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4G/700 MHz
Divergências sobre
X X
ANOVEMB
I
RO
º 13
II - N 2013
8
a regulamentação
NO
www.set.org.br
00138
ISSN 1980-2331
9 771980 233009
Nº 138
novembro 2013
Em breve
mais detalhes,
fique atento!
Congresso:
24 a 27 de Agosto de 2014
Feira: 25 a 27 de Agosto de 2014
www.set.org.br
editorial
Uma grande honra
Revista da SET
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE TELEVISÃO Fernando Bittencourt é o tipo de profissional de broadcast que tem o respeito
do mercado internacional. O engenheiro é membro atuante e ex-presidente
da SET, diretor geral de engenharia da Rede Globo, e um dos principais
Diretoria Editorial
Valderez de Almeida Donzelli participantes do processo científico que levou a adoção do padrão ISDB-T no
valderez@set.org.br Brasil e sua expansão ao redor do mundo.
Vice-diretor Editorial Por conta destes, e outros trabalhos, o governo japonês decidiu atribuir à
Valdecir Becker
Bittencourt uma das maiores honrarias destinadas a estrangeiros: a Ordem do
Comitê Editorial Sol Nascente (Order of the Rising Sun, Gold Rays with Neck Riboon). Entregue
Almir Almas
Francisco Sergio pelo ministro dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão, a honraria é
José Olairson o reconhecimento pelos inúmeros trabalhos que tornaram mais próximos o
Rodrigo Arnout
Tom Jones Japão do Brasil em termos de tecnologia broadcast.
Gerente de Mídias e Patrocínios
Com este reconhecimento, Bittencourt se tornou o primeiro latino-americano
Paulo Galante a receber a Order of Rising Sun na área de TI. Aproveitando o momento de
paulo.galante@set.org.br
Tel.: +55 11 9 9595-7791 destaque, a Revista da SET realizou uma entrevista com o engenheiro chefe
Tel.: +55 11 3805-9004 ramal 22 da Rede Globo onde ele partilha sua visão sobre o futuro do broadcast, as
novas tecnologias de ultra definição e sua polêmica visão sobre o Switch-Off
Realização
que ilustra a capa desta revista.
Outro destaque desta revista é a assinatura do decreto de migração das rádio AM
Av. Nova Cantareira, 1984 - sala 102 para FM. De acordo com o documento assinado pela presidente Dilma, as mais de
Edifício Brasília Business Center 1800 emissoras que operam nas frequências destinadas ao AM terão um ano para
CEP 02330-003 | Tucuruvi | São Paulo/SP
Tel.: 55 11 3589-7003 e 3805-9004 fazer a mudança, mas poderão operar em ambas as faixas por cinco anos.
Diretor Comercial
Mas o que as emissoras pensam disso? E quais são os desafios para realizar
Paulo Galante esta migração que as emissoras enfrentarão? É economicamente viável? Tentamos
paulo.galante@set.org.br
abordar esta e outras questões em nossa cobertura sobre o acontecido.
Gerente Administrativo Financeiro
Ana Paula Abrucio
ap.abrucio@set.org.br Fomento bem vindo
Redação
Em uma reportagem que realizamos na edição número 130 da Revista da SET
Fernando Moura (Editor) sobre a lei 12.485, que estimula a veiculação de conteúdo produzido Brasil na TV
fernando.moura@set.org.br
Flávio Bonanome Paga, entrevistamos Roberto D’Avila, proprietário da produtora paulista Moonshot.
flavio.bonanome@set.org.br Na entrevista, o produtor afirmou que “os mecanismos de financiamento não
Editor de Arte estão 100% definidos” e que “os canais continuam com a mesma verba para
Milton Oliveira
milton.oliveira@set.org.br
produção de dramaturgia e precisam fazer mais agora. Enquanto os mecanismos
financeiros não estiverem definidos, será uma fase um pouco complicada”.
Revisor Técnico
Tom Jones Mais de nove meses depois finalmente parece vir a resposta direto do setor
governamental. Em novembro o governo de São Paulo veio a público anunciar
Impressão
Silvamarts a criação da empresa pública SPCine, cujo principal trabalho é dar incentivo a
Foto de Capa
produção audiovisual na maior cidade do Brasil.
Redação
Conhecimento em qualquer lugar
Por fim, esta edição traz também a cobertura das duas últimas edições dos
SET Regionais de 2013. Com a primeira realizada em Brasília e a segunda em
Manaus, estas edições são as que trazem maior carga de “exoticidade” ao
ciclo de eventos realizado anualmente pela associação.
SET - Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão Em Brasília a diferenciação ocorre pela proximidade com o poder. Estando todos
Rio de Janeiro/RJ
Rua Jardim Botânico,700 – Sala 306 – Cep. 22461-000
os órgãos regulamentadores e governamentais na cidade, é de se esperar que o
Tel.: + 55 (21) 2512-8747 – Fax + 55 (21) 2294-2791 evento adquira um caráter mais político e que muitas discussões polêmicas tomem
São Paulo/SP - Cep. 01156-001
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 252 – Cj. 11
conta da bancada. E a edição 2013 foi isso e muito mais, principalmente em um
Tels: +55 (11) 3666 9604 momento que se discute a questão dos 700 MHz e a legislação de Loudness.
www.set.org.br - set@set.org.br
Já Manaus coloca em choque o conceito do próprio evento. Criado para levar
A REVISTA DA SET (ISSN 1980-2331) é uma publicação da conhecimento para os grandes centros distantes do eixo Rio-São Paulo, os Regionais
Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão- SET –
dirigida aos profissionais que trabalham em redes comerciais,
se deparam com um paradoxo na Região Norte, pois é na Amazônia que ocorre
educativas e públicas de rádio e televisão, estúdios de o evento mais distante do supracitado eixo, mas também é o lugar que abriga
gravação, universidades, produtoras de vídeo, escolas
técnicas, centros de pesquisas e agências de publicidade.
grande parte das instalações fabris de alta tecnologia do país, apresentando desta
A REVISTA DA SET é distribuída gratuitamente. forma um público ao mesmo tempo ávido mas extremamente bem informado.
Os artigos técnicos e de opinião assinados nesta
edição não traduzem necessariamente
a visão da SET, sendo responsabilidade dos autores. Boa Leitura
Sua publicação obedece ao propósito de estimular
o intercâmbio da engenharia e de refletir diversas
Olímpio José Franco
tendências do pensamento contemporâneo da
6Engenharia
Revista da SET | setembro
Presidente da SET
de Televisão brasileira e mundial.
sumário
Notícias
8. Unotel: Novo operador de TV
por Assinatura no País
9. ISDB-T: Filipinas adota sistema
nipo-brasileiro de TV Digital
10. BNDES estima maiores investimentos
no Brasil para o período de 2014-2017
12. Anatel publica regulamento para
26
destinação da faixa de 700 MHz
22. A TV Canção Nova atualiza a sua
infraestrutura broadcast
44
22. A base de assinantes de TV paga
cresceu 13,03%
24. TVs comunitárias com dificuldades
para criar o Canal da Cidadania
Reportagens
26. Dilma assina decreto de migração de
rádio AM para FM
32. SET Regional: Nos extremos da
rádiodifusão
44. IBC 2013 Parte II: 4K vs 8K? Serão eles
os formatos de produção do futuro
54. SPCine nasce em SP
64
64. RPC TV no caminho da TV Digital
70. Fernando Bittencourt é condecorado pelo
Império japonês
76. Amazonas 4A a ponto de entrar
em operação
Artigos
78. Sistema de IPTV com middleware
brasileiro
82. NAB Proceedings
Diretoria
98. Décima segunda diretoria
SET - BIÊNIO:2012-2014
unotel
Novo operador de TV
por assinatura no País
A Unotel lançou uma plataforma que permitirá que centenas
de ISPs regionais possam oferecer serviço triple play de alta
qualidade. O serviço conta com um exclusivo set-top-box hibrido
que permitirá aos assinantes ter IPTV, satélite e TV Digital no
mesmo dispositivo. Por Fernando Moura
A
Unotel Telecom, Media Ne- regionalizados ao consumidor final”.
© Foto: Divulgação
A
adoção foi anuncia- optaram pelo ISDB-T, além
da pela Comissão de Brasil e Japão.
Nacional de Tele- O padrão nipo-brasi-
comunicações das leiro proporciona maior
Filipinas, após uma reunião qualidade da imagem
pública realizada em Mani- e do som, possibilita a
la, capital do país no fim interatividade com o te-
de outubro de 2013. Há lespectador e acesso
dois anos, com a aprova- por dispositivos móveis,
ção oficial da tecnologia, a como celulares, tablets
Comissão recebeu orienta- e aparelhos GPS. Outra
ção para examinar a possibi- vantagem do sistema é que
lidade de usar DVB-T2, mas o sistema europeu foi o Brasil e o Japão oferecem oferta de capacitação
novamente rejeitado. tecnológica e transferência de tecnologia aos países
Até o final de novembro, a Comissão emitirá uma que optam pelo sistema.
circular formal sobre a adoção. Com isso, o ISDB-T
já é utilizado por 15 países. Uruguai, Argentina, Para- Fernando Moura
guai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Revista da SET
Rica, Botsuana, Guatemala e Honduras também já fernando.moura@set.org.br
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notícias
investimentos em perspectiva
Maiores investimentos
no Brasil
O estudo Perspectivas do Investimento para o período 2014-2017,
elaborado pela Área de Pesquisa Econômica do BNDES estima
que sejam investidos 125 bilhões no setor de telecomunicações no
País nesse período. Por Fernando Moura
O
levantamento mostra que, no período ana-
© Foto: Ilustrativa
lisado, os investimentos na economia bra-
sileira deverão atingir R$ 3,982 bilhões.
Diante os investimentos em perspectiva,
espera-se um crescimento real de 26% em compa-
ração ao quadriênio 2009-2012, equivalente a uma
taxa anualizada de 4,7%. Os investimentos na eco-
nomia de 2009 a 2012 foram aproximadamente R$
3,15 trilhões.
O levantamento baseia-se em 17 setores mapea-
dos, que cobrem 58% dos investimentos na econo-
mia e em projeções econométricas e de especialistas
para os demais setores da economia, responsáveis
por 42% do total da formação bruta de capital fixo.
De acordo com o economista-chefe do BNDES, Fer-
nando Pimentel Puga, após queda na participação
do Produto Interno Bruto (PIB) de 19,1% para 18,1%
entre 2011 e 2012, influenciada pela crise financeira
mundial, a trajetória de alta da taxa de investimento ção de espectro da TV analógica para banda larga”.
está sendo retomada. Para os investigadores do BNDES, “o ritmo da
“Estamos vendo um desempenho muito bom nes- substituição de tecnologias (ex: 3G para 4G) depen-
ses nove meses do ano - 18,9% [do investimento]. de em parte da amortização/ rentabilidade dos inves-
Neste ano, já teremos um crescimento duas a três timentos feitos no período anterior. Nesse sentido, o
vezes maior que o do PIB”, comentou, ao defender papel regulatório da ANATEL contínua fundamental
que o cenário internacional será mais benigno e o para acelerar/frear investimentos”.
crédito privado será retomado nos próximos anos. Assim, informa que de forma análoga, a pressão
Segundo o estudo do BNDES, na área de tele- realizada por Minicom/Anatel nas operadoras para
comunicações será realizado um investimento apro- melhoria dos serviços também contribui para o au-
ximado de 125 bilhões de reais, que “deverão ser mento dos investimentos no curto/médio prazo. “Há
guiados para o aumento da capacidade de transmis- que se considerar, ainda, que o limite da capacidade
são de dados e, em segundo plano, para o aumento de financiamento dessa expansão por parte das ope-
da cobertura de rede, em grande parte determinados radoras pode representar um entrave à expansão do
pelo crescimento de tráfego derivado de dispositivos nível de investimentos do setor”.
móveis em tecnologia 3G/4G”.
O estud o destaca, ainda, as inversões que serão re-
alizadas por força dos leilões de 4G – nas faixas de 2,5 Fernando Moura
GHz (já realizado) e 700 MHz (a realizar) -, com “possível Revista da SET
ampliação do nível de investimentos a partir da libera- fernando.moura@set.org.br
COMUNICADO
A SET informa que acompanhou todas as reuniões técnicas realizadas pela Anatel e acompanhadas
pelo Ministério das Comunicações e que as contribuições do Ministério à Consulta Pública nº 35, refer-
ente à Região Metropolitana de São Paulo e à área de Campinas, corresponderam à melhor forma de
gestão do espectro da região, conforme verificado e corroborado pelos consultores da SET.
Com a redução do número de canais disponíveis para Televisão, decorrente da decisão do Ministério
das Comunicações e da Anatel de destinar 18 canais de TV para atender às metas do Plano Nacional de
Banda Larga - PNBL (oficializada na Portaria nº 14/2013), as estações da Região Metropolitana de São
Paulo tiveram que ocupar todos os canais que restaram da faixa de UHF, do 14 ao 51, e ainda houve
necessidade de lançar mão de 2 canais da faixa de VHF. O resultado dessa situação é que todas as es-
tações passarão a operar com outras estações em canais adjacentes, vizinhos aos seus.
A operação em canais adjacentes resulta em interferências sempre que as estações estão instaladas em
municípios diferentes, embora próximos.
A SET havia alertado o Ministério das Comunicações e a Anatel, reiteradas vezes, sobre as dificuldades
que a redução de faixa traria ao planejamento de TV digital, principalmente nas áreas com maior
concentração de estações.
A situação ideal de convivência de estações de municípios diferentes seria a não utilização de canais
vizinhos, deixando-se um canal sem uso entre cada par dessas estações, o que talvez fosse possível com
o espectro disponível anteriormente, mas é totalmente inviável com 18 canais a menos no espectro.
