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TRANSCRIÇÃO AULA 6: Glicose

Arthur Tolentino, Bruna Amichi, Diego de Oliveira, Fernanda Abreu, Glauber Sena, Hanny Chris,
José Victor Sá, Laís Marion, Liliane Reis, Manoela Boia, Nadine Correia, Rodrigo Santos, Samille
Santos e Suzane Tínel.

GLICOSE

Como vocês sabem, nós temos um único hormônio regulador da glicemia, causando hipoglicemia, a
insulina. Como veremos hoje, é perigoso termos hipoglicemia, porque ela pode lesar neurônios. E
nós temos 6 hormônios hiperglicemiantes: Adrenalina, glucagon, cortisol, GH, testosterona e
hormônio tireoideano. Desses, 4 são Contra-regulatórios (hipoglicemia é estímulo para sua
liberação), e 2 são Extrarregulatórios (hipoglicemia não é estímulo). Que quer dizer isso:
testosterona e hormônio tireoideano causam hiperglicemia, porém a hipoglicemia não atua como
estímulo para a liberação desses hormônios.

Para vocês terem uma ideia, o estoque de hormônio tireoideano na tireoide dura até 120 dias.
Quantidades mínimas desses hormônios poderiam salvar a vida de quem está com hipoglicemia,
mas nenhum hormônio é liberado nesse sentido.

Você pode morrer em hipoglicemia e esses hormônios não serão secretados. Portanto, embora
sejam hiperglicemiantes, eles não regulam a glicemia, portanto não são contra-regulatórios.

Nós colocamos aqui esta sequência de hormônios não por acaso. Ela denota a rapidez de resposta a
hipoglicemia e a potência dos efeitos.

Começando pela adrenalina. A adrenalina é um hormônio metabólico, diferente da noradrenalina


(que é mais neurotransmissor). Ela é é liberada em segundos, assim que é detectada hipoglicemia
sobrevém uma descarga simpática, que inclui a glândula adrenal. Com isso você aumenta o AMPc
em órgãos alvo, sobretudo fígado e panículo adiposo. Fígado para quebrar glicogênio, através da
glicogenólise, causando hiperglicemia. Panículo adiposo para oferecer uma molécula combustível
alternativa para a musculatura, os ácidos graxos. A adrenalina estimula a enzima Lipase hormônio
sensível, que mobiliza lipídios, que virarão corpos cetônicos.

Na sequência, em minutos pós detecção de hipoglicemia, aumenta o nível de glucagon. O glucagon


tem uma potência maior que a adrenalina. Ele tem um recurso a mais. A adrenalina tem um efeito
que é auto-limitado e muito transitório. Isso porque ela quebra glicogênio, mas se você estiver em
jejum você não tem glicogênio. Então nós podemos ter discargas simpáticas de repetição e
continuar em hipoglicemia. O glucagon não. O glucagon ativa a gliconeogênese, e este é o seu
recurso a mais. O glucagon desrreprime um gene de uma enzima que normalmente a gente não tem.
Somente na vigência de níveis elevados de glucagon é que você tem a desrrepressão desse gene e
você faz a gliconeogênese.

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Então nós temos aqui uma situação melhor do que no caso da adrenalina. Se por acaso você estiver
em jejum, o glucagon pode normalizar sua hipoglicemia. Porque ele vai quebrar o glicogênio, se ele
existir; se não houver mais glicogênio, ele fará gliconeogênese, de modo que você passa a converter
aminoácidos e proteínas em glicose.

Só que o efeito do glucagon também é limitado. O glucagon também estimula fígado e rim a
converter aminoácido em glicose. Só que não existem receptores para o glucagon no músculo
esquelético. Não há catabolismo proteico. Então o glucagon tem os instrumentos para normalizar a
glicemia, mas ele depende de um suprimento de aminoácidos. Como ele próprio não faz
catabolismo proteico, ele só vai conseguir realizar gliconeogênese enquanto o fígado e o sangue têm
esses aminoácidos.

Portanto, em jejum, a resposta da adrenalina e glucagon são muito pobres. Se esses dois, que agem
em segundos e minutos, respectivamente, não resolverem, o próximo a ser liberado é o

cortisol, cujo efeito dura semanas. O cortisol tem uma potência hiperglicemiante violenta. Ele é
intensamente catabólico, sobre todos os metabolismos. Ele faz lipólise, e ele quebra proteínas,
oferecendo um suprimento vasto de aminoácidos para que o glucagon faça a gliconeogênese.

O cortisol não é potencializador do glucagon; o que ele faz é fornecer o substrato. Esse efeito
catabólico é tão importante, que quando você faz corticoterapia com o indivíduo o problema é que
ele vai ter osteoporose; vai ter tuberculose, porque as defesas do organismo são todas proteicas.

Se o cortisol não resolver, é então liberado o GH. Aqui, o efeito dura de semanas a meses. Então
observe que existe uma sequência de liberação de substâncias hiperglicemiantes, terminando com o
GH.

O GH é uma coisa misteriosa. Tinhamos uma noção antiga de que ele agia no fígado, e liberava
somatomedinas. O problema é que descobriu-se que o GH não tem quase nenhum efeito direto. Ele
é convertido em peptídeos semelhantes à insulina (IGFs). A insulina é hormônio hipoglicemiante,
mas o GH é hiperglicemiante. Por isso, o que nós sabemos hoje é que pouco sabemos sobre o efeito
do GH.

Portanto, a ordem é: Adrenalina é liberada em segundos (e seus efeitos duram minutos); glucagon é
liberado em minutos (e seus efeitos duram horas); cortisol é liberado em horas (e seus efeitos duram
dias); e GH é liberado em dias (e seus efeitos duram semanas). Esta é uma ordem crescente de
ativação e de potência. Lembrando que eles geram problemas, se em excesso, especialmente o
cortisol.

PERGUNTA: Professor, e o tempo de ação para fazer efeito, tipo, de duração assim?

RESPOSTA: Não, aqui veja... A adrenalina é liberada em segundos, os efeitos duram minutos.
Aqui (outro hormônio) leva minutos para ser liberada após detecção da hipoglicemia, o efeito dura
horas. Aqui (outro hormônio) leva horas para ser liberado e o efeito dura dias. Aqui (outro

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hormônio) leva dias para ser liberado e o efeito demora dias a semanas para terminar. A glicose é
um combustível especial porque ela não gera “lixo atômico”.

PARÁGRAFO DE BLÁBLÁBLÁ SOBRE ENERGIA NUCLEAR: A disponibilidade de energia


nuclear é algo extraordinário. Quando caiu o muro de Berlim, os especialistas ficaram muito sem ter
o que fazer, e a causa que eles abraçaram foi combater a energia nuclear porque destruiria o planeta
com o lixo atômico. Então houve um atraso de quase 40 anos para se retomar, mundo a fora... todos
os problemas que (inaudível em 12:16) se confrontou frente a pesquisa são problemas superados.
Então, obviamente que dar uma destinação segura para o lixo atômico não seria um problema
tecnológico muito grande, seria um problema cultural... As pessoas que mais se opõem são as que
não se interessam em ler e se informar adequadamente a respeito disso; lembrem do embuste (sim,
ele usou essa palavra exatamente) de aquecimento global (???), que tem se prestado ao
enriquecimento de muita gente.

Mas o fato é o seguinte: quando você oxida a glicose, sai CO2, que é facilmente eliminado pela
expiração, e água, que diminui a sua necessidade de ingesta. Quando você metaboliza gordura, você
gera corpo cetônico, que pode dar acidose e matar o paciente. Quando você metaboliza proteína,
você produz muita amônia e ureia, que lesa o rim (confuso de 13:25 a 13:27). Então, são
combustíveis de má qualidade, deixam resíduos, o lixo atômico.

