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10 filmes para despertar o interesse

pela leitura nas crianças e jovensTempo


de leitura estimado: 9 min.

14/NOV
Além de entreter e estimular saudavelmente a fantasia, a leitura
tem o poder de despertar a capacidade crítica e o gosto pela
reflexão. Confira!

Despertar a paixão pelos livros nos jovens pode não ser uma
tarefa tão fácil para a maior parte das famílias, mas é
fundamental consolidar o hábito o mais cedo possível. A leitura
não só desenvolve habilidades essenciais para a vida escolar e
profissional, como também está na base da formação humana.
Além de entreter e estimular saudavelmente a fantasia, os
livros têm o poder de despertar a capacidade crítica e o gosto
pela reflexão.

Apesar de sua comprovada importância, o interesse pela leitura


não deve ser motivado de maneira forçada. Se a atividade for
uma imposição familiar, é grande o risco de o efeito ser
contrário: a criança poderá tomar birra dos livros e erguer
contra eles um bloqueio difícil de vencer.

Mas calma! Na era do audiovisual, há uma ferramenta que pode


lhe ajudar muito neste trabalho: o cinema. A familiaridade das
novas gerações com a imagem e a tecnologia torna os filmes
mais facilmente assimiláveis, além de exigirem menos tempo de
concentração dos jovens espectadores. As adaptações
literárias no cinema, que estão sempre em alta no mercado,
também podem ser excelentes portas de entrada para o
maravilhoso universo da leitura.

Pensando nisso, apresentamos algumas dicas de filmes para


ajudar você a despertar o interesse pela leitura nas crianças ou
jovens da sua família. Continue com a gente e prepare a pipoca!

1. O Contador de Histórias (2009)


Classificação indicativa: 14 anos

Dirigido por Luiz Villaça, O Contador de Histórias é a


cinebiografia de Roberto Carlos Ramos, educador e contador de
histórias.

Guiado pela narração do próprio Roberto (Paulinho Mendes), o


espectador acompanha sua trajetória desde a infância, na Belo
Horizonte de 1970. Aos seis anos de idade, o menino foi deixado
na Febem (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor) por
sua mãe. Acreditando que ali a criança encontraria um futuro
melhor, ela não contava que, a partir disso, Roberto se
envolveria em diversos delitos, além de se tornar usuário de
drogas.

Aos 13 anos, após 143 fugas e a classificação como


irrecuperável na fundação (cuja realidade passava longe da
imagem propagandeada na época), Margherit Duvas (Maria de
Medeiros) surge na vida de Roberto. A pedagoga francesa, que
visitava o Brasil a trabalho, logo conquista o garoto com sua
doçura e carinho a toda prova. Ela lhe dá um lar, o alfabetiza
e incentiva a estudar. Porém o grande dom despertado por
Marguerit no coração daquele outrora considerado como
irrecuperável é o amor.

2. O Vendedor de Sonhos (2016)


Classificação indicativa: 10 anos

Inspirado no livro homônimo de Augusto Cury e dirigido por


Jayme Monjardim, O Vendedor de Sonhos acompanha a
trajetória de Júlio César (Dan Stulbach). Desencantado com a
vida, o psicólogo tenta suicídio, mas é impedido pela
interferência de um mendigo, conhecido apenas como Mestre
(César Troncoso).

A partir daí,os dois desenvolvem uma amizade peculiar, que


muda suas vidas em definitivo. Eles passam a salvar outras
pessoas que vivem na mesma situação em que Júlio César se
encontrava, apresentando-lhes um novo jeito de viver e
enxergar o mundo. Assim, O vendedor de sonhos discute
empatia, esperança, otimismo e sonhos de forma emocionante.

3. Central do Brasil (1998)


Classificação indicativa: 12 anos

Dora, vivida por Fernanda Montenegro, ganha a vida escrevendo


cartas para os analfabetos que passam pela estação de trem
Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Cínica e amargurada, ela
zomba das manifestações de afeto nas correspondências que
escreve.

