativa D está incorreta porque, Se a colaboração for
posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida
a progressão de regime (art. 4o, §5o). A alternativa E está incorreta porque os
seis meses neste caso são prorrogáveis por igual período (art. 4o, §3o).
GABARITO: B

QUESTÃO 78 - MPE-RO - Promotor de Justiça Substituto – 2017


- FMP Concursos.
No que diz respeito à Lei nº 12.850/2013, é CORRETO afirmar:
a) Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público,
até o ajuizamento da respectiva ação penal, e o delegado de polícia, nos
autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público,
poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial
ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta
inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
b) O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao
colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por
igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração,
suspendendo-se o respectivo prazo decadencial, nos casos em que a ação se
procede mediante representação do ofendido.
c) É facultado às partes retratar-se da proposta de colaboração premiada,
podendo as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador ser
utilizadas em seu desfavor, desde que acompanhadas de outras existentes
nos autos.
d) Em consonância com o regramento já presente no Código de Processo

91 de 131
Penal, o sigilo da investigação que envolva organização criminosa será
sempre decretado pela autoridade policial que preside o inquérito policial,
sob o fundamento da garantia da celeridade e da eficácia das diligências
investigatórias, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado,
amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do
direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial,
ressalvados os referentes às diligências em andamento.
e) Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o
colaborador poderá ser ouvido em juízo, desde que haja prévio requerimento
das partes.
Comentários
A alternativa A está incorreta, em razão da regra do art. 4º, §2º da Lei n.
12.850/2013.
§ 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer
tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do
Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial
ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial,
aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Código de Processo Penal).

A alternativa B está incorreta, nos termos do art. 4º, §3º.


§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá
ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

A alternativa C está correta. Aqui você precisa conhecer a regra do §10 do art.
4º.
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias
produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
A alternativa D está incorreta, nos termos do art. 23.
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente,
para garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao
defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam
respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial,
ressalvados os referentes às diligências em andamento.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá assegurada
a prévia vista dos autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três)
dias que antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autoridade responsável pela
investigação.
A alternativa E está incorreta. Aqui precisamos lembrar do art. 4º, §12.\
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador poderá
ser ouvido em juízo a requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial.

GABARITO: C

QUESTÃO 79 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – 2017 –


IBADE.
Consoante à legislação que dispõe sobre o Crime organizado (Lei nº
12.850/2013), considera-se organização criminosa:

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a) a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
b) a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
c) a associação de 5 (cinco) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
d) a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 6
(seis) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
e) a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 6
(seis) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Comentários
A Lei n. 12.850/2013 considera organização criminosa a associação de 4 (quatro)
ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam
de caráter transnacional.
GABARITO: A

QUESTÃO 80 – PC-ES – Escrivão de Polícia – 2011 – Cespe


Na lei que disciplina os casos de organização criminosa, não se exige a prévia
autorização judicial para a realização da chamada ação policial controlada.

Comentários
É verdade. A ação controlada exige apenas comunicação ao Juiz, e não
autorização prévia.
GABARITO: CERTO

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QUESTÃO 81 – PC-SP – Investigador de Polícia – 2014 –
VUNESP
A Lei do Crime Organizado (Lei n.º 12.850/13) dispõe que a infiltração de
agentes de polícia em tarefas de investigação
a) pode ser determinada de ofício por parte do juiz competente para apreciar
o caso.
b) será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial.
c) será autorizada pelo Ministério Público, quando requisitada pelo Delegado
de Polícia.
d) não será permitida em nenhuma hipótese.
e) poderá ser autorizada por decisão do Delegado de Polícia competente
quando houver urgência na investigação policial.

Comentários
A infiltração é uma das medidas mais delicadas, pois o agente policial infiltrado
fica altamente exposto. A alternativa A está incorreta porque a infiltração será
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público. A
alternativa C está incorreta porque a autorização cabe apenas ao Juiz. A
alternativa D está incorreta porque, seguidas as cautelas previstas em lei, a
infiltração é permitida. A alternativa E está incorreta porque a autorização cabe
ao Juiz, e não ao Delegado.
GABARITO: B

QUESTÃO 82 – TJ-BA – Analista Judiciário – 2015 – FGV


De acordo com a Lei nº 12.850/13, a infiltração de agentes:
a) é técnica que pode ser aplicada na investigação de crimes sancionados
com pena mínima de quatro anos de reclusão;
b) é técnica de investigação preliminar que torna o agente infiltrado imune
à responsabilidade criminal;
c) será deferida pelo prazo de sessenta dias, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada a sua necessidade;
d) depende de requerimento que contenha demonstração, dentre outros, da
necessidade da medida e alcance das tarefas dos agentes;
e) demanda que a autoridade responsável pela sua implementação
apresente relatório circunstanciado a cada quinze dias.

Comentários
A alternativa A está incorreta porque, para configuração da organização criminosa
é necessária a associação de 4 ou mais pessoas com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter

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transnacional (art. 1º, §1º). A alternativa B está incorreta porque o agente
infiltrado não fica imune, respondendo pelos excessos praticados (art. 13). A
alternativa C está incorreta porque a infiltração será autorizada pelo prazo de até
6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua
necessidade (art. 4º, §3º). A alternativa D é a nossa resposta, conforme regra
do art. 10. A alternativa E está incorreta porque o relatório circunstanciado será
apresentado apenas ao final do período de até 6 meses (art. 10, §4º).
GABARITO: D

QUESTÃO 83 – TJ-SE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe


A lei conceitua organização criminosa como sendo a associação de quatro ou
mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de natureza econômico-financeira, mediante a
prática de qualquer crime cometido no país ou no estrangeiro.

Comentários
Opa! Não pode ser qualquer crime, não é mesmo? A organização criminosa deve
ter por objetivo “obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a
4 (quatro) anos, ou que sejam de caŕter transnacional”.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 84 - Prefeitura de Andradina – SP - Assistente


Jurídico e Procurador Jurídico – 2017 – VUNESP.
Nos termos do art. 4º da Lei nº 12.850/13, que trata da colaboração
premiada, é correto afirmar que
a) o juiz participará ativamente das negociações realizadas entre as partes
para a formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado
de polícia, o investigado e o defensor, com a manifesta-ção do Ministério
Público ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou
acusado e seu defensor.
b) o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra quem
tenha colaborado efetiva e voluntariamente para a investigação, permitindo
a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa
e das infrações penais por eles praticadas, desde que não seja o líder da
organização criminosa e seja o primeiro a colaborar.
c) nas ações penais em que sejam utilizadas as declarações do colaborador,
o juiz sentenciará segundo seu livre convencimento, podendo utilizar como
única prova válida a embasar decreto condenatório o depoimento do
colaborador.
d) nos depoimentos que prestar, o colaborador, obrigatoriamente, será
acompanhado de seu defensor e embora esteja sujeito ao compromisso legal
de dizer a verdade, fica-lhe assegurado o constitucional direito ao silêncio.
e) os benefícios concedidos ao colaborador prescindem da análise de sua

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personalidade, bem como da natureza, das circunstâncias, da gravidade e
da repercussão social do fato criminoso e da eficácia da colaboração.

96 de 131
Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 4º, § 6º da Lei n. 12.850/2013,
o juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração.
A alternativa B está correta. Nas mesmas hipóteses do caput do art. 4º, o
Ministério Público poderá deixar de oferecer a denúncia se o colaborador (I) não
for o líder da organização criminosa; e (II) for o primeiro a prestar efetiva
colaboração nos termos deste artigo (§4º).
A alternativa C está incorreta. Nos termos do §16 do art. 4º, nenhuma sentença
condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente
colaborador.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do §14 do art. 4º, nos depoimentos
que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito
ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do §1º do art. 4º, em qualquer caso,
a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a
natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso
e a eficácia da colaboração.
GABARITO: B

QUESTÃO 85 - DPE-RS - Analista – Processual – 2017 – FCC.


Em relação à colaboração premiada, prevista na Lei nº 12.850/2013, é
correto afirmar:
a) Para a concessão do benefício da colaboração, consistente na redução da
pena em até 2/3, o juiz levará em conta a eficácia da colaboração e não a
personalidade do colaborador.
b) O Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra o
colaborador líder da organização criminosa.
c) O processo relativo ao colaborador poderá ser suspenso por até 6 meses,
improrrogáveis, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração,
suspendendo-se também o respectivo prazo prescricional.
d) Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até
a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os
requisitos objetivos.
e) O juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração e poderá recusar homologação à
proposta que não atender aos requisitos legais.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4º da Lei n. 12.850/2013, o
juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em
até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva

97 de 131
de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha
um ou mais dos resultados previstos pelo dispositivo.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o § 4º do art. 4º, nas mesmas
hipóteses do caput, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se o
colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração.
A alternativa C está incorreta. Nos termos do § 3º do art. 4º, o prazo para
oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser
suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo
prescricional.
A alternativa D está correta. De acordo com o §5º do art. 4º, se a colaboração
for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será
admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do §6º do art. 4º, o juiz não participará
das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor,
com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério
Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
GABARITO: D

QUESTÃO 86 - PC-AC - Agente de Polícia Civil – 2017 – IBADE.


Quanto à Infiltração de Agentes, com previsão na Lei nº 12.850/2013, que
trata do Crime Organizado, pode-se afirmar corretamente:
a) A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação requerida
pelo Ministério Público independe de manifestação técnica do delegado de
polícia quando solicitada no curso de inquérito policial.
b) A infiltração será autorizada pelo prazo de até 3 (três) meses, sem
prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
c) Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de crime
organizado, mesmo se a prova puder ser produzida por outros meios
disponíveis.
d) As informações quanto à necessidade da operação de in filtra çã o serão
dirigid as diretamente ao juiz competente, que decidirá no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, após manifestação do Ministério Público na hipótese
de representação do delegado de polícia.
e) Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente
infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.

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Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 10, a infiltração de agentes de
polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou
requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de
polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus
limites.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º do art. 10, a infiltração será
autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada sua necessidade.
A alternativa C está incorreta. Nos termos do §2º do art. 10, será admitida a
infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova
não puder ser produzida por outros meios disponíveis.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do §1º do art. 12, as informações
quanto à necessidade da operação de infiltração serão dirigidas diretamente ao
juiz competente, que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após
manifestação do Ministério Público na hipótese de representação do delegado de
polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias para o êxito das investigações
e a segurança do agente infiltrado.
A alternativa E está correta, de acordo com o parágrafo único do art. 13, segundo
o qual não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente
infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
GABARITO: E

QUESTÃO 87 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária –


2017 – CESPE.
Antônio e mais três pessoas, todas desempregadas, reuniram-se no intuito
de planejar e executar crimes de roubos armados a carros-fortes.
Nessa situação hipotética, a conduta de Antônio
a) não caracteriza crime de associação criminosa, pois, havendo mais de três
agentes, caracteriza-se a organização criminosa, dado o princípio da
especialidade.
b) só poderá ser caracterizada como crime de organização criminosa se a
pena máxima prevista pelos delitos praticados for igual ou superior a quatro
anos e se estes tiverem caráter transnacional.
c) configura crime de roubo em concurso de pessoas, em face da associação
transitória dos agentes, já que não houve divisão de tarefas nem hierarquia
entre eles.
d) só poderá ser caracterizada como crime de associação criminosa se os
outros agentes forem maiores de idade ou praticarem pelo menos um roubo.

99 de 131
e) configura crime de associação criminosa, ainda que os agentes sejam quatro e a
pena máxima prevista para a prática do crime de roubo seja superior a quatro anos.

Comentários
A Lei n. 12.850/2013 exige pelo menos quatro pessoas para que esteja caracterizada a
organização criminosa, e por isso a conduta descrita poderia ser enquadrada no crime de
associação criminosa, previsto no art. 288 do Código Penal.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação
de criança ou adolescente.

GABARITO: E

Marcus Santos QUESTÃO 88 - DEPEN – Agente Penitenciário – 2015 – Cespe.


SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Em seu local de trabalho, um servidor público federal,
agente de segurança, se desentendeu com um cidadão e desferiu um soco na
direção do rosto deste, mas, por circunstâncias alheias à sua vontade, foi
bloqueado por outro colega de trabalho que segurou-lhe o braço.
ASSERTIVA: Nessa situação, o agente de segurança deverá responder pelo delito de
tentativa de abuso de autoridade.

Comentários
Neste caso podemos dizer que o agente público incorreu na conduta
prevista no art. 3o, “i”: atentado à incolumidade física do indivíduo.
Perceba que a conduta típica é o próprio atentado, e por isso não
podemos falar em tentativa, mas sim em crime consumado mesmo, pois
a “tentativa” já é a conduta típica.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 89 - Câmara dos Deputados – Técnico Legislativo –


2014 – Cespe.
A sanção penal, em abstrato, prevista para o crime de abuso de autoridade consiste
em multa, detenção ou perda de cargo e inabilitação para o exercício de função
pública.

Comentários
O Cespe costuma considerar certas as assertivas incompletas, como é o
caso desta. As três sanções penais previstas na lei são multa de cem
a cinco mil cruzeiros; detenção por dez dias a seis meses; e perda do
cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública
por prazo até três anos. Essas penas podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.
GABARITO: CERTO

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131
QUESTÃO 90 - PC-ES – Escrivão de Polícia – 2011 – Cespe.
Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante o Juizado Especial
Criminal da circunscrição onde os delitos ocorreram, salvo nos casos em que tiverem
sido praticados por policiais militares.

Comentários
Na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de autoridade
era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula do STJ nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal
Militar ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da
Justiça Militar.

GABARITO: ERRADO (Na época da aplicação da questão)

QUESTÃO 91 - DEPEN – Agente Penitenciário – 2013 – Cespe.


Marcelo, agente penitenciário federal, não ordenou o relaxamento da prisão de
Bernardo, o qual se encontra preso sob sua custódia. Bernardo foi preso ilegalmente,
fato esse que é de conhecimento de Marcelo. Nessa situação, é correto afirmar que
Marcelo cometeu crime de abuso de autoridade.

Comentários
Se você já estudou Processo Penal, esta questão ficou fácil, não é mesmo?
Agente Penitenciário não relaxa prisão de ninguém. A conduta prevista no
art. 4o, “d” da Lei no 4.898/1965 é seguinte: “deixar o juiz de ordenar o
relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada”.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 92 - DPE-RS - Técnico – Segurança – 2017 – FCC.


Um agente público de natureza civil, no exercício de seu cargo, executou
medida privativa da liberdade individual para um cidadão, sem as
formalidades legais. De acordo com a Lei n° 4.898/1965, esse agente público
está sujeito à sanção administrativa que
a) consistirá em multa de valor fixado pela legislação vigente; detenção por
dez dias a seis meses; perda do cargo e a inabilitação para o exercício de
qualquer outra função pública por prazo até três anos.
b) consistirá no pagamento de uma indenização com valor pré-fixado pela
legislação vigente, caso não seja possível fixar o valor do dano.
c) será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido, que poderá
consistir em advertência; repreensão; suspensão do cargo, função ou posto
por prazo de 5 a 180 dias, com perda de vencimentos e vantagens;
destituição de função; demissão; demissão, a bem do serviço público.
d) poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município em

101 de
131
questão, por prazo de um a cinco anos.
e) consistirá, dentre outros, em detenção de dez dias a um ano, pagamento
de uma indenização com valor pré-fixado pela legislação vigente e demissão,
a bem do serviço público.

Comentários
De acordo com o art. 6º, §1º da Lei do Abuso de Autoridade, a
sanção administrativa consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;

c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 5 a 180 dias, com perda
dos vencimentos e vantagens;
d) destituição de funções
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
GABARITO: C

QUESTÃO 93 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário –


Segurança - 2017 - FCC.
Carlos exerce cargo público de natureza civil, de forma transitória e sem
remuneração. No exercício do seu trabalho, cometeu atentado ao livre exercício
do culto religioso. Por isso, Carlos recebeu sanção administrativa legalmente
determinada em função da gravidade do abuso cometido, que consistiu em
advertência. Considerando as disposições da Lei n° 4.898/65,
Carlos
a) não é considerado autoridade, pois exerce seu cargo de forma transitória.
b) sofreu advertência por abuso de autoridade.
c) não é considerado autoridade, pois exerce seu cargo sem remuneração.
d) cometeu abuso de autoridade, mas a advertência não é sanção
administrativa prevista para o atentado cometido.
e) cometeu atentado que não caracteriza abuso de autoridade.

Comentários
Quanto à qualidade de Carlos como autoridade, devemos relembrar o
art. 2º, segundo o qual reputa-se agente público, para os efeitos desta
lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Além
disso, você já sabe que entre as sanções Administrativas do art. 6º está
prevista a advertência.

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131
GABARITO: B

QUESTÃO 94 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área


Administrativa – 2017 – CONSULPLAN.
Sobre a Lei de Abuso de Autoridade (Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965),
analise as afirmativas a seguir.
I. Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou
militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou
acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou
militar no município da culpa, por prazo de um a três anos.

II. Considera-se autoridade, para os efeitos da lei de abuso de autoridade,


quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar,
ainda que transitoriamente e sem remuneração.
III. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou
justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a
representação da vítima do abuso.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.

Comentários
Nosso erro está o item I. A realidade a regra é a seguinte: Quando o
abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória,
de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar
no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
GABARITO: D

QUESTÃO 95 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Apoio –


2017 - CONSULPLAN.
“De acordo com a Lei de Abuso de Autoridade, apresentada ao Ministério Público
a representação da vítima, aquele, no prazo de __ _,
denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e
requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de
instrução e julgamento.” Assinale a alternativa que completa corretamente a
afirmativa anterior.
a) 24 horas.
b) 48 horas.
c) 5 dias.
d) 10 dias.

103 de
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Comentários
Nos termos do art. 13, apresentada ao Ministério Público a
representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas,
denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade,
e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência
de instrução e julgamento.
GABARITO: B

QUESTÃO 96 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário – Apoio –


2017 – CONSULPLAN.
De acordo com a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, o abuso de autoridade
sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. A sanção administrativa
será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e NÃO consistirá em:
a) Advertência.
b) Repreensão.
c) Demissão, a bem do serviço público.
d) Suspensão do cargo, função ou posto por prazo de trinta a trezentos e
sessenta dias, com perda de vencimentos e vantagens.

Comentários
Entre as sanções administrativas previstas no art. 6º temos a
suspensão do cargo, mas essa se dá de 5 a 180 dias, com perda de
vencimentos e vantagens.
GABARITO: D

QUESTÃO 97 - TCE-RN – Auditor – 2015 – Cespe.


Conforme o entendimento do STJ, ao acusado de crime de abuso de
autoridade pode ser feita proposta de transação penal.

Comentários
É verdade. O STJ já entendeu que é possível propor a transação
penal no crime de abuso de autoridade, pois a Lei n. 10.259/2001
não exclui da competência do Juizado Especial Criminal os crimes que
possuam rito especial.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 98 - AGU – Advogado – 2015 – Cespe.


O crime de abuso de autoridade, em todas as suas modalidades, é infração de menor
potencial ofensivo, sujeitando-se seu autor às medidas despenalizadoras
previstas na lei que dispõe sobre os juizados especiais cíveis e criminais, desde
que preenchidos os demais requisitos legais.

104 de
131
Comentários
O abuso de autoridade sujeita o seu autor a sanções civis, penais e
administrativas. Dentre as sanções penais cominadas consta a detenção
de 10 dias a 6 meses. Por isso podemos dizer que se trata de uma
infração penal de menor potencial ofensivo, pois sua pena máxima
cominada não é superior a 2 anos, e, portanto, podem ser aplicadas as
medidas despenalizadoras previstas na Lei no 9.099/1995.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 99 - AGU – Advogado – 2015 – Cespe.


Constitui abuso de autoridade impedir que o advogado tenha acesso a
processo administrativo ao qual a lei garanta publicidade.

Comentários
Esta é uma das condutas previstas na lei, e consta no art. 3o, “j”.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 100 - TJDFT – Juiz de Direito – 2014 – Cespe


(adaptada).
Entre as sanções penais previstas na lei que dispõe sobre abuso de autoridade,
incluem-se a perda do cargo público e a inabilitação para o exercício de qualquer
outra função pública por prazo de até três anos.

Comentários
Exato! Perceba que a perda do cargo aí é sanção de natureza penal,
mesmo, e não administrativa. Cuidado para não se confundir hein!?
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 101 - TJ-AP – Analista Judiciário – 2014 – FCC.


Com relação às sanções do abuso de autoridade previstas na Lei no
4.898/1965, considere o parágrafo 5o do artigo 6o da Lei de Abuso de Autoridade.
Art. 6o (...)
§ 5o Quando o ...... for cometido por agente de autoridade ...... , ...... ou
...... , de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena ...... ou ...... , de não
poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município
da culpa, por prazo de um a cinco anos.
Completa correta e, respectivamente, a disposição:
a) crime - policial - civil - militar - alternativa - final
b) abuso - federal - estadual - municipal - principal - autônoma
c) crime - federal - portuária - rodoviária - autônoma - acessória
d) abuso - federal - estadual - municipal - alternativa - de reclusão

105 de
131
e) abuso - policial - civil - militar - autônoma – acessória

Comentários
Vamos relembrar a redação do § 5o?
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o

acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de
um a cinco anos.

GABARITO: E

QUESTÃO 102 - MPE-SC – Promotor de Justiça – 2014 –


MPE- SC.
A Lei n. 4.898/65, que prevê os crimes de abuso de autoridade, é aplicável inclusive
aos que exercem cargo, emprego ou função pública de natureza civil, ainda que
transitoriamente e sem remuneração.

Comentários
Perfeito! A aplicação da lei do abuso de autoridade não depende de o
vínculo ser efetivo e nem de que o agente público receba remuneração.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 103 - TJ-SE – Juiz – 2008 – Cespe.


Acerca da Lei de Abuso de Autoridade, Lei n.º 4.898/1965, assinale a opção correta.
a) A lei em questão contém crimes próprios e impróprios e admite as
modalidades dolosa e culposa.
b) Considera-se autoridade quem exerce, de forma remunerada, cargo,
emprego ou função pública ou particular, de natureza civil ou militar, ainda
que transitoriamente.
c) No caso de concurso de agentes, o particular que é coautor ou partícipe
responde por outro crime, uma vez que a qualidade de autoridade é
elementar do tipo dos crimes de abuso.
d) Caso cumpra ordem manifestamente ilegal, o subordinado deverá
responder pelo crime de abuso de autoridade.
e) A competência para processar e julgar o crime de abuso de autoridade
praticado por policial militar em serviço é da justiça militar estadual.

Comentários
O erro da alternativa A está em afirmar que existem crimes culposos na
Lei do Abuso de Autoridade.
A alternativa B está incorreta porque afirma que autoridade é quem exerce a
função pública de forma remunerada. Na realidade, esse exercício não precisa
ser remunerado para que a figura da autoridade esteja configurada.

106 de
131
A alternativa C está errada, pois a circunstância de o autor ser autoridade é
elementar do crime e, portanto, pode ser transmitida ao coautor ou partícipe.

A alternativa D está correta, mas na época gerou muita polêmica, pois a Lei do
Abuso de Autoridade não trata diretamente da ordem manifestamente ilegal. De
toda forma, a banca não alterou o gabarito.
Quanto à alternativa E, na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de
autoridade era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal Militar
ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da Justiça Militar.
GABARITO: D

QUESTÃO 104 - TRE-MA – Analista Judiciário – 2009 –


Cespe (adaptada).
Constitui abuso de autoridade qualquer atentado ao sigilo de correspondência,
ao livre exercício de culto religioso e à liberdade de associação.

Comentários
A expressão “qualquer atentado” pode nos deixar na dúvida, mas
vamos relembrar o teor do art. 3° da Lei n° 4.898/1965:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

GABARITO: CERTO

QUESTÃO 105 - TRE-MA – Analista Judiciário – 2009 –


Cespe (adaptada).
Compete à justiça militar processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade,
quando praticado em serviço.

Comentários
Na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de autoridade
era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula do STJ nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal

107 de
131
Militar ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da
Justiça Militar.

108 de
131
GABARITO: ERRADO (Na época da aplicação da questão)

QUESTÃO 106 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo –


Procuradoria – 2016 – Cespe.
No que concerne aos crimes em espécie, julgue o item seguinte.
O militar em serviço não responde pelos crimes de abuso de autoridade
previstos na Lei n.º 4.898/1965.

Comentários
De acordo com o art. 5º, considera-se autoridade quem exerce cargo,
emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que
transitoriamente e sem remuneração.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 107 - DEPEN – Agente Penitenciário – 2015 –


Cespe. HIPOTÉTICA: Um servidor público federal, no exercício de atividade
SITUAÇÃO
carcerária, colocou em perigo a saúde física de preso em virtude de excesso na
imposição da disciplina, com a mera intenção de aplicar medida educativa, sem
lhe causar sofrimento.
ASSERTIVA: Nessa situação, o referido agente responderá pelo crime de tortura.

Comentários
Neste caso não podemos dizer que houve tortura, pois não houve dolo
e nem sofrimento. Na realidade o caso trazido pela questão é de crime de
maus tratos, tipificado no art. 136 do Código Penal.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 108 - SEAP-DF – Agente de Atividades


Penitenciárias
– 2015 – por
A condenação Universa.
crime de tortura acarretará a perda do cargo, da função ou do
emprego público e a interdição, para seu exercício, pelo triplo do prazo da pena
aplicada.

Comentários
Opa! Olha a pegadinha!!! Na realidade a interdição deve perdurar pelo
dobro do prazo da pena, e não pelo triplo!
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 109 - PC-CE – Escrivão de Polícia – 2015 – VUNESP.


O crime de tortura (Lei no 9.455/97) tem pena aumentada de um sexto até um
terço se for praticado

109 de
131
a) ininterruptamente, por período superior a 24 h.
b) em concurso de pessoas
c) por motivos políticos.
d) contra mulher
e) por agente público.

Comentários
Aumenta-se a pena de um sexto até um terço nas seguintes
circunstâncias: I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
GABARITO: E

QUESTÃO 110 - DEPEN – Agente Penitenciário – 2013 –


Cespe.agente penitenciário federal, foi condenado, definitivamente, a uma
Joaquim,
pena de três anos de reclusão, por crime disposto na Lei n.º 9.455/1997. Nos
termos da referida lei, Joaquim ficará impedido de exercer a referida função pelo
prazo de seis anos.

Comentários
A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada, nos termos do art. 1o, §5o da Lei no 9.455/1997.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 111 - DEPEN – Agente Penitenciário – 2013 –


UmCespe.
agente penitenciário federal determinou que José, preso sob sua custódia,
permanecesse de pé por dez horas ininterruptas, sem que pudesse beber água ou
alimentar-se, como forma de castigo, já que José havia cometido,
comprovadamente, grave falta disciplinar. Nessa situação, esse agente cometeu
crime de tortura, ainda que não tenha utilizado de violência ou grave ameaça contra
José.

Comentários
Para responder corretamente a questão você precisa conhecer o conteúdo
do §1o do art. 1o da Lei de Tortura: “Na mesma pena incorre quem
submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico
ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante
de medida legal”. Esta questão é muito polêmica por dizer que não houve violência ou
grave ameaça, o que, na minha opinião, é um erro da banca, mas o gabarito foi
mantido na época.

110 de
131
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 112 - PRF – Agente – 2013 – Cespe.


Para que um cidadão seja processado e julgado por crime de tortura, é
prescindível que esse crime deixe vestígios de ordem física.

Comentários
A palavra “prescindível” significa “dispensável”. A assertiva, portanto,
está dizendo que não é necessário que o crime de tortura deixe vestígios
de ordem física. Nada impede que a prova do crime seja produzida de
outras maneiras.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 113 - MPU – Técnico – 2010 – Cespe.


O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

Comentários
Esta é a letra da Constituição Federal, em seu art. 5º, XLIII. O STF já
decidiu que o indulto também não é aplicável no caso de crime de tortura.
Lembre-se também de que o crime de tortura não é imprescritível!
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 27 - MPU – Técnico – 2010 – Cespe.


É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.

Comentários
Esta é a Tortura-Castigo. Lembre-se de que esta modalidade é crime
próprio, pois somente pode ser praticado por quem tenha o dever de
guarda ou exerça poder ou autoridade sobre a vítima. Ao mesmo tempo
exige-se também uma condição especial do sujeito passivo, que precisa
estar sob a autoridade do torturador.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 114 - TJ-AC – Técnico Judiciário – 2012 – Cespe.


Suponha que João, penalmente capaz, movido por sadismo, submeta Sebastião,
com emprego de violência, a contínuo e intenso sofrimento físico, provocando-lhe
lesão corporal de natureza gravíssima. Nessa situação, João deverá responder pelo
crime de tortura e, se condenado, deverá cumprir a pena em regime inicial fechado.

Comentários
O crime de tortura exige um elemento subjetivo específico: “obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa”;

111 de
131
“provocar ação ou omissão de natureza criminosa”; “por motivo de
discriminação racial ou religiosa”. O agente que inflige sofrimento em
outra pessoa por sadismo não comete crime de tortura, mas sim de lesão
corporal ou, a depender do caso, de homicídio tentado.
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 115 - DPF – Agende da Polícia Federal – 2012 –


Cespe.
O policial condenado por induzir, por meio de tortura praticada nas dependências
do distrito policial, um acusado de tráfico de drogas a confessar a prática do crime
perderá automaticamente o seu cargo, sendo desnecessário, nessa situação, que o
juiz sentenciante motive a perda do cargo.

Comentários
A perda do cargo, emprego ou função pública é efeito extrapenal
administrativo da condenação, e não precisa ser declarado pelo juiz.
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 116 - PC-RN – Escrivão de Polícia Civil – 2009 –


Cespe (adaptada).
Um delegado da polícia civil que perceba que um dos custodiados do distrito onde é
chefe está sendo fisicamente torturado pelos colegas de cela, permanecendo
indiferente ao fato, não será responsabilizado criminalmente, pois os delitos previstos
na Lei n.º 9.455/1997 não podem ser praticados por omissão.

Comentários
O crime de tortura conta com uma modalidade omissiva, prevista no §2°
do art. 1°. Entretanto, apenas é criminalizada a omissão daquele que
tinha o dever de agir para evitar ou apurar a ocorrência de atos de tortura.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las
ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 117 - PC-RN – Escrivão de Polícia Civil – 2009 –


Cespe (adaptada).
Se um membro da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte, integrante
da Comissão Nacional de Direitos Humanos, for passar uma temporada de
trabalho no Haiti — país que não pune o crime de tortura — e lá for vítima de tortura,
não haverá como aplicar a Lei n.º 9.455/1997.

Comentários
O art. 2° da Lei da Tortura determina que ela se aplica ainda quando o
crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima
brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

112 de
131
GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 118 - PC-ES – Escrivão de Polícia – 2011 – Cespe.


Excetuando-se o caso em que o agente se omite diante das condutas
configuradoras dos crimes de tortura, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, iniciará o agente condenado pela prática do crime de tortura o cumprimento
da pena em regime fechado.

Comentários
Já deu para perceber quais são os assuntos preferidos do Cespe no que
se refere à Lei de Tortura, não é mesmo? A assertiva está correta em
função do teor do
§7° do art. 1°. Lembre-se da exceção!
GABARITO: CERTO

QUESTÃO 119 - PC-ES – Escrivão de Polícia – 2011 – Cespe.


No crime de tortura em que a pessoa presa ou sujeita a medida de segurança é
submetida a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal, não é exigido, para seu
aperfeiçoamento, especial fim de agir por parte do agente, bastando, portanto,
para a configuração do crime, o dolo de praticar a conduta descrita no tipo objetivo.

Comentários
A conduta do §1° do art. 1° é a única que não exige dolo específico por
parte do agente do crime de tortura.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.

GABARITO: CERTO
QUESTÃO 120 - PC-PE - Agente de Polícia – 2016 – Cespe.
Rui e Jair são policiais militares e realizam constantemente abordagens de
adolescentes e homens jovens nos espaços públicos, para verificação de
ocorrências de situações de uso e tráfico de drogas e de porte de armas. Em uma das
abordagens realizadas, eles encontraram José, conhecido por efetuar pequenos
furtos, e, durante a abordagem, verificaram que José portava um celular caro.
Jair começou a questionar a quem pertencia o celular e, à medida que José negava
que o celular lhe pertencia, alegando não saber como havia ido parar em sua
mochila, começou a receber empurrões do policial e, persistindo na negativa, foi
derrubado no chão e começou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada
para si. Como não respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular,
José foi colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram
rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do celular,
mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente levando-o para
a delegacia no dia seguinte.
Nessa situação hipotética, à luz das leis que tratam dos crimes de tortura e de abuso

113 de
131
de autoridade e dos crimes hediondos,
a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime
de lesão corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e lesão
corporal.
c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminuição
de pena.
d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.
e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poderão ser soltos
mediante o pagamento de fiança.

Comentários
Diante da situação descrita na questão, os policiais militares cometeram o
crime de tortura-prova. Como se trata de um crime mais específico, a
tortura absorve a lesão corporal e nossa reposta, portanto, é a alternativa
A. O fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de
aumento de pena, e não de diminuição. Diante de uma eventual prisão
cautelar, Rui e Jair não podem ser soltos mediante o pagamento de
fiança. O crime de tortura é inafiançável!
GABARITO: A

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