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A alternativa incorreta é a letra A, pois o art. 76, § 2º, da Lei 9.099/95 proíbe a
proposta se o autor da infração tiver sido condenado, pela prática de crime, à
pena privativa de liberdade, por sentença definitiva. A alternativa fala de infração
e de sentença não definitiva.
GABARITO: A
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De forma alguma. O art. 60 prevê exceções à competência dos juizados especiais
criminais nos casos de conexão e continência.
GABARITO: ERRADO
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O erro da assertiva está em afirmar que a Lei nº 9.099/1995 tipifica infrações
penais, mas isso não é verdade.
GABARITO: ERRADO
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QUESTÃO 06 - Senado Federal – Advogado – 2008 – FGV.
Relativamente aos juizados especiais criminais, analise as afirmativas a
seguir:
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A assertiva II está incorreta porque os conciliadores devem ser recrutados
preferencialmente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exercem funções
na administração da Justiça Criminal. A assertiva III está incorreta porque os atos
processuais podem ser praticados em horário noturno, conforme as normas de
organização judiciária.
GABARITO: C
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A suspensão condicional do processo só poderá ser proposta nos crimes cuja pena
mínima cominada for igual ou inferior a um ano, nos termos do art. 89.
GABARITO: ERRADO
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Levando em conta as disposições da lei 9.099/95, no que diz respeito aos
juizados especiais criminais, é correto afirmar:
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A alternativa A está incorreta porque diz que os embargos de declaração
interrompem o prazo para recurso quando opostos contra sentença, mas esta era
a regra anterior. Hoje a interrupção ocorre em qualquer caso. A alternativa C está
incorreta porque a revogação da suspensão condicional do processo ocorrerá se
o beneficiário vier a ser processado por crime ou não efetuar, sem motivo
justificado, a reparação do dano, nos termos do art. 89, §3o. A alternativa D está
incorreta porque a competência será determinada pelo lugar em que foi praticada
a infração penal, de acordo com o art. 63.
GABARITO: B
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Segundo o art. 61, consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo
as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior
a 2 anos, cumulada ou não com multa.
GABARITO: A
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QUESTÃO 10 - PC-PE - Delegado de Polícia – 2016 – Cespe.
Godofredo tem a obrigação legal de cuidar de determinado idoso, mas o
abandonou em um hospital — conduta prevista no art. 98, do Estatuto do
Idoso, com pena de detenção de seis meses a três anos e multa. Paulo negou
trabalho a um idoso, com a justificativa de que o pretendente ao emprego
encontrava-se em idade avançada — conduta enquadrada no art. 100, II, do
Estatuto do Idoso, com pena de reclusão de seis meses a um ano e multa.
Nessas situações, as medidas despenalizadoras, previstas na Lei n.º
9.099/1995 (lei dos juizados especiais),
a) poderão beneficiar ambos os acusados, desde que haja anuência das
vítimas.
b) poderão beneficiar Paulo, com a transação penal, ao passo que
Godofredo, com a suspensão condicional do processo.
c) não poderão beneficiar Godofredo nem Paulo.
d) poderão beneficiar apenas Godofredo.
e) poderão beneficiar apenas Paulo.
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A questão menciona o Estatuto do Idoso, mas na verdade ela trata da Lei dos
Juizados Especiais. Pois bem, em primeiro lugar é importante saber que o art. 94
do Estatuto do Idoso assegura a aplicação dos institutos previstos na Lei dos
Juizados Especiais nos casos de crimes cuja pena máxima privativa de liberdade
não ultrapasse 4 anos. Mas naqueles crimes com penas máximas superiores a 2
anos, aplica-se apenas o rito sumaríssimo, ou seja, o procedimento mais célere.
Na hipótese trazida pela questão temos um crime punido com detenção de seis
meses a três anos, e outro punido com reclusão de seis meses a um ano. Em
ambos os casos poderiam ser aplicadas a suspensão condicional do processo (art.
89), mas a transação penal (art. 76) apenas para Paulo, pois sua pena máxima
não excede dois anos. Considerando que a transação penal é bem mais benéfica
que a suspensão condicional do processo, para Paulo será proposta a transação
penal, ao passo que Godofredo terá apenas a possibilidade de suspensão
condicional do processo.
GABARITO: B
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A regra da Lei nº 9.099/1995 é a seguinte: os atos processuais serão públicos e
poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.
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GABARITO: ERRADO
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Essa obrigatoriedade está prevista no art. 91 da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: CERTO
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Esta é a definição de infração penal de menor potencial ofensivo, trazida pelo art.
60 da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: CERTO
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Se o acusado não for encontrado, o juiz deve encaminhar as peças existentes ao
Juízo comum, para adoção do procedimento previsto em lei, nos termos do art.
66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/1995.
GABARITO: ERRADO
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A suspensão condicional do processo é um tema muito importante para sua
prova. Esse instituto está previsto no art. 89 da Lei nº 9.099/1995.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor
a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena
GABARITO: CERTO
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O juiz pode impor outras condições além daquelas que constam no art. 89 da Lei
nº 9.099/1995, mas não medidas cautelares. Não faria sentido decretar uma
prisão preventiva, por exemplo, num caso como esse, não é mesmo?
GABARITO: ERRADO
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A alternativa incorreta é a de letra C, pois os conciliadores devem ser recrutados
preferencialmente entre bacharéis em Direito, nos termos do parágrafo único do
art. 73 da Lei nº 9.099/1995. Acredito que tenha havido erro da banca na redação
da alternativa E, pois deveria ter sido citado o procedimento sumaríssimo, e não
o procedimento sumário. De toda forma, o gabarito foi mantido.
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GABARITO: C
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Falando de crime com pena mínima cominada inferior a 1 ano, estaremos diante
da suspensão condicional do processo, que poderá, nos termos do art. 89, §4o,
ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por
contravenção.
GABARITO: E
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e) a decisão do juiz, pelo deferimento da suspensão do processo,
independerá da aceitação do acusado.
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A alternativa A está incorreta porque a proposição da suspensão do processo
depende de o acusado não estar sendo processado ou não ter sido condenado
por outro crime (art. 89). A alternativa B está incorreta porque a prescrição não
correrá durante o prazo de suspensão do processo (art. 89, §6º). A alternativa D
está incorreta porque a suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra
condição imposta (art. 89, §4º). A alternativa E está incorreta porque o acusado
pode não aceitar a proposta, caso me que o processo prosseguirá normalmente
(art. 89, §7º).
GABARITO: C
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A assertiva está de acordo com o art. 2º, §2º da Lei nº 8.072/1990: A progressão
de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á
após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e
de 3/5 (três quintos), se reincidente.