Concluindo, informamos que, em face da situação hoje existente, a SET considera totalmente perti-
nentes as contribuições do Ministério das Comunicações à referida consulta pública, inclusive quanto
à necessidade de ajuste de potências de algumas estações.
www.set.org.br
notícias
4G/700 MHz
O
regulamento publicado na quarta-feira, 13 de mentação de soluções adequadas à realidade brasilei-
novembro de 2013, no Diário Oficial da União ra, tendo em vista as dimensões geográficas do país”.
(Resolução nº 625/2013) afirma que esta Segundo ela, a nova destinação da faixa para os
“contribuirá para a ampliação da cobertura serviços de telecomunicações entrará em vigor com
dos serviços de telecomunicações e a promoção das a publicação do edital de licitação dessa faixa, que
políticas públicas estabelecidas para inclusão digital, por sua vez está condicionada à publicação de re-
especialmente na subfaixa de 700 MHz, a qual possui gulamento contra interferências, após o término dos
características de propagação que favorecem a imple- testes realizados pela Anatel. Os objetivos dos tes-
Com pouca ou muita luz, a sua produção vai dar show com a nova PMW-300.
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Sony é uma marca comercial registrada da Sony Corporation. Todos os pesos e as medidas não métricas são aproximados. As imagens visualizadas neste anúncio são simuladas.
Fotos, gráficos e ilustrações podem não corresponder a uma representação fiel da realidade.
notícias
© Foto: Gabriela Korossy/Câm. dos Dep.
Vantagens
Caráter Coordenativo
• Áudio criptografado;
• Custo de transmissão zero; Possibilita:
• Robustez e alcance do sina; • Sugestões de pergunta e
• Mobilidade - tira a necessidade direcionamento da entrevista;
de unidades móveis de • Instruções de corte e tempo falante;
equipamentos. • >> Está no ar >>
ENC 27 - Codificador de Comunicação Externa
Olímpio Franco, presidente da Sociedade Brasileira ções e também convivência, da própria móvel para
de Engenharia de Televisão (SET) disse que “da for- ela mesmo não ser interferida e também não inter-
ma que está, pelo padrão atual, as emissoras vão ferir,” explicou Valente, ao fim da audiência pública.
morrer com ele, não tem canalização prevista para O novo uso dessa frequência vai ocorrer com a tran-
um padrão mais avançado. E a gente sabe que tec- sição da TV analógica para a digital. Atualmente,
nologia expira”. Segundo Anatel, empresas de tele- no Brasil, a faixa de 700 MHz está ocupada pela
fonia vão pagar custos do uso da faixa de 700 MHz. televisão aberta, nos canais mais altos, do 52 a
Na audiência pública realizada na terça-feria, 19 69 em UHF. Com a digitalização, esses canais serão
de novembro na Comissão de Ciência e Tecnologia liberados para a prestação de serviços de teleco-
(CCT), o presidente em exercício da Agência Nacio- municações – telefonia celular, internet e telefonia
nal de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente, fixa. Esse sistema é utilizado em larga escala pelo
garantiu que estão sendo realizados testes para ve- mundo afora, principalmente no Japão, de quem o
rificar possíveis interferências e problemas a ocorrer Brasil vem observando as experiências.
com o funcionamento da banda larga 4G e da tele- Essa faixa de radiodifusão tem características de
visão aberta na faixa dos 700 MHz, e os custos da propagação mais favoráveis, exigindo, por exemplo,
migração e da proteção serão cobertos pelas empre- menos antenas, o que reduz custos. O objetivo é
sas de telecomunicações que vencerem os leilões. aprimorar o serviço de telefonia e permitir a oferta
“Sobre os custos da mudança, hoje estamos apri- da internet banda larga com velocidades bem mais
morando a forma de como calculá-los. Com o re- altas aos municípios mais distantes. Entretanto, em
planejamento, vamos ter exatamente os custos de cerca de mil grandes cidades, a banda larga nessa
quem saiu de onde e para onde. Além disso, [vamos faixa só poderá ser utilizada com o apagamento to-
saber] que custos vamos ter com eventuais mitiga- tal da TV analógica, o que está previsto para 2018.
de Televisão (SET).
Uma solução apontada pelos re-
presentantes das TVs seria a de
a faixa inferior do espectro, os
canais 7 a 13, permanecer para
a TV aberta, para as novas tec-
nologias possíveis com o siste-
ma digital. A possibilidade não
foi descartada pelo presidente
da Anatel.
“Tudo é política pública que tem
que discutir, o Executivo, o Con-
gresso, e definir qual vai ser a
melhor, para que a gente tenha no
Brasil essa possibilidade. Outros
países não se preocuparam muito
Jarbas José Valente, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, porque tem canais sobrando, mas
durante audiência pública sobre a destinação da faixa de 700 MHz, atual- no Brasil talvez seja necessário
mente ocupada pela TV aberta, para serviços de banda larga móvel 4G. pensar numa política para isso”,
disse Jarbas Valente, em entrevis-
Mas dependerá do acesso da população aos equi- ta ao final da audiência.
pamentos adequados.
O leilão só ocorrerá, explicou o responsável da TV aberta
Anatel, com a conclusão dos testes realizados pela Luis Roberto Antonik, diretor-geral da Associação
Agência em parceria com institutos e universidades Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),
brasileiras, com a definição dos procedimentos de afirmou que a migração é um trabalho complicado
mitigação de interferências adequados e do repla- de engenharia e também muito delicado do ponto
nejamento dos canais de televisão, explicou Valen- de vista social. Ele pediu que o Executivo e a Anatel
te. No dia 9 de dezembro, por exemplo, eles serão garantam a manutenção do serviço de TV aberta,
realizados em Pirenópolis (GO) e, em 2014, em San- que é livre e gratuito, a cobertura dos custos de rea-
ta Rita do Sapucaí (MG), disse ainda. dequação e, principalmente, o acesso da população
mais carente ao serviço digital. Para isso, serão ne-
As possíveis consequências cessários antenas e receptores domésticos, o cha-
Dois dos principais problemas apontados pelos re- mado “set top box”, talvez até mesmo subsidiados
presentantes das televisões do Brasil na audiência pelo governo.
dizem respeito ao custo da transferência – em mui- “Estimamos que existam no Brasil 110 milhões de
tos casos o canal precisará mudar de número – e da receptores domésticos de TV e apenas 30 milhões
mitigação das interferências. Eles temem que outros têm capacidade de recepção digital”, frisou.
gastos não previstos no edital sobrecarreguem as A secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica
TVs posteriormente. do Ministério das Comunicações, Patrícia Ávila, afir-
Assim, durante a audiência pública, o temor pela li- mou que a Pasta está atenta a essas limitações e ga-
mitação do crescimento da TV aberta surgiu. Segun- rantiu que o sinal da TV analógica só será desligado
do os responsáveis das entidades do setor, entre quando a população brasileira inteira tiver condições
elas da SET, com menos banda para dar um salto de recepção do sinal digital. “Para a família de baixa
posterior, as TVs abertas poderiam não conseguir renda, vamos oferecer subsidio”, disse ainda.
ofertar, por exemplo, TV 4K, explicou Fernando Fer- Na presidência da reunião, o senador Lobão Filho
reira, representante da Associação Brasileira de Ra- (PMDB-MA) frisou a necessidade de estudo do tema
diodifusores (ABRA). com profundidade, para que um serviço não inter-
“Da forma que está, pelo padrão atual, as emissoras fira no outro, não inviabilize econômica e financei-
vão morrer com ele, não tem canalização prevista para ramente as emissoras de televisão e possa garantir
um padrão mais avançado. E a gente sabe que tec- um serviço de telefonia e internet mais barata e de
nologia expira,” disse Olímpio Franco, presidente da qualidade aos brasileiros.
TV Canção Nova
A
emissora está atualizando a sua infraestrutura tou uma solução capaz de atender a todas as necessidades
de broadcast com uma gama de soluções da técnicas e operacionais com um único ponto de contato
Grass Valley, incluindo cinco sistemas de master para suporte técnico”, disse em comunicado Mauricio Be-
control e branding Maestro, cinco switchers de lonio, diretor de engenharia e tecnologia da Canção Nova.
roteamento 64x64 Concerto, cinco sistemas de processa- Para Rafael Castillo, vice-presidente sênior na América La-
mento de sinais GeckoFlex, e seis servidores K2 Summit tina e Caribe, da Grass Valley, “o Brasil é um mercado impor-
para fluxos de trabalho otimizados para eventos ao vivo. tante e crescente para nós através da implementação de so-
Localizada em Cachoeira Paulista, no estado de São luções de infraestrutura de broadcast, a TV Canção Nova vai
Paulo, a emissora católica sem fins lucrativos renovou ter a confiança e a tranquilidade necessária para oferecer a
seus equipamentos visando a mudança para o HD. Além cobertura ideal para seus telespectadores em todo o Brasil.”
da instalação na sede principal de Canção Nova em Ca-
choeira Paulista, os equipamentos de infraestrutura de A emissora
broadcast também irão ser instalados nas sedes regio- A TV Canção Nova, emissora católica da Fundação João
nais da organização em Aracaju, Sergipe; Belo Horizon- Paulo II, começou suas atividades em 8 dezembro de
te, Minas Gerais; Pinhais, Paraná; e Florianópolis, San- 1989. Em 1997 formou-se a Rede Canção Nova de Te-
ta Catarina para padronizar as operações técnicas. levisão com a compra da TV Jornal em Aracaju - SE,
“A Grass Valley forneceu uma solução competitiva que gerando a programação para toda a Região Nordeste.
oferece exatamente o que estávamos procurando, em um
sistema interoperável e robusto com um alto nível de con- Redação
fiabilidade. O serviço ao cliente também é muito importante Revista da SET
para nós e a Grass Valley foi a única empresa que apresen- redacao@set.org.br
TV por assinatura
O
s números foram apresentados pela Anatel Multicanal - MMDS) e na faixa de UHF (Serviço Espe-
considerando-se o número médio de 3,2 pes- cial de Televisão por Assinatura - TVA), e ainda por
soas por domicílio divulgado pelo IBGE. Assim, satélite (Serviço de Distribuição de Sinais de Televisão
os serviços de TV por Assinatura são distribu- e de Áudio por Assinatura Via Satélite - DTH).
ídos para aproximadamente 55,7 milhões de brasileiros. Segundo o relatório da Anatel, de cada cem domi-
Os Serviços de TV por Assinatura são prestados cílios, 28,24 possuem serviços de TV por assinatura.
com a utilização de diferentes tecnologias: por meios
físicos confinados (Serviço de TV a Cabo - TVC), me- Redação
diante utilização do espectro radioelétrico em micro- Revista da SET
-ondas (Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto redacao@set.org.br
Canal da Cidadania
N
o fechamento desta edi- Eletrônica do Ministério das Co-
C
TIFIC A D A
www.4s.com.br
reportagem | migração AM
Dilma assina
decreto de migração
de AM para FM
A previsão é que a maior parte – aproximadamente 90% - das
quase 1800 emissoras nacionais que operam na frequência de AM
realize a migração para a faixa FM no prazo máximo de um ano.
Por Fernando Moura
A
ssinado no Dia do Radialista, 7 de novembro de A presidente Dilma assinou o decreto em cerimônia
2013, o decreto atende a um gargalo do setor realizada no Palácio do Planalto. A mandataria disse
que está preocupado com o aumento dos níveis que as rádios AM são um patrimônio do País e que o
de interferência há bastante tempo, segundo afirmaram Estado deve dar as condições para que elas continuem
fontes consultadas pela Revista da SET. prestando serviços.
U
ma das missões recentes da fa-
bricante Grass Valley tem sido
transformar a forma como se tra-
balha com broadcast. Lançando
produtos cada vez mais simplificados e
com grande capacidade de adaptabili-
dade, a marca tem mostrado que é pos-
sível construir um fluxo de trabalho mais amigável
ao profissional. E o GV Stratus é mais uma das provas disso.
Construído para ser uma ferramenta de produção de mídia não-linear, o
Stratus é fruto de uma ampla análise da Grass Valley buscando rompar as barreiras entre usuários, tecnologia e
conteúdo em uma plataforma unificada, adaptável e baseada em software.
O Stratus é a solução perfeita para equipes que buscam criar, processar e acessar a mídia em uma única
ferramenta. O sistema é pensado para um framework de produção colaborativo de forma organizada e com
alta rentabilidade.
Entre as habilidades do produto estão a inclusão de ferramentas para ingest, edição, adição de conteúdo,
registro, transferência e playout. Focada em uma usabilidade simplificada, o Stratus é ágil, atualizável e extre-
mamente adaptável, garantindo a possibilidade de criar novas metodologias de trabalho mais eficientes.
A grande sacada desta adaptabilidade é a interface baseada em desktop do produto. Este formato permite que
cada equipe configure seu ambiente de traba-
lho de acordo com as tarefas que mais usam,
agilizando processos e criando atalhos.
Por fim, o Stratus é baseado na plataforma
K2 com capacidades de compartilhamento de
serviços proxy, EDL, listas de reprodução e
metadados. Possui interface e APIs que permi-
tem total integração com outras plataformas.