A glicose é consumível virtualmente em todas as células, porém é basicamente o único combustível


para o cérebro, o neurônio... neurônio pode usar corpo cetônico, mas o neurônio tem um problema:
ele recebe material que atravessa a barreira hematoencefálica; como os corpos cetônicos são
hidrossolúveis, são formas hidrossolúveis da lipase de (confuso de 14:16 a 14:18) gordura, o
cérebro tem esse problema, ele não recebe normalmente corpos cetônicos. Se você estiver em jejum
prolongado ou se você fizer cetoacidose... cetoacidose a gente vai ver, mas você tem no diabetes,
você tem no jejum, você tem no alcoolismo... a concentração aumenta tanto, pode passar de mil
vezes maior, que esses corpos cetônicos conseguem atravessar a barreira hematoencefálica. Então o
neurônio tem engenharia metabólica para metaboliza-los, e depois de cerca de 5 dias você consegue
metabolizar corpo cetônico.

Mas o combustível ideal é a glicose. Existem canais... a glicose também é hidrossolúvel, mas como
é um combustível excepcional, e, só para lembrar: a circulação cerebral como ocorre é auto-
regulada; nas coronárias quem regula é a adenosina, no cérebro é o CO2. Então veja que quando
você faz o metabolismo aeróbio da glicose, e no cérebro tem que ser aeróbio, por causa da elevada
taxa metabólica... o metabolismo anaeróbio, a fermentação, produz 19 vezes mais ATP, então não
dá resultado para o cérebro, tem que ser aeróbio, e o aeróbio só gera CO2 e água, não tem resíduo.
Então, é interessante: quando você aumenta a taxa metabólica cerebral, quando precisa de mais
oxigênio, esse CO2 vasodilata as arteríolas neurais, aumentando o fluxo de sangue para o cérebro;
se o cérebro baixar a taxa metabólica, a produção de CO2 cai e as arteríolas cerebrais vasocontraem.
Então, uma das razões para você ficar tonto quando você hiperventilar, porque está com medo ou
voluntariamente, é que se você faz hiperventilação você faz alcalose respiratória, você diminui o
CO2 e aí as arteríolas cerebrais se fecham, e aí você começa a oferecer menos sangue, portanto,

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menos oxigênio mais ATP para sua córtex, se você insistir você desmaia. Pessoas com síndrome de
conversão (inaudível em 16:54 a 16:58) essas pessoas podem ter uma crise pela hiperventilação.

A retina é célula central (???); hemácias não têm mitocôndrias, não podem fazer fermentação, e as
gônadas... de modo que em situações de escassez do combustível glicose, vários mecanismos
prostáticos (confuso e sem sentido em 17:24) são ativados o mais rápido possível, descarga
simpática é mais importante, para proibir o consumo de glicose em todas as células do corpo, menos
essas. Os rins e, sobretudo, o fígado passam a produzir glicose; no começo, a partir do glicogênio, e
depois a partir de proteínas pela gliconeogênese, e você não tem a glicemia (???). No sangue dos
humanos, tem em média 5g de glicose, mas cada molécula que é produzida deve ser reposta de
imediato... a hipoglicemia mata por razões que a gente vai ver hoje. De modo que no jejum e em
qualquer outra circunstância de escassez, como por exemplo no diabetes, porque vai haver fartura
fora da célula e escassez dentro da célula, você tem ajustes de modo a garantir que somente esses
tecidos possam utilizar a glicose.

Quando a gente ingere uma refeição, 60% das calorias são de carboidratos que são absorvidos como
glicose, não importa se foi de massa, se foi feijão, se foi refrigerante, porque o que entra no sangue
é glicose; 30% lipídio; 10% proteína. Agora quando é hidrossolúvel... O intestino tem uma espécie
de alfandega, onde o que é lipossolúvel vai para quilomícron, não passa pelo fígado, segue para
absorção por linfáticos para evitar a passagem pelo fígado, e tudo que é hidrossolúvel, como
proteínas, carboidratos e glicerol vão para o fígado. Mas o fígado não fica com toda a glicose, todo
aminoácido; 70% dessa glicose escapa dessa circulação chamada de esplâncnica. O escape
esplâncnico, portanto, são de 30%; são esses 30% que irão fazer a hiperglicemia pós prandial, que
inclusive pode ser utilizada... era assim no passado e continua sendo assim, por dificuldades de
atualização de alguns locais, porque o critério diagnóstico de diabetes já é outro hoje em 2017...
Mas o fato é que: dosagem de glicemia depois de duas horas sempre fez parte dos critérios
diagnósticos da doença diabetes, exatamente avaliando o impacto... só para vocês terem uma ideia:
um paciente diabético pode ter um escape esplâncnico não de 30%, mas de 110%. Então gente, não
é possível que quem tem um escape de mais de 100% se elegeriam 500g, quando ele tem que ter no
máximo 500g, então ele tem mais. (????????) O que a gente chama de escape esplâncnico é a
quantidade de glicose na veia supra-hepática (?) isso drena para o fígado. Normalmente aí você tem
30% da glicemia do sangue portal, que vai entrar no fígado. Se o cidadão é diabético, e esse
diabetes já está estabelecido, ele pode ter uma glicemia maior no sangue da veia supra-hepática do
que da veia porta hepática. O fígado, como eventualmente todos os órgãos dos sistemas nossos
(confuso de 21:18 a 21:20) tem dois tempos, como o coração na ejeção (sístole) e enchimento
(diástole), o pulmão com inspiração e respiração, sono e vigília... Ora ele capta glicose, quando
você está se alimentando, e ora produz glicose. Então o fígado fica ciclando entre jejum e
alimentação; produz o ciclo jejum-alimentação.

O fato é que, se o fígado está em um corpo diabético, ele não é informado que o paciente cessou o
jejum, que ele deve parar de produzir a glicose que ele produz no jejum. Lembre-se, temos sempre
5g de glicose circulando. Se você está no jejum, nenhuma molécula é absorvida pelo intestino, mas
ela é consumida, então alguém tem que repor, esse alguém é o fígado. Como o fígado responde, na
pessoa sadia, por 85% de toda produção corporal de glicose, nós ficamos com o fígado como o
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exemplo. Então veja a situação, se o fígado pensa que você continua em jejum, porque não foi
avisado e você fez uma refeição de uma pizza tamanho família, uma feijoada com muito arroz ou
uma macarronada, e ele continua produzindo glicose, você vai ter a mesma glicemia do sangue
portal que estará alta, pois você estará absorvendo a glicose da refeição e mais o que o fígado
produzido achando que você está em jejum. O fígado precisa ser avisado que você está alimentado,
absorvendo..., para isso nós temos um sistema de regulação que, antes da primeira molécula de
alimento ser absorvida no intestino, o pâncreas já está produzindo mais insulina e parando a
produção de glucagon e o fígado é avisado: olhe, o cidadão comeu, pare de produzir e comesse a
captar glicose. Se esse sistema não funciona, e isso acontece na doença diabética, o cidadão pode ter
um escape esplâncnico muito maior do que os 30% normais. Se o escape é maior do que 30%, ai
tem glicemia pós-prandial muito maior do que o normal e isso causa problemas; primeiro
resistência a insulina, agravamento do diabetes ou descompensação se é um individuo diabético
geneticamente, mas que não tinha a doença diabetes (Ter o gene não significa ser diabético).
Ninguém fica diabético se não tiver gene do diabetes, estou falando do tipo I e do tipo II, que
respondem por 99,X% dos casos de diabetes. Aquela história de que se você come muito, fica obeso
e vi ficar diabético é conversa fiada, a obesidade descompensa se você é um diabético genético e até
então não tinha a diabetes doença.

BRUNA PERGUNTA SOBRE O ESCAPE ESPLÂNCNICO. RESPOSTA: Se você ingeriu 100g


de carboidrato essas 100g vão aparecer no sangue portal, 70% vão ficar no fígado e 30% vão para a
circulação, 15% disso vai para o cérebro, uma parte para o panículo adiposo, músculo... Vai dar
hiperglicemia. Se você ingeriu 200g, então vão escapar 60g.