GABARITO: CERTO
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Hoje a progressão de regime no cumprimento de pena pro crime hediondo é
permitida, exatamente nesses termos.
GABARITO: CERTO
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QUESTÃO 22 – TJ-CE – Analista Judiciário – 2014 – Cespe
(adaptada)
É admitido o indulto, graça e anistia a agente que praticou crime de natureza
hedionda.
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Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça e indulto.
GABARITO: ERRADO
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Extorsão mediante sequestro é crime hediondo, e não equiparado.
GABARITO: ERRADO
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O crime de extorsão qualificado pela morte consta na lista dos crimes hediondos.
É importante que você tenha bem claro na sua mente que é possível a progressão
de regime do condenado por crime hediondo. O cumprimento da pena se dará
incialmente em regime fechado, mas a progressão pode ocorrer quando se der o
cumprimento de 2/5 da pena (apenado primário), ou de 3/5 (reincidente).
GABARITO: CERTO
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Atualmente tramita na Câmara um projeto de lei nesse sentido, mas hoje a
corrupção não consta na lista da Lei dos Crimes Hediondos.
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GABARITO: ERRADO
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Em 2007 a redação da Lei de Crimes Hediondos foi alterada, e agora faz menção
à possibilidade de progressão de regime quando cumpridos 2/5 da pena
(condenado primário) ou 3/5 da pena (reincidente). Esta lei é especial em relação
ao Código de Processo Penal, que estabelece a regra de progressão com 1/6 da
pena cumprida.
GABARITO: ERRADO
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A Lei nº 12.015/2009 incluiu no rol dos crimes hediondos a figura do estupro de
vulnerável, ao tempo em que sepultou a discussão sobre a inclusão ou não do
estupro simples na lista de crimes hediondos. Hoje qualquer estupro é
considerado crime hediondo.
GABARITO: ERRADO
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Para não haver perigo de você não lembrar da lista dos crimes hediondos, vou
repeti-la aqui, ok?
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GABARITO: CERTO
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O único item errado é o III, não é mesmo?
GABARITO: C
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A única alternativa que corresponde à nossa lista é a letra A, não é mesmo?
Cuidado para não confundir os crimes hediondos com os equiparados!
GABARITO: A
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QUESTÃO 31 - PC-AC - Agente de Polícia Civil – 2017 – IBADE.
Acerca dos crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990 e suas alterações), pode-
se afirmar que a:
a) pena por crime hediondo será cumprida integralmente em regime
fechado.
b) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 10 (dez) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
c) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado
for primário, havendo vedação em caso de ser reincidente.
d) progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado
for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
e) prisão temporária por crimes hediondos terá o prazo de 20 (vinte) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
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A alternativa A está incorreta. Nos termos do §1o do art. 2o, a pena por crime
hediondo será cumprida INICIALMENTE em regime fechado. Lembre-se, porém,
de que o STF declarou o dispositivo inconstitucional.
A alternativa B está incorreta. A prisão temporária por crimes hediondos terá o
prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade. Isso também torna a alternativa E incorreta.
A alternativa C está incorreta. A progressão de regime, no caso dos condenados
aos crimes hediondos, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente (art. 2o,
§2o). Isso torna a alternativa D correta.
GABARITO: D
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d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta
como hediondo é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito
de drogas e racismo.
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A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 2o, §2o, a progressão de regime,
no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
(três quintos), se reincidente.
A alternativa B está incorreta. O homicídio considerado hediondo é aquele
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII
do Código Penal).
A alternativa C está correta. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC
104.339/SP, declarou a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade
provisória", constante do art. 44, caput, da Lei n. 11.343/2006, afastando o óbice
à concessão da liberdade provisória aos acusados da prática de crimes hediondos
e equiparados, razão pela qual a decretação da prisão preventiva sempre deve
ser fundamentada na presença dos requisitos do art. 312 do Código de Processo
Penal - CPP.
A alternativa D está incorreta. O sistema adotado no brasil é o do etiquetamento
ou rotulação, também chamado de sistema legal.
Sistema legal: etiquetamento ou rotulação (adotado);
Sistema judicial: juiz declara a hediondez diante do caso em concreto;
Sistema misto: parte de um rol legal que é flexível ao caso concreto;
A alternativa E está incorreta. O tráfico de entorpecentes, o terrorismo e a tortura
são equiparados a crimes hediondos, mas não o racismo.
GABARITO: C
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d) a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite a aplicação do
chamado princípio da insignificância penal para o crime de descaminho.
e) segundo a jurisprudência assentada no âmbito da 3ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça, não subsiste o crime de desacato tipificado no artigo 331
do Código Penal no ordenamento jurídico brasileiro, posto que incompatível
com o direito de liberdade de expressão e crítica.
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A alternativa A está correta. Não há crime de desobediência quando a pessoa
desatende a ordem e existe alguma lei prevendo uma sanção civil, administrativa
ou processual penal para esse descumprimento, podendo haver também a sanção
criminal. STJ. 5ª Turma. REsp 1.374.653-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,
julgado em 11/3/2014 (Info 538). STJ. 6ª Turma. RHC 41.970-MG, Rel. Min.
Laurita Vaz, julgado em 7/8/2014 (Info 544).
A alternativa B está incorreta. O STF mudou seu posicionamento, e hoje o tráfico
privilegiado (beneficiado pela minorante do §4o do art. 33 da Lei n. 11.343/2006)
não é mais considerado crime equiparado a hediondo.
A alternativa C está incorreta. C- Errada. Consuma-se o crime de roubo com a
inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça,
ainda que por breve tempo e em seguida a perseguição imediata ao agente e
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível (dispensável) a posse mansa e
pacífica ou desvigiada. Veja a seguinte decisão: STJ. 3ª Seção. REsp 1.499.050-
RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/10/2015 (Informativo STJ
572).
A alternativa D está incorreta. Ao considerar que o descaminho não é crime
material (mas sim formal) e que ele defende outros bens jurídicos além da
arrecadação, a consequência lógica seria não mais utilizar o parâmetro de R$ 10
mil reais como critério para a aplicação do princípio da insignificância. No entanto,
o STJ continua aplicando o princípio da insignificância ao crime de descaminho
quando o valor dos tributos elididos não ultrapassar a quantia de R$10.000,00
(dez mil reais), estabelecida no art. 20 da Lei n. 10.522/02 (STJ. 5ª Turma. AgRg
no REsp 1453259/PR, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 05/02/2015).
A alternativa E está incorreta. Desacatar funcionário público no exercício da
função ou em razão dela continua a ser crime, previsto pelo art. 331 do Código
Penal. (STJ. 3ª Seção. HC 379.269/MS, Rel. para acórdão Min. Antonio Saldanha
Palheiro, julgado em 24/05/2017).
GABARITO: A
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a) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos,
dar-se-á após o cumprimento de 3/5 (três quintos) da pena, se o apenado
for primário.
b) O crime de homicídio qualificado previsto no Código Penal Militar é
considerado hediondo.
c) O fato de o crime ser considerado hediondo, por si só, não impede a
concessão da liberdade provisória, de acordo com o entendimento dos
Tribunais Superiores.
d) O sistema adotado pela legislação brasileira para rotular uma conduta
como hediondo é o sistema misto.
e) Dentre os crimes equiparados aos hediondos estão: tortura, tráfico ilícito
de drogas e racismo.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 2o, §2o, a progressão de regime,
no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
(três quintos), se reincidente.
A alternativa B está incorreta. O homicídio considerado hediondo é aquele
praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um
só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII
do Código Penal).
A alternativa C está correta. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC
104.339/SP, declarou a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade
provisória", constante do art. 44, caput, da Lei n. 11.343/2006, afastando o óbice
à concessão da liberdade provisória aos acusados da prática de crimes hediondos
e equiparados, razão pela qual a decretação da prisão preventiva sempre deve
ser fundamentada na presença dos requisitos do art. 312 do Código de Processo
Penal - CPP.
A alternativa D está incorreta. O sistema adotado no brasil é o do etiquetamento
ou rotulação, também chamado de sistema legal.
Sistema legal: etiquetamento ou rotulação (adotado);
Sistema judicial: juiz declara a hediondez diante do caso em concreto;
Sistema misto: parte de um rol legal que é flexível ao caso concreto;
A alternativa E está incorreta. O tráfico de entorpecentes, o terrorismo e a tortura
são equiparados a crimes hediondos, mas não o racismo.
GABARITO: C
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QUESTÃO 35 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto – 2017
– CESPE.
A respeito de crimes hediondos, assinale a opção correta.
a) Embora tortura, tráfico de drogas e terrorismo não sejam crimes
hediondos, também são insuscetíveis de fiança, anistia, graça e indulto.
b) Para que se considere o crime de homicídio hediondo, ele deve ser
qualificado.
c) Considera-se hediondo o homicídio praticado em ação típica de grupo de
extermínio ou em ação de milícia privada.
d) O crime de roubo qualificado é tratado pela lei como hediondo.
e) Aquele que tiver cometido o crime de favorecimento da prostituição ou
outra forma de exploração sexual no período entre 2011 e 2015 não
responderá pela prática de crime hediondo.
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A alternativa A está correta. Realmente, embora tortura, tráfico de drogas e
terrorismo não sejam crimes hediondos, também são inafiançáveis e insuscetíveis
de anistia, graça e indulto.
A alternativa B está incorreta. O homicídio qualificado é crime hediondo, mas não
apenas ele. Também é hediondo, por exemplo, o homicídio simples praticado em
atividade típica de grupo de extermínio.
A alternativa C está incorreta. A lei não fala em milícia privada, mas apenas em
homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio.
A alternativa D está incorreta. Na realidade o crime considerado hediondo é o
latrocínio.
A alternativa E está incorreta. Uma alternativa traiçoeira, que exige que você
saiba quando houve alteração na Lei dos Crimes Hediondos. Na realidade a
alternativa está incorreta porque a inclusão do favorecimento da prostituição ou
outra forma de exploração sexual se deu em 2014, e não em 2015.
GABARITO: A
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II. A liberdade provisória não é permitida nos processos por crimes
hediondos, mas o excesso de prazo autoriza o relaxamento da prisão
processual.
III. A pena para os crimes hediondos, ou equiparados, será cumprida
inicialmente em regime fechado, na hipótese de não cabimento de regimes
menos gravosos.
IV. Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime
hediondo, ou equiparado, não é obrigatório o exame criminológico na
avaliação do preenchimento dos requisitos objetivos e subjetivos pelo
condenado, mas uma vez exigido, tal decisão deve ser fundamentada.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
Comentários
O item I está incorreto porque a Lei dos Crimes Hediondos não faz qualquer
menção à necessidade de reincidência específica para que seja aplicada a regra
de progressão de regime com o cumprimento de três quintos.
O item II está incorreto. A redação original do inciso II do art. 2º vedava também
a concessão de liberdade provisória nos casos de crimes hediondos e
equiparados. Você pode notar, entretanto, que a Constituição não fez qualquer
menção à restrição da liberdade do acusado por tais crimes.
Pelo contrário, o teor do art. 5º, LXVI, é no sentido de que “ninguém deve ser
levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança”. Foi por essa razão que o dispositivo foi alterado em 2007, e hoje
os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis, mas o acusado apenas pode
ter sua liberdade restringida cautelarmente quando houver decisão judicial
fundamentada, e apenas nos casos previstos em lei (art. 312 do CPP).
GABARITO: C
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c) 1/6 / 1/2
d) 2/5 / 3/5
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Você já está cansado de saber isso, não é mesmo!? ☺
Nos termos do art. 2º, §2º, a progressão de regime, no caso dos condenados aos
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos)
da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente
GABARITO: D
Comentários
A alternativa A está correta. Tanto o estupro quanto o atentado violento ao puder
já eram considerados crimes hediondos. A diferença é que, a partir da Lei n.
12.015/2009, os dois tipos penais foram reunidos em um só, sob o nomen juris
de estupro.
A alternativa B está incorreta. As escusas absolutas extinguem a punibilidade
(art. 181 do Código Penal). As escusas relativas apenas condicionam a ação penal
(art. 182 do Código Penal).
A alternativa C está incorreta. A extorsão é crime formal, e por isso se consuma
com o constrangimento da vítima. Não se exige, para fins de consumação, a
obtenção da vantagem exigida, que é apenas a intenção do agente, e poderá ser
considerada na dosimetria da pena.
A alternativa D está incorreta. Na modalidade impropria, a receptação não admite
tentativa, já que se trata de crime formal, que se consuma quando o agente
influencia o terceiro.
A alternativa E está incorreta. A vedação é a regra geral, mas há exceções,
conforme redação do art. 28 do Estatuto do Desarmamento.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados
os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do
art. 6o desta Lei.
GABARITO: A
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Depois de ter estudado a aula de hoje, você já sabe definitivamente que os crimes
hediondos são inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto, mas a
liberdade provisória é admitida.
GABARITO: D
Comentários
No rol taxativo dos crimes hediondos que consta no art. 1o da Lei n. 8.072/1990
não consta o crime de corrupção ativa. Existe projeto de lei em tramitação no
Congresso Nacional nesse sentido, mas essa alteração na lei nunca chegou a
ser feita.