Pode não ser que o GV Stratus seja de
fato um novo paradigma na produção au-
diovisual, mas sem sombra de dúvida é um
aprimoramento deste padrão. Um aprimo-
ramento rentável que deve no mínimo ser
levado em consideração.
migração AM
“Ao assinar esse decreto, eu faço justiça a milhares perto da população, é como uma conversa. Assim, no
de radialistas e às rádios AM espalhadas pelo nosso programa veiculado na segunda-feira, 11 de novembro,
imenso território, transmitindo notícias, música e ser- Dilma Rousseff disse que “só devem continuar como
viço para população. (…) As rádios AM são um verda- [emissoras] AM aquelas rádios que têm alcance maior,
deiro patrimônio do Brasil, por isso é importante que chegando a pegar, às vezes, em todo o Estado”.
o Estado crie condições para que continuem prestando A presidenta observou, ainda, que a migração das
serviços e se adaptem às tecnologias do mundo das rádios para a faixa de frequência FM é um “salto tecno-
comunicações”, disse Dilma lógico” e que, ao migrar para a banda FM, as rádios AM
Para ela, “a migração para as faixas FM vai, sem terão a vantagem de poder transmitir sua programação
dúvida, melhorar a qualidade da transmissão e com por meio de celulares e tablets, “o que vai ajudá-las
menos ruído e interferência, as atuais rádios AM vão também a conquistar as novas gerações”.
manter seus ouvintes e até poderão aumentar a audi- Além disso, Dilma lembrou que a mudança de fai-
ência ganhando maior poder de negociação com anun- xa poderá significar “a sobrevivência dessas pequenas
ciantes. Essa mudança vai propiciar melhores condições rádios que estão em todo o nosso país” já que várias
técnicas para que façam transmissão da programação delas sofrem interferências com o funcionamento de
para celulares, tablets, via internet”, disse. aparelhos celulares, eletrodomésticos e carros. Agora,
A presidenta relembrou ainda na ceremônia progra- segundo a presidenta, está colocado o desafio para o
mas da Rádio Nacional que ouvia na infância, de vozes governo de criar condições para a transição.
e artistas que fizeram sucesso no veículo de comuni- Na ceremômia, a Associação Brasileira de Emissoras
cação. “Sou fã de rádio. Cresci ouvindo radionovelas e de Rádio e Televisão (Abert) afirmou que estima que
por muito tempo testemunhei como o rádio foi o eixo 90% das 1.772 emissoras AM passem a operar na faixa
da integração da cultura e da identidade nacional.” FM. “Nessa frequência, as rádios ganharão qualidade
Segundo ela, seu programa semanal na Rádio Na- de áudio e de conteúdo, competitividade e alcance por
cional, o Café com a Presidenta, permite chegar mais meio de telefones celulares”, informou a associação.
UX-AR Touchscreen
w/ Joysticks & SmartShell Control Software
Software (cameras / lens not included)
www.rossvideo.com/ar
migração AM
Segundo o presidente da Abert, Daniel Slavieiro, “a as- na localidade, serão usadas as frequências ocupadas
sinatura do decreto é o fato mais relevante para a rádio atualmente pelos canais 5 e 6 de televisão, após fina-
AM nos últimos 50 anos”. Segundo ele, o custo da lizado o processo de digitalização da televisão”, disse.
migração para as rádios, na compra de equipamentos, Após a regulamentação, explica um comunicado do
será de aproximadamente R$ 100 milhões. MiniCom, “as emissoras terão prazo máximo de um
Slavieiro explicou por que migrar para a faixa FM ano para solicitar a mudança da frequência de AM
em vez de partir direto para a rádio digital. “Por muito para FM. Para fazer a alteração de faixa, os radiodi-
tempo acreditamos que a solução seria a digitalização, fusores deverão pagar a diferença entre o valor das
mas os testes demonstraram que as dificuldades no AM outorgas AM e FM. Além disso, deverão ter gastos com
digital são similares às no analógico”, disse, acrescen- novos equipamentos”.
tando ainda a importância da presença nos dispositivos Assim, segundo o comunicado, ao receber os pedi-
móveis, cada vez mais populares entre a população. dos de migração, o Ministério das Comunicações e a
“Somente transmitindo na faixa de FM seremos sinto- Anatel vão avaliar, caso a caso, a disponibilidade de
nizados pelos mais de 160 milhões de aparelhos celu- espaço no espectro, de acordo com o plano básico de
lares que têm rádio, sem custo algum para o usuário. distribuição dos canais. Depois da autorização do Mi-
Essa é a importância da medida”. nistério das Comunicações, essas emissoras poderão
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse continuar operando nas duas faixas por um período de
que os interessados na migração poderão protocolar cinco anos, até a migração definitiva.
requerimento no ministério a partir de 1º de janeiro de Nas localidades onde não houver espaço, essas
2014. Quem quiser se manter na AM poderá manifestar emissoras terão de aguardar a liberação que vai ocorrer
interesse em ampliar a cobertura nessa faixa. “Para a com a digitalização da TV no país.
migração, a Anatel [Agência Nacional de Telecomunica-
ções] fará estudos de viabilidade técnica com vistas a
verificar se a inclusão de um novo canal é possível”, Com Agência Brasil, MiniCom, Portal Brasil.
explicou o ministro.
Segundo Bernardo, durante um certo tempo será
permitido que as rádios transmitam em AM e FM para Fernando Moura
que haja a migração da audiência “sem sobressaltos”. Redação: Revista da SET
fernando.moura@set.org.br
“Na hipótese de não haver canal de rádio FM disponível
Nos extremos da
rádiodifusão
Finalizando o ciclo de eventos regionais da SET, o SET Centro-Oeste
e o SET Norte trouxeram ambientes bem diferentes. O primeiro por
ser o mais próximo do poder, o que atrai sua boa leva de assuntos
políticos e polêmicos, e o segundo sendo o ponto mais afastado do
eixo econômico central do país, mas com um dos mais altos
índices de evolução tecnológica. Da Redação
A
té por uma óbvia questão geográfica, é comum
© Foto: Redação
que eventos que busquem propagar e debater
conhecimento com caráter regional sempre se
tornam grandes centros de discussão e instrução. Em
um país de proporções continentais com um eixo de
desenvolvimento tecnológico periférico, como é o caso
do Brasil, a busca por tal aprendizado nos centros não
óbvios, como os fora do tradicional Rio-São Paulo, pas-
sa a ser ávida e constante.
No caso dos eventos regionais da SET a situação é
exatamente esta. Grandes centros distantes de onde
acontece os principais congressos de conteúdo e radio-
difusão, possuem uma grande quantidade de profissio-
nais atuantes que precisam se atualizar e adquirir um
aprendizado contínuo, inerente do trabalho com áreas O presidente da SET trouxe os resultados dos trabalhos
tecnológicas, que só pode ser conseguido quando os realizados em parceria com o Mackenzie sobre o nível de
interfenrência entre o 4G e o ISDBT.
principais nomes do mercado vão até estas regiões.
Nestes dois últimos regionais de 2013, Centro Oeste
no final de Outubro e Norte no começo de Novembro, tos da SET, é ao mesmo tempo um polo tecnológico
esta máxima adquiriu tonalidades diferentes. Com dois que abriga muitas instalações de fábricas, inclusive de
eventos com bastante relevância, levando em conta o equipamentos para broadcast. Então, ao mesmo tempo
número de presentes e a quantidade de palestrantes, se depara com um público que raramente tem a opor-
os mini-congressos fecharam o ano imprimindo suas tunidade de se deslocar para acompanhar congressos
características ainda mais fortes para 2014. no sudeste mas que estão envolvidos diariamente com
Primeiro em Brasília a sensação foi de uma impor- o que há de mais avançado em tecnologia.
tância ainda maior do que o normal. Apesar do regional Com estes dois eventos a SET encerra o ciclo de
ser pensado para levar conhecimento até profissionais eventos de 2013 com o entendimento da importância
de lugares mais “distantes”, muitos dos que foram bus- de seus trabalhos locais e o aprendizado de que ainda
cavam também trazer informações novas do distrito fe- há muito o que ser melhorado.
deral, sobretudo no que diz respeito à Políticas e Novas
Regulamentações, levando em conta que Agências e Na Capital Federal
Governo tomam sede na cidade. Realizado nos dias 15 e 16 de outubro no auditório da
Já Manaus coloca o próprio conceito do regional em Anatel, o SET Centro-Oeste foi o que mais se aproximou
cheque. A capital do Amazonas, apesar de ser o ponto da origem do poder. Não só literalmente, estando den-
mais distante do eixo Rio-São Paulo em que há even- tro da Agência Reguladora que rege toda a Telecomuni-
A questão Loudness
Seguindo a rotina de polêmicas, chegou o momento do
segundo assunto mais polêmico de 2013, a questão do
Loudness. Desde que o governo brasileiro decidiu que
adotaria uma normalização para acabar com os problemas
© Foto: Redação
do Nível Percebido do áudio das transmissões televisivas,
uma espécie de discussão sem fim se iniciou: Como se-
riam as medições? Quais normas seriam adotadas? Quais
seriam as sanções? O quão severa seria a legislação?
Apesar da lei do Loudness ter entrado em vigor no Como têm sido Praxe, a Ross Video montou uma mini
meio de 2013, muitas destas questões continuaram demonstração nos corredores do evento em Manaus para
obscuras, sobretudo no que diz respeito à fiscalização exibir seus sistemas.
empregada pela Anatel. Desta forma, a organização do
Regional Brasilia tratou também de trazer um painel obsessão de quem trabalha dentro do setor de conte-
para a discussão do tema direto com quem representa údo para broadcast.
o assunto, no caso Octavio Penna Pieranti, secretário Seja por uma questão de sobrevivência ou por uma apti-
substituto de Serviços de Comunicação Eletrônica do dão com as novas mídias, são os responsáveis pela criação
Ministério das Comunicações. de conteúdo de produtoras e emissoras que mais tem se
O secretário fez uma espécie de panorama geral da destacado quando o assunto envereda para a distribuição
questão do Loudness e uma explicação do embasa- para multi-meios. Seja por meio de aplicativos de segunda-
mento da legislação em normativas internacionais. -tela, ou por conteúdos exclusivamente construídos utili-
Apesar das inúmeras dúvidas surgidas durante a zando-se da interatividade e experiência do usuário, nin-
apresentação, o tempo limitado de Pieranti impediu guém discorda que é ai que mora o futuro da televisão.
que a maioria dos questionamentos fosse respondida. Apesar disso, o primeiro a subir no palanque para
Questões como o trabalho de fiscalização da Anatel e tratar do tema foi Aguinaldo Silva. Representante da
se haveria alterações na severidade com que a lei prevê indústria de fabricantes de receptores (aparelhos de
as sansões, mais uma vez ficaram para a posteridade. televisão), o engenheiro fez uma apresentação intro-
dutória sobre a importância que a capacidade de trazer
Multiplataforma em Destaque diferentes fontes de conteúdo para o espectador.
Após o acalorado debate gerado pela cerimônia de A priori Silva apresentou uma série de dados sobre o
abertura, foi a vez dos paineis entrarem em outro tema uso de dispositivos móveis e internet simultaneamente à
“do momento”, mas desta vez sem tanta polêmica e experiência televisiva. “Uma pesquisa realizada em 2012
com uma dose um pouco maior de futurologia. Impul- revela que cerca de 70% dos brasileiros acessam a inter-
sionado pelo crescimento monstruoso do mercado Mo- net pelo celular, tablet ou notebook enquanto assistem
bile, os conteúdos multiplataforma se tornaram uma TV, e este número é cada vez mais crescente”, afirmou.
© Fotos: Redação
João Quérette, da Imagenharia ao lado da unidade Marconi Maya, da Anatel, fez uma apresenteção do que o
Hardware do Alfred. governo tem feito pela questão dos 700 MHz.
© Fotos: Redação
Monique Cruvinel da Abert, participou do painel Octavio Penna Pieranti, do MiniCom, teve que encarar uma
sobre Loudness. platéia avida por informações sobre a lei de Loudness.
Em paralelo entre as funcionalidades das Smart TVs para a produção de conteúdo digital, seja por meio de
e as utilizações de segunda tela, Aguinaldo Silva entrou VOD e OTT e até mesmo com os web-producers. “Acon-
no mérito do uso individual dos sistemas. “A Televisão tece então uma metamorfose no modelo de negócio do
será uma experiência diferente para cada um de nós, broadcast, onde a audiência deixa de estar focada e
aproximando-a dos dispositivos informáticos, que são passa a estar dispersa”, conclui.
de uso individual”, explica.
Em seguida foi a vez de Emerson Weirich tomar a Calor Amazônico
palavra. O moderador do evento também trouxe o tema Já o Regional SET Norte trouxe um clima mais “ameno”,
da multiplataforma, mas desta vez sob o ponto de vista se é que pode ser fazer um trocadilho. Em meio as
da recente aproximação sentida pelos profissionais de famosas temperaturas equatoriais de Manaus, o evento
broadcast ao mercado de TI e seus agentes atuantes. transcorreu como um dos mais tranquilos do ano, sem
“É cada vez mais patente as figuras do Social Media, tantas polêmicas e com o cronograma sendo cumprido
Mobile, Information e Cloud”, começou Weirich. a risca pelos palestrantes. “Acho que como é o último,
De acordo com o moderador, a quantidade de in- já pegamos tanta experiência em fazer nossa apresen-
formação que a era do TI traz para o broadcast gera tação, que tudo sai mais redondinho e rápido”, brincou
o problema do Big Data. “Hoje, o fluxo de dados da João Quérette, da Imagenharia.
internet está se aproximando de 1 Exabyte (1 bilhão de De fato a brincadeira tem um fundo de verdade.
Gigabytes) por dia”, explicou. Só no fluxo de vídeos Após outros quatro regionais, onde cada um dos pa-
assistidos no Brasil por ano, este número equivale a trocinadores apresenta o mesmo tema/solução e faz
informação armazenada em 5 bilhões de DVDs. basicamente a mesma apresentação, fica mais fácil tra-
Com este crescente fluxo, o desenvolvimento de zer aos presentes a informação necessária. No regional
tecnologias de armazenagem de dados evolui a uma Norte foi assim, apresentações objetivas e um público
velocidade grande. “Assim, podemos dizer que com o extremamente interessado.
passar do tempo, cada vez mais teremos o custo de Realizado no espaço de convenções do Shopping
armazenamento tendendo a zero por byte”, explica. Studio 5 nos dias 7 e 8 de dezembro, o evento iniciou
Todo este cenário gera um ambiente propício e fértil com as devidas formalidades realizadas pelo modera-
© Fotos: Redação
O evento de Manaus contou com uma sala cheia e pales- Armando Ishimaru agora faz jornada dupla, como represen-
tras marcadas pela objetividade. tante da Leader Instruments e também da JVC no Brasil.
A Imagenharia Televisionários é uma empresa que traz alguns conceitos novos para a indústria broadcast. Du-
rante suas participações nos eventos regionais, João Quérette, representante da empresa, tinha a missão de
divulgar o novo produto da marca, um sistema que mistura MAM, Ingest, Archive e Storage batizada de Alfred.
O trabalho de Quérette nos regionais passou um pouco pela pedagogia, trazendo os conceitos básicos do que
é o Media Asset Management, as diferenciações entre Archive e Storage até finalmente apresentar o produto.
Composto de uma plataforma Hardware própria e duas interfaces de software (um cliente e um servidor), o
Alfred é um produto 100% desenvolvido e fabricado no Brasil.
“O Alfred é um poderoso e eficiente sistema de gerenciamento de mídia e automação de fluxo de trabalho
para vídeo digital. O Alfred provê uma fundação poderosa, extensível e amigável para a manipulação de mídia
e processos na produção de vídeo e televisão”, explicou Quérette. O sistema traz todo seu arquivamento em
modelo LTFS, permitindo que seu arquivo possa ser lido por outras plataformas que não o Alfred.
O sistema trabalha para permitir um fluxo de Ingest, Edição, Revisão, Exibição e Arquivamento, sempre com
toda a metadata necessário em cada um dos passos. Para agilizar este processo, a arquitetura do produto
permite que o processamento ocorra paralelamente entre o servidor e o cliente, aliviando um pouco o peso
que os servidores geralmente recebem nas plataformas MAM tradicionais.
Para o hardware, a Imagenharia bolou uma unidade de 3U de altura, com placas e processadores intel (pro-
cessador intel E5 multi-core), com capacidade para 32 terabytes de Storage, com capacidade para expansão.
Com esta unidade, a empresa se diz criar a categoria de “MAM-in-a-box”, onde o sistema todo é vendido
integrado, de forma que basta o interessado adquirir o Alfred que já possui tudo o necessário para trabalhar
com sistema MAM.
Debate Multiplataforma
© Foto: Redação
Sem sombra de dúvidas a distribuição de conteúdos
para múltiplas mídias se tornou um dos principais te-
mas debatidos nos eventos da SET de 2013. E não é
por menos. Quem foi para a NAB ou para o IBC, os dois
maiores eventos do mundo broadcast, percebeu que
este é um assunto mundial, que tem tomado conta dos
debates de profissionais de diferentes áreas.
Seja para aqueles que enxergam a integração entre o
profissional de TI e Broadcast, ou os que buscam uma
forma de criar conteúdos mais adaptáveis à estas pla- sar a usar estas ferramentas. As emissoras brasileiras
taformas, ou ainda quem pense na Segunda Tela, todos não são só broadcasters, elas têm toda uma estrutura
ainda precisam buscar a resposta primordial ao mode- de produção de conteúdo, que não é usado. Se o fato é
lo: como ganhar dinheiro com multiplataforma. ganhar dinheiro apenas, então por que não gerar bons
Aproveitando a presença de quem tem se empenhado conteúdos e vender para a TV à Cabo, para provedores
em discutir o tema no Brasil, a Revista da SET organizou de internet, para quem tiver interessado. Dai resolve o
uma espécie de debate, para ouvir o que os especialis- problema. Internet é uma ameaça? Não.
tas tem a falar. Desta vez, contamos com a presença de
Aguinaldo Silva, da Envision e Alex Silva, da AD Digital. Revista da SET: Mas é que o modelo de negócio da TV
sempre esteve baseado no monopólio da atenção…
Revista da SET: O que o trabalho em multiplataforma Aguinaldo: Não, não se trata de modelo de negócio, se
muda na vida de quem trabalha com televisão? trata de modelo Político, é outra história. Por isso que
Aguinaldo Silva: Eu represento o lado da recepção, não não vou entrar neste mérito. Se for falar só em negócio,
o lado dos broadcasters, então não posso dizer pelos então vamos falar do quanto se investe em transmisso-
broadcasters, entretanto posso considerar que trata-se res, antenas, e etc, que é algo que não precisariamos.
de uma ferramenta extremamente importante para os Não é o business das emissoras. O Business delas, qual-
radiodifusores, inclusive para gerar mais receita. O fato quer que seja a emissora é vender a novela, vender o
da possibilidade de usar múltiplos dispositivos para Carrossel, vender o programa qualquer, este é o Busi-
receber conteúdos ou então até para poder trazer in- ness e é isso que se vende para o patrocinador. Por que
teratividade para o conteúdo já existente, faz com que então a emissora precisa de Torre, Transmissor, Antena?
qualquer mudança de fluxo seja justificável. Alex: Tanto é que com relação à negócios, se olharmos
Alex Silva: De fato, há sim mudanças de fluxo, que os números dos faturamentos de hoje, o Google é o
podem gerar algum investimento por parte das emis- número dois no Brasil, apenas superado pela Globo.
soras. Mas, como Aguinaldo disse, é algo que pode Aguinaldo: A questão de ameaça ou não, extrapola um
trazer muita receita, se começarmos a usar da maneira pouco a questão do negócio em si, vai por questões
correta. Eu pego por meu exemplo. Minha filha peque- mais políticas.
na é uma criança aficcionada por Carrossel, a novela do
SBT. Quando chegou o aniversário dela, ela queria por Revista da SET: O surgimento de inúmeros modelos de
que queria um produto, acho que era um tênis, igual Smart TV é uma forma de escapar do monopólio de
a de um personagem da novela, e posso te dizer que conteúdo das Emissoras?
foi uma grande dificuldade encontrar o produto que ela Aguinaldo: Não. Primeiro que Smart TV não vende
queria. Se houvesse uma integração multiplataforma na conteúdo da TV. Você tem sua própria loja de aplica-
programação da TV, de repente eu poderia ter compra- tivos, ou você faz um contrato com Netflix, ou faz um
do o produto diretamente na segunda tela ao assistir o contrato para rodar filmes de outras VOD. Não existe
programa. Isso é um potencial de receita muito grande. nenhuma correlação dos Smart TV com as Emissoras
de TV Aberta, são negócios totalmente independentes.
Revista da SET: Com esta lentidão do broadcast tradi- Agora, por que existe o Smart TV? Do meu ponto de
cional em se adaptar a multiplataforma, e a velocidade vista, e eu defendo isso, é o seguinte: Quando você
com que crescem serviços de VOD e OTT, a banda larga, compra um Smart TV você pensa “vou acessar a in-
a internet, é hoje uma ameaça ao Broadcast? ternet, colocar Skype, etc”, mas para mim é tudo bes-
Aguinaldo: Só pode se tornar se as emissoras continu- teira. Para mim existem dois tipos de aparelhos muito
arem a não fazer o dever de casa. E não falo só de pas- distintos e que não precisam estar junto. O primeiro
SSSSSHHHH...
Don’t let your loudness drive viewers away
Logo Insertion
Keying Modular HD TV is about so much more than just great picture
Embedded and Mixing Routing
Loudness Audio quality – high resolution audio matters too. Just how
Legalization
Control Processing HD/SD Master disappointed will your viewers be if they experience
Control
loss of surround sound and sudden shifts in loudness
AFD ready
during their favourite TV program? Sadly, the
Long Time 3Gb/s ‘loud commercial problem’ is a common complaint
Delay
Audio amongst digital television viewers and can even drive
Description
Analog Integrity
them away from a channel.
Checking
Powered Now, Axon has developed a simple, cost-effective
Multiview by Linux and reliable solution based on proven technology the
Low Latency DLA42 provides you with complete peace of mind,
Dolby® E and it possesses the company’s trademark ultra
Dolby® compact modular design, simple installation and
Digital
intuitive operation.
Monitoring
& Control Don’t let your loudness become a problem,
16 Channel
HE-AAC 5.1 + CWDM come and talk to Axon.
Teranex based
Algorithms Dolby ® Metadata
Embedded
Metadata Up, Down, Cross
Dolby® Digital and Standards
3D production Plus Conversion
www.axon.tv
reportagem | IBC 2013 – Parte II
© Foto: Redação
4K vs 8K? Serão
eles os formatos de
produção do futuro
O IBC 2013 determinou a afirmação definitiva da tecnologia 4K
e, com ela, de produtos, plataformas, workflows e produções
ao vivo com essa tecnologia de avançada. Por Fernando Moura,
em Amsterdã
A
Revista da SET consultou alguns profissionais da vez não atende primeiro às necessidades do mundo bro-
área para tentar saber que opinam sobre a tec- adcast e, mais tarde, o resto do mercado, senão ao con-
nologia e saber se esse pode ser o primeiro pas- trário. Essa tecnologia chegou para trabalhar desde a
so para a implantação dos 8K sonhados pela NHK, que cinematografia até os vídeos espalhados nas redes so-
quer transmitir os Jogos Olímpicos de Tóquio, em ciais. Os profissionais do setor afirmam que a tecnologia
2020, nessa resolução, ou será uma tecnologia que che- está pronta, agora é necessário encontrar as formas de
gou para ficar? monetizar os conteúdos e produzir nessa resolução.
As opiniões sobre a questão são diversas, mas todas Sobre a ideia da estação pública japonesa, NHK, de
apontam para o mesmo caminho. O 4K é uma realidade produzir os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, as opi-
e o mundo broadcast tem de pensar como se adaptar a niões divergem entre os mais ambiciosos que explicam
essa nova tecnologia, que, ao que parece, pela primeira que quando a emissora disse que transmitiria em HD
© Foto: Redação
a NHK utilizou a FOR-a FT-ONE, a primeira câmera de alta
velocidade do mundo, full 4K com frame rate variável
que permite realizar super-slow motion em 4K.
Essa câmera grava com uma resolução 4K até 900
quadros por segundo (fps). “Estamos satisfeitos com ela,
é do melhor que há nesta tecnologia. Pensar em um A NHK apresentou no IBC 2013, o encoder que poderá
equipamento deste tipo em 8K ainda não é possível, seu utilizado para emissão em 8K.
mas já estamos trabalhando em soluções para esse for-
mato”, disse Tanoue. dia Model A4K-2690-8, uma workstation 4K pode ser
Vale lembrar que essa câmera incorpora o inovador uma maneira de acertar o fluxo de produção em 4K,
FT1-CMOS, um obturador de sensor CMOS de cor. O FT- mas ele afirma que hoje a produção em 4K é “mais
-ONE CMOS foi desenvolvido pela FOR-a para gravar em para multiplaformas e internet. Não vejo no futuro próxi-
formato RAW nativo em alta velocidade para a memória mo emissão 4K para TV broadcast”.
RAM interna. Desta forma, o material pode ser transfe- A workstation inclui no seu sistema o Archimedia 4K/
rido para cartões de memória SSD ou inseri-la no fluxo UHDTV Master Media Player, uma solução que possui out
de trabalho, por exemplo, de uma emissora tanto em 4K put 4K HDMI, e a hipótese de trabalhar, segundo Marc,
como em 1080i. sem conflito nos diferentes formatos de arquivos 4K.
Para Josef Marc, co-fundador e chefe de marketing da Ar- Para Pedro Villabona, gerente de ventas e desen-
Chimedia, o “4K é o futuro” e o que está em jogo “é quem volvimento de mercado para América Latina e Caribe
terá e disponibilizará ferramentas para trabalhar com essa da Rohde & Schwarz, o “4K é uma realidade, por isso
nova forma de captação e distribuição. O que o merca- desenvolvemos equipamentos que possam integrar as
do precisa é de sistemas de automação, e workflows que diferentes soluções que trabalham em 4K e integra-las
suportem este tipo de formato de vídeo”. em um único sistema. De todas as formas nossos en-
Para Marc, a solução da sua empresa, a Archime- genheiros estão desenvolvendo tecnologia para que os
© Fotos: Redação
MASTER SWITCHERS
EntrE na Era hd com a mElhor ER
C
TIFIC A D A
tEcnologia brasilEira
MS-800HD MS-1200HD
Doze entradas de vídeo, uma saída de
Oito entradas de vídeo, uma saída de
PGM, uma de PST e duas especiais
PGM, uma de PST e duas especiais
para Multiviewer.
para Multiviewer.
MS-1600HDX
MS-1600HD
Dezesseis entradas de vídeo, duas
Dezesseis entradas de vídeo SDI saídas de PGM, uma saída de PST e
(HD ou SD com áudio embedded). cinco especiais para Multiviewer.
A 4S oferece master switchers com 8, 12 e 16 entradas, com 1 ou 2 bancos de programas, para que sua emissora tenha a opção mais
adequada às suas necessidades. Em cada produto, a tecnologia 4S garante alto grau de desempenho com excelente operacionalidade.
FEATURES
- Entradas de vídeo com Frame Sync.
- Áudio com dezesseis canais. - Insersor de dados em VBI.
- Entrada de áudio analógico estéreo
- Entradas e saídas de vídeo SDI com áudio para OVER e EXTERNO. - Automação para sistema de exibição
embarcado SD ou HD. de comerciais e programas.
- Insersor de logo.
www.4s.com.br
IBC 2013 – Parte II
© Foto: Redação
sim a EVS passa a fazer parte do seu grupo de parceiros
de desenvolvimento de novos produtos. Com essa par-
ceria haverá integração de soluções para os produtos
AJA, Corvid Ultra, e o novo software, TruZoom.
O primeiro é um chassis externo com formato
de rack de 2U desenhado para suportar aplicações
de banda larga, incluindo workflows 3D e 4K que
pode ser adaptado, segundo os responsáveis da mar-
ca, para suportar fluxos de trabalho 4K/UHD e 2K/HD/
Dual-link/SD.
O software TruZoom da AJA, em conjunto com o hard
ware Corvid Ultra e TruScale, permite a partir de uma
câmara 4K ou de uma outra fonte UltraHD selecionar em
tempo-real uma imagem e efetuar o escalonamento para
Para o CEO da SGO, Miguel Angel Doncel, o 8K é o fu-
turo e para isso “temos de nos preparar e criar as ferra- HD, mantendo a maior qualidade possível.
mentas que permitam que os produtores tenham work- No IBC os responsáveis da GoPro disseram à Revista
flows para esse novo sistema de captação”. da SET que iria sair dali a alguns dias uma versão me-
lhorada da sua “pequenina”. E assim foi, a nova Hero3+
em qualquer decoração, personalizando o conteúdo” 4K já está no mercado. Possui um desenho 20% menor
inserido nelas. Este tipo de display permite ajustar a e mais leve e a bateria pode ter um rendimento de até
temperatura de cor a 3200K “gerando cores estáveis, 30% mais do que as utilizadas anteriormente.
graças a um reajuste automático, níveis de brilho uni- Para Nicholas Woodman, CEO e fundador da GoPro, a
formes, com uma tecnologia especial para evitar efeitos HERO3+ é uma amostra da inovação da empresa. “Pega-
hot-spots nas telas, o a possibilidade de genlock nos mos a câmera ultracompacta que mais vende no mundo e
sinais apresentados”. a aperfeiçoamos. Essa câmera tem SuperView, que permite
A EVS continua apostando em tecnologias para a captar imagens com a angular mais envolvente do mundo.
Copa do Mundo de 2014 e com a sua parceria com a Esses são todos os recursos que nós, como apaixonados
FIFA para utilizar seus equipamentos nas transmissões da GoPro, queremos e temos o prazer de compartilhá-los
do evento. Como já explicamos em edições anterio- com nossos clientes de todo o mundo”, disse.
res, está garantido o uso do EVS XT3, versão 4K. O
EVS 4K Live Slow-Motion Replay System é o primeiro MAM e Cloud
sistema de replay do mundo em 4K/UltraHD, que esta- Outro destaque do IBC 2013 foi a oferta de sistemas
rá na final da Copa do Mundo no Estádio do Maraca- de MAM e Cloud, tão importantes no processo de di-
nã, no próximo ano. gitalização das emissoras de TV e no processo de ges-
A EVS anunciou ainda que será responsável na Copa tão dos conteúdos.
do Mundo pelo FIFA MAX Server (Media Asset Exchan- Para Carles Rames, diretor de tecnologia e serviços
ge), um servidor geral que terá uma solução de mul- profissionais de VSN, “a gestão por processos não é uma
timídia que por primeira vez será entregue às emisso- invenção nova. No último quarto do século passado as
ras de TV e permitirá que elas tenham uma aplicação organizações em geral adotaram este modelo de gestão
de Second Screen “que será um Hit a nível mundial”, para melhorar a sua eficiência. Podemos definir um pro-
disse à Revista da SET Benjamin Mariage, gerente de cesso como uma sequência de atividades orientadas a
vendas para a América Latina de EVS. gerar um valor acrescido sobre uma entrada para conse-
Para ele, os eventos FIFA são fundamentais para guir um resultado, e uma saída que, por sua vez, preen-
a apresentação de novos produtos. “A FIFA exige no- cha os requerimentos do cliente”.
vos produtos para os seus grandes eventos. Nossa Segundo Rames, “é necessário dispor de plataformas
parceria com HBS (Host Broadcasting Services) e FIFA que integrem essas ferramentas definidas nos parágra-
faz com que inovemos. Desta vez apresentaremos a fos anteriores. Com isso, a organização estará preparada
plataforma multimídia que permitirá que, pela primeira para enfrentar os novos desafios que impõe o novo pa-
vez em um mundial, mais de 80% dos telespectadores radigma audiovisual”.
assistam a algum conteúdo no seu celular ou tablet. A Assim, a VSN apresentou soluções de MAM
nossa solução é simples e prática, é uma nova etapa e que, para Rames, são ideias para o mercado televi-
uma nova forma de mostrar o mundial aos adeptos do sivo brasileiro. “O VSN Storage Manager permite o
futebol,” disse Mariage. acesso a arquivos e a sua gestão é aumentada pela
Outra das novidades foi a parceria com AJA. As- eficiência do MediaBus, que facilita a gestão de dife-
rentes armazenamentos independentemente da sua um dos usuários do MAM possa visionar de forma ins-
localização, já que podem ser utilizados in loco ou tantânea os conteúdos independentemente do local
de forma remota”. onde este se encontre em alta resolução, ou em baixa
Assim, “podem estar em alta resolução na nuvem ou resolução, já que todos os assets do sistema estão inse-
em outra afiliada”, o que, segundo Rames, o torna “uma ridos na nuvem.
solução perfeitamente adaptável ao modelo brasileiro de Tudo isso, segundo Rames, porque toda a solu-
televisão porque aumenta a eficiência das relações entre ção pode ser gerido e administrado através de um
as afiliadas de uma rede, permitindo ainda que terceiros, site de internet de onde é possível gerir os conteúdos
como produtoras ou anunciantes, possam contribuir di- e compartilhá-los.
rectamente ao sistema de forma remota, evitando de
Fernando Moura
este modo, a logística e despesas de envio de material”. Redação: Revista da SET
Ainda, o VSN Storage Manager permite que qualquer fernando.moura@set.org.br
Expertise Brasileira
No pavilhão do Israel, a expertise brasileira esteve em destaque nesta edição do IBC.
© Foto: Redação
mento constante em São José dos Campos, no interior
de São Paulo, decidiu internacionalizar-se e há alguns
anos comprou uma empresa em Israel. Desde lá, e com
expertise brasileira, desenvolve, produz e comercializa
produtos especializados em codificação, modulação,
conversão, multiplexação, decodificação, acesso condi-
cional, criptografia, processamento e transcodificação
em streamming e encoders com a aquisição de uma
empresa israelense.
José Marcos Freire Martins, diretor geral da Tecsys do
Brasil, disse à Revista da SET que o tratamento dado
pelo governo de Israel às empresas é “totalmente di-
ferente do que acontece no Brasil. Somos uma peque- De esq à dir: Paulo Kaduoka da PSK Engenharia;
na empresa, mas somos tratados como se fôssemos Olímpio Franco, presidente da SET; José Marcos Freire
os maiores do mundo. Temos ajuda econômica e um Martins, diretor geral da Tecsys do Brasil; Claúdio Edu-
investimento claro do governo para difundir o que fa- ardo Younis, diretor de Marketing da SET no estande da
zemos”, e não só, “no pavilhão israelense as pessoas empresa brasileira no pavilhão israelense no IBC 2013.
vêm buscar tecnologia, no brasileiro não, porque o Bra-
sil não é país de tecnologia. Mas quando estou aqui tornaram mais fácil a conversa e a negociação com os
[IBC 2013] sou uma multinacional brasileira que tem grandes vendedores de silício do mundo. “Hoje podemos
uma fábrica em Israel, que tem desenvolvimento e pro- chegar aos grandes produtores do mundo e falarmos de
dução em Israel e Brasil, que produz tanto em Israel igual a igual. Antes, quando só desenvolvíamos tecnologia
como no Brasil e que vende para o mundo”. no Brasil, me olhavam bem, mas hoje, me olham como
Para o diretor geral da Tecsys do Brasil, com a inter- um igual. A internacionalização fez toda a diferença”.
nacionalização “começamos uma nova etapa da vida Para Freire Martins, Brasil e Israel foram um casamento
da empresa, uma nova etapa pensando em outros mer- quase perfeito para o sucesso da Tecsys no mercado in-
cados. Nós compramos uma empresa que era nosso con- ternacional. “Uma coisa que eu não tinha era experiência
corrente e que vendia no mundo inteiro. A partir desse internacional ou em comércio internacional. A Tecsys ti-
momento despegamos com a clientela deles no mundo nha tradição, mas não sabia como chegar e onde chegar,
e a nossa experiência e tradição no Brasil para termos e isso os israelenses sabem muito bem. Outra diferença
32 engenheiros trabalhando no Brasil e mais 8 em Israel foram os acordos comerciais que eles têm com os países
desenvolvendo produtos para o mercado global”. do mundo, o que me permite vender dentro do marco
Segundo ele, com a compra e a internacionalização se dos acordos bilaterais garantidos nessa venda”.
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reportagem | produção nacional
© Foto: Redação
Cineastas, produtores e autoridades se reúnem em São Paulo para comemorar o envio do projeto de lei da criação da SPCine.
SPCine nasce em SP
Prefeitura de São Paulo, Governo do Estado e Ministério da Cultura
entregam à Câmara Municipal de SP o projeto de lei para a cria-
ção da SPCine, que terá um orçamento anual de R$ 75 milhões, e
o objetivo de financiar ações e implementar políticas públicas para
o desenvolvimento econômico, social, cultural, artístico, tecnológi-
co e científico do cinema e audiovisual da capital paulista.
Por Fernando Moura
E
m cerimônia realizada no dia 31 de outubro de 2013, O Projeto de Lei que cria a SPCine seguiu após a ce-
na Praça das Artes, na capital paulista, a ministra rimônia para a Câmara dos Vereadores onde deverá ser
da Cultura, Marta Suplicy; o presidente da Ancine, aprovado pelos Vereadores. Quando aprovado, segundo
Manoel Rangel; o Governador do Estado de São Paulo, o secretário municipal de Cultura da Prefeitura de São
Geraldo Alckmin; o secretário de Estado da Cultura, Mar- Paulo, Juca Ferreira, “dará lugar a uma estrutura públi-
celo Mattos Araújo; o prefeito de São Paulo, Fernando ca eficiente e arrojada, com gestão compartilhada entre
Haddad; o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira os governos municipal, estadual e federal e participação
e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José ativa do setor audiovisual em sua estratégia de atuação.
Américo, além de representantes de diversos setores do São Paulo terá uma das mais contemporâneas empresas
cinema e do audiovisual apresentaram a SPCine, Empresa de cinema e audiovisual do mundo”, e se transformará
de Cinema e Audiovisual de São Paulo. em um “novo paradigma audiovisual na cidade”.
A empresa pública terá um orçamento de R$ 75 mi- Frente a várias centenas de convidados, o secretário
lhões repartidos nos recursos de R$ 25 milhões do Es- municipal de Cultura enfatizou que “a SPCine será um
tado, do município e da União, já que a iniciativa é uma modelo de fomento ao cinema e audiovisual inovador,
parceria entre as três esferas do poder no País, ou seja, um espaço articulador de coproduções com outras ci-
participação dos governos municipal, estadual e nacional. dades e países do mundo por meio de um sistema co-
© Foto: Redação
Autoridades nacionais, estaduais e municipais na ceremômia de entrega do projeto de lei da SPCine à Câmara Muni-
cipal de São Paulo. De esq a dir: O diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel; o secretário de Estado da Cultura,
Marcelo Mattos Araújo; a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão; o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo
Alckmin; o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; e o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo;
e o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.
laborativo. A empresa atuará como porta de entrada de lou que o setor é essencial para fortalecer a imagem do
produções estrangeiras e conteúdos audiovisuais que país no exterior. “O Estado e o município já aderiram ao
enfrentam dificuldades de chegar às telas brasileiras Sistema Nacional de Cultura, que permite o repasse de
e, ao mesmo tempo, auxiliará produções nacionais a recursos diretos para o fomento à cultura, a ampliação
conquistar espaço no mercado estrangeiro. Chegou a dos pontos de cultura no Estado e município e a constru-
hora de São Paulo reconhecer seu potencial e se firmar ção de 70 CEUs [centros de artes e esportes unificados]
como um centro cultural global”, enfatizou o secretário voltados para a arte e o esporte”, declarou.
municipal de Cultura. Para Marta é preciso que São Paulo retome o prota-
Segundo Juca Ferreira, a SPCine atuará fortemente gonismo que já teve. “A SPCine retoma um protagonis-
na coprodução e codistribuição, fortalecendo o circuito mo que já teve. Basta lembrarmos de Veracruz que foi
dos criadores e empresas produtoras de audiovisual na uma pedra de ouro para a cidade”.
cidade. “Será também uma importante articuladora da A Ministra ressaltou que a SPCine surge em um mo-
produção regional com diversos outros polos nacionais mento promissor para a cultura brasileira, em que o Va-
e internacionais, ampliando a rede de distribuição e exi-
bição dos conteúdos e potencializando o seu consumo”.
© Foto: Redação
A expansão de uma empresa não é só sinal de que as sionais ainda em 2002, hoje a empresa conta com mais da
coisas vão bem, é garantia para seus clientes de que a com- metade de seu quadro de técnicos ligados à área de Tecnolo-
panhia continua a investir no mercado e a melhorar cada vez gia da Informação, inclusive com gerentes de projeto específi-
mais seus serviços. Pelo menos este é o caso da Brasvideo, co para este segmento.
empresa do setor broadcast que atua há 13 anos no seg-
mento de automação e projetos para broadcast e que agora Cases
expande para uma nova sede. Claro que este crescimento todo reflete na quantidade de
Somando o novo escritório à sua área já instalada, agora trabalhos que a Brasvideo tem entregue à seus clientes. Só
são mais de 400 metros quadrados divididos entre a área de nos últimos 18 meses, foram 14 projetos de grande porte
projeto, suporte, administração e comercial. “Foi uma necessi- com soluções turn-key de diferentes pontos do fluxo de tra-
dade que veio de uma leitura nossa de que o mercado estava balho broadcast.
demandando mais do que simples representantes comerciais Um exemplo atual deste esforço é a parceria com o canal
de marcas consagradas”, explica Martin Bonato, diretor co- Esporte Interativo, que está expandindo suas operações no
mercial da empresa. Rio de Janeiro. Para este novo investimento, o canal contou
Ciente da demanda cada vez maior por projetos, instala- com a Brasvideo em praticamente todo o projeto.
ção, treinamentos em idioma local e todo o suporte de pós Plataforma de trabalho digital HD, automação, Media As-
venda, a Brasvideo aceitou o desafio de ampliar a equipe. set Management, Controle Mestre, gerador gráfico, grafismo
“Estamos em um momento de mercado que os médios e pe- e toda a infraestrutura de dois novos estúdios são algumas
quenos canais estão mudando o fluxo para digital e equipan- das ações que a integradora está realizando para a EI. “Não é
do para HD, nem sempre estas pequenas empresas possuem exatamente nosso maior projeto, mas sem sombra de dúvida
todo um pessoal de engenharia, e é ai que surgiu a necessi- é o mais completo”, afirma Bonato.
dade termos este pessoal para o trabalho”, comenta Bonato. Outro trabalho que merece destaque é a a conectorização
Com esta nova filosofia funcionando de forma bem resol- do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo FIFA 2014. A
vida, a expansão veio como consequência. “Estamos expan- Brasivideo está realizando a passagem de uma rede de fibra
dindo, aumentando a atividade e o valor agregado à cada óptica e triax completa com mais de 350 pontos por todo o
projeto”, conclui Bonato. estádio, para que os carros das emissoras possam chegar na
hora de transmitir e se plugarem, sem se preocupar em fazer
Mundo TI a passagem dos cabos por todo o estádio.
E não é só em questões de pré e pós venda que a Brasvideo Além disso, a empresa ainda executando toda a parte de
tem se preocupado em renovar sua mão de obra. A conver- Controle Mestre e Automação para a Empresa Brasil de Co-
gência entre os universos do TI e do Broadcast para uma municação. O projeto já foi concluído em São Paulo, Rio de
coisa única, tem criado, em diversas empresas do setor, a Janeiro e Brasília e deve começar a ser implantado no Mara-
necessidade de abrir uma nova ala em seus negócios com nhão ainda este ano.
a capacidade de fornecer serviços para este nicho cada vez “Fora isso ainda poderia citar o trabalho de Acervo com a
mais popular. Multi-Rio, a atualização completa da TV Vanguarda ou a estru-
No caso da Brasvideo, este é uma preocupação que vem tura da TV Sesc”, finaliza Bonato. De fato, grandes trabalhos
de longa data. Com seus primeiros investimentos em profis- recompensando um grande investimento no mercado.
produção nacional
© Foto: Redação
o mercado consumidor de cultura no Brasil.
A ministra destacou medidas de fomento ao audio-
visual que o Ministério da Cultura tem adotado, como
a Lei 12.485/2011 - conhecida como Lei da TV Paga -
que cria cotas para a produção nacional em canais de
TV pagas; os investimentos por meio do Fundo Setorial
do Audiovisual; o Programa Cinema Mais Perto de Você,
realizado através da ANCINE; além dos editais que o
MinC tem lançado para produtores e criadores negros,
indígenas, mulheres artistas da amazônia, por exemplo,
que sempre reservam partes dos seus recursos para a Para Marta Suplicy, ministra da Cultura, um dos grandes
produção audiovisual, entre outros. diferenciais da SPCine é que a empresa “vai induzir o de-
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Al- senvolvimento de toda a cadeia do audiovisual, pensan-
do desde a formação de profissionais e a formulação de
ckmin, disse aos presentes que “com essa união de projetos até a colocação das obras no mercado”.
esforços, tenho certeza de que nós teremos um forte
aumento da indústria audiovisual em São Paulo. Temos
hoje o maior centro consumidor, a maior rede de salas nema e produções audiovisuais da cidade. “É uma en-
de cinema e um grande número de artistas e diversi- tidade muito flexível, uma empresa enxuta. Essa é uma
dade por ser uma cidade cosmopolita”, complementou. demanda muito antiga da comunidade audiovisual de
Para o diretor-presidente da ANCINE, Manoel Rangel, São Paulo, que já teve uma grande produção e acredi-
a SPCine desempenhará um importante papel para a po- tamos que vamos alavancar as novas produções com a
lítica nacional de cinema e audiovisual: “a lei da TV paga aprovação da SPCine”.
mudou a cara da televisão por assinatura no Brasil, dan- Haddad destacou ainda que nenhuma área ficará
do vez e voz aos filmes e séries nacionais no horário no- descoberta e que a SPCine beneficiará inclusive os
bre dos canais. Essa semana, o Brasil atingiu a marca de produtores da periferia. “Nenhuma área do cinema e
22 milhões de ingressos vendidos de filmes brasileiros. É do audiovisual ficará desatendida, inclusive a produ-
um ambiente novo e inovador para o nosso audiovisual. ção nos bairros de periferia. Tem uma juventude que já
A ANCINE e o Ministério da Cultura atuam para multi- está produzindo. Precisamos qualificar essa produção e
plicar estas oportunidades em todo o país, buscando fazê-la conhecida,” disse o prefeito.
parceria com os governos de Estado e prefeituras”. Haddad reforçou: “essa juventude que já está pro-
Segundo o prefeito Fernando Haddad, a SPCine fun- duzindo precisa de um pequeno estímulo para qua-
cionará como uma empresa com muito mais agilidade lificar sua produção e fazê-la conhecida em todo o
para propor editais que abranjam toda a cadeia do ci- território nacional”.
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad afirmou na ceremônia que se a proposta for aprovada na Câmara Municipal
a empresa deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2014.
SPCine
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a SPCine “é re-
sultado da colaboração com 10 associações represen-
tativas do setor audiovisual, sendo elas: Associação
Paulista de Cineastas (APACI); Sindicato da Indústria
Audiovisual do Estado de São Paulo (SIAESP); Associa-
ção Brasileira de Curta-Metragistas e Documentaristas
– seção São Paulo; Associação Brasileira da Produção
de Obras Audiovisuais (APRO); Associação dos Rotei-
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ristas (AR); Associação Brasileira de Produtores Inde-
pendentes de Televisão (ABPITV); Associação Brasileira
de Cinema de Animação (ABCA); Associação Brasileira
dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (ABRAGAMES);
Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Equi-
pamentos e Serviços Audiovisuais (ABELE); e Rede de Tiago Melo, da Boutique Filmes disse à Revista da SET
Coletivos de Artes Visuais.” que “a SPCine pode ser a peça que faltava para criarmos
realmente uma indústria audiovisual por aqui”.
Juca Ferreira disse, em uma coletiva à imprensa re-
alizada no final da cerimônia, que a expectativa é a
de que o projeto de lei seja aprovado em um mês de buição e exibição de conteúdos em diferentes formatos,
novembro de 2103 e que esta não é uma política isola- modelos de negócio e durações. O objetivo é fomen-
da, faz parte de um projeto que começou e 2007 com tar a produção cinematográfica, publicitária, televisiva,
a criação do Escritório de Cinema (São Paulo Film Co- games, animação e conteúdos transmídia, criados para
mission) – Ecine. Assim, desde esse momento a cidade serem veiculados em diferentes plataformas: da grande
teve um aumento considerável de produções cinema- tela do cinema às telas dos aparelhos celulares, amplian-
tográficas e publicitárias realizadas em seu território: do o acesso ao conteúdo produzido e, assim, rentabilizar
foram 23 em 2007 e 158 em 2012. e potencializar a utilização de talentos e ideias”.
O Ecine tem a função de intermediar e facilitar a
relação entre o poder público e produtores de cinema, Semelhanças com a RioFilme
“mas só isso não é suficiente. São Paulo mostrou que Idealizada com base na RioFilme, a SPCine nasce por-
precisa de uma empresa capaz de financiar ações e que, para Juca Ferreira, o importante é fomentar o “di-
implantar políticas públicas voltadas para o cinema e álogo” e fazer deste diálogo uma política pública. “A
audiovisual, papel essencial nesta estratégia de atuali- nossa ideia não é concorrer com a RioFilme”, senão
zar e potencializar a imagem de São Paulo”, disse um “apreender dela”.
comunicado da Secretaria Municipal de Cultura. Para Ferreira, “São Paulo precisa encontrar a sua
Segundo Juca Ferreira, a SPCine atuará em toda a ca- marca. Acho necessária a construção de uma política.
deia do audiovisual, “as atividades de produção, distri- Tem como criar uma política e ter a agência como prin-
cipal instrumento”, mas sem ser “clientelista” porque
“precisamos ter uma maneira mais criteriosa para que
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Várias centenas de pessoas estiveram presentes na ceremômia de apresentação do projeto de lei que normatiza a
criação da SPCine.
um aporte de R$ 540 milhões ao PIB nacional, criação empresa como um “momento histórico”. O produtor
de 8.340 postos de trabalho na cidade do Rio de Janei- e diretor Fernando Meirelles lembrou que São Paulo
ro, e vendas de 38 milhões de ingressos. apresenta os maiores números de público de cinema,
Na atualidade, a Riofilme trabalha na construção e de salas de exibição, de produtoras, entre outros. Para
reativação de dois polos audiovisuais na cidade, um na ele, o pensamento de todas as áreas é fragmentado,
Barra da Tijuca e outro em São Conrado, além de capa- “se fizermos uma amálgama desde o cinema mais sin-
citação profissional. O polo audiovisual da Barra, que gelo, até o mais atuante, a SPCine vai se transformar
está sendo revitalizado, terá uma área construída de em um empreendimento de muito sucesso.”
27.000 m2 onde se reformarão/construirão 14 estúdios, No fim da cerimônia, Tiago Melo, da Boutique Fil-
escritórios de produção, locação de equipamentos, mes, disse à Revista da SET que “a SPCine pode ser a
pós-produção, catering, cenotécnica etc. O investimen- peça que faltava para criarmos realmente uma indústria
to privado ronda os R$ 100 milhões e estará pronto em audiovisual por aqui. Claro que ainda falta saber como
julho de 2016. será a gestão e como os recursos serão organizados.
Um importante foco de atenção é não criar uma empre-
A palavra dos produtores audiovisuais sa com burocracia em excesso”.
Em declarações ao site do Ministério da Cultura, o Para ele, “os processos têm que ser rápidos para
cineasta Hector Babenco classificou a ampla partici- acompanhar a velocidade do mercado. Também temos
pação de todos os setores envolvidos na criação da que buscar a transparência e a inovação na gestão
da nova empresa. Outro ponto importante é que seja
uma empresa voltada para todo o setor audiovisu-
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RPC TV
no caminho
da TV Digital
Empresa completou em 2012
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o ciclo de cobertura digital em
suas oito emissoras no Estado
do Paraná e avançou a digitali-
zação das retransmissoras com
um investimento de R$ 20 mi-
lhões em 2013. Assim, segundo
os seus responsáveis, mais da
metade dos paranaenses já tem
A primeira cidade a ter transmissão
digital foi Curitiba, a capital do acesso à TV Digital em suas resi-
Estado e sede da RPC TV.
dências. O processo continuará
em 2014 com foco especial na
Copa do Mundo.
Por Fernando Moura
A
RPC TV completou a cobertura digital de suas
oito emissoras – Curitiba, Londrina, Maringá,
Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Guara-
puava e Paranavaí – em 2012, depois da emissão
digital chegar às três últimas. Desta forma, o sinal
digital da emissora passou a cobrir mais da metade
da população paranaense (56%) e chegou a um to-
tal de 99 municípios.
Em 2013, o foco da empresa, que faz parte do Grupo
Paranaense de Comunicação (GRPCOM) e é afiliada da
Rede Globo no Estado do Paraná, foi a interiorização
da TV Digital nas retransmissoras. O objetivo é levar a
nova tecnologia para outras 25 localidades do Paraná,
atendendo, assim, a 70% da população paraense com
TV em casa até março de 2014, com a realização da
Copa do Mundo no Brasil.
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randa, diretor de engenharia da engenharia da RPC TV, é possível
RPC TV, a empresa foi a primeira afirmar, após estudos de cobertu-
rede de televisão do sul do Brasil ra realizados pela emissora, que
a oferecer a tecnologia de TV Digi- neste momento 50% da popula-
tal aberta, “iniciando as transmis- ção da capital do Estado está co-
sões em Curitiba, em outubro de berta por sinal de TV Digital.
2008. Em 2010, a nova tecnologia “Em Curitiba trabalhamos o
foi instalada em Londrina, Marin- tema TV Digital por cinco anos
gá e em Foz do Iguaçu. Em 2011, com muita ênfase e hoje conta-
em Cascavel” mos com aproximadamente 50%
Em entrevista à Revista da SET, da audiência no canal digital da
Ivan Miranda, também diretor da TV aberta. Quanto tempo levará
Direção Regional Sul da SET, disse para agregarmos os 50% restan-
que a RPC TV realiza um planeja- Segundo Ivan Miranda, diretor de enge- tes? Não sei, porém o momento
mento plurianual dos investimen- nharia da RPC TV; desde 2008, quando é bom, devemos aproveitar os
iniciou a implantação do sistema digital
tos, por isso a empresa “tem uma no Estado, a emissora investiu mais de grandes eventos esportivos, em
visão muito clara do presente e R$ 42 milhões. especial a Copa 2014, maior moti-
suas ações são calcadas em ho- vador de venda de televisores no
rizontes de médio e longo prazo. Sabíamos que os in- mundo”, explica Miranda.
vestimentos para expansão da cobertura digital, assim Para chegar a isso, “iniciamos os trabalhos de
como produção de conteúdo em HD, demandariam ci- divulgação há cinco anos, desde que iniciamos a
fras elevadas de investimentos, os quais precisariam transmissão digital em 2008. Abordamos lojistas, an-
ser implantados com a mão-de-obra disponível no mer- tenistas, realizamos campanhas, temos serviços de
cado. Dessa feita, definimos um alvo até 2016 onde as atendimento ao cliente e técnicos à disposição para
etapas mais críticas serão contempladas”. atendimento ao telespectador. Tudo que é possível fa-
Assim, desde 2008, quando a empresa iniciou a im- zer tem sido feito, porém, depende de uma mudança
plantação do sistema digital no Estado, a RPC TV já in- cultural que leva tempo. À medida que o desejo de
vestiu mais de R$ 42 milhões. Segundo Miranda, entre se ter um televisor tela plana aumenta, assim como
todas as afiliadas da Rede Globo, a RPC TV “é a emis- a intimidade com a tecnologia, as coisas passam a
sora que tem maior cobertura de sinal digital no Brasil”. acontecer com naturalidade”.
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A emissora realizará um investimento de A RPC TV foi a primeira rede de televisão do Sul do Brasil a oferecer a tecnolo-
R$20 milhões em 2014. Na imagem, a gia de TV Digital aberta, iniciando as transmissões em Curitiba, em outubro de
torre da RPC TV em Guarapuava, interior 2008. Na imagem o controle mestre de telejornal em HD que a emissora passou a
do Estado do Paraná. produzir em 2013.
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empresa não foi fácil, Miranda confessa que uma das
maiores preocupações é a demora no processo de ela-
boração do projeto e a necessidade de acelerar o pro-
cesso de implantação.
“O processo de implantação é relativamente comple-
xo, pois depende de premissas de cobertura definidas
no plano básico de retransmissão de televisão, que ser-
vem de referência para a definição dos equipamentos
a serem utilizados. Realizado o projeto técnico parte-se
para o projeto de aprovação de locais e equipamentos,
para pleito da autorização provisória”.
E não só, segundo o diretor de engenharia da RPC
TV, “paralelamente o processo de implantação tem iní-
cio, com melhorias de infraestrutura predial, elétrica
e torre, de forma a comportar o sistema digital que
compartilha espaço com o sistema analógico. Um posto
retransmissor de médio porte normalmente demanda
Os telejornais locais da RPC TV em Curitiba, afiliada da um ano de trabalho. Vale lembrar que a mão-de-obra é
Rede Globo Paraná, passaram a ser produzidos totalmen- especializada e limitada em oferta, ou seja, não depen-
te em alta definição. O “Bom Dia Paraná”, “Paraná TV – de somente de recursos financeiros”.
1ª e 2ª Edições” e o “Globo Esporte”. Na imagem, Thays Um dos maiores problemas encontrados por Miran-
Beleze apresentadora do telejornal Paraná TV 1ª Edição. da e sua equipe durante o processo de digitalização
foi a “polarização elíptica”. Que se bem “é muito útil
De todas as maneiras, Miranda assume que a “emis- para privilegiar a recepção portátil, cada vez mais
sora está no bom caminho, mas que o processo está presente em meios de transporte, em especial táxi.
menos avançado do que esperava”. Isso porque o Infelizmente tem-se um preço a pagar, visto que exige
maior desafio nem sempre é o orçamento. “Temos al- maiores níveis de potência na transmissão, visto que
gumas variáveis que em um primeiro momento releva- teremos RF entre as polarizações H e V. Em suma,
mos, mas que nem sempre se comportam como espe- para se preservar as recepções outdoor que utilizam
rávamos. Como exemplo, um compartilhamento para antenas em polarização horizontal (H), será necessária
gap filler que o contrato foi mais moroso do que ima- uma compensação no transmissor”.
ginávamos, uma torre que demandou mais reforço do Um dos temas que os Congressos regionais da SET
que o esperado, uma autorizando do COMAR [Agência e o Congresso 2013 colocaram na agenda é que com o
Nacional de Aviação Civil] para incremento de altura de swich-off as prefeituras terão problemas para realizar o
torre que não aconteceu e etc. São pequenos detalhes investimento que permita a transmissão do sinal digital.
que no final dão um grande impacto”. Miranda concorda e acrescenta que “devido à Lei de Res-
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Em 2012 a RPC TV instalou os transmissores de Guara- Segundo Marcos Franco, diretor de Marketing da RPC TV,
puava, Ponta Grossa, Paranavaí e nas retransmissoras de os vídeos reforçam os elementos técnicos de instalação
Umuarama e Cianorte. Na imagem, transmissores da RPC de acordo com o modelo de televisor e mostram como é
TV Ponta Grossa. simples instalar e sintonizar o canal digital.
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os municípios invistam, principalmente facilidades do telespectador em ob-
quando falamos de cifras elevadas que ter gratuitamente imagem e som com
podem chegar à casa dos R$ 400.000. qualidade digital, por meio de cinco
Para o radiodifusor a situação também vídeos veiculados na programação”.
é desafiadora, visto que implantar e Segundo Marcos Franco, diretor de
manter postos em localidades com 100 marketing da RPC TV, os vídeos re-
mil habitantes x 5 mil habitantes aca- forçam os elementos técnicos de ins-
ba sendo muito parecido em termos talação de acordo com o modelo de
de custos. Em suma, não será possível televisor e mostram como é simples
as emissoras assumirem os postos de instalar e sintonizar o canal digital. “A
prefeitura. Certamente precisaremos RPC TV está comprometida em levar
de políticas públicas para equacionar o melhor para os seus telespectado-
essa questão, visto que falamos de in- res. E é exatamente isso que a nova
Segundo Marcos Franco, diretor
clusão social”. campanha de sinal digital evidencia:
de Marketing da RPC TV para
que a população assista a TV a mobilidade, a praticidade e a qua-
Campanha de conscientização Digital é preciso conscientiza-la lidade que o sinal oferece, levando
A RPC TV tem feito desde 2008 al- dos seus benefícios. para a casa dos nossos telespecta-
gumas campanhas de conscientização dores ainda mais emoção ao assistir
dos telespectadores sobre a utilização e funcionamento a nossa programação, nossos telejornais e novelas. A
da TV Digital. Em junho de 2013, por exemplo, colocou campanha vai ao encontro da missão da RPC TV que é
na grade de programação uma nova campanha de sinal de desenvolver, por meio da comunicação, o Paraná e
digital da RPC TV, desenvolvida pela agência Bronx de os que aqui vivem”, afirma Franco.
DVB-Sx Ready
Satellite Transmission:
Make it with TeamCast
www.libor.com.br www.teamcast.com
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RPC TV
ordem de R$ 17 milhões.
O GRPCOM no qual está inserida a RPC TV é inte-
grado pelo canal por assinatura ÓTV, os jornais Ga-
zeta do Povo, Jornal de Londrina e Tribuna, o jornal
online Gazeta Maringá, o portal de notícias Paraná
Online, as Rádios 98FM, Mundo Livre FM e Cultura
FM 102,5, uma unidade móvel de produção em alta
definição HDView, e um instituto de responsabilidade
social, o Instituto GRPCOM.
Fernando Moura
Redação: Revista da SET
RPC TV realiza ação de degustação do sinal digital na 42ª
ExpoParanavaí, região Noroeste do Paraná. fernando.moura@set.org.br
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Fernando Bittencourt recebeu no Japão a “The Order of the Rising Sun, Gold Rays with Neck Ribbon”.
Fernando Bittencourt
é condecorado pelo
Império japonês
O diretor geral de engenheira da TV Globo recebeu a
comenda da “Ordem do Sol Nascente” no “Autumn Conferment of
Decorations on Foreign Nationals 2013”, no Japão, constituindo-se
no primeiro sul-americano a receber esta condecoração.
Por Fernando Moura
O
Imperador do Japão há alguns anos atribui Comunicações do Japão, Yoshitaka Shindo, pela sua
condecorações a estrangeiros por seu traba- “contribuição para o avanço do sistema de TV Digital
lho destacado em investigação e desenvolvi- desenvolvido no Japão” e por “promover a compre-
mento. Assim, Fernando Bittencourt recebeu a conde- ensão mútua entre Japão e Brasil”.
coração das mãos do ministro de Assuntos Internos e O “The Order of the Rising Sun, Gold Rays with
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Neck Ribbon” que foi entregue a Bittencourt, con-
selheiro e ex-presidente da SET, é atribuído pelo
Imperador do Japão por intermédio do Ministério
dos Negócios Estrangeiros aos “indivíduos ou gru-
pos que tenham contribuído de forma notável para
a amizade e compreensão mútua entre o Japão e
seus países”.
Na entrega das condecorações o ministro japo-
nês disse que essa foi a primeira vez que se entrega
uma condecoração em TI a alguém vindo da Améri-
ca Latina, e que a contribuição de Fernando Bitten-
court foi decisiva para a “expansão internacional do
ISDB- T, que conta agora com 15 países em todo o
mundo. Sem o esforço e paixão de Bittencourt o Bra-
sil não poderia ter adotado o ISDB –T”.
Para Shindo, “a importância do mundo em de-
senvolvimento, com sua gigantesca escala, abre a
porta para parcerias tecnológicas que antes não
podiam ir adiante, por limitações de mercado. No
caso de Brasil e Japão talvez não haja melhor
exemplo que a TV Digital. Criado no Japão, o pa-
Este prêmio “de alguma forma é o reconhecimento do
drão ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcas- trabalho de muitos colegas que comigo participaram
ting-Terrestrial) foi complementado com o advento da “saga” que foi a decisão do padrão brasileiro de TV
do middleware Ginga, e o que já era bom ficou Digital” disse Bittencourt à Revista da SET.
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Fernando Bittencourt mostra a representantes do Governo Japonês imagens do Carnaval do Rio de Janeiro realizadas
pela TV Globo.
Bittencourt:
“O 4K é a evolução natural da televisão”
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ra do povo japonês o reconhecimento. De alguma
forma é o reconhecimento do trabalho de muitos
colegas que comigo participaram da “saga” que foi
a decisão do padrão brasileiro de TV Digital. Passa-
dos 7 anos da assinatura do decreto pelo Presiden-
te Luís Inácio Lula Da Silva [No dia 29 de junho de
2006, em Brasília, foi realizada uma cerimônia no
Palácio do Planalto para assinalar a assinatura
de decreto sobre a implantação do Sistema Brasi-
leiro de Televisão Digital Terrestre, e assinatura do
Termo do Acordo Tecnológico entre os governos do
Brasil e Japão], temos a certeza de que valeu a pena
os quase 10 anos de trabalho.
O ex-presidente da SET, Fernando Bittencourt recebeu
a condecoração pela sua “contribuição para o avanço Revista da SET: O senhor recebeu, segundo o Gover-
do sistema de TV Digital desenvolvido no Japão” e por no Japonês, a condecoração pela sua “contribuição
“promover a compreensão mútua entre Japão e Brasil”. para o avanço do sistema de TV Digital desenvolvi-
do no Japão” e por “promover a compreensão mútua
entre Japão e Brasil”. O ISDB-T já está em 16 paí-
Após a condecoração no Japão e de regresso ao Rio ses, como observa a evolução do sistema e quais
de Janeiro, Fernando Mattoso Bittencourt Filho con- podem ser os benefícios para o Brasil?
versou com a Revista da SET. Realizou uma análise Fernando Bittencourt: A escolha da tecnologia para
da situação atual da TV aberta no Brasil, disse não um sistema de TV aberta que afeta milhões de pes-
acreditar no switch-off em 2015, e explicou os mo- soas e centenas de empresas, inevitavelmente apro-
tivos que levaram o Japão a entregar a ele um prê- xima os países e suas culturas.
mio tão importante. Ainda mais que essa escolha foi expandida para
Fernando Bittencourt é diretor geral de engenharia toda a América do Sul, e agora até em alguns ou-
da TV Globo e membro do Conselho de Ex-Presi- tros países da América Central e África. Mas nestes
dentes da SET. Formou-se em engenharia eletrôni- países ela só aconteceu porque o Brasil decidiu pri-
ca pela UFRJ ( Universidade Federal do Rio de Ja- meiro e o governo japonês sabe disso.
neiro). A partir de 1994, atuou como coordenador Hoje temos o melhor sistema de TV Digital do mun-
do Grupo SET/ABERT criado pela ABERT (Associação do e isso é um fantástico fator para o fortaleci-
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão ) e SET mento da TV aberta no Brasil e nos países que o
para estudar e planejar a implantação da TV Digital seguiram. Ainda, como o sistema foi implementa-
no Brasil. do com inovações propostas por nós no Brasil, a
Foi Conselheiro titular do Conselho de Comunica- aproximação dos países que o adotaram também
ção Social do Senado Federal como engenheiro com foi para nós.
notório conhecimento na área de comunicação so-
cial. Na atualidade, faz parte do Conselho Delibera- Revista da SET: Segundo o governo japonês, o se-
tivo do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital, e nhor teve um papel ativo em vários campos. “Espe-
é membro ainda do IEEE, IBC e do SMPTE. cialmente no desenvolvimento do 4K e 8K” e con-
A seguir, as principais revelações da entrevista com tinuará a “contribuir” na “relação entre o Japão e o
Fernando Bittencourt: Brasil”. Como vê a evolução do 4K no país?
Fernando Bittencourt: O 4K é a evolução natural da
Revista da SET: O senhor foi a primeira pessoa televisão, à medida que a tecnologia esteja dispo-
da América Latina a receber um prêmio deste tipo. nível. O grande desafio para a TV Aberta é fazer
Qual a sensação e o que isso implica na sua carreira chegar essa qualidade nas casas das pessoas.
profissional? Foi viável a transição da TV analógica para a atu-
Fernando Bittencourt: É verdade, fui o primeiro da al TV Digital porque tínhamos espectro para isso.
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artigo | satélites
Amazonas 4A a ponto
de entrar em operação
Hispasat lançará em dezembro de 2013 um novo satélite de
comunicações que servirá ao Brasil. O satélite da empresa
espanhola será lançado a partir da base espacial de Kourou
(Guiana Francesa) e contará com 24 transponders em banda Ku.
Por Fernando Moura
A
ideia da multinacional espanhola é fortalecer
© Foto: Divulgação
a posição do grupo na América Latina, com
sua vasta gama de serviços audiovisuais.
Para isso, o lançamento está previsto para
finais de dezembro de 2013 desde a base espacial de
Kourou (Guaianá Francesa) onde irá a bordo da nave
espacial, Ariane 5 ECA.
Inicialmente, a empresa tinha informado que se-
ria lançado no dia 6 de dezembro de 2013, mas o
praço foi prorrogado por um atraso devido a ajus-
tes que serão realizados para garantir a confiabili-
dade do satélite e o seu perfeito funcionamento no
espaço, em função de uma anomalia detectada em
um dos últimos testes realizados no Amazonas 4A
antes do seu envio à base de lançamento.
A empresa explicou a Revista da SET que embo-
ra as análises realizadas indiquem que “o risco é
remoto, para a Hispasat, a solidez e confiabilidade
de seus satélites são uma prioridade, e qualquer
desajuste que possa vir a ocasionar algum risco,
por menor que seja, deve ser corrigido antes do
lançamento de um satélite”.
Em entrevista à Revista da SET, Sergio Chaves,
gerente de vendas para Sulamérica de Hispamar, em-
presa do grupo Hispasat no Brasil, disse que a “Copa
do Mundo e as Olimpíadas não são um objectivo
específico do satélite Amazonas 4A, embora a capaci-
dade adicional prevista para a região, e no Brasil em
particular, vai permitir aos clientes de DTH crescem,
incluindo mais canais e melhor qualidade”
Para Chaves, a estratégia da empresa é muito
maior que os grandes eventos esportivos, neles, po-
demos realizar deslocações rápidas de satélites “que
nos permitem oferecer ao mercado uma grande capa-
cidade para contribuição e distribuição de serviços,
com um desempenho muito bom e com várias opções
Sérgio Chaves, da Hispamar afirma que na Copa do de conectividade com outras regiões do mundo”.
Mundo 2014 a realizar-se no Brasil, “os serviços sateli- Segundo ele, o Amazonas 4A embarca 24 trans-
tais serão fundamentais para o êxito do evento”. ponders para apoiar a demanda adicional na região.
A
tecnologia IPTV, que possibilita o tráfego de Vantagens do IPTV - Interatividade
dados, voz, imagem e sinais televisivos atra- No IPTV o entretenimento televisivo torna-se mui-
vés das redes baseadas no protocolo IP, surgiu to mais personalizado. Permite o controle sobre os
das necessidades encontradas em meio aos conteúdos ao que se pretende assistir. Algumas das
incontroláveis avanços tecnológicos e das rápidas mu- funcionalidades de interatividade e controle que são
danças existentes em um mundo cada vez mais digital oferecidas na tecnologia são:
em que as tecnologias sofrem constantes atualizações. Controle parental sobre os conteúdos de televisão;
No IPTV (Internet Protocol Television) os sinais são alugar e visualizar vídeos imediatamente, de entre
comprimidos, codificados e encapsulados sobre o proto- uma vasta gama de conteúdos; combinação dos servi-
colo IP, utilizando o protocolo UDP/RTP através de infra- ços de triple play com os serviços móveis, permitindo
estrutura de rede. Ao contrário dos sistemas de TV con- aos utilizadores o acesso aos serviços de IPTV em
vencional em que o sinal é recebido por antena ou por qualquer local e em movimento.
cabo, neste sistema de transmissão de TV Digital sobre IP, Interface gráfica que permite ao utilizador navegar
o sinal é recebido através da internet, e decodificado no e selecionar os conteúdos multimídia posto à disposi-
set-top-box (STB) antes de ser reproduzido no televisor. ção pela sua televisão digital, nomeadamente, acesso
Quanto maior a qualidade da rede, melhor será a a guias de programação etc.
entrega de alta qualidade de conteúdo SD ou HD na TV On demand que disponibiliza ao assinante
TV nas casas dos assinantes. Para funcionar é ne- conteúdos gravados de todos os canais para assistir
cessário uma conexão banda larga de internet de no quando desejar.
mínimo 4 Mbps. Os conteúdos são enviados por stre- Devido às capacidades interativas do IPTV as ope-
aming, mas não distribuídos, o que garante a alta radoras conseguem enviar publicidade específica a
qualidade da imagem e do som, e diferencia o IPTV grupos de pessoas específicas.
da WebTV. Para prover o sistema IPTV, a rede precisa A seguir, apresentamos a topologia do siste-
ter alguns requisitos: rede de alta qualidade, QOS, ma de IPTV, baseando em uma estrutura de rede
grande largura de banda e suporte a IGMP/Multicast. Ethernet:
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IPTV
canais. Para os canais abertos ele também realiza a Criar novos middleware para sistemas de IPTV
demultiplexação dos mesmos. permitirá que empresas pequenas possam usufruir
de uma solução brasileira para as novas operações
Gerador de Chaves de TV por assinatura que irão receber as novas
O gerador de chaves (CAS) gera as chaves periodica- licenças de acesso condicionado (SEaC). Estas jun-
mente e atualiza os STBs e o RTES. Possui uma base tamente com as soluções atuais de dados e voz,
de dados que armazena as chaves de todos os canais, permitem ofertar a solução triple play, ou seja da-
do momento atual e todas as chaves já geradas por dos, voz e TV.
canal, servindo para utilizar no sistema de TVoD. As soluções podem chegar ao consumidor como
uma solução completa que inclui o Middleware
TVoD (plataforma IPTV) com consultoria para definição
O gravador do conteúdo de TV captura e grava os do Line up, especificação e instalação do Headend,
fluxos multicast produzidos pelos encoders. Estas gra- operação assistida e suporte técnico. Assim, os pro-
vações são armazenadas em um storage e podem ser vedores fornecerão aos seus clientes uma solução
disponibilizadas para os assinantes “assistirem” pro- que possibilita mais do que o acesso a canais de
gramas no momento em que desejarem, sendo possí- TV diferenciados. O menu terá múltiplas funcionali-
vel parar, avançar ou retroceder a reprodução. dades, grade linear, TVoD, VoD, controle parental e
acesso a canais de internet. Estas plataformas po-
Switch dem oferecer no futuro, novas possibilidades de re-
O Switch deve possuir suporte a IGMP para que o trá- ceitas para a operadora de TV por assinatura, como
fego Multicast não seja direcionado para segmentos venda de aplicativos, T-commerce (e-commerce na
de rede que não desejam receber tal tráfego. É ade- TV) revenda de espaço para publicidade.
quado que ele possua, também, suporte a VLAN para A maior dificuldade para o desenvolvimento de
que seja possível segmentar a rede de forma que o um middleware totalmente nacional é, hoje no Bra-
tráfego de vídeo não circule na mesma rede de dados sil, a busca de mão-de-obra especializada. Para
estabelecendo QoS e priorização de tráfego. isso, é preciso treinar os colaboradores. Fundamen-
tal também o apoio do FINEP (Financiadora de Es-
Encoder tudos e Projetos) no desenvolvimento das platafor-
O encoder possui uma entrada de sinal de vídeo e uma mas, financiando parte significativa dos recursos.
saída IP. Sua função é converter o sinal analógico/digi- O maior benefício do middleware nacional é a
tal em IP para que seja possível trafegar na rede. customização de funcionalidades específicas para
a realidade do mercado brasileiro, ao contrário de
Servidor VoD uma plataforma importada. Isso porque assim, o
O servidor de VoD é o responsável por disponibili- desenvolvedor trabalha junto ao cliente, com o
zar vídeos sobre demanda ao usuário. Isso significa conceito de co-criação, escutando as necessidades
que o usuário pode assistir o conteúdo que deseja destes para então implementar a plataforma.
no momento que quiser desde que esteja disponível A TV caminha para um processo de maior inte-
no servidor. ratividade com o usuário, e há muitas funcionali-
dades e aplicações que podem ser adicionadas ao
Set-Top-Box middleware, prevendo a geração de novos serviços
O Set-Top-Box (STB) é o equipamento que recebe e receitas para o operador. O suporte técnico local
os sinais televisivos através de IP e converte-os em e a proximidade com os clientes são também gran-
imagem que possa ser visualizada em televisões des diferenciais.
convencionais.
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Abstract - The hype surrounding Ultra High Definition The Hobbit at 48fps. The Consumer Electronics Show
Television (Ultra HD) has been driven primarily from in Vegas this year raised consumer interest in Ultra High
moviemakers embracing 4K and broadcasters taking Definition with a vast range of sets being demonstrated
their cue and trying to follow cinema’s lead. While both in darkened areas to show 4K film content at 24fps with-
8K and 4K formats have been defined, it is the 4K format out motion scenes appearing too jerky. These demonstra-
that is the backbone standard to the widespread transi- tions have paved the way for Ultra HD to penetrate the
tion from film negative to digital file. The 4K workflow lucrative home cinema market, but what is required from
supports all production aspects of digital cinema from a workflow perspective to lead to widespread broadcast
capture through to distribution and archive. television adoption?
The same comprehensive workflow coverage does not
exist for broadcast, and many of the standards and so- CINEMATIC 4K WORKFLOW
lutions currently used for digital cinema do not easily Digital production workflow for cinema is similar to the
transfer into a television ecosystem. The bandwidths legacy workflow associated with film. The critical im-
implied by the adoption of Ultra HD have led to much provement offered by digital workflows is the ability to
debate about likely compressed bit rates for native 4K immediately review shots. This overcomes the need to
and whether quadrupling the pixel count, when com- process film negatives which introduced both delay and
pared to a 1080p HDTV picture, is warranted in the cost to review daily rushes. A further benefit of a digital
home. While transmission bit rate and compression workflow is that the source capture allows for the direct
techniques are an important aspect, the standards, in- image processing and effects post production without
terfaces and storage implications of Ultra HD broad- the need for film transfer processing. A typical cinematic
casting have yet to be fully established. This paper will workflow for 4K is shown in (1).
focus on the high level workflow implications to allow
Ultra HD to migrate from a file-based proposition to a
live one suitable for television.
INTRODUCTION
Since television’s first introduction in 1925 viewers have
been treated with a steady rise in the resolution if they are
prepared to invest in a new set. This resolution improve-
ment has sometimes been accompanied by an increase
in the frame rate to aid motion portrayal. More often EDITING COMPOSITING
than not while resolution and size of screens has steadily CAPTURE
grown, it has been left to set manufacturers to improve
on the delivered signal in terms of frame rate through
LIBRARY ONLINE MASTERING
upconversion techniques. This is particularly relevant STORAGE STORAGE
when considering a transition from High Definition (HD)
to Ultra HD. The ideal scenario for the introduction of
Ultra HD is to display material shot in the proposed na- RENDERING
tive standard. Herein lies the first major workflow hurdle
for Ultra HD. While cinema has pursued and implement- PREWIEW
GRADING
ed the Digital Cinema Initiative (DCI) to deliver a com-
plete 4K workflow this has been largely at 24 frames per
second (fps), the exception being the recent release of FIG 1 4K CINEMATIC WORKFLOW
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Audio
4K in the cinema supports 7.1 audio within the DCI speci-
fication. Given the more moderate bit rate requirements for
audio compared to video it is likely that support will be
provided up to and including the DCI 7.1 surround sound
specification. This would provide backwards compatible
support for the 5.1 surround sound system currently popu- PROPOSED ULTRA HD WORKFLOW
lar within both broadcast HD and home cinema systems.
Screen Technology
While resolution has been the main issue to market
Ultra HD, frame rate and dynamic range will also
have a significant impact on screen quality. For Ultra
HD to truly deliver on the promise of a truly immer-
sive experience it is necessary for screen manufactur-
FIG 8 ULTRA HD WORKFLOW
ers to significantly improve the dynamic range above
and beyond that catered for on the latest HD screens.
At CES 2013 various approaches were shown to ac- As can be seen from (8), the Ultra HD workflow is consid-
curately portray scenes more naturally by improv- erably more complex than the cinematic workflow (1). This
ing dynamic range. The main impact is improvement complexity is due to three factors. Broadcast involves high
in blacks and shadow outline at the low end of the bandwidth real-time transfer throughout the chain. Content is
range, while still be able to handle areas of vivid col- derived from a variety of ingest sources as well as consisting
or at the high end. of both national and regional feeds. Lastly, even though the
Related to dynamic range is the issue of compression highlighted workflow relates to Ultra HD, television provision
bit depth. MPEG compression standards have largely has to increasingly cater for an ever expanding number of mul-
adopted an 8 bit approach. The exception is in AVC tiscreen options.
contribution, where the limitations of 8 bit became evi- It is highly likely that in the fullness of time broadcasters
dent, especially on HD screens. This manifested itself will provision their production environment for Ultra HD,
as contouring or banding on large color washes within in the same way that most production facilities currently
scenes; a typical example is the rendering of clouds do for HD. To cater for resolutions lower than Ultra HD,
and sky. For Ultra HD to deliver on the promise of transcoding the original broadcast content in a cost effec-
improved quality over and above that of HD, it is im- tive manner is critical for broadcasters to maintain a healthy
portant that 10 bit is catered for within the first release margin. While this paper discusses the impact of Ultra HD
of the HEVC specification, which is anticipated at the and advocates the use of HEVC, such a compression scheme
end of January 2013. This is important for two reasons. is equally applicable to the need for compression efficiency
HEVC uses a similar approach to AVC and so suffers in multiscreen all the way up to HD Over The Top (OTT)
from the limitation evident in high end HD content. delivery. Indeed many of the challenges a broadcaster faces
Perhaps the most important reason to move to 10 bit when trying to establish an Ultra HD channel are easier to
depth is the increase in screen size where the limitation solve in a multiscreen environment. This is because there
of 8 bit based compression will be more evident. The is often little legacy STB or PVR provision associated with
increase in screen size also vindicates moves to at least multiscreen. Multiscreen playback relies on software run-
sustain the frame rates and ideally endorse up scaling ning on standard platforms that can be quickly repurposed
to 100 /120 Hz frame rate. for new compression strategies like HEVC.
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