Da glicose do escape esplâncnico você vai ter cérebro, hemácias, músculos e adipócitos ajudando a
tamponar essa hiperglicemia pós-prandial. O principal órgão tamponante, que evita variação da
glicemia, é o fígado. No paciente diabético, ele pode sair de uma glicemia de jejum de 110 para
uma de 400 em uma única refeição, então ele tem um escape de 100 ou mais porcento. Agora, se
você fax uma refeição, a mesma do que chegou a 400, o fígado segura 70%, portanto a
hiperglicemia não será causada por 100% do alimento que você ingeriu, será por apenas 30%.

Esse sangue com hiperglicemia pós-prandial, que em uma pessoa sadia geralmente vai pra 150, 180,
só raramente passa de 200, pois quando passa de 200 ele geralmente tem uma resistência à insulina.
É este sangue hiperglicêmico quem vai ao pâncreas induzir secreção de insulina. Na pessoa não
diabética isso está normalizada isso está normalizada em até duas horas, se em duas horas não
normalizar, ele tem algum distúrbio da homeostase da glicose; ele pode ser um pré-diabético ou um
diabético. Se passar de 200 ele é diabético, sem precisar fazer outros exames. Se tiver abaixo de
200, mas não tiver normal, você diz que é pré-diabético (pela antiga diretriz antiga era intolerante a
glicose). Em diabéticos a insulina não existe (diabetes tipo 1 ou alguns tipos de diabetes tipo 3) ou
existe mas não funciona, que é o caso da maioria dos diabéticos (diabetes tipo 2), correspondendo a
94% dos casos de diabetes, enquanto o tipo 1 corresponde a 5 a 6%. Por que tão poucos quando
comparados ao tipo 2? Porque O diabetes tipo 2 tem um pico de diagnóstico aos 46 anos de idade
(entre 40-50 anos é que aparece), sendo chamado, antigamente, de diabetes da maturidade, mas
deixou de ser chamado assim, porque existem seis tipos de diabetes MODY (Maturity-
Onset Diabetes of the Young – “Diabetes da maturidade na juventude” – tradução de George), ou

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seja, tem jovens com diabetes da maturidade. O diabetes tipo 1 já foi chamado de infanto-juvenil,
pois às vezes acontece no berço, a criança que não consegue chorar, mamar… mas geralmente
acontece na adolescência. Então a explicação da alta prevalência do diabetes tipo 2 fica fácil de
entender. O diabetes tipo 1, até 1921, não tinha cura, todo paciente fazia uma complicação aguda e
era esse dia que a família descobria que ele era diabético e ele morria, portanto, o indivíduo morria
aos 10 anos e não deixava descendentes, o gene morria com ela. A medicina, ao prolongar a vida
desses indivíduos, permite que surjam famílias com diabéticos do tipo 1. Para o diabetes do tipo 2,
que se expressa depois dos 40 anos, ter expectativa de vida além dos 40 anos é uma coisa do século
XX para cá.

História sobre Matusalém…

Se você seguir a serio as escricões dos Sumérios, eles usavam a escrita cuneiforme na argila KKK
VEI WTF ELE COMEÇA A FALAR DE ASTRONAUTA (ele começa a falar mt merda, me
recuso a transcrever). É natural que todos os genes, inclusive aterosclerose e DM tipo II, que se
expressam após os 40 anos tenham uma prevalência muito grande. Os genes que se expressam em
crianças em doenças incuráveis, no caso diabetes tipo I, naquela época incurável não deixaram
descendentes. Então a tendência seria o gene desaparecer na população. Eu quero enfatizar que, seja
diabético tipo I ou tipo II, o problema está na secreção da insulina. Nós descobrimos isso há exatos
10 anos, em 2007, pela primeira vez, nós descobrimos que aquela ideia que diabético do tipo I não
tinha insulina e diabético tipo II tinha excesso de insulina era um conceito absolutamente errado.
Esse erro fazia com que a gente perseguisse um resultado falso. Você tratava um paciente diabético
e ele caminhava, apesar do tratamento supostamente bem conduzido, para ficar cego, morrer de
infarto, ficar anéfico, com gangrena, incontinência urinaria, ou seja, com todas as complicações da
diabetes.

Isso era desconfortável, mas em 2007, nós descobrimos o porquê disso. Havia na doença diabética,
seja porque ela não existe ou porque não funciona, um escape esplâncnico aumenta. Por que
aumenta? Eu disse aqui que antes de haver absorção do alimento, o pâncreas aumenta produção de
insulina e diminui a de glucagon e isso é jogado no sangue portal. Não é do acaso que a veia
pancreático drena pra veia porta. O primeiro órgão a receber insulina é fígado. E como você está
colocando insulina, numa quantidade de sangue, não são os 8L de sangue que você tem circulando
no sistema, é o sangue que tá circulando agora pela sangue portal. Então algumas moléculas faz
com que a produção de insulina seja muito alta e isso passa pelo fígado. Só pra você ter ideia do que
é o Fígado. Ele pesa 1kg, então se o individuo pesa 80 kg, você tem ideia de quantas unidades de
insulina ele faz por minuto? Mulher em geral com 60 kg, homem em geral com 80 kg, qual a
produção diária que você tem? É 1 unidade por kg de gente. Então aquele cidadão com 80kg
normal, produz 80 unidades de insulina por dia. O fígado fica com metade. 1 kg desse individua fica
com 40 kg de insulina os outros 79 kg restantes ficam com os outros 40 kg.

Pergunta de MCB bem aplicada: A quantidade de insulina que a gente produz não depende da
dieta? Resposta: Eu estou falando de uma dieta padrão e essa é a grande diferença entre a
terapêutica sempre sofrível e a vida (uau que filosofo). A insulina é um hormônio fatal. E nós temos
proteção contra elas. Você citou a primeira delas. Nós só produzimos a insulina que a gente precisa.
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Só vai produzir as 80 unidades de insulina se eu ingerir a quantidade de calorias que eu preciso pra
aquele dia. Se eu não ingerir, ele vai produzir uma quantidade muito pequena, que a gente chama
insulina basal. Diferente de um paciente diabético que você vai prescrever 80 unidades de insulina.
Se ele omitir 1 refeição ele entre em coma hipoglicêmico. O paciente internado você controla, ele
esta lá vomitando ou não tá se alimentando, ai você orienta pra não dar insulina. Então, o outro
mecanismo, são 80 por dia se você fizer as refeições todas, a cada momento qual o estoque, desse
mesmo paciente com 80kg, de insulina guardada no pâncreas?

Eu falei que na tiroide, um hormônio potencialmente fatal, dura até 120 dias. Qual estoque de
insulina? Qual a cada quantidade de insulina a cada momento? Mulher de 60kg geralmente são 60
unidades, das 60 quantas estão estocadas? Meia no máximo 1 unidade. Essa é uma quantidade
muito pequena, evita que você toma um soco ou uma pancada, faça pancreatite e morra em
hipoglicemia. Porque se você tivesse um estoque grande, você liberaria essa insulina e mataria o
paciente em hipoglicemia. Aí que tá, isso não acontece. Porque vai diretamente pro consumidor. O
grosso das 80 unidades da insulina são fabricadas de acordo com a quantidade de comida do
indivíduo. Não no diabético. Então tem pouca insulina fatal armazenada é uma defesa contra
hipoglicemia. Qual é a outra? Como as catecolaminas, a insulina exibe um comportamento
hormonal chamado downregulation, regulação pra baixo. A insulina regula a quantidade de receptor
de insulina. Quanto maior a quantidade de insulina menor a quantidade receptor e vice versa. Se
você ficar liberando cronicamente, todo dia muita insulina, a resposta tecidual à insulina cai. Pra
evitar que você morra em hipoglicemia. Então você tem proteção nas duas pontas: no produtor e no
consumidor.

Se você por alguma desregulação produzir excesso de insulina isso causará diminuição na
quantidade de receptor de insulina pra evitar que você morra, hipoglicemia, porque é um hormônio
perigoso. Se o indivíduo tem ausência de insulina ou ela existe e não funciona, o escape esplâncnico
vai aumentar na proporção da gravidade do defeito. Se ele tiver zerado de insulina, ele vai ter um
escape esplâncnico maior que 100%, se ele tiver insulina e houver resistência a ação insulina, ela
funciona mal, então você vai ter um escape entre 30%, normal, e 100% ou mais de 100%. Aí
depende da gravidade da resistência.

