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A LINGUAGEM: INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO, VALORIZAÇÃO E

RESPEITO NO CONVÍVIO DAS DIFERENTES CULTURAS

Francisco Elói de Medeiros Neto*

RESUMO
Neste estudo aborda-se os aspectos que embelezam e engrandecem o que
denominamos linguagem: instrumento de comunicação, que caracteriza o homem
como ser social inserido num mundo pluricultural, cujas características transformam-
no em um ser falante, comunicável. Não se pode ignorar a rica variedade na qual se
apresenta a linguagem em nossos falares; muito menos nosso sistema educacional
pode negligenciar e deixar de valorizar tamanha riqueza linguística que, ao invés de
empobrecer ou vulgarizar a nossa língua, torna-a bela, significante, eloquente e
existencial. Neste contexto, o falante não deve encarar a linguagem e a cultura de
forma passiva, mas como protagonista, pois se trata de um processo dinâmico, de
criatividade no processo científico.
Palavras-chave: Comunicação. Linguagem. Pluricultural. Processo científico.

RESUMEN
Este estudio aborda los aspectos que embellecen y magnifican lo que llamamos
lenguaje: herramienta de comunicación, que caracteriza al hombre como ser social
ubicado en un mundo multicultural, cuyas características lo convierten en un ser
hablante, transmisibles. No se puede ignorar la rica variedad en la que se presenta a
lenguaje en nuestro idioma, y mucho menos nuestro sistema educativo puede pasar
por alto y no se dan cuenta que esa diversidad lingüística, en lugar de rebajar y
empobrecer nuestra lengua, es hermoso, significativo, elocuente y existencial. En
este contexto, el orador no debe mirar hacia la lengua y la cultura de forma pasiva,
sino como el protagonista, ya que es un proceso dinámico de la creatividad en el
proceso científico.
Palabras clave: Comunicación. Idioma. Multicultural. Proceso científico.
_________________________________
* Mestrando de Letras e Linguística pela Universidad Tecnológica Intercontinental-
UTIC, Asunción, PY. Professor da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria
das Dores, no Município de Anapu, Estado do Pará, Brasil, sob orientação da Profª.
Drª. Rosângela Lemos da Silva.

1 INTRODUÇÃO
O presente artigo aborda a importância de se estudar a fundo a linguagem
enquanto instrumento de comunicação entre os seres humanos. Não somente no
seu aspecto de passar uma mensagem ou receber outra, mas no sentido mais
profundo da comunicação que envolve o processo cognocitivo mais elaborado.
Mediante isso sentiu-se a necessidade de trabalhar a temática: A linguagem:
instrumento de comunicação, valorização e respeito no convívio das diferentes
culturas, buscando responder um questionamento constante: Como a língua
portuguesa, que possui inúmeras variações linguísticas é trabalhada somente no
contexto escolar dentro do processo da norma padrão, desrespeitando o
conhecimento prévio do falante nativo? Pois, a língua pelo fato de ser social
diacrônica e sincrônica precisa ser trabalhada em todos os patamares linguísticos de
uma determinada sociedade.
O desejo de se buscar um maior aprofundamento deste tema deu-se
mediante a vacância de compreensão que se deixa quando no meio acadêmico ou
com maior fluência da linguagem dita “culta”, degenera-se ou diminui-se o valor que
tem as outras variações de falares.
Neste trabalho, partimos da premissa de que os falares linguísticos diferentes
do falar “culto” não empobrece, não vulgariza a linguagem; pelo contrário, enobrece-
a. Pois as diferenças apresentadas fazem que essa seja dinâmica e criativa. Essa
dinamicidade que a linguagem possui por meio da variação linguística,
transformando-a num palco no qual se encontram todos os elementos que,
reelaborados, podemos entender como pluriculturalismo: um povo com os seus
costumes, línguas, valores, religião, comunicando-se e integrando-se através da
linguagem.
Tendo como objetividade: Identificar a abordagem do processo linguístico que
trabalha as variações no âmbito educativo no decorrer do tempo; Verificar a
valorização linguística de cada educando porque se faz necessário cultivá-la por
todos os meios possíveis, de modo especial por meio da escola, que é vista como
lugar por excelência no qual não apenas aprendemos algo, mas também ensinamos,
trocamos e socializamos experiências linguísticas. Portanto, a valorização e a
prática destes falares, oportunizarão o aluno a aprender, com mais liberdade e
disposição, os aspectos gramaticais da língua entendendo-a na sua pragmática.
Dessa forma, é cabível ao professor, apropriar-se de referenciais teóricos que
o levem a refletir sobre o valor da construção de conhecimentos que os alunos
trazem de suas famílias, da comunidade para a sala de aula, através do diálogo, da
troca de experiências, tornando o estudo da língua algo mais prazeroso, rico e
desafiador. Pois no contexto heurístico é de grande relevância que a língua seja
trabalhada de forma dinâmica, interpessoal na pluriculturalidade da cientificidade
linguística.
A pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico será publicada eletronicamente
e depois socializada via Mesa-Redonda, com a pretensão de levar inúmeros
épistemés para mestrandos, professores e pesquisadores no ramo da linguística,
pautada na cientificidade.

2 ABORDAGEM DO PROCESSO HISTÓRICO DA LINGUAGEM

O mundo da linguagem é imensamente vasto e complexo. A linguagem é


parte do caráter essencial do homem. Este é um ser especializado em linguagem.
Neste sentido, todos os aspectos do sistema de comunicação que domina
naturalmente estão determinados pelo seu tipo de organismo.
A aprendizagem é o objeto de estudo sistematização da língua desde os
povos da Antiguidade. Em países como a China, o Egito e a Índia, a finalidade da
aprendizagem era transmitir as tradições e os costumes, o que ainda acontece em
nossos tempos em comunidades tradicionais como a dos índios aqui em nosso país.
Ainda na Antiguidade Clássica, especificamente, na Grécia e em Roma, o
processo de aprendizagem aconteceu por meio de duas vias opostas, muito embora,
complementares: a pedagogia da personalidade que visava a formação individual, e
pedagogia humanista que se resguardava por desenvolver os indivíduos por uma
abordagem na qual o sistema de ensino era representativo da realidade social por
meio do qual se apresentava uma visão universal dos saberes.
Na Idade Média o conceito de aprendizagem passou a ser determinado pela
religião mesclando os conhecimentos com a dogmatização. À Igreja, como
instituição que detinha o poder temporal assim como o depósito da fé, foi confiado,
por muito tempo, a responsabilidade de ministrar o saber, o conhecimento.
No Brasil tivemos vários momentos destes tipos ensaios: muitos teóricos
deixaram suas marcas em nosso sistema de ensinamento, sobretudo a influência
francesa e portuguesa (Universidade de Coimbra), pois os nossos literatos faziam
seus estudos avançados naqueles países. No entanto, no decorrer dos tempos
elaboramos a nossa própria historicidade linguística. Portanto, diante destas
influências de culturas europeias, convivemos por muitos séculos com um tipo de
ensinamento tradicional. Somente com o advento da Proclamação da República,
iniciou-se um processo de formação cultural, social e linguístico em nosso país.
Onde a língua portuguesa de Portugal deixou de ser vista no patamar linguístico
europeu, mas passando a partir das relações interculturais, tornou-se a língua
portuguesa, miscigenada, chamada de língua portuguesa do Brasil.
2.1 CONCEPÇÃO DA LINGUAGEM ENQUANTO ELEMENTO NATURAL DO
FALANTE

Desde o nascimento, os recém-nascidos respondem mais prontamente à fala


humana do que para outros sons. Pois, todo ser humano em sã condição já nasce
programado para falar, com uma propensão inata para a linguagem. As crianças
adquirem a prática dos falares das línguas por meio das palavras empregadas pelas
pessoas que convivem perto delas. Este processo de aprendizagem é algo
complexo. Por isso, acredita-se que a aquisição da primeira língua é a maior
façanha que podemos realizar durante toda a vida. Ao contrário de muitos outros
tipos de aprendizagem, esse tipo de conhecimento não requer ensino direto ou
estudo especializado. O cientista e naturalista Charles Darwin chamou esse
processo como sendo uma tendência instintiva para adquirir uma arte.
Desde o nascimento, os recém-nascidos respondem mais prontamente à fala
humana do que para outros ruídos. Com cerca de um mês de idade, os bebês
parecem ser capazes de distinguir entre diferentes sons da fala. Já com seis meses
de idade, a criança vai começando a balbuciar, produzindo ou os sons da fala ou as
formas com as mão das línguas utilizadas em torno deles. Desde muito cedo,
qualquer criança sabe e fala muito além das frases que ela escutou dos adultos. Não
repete simplesmente o que lhe dizem: com as regras que ela apreendeu das frases
ouvidas, forma inúmeras outras, inclusive nunca ouvidas. Ou seja, desde a primeira
infância a criança "cria" as suas frases. Essa criatividade é o traço característico da
chamada gramática universal, internalizada pelas crianças. Proposta por Noam
Chomsky, essa gramática parte do princípio de que há uma gramática, inerente a
todos os falantes de qualquer língua, que faria com que ninguém optasse por uma
estrutura altamente errada, entre as infinitas combinações possíveis de palavras. As
palavras aparecem entre 12 e 18 meses. Uma criação de 18 meses de idade
emprega em média cerca de 50 palavras.
As primeiras declarações das crianças são holofrases, ou seja, expressões
que utilizam apenas uma palavra para comunicar alguma ideia. Vários meses depois
que uma criança começa a produzir palavras, ele ou ela produzirá discursos
telegráficos e frases curtas que são menos gramaticalmente complexa do que a fala
dos adultos, mas que mostram a estrutura sintática regular. Com dois anos a criança
já domina o arcabouço fundamental de sua língua. Com aproximadamente três
anos, a capacidade da criança de falar ou de fazer sinais é tão refinada que se
assemelha à linguagem adulta.

2.2 CONCEPÇÃO DA LINGUAGEM ENQUANTO ELEMENTO ADQUIRIDO PELO


FALANTE

A linguagem pode se referir tanto às capacidades especificamente do ser


humano para aquisição e utilização de sistemas complexos de comunicação, quanto
à uma instância específica de um sistema de comunicação complexa. O estudo
científico da linguagem, em qualquer um de seus sentidos, recebe o nome de
linguística.
Muito embora não existam dados precisos acerca desta afirmação, segundo
estudiosos, o ser humano fala aproximadamente entre 3000 e 6000 línguas. As
línguas naturais são os exemplos mais marcantes que temos de linguagem. Por
outro lado, a linguagem também pode se basear na observação visual e auditiva, ao
invés de estímulos. Como exemplos de outros tipos de linguagem, temos as línguas
de sinais e a linguagem escrita. Os códigos e os outros tipos de sistemas de
comunicação elaborados artificialmente, tais como aqueles usados para
programação de computadores, também podem ser chamadas de linguagens. A
linguagem, nesse sentido, é um sistema de sinais para codificação e decodificação
de informações. A palavra portuguesa deriva do termo francês langage. Quando
usado como um conceito geral, a palavra linguagem refere-se a uma faculdade
cognitiva que permite aos seres humanos aprender e usar sistemas de comunicação
complexos.
A linguagem humana enquanto sistema de comunicação é fundamentalmente
diferente e muito mais complexa do que as formas de comunicação das outras
espécies, já que se baseia em um diversificado sistema de regras relativas à
símbolos para os seus significados, resultando em um número indefinido de
possíveis expressões inovadoras a partir de um finito número de elementos. De
acordo com os especialistas, a linguagem pode ter se originado quando os primeiros
hominídeos começaram a cooperar, adaptando sistemas anteriores de comunicação
baseado em sinais expressivos a fim de incluir a teoria da mente, compartilhando
assim intencionalidade. Nessa linha, este desenvolvimento pode ter coincidido com
o aumento do volume do cérebro, e muitos linguistas vêem as estruturas da
linguagem como tendo evoluído a fim de servir a funções comunicativas específicas.
A linguagem é processada em vários locais diferentes do cérebro humano. Os
seres humanos adquirem a linguagem através da interação social na primeira
infância. As crianças geralmente já falam fluentemente quando estão em torno dos
três anos de idade.
O uso da linguagem tornou-se profundamente enraizado na cultura humana,
além de ser empregada para comunicar e compartilhar informações. A linguagem
também possui vários usos sociais e culturais, como a expressão da identidade, da
estratificação social, na manutenção da unidade em uma comunidade e para o
entretenimento. A palavra linguagem também pode ser usada para descrever o
conjunto de regras que torna isso possível, ou o conjunto de enunciados que podem
se produzir essas regras.
As línguas evoluem e se diversificam ao longo do tempo. Por isso, sendo a
língua uma realidade essencialmente variável, não há formas de falar
intrinsecamente erradas. A noção de certo e errado tem origem na sociedade, não
na estrutura da língua.
A história de sua evolução pode ser reconstruído a partir de comparações
com as línguas modernas, determinando assim quais características as línguas
ancestrais devem ter tido para as etapas posteriores terem ocorrido. Um grupo de
idiomas que descendem de um ancestral comum é conhecido como família
linguística. As línguas que são mais faladas no mundo atualmente pertencem à
família indo-europeia, que inclui línguas como o inglês, o espanhol, o português, o
russo e o hindi; as línguas sino-tibetanas, que incluem o chinês, mandarim, cantonês
e muitos outros; as línguas semíticas, que incluem o árabe, o aramaico e o hebraico;
e as línguas bantu, que incluem o suaíli, o Zulu, o Shona e centenas de outras
línguas faladas em toda África.

3 A LINGUAGEM COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO

A concepção de linguagem como instrumento de comunicação define língua


como um sistema de códigos imutáveis que transmite mensagens de um emissor
para um receptor. Como evidencia o autor,
[...] a língua é vista como um código, ou seja, como um conjunto de signos
que se combinam segundo regras, e que é capaz de transmitir uma
mensagem, informações de um emissor a um receptor. Esse código deve,
portanto, ser dominado pelos falantes para que a comunicação seja
efetivada. ( TRAVAGLIA, 2006, p. 22).

O estudioso ainda ressalta que essa é uma visão redutora do estudo da


língua, pois o foco está situado apenas ao seu funcionamento interno, onde o
sujeito, bem como as condições de produção da língua, que são desconsiderados
signos importantes na interrelação linguística pelos falantes de língua portuguesa.

3.1 O USO DA LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL

Para falar em uso da linguagem formal e informal é preciso conhecer um


pouco sobre o que vem ser a linguagem, que é definida como um processo
linguístico articulatório mental que serve para a inferência das relações entre
sujeitos. Partindo dessa premissa verifiquemos os autores onde prescrevem a
linguagem num patamar de critérios necessários ao processo eloquente da
linguagem.
Mattos e Silva (1997) apresentam o conceito de norma fazendo duas
distinções: a) norma normativo-prescritiva; b) normas sociais. O conceito de norma
normativo-prescritiva é visto como um conceito tradicional, segundo o qual é
escolhida uma variante da língua como modelo. Qualquer coisa que fuja ao modelo
estabelecido é qualificada como erro. A variedade eleita como modelo passa a ser
apresentada nas gramáticas pedagógicas, que são ensinadas na escola,
perpetuando assim, determinado modelo. Normas “normais” ou “sociais” são normas
que definem grupos sociais que constituem a rede social de uma determinada
sociedade. Segundo Mattos e Silva (1997) estas se distinguem em: a) Normas “sem
prestigio social” / estigmatizadas; b) Normas “de prestigio social” / norma culta.
Travaglia (1997) nos mostra que há dois tipos de variedades lingüísticas:
Dialetos: variação que ocorre em função das pessoas que utilizam a língua.
Segundo este autor, esta variação pode ocorrer em seis dimensões: territorial,
social, de idade, de sexo, de geração e de função profissional.
Registros: variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua,
conforme a situação em que o usuário e interlocutor estão envolvidos. As variações
de registro, segundo Travaglia, podem ocorrer em três dimensões: grau de
formalidade (forma/informal), de modo e de sintonia (de acordo com tecnicidade,
cortesia). A teoria da transposição didática considera três aspectos que envolvem o
objeto de conhecimento, o sujeito que aprende e o que ensina. Esta considera,
justamente, a relação da escola com o conhecimento, fazendo distinção entre os
diferentes saberes (o saber “sábio”, o saber a ser ensinado e o saber efetivamente
ensinado). Esta relação assume diferentes formatos dependendo da situação. No
âmbito escolar, o conhecimento refere-se às modalidades escrita ou falada da
língua, que deve ser transmitido. Não se trata de qualquer conhecimento, mas sim
de uma forma simplificada do conhecimento científico que historicamente se
constituiu. Assim, como nos aponta Chevallard (1988), o professor também é
responsável por uma das etapas de transposição didática. A forma como este se
relaciona com o conhecimento repercute diretamente na forma como ele irá realizar
o ensino. Partindo deste ponto, entendemos que o conhecimento docente sobre
aspectos relevantes do ensino de língua materna e, mais especificamente, o aspecto
da variação linguística, está estritamente ligado ao que o professor toma como
conhecimento das novas discussões sobre a questão.

3.2 A LINGUAGEM: ELEMENTO PLURICULTURAL

A linguagem é essencialmente um fenômeno e, como tal, é algo inerente à


sociedade humana. Ela é individual e social. Individual porque cada um constrói a
sua fala. Social porque a fala é construída segundo um conjunto de convenções da
sociedade. O que há de social na linguagem é a língua, que representa a
transmissão de experiências subjetivas a outros sujeitos através da fala, que
indiscutivelmente por ela o indivíduo se une ao convívio social.
A linguagem intermedia a realidade do homem com a realidade do mundo.
Através dela, podemos sair do plano individual e nos inserir no plano social. Isso
ocorre da seguinte maneira: como a experiência em si não é comunicável,
precisamos transcendê-la e abstrair o necessário para representá-la e transmiti-la
utilizando o sistema simbólico. Essa inferência é específica do ser humano. Assim,
torna-se possível falar de situações da ordem do não ser, como o passado e o
futuro.
O passado que são experiências que não existem mais na realidade, e o
futuro é aquilo para o que ainda não existe realidade. Sendo assim, pode-se dizer
que a cultura é simultaneamente criatividade e comunicação: criação coletiva e
socialmente realizada; criação de elementos materiais e espirituais para serem
comunicados, de forma que pela comunicação uma maior criatividade possa surgir.
Os circuitos se ampliam e as mensagens se enriquecem através da história. A
cultura não podia ter começado sem ter uma natureza humana, com a comunicação
de consciências, de bem e de vidas que a caracteriza.

3.3 A LINGUAGEM: ELEMENTO DE CONSOLIDAÇÃO CULTURAL

A linguagem é o meio de adequação do indivíduo ao meio social. O aspecto


essencial da linguagem é o de ser um sistema de comunicação não fechado em si
mesmo em. uma determinada situação social. Assim, não é somente um processo
cognitivo, senão também faz parte um comportamento simbólico, uma atividade
essencial e genuinamente social. Essa relação Linguagem-Sociedade é estudada
pela sociolingüística. É abordada, geralmente, levando-se em conta o conceito de
linguagem como comportamento social. No entanto, é importante que se diga que a
linguagem é o instrumento fundamental pelo qual são transmitidos os modelos de
vida , de cultura, da maneira de pensar e agir, as normas e os valores da sociedade.
É neste prisma que vê a relação entre linguagem, cultura e pensamento: a
cultura é o conhecimento que aprendemos mediante a observação do
comportamento dos demais. Grande parte da linguagem está compreendida a
cultura, de modo que, podemos afirmar que por meio da língua de um determinado
povo, enxerga-se o seu coração, ou seja, a essência, a razão de sua existência.
O sistema linguístico condiciona a percepção do universo de seus falantes,
toda sua cosmovisão, e, consequentemente, sua maneira de pensar. Neste
contexto, vale citar um pensamento do Colin Baker “Não há língua sem comunidade
nem há comunidade sem língua.” Estudar, portanto, os signos linguísticos, que nos
permitirão conhecer e reconhecer o grupo humano que tem dado forma e a utiliza. A
sociedade que não cuida de sua língua pode perdê-la.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo da linguagem enquanto meio de interação entre os falantes de uma


língua e participantes ativos de um mesmo processo cultural, oportuniza ao
educador o aprofundamento de novos processos de aprendizagem que contemplem
a aquisição e valorização das diferentes culturas; dentro deste conjunto de
elementos significativos, buscar integrar ao seu conteúdo programático do ensino da
língua portuguesa e literatura na dimensão linguística, com uma visão holística de
sociedade e mundo, conduzindo os alunos para experimentar e pensar acerca desta
nova visão, no sentido de se incluírem neste processo de averiguação e
investigação dos novos conceitos e do que seja língua, linguagem, comunicação e
cultura.
É preciso que o educador desta nova linguagem de pensamento tenha a
coragem de buscar o novo e ousar mudar sua prática pedagógica, propiciando um
trabalho interdisciplinar no qual o aluno sinta-se sujeito e protagonista do seu
processo de busca do saber e não simplesmente um mero receptor passivo.
Espera-se que esta proposta de abordagem vá ao encontro ao que foi
proposto ao longo do corpo do trabalho e, que sirva de suporte para professores que
exercem seu ministério em sala de aula e, sobretudo, aos futuros professores a
tornar suas aulas de língua portuguesa mais dinâmica, prazerosa e agradáveis aos
alunos que a frequentem.
A partir do exposto, podemos afirmar que os novos professores de língua
portuguesa, embora tenham o conhecimento sobre a temática, ainda ficam
arraigados ao ensino tradicional da gramática, não flexibilizando o estudo, a reflexão
e a adaptação desta nova visão de estudar a língua na contextualidade da produção
textual, respeitando a eloquência natural do educando.
Mediante a exposição analítica da pesquisa cientifica, pautada na hipótese e
nos objetivos, afirma-se que esta é verdadeira. Partindo disso, sugerimos novas
pesquisas: A valorização da linguagem em diferentes línguas: uma realidade
necessária; Incentivos linguísticos governamentais: valorização sociocultural
linguística.
Neste aspecto, o presente estudo constitui-se de um desafio à medida que
levou a um aprofundamento maior do conhecimento acerca do estudo da língua
como elemento que constitui esse patrimônio humano que é a linguagem no
processo ensino-aprendizagem no âmbito escolar.

REFERÊNCIAS

MATTOS e SILVA, R. V. Contradições no ensino de português: a língua que se


fala x a língua que se ensina. São Paulo: Contexto.EDUFBA, 1997.

MELIA, B. Una nación, dos culturas. Assunção: Ediciones CEPAG, 1997.

TAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta pra o ensino de gramática


no primeiro e segundo grau. São Paulo: Ed. Cortez, 1997.
Disponível em: <http:// pt.wikipedie.org./wiki/linguagem humana
http://pt.scribd.com/doc/liguagem>.

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