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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CAPANEMA
FACULDADE DE HISTÓRIA

DEBORA WALLENA DE OLIVEIRA SOUZA

“DIREITO HUMANOS” NOS LIVROS DIDÁTICOS: a abordagem do


tema e reflexão acerca das metodologias e práticas de docência no
ensino fundamental do município de Capanema/PA

CAPANEMA, PA
2020
DEBORA WALLENA DE OLIVEIRA SOUZA

“DIREITO HUMANOS” NOS LIVROS DIDÁTICOS: a abordagem do


tema e reflexão acerca das metodologias e práticas de docência no
ensino fundamental do município de Capanema/PA

Pré-projeto de pesquisa apresentado à faculdade


de História da Universidade Federal do Pará –
campus Capanema, e ao Prof.º João Victor da
Silva Furtado como requisito para nota parcial da
disciplina de Metodologia da Pesquisa em História.
Orientador: Prof.ª Drª. Maria Roseane Pinto

CAPANEMA, PA
2020
Tema: “Direito Humanos” nos livros didáticos: a abordagem do tema e reflexão
acerca das metodologias e práticas de docência no ensino fundamental do município
de Capanema/PA.

INTRODUÇÃO

Uma ideia inicial de direitos humanos começou a surgir na Europa do século


XVIII e seus debates foram se ampliando até a promulgação da Declaração
Universal dos Direitos Humanos em 1948, após duas guerras mundiais gerarem um
impacto negativo nas vidas de muitos países. No entanto oficializar tais conceitos
não asseguram que os mesmos sejam praticados com eficácia na sociedade, e
promover um sentimento de empatia deve ser posto em voga no processo de ensino
aprendizagem especialmente quando se trata do tema aqui pesquisado.
O livro didático é o material mais utilizado e acessível nas escolas brasileiras,
além de um guia do currículo educacional, pode vir a ser uma ferramenta proveitosa
para a construção do ensino de história, pois pode induzir a prática da leitura e
interpretação de textos. Estas habilidades, dentre outras, podem auxiliar a vida
cotidiana dos alunos em outros meios sociais, ajudando-os a interpretar e perceber o
mundo que os rodeiam, sendo o ponto de partida para formação de cidadãos com
um pensamento crítico e reflexivo.
No entanto este recurso exige do professor de história uma análise apurada,
haja vista que na maioria das vezes os conteúdos apresentados não correspondem
com a realidade de algumas regiões, especialmente no que tange ao tema Direitos
Humanos. Isto impõe uma adaptação da metodologia a ser implantada em sala de
aula, pois as concepções morais se transformam e se se expandem nas mais
variadas dimensões culturais e temporais.

PROBLEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

OBJETIVO GERAL
 Avaliar a abordagem do conteúdo “Direitos Humanos” nos livros didáticos do
município de Capanema/PA

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Mensurar, analisar e comparar em diferentes contextos históricos como era a


abordagem do tema,
 Analisar a forma que se expõe o mesmo atualmente, e se está de acordo com
as demandas atuais da educação
 Buscar metodologias mais favoráveis para a utilização de livros e textos
didáticos no ensino fundamental do município.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A emancipação dos direitos humanos é um processo que ainda se encontra


em evolução, e para a melhor compreensão deste tema não é indicado mencioná-lo
como um conjunto de princípios imutáveis, haja vista que uma série de direitos e
demandas vão surgindo através do tempo.
Para Lyn Hunt, deve-se considerar a predisposição biológica e a dinâmica
social para empatia para o desenvolvimento e expansão dos direitos humanos:

Normalmente, todo mundo aprende a sentir empatia desde uma tenra idade.
Embora a biologia propicie uma predisposição essencial, cada cultura
modela a expressão de empatia a seu modo. A empatia só se desenvolve
por meio da interação social: portanto, as formas dessa interação
configuram a empatia de maneiras importantes. (HUNT, 2009)

Pode-se dizer que a coletividade proporciona a existência do homem


autônomo e do mesmo em sociedade, um ser individual e porém semelhante que
precisa ser reconhecido em seu meio. Para tal efeito os alunos devem compreender
que os direitos e obrigações estão vinculadas ao seu cotidiano, e tais conceitos
devem ser apresentados de uma forma a conectar o mesmo à uma consciência.
Para Paulo Freire (1970), a consciência crítica é capaz de focalizar o sujeito na
realidade, buscando compreendê-la, seguindo em direção ao o outro e assim
criando um diálogo que resulta o saber:
Os homens, desafiados pela dramaticidade da hora atual, se propõem a si
mesmos como problema. Descobrem que sabem pouco de si (...) e se
fazem problema eles mesmos. Indagam. Respondem, e suas respostas os
levam a novas perguntas” (apud SCHMIDT, GARCIA, 2005)

É indispensável então a construção de um aprendizado que venham a


propiciar ao aluno utilizar a história de uma maneira prática em sua vida cotidiana, e
não como uma verdade única e imutável. Jörn Rüsen (2011) afirma que:

O aprendizado histórico é um processo mental de construção de sentido


sobre a experiência do tempo através da narrativa histórica, na qual as
competências para tal narrativa surgem e se desenvolvem. Construir sentido
é narrar o passado dando a ele através dos recursos da linguagem uma
forma interna e coerente de explicação para as intenções do agir humano
no tempo. (PINA, 2015)

Para o auxílio do professor de história o item mais utilizado e mais


acessível na educação, o livro didático, não deve ser desconsiderado e deve ser
inserido no leque de recursos disponíveis para a construção do saber. Apesar deste
objeto ser assunto de grande discussão no meio acadêmico, vale ressaltar que uso
do mesmo é de grande contribuição para a prática de leitura em sala de aula, porém
não escapam da função de sistematizar o ensino, para Bittencourt (2008)

O livro didático é também um depositário de conteúdos escolares, suporte


básico e sistematizador privilegiado dos conteúdos elencados pelas
propostas curriculares; é por seu intermédio que são passados os
conhecimentos e técnicas considerados fundamentais de uma determinada
época. O livro didático realiza uma transposição do saber acadêmico para o
saber escolar no processo de explicitação curricular.

HIPÓTESES

FONTES E METODOLOGIA

As fontes a serem utilizadas serão livros didáticos utilizados atualmente no


município e livro didáticos utilizados por outras gerações, presentes na biblioteca
municipal.
CRONOGRAMA

Meses
Atividades

02/20

03/20

04/20

05/20

06/20

07/20

08/20

09/20

10/20

11/20

12/20

01/21

02/21

03/21
Entrega do pré-
X
projeto
Visitas a
comunidade e X X X X X X X
entrevistas
Leituras
pertinentes a X X X X X X X X X X
temática
Redação e
X X X X X
dissertação
Defesa do TCC X
REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Livro didático e conhecimento histórico:


uma história do saber. Ano1993. Disponível:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-28062019
175122/publico/1993_CirceMariaFernandesBiiencourt.pdf>. Acesso em 22 de janeiro
de 2020.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Livro didático e saber escolar (1810-


1910). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008a.

GROSSO, Carlos Eduardo Millen. Resenha: a invenção dos direitos humanos.


Revista Internacional Interdisciplinar. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2010v7n2p343

HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.

LIMA, Carolina Arantes Neuber. Lynn Hunt e a invenção dos direitos humanos.
Disponível em: https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/35732/lynn-
hunt-e-a-invencao-dos-direitos-humanos.

PINA, Max Lanio Martins. O ensino de história na perspectiva de Jörn Rüsen.


2015. Disponível em: https://docplayer.com.br/43736071-O-ensino-de-historia-na-
perspectiva-de-jorn-rusen.html

ROCHA, Helenice Aparecida Bastos, REZNIK, Luís, MAGALHÃES, Marcelo de


Souza (orgs.). A história na escola: autores, livros e leituras. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2009.

SCHMIDT, M.A. M. S.; GARCIA, T. M. F. B. A formação da consciência histórica


de alunos e professores e o cotidiano em aulas de história. Cad. Cedes,
Campinas, vol. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez. 2005. Disponível em
<http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em 21 de janeiro de 2020.

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