GABARITO: B
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II. em legítima defesa.
III. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão
competente.
IV. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou
destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela
autoridade competente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) I e IV.
e) I, III e IV.
Comentários
O art. 37 prevê situações em que o abate animal não configurará crime.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de
animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III – (VETADO) (só há legitima defesa contra agressão humana, no estado de necessidade
pode decorrer de qualquer causa)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
GABARITO: E
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d) não pode ser responsabilizada, sob o ponto de vista penal, pois a
responsabilidade penal recairá sobre a pessoa jurídica.
e) ensejará a responsabilidade penal da empresa, ainda que a conduta não
tenha sido praticada no interesse ou em benefício da pessoa jurídica.
Comentários
A conduta de Pedro se amolda a forma qualificada do crime do art. 54 da Lei n.
9.605/1998.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o crime:
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento
público de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou
substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
GABARITO: B
Comentários
O crime aqui é o do art. 45 da Lei n. 9.605/1998, mas não há agravante
relacionada à exploração econômica. Na realidade este fim especial do agente é
um elemento do tipo.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do
Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração,
econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e MULTA.
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GABARITO: ERRADO
Comentários
A Lei nº 9.605/1998 é expressa nesse sentido em seu art. 26:
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.
GABARITO: B
Comentários
Para responder corretamente à questão, você precisa conhecer o conteúdo do
art. 67:
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo
com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende
de ato autorizativo do Poder Público:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
GABARITO: CERTO
64 de 131
Comentários
Este é um dos vários crimes previstos na Lei dos Crimes Ambientais, tipificado no
art. 32.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos
ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
GABARITO: CERTO
Comentários
Este crime está tipificado no art. 40 da Lei nº 9.605/1998.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata
o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua
localização:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas,
as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de
Vida Silvestre.
[...]
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
GABARITO: CERTO
Comentários
Este crime, tipificado no art. 29 da Lei de Crimes Ambientais, pode ser
considerado de menor potencial ofensivo, em função da pena cominada, que é
60 de 131
inferior a 2 anos. Aos crimes ambientais se aplica, em geral, o regime da Lei nº
9.099/1995. Por essa razão deve ser lavrado o TCO.
GABARITO: CERTO
Comentários
Questão simples e direta. Todos os crimes previstos na Lei dos Crimes Ambientais
são de ação penal pública incondicionada.
GABARITO: CERTO
Comentários
Este crime está tipificado no art. 56 da Lei dos Crimes Ambientais, que também
prevê uma modalidade culposa. Se há modalidade culposa, não pode haver a
exigência de dolo específico.
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,
transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica,
perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com
as normas ambientais ou de segurança;
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação
final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.
[...]
§ 3º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
GABARITO: ERRADO
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Comentários
Na realidade, a Lei dos Crimes Ambientais somente pune o incêndio provocado
em mata ou floresta (art. 41). O caso trazido pela assertiva deve ser punido com
base no crime de incêndio (art. 250 do Código Penal).
GABARITO: ERRADO
Comentários
O crime tipificado no art. 32 alcança animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos.
GABARITO: ERRADO
Comentários
A questão da responsabilização da pessoa jurídica nos crimes ambientais já foi
intensamente debatida nos últimos anos no meio jurídico, mas hoje ainda existem
doutrinadores que apontam para a inconstitucionalidade da previsão. Não
acredito que uma questão assim, puramente doutrinária, apareça na sua prova,
mas se surgir você já sabe qual o posicionamento da banca, não é mesmo?
GABARITO: E
62 de 131
QUESTÃO 54 – TJ-MT – Juiz de Direito – 2009 – VUNESP
De acordo com a Lei n.º 9.605/98, nos casos de crimes praticados contra a
fauna, a pena é aumentada até o triplo, quando o crime for praticado em
decorrência do exercício
a) de caça profissional.
b) em período proibido à caça.
c) em unidade de conservação.
d) durante a noite.
e) contra espécie rara.
Comentários
Apenas a caça profissional aumenta a pena até o triplo. As demais hipóteses
aumentam a pena de metade.
GABARITO: A
Comentários
A essa altura todos nós já temos certeza da possibilidade de responsabilização
penal das pessoas jurídicas nos crimes ambientais. Isso ocorrerá quando a
infração for cometida por decisão dos seus representantes, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da entidade. É importante também que fique
claro para você que não há bis in idem quando é promovida ao mesmo tempo a
responsabilização da pessoa jurídica e a da pessoa física responsável pela
conduta.
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GABARITO: A
Comentários
Esta é praticamente a reprodução do art. 2º, §6º da Lei nº 12.830/2013.
GABARITO: CERTO
Comentários
O indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, não podendo ser praticado
por qualquer autoridade pública.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Dizer que o delegado pode indiciar alguém por simples subjetivismo é ofensivo,
não é mesmo? O indiciamento precisa ser fundamentado, nos termos da Lei nº
12.830/2013.
GABARITO: ERRADO
QUESTÃO 59 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – 2017 –
IBADE.
No que tange à investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia (Lei
nº 12.830/2013), assinale a alternativa correta.
a) As funções de policia judiciária bem como a administrativa e a apuração
de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza
jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
80 de 131
b) O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito,
devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem
os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e
os advogados.
c) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição
de perícia, desde que autorizada pela autoridade judiciária.
d) A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato
fundamentado, exceto nos casos previstos em lei.
e) O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso poderá
ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, independentemente
de despacho fundamentado.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 2º, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são
de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.
A alternativa B está correta, reproduzindo corretamente o teor do art. 3º
A alternativa D está incorreta. Durante a investigação criminal, cabe ao delegado
de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos (art. 2º, § 2º)
A alternativa D está incorreta. Nos termos do § 5º do art. 2º, a remoção do
delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do § 4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.
GABARITO: B
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BRASIL. Lei n- 12.830. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
delegado de policia. Art. 2$. 2013.
Isso considerado, assinale a alternativa correta.
a) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
discricionário, mediante análise fática da ocorrência do fato, e deverá indicar
a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
b) O inquérito policial em curso poderá ser avocado ou redistribuído por
superior hierárquico, independentemente de despacho fundamentado.
c) A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória
criminal acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia.
d) Da decisão do delegado de polícia que nega o pedido de abertura de
inquérito policial formulado pelo ofendido ou seu representante legal, caberá
mandado de segurança.
e) Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição
de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos
fatos.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 2º, § 6º, o indiciamento,
privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias.
A alternativa B está incorreta. Nos termos do §4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado.
A alternativa C está incorreta. Aqui vale a pena relembrarmos a Súmula 234 STJ:
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 5º, § 2º do Código de Processo
Penal, do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.
GABARITO: E
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c) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar
a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
d) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de
perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos
fatos.
e) A remoção do delegado de polícia independe de ato fundamentado.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do § 4º do art. 2º, o inquérito policial
ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou
redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o § 1º do art. 2º, ao delegado de
polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que
tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria
das infrações penais.
A alternativa C está correta. Encontraremos nossa resposta no §6º do art. 2º: o
indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o § 2º do art. 2º, durante a
investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia,
informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
A alternativa E está incorreta. Aqui precisamos mencionar o § 5º: a remoção do
delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
GABARITO: C
QUESTÃO 62 - PC-SC - Agente de Polícia Civil – 2017 – FEPESE
É correto afirmar sobre a investigação conduzida por delegado de polícia:
a) A apuração de infrações penais de menor potencial ofensivo, que não
possuírem natureza jurídica, poderá ser delegada a terceiros.
b) O delegado de polícia durante a investigação criminal somente poderá
requisitar a produção de provas após ouvido o Ministério Público.
c) O procedimento investigatório em curso poderá, a qualquer tempo, ser
avocado ou redistribuído por superior hierárquico.
d) A função de polícia judiciária é considerada essencial e exclusiva de
Estado.
e) A autonomia investigatória do delegado de polícia o desobriga a
observância aos procedimentos previstos em regulamento da corporação.
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Comentários
A alternativa A está incorreta. A Lei n. 12.830/2013 dispõe sobre a investigação
criminal conduzida pelo delegado de polícia.
A alternativa B está incorreta. Durante a investigação criminal, cabe ao delegado
de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos (art. 2º, §2º).
A alternativa C está incorreta. O inquérito policial ou outro procedimento previsto
em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação (art. 2º, §4º).
A alternativa D está correta, nos termos do art. 2º.
A alternativa E está incorreta. O inquérito policial ou outro procedimento previsto
em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público
ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação (Art. 2º, §4º).
GABARITO: D
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois nenhuma sentença condenatória pode ser
proferida apenas com base nas declarações do colaborador (art. 4º, §16). A
alternativa B está incorreta, pois os resultados previstos no art. 4º são
alternativos, ou seja, deve haver pelo menos um deles, mas não todos, como
decorrência da colaboração premiada. A alternativa C está incorreta, pois a
colaboração premiada é permitida em qualquer fase da persecução penal (art.
3º). A alternativa D é a nossa resposta, pois o colaborador deve renunciar ao
direito ao silêncio, estando sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade (art.
4º, §14). A alternativa E está incorreta porque O juiz não participará das
negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor,
84 de 131
com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério
Público e o investigado ou acusado e seu defensor (art. 4º, § 6º).
GABARITO: D
Comentários
Digamos que a banca, neste questão, foi bem cruel, criando um novo termo
(“intervenção administrativa”) para qualificar a ação controlada no âmbito
administrativo, prevista no art. 8º. A questão ficou bem mal feita, mas o gabarito
terminou sendo mantido.
GABARITO: A
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d) Localização dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas
cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito.
Comentários
Esta questão foi retirada da literalidade do art. 4o da Lei. Vamos relembrar!?
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até
2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos
daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes
resultados:
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das
infrações penais por eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas
pela organização criminosa;
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
GABARITO: D
Comentários
Opa! Segundo o art. 10, a infiltração contempla agentes de polícia. Os agentes
de inteligência não são mencionados.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Neste caso a excludente mencionada pela lei é a inexigibilidade de conduta
diversa, e não o estrito cumprimento do dever legal.
GABARITO: ERRADO
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O juiz poderá, atendendo a requerimento exclusivo do Ministério Público,
conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa
de liberdade ou substitui-la por restritiva de direitos daquele que tenha
colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo
criminal.
Comentários
Esse requerimento é feito pelas próprias partes, sem prejuízo da possibilidade de
o delegado ou MP representarem ao Juiz para concessão do perdão judicial.
GABARITO: ERRADO
Comentários
É isso mesmo! Nesse caso a colaboração das autoridades estrangeiras é
fundamental e necessária.
GABARITO: CERTO
Comentários
Esta é uma questão com um maior nível de profundidade em relação à
colaboração premiada. A alternativa A está incorreta porque nada impede que a
colaboração seja posterior à sentença (a própria lei prevê expressamente essa
possibilidade). A alternativa C está incorreta porque é necessário reunir provas
além das declarações do colaborador. A alternativa D está incorreta porque o Juiz
não pode participar das negociações, a ele cabendo apenas homologar o acordo.
87 de 131
GABARITO: B
Comentários
Na aula de hoje você aprendeu que os crimes previstos na Lei nº 12.850/2013,
bem como as infrações penais conexas, deverão ser apurados mediante
procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Penal.
GABARITO: C
QUESTÃO 73 – PC-RJ – Oficial de Cartório – 2013 – IBFC
Sobre a investigação e os meios de produção de provas previstos na Lei n.
12.850/2013 - “Lei de Combate às Organizações Criminosas”, aponte a
afirmativa incorreta:
a) A ação controlada constitui-se na possibilidade de atuação de agentes
policiais, militares ou administrativos na estrutura de organização criminosa,
como forma de possibilitar a identificação detalhada das atividades ilícitas e
seus autores.
b) O delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, poderá representar
ao juiz pela concessão de perdão judicial ao integrante de organização
criminosa que tenha prestado colaboração relevante para o desfecho exitoso
da investigação criminal.
c) O Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra membro
da organização criminosa que tenha colaborado de forma efetiva com a
investigação, desde que este tenha sido o primeiro a prestar auxílio eficaz e
não seja o líder do grupo.
d) A infiltração de agentes policiais em organização criminosa, requerida pelo
Ministério Público durante o trâmite do inquérito policial, poderá ser
autorizada judicialmente após manifestação técnica do delegado de polícia.
e) O delegado de polícia terá acesso, independentemente de autorização
judicial, aos dados cadastrais do investigado mantidos pela Justiça Eleitoral,
empresas de telefonia, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.
Comentários
A alternativa A está incorreta porque se refere à infiltração, e não à ação
88 de 131
controlada. Além disso, a alternativa faz menção aos militares e agentes
administrativos, que não são mencionados pela lei. As demais alternativas estão
corretas.
GABARITO: A
Comentários
A alternativa B está incorreta porque, nos termos do art. 2º, § 6o, a condenação
com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo,
função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou
cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena. A
alternativa C está incorreta em razão do art. 4º, IV, segundo o qual a recuperação
total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela
organização criminosa é uma das possibilidades de resultados da colaboração
premiada, que autoriza a concessão do benefício. A alternativa D está incorreta
porque, nos termos do art. 2º, §4º, o concurso de funcionário público leva ao
aumento da pena de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). Podemos ver, portanto,
que se trata de majorante, e não de qualificadora. A alternativa E está incorreta
89 de 131
porque a conduta aqui mencionada é um tipo equiparado do a do art. 2º:
Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais
praticadas.
GABARITO: A
Comentários
O exercício de comando, individual ou coletivo, é considerado agravante, e não
causa especial de aumento de pena, nos termos do art. 2o, §3o.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Esta questão foi meio cruel. Ela não citou a declaração de aceitação do defensor,
listou apenas a declaração de aceitação do colaborador.
Art. 6º
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor;
Por essa razão, a questão está errada.
GABARITO: ERRADO
90 de 131
b) o MP poderá não oferecer denúncia contra Sebastião, caso ele não seja o
líder da organização criminosa.
c) o MP poderá não oferecer denúncia contra Júlia, ainda que a delação de
Sebastião tenha sido a primeira a prestar efetiva colaboração.
d) Sebastião e Júlia poderão ter o benefício do perdão judicial,
independentemente do fato de as colaborações terem ocorrido depois de
sentença judicial.
e) o prazo para o oferecimento da denúncia em relação aos delatores poderá
ser suspenso pelo período, improrrogável, de até seis meses.
Comentários
A questão tenta enganar você mencionando os crimes contra o sistema financeiro
nacional, mas na verdade ela se refere à Lei no 12.850/2013, conhecida como
Lei das Organizações Criminosas. No que se refere à colaboração premiada,
podemos dizer que o colaborador deverá renunciar ao direito ao silêncio na
presença dos seus defensores (art. 4o, §14) e, portanto, a alternativa A está
incorreta. Quanto à alternativa B, o MP poderá deixar de oferecer denúncia
porque Sebastião não era o líder da organização criminosa e foi o primeiro a
prestar efetiva colaboração (art. 4o, §4o), e por isso a alternativa B está correta
e a C está incorreta. A alternativa D está incorreta porque, Se a colaboração for
posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida
a progressão de regime (art. 4o, §5o). A alternativa E está incorreta porque os
seis meses neste caso são prorrogáveis por igual período (art. 4o, §3o).
GABARITO: B
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Penal, o sigilo da investigação que envolva organização criminosa será
sempre decretado pela autoridade policial que preside o inquérito policial,
sob o fundamento da garantia da celeridade e da eficácia das diligências
investigatórias, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado,
amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do
direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial,
ressalvados os referentes às diligências em andamento.
e) Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o
colaborador poderá ser ouvido em juízo, desde que haja prévio requerimento
das partes.
Comentários
A alternativa A está incorreta, em razão da regra do art. 4º, §2º da Lei n.
12.850/2013.
§ 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer
tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do
Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial
ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial,
aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941
(Código de Processo Penal).
A alternativa C está correta. Aqui você precisa conhecer a regra do §10 do art.
4º.
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias
produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
A alternativa D está incorreta, nos termos do art. 23.
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente,
para garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao
defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam
respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial,
ressalvados os referentes às diligências em andamento.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá assegurada
a prévia vista dos autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três)
dias que antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autoridade responsável pela
investigação.
A alternativa E está incorreta. Aqui precisamos lembrar do art. 4º, §12.\
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador poderá
ser ouvido em juízo a requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial.
GABARITO: C
92 de 131
a) a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
b) a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
c) a associação de 5 (cinco) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
d) a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 6
(seis) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
e) a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 6
(seis) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Comentários
A Lei n. 12.850/2013 considera organização criminosa a associação de 4 (quatro)
ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam
de caráter transnacional.
GABARITO: A
Comentários
É verdade. A ação controlada exige apenas comunicação ao Juiz, e não
autorização prévia.
GABARITO: CERTO
93 de 131
QUESTÃO 81 – PC-SP – Investigador de Polícia – 2014 –
VUNESP
A Lei do Crime Organizado (Lei n.º 12.850/13) dispõe que a infiltração de
agentes de polícia em tarefas de investigação
a) pode ser determinada de ofício por parte do juiz competente para apreciar
o caso.
b) será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial.
c) será autorizada pelo Ministério Público, quando requisitada pelo Delegado
de Polícia.
d) não será permitida em nenhuma hipótese.
e) poderá ser autorizada por decisão do Delegado de Polícia competente
quando houver urgência na investigação policial.
Comentários
A infiltração é uma das medidas mais delicadas, pois o agente policial infiltrado
fica altamente exposto. A alternativa A está incorreta porque a infiltração será
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público. A
alternativa C está incorreta porque a autorização cabe apenas ao Juiz. A
alternativa D está incorreta porque, seguidas as cautelas previstas em lei, a
infiltração é permitida. A alternativa E está incorreta porque a autorização cabe
ao Juiz, e não ao Delegado.
GABARITO: B
Comentários
A alternativa A está incorreta porque, para configuração da organização criminosa
é necessária a associação de 4 ou mais pessoas com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter
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transnacional (art. 1º, §1º). A alternativa B está incorreta porque o agente
infiltrado não fica imune, respondendo pelos excessos praticados (art. 13). A
alternativa C está incorreta porque a infiltração será autorizada pelo prazo de até
6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua
necessidade (art. 4º, §3º). A alternativa D é a nossa resposta, conforme regra
do art. 10. A alternativa E está incorreta porque o relatório circunstanciado será
apresentado apenas ao final do período de até 6 meses (art. 10, §4º).
GABARITO: D
Comentários
Opa! Não pode ser qualquer crime, não é mesmo? A organização criminosa deve
ter por objetivo “obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a
4 (quatro) anos, ou que sejam de caŕter transnacional”.
GABARITO: ERRADO
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personalidade, bem como da natureza, das circunstâncias, da gravidade e
da repercussão social do fato criminoso e da eficácia da colaboração.
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Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 4º, § 6º da Lei n. 12.850/2013,
o juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração.
A alternativa B está correta. Nas mesmas hipóteses do caput do art. 4º, o
Ministério Público poderá deixar de oferecer a denúncia se o colaborador (I) não
for o líder da organização criminosa; e (II) for o primeiro a prestar efetiva
colaboração nos termos deste artigo (§4º).
