Sie sind auf Seite 1von 3

Nome: Sofia Mutola

OGOT, Bethwell Allan. História geral da África, V: África do século XVI ao XVIII.
Brasília: UNESCO, 2010
Tema : África nos sec. XVI-XVIII
Pagina Notas Observações
África nos sec. XVI-XVIII
1 Se traçarmos o mapa geopolítico do mundo no ano de 1500,
veremos surgir um certo número de grandes regiões
relativamente autónomas que estavam em certo grau
interligadas fosse através do comércio ou devido a conflitos.
Havia, primeiramente, o Extremo Oriente que, representado
pelo Japão e pela China, pelas regiões do Pacífico e do oceano
Índico, compreendendo as ilhas Moluscos, Bornéu, Sumatra e
a própria Índia, era a fonte de abastecimento do mundo em
especiarias. Em seguida, havia o Oriente Médio que cobria
uma vasta zona compreendendo a península árabe, o Império
Safávida e o Império Otomano, o qual logo englobou a África
do Norte. Depois, havia a Europa, com os eslavos, os
escandinavos, os alemães, os anglo-saxoes e os latinos, que
permaneciam confinados dentro de suas fronteiras. Enfim,
havia a África, com sua encosta mediterrânea ao norte e suas
costas do Mar Vermelho e do Oceano Índico que
participavam, de forma crescente, do comércio internacional
com o Extremo Oriente e com o Oriente. O período que se
estendeu de 1500 a 1800 viu estabelecer-se um novo sistema
geoeconómico orientado para o Atlântico, com seu dispositivo
comercial triangular, ligando a Europa, a África e as
Américas. A abertura do comércio atlântico permitiu a Europa
e, mais particularmente, a Europa Ocidental, aumentar sua
dominação sobre as sociedades das Américas e da África.
Desde então, ela teve um papel principal na acumulação de
capital gerado pelo comércio e pela pilhagem, organizados em
escala mundial. A emigração dos europeus para as feitorias
comerciais da África e dos territórios da América do Norte e
do Sul fez surgir economias anexas que se constituíram no
além-mar. Estas desempenharam, em longo prazo, um papel
decisivo na contribuição para a constante ascensão da Europa
que impingia sua dominação sobre o resto do mundo.
Do ponto de vista dos historiadores, o período que vai de 1450
a 1630 foi marcado, na maioria dos países europeus, em
particular, naqueles do Oeste e do Sudoeste, por uma
formidável expansão económica, política e cultural. Com o
tempo, acentuou-se a divisão do continente em um Noroeste
avançado, do ponto de vista econômico, uma península ibérica
relativamente pouco desenvolvida e um vasto Centro-Oeste
em rápido desenvolvimento, mas, também, cada vez mais
dependente dos mercados ocidentais.
O trafico de escravos
Portugal foi atraído inicialmente para a África Negra pelo
8 ouro, que era anteriormente exportado pelos países islâmicos.
Não obstante, eles não tardaram a perceber que a África
possuía uma outra mercadoria, também fortemente procurada
pelos Europeus: os escravos. Ainda que a escravidão na
África fosse diferente da escravidão praticada pelos europeus,
a tradição de exportar escravos para os países árabes era muito
antiga em grandes partes do continente, em particular do
Sudão. Nos séculos XV e XVI, esta tradição pareceu ter
ajudado, em certa medida, os portugueses a conseguir,
regularmente, escravos em uma grande parte da África
Ocidental, notadamente, na Senegâmbia, parceira económica,
de longa data, do Magreb. Os portugueses, que penetravam
cada vez mais profundamente nas regiões do sudeste da África
Ocidental, aplicaram, com sucesso, as práticas comerciais
utilizadas na Senegâmbia. Compreendendo o carácter
indispensável da cooperação dos chefes e dos mercadores
locais, dedicaram-se a interessá-lo são trato de escravos. Os
portugueses não ignoravam que isto pudesse resultar em uma
intensificação dos conflitos entre os diversos povos e Estados
africanos, os prisioneiros de guerra tornando-se o principal
objecto deste comércio, mas eles deixaram muito cedo de se
opor as objecções morais, pois, como muitos outros na
Europa, eles acreditavam que o tráfico abria aos negros o
caminho para a salvação: não sendo cristãos, os negros
haveriam de ser condenados por toda a eternidade se eles
ficassem em seus países.

Das könnte Ihnen auch gefallen