Um dia, porém, a esperança de um menino revoluciona a vida de


Dora. A mãe de Josué, a qual sempre escrevia para o pai do
menino por intermédio de Dora, acaba de falecer. Josué, então,
pede a ajuda de Dora para encontrar o pai que nunca conheceu.

4. A Menina que Roubava Livros (2013)


Classificação indicativa: 10 anos

Ladrão de livros tem cem anos de perdão. Pois é a paixão pela


literatura que salva a vida da pequena órfã Liesel Meminger,
que cresce em meio aos horrores da Segunda Guerra Mundial.
Depois de ser adotada por um casal de estranhos, ela passa a
roubar todos os livros que encontra pelo caminho ou que
estejam prestes a serem queimados pelos nazistas.

O passaporte para o mundo da fantasia é dado a Liesel pelo pai


adotivo, que a ensina a ler e a aproxima de um escritor judeu
que vive escondido no porão de sua casa. Assim, Liesel supera
sua solidão, aprende a se relacionar com o sombrio mundo a
seu redor e se nutre da esperança de dias melhores.
Adaptação do livro homônimo do best-seller de Markus Zuzak, A
Menina que Roubava Livros é uma ode à potência redentora da
arte, da empatia e da inocência.

5. O Bosque Animado (2001)


Classificação indicativa: Livre

O longa-metragem de animação O Bosque Animado é uma


produção espanhola lançada em 2001. O filme foi tão bem
recebido por lá que, no ano seguinte, levou o prêmio de melhor
animação no Goya, o Oscar da Espanha.

A obra é baseada no clássico livro homônimo do espanhol


Wenceslao Fernández Flórez, publicado em 1943. O bosque
animado nos leva à floresta de Cecebre, que se transforma em
um lugar mágico toda noite, depois que os humanos vão
embora.

Certo dia, porém, os trabalhadores instalam um poste telefônico


bem no meio da floresta, deixando os animais desesperados e
confusos. Para piorar, a fuinha Furi descobre que uma colônia
inteira de fuinhas, incluindo sua amiga Linda, desapareceu.

Um filme encantador e cheio de aventura, O Bosque Animado


aborda amizade, coragem e ambientalismo de forma envolvente
para os pequenos.

6. O Mundo dos Pequeninos (2012)


Classificação indicativa: Livre

Adaptado da obra literária The Borrowers, de Mary Norton, a


animação japonesa conta a história da pequena Arrietty
(Saoirse Ronan), que vive escondida com sua minúscula família
sob o assoalho de uma casa velha de Tóquio. Vivendo de forma
clandestina, os pequenos seres fazem de tudo para não serem
notados pelos verdadeiros donos do lugar.

O grupo vê sua realidade se transformar quando Arietty é,


acidentalmente, descoberta por Sho, um garoto humano. Apesar
da divergência de tamanho e realidade entre eles, a menina
resolve estabelecer uma amizade com o novo morador. O
enredo aborda de forma sensível e efetiva a capacidade humana
de aceitar e conviver com o diferente.

7. Mãos Talentosas: a História de Ben Carson


(2009)
Classificação indicativa: Livre

Inspirado em uma história real, o filme conta a inspiradora


trajetória de Ben Carson, um dos mais importantes
neurocirurgiões do mundo.

Pobre, negro, filho de mãe separada e analfabeta, Ben (Cuba


Gooding Jr.) vive em um subúrbio dos Estados Unidos e não tem
esperanças de um futuro melhor. Desmotivado com a sua
realidade, o jovem coleciona um baixo rendimento escolar e
cada vez mais decepções.

Quando sua mãe resolve incentivá-lo a criar uma rotina de


leitura, Ben vê sua vida se transformar. Lendo dois livros
emprestados por semana, o jovem começa a dar os seus
primeiros passos, motivados por seu interesse pela leitura,
rumo a uma carreira de sucesso.

8. Sociedade dos Poetas Mortos (1989)


Classificação indicativa: 12 anos

Em 1959, a tradicional escola preparatória Welton Academy


contrata o ex-aluno John Keating (Robin Williams) como o mais
novo professor de literatura inglesa e norte-americana. Mas logo
que começa a lecionar, os métodos nada convencionais de
ensino do jovem educador chocam a conservadora direção do
colégio.

Com seu jeito revolucionário, John incentiva seus alunos a


reflexão e pensamento livre, estimulando-os a viver suas vidas
de forma que valha a pena. Quando descobrem que o docente
participou da Sociedade dos Poetas Mortos, famoso clube de
leitura de poesia, os estudantes decidem reviver o grupo.
9. O Menino do Pijama Listrado (2008)
Classificação indicativa: 12 anos

Alemanha, Segunda Guerra Mundial. Bruno (Asa Butterfield) tem


oito anos e é filho de um oficial nazista, que acaba de ser
promovido para uma importante missão em um campo de
concentração. A família sai de Berlim rumo a uma área isolada
no interior do país e o menino vê a sua vida mudar
completamente.

Sem ter com o que se distrair, Bruno começa a explorar a região


e conhece o jovem Shmuel (Jack Scanlon), que está sempre
usando um pijama listrado e vive preso atrás de uma cerca
elétrica. Uma amizade improvável e inocente surge entre as
duas crianças, que passam cada vez mais tempo juntas.
Entretanto o que eles não imaginam é que essa relação é mais
perigosa do que pode parecer.

10. As Aventuras do Avião Vermelho (2014)


Classificação indicativa: Livre

Baseado na obra literária de Érico Veríssimo, As Aventuras do


Avião Vermelho é uma criativa animação brasileira dirigida por
Frederico Pinto e José Maia. O filme conta a história de
Fernandinho, menino de oito anos que fica completamente
solitário após a morte de sua mãe.

Com dificuldades para se relacionar com o garoto, o pai tenta


agradá-lo com presentes. Depois de inúmeras tentativas, ele
oferece ao filho um livro da sua infância. Encantado com a
narrativa, Fernandinho embarca em uma emocionante aventura.
Ao longo da sua jornada, ele descobre o prazer da leitura e
restabelece a relação com sua família e amigos.

Viu quanto conteúdo legal? Com boas técnicas e usando as


melhores ferramentas é possível incentivar o interesse pela
leitura de uma maneira leve e criativa.
Inovações em Educação

20 filmes que exploram o olhar das


crianças sobre o mundo




Lista traz produções de diversos países com


histórias protagonizadas por crianças
por Redação na Rua   25 de janeiro de 2017

Como as crianças vivem momentos de efervescência política? Como


vivem o acirramento da luta de classes? Como elaboram o luto, as
perdas e o abandono? Ou a separação de seus pais? Como elas
experimentam a pobreza e as mazelas do mundo?

Quando pensamos em filmes com crianças, não vem à nossa cabeça


realidades adversas e complexas, mas o cinema tem se dedicado
bastante em construir um olhar infantil sobre situações permeadas
pelo sofrimento.

E se a realidade vivida é difícil de suportar, maior a necessidade de


substituí-la por outra mais lúdica e poética, o que as crianças fazem
melhor do que ninguém.

“O privilégio da infância é podermos transitar livremente entre a magia


da vida e os mingaus de aveia, entre um medo desmesurado e uma
alegria sem limites (…) Eu sentia dificuldade para distinguir entre o que
era imaginado e o que era real”, escreveu o cineasta sueco Ingmar
Bergman.

O Centro de Referências em Educação Integral preparou uma seleção


de produções, de diversos países, que registram histórias nas quais
diversos acontecimentos – da separação dos pais a eventos
históricos trágicos, passando por situações de vulnerabilidade social e
o luto – são protagonizadas por crianças. Confira:

Leia mais:
– 6 filmes com histórias de professores inspiradores para ver na
Netflix
– 10 filmes para abordar a inclusão de pessoas com deficiência

#1. A culpa é do Fidel (Julie Gravas, França, 2007)


Classificação indicativa: livre

Anna, 9 anos, leva uma vida tranquila e de “princesa” ao lado dos pais


e do irmãozinho, em Paris, na década de 1970. A vida da família é
alterada pela chegada de uma tia de Anna, acompanhada de sua filha,
exiladas da Espanha pela ditadura franquista após o desaparecimento
de seu companheiro. Os pais de Anna decidem dedicar-se mais
ativamente à militância e mudam-se para um pequeno apartamento. A
mãe passa a escrever um livro sobre o direito ao aborto, enquanto o
pai busca apoio ao governo chileno de Salvador Allende, no Chile.
Obrigada a deixar a casa e a rotina da qual tanto gostava, Anna se vê
cercada de militantes, os “barbudos”, e busca entender e se a adaptar
– a contragosto – à nova realidade.

#2. Pelos olhos de Maisie (Scott McGehee e David Siegel, EUA, 2012).

Classificação indicativa: 12 anos

Como uma criança de 7 anos vive a separação dos pais? Como


entende a nova dinâmica familiar e as disputas entre os progenitores?
Esse é o pano de fundo de Pelos olhos de Maisie,  que conta a história
sob o ponto de vista da menina disputada por uma mãe cantora de
rock e um pai absorvido pelo trabalho. Apesar de contar com todos
recursos financeiros e educacionais, Maisie se sente só e busca
construir laços afetivos com outros adultos presentes em sua vida.

#3. Minha vida de cachorro (Lasse Hallström, Suécia, 1985)


Classificação indicativa: livre

Ingemar é um menino inquieto de 12 anos que mora com o irmão mais


velho, a mãe, e sua cachorrinha Sickan, sua grande companheira.
Sozinha, cansada e doente, a mãe envia os filhos para um temporada
com os tios, para que ela possa tentar se recuperar. Ingemar é
mandado ao interior da Suécia, onde é bem recebido pelo tio Gunnar.
Ali, conhece novos amigos e se insere aos poucos na pequena
comunidade, ao passo que precisa lidar com a morte iminente da mãe,
com a ausência da cachorrinha e ainda entender o complexo mundo
dos adultos. O filme ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme
Estrangeiro e foi indicado aos Oscar de Direção e Roteiro.

#4. Machuca (Andrés Wood, Chile, 2004)


Classificação indicativa: 12 anos

A passagem da infância para a adolescência também se faz presente


em Machuca, sobrenome de um dos dois personagens que
protagonizam o filme chileno. Gonzalo, loiro, branco e de uma família
abastada, torna-se amigo de Pedro, garoto pobre, de origem indígena e
morador da periferia de Santiago. Os dois garotos se conhecem na
escola, dirigida por um padre progressista que, no Chile do início da
década de 1970, decide colocar estudantes de baixa renda dentro da
instituição. Conforme a situação política do país se complexifica e a
luta de classes se acirra, os diferentes universos de Gonzalo e Pedro
começam a perder as pontes possíveis, em meio a transição violenta
do governo de Salvador Allende para a ditadura de Augusto Pinochet.

#5. Infância clandestina (Benjamín Ávila, Argentina, 2012)


Classificação indicativa: 14 anos
A temática da ditadura militar e de pais militantes aparece novamente
na produção argentina, baseada na vida e na experiência do próprio
diretor. Juan, um menino com cerca de 12 anos, vive na
clandestinidade junto com os pais e o tio, militantes montoneros. Para
fora de casa, Juan tem outra identidade, Ernesto, e precisa escondê-la
de seus novos colegas da escola, incluindo a menina por quem se
apaixona, assim como ocultar as atividades políticas de seus
familiares. Outra produção argentina que também aborda o olhar
infantil sobre a ditadura é Kamchatka, de 2002. No Brasil, O ano em
que meus pais saíram de férias tem um enredo semelhante.

#6. Filhos do Paraíso (Majid Majidi, Irã, 1998)


Classificação indicativa: livre

Ali, um garoto de 9 anos de uma família pobre leva os sapatos de sua


irmã para consertar, mas acaba por perdê-los no caminho de casa.
Sabendo que os pais não têm dinheiro para comprar outro, ele e a irmã
mais nova passam a compartilhar o tênis do menino, o que fazem
escondido e com muitos sacrifícios e artimanhas. Para tentar resolver
o problema, o garoto se inscreve em uma corrida infantil, cujo prêmio
para o terceiro colocado é um novo par de sapatos. O filme foi
indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

#7. O garoto da bicicleta (Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne,


Bélgica, 2011)
Classificação indicativa: 14 anos

Cyril, um garoto de 11 anos é deixado pelo pai em um orfanato.  No


início, ele acredita que o pai irá voltar para buscá-lo, mas, depois,
decide tomar a iniciativa e procurá-lo. O menino conhece por acaso
uma cabeleireira, que compra a sua bicicleta de volta. A pedido do
menino, ela permite que ele viva com ela nos finais de semana. Juntos,
Samantha e Cyril tentam encontrar o pai, mas ele não quer mais ver o
menino e pede que Samantha o adote.

#8. O Tambor (Volker Schlöndorff, Alemanha, 1979).


Classificação indicativa: 16 anos
O filme – baseado na obra do Nobel de Literatura Günter Grass, que
ajudou no roteiro – ganhou diversos prêmios, como o Oscar de Filme
Estrangeiro e a Palma de Ouro em Cannes, título que dividiu
com Apocalipse Now, em 1979. O protagonista ganha um tambor aos
3 anos, idade na qual decide permanecer para sempre, como “um
gnomo”, recusando-se a crescer. Anos depois, ainda com alma de
menino, Oskar vive a ascensão do nazismo e expressa o mal-estar por
meio do rufar do tambor e de seus gritos.

#9. A língua das mariposas (José Luis Cuerda, Espanha, 1999)


Classificação indicativa: 16 anos

O filme, baseado em três contos do escritor Manuel Rivas, conta a


história de Moncho, um menino de 7 anos que morre de medo de ir à
escola por acreditar que ali será duramente reprimido por seus
professores. Por sorte, Moncho tem como docente a Don Gregorio, já
idoso e próximo a se aposentar, por quem o garoto se encanta,
passando a se envolver e a desfrutar da escola. Às vésperas da Guerra
Civil Espanhola, o menino também passa a viver a intensidade política
do momento, que impacta suas relações pessoais, incluindo sua
amizade com Don Gregorio.

#10. Indomável Sonhadora (Benh Zeitlin, EUA, 2013)


Classificação indicativa: 10 anos

O filme mostra uma realidade diferente da que estamos acostumados


a ver em produções norte-americanas: a vulnerabilidade social
presente nos estados do sul do país. Hushpuppy é uma menina que
vive com seu pai doente em uma comunidade pobre do estado da
Louisiana, em meio a um lugar pantanoso, afetado por enchentes e
desastres naturais – em uma alusão aos impactos do Katrina nessa
região do país. Quando uma forte tempestade atinge o povoado, a
menina recorre à fantasia e busca encontrar a sua mãe desaparecida e
curar o pai.

#11. Persépolis (Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, França, 2007)


Classificação indicativa: 12 anos
A premiada animação está baseada na autobiografia da iraniana
Marjane Satrapi, escrita no formato HQ. O filme retrata sua vida até
seus vinte pouco anos, detendo-se por um tempo em sua infância, que
coincidiu com o período das movimentações populares que levaram à
queda do Xá Reza Pahlavi, em 1979, e a subida ao poder dos líderes
xiitas. Marjane relembra os impactos das transformações sociais na
vida de sua família, formada por intelectuais de esquerda, o que
culminou com a decisão de seus pais de enviá-la para a Europa.

#12. Cría Cuervos (Carlos Saura, Espanha, 1976)


Classificação indicativa: indisponível

A temática da morte, do luto e como ele é vivido pelas crianças está


presente nessa obra de Carlos Saura, na qual a pequena Ana procura
compreender as razões do falecimento de sua mãe e seu pai, em um
curto espaço de tempo. Ela recorre à fantasia para explicar as perdas
e passa a acreditar ter poder sobre a vida e a morte das pessoas a sua
volta. A menina passa a viver com uma tia e receber uma educação
rígida, em um contexto de uma Espanha que chegava ao fim da
ditadura franquista. Ela narra suas lembranças vinte anos após as
cenas retratadas, criando um diálogo entre as recordações infantis e a
vida adulta.

#13. Fanny e Alexander (Ingmar Bergman, Suécia, 1982)


Classificação indicativa: 14 anos

A história do clássico de Ingmar Bergman se passa no início do século


20, na cidade sueca de Uppsala, e reflete um pouco da própria infância
do cineasta. Após uma festa de Natal, o pai dos irmãos Fanny e
Alexander passa mal e falece. A mãe das crianças decide casar-se de
novo com um rigoroso bispo que se torna o padrasto das crianças.
Elas vivenciam uma abrupta mudança: de um lar afetuoso, cercado
pelas artes e pelo teatro, para uma residência sombria, com regras
rígidas. Os irmãos não têm acesso a livros, brinquedos e Alexander
passa a fantasiar com o fantasma do pai e também com os da ex-
esposa e filhas do padrasto. Conforme a mãe toma consciência da
real personalidade do novo marido e de quanto os seus filhos sofrem,
passa a planejar uma maneira de levá-los de volta à casa da avó.
#14. Túmulo dos Vagalumes (Isao Takahata, Japão, 1988)
Classificação indicativa: indisponível

Discutivelmente a grande obra de Isao Takahata, sócio do lendário


Hayao Miyazaki no Estúdio Ghibli, a animação de 1988 é também
possivelmente um dos filmes mais tristes – e estranhamente bonitos
– já produzidos. Ele narra os esforços e a luta pela sobrevivência do
menino Seita e sua irmã Setsuko, de quatros anos durante
os firebombings que o país sofreu durante a II Guerra Mundial e que
causaram entre 200 e 900 mil mortes de civis. Isolados do mundo
adulto, em um abrigo construído por eles que é pleno de sentido e
carregado de dificuldades, eles enfrentam a tragédia, a morte, a fome,
a violência e a indiferença, revelando momentos de solidariedade,
cuidado, beleza e amor.

#15.  Onde vivem os os monstros (Spike Jonze, EUA, 2009)


Classificação indicativa: 10 anos

Em 1963, Maurice Sendak lança um livro de 338 palavras sobre um


menino chamado Max, que ao ser repreendido pela mãe, vê seu quarto
transformado numa floresta mágica. Ao chegar lá, domina os
monstros e se torna rei. Sentindo-se sozinho, volta para casa onde
uma janta o espera. O livro, rejeitado por professores e livreiros,
causava enorme fascinação nas crianças e acabou por vender quase
20 milhões de cópias ao redor do mundo. Não à toa: nele estão
representados diversas fases e emoções do desenvolvimento infantil,
da raiva ao luto, da imaginação à tirania. Essas mesmas 383 palavras
viraram um longa-metragem – muito mais indicado para adultos – que
olha mais detidamente sobre a jornada de Max neste lugar assustador,
escondido, próximo e familiar no qual vivem os – nossos, de todos –
monstros.

#16. Bom dia (Yasujiro Ozu, Japão, 1959)


Classificação indicativa: indisponível

Um dos maiores cineastas do Japão, Ozu ficou marcado por usar um


ponto de vista do nível do chão (tatame) ao filmar planos internos. A
escolha estética faz ainda mais sentido quando em um filme
como Bom dia, um dos últimos do diretor, que retrata a batalha de
duas crianças – que fazem uma greve de silêncio – para conseguir um
televisor em um Japão em franca industrialização e ocidentalização
no pós-Guerra. O enredo, aparentemente trivial, revela os choques
entre tradição-modernidade, mundo adulto-infância e ocidente-oriente.
Um especialista em extrair tudo que há de mais humano e universal na
rotina, Ozu traz neste filme um retrato bem-humorado da rebeldia
infantil, da vida escolar e dos desafios de um país em reconstrução.

#17. A viagem de Chihiro (Hayao Miyazaki, Japão, 2001)


Classificação indicativa: livre

Vencedor do Oscar de melhor animação em 2003 (o qual Miyazaki não


foi receber em protesto à Guerra do Iraque), o filme retrata a jornada
de Chihiro, uma menina de dez anos, em um mundo fantástico, no qual
ela se vê presa após os pais serem transformados em porcos
enquanto mudavam de cidade, deixando seus amigos e rotina para
trás. Lá, ela deve vencer as artimanhas de uma bruxa para voltar ao
seu mundo. Maravilhosamente ilustrado pelos animadores do Estúdio
Ghibli,  A  Viagem de Chihiro é também o testamento do percurso
sensível da protagonista por um universo estranho e pouco familiar,
que todos somos forçados a encarar: o fim da infância.

#18. Kes (Ken Loach, 1969)


Classificação indicativa: indisponível

Morando com a mãe e com um irmão abusivo, o garoto Billy Kasper é


estigmatizado pela escola e pelo mundo em que vive, nos arredores da
região mineira de York, um local característico da classe operária
inglesa em declínio. Desinteressado pelas matérias da escola, Billy
descobre um interesse pela falcoaria, começa a estudar o tema e logo
captura e domestica um falcão. Um dos primeiros filmes de Ken
Loach, um diretor consagrado por retratar as lutas sociais e os
desafios das populações mais vulneráveis, Kes apresenta um enfoque
próximo e afetivo da vida de um menino remando contra o mundo,
movido pela curiosidade, pela inventividade e pela simples
necessidade de sobreviver e dar sentido à sua vida, em meio a tudo
que lhe agride.
#19. O Contador de histórias (Luiz Villaça, Brasil, 2006)
Classificação indicativa: 10 anos

O filme é uma biografia de  Roberto Carlos Ramos. O filme se passa na


década de 1970,  na cidade de Belo Horizonte. Então um garoto,
Roberto vive com a mãe e nove irmãos em uma favela e acaba indo
para a Febem, antiga Fundação Casa. Entre a rua a instituição, o
menino vai sobrevivendo de pequenos delitos e se torna usuário de
drogas. Na rua, conhece a pedagoga francesa Margherit Duvas que
decide adotar Roberto, o alfabetiza e o leva à França, onde tem a
oportunidade de continuar os estudos. Anos depois, Roberto retorna à
Febem, mas como professor, para educar aos internos.

#20. Meu pé de laranja lima (Marcos Bernstein, Brasil, 2012).


Classificação indicativa: 10 anos

Baseado no livro de mesmo nome que atravessa gerações de


brasileiros, o filme conta a história de Zezé, um menino inquieto, que
vive em uma família muito pobre no interior de MG, com um
pai desempregado e alcoólatra e uma mãe que se esforça para manter
a casa. Por conta de suas travessuras, Zezé é constantemente
submetido a castigos e privações. Solitário, Zezé brinca no quintal e
encontra companhia em um pé de laranja lima, o qual apelida de
Minguinho. Em uma de suas confusões, acaba brigando com o
Portuga, um senhor que vive nas redondezas. Aos poucos, o menino e
o velho vão deixando a rivalidade de lado, tornam-se amigos e
compartilham histórias do mundo de fantasias de Zezé. 

Dafne Melo, do  Portal Aprendiz  – Colaborou Pedro Nogueira, do Portal


Aprendiz. 

As classificações indicativas foram verificadas na página


do Ministério da Justiça.

*Fazem parte do Redação na Rua os sites  Catraca Livre,  Centro de


Referências em Educação Integral,  Guia de Empregos,  Portal
Aprendiz,  Porvir  e  VilaMundo.

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