A alternativa C está incorreta. Nos termos do §16 do art. 4º, nenhuma sentença
condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente
colaborador.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do §14 do art. 4º, nos depoimentos
que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito
ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do §1º do art. 4º, em qualquer caso,
a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a
natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso
e a eficácia da colaboração.
GABARITO: B
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4º da Lei n. 12.850/2013, o
juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em
até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva
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de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha
um ou mais dos resultados previstos pelo dispositivo.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o § 4º do art. 4º, nas mesmas
hipóteses do caput, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se o
colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração.
A alternativa C está incorreta. Nos termos do § 3º do art. 4º, o prazo para
oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser
suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam
cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo
prescricional.
A alternativa D está correta. De acordo com o §5º do art. 4º, se a colaboração
for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será
admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
A alternativa E está incorreta. Nos termos do §6º do art. 4º, o juiz não participará
das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor,
com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério
Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
GABARITO: D
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Comentários
A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 10, a infiltração de agentes de
polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou
requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de
polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus
limites.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o §3º do art. 10, a infiltração será
autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada sua necessidade.
A alternativa C está incorreta. Nos termos do §2º do art. 10, será admitida a
infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova
não puder ser produzida por outros meios disponíveis.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do §1º do art. 12, as informações
quanto à necessidade da operação de infiltração serão dirigidas diretamente ao
juiz competente, que decidirá no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, após
manifestação do Ministério Público na hipótese de representação do delegado de
polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias para o êxito das investigações
e a segurança do agente infiltrado.
A alternativa E está correta, de acordo com o parágrafo único do art. 13, segundo
o qual não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente
infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
GABARITO: E
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e) configura crime de associação criminosa, ainda que os agentes sejam quatro e a
pena máxima prevista para a prática do crime de roubo seja superior a quatro anos.
Comentários
A Lei n. 12.850/2013 exige pelo menos quatro pessoas para que esteja caracterizada a
organização criminosa, e por isso a conduta descrita poderia ser enquadrada no crime de
associação criminosa, previsto no art. 288 do Código Penal.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação
de criança ou adolescente.
GABARITO: E
Comentários
Neste caso podemos dizer que o agente público incorreu na conduta
prevista no art. 3o, “i”: atentado à incolumidade física do indivíduo.
Perceba que a conduta típica é o próprio atentado, e por isso não
podemos falar em tentativa, mas sim em crime consumado mesmo, pois
a “tentativa” já é a conduta típica.
GABARITO: ERRADO
Comentários
O Cespe costuma considerar certas as assertivas incompletas, como é o
caso desta. As três sanções penais previstas na lei são multa de cem
a cinco mil cruzeiros; detenção por dez dias a seis meses; e perda do
cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública
por prazo até três anos. Essas penas podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente.
GABARITO: CERTO
100 de
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QUESTÃO 90 - PC-ES – Escrivão de Polícia – 2011 – Cespe.
Os crimes de abuso de autoridade serão analisados perante o Juizado Especial
Criminal da circunscrição onde os delitos ocorreram, salvo nos casos em que tiverem
sido praticados por policiais militares.
Comentários
Na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de autoridade
era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula do STJ nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal
Militar ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da
Justiça Militar.
Comentários
Se você já estudou Processo Penal, esta questão ficou fácil, não é mesmo?
Agente Penitenciário não relaxa prisão de ninguém. A conduta prevista no
art. 4o, “d” da Lei no 4.898/1965 é seguinte: “deixar o juiz de ordenar o
relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada”.
GABARITO: ERRADO
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131
questão, por prazo de um a cinco anos.
e) consistirá, dentre outros, em detenção de dez dias a um ano, pagamento
de uma indenização com valor pré-fixado pela legislação vigente e demissão,
a bem do serviço público.
Comentários
De acordo com o art. 6º, §1º da Lei do Abuso de Autoridade, a
sanção administrativa consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 5 a 180 dias, com perda
dos vencimentos e vantagens;
d) destituição de funções
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
GABARITO: C
Comentários
Quanto à qualidade de Carlos como autoridade, devemos relembrar o
art. 2º, segundo o qual reputa-se agente público, para os efeitos desta
lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Além
disso, você já sabe que entre as sanções Administrativas do art. 6º está
prevista a advertência.
102 de
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GABARITO: B
Comentários
Nosso erro está o item I. A realidade a regra é a seguinte: Quando o
abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória,
de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar
no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
GABARITO: D
103 de
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Comentários
Nos termos do art. 13, apresentada ao Ministério Público a
representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas,
denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade,
e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência
de instrução e julgamento.
GABARITO: B
Comentários
Entre as sanções administrativas previstas no art. 6º temos a
suspensão do cargo, mas essa se dá de 5 a 180 dias, com perda de
vencimentos e vantagens.
GABARITO: D
Comentários
É verdade. O STJ já entendeu que é possível propor a transação
penal no crime de abuso de autoridade, pois a Lei n. 10.259/2001
não exclui da competência do Juizado Especial Criminal os crimes que
possuam rito especial.
GABARITO: CERTO
104 de
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Comentários
O abuso de autoridade sujeita o seu autor a sanções civis, penais e
administrativas. Dentre as sanções penais cominadas consta a detenção
de 10 dias a 6 meses. Por isso podemos dizer que se trata de uma
infração penal de menor potencial ofensivo, pois sua pena máxima
cominada não é superior a 2 anos, e, portanto, podem ser aplicadas as
medidas despenalizadoras previstas na Lei no 9.099/1995.
GABARITO: CERTO
Comentários
Esta é uma das condutas previstas na lei, e consta no art. 3o, “j”.
GABARITO: CERTO
Comentários
Exato! Perceba que a perda do cargo aí é sanção de natureza penal,
mesmo, e não administrativa. Cuidado para não se confundir hein!?
GABARITO: CERTO
105 de
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e) abuso - policial - civil - militar - autônoma – acessória
Comentários
Vamos relembrar a redação do § 5o?
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de
um a cinco anos.
GABARITO: E
Comentários
Perfeito! A aplicação da lei do abuso de autoridade não depende de o
vínculo ser efetivo e nem de que o agente público receba remuneração.
GABARITO: CERTO
Comentários
O erro da alternativa A está em afirmar que existem crimes culposos na
Lei do Abuso de Autoridade.
A alternativa B está incorreta porque afirma que autoridade é quem exerce a
função pública de forma remunerada. Na realidade, esse exercício não precisa
ser remunerado para que a figura da autoridade esteja configurada.
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A alternativa C está errada, pois a circunstância de o autor ser autoridade é
elementar do crime e, portanto, pode ser transmitida ao coautor ou partícipe.
A alternativa D está correta, mas na época gerou muita polêmica, pois a Lei do
Abuso de Autoridade não trata diretamente da ordem manifestamente ilegal. De
toda forma, a banca não alterou o gabarito.
Quanto à alternativa E, na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de
autoridade era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal Militar
ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da Justiça Militar.
GABARITO: D
Comentários
A expressão “qualquer atentado” pode nos deixar na dúvida, mas
vamos relembrar o teor do art. 3° da Lei n° 4.898/1965:
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
GABARITO: CERTO
Comentários
Na época que foi aplicada a questão, o crime de abuso de autoridade
era considerado de competência da Justiça comum, havendo inclusive
súmula do STJ nesse sentido. No entanto, com a mudança no Código Penal
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Militar ocorrida em 2017, esses crimes passaram a ser competência da
Justiça Militar.
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GABARITO: ERRADO (Na época da aplicação da questão)
Comentários
De acordo com o art. 5º, considera-se autoridade quem exerce cargo,
emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que
transitoriamente e sem remuneração.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Neste caso não podemos dizer que houve tortura, pois não houve dolo
e nem sofrimento. Na realidade o caso trazido pela questão é de crime de
maus tratos, tipificado no art. 136 do Código Penal.
GABARITO: ERRADO
Comentários
Opa! Olha a pegadinha!!! Na realidade a interdição deve perdurar pelo
dobro do prazo da pena, e não pelo triplo!
GABARITO: ERRADO
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a) ininterruptamente, por período superior a 24 h.
b) em concurso de pessoas
c) por motivos políticos.
d) contra mulher
e) por agente público.
Comentários
Aumenta-se a pena de um sexto até um terço nas seguintes
circunstâncias: I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,
adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
GABARITO: E
Comentários
A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada, nos termos do art. 1o, §5o da Lei no 9.455/1997.
GABARITO: CERTO
Comentários
Para responder corretamente a questão você precisa conhecer o conteúdo
do §1o do art. 1o da Lei de Tortura: “Na mesma pena incorre quem
submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico
ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante
de medida legal”. Esta questão é muito polêmica por dizer que não houve violência ou
grave ameaça, o que, na minha opinião, é um erro da banca, mas o gabarito foi
mantido na época.
110 de
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GABARITO: CERTO
Comentários
A palavra “prescindível” significa “dispensável”. A assertiva, portanto,
está dizendo que não é necessário que o crime de tortura deixe vestígios
de ordem física. Nada impede que a prova do crime seja produzida de
outras maneiras.
GABARITO: CERTO
Comentários
Esta é a letra da Constituição Federal, em seu art. 5º, XLIII. O STF já
decidiu que o indulto também não é aplicável no caso de crime de tortura.
Lembre-se também de que o crime de tortura não é imprescritível!
GABARITO: CERTO
Comentários
Esta é a Tortura-Castigo. Lembre-se de que esta modalidade é crime
próprio, pois somente pode ser praticado por quem tenha o dever de
guarda ou exerça poder ou autoridade sobre a vítima. Ao mesmo tempo
exige-se também uma condição especial do sujeito passivo, que precisa
estar sob a autoridade do torturador.
GABARITO: CERTO
Comentários
O crime de tortura exige um elemento subjetivo específico: “obter
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa”;
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“provocar ação ou omissão de natureza criminosa”; “por motivo de
discriminação racial ou religiosa”. O agente que inflige sofrimento em
outra pessoa por sadismo não comete crime de tortura, mas sim de lesão
corporal ou, a depender do caso, de homicídio tentado.
GABARITO: ERRADO
Comentários
A perda do cargo, emprego ou função pública é efeito extrapenal
administrativo da condenação, e não precisa ser declarado pelo juiz.
GABARITO: CERTO
Comentários
O crime de tortura conta com uma modalidade omissiva, prevista no §2°
do art. 1°. Entretanto, apenas é criminalizada a omissão daquele que
tinha o dever de agir para evitar ou apurar a ocorrência de atos de tortura.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las
ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
GABARITO: ERRADO
Comentários
O art. 2° da Lei da Tortura determina que ela se aplica ainda quando o
crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima
brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
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GABARITO: ERRADO
Comentários
Já deu para perceber quais são os assuntos preferidos do Cespe no que
se refere à Lei de Tortura, não é mesmo? A assertiva está correta em
função do teor do
§7° do art. 1°. Lembre-se da exceção!
GABARITO: CERTO
Comentários
A conduta do §1° do art. 1° é a única que não exige dolo específico por
parte do agente do crime de tortura.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.
GABARITO: CERTO
QUESTÃO 120 - PC-PE - Agente de Polícia – 2016 – Cespe.
Rui e Jair são policiais militares e realizam constantemente abordagens de
adolescentes e homens jovens nos espaços públicos, para verificação de
ocorrências de situações de uso e tráfico de drogas e de porte de armas. Em uma das
abordagens realizadas, eles encontraram José, conhecido por efetuar pequenos
furtos, e, durante a abordagem, verificaram que José portava um celular caro.
Jair começou a questionar a quem pertencia o celular e, à medida que José negava
que o celular lhe pertencia, alegando não saber como havia ido parar em sua
mochila, começou a receber empurrões do policial e, persistindo na negativa, foi
derrubado no chão e começou a ser pisoteado, tendo a arma de Rui direcionada
para si. Como não respondeu de forma alguma a quem pertencia o celular,
José foi colocado na viatura depois de apanhar bastante, e os policiais ficaram
rodando por horas com ele, com o intuito de descobrirem a origem do celular,
mantendo-o preso na viatura durante toda uma noite, somente levando-o para
a delegacia no dia seguinte.
Nessa situação hipotética, à luz das leis que tratam dos crimes de tortura e de abuso
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de autoridade e dos crimes hediondos,
a) os policiais cometeram o crime de tortura, que, no caso, absorveu o crime
de lesão corporal.
b) os policiais cometeram somente crime de abuso de autoridade e lesão
corporal.
c) o fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de diminuição
de pena.
d) os policiais cometeram o tipo penal denominado tortura-castigo.
e) caso venham a ser presos cautelarmente, Rui e Jair poderão ser soltos
mediante o pagamento de fiança.
Comentários
Diante da situação descrita na questão, os policiais militares cometeram o
crime de tortura-prova. Como se trata de um crime mais específico, a
tortura absorve a lesão corporal e nossa reposta, portanto, é a alternativa
A. O fato de Rui e Jair serem policiais militares configura causa de
aumento de pena, e não de diminuição. Diante de uma eventual prisão
cautelar, Rui e Jair não podem ser soltos mediante o pagamento de
fiança. O crime de tortura é inafiançável!
GABARITO: A
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