Ao dizer isso, eu já to dizendo a vocês, que a intensidade da hiperglicemia pós-prandial depende da


gravidade do defeito. Quanto maior o escape, maior a hiperglicemia pós-prandial.

Se tiver hiperglicemia crônica, há uma destruição de vasos. A doença diabética é uma doença
basicamente vascular. Quando a mulher tá cheia de varizes, você faz a esclerose das varizes.
Homem também tem varizes. Faz esclerose.

Antigamente usava o que? Glicose hipertônica. Hoje não se usa, porque a glicose hipertônica, ela
vai prejudicar o funcionamento de pâncreas, fígado e todo sistema metabólico. Mas se usou durante
muito tempo.

Veja um paciente diabético com hiperglicemia crônica como alguém que tá usando glicose
hipertônica, vai esclerosar os vasos. Qual a consequência da doença diabética no rim. O quê tem no
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rim? A renal, aa lobares, cada um para um lobo, as interlobares, as lobulares, as interlobulares, as
arqueadas, do arco de Áquila dos Unos, arteríola aferente, capilares glomerulares, arteríola eferente,
capilares peritubulares, vasos retos e veias. O resto é túbulo, ou seja, o principal órgão alvo, ou um
dos principais órgãos alvo do diabetes,… só tem vasos la e o diabético por definição é quem tem
glicemia alta, tem glicose hipertônica, vai esclerosar.

Tanto faz você injetar na variz, vai esclerosar, como pegar o sangue do diabético, vai esclerosar o
vaso. Com a diferença, ali só vai lesar os vasos atingidos pela glicose hipertônica que você tá dando
e o sangue do diabético tá indo em todos os locais, inclusive no miocárdio, criando um problema
muito sério. Porque ele tem ateroesclerose acelerada, não é pela hiperglicemia, é por oxidação (que
é isso em 47:30), que você trata com a ponte de safena, mas a hiperglicemia destrói a
microcirculação, o que a gente chama de microcirculação? Arteríola, capilares, vênulas… destrói
isso, então se o paciente tem doença diabética avançada, às vezes botar a ponte não resolve porque
ele faz a ponte, acaba com a obstrução na coronária grande, mas ele não tem capilar, às vezes ele
tem angina microvascular, não tem microcirculação.

Pergunta: É isso q chama de cardiopatia diabética?

Resposta: A cardiopatia diabética engloba muito mais do que isso (interrupção microfone). Existe a
cardiomiopatia, uma miopatia específica, a coronariopatia então é uma doença que envolve
basicamente endocárdio, miocárdio, epicárdio e coronária, então é mais abrangente a cardiopatia
diabética, mas inclui também esta.

No passado, a gente abria o curso com esse paciente aí que por acaso achegou ate mim, mas enfim.
Que ilustra um fenômeno chamado cegueira à glicose.

Seu Fulano é comerciante ali do shopping barra, vendia confecções, relativamente


jovem...desmaiou. Lá tinha um posto pra pegar pressão etc, paramédicos, foi atendido com
urgência. Acordou com dor de cabeça, foi liberado com orientação de procurar um médico. Estava
bem, tranquilo, só com dor de cabeça, beleza, como todo brasileiro, baiano particularmente, não

procurou… foi tomar chá que é bom (críticas à cultura dos chás).Passou mal outras vezes, sentindo
sudorese, extremidades frias, palidez, fraqueza muscular, palpitação, mas não desmaiou, então
solução pra isso: mais chá.

Um dia, foi fazer glicemia e deu normal, não tem nada. Desmaiou de novo. Dessa vez foi um
pouquinho mais demorado, leva pro cardiologista, aí veio pra mim com essa história. Obviamente
era um paciente diabético com cegueira a glicose, pedi o exame e encaminhei pra o setor de
endocrinologia. Pra gente entender como é possível...uma pessoa normal não faz hipoglicemia,
nunca, tem sistema de proteção.

“Ah mas quando era adolescentes eu tive”.

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Se você...adolescente gosta de ficar ate mais tarde, tem educação física cedo… “tô atrasado!” vai
fazer educação física sem se alimentar, vai desmaiar, porque aí vai fazer hipoglicemia. Quando
você faz contração muscular, você joga cálcio no músculo e isso ativa a mesma cascata que capta
glicose e que é deflagrada pela insulina. A gente pode num paciente diabético tipo 1 substituir
algumas unidades de insulina, dar a menos, e passar exercício, jogar bola...substituir a insulina, ele
vai gastar porque não tem como separar. Ao jogar cálcio para contrair o músculo ele também ativa a
cascata que capta glicose, então ele vai ter consumo de glicose, aí faz hipoglicemia… se você fizer
ficar em jejum, você não faz hipoglicemia. Essa é a lógica pela qual tudo mundo que faz greve, faz
de fome, não de sede. Você já viu alguém protestar contra alguma coisa e fazer greve de sede?
porque se fizer greve de sede está morto de 7 a 10 dias, portanto ninguém faz. Mas se você fizer
greve de fome, se tiver água e não fizer atividade física, você vai manter glicemia normal. O
sistema vai fabricar glicose, manter aqueles 5g por uma semana, 15 dias, um mês, 3 a 4 meses,
depende da quantidade de proteína que você tinha no começo da brincadeira. Como geralmente o
cara faz a greve de fome pra aparecer na televisão protestando, uma semana depois ninguém nem
lembra que o cidadão entrou em greve de fome, ele volta a comer ate cansar, ele sai ileso. Se as
pessoas quisessem realmente, fariam a greve de sede, mas sabe que vai morrer, então a gente vive
umbilicalmente ligado à água (Papo sobre homem, civilizações e água).

Pergunta: e aquelas crianças africanas que morrem de inanição, quando você alimenta elas com uma
quantidade comum de comida elas morrem depois? Tem alguma coisa a ver com isso aí?

Resposta: olhe, eu não sei detalhes em relação a essas crianças especificamente, agora é muito
perigoso uma pessoa que está muito tempo sem se alimentar você dar uma quantidade calórica que
seria normal para uma criança pra que ela né, umas estão desidratadas, mas talvez aí um pediatra
possa te ajudar, eu não tenho informações, porque pode ser uma coisa bem específica, viu? Mas me
pare que é dano cerebral por excesso de glicose jogada numa criança que vinha com todo sistema…
só pra você ter uma ideia, depois de 15 dias você para de produzir a partir do T4 o T3, geralmente
você toca o T3 reverso, então a taxa metabólica vai lá pra baixo. Se você dá uma quantidade
calórica que é normal pra uma pessoa normal, aquela uma criança em inanição não tá normal, mas
eu não sei..., eu imagino que seja dano cerebral. Em marasmo, pachocó, são crianças bastante
desnutridas que tem que ter pediatras especializados nisso aí (faz um gancho entre miséria, excesso
de ONGs de proteção do menor e “gritas” contra redução da maioridade penal)

Essa ilhota aqui está sendo redescoberta pois até tempo atrs se achava que célula Beta destruída
jamais poderia ser restauradas. A somatostatina está aqui para evitar uma hiper secreção de insulina,
de glucagon. Porém a drenagem do sangue é feita de tal maneira que torna impossível a
somatostatina produzida pela ilhota atingir a célula por ação parácrina ou autócrina. (papo
improdutivo).

Tem células totipotentes no tecido exócrino dando origens a novas células beta. Você tem célula
alfa que produz glucagon, quando você tem diabetes tipo I, o sistema imune reconhece aquela
célula beta como não própria. Quando a destruição atinge 95% ou mais da população beta original
não tem mais produção de insulina. A célula alfa sofre um processo que começa a produzir insulina
e tem um período que ele produz glucangon e insulina e depois para de produzir glucagon, ou seja,
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a célula alfa vira uma célula beta. Isso chama transdiferenciação. É claro que essa célula será alvo
do mesmo jeito pelo sistema imunológico.

Nós temos defesas contra hipoglicemia que dariam a morte por hipoglicemia, o estoque de insulina
limitado a uma unidade no máximo e ela exibe down regulation, essas são as duas maneiras. A
down regulation cria doença, a secreção de insulina é uma resposta dual, o mesmo estimulo de
despolarização vai abrir o canal e o mesmo estimulo irá fecha-lo com fluxo iônico somente entre
abertura e o fechamento. Aqui também, você vai ter um estimulo, que pode ser glicose ou outro e
vai ter duas secreções de insulina com o mesmo estimulo. Aqui temos um gráfico em que no tempo
0 não há aumento da glicemia, nos primeiros 10 minutos a concentração de insulina aumenta e vai
atingir sempre o mesmo limite e vai normalizando.

Ao tempo de 20 min, antes que se encerre o pico precoce ou primeira fase da secreção de insulina,
começa a surgir uma produção maior da mesma. Como se leva 20 min a mais para se completar,
deduz-se que o tempo precoce está representado por aquela única unidade de insulina que temos no
pâncreas. É a insulina pré-formada, que é liberada de imediato, visto que não daria tempo de
fabricar insulina. Quanto tempo leva para fabricar insulina e ser secretada? Quais são os processos?
Primeiro, essa glicemia alta tem que ser detectada por algum sensor, o qual não sabemos qual é.
Isso leva um tempo. A informação tem que chegar no núcleo, no centro geométrico da célula beta,
para liberar insulina. A informação chega no núcleo, ativa a expressão do gene, formando o RNAm
a partir da cópia da transcrição do gene. Isso também leva um tempo. Esse RNA deve ser
transportado para o citoplasma e encontrar algum ribossomo para ser traduzido numa proteína, que
é a pré-pró-insulina, que sofrerá manipulações para gerar a pró-insulina, a qual sofre manipulações
para formar a insulina. Isso leva de 20 a 40 min. Por isso que dizemos que a insulina inicial é
proveniente do pâncreas. A insulina produzida tende a aumentar entre 20-30 minutos, atingindo
maiores quantidades. Esses valores dependem também da quantidade de alimento que foi ingerido.
(Avaliando-se o gráfico) Intensidade de secreção x tempo. Calculando-se a área correspondente à
delimitação da curva no gráfico, obtemos a quantidade de unidades secretadas em determinado
tempo. Vejam que o tempo é muito maior quando a insulina liberada é a produzida, cerca de 50 min
no caso ilustrado, resultando numa quantidade muito maior de insulina produzida secretada. Esta
quantidade do pico tardio é proporcional à quantidade de alimento ingerido.

A glicose não é o único secretagogo da insulina. Aminoácidos e corpos cetônicos, com exceção dos
ácidos graxos que geram corpos cetônicos, também liberam. Tem uma observação sutil, mas que é
muito importante: se não houver glicose, pode-se encher o pâncreas de aminoácidos e corpos
cetônicos que não haverá resposta. Deve ser assim, pois no jejum tem-se glucágon e cortisol que
aumentam a concentração de corpos cetônicos. Há catabolismo de proteínas, através de
gliconeogênese no fígado. Se você tivesse com glicemia normal ou baixa, o paciente morreria no
jejum, pois iria produzir insulina, liberado pelo aumento de corpos cetônicos e de aminoácidos, que
aumentam no jejum. Corpos cetônicos e aminoácidos só são secretagogos quando a glicemia estiver
normal ou alta.

As células são naturalmente impermeáveis à glicose, pois são fosfolipídeos e colesterol. A glicose,
hidrossolúvel, entra na célula através de um transportador. Uma proteína que se liga a glicose no
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meio extracelular e joga a glicose para dentro da célula. É transporte passivo, seguindo gradiente de
concentração. Essa glicose pré-metabolizada aumenta a quantidade de ATP. Um tipo específico de
canal de potássio é fechado por aumento de concentração intracelular de ATP. Toda célula viva tem
um potencial de repouso, o qual não é o mesmo entre as diferentes células. Todas as células tendem
a despolarizar, de acordo com a ação da bomba de sódio-potássio, concentrando o sódio no meio
extracelular. O vazamento de potássio garante o estado de repouso. Em uma refeição, quando se faz
hiperglicemia, aumenta-se a quantidade de ATP numa célula beta, o que desencadeia o fechamento
de canais de potássio ATP-dependentes. Isso culmina numa célula com potencial de ação auto
induzido, como no nodo sinoatrial. Se há continuidade de entrada de carga positiva, e o canal de
potássio está fechado, a célula despolariza, abrindo canais voltagem dependentes de cálcio. O
influxo de cálcio ativa a miosina e actina. Não se tem sarcômero nas células beta, mas toda

proteína e vesícula de secreção está ancorada por actina e miosina formando o citoesqueleto. O
cálcio promove a fusão da membrana do grânulo de secreção de insulina com a membrana
plasmática, e o conteúdo (insulina e peptídio C) é liberado. Observe que a glicose na célula beta não
tem nenhum destino metabólico. Quando a glicose entra no hepatócito, há todo um mundo de
possibilidades: colesterol, gordura, glicogênio. Na célula beta não. O metabolismo só faz ATP.
Então, qualquer hiperglicemia, maior a quantidade de ATP nas células beta e maior liberação de
insulina. Há acoplamento entre a hiperglicemia e hipersecreção de insulina. Quando a glicose entra
na célula, há fechamento de canal de potássio pois aumento a relação do ATP em comparação ao
ADP.

Quando a glicose entra na célula ela fecha o canal de potássio por que aumentou a relação entre
ATP e ADP, uma relação baixa e glicemia normal. Fechando esse canal os íons que sempre
entraram nessa célula fazem com que ela vá tendo um potencial de repouso variável cada vez menos
negativo, -70, -65, -60... quando chegar ali em torno de -30, -35 abre os canais de cálcio voltagem
dependente tipo L, vocês conhecem bastante. Eles tão fechados, eles se abrem. Ora, quando o cálcio
entra ele ativa a secreção de insulina o que ativa a contração do citoesqueleto fundido às
membranas, você pode aumentar a secreção de insulina usando antidiabético oral, a gente vai ver
que há 3 tipos de antidiabético oral um atua naquele canal de cálcio aumentando a secreção de
insulina, outros aumentam a sensibilidade dos tecidos à insulina, uma terceira classe que tá na moda
é bloqueando o fígado de fazer mais glicose, tendo menos glicose a necessidade de insulina
diminui.

Então você tem aqui o acoplamento entre hiperglicemia e hipersecreção de insulina, isso aqui é uma
pessoa sadia, mas diabéticos costumam ter cegueira à glicose, aqui é só para vocês ver, então (?) é
quase imediata a liberação e é a insulina préformada e aqui é a formação de novas moléculas de
insulina, pico precoce, glicose, aminoácidos, glucagon, hormônio gastrointestinal, ciclo de ureias
aquele que liga o canal de cálcio da célula beta o conteúdo tá sendo estocado, agora o pico tardio
parece ser menor do que isso, mas você tem que pegar a área.

Aqui ô, é a glicemia pósprandial e o conteúdo tanto é insulina quanto é insulina vejam que não dá
tempo de quebrar. Portanto, a regulação é um processo bastante regulado que mantém a glicemia e é
fruto de interação complexa eu tô apenas citando a glicose. Isto aqui é típico do diabético, qual a
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diferença entre o indivíduo normal e o de cá, o que vocês percebem logo de cara? Não tem o pico
precoce primeira fase, nós chamamos isso de cegueira à glicose, o indivíduo injeta a glicose ou ele
faz a refeição, faz a hiperglicemia, era pra o pâncreas liberar a insulina, aumentar a insulina em
relação ao glucagon, no sangue portal esse material chegar no fígado e o fígado saber que ele tem
que parar de produzir glicose e passar a consumir pra manter o escape esplênico em 30%, ele não
consegue por que o pâncreas está cego ele não enxerga essa hiperglicemia, George como você sabe
que é cegueira? Será que não é por que a célula beta reconhece a hiperglicemia, mas não tem aquela
unidade pra liberar? Não, por que se você injetar no lugar de glicose aminoácidos ou corpo cetônico
ela libera, ela só tá cega pra glicose, por isso o nome é cegueira á glicose, insulina existe, mas a
liberação não existe em resposta à glicose e somente à glicose.

Quando isso foi descoberto as pessoas passaram a estudar, já tem um tempo que se sabe isso, mas
ninguém conseguiu até agora saber quem é o sensor, o que se conseguiu até agora foi derrubar (?)
os sensores, quando eu era estudante me disseram que era a hexocinase, mais recentemente acharam
que era o nível de gliceroldeído-3-fosfato também não é, então tamos procurando descobrir por que
isso acontece, isso faz parte da doença, o gene diabético faz a cegueira, esta cegueira aqui vai causar
primeiro resistência à insulina, segundo obesidade dos 30 a 40 anos e diabetes aos 40, 45 anos. Ele
começa com a cegueira, nem todo o paciente tem episódios de hipoglicemia, nem todo paciente que
vai ter dia betes tipo 2, agora se você pegar um paciente com hipoglicemia investigue que pode ser
insulinoma, então pode ser um tumor produtor de insulina que vai causar hipoglicemia ou pode ser
diabetes. Se na família tiver casos de diabetes investigue por que é grande a possibilidade que ele
está com cegueira à glicose.

Quais são as consequências da cegueira a glicose, primeiro se não há liberação do pico precoce o
fígado continua produzindo a glicose e aí você tem o porquê da gente ter uma unidade de insulina
no pâncreas, é somente pra avisar ao fígado que você saiu do jejum e se alimentou, não é a única
coisa que (?) no fígado, mas é a principal. Na hora que o cidadão não libera o pico precoce o fígado
continua produzindo e o escape (?) pode ser maior do que 100%. Esse paciente fará uma
hiperglicemia pós-prandial tão alta que quanto a quantidade de alimento que está (?) observe que o
pâncreas vai receber esse sangue hiperglicêmico pós-prandial, que é alto pode chegar a 300, 400 por
que representa 100% do que foi ingerido e mais um pouco, só que o pâncreas pensa que
corresponde a quantos %? O pâncreas continua pensando que aquela hiperglicemia de 400
representa 30% do que foi ingerido, qual a resposta do pâncreas? Vai produzir insulina em excesso.
Por que ele ta pensando que o indivíduo ingeriu 3 vezes mais comida, vai produzir 3 vezes mais
insulina, e vai acontecer o que se ele fizer isso? Como ele produziu 3 vezes mais insulina do que
precisa ele vai fazer uma hipoglicemia, nem sempre desmaia por que o sangue (?) vai lá e dá um
jeito, dá palpitação, sudorese fria, palidez... os parassimpaticos de inibição, quem tem hipoglicemia
não sente hipoglicemia, sente manifestações de descarga simpática pra tentar evitar morte cerebral.

George falando de Teoria da Evolução, Darwin e essas coisas. Relógios na floresta, celulares na
floresta, nós perdidos na aula como se estivéssemos em uma... floresta. De mata densa e fechada.
Indica o livro “O Relojoeiro Cego”.

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Fala de poder, escravizar pessoas, imortalidade, Deuses do Olimpo... Diz que o gene manipula
nossas emoções para ele se perpetuar, ou seja: um casal se escolhe, se ama, com base em
características que interessam ao gene, não a pessoa... E por isso a pessoa faz escolhas insensatas
ao nível da cultura local. Sim, colegas. Durmam com essa.

Fala da importância de ser um médico com cultura, inclusive para adesão terapêutica. Me senti um
lixo nesse momento. Por favor, volta logo pra aula.

A cegueira à glicose vai dar uma hiperglicemia pós-prandial muito grande, ao invés de 200, vai até
400 ou mais. Isso vai criar um estimulo, lembre: é o sangue hiperglicêmico, vem de lá, escape
esplâncnico supra-hepático, coração direito, pulmão, coração esquerdo, aorta, tronco celíaco, artéria
hepática, artéria pancreática... Vai pra artéria pancreática e vai acontecer o que: vai interpretar que o
cara ingeriu 3x mais, vai jogar mais insulina que deve, vai ter hipoglicemia. Só que o sistema está
preparado pra preparado para se defender contra a hipoglicemia... O que é que vem primeiro?
Descarga simpática, depois glucagon, se não resolver. Os hormônios contra regulatórios vão criar
outra hiperglicemia, que vai criar um novo estimulo para uma nova secreção de insulina, que vai
fazer uma nova hipoglicemia. Então ele vai ficar, veja... Quem não é diabético: você tá com uma
glicemia lá 70 a 99, faz uma refeição e vai pra 150, liberou insulina, normalizou e ali vai ficar até o
término da refeição. Nova refeição, novo pico de insulina, normalizou a glicemia, normalizou a
insulina e vai embora.

Um paciente com cegueira: fez uma refeição > hiperglicemia violenta com hiperinsulinemia maior
ainda > hipoglicemia > hiperglicemia > hipoglicemia > normoglicemia, estabiliza. Uma refeição faz
mais de um pico hiperglinsulinemico (foi isso que ele disse). Deveria fazer um só e normalizar.
Todos os dias, se você faz 06 refeições, então você pode ter uma instabilidade glicêmica o dia todo.
Por ter muito pico de insulina ao longo do dia, você vai ter hiperinsulinemia crônica, isso dá down
regulation, resistência à insulina. E se isso continua, e se você é um diabético, o sujeito consegue
produzir insulina para causar resistência, mas quando a resistência se estabelece, ele não tem um
pâncreas capaz de superar essa resistência. Ele fica diabético. Ele descompensa. Mas no período em
que ele está com hiperinsulinemia, pra onde vai essa glicose que a insulina alta resolveu? Vai virar
gordura. Então quando o individuo esta nessa fase de ter vários picos glicêmicos seguidos de picos
hiperinsulinêmicos ele tá engordando. Então dos 30 aos 40 anos o sujeito não sonha em ficar
diabético. Geralmente ele casou, aí porque a esposa cozinha bem, dá uma tranquilidade, ou é porque
ele bebe cerveja... A mulher depois dos 30 engorda mesmo, é a vida, teve criança. O certo é que a
doença tá progredindo lá, certeira.

Aumento o peso até os 40, 45 anos até que finalmente descompensa e faz o diagnóstico. O leigo
pensa: “Ora, era magrinha na adolescência, teve criança, ficou gorda e ficou diabética. Portanto,
engordar faz diabetes.” A gente sempre faz uma relação temporal com condições de causa e efeito.
O que veio antes a pessoa acha que foi consequência do que veio depois. As vezes é, as vezes não.
Estabelecer uma relação causal não é uma tarefa simples, tem muitas coisas que vieram antes.

Voltando aqui: se tiver excessiva hiperglicemia você vai ter vários picos de insulina, portanto
hiperinsulinemia crônica. Isso estabelece resistência à insulina por down regulation. Então você tem
aqui: ausência de pico precoce, causando hiperglicemia mais alta do que o normal. Você vai ter

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hiperglicemia que vai se seguir de hipo porque passa a ter um pico hiperinsulinêmico. Essa
hipoglicemia aumenta o nível dos hormônios contra regulatórios, que faz mais glicemia,
hiperglicemia de rebote. Frequentemente o individuo faz dor de cabeça depois de uma refeição,
quase que sistematicamente, porque episódio de hipoglicemia causa sofrimento neuronal. Após a
hiperglicemia, você vai ter um novo episódio de hiperinsulinemia, então é um ciclo vicioso. A gente
chama isso de instabilidade glicêmica, que gera múltiplos picos hiperinsulinêmicos, que gera down
regulation. Ele oscila entre hiper e hipo. Veja que, com o tempo, ele não faz mais hipoglicemia...
Por que não, George? Ele faz o mesmo escape esplâncnico de antes, mas agora ele tem resistência a
insulina. Ele faz o pico hiperinsulinêmico, mas não consegue mais fazer hipoglicemia, porque tem
resistência. E quando a resistência piorar ele vai fazer a hiperinsulinemia e não normaliza mais a
glicemia do jejum. É nessa condição em que se faz o diagnóstico. Se faz o TDG e ele pega. O que é
que o TDG faz? Antigamente era curva glicêmica, o paciente chegava lá 7h, dava 75g que é a dose
padrão para adulto – criança você tem um cálculo especifico - e de meia em meia hora você tirava
sangue do paciente. Isso foi abolido há 10 anos e se fazia uma curva, de meia em maia hora você
tinha vários valores e fazia uma curva. Você pega só a glicemia de 02 horas: se ela tiver acima de
200 esse paciente é diabético – por que mais de 200? Porque faz a hiperglicemia pós prandial e não
consegue normalizar em duas horas. Se tiver normal depois de duas horas, ele é normal. E se não
for nem diabético nem normal, antigamente era chamado de intolerante à glicose. Hoje isso....Hoje
se mudou, não se usa TTG mais como único critério de diagnóstico; é um critério acessório. O
padrão agora é a hemoglobina glicada, um outro exame, mas isso a gente vai ver depois.

Quando você tem instabilidade glicêmica, você estabelece a Down Regulation por episódios
repetitivos de hiperinsulinemia, e se estabelece a resistência à insulina. A resistência à insulina
representa um estímulo para o pâncreas. Se o pâncreas é normal, ele supera a resistência e
normaliza a glicemia; se ele for diabético, ele não supera. Para que vocês entendam, a obesidade é a
causa da descompensação de uma doença genética chamada Diabetes. SE alguém se informa pela
televisão, vai acreditar que a obesidade causa Diabetes.

Se o pâncreas é diabético, quando você engorda, já fazendo parte da doença, você descompensa; e
se faz o diagnóstico. Mas se você não é diabético e tem um pâncreas sadio, você vai ficar tão obeso
quanto aquele outro e nunca terá diabetes. A obesidade é uma doença que causa problemas de per
si. Agora, como o diabético tipo II caminha para uma etapa de obesidade, então as pessoas associam
a obesidade à Diabetes; mas é descompensação e não criação de doença genética.

Qual a diferença metabólica entre o obeso não diabético e o obeso diabético? O obeso não
diabético, ele tem resistência à insulina com a mesma gravidade, também por Down Regulation, do
diabético. Por que a obesidade dá resistência à insulina? Quando a pessoa tem 60Kg, é preciso
produzir 60 unidades de insulina; quando entra em processo de obesidade e atinge 120Kg, por
exemplo, são necessárias 120 unidades de insulina. Um pâncreas pode fabricar? Pode. Resolve o
problema? Não. Mas George, é uma unidade por cada quilo corporal. Então 120Kg, são 120
unidades. 120 unidades vão se dissolver praticamente na mesma quantidade de sangue, porque
duplicou o peso mas não duplicou a quantidade de sangue. Se ele tem o dobro de insulina, ele vai
ter metade do receptor, porque tem Down Regulation. Então, ele continua com deficiência. Bom,
mas o pâncreas produz 120 unidades. Mas ai o processo continua, ele vai engordando e não vai
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conseguir. Mas se ele chegasse a 240Kg; um pâncreas produz 4x mais insulina? NÃO produz! Mas
se produzisse não

resolvia. Porque quando ele produzisse 4x mais insulina, ele teria 4x menos receptores, o que iria
piorar a resistência. Então é um ciclo vicioso a obesidade. Aumentou peso, você tem resistência à
insulina.

Pergunta: Se a pessoa ganhar esse mesmo peso, mas sendo massa magra?

Resposta: O problema é menor, mas continua precisando, porque o tecido muscular é um tecido que
consome mais insulina do que o panículo adiposo. Então, a necessidade de insulina é a mesma.
Então tanto faz se for por aumento de gordura ou de massa magra. Porque o problema é a
hiperinsulinemia, é a densidade de receptor. Então, o músculo esquelético que precisa ter muito
receptor é quem mais vai sofrer com a Down Regulation. Quem tem mais, perde mais! Então não
faz tanta diferença não. Se a quantidade de sangue duplicasse, a concentração seria a mesma e não
teria a Down Regulation.

Então qual seria a diferença entre o obeso diabético e o obeso não diabético? Bom, a diferença é
que um é diabético e outro não (Dãaaa). No de cá, ele vai ter um TTG alterado por que? Porque ele
tem resistência à insulina e ele não vai conseguir normalizar a glicemia em 2h. Mas vai normalizar
em 3h ou 4h, não vai?! Porque ele tem um pâncreas que produz a quantidade de insulina necessária
para normalizar. Naquelas horas que ele está com normoglicemia, ele vai ter normoinsulinemia. E,
neste momento, as células-alvo têm a oportunidade de repor os receptores consumidos. Portanto, em
um indivíduo que tem o pâncreas sadio, ele produz toda insulina necessária para normalizar, não em
2h, atrasado pela resistência à insulina, mas normaliza. E neste momento ele repõe. Portanto ele tem
resistência à insulina proporcional ao peso, mas que é estável; não vai piorando.

Agora vamos para o paciente que tem o mesmo peso, o mesmo IMC, mas tem um pâncreas
diabético. O que vai acontecer? Ele vai ter a mesma resistência, vai ter o mesmo nível de glicemia,
mas o pâncreas dele não produz a insulina necessária porque ele tem um pâncreas diabético. Ele
teria que produzir 300 unidades, 200 unidades, 120 unidades, mas ele produz menos do que isso.
Significa o que: Que ele não vai ter aquelas horas de normoglicemia, ele fica com hiperglicemia
durante o jejum. Portanto, ele fica com a insulina alta, consumindo o receptor, 24h por dia. A
célula-alvo vai repondo, mas a insulina vai lá e consome.

A gente vai ter um caso, em que a gente faz reposição com insulina. No passado a gente entendia
assim: o diabético tipo II, ele é não insulino-dependente; ele tem diabetes porque ele tem
resistência. E o que se fazia? Não dava insulina para ele, porque a doença era causada pela insulina.
Ai vem agora e a gente dá insulina? Como é que pode? Pra que que a gente dá insulina? Para
diminuir a resistência à insulina. Mas e a Down Regulation? Qual foi a diferença entre o obeso
diabético e o não diabético? É que um produz toda insulina necessária e o outro não consegue
normalizar. Então, a gente tem que dar insulina pra “esse daqui” para ele passar algumas horas do
dia normoglicêmico. Ao fazer isso, a gente coloca mais receptor e diminui a resistência.

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Então fica claro o que teve com esse paciente. Ele teve cegueira. Fazia uma refeição, fazia uma
hiperglicemia pós-prandial exagerada, produzia excesso de insulina e fez hipoglicemia. Então, não
tinha nenhuma manifestação de hiperinsulinemia, nunca acordou de madrugada...toda hipoglicemia
era 1 ou 2h depois da refeição. Então, hiperinsulinoma, o cara está em jejum, está dormindo e
acorda com pesadelo, berrando, suando frio...então é uma hipoglicemia de madrugada. Não quer
dizer que todo pesadelo seja uma hipoglicemia. Mas a hipoglicemia está associada a acordar com
dor de cabeça e com tremores no corpo.

Como eu falei, as células são impermeáveis; toda célula tem fosfolipídio na bicamada, não tem
como a glicose entrar por ai. Então, tem proteínas que transportam a glicose, essas proteínas...
Então, pra glicose entrar em qualquer célula humana, ela tem que ter um transportador, somente um
dos 7 que existem em homens, em animais eu tenho mais de 20, mas em gente só tem 7 e mesmo
assim não funcionam. Só um depende da insulina, que é o GLUT4. Todos os outros existem em
tipos celulares específicos e a insulina não tem nada a ver com isto. O GLUT1 está na chamada
barreira hematoencefálica, todo endotélio vascular, ele é cheio de fenestras, tem buracos no
citoplasma da célula endotelial, tem espaço entre uma célula e outra pra permitir a filtração, a
passagem de plasma pra o interstício deixando de ser plasma e passando a ser líquido intersticial
para banhar a célula, nutrí-las.

No cérebro não é assim não, não há nenhuma falha, as células estão coladas umas nas outras e
praticamente toda molécula pra entrar no cérebro tem que atravessar a membrana plasmática
voltada para o sangue, atravessar o citoplasma e atravessar a membrana basal que está voltada a
membrana plasmática voltada para a basal, certo. Então, só passa o que é lipossolúvel, o que é
hidrossolúvel vai ter que atravessar, a glicose por exemplo, vai ter que entrar no endotélio pelo
GLUT1 e sair também por ele.

Hemácias não tem mitocondria, não precisa de glicose em larga mas precisa fazer fermentação
lática que tem pouco rendimento, uma glicose que produz 36 a 38 ATP só produz 2, a gente vai ver
que no músculo a glicólise gera 3 ATP e não 2, tem elevada afinidade, ou seja Km é baixo. Lembre
do Km lá das enzimas de (inaudível), para a enzima o Km é a concentração de substrato que leva a
metade da velocidade máxima de ação daquela enzima. Então quando eu digo que o GLUT1 tem
elevada afinidade, tem Km baixo, tem o seguinte. Mesmo com glicemia baixa, está captando
glicose, certo? É mais fácil de atingir a velocidade, né. Agora, essa velocidade máxima, ela é
limitada, o que é bom quando você faz hiperglicemia, evita que muita glicose em excesso entre no
cérebro. Você vai encontrar pacientes que estão em coma com 600/800/1500 de glicemia. O
máximo que eu vi foi 1200 e alguma coisa, mas a literatura americana fala de casos de coma com
mais de 2000mg de glicemia, o normal é 70 a 99.

O fígado não precisa de insulina pra captar, você disse hoje ainda que o principal orgão alvo é a
insulina é o fígado de 80 unidades esse único orgão fica com 40, metade, os outros ficam com a
outra metade. O efeito central, a gente de central porque é no fígado é diferente de efeito periférico
no músculo, tecido adiposo, tecidos periféricos, o que a insulina faz é permeabilizar as membranas
colocando no (inaudível). O fígado não precisa de GLUT1, a membrana já é livremente permeável,
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tem GLUT2, tem até o 4, mas não precisa. E qual efeito então da insulina, a insulina consome a
glicose, então você faz hiperglicemia, libera insulina que entra no fígado naturalmente, mas se você
não gastasse a insulina, mesmo tendo GLUT2, a entrada de glicose pararia porque igualaria a
concentração dentro e fora, então o que ela faz: estimula o consumo e vai ter a produção de
glicogênio, então estimula a glicogênese, a síntese de colesterol (colesterologênese), lipogênese,
fazer gordura. Converter aminoácido pra fazer proteína. Então todas as sínteses são estimuladas,
consumindo glicose. Glicose consumida, sempre vai ter glicose fora de que dentro, certo?

Nós vimos o pâncreas né, intestino delgado, rins. Todos os orgãos que com uma exceção que
exportam glicose precisam ter transportador ativo de glicose de intestino para o tecido, mas tem que
sair pelo GLUT2. Rim e fígado fazem gliconeogênese, portanto tem que exportar glicose, o GLUT2
tem o Km elevado, pra você ter ideia, o normal é 80 mais ou menos 20, perdão, 70 à 99. Repare que
só atinge a metade da velocidade máxima de captação com 1000mg, só quem faz isso é quem ta em
coma, só pra vocês se situarem, geralmente. Se a glicemia estiver em torno de 400 e 500 ele apaga,
acima de 500, pra ter uma base, com 450 já não reconhece quem é parente, quem é velho, quem é
ele, onde é que está, fica desorientado. Isso significa que ele nunca vai ficar saturado, nunca é
atingido a capacidade máxima, ou seja, o transportador de glicose, nunca limita a entrada de glicose
no fígado pra normalizar uma glicemia, ele nunca satura e nunca limita entrada ou saída glicose.

No fígado, o fator limitante é uma enzima, que a gente chama a enzima da hiperglicemia, que é a
glicocinase. Ela é chamada enzima da hiperglicemia, você sabe, nós temos três exocinases (1, 2 e 3)
de Km entre 2 e 10, na glicemia normal de 70 a 99, exocinases 1, 2 e 3. Exocinase é aquela enzima
que transforma glicose em glicose-6 fosfato, então ela atinge velocidade máxima com glicemia
normal. Quando você faz uma refeição, você faz hiperglicemia, só que as exocinases não podem
aumentar a velocidade de fosforilação da glicose porque ela já está na velocidade máxima, não pode
aumentar além da máxima. Agora, a glicocinase não, ela tem um elevado Km, em torno de 120mg,
ou seja ela só atinge metade da velocidade máxima com glicemia de 120, portanto na glicemia
normal de 70 por 99 essa enzima quase que não trabalha , quando está com hiperglicemia, ela
trabalha bem entre 120 e 1200. Não sofrem inibição pelo produto, as três exocinases (1, 2 e 3) elas
são inibidas pelas glicose-6 fosfato, então se você não tiver um consumo de glicose-6 fosfato, a
enzima para, mesmo tendo muita glicose. Glicocinase não. No pancreas, nós já vimos que glicose
não é convertida em glicogênio, não gera gordura, não gera colesterol, não gera aminoácidos, não
fermenta. O único destino possível da glicose no pâncreas vai virar ATP para fechar o canal de K,
despolarizar a célula e secretar a insulina. Então, o único destino é glicólise, pra entrar em Krebs e
fazer a fosforilação oxidativa do ADP que vira ATP. GLUT 2 conecta hiperglicemia, glicose alta lá
fora, em ATP que fecha o canal de K e despolariza a célula beta liberando insulina. Aumentou ATP,
oclui canal de K, já vimos isso, libera insulina.

GLUT 3 também é sistema nervoso central. Então veja que nós temos dois GLUTs no sistema
nervoso central. O da barreira hematoencefálica é GLUT1, do neurônio GLUT 2. Então a glicose,
para chegar no neurônio, além de percorrer a distância, ainda tem que atravessar três barreiras, quais
são as três? O GLUT1 do endotélio, o GLUT 1 da célula endotelial voltada para a membrana basal,

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que entrou na célula, então vai ter que sair também pelo GLUT 1, não é isso? Porque vai atravessar
a barreira. E o GLUT 3 do neurônio.

Então, se tiver uma diferença de concentração pequena entre o citossol do neurônio e o plasma, o
sistema não funciona bem. Então, com qualquer glicemia abaixo de 80, não é nem 70, de 80, o
sistema já não trabalha bem. Com 70, 60, 50, não tem diferença de concentração para vencer a
resistência do GLUT 1 e GLUT 3. Então, o sistema nervoso central ele é muito vulnerável à
hipoglicemia. Baixou um pouquinho a glicose no plasma, você já começa ficar grogue. Leva... 40
anos pra você morrer de hiperglicemia, com hipoglicemia você pode morrer agora. Aliás, é por isso
que a gente só tem um hormônio hipoglicemiante. Hipoglicemia mata. Hiperglicemia mata. Agora,
hiperglicemia mata daqui a 40 ou 60 anos. Hipoglicemia mata agora. Então, o que é que você
escolhe? A escolha deve ser a mesma da natureza do criador. Um hormônio só hipoglicêmico, que
pode matar agora, e quatro que se exagerar e botar a hiperglicemia tem tempo de corrigir depois.

GLUT 3 já tem alta afinidade e fornece glicose a vontade para o neurônio.

O cérebro corresponde a apenas 2% do peso corporal. 2%. Deveria receber 2% do débito, 2% do


oxigênio, da glicose, mas não é assim não, é desproporcional à taxa metabólica. Recebe ¼ de todo o
débito, consome 20% de todo o oxigênio, são 50mL, e mais de 150 glicose por dia. Lembrando que
tira daquele estoque circulante de 5 gramas. Não é? Tirou ali alguma miligrama, repõe de imediato,
porque tem que manter a glicemia normal de preferência entre 80 e 90, pro sistema funcionar bem.
Ah, porque é que não coloca com 120? Aí vai ter mais glicose, você vai ficar mais esperto, tem
mais glicose lá dentro. Em compensação você vai destruir os seus vasos todos. Por isso que mudou
o ponto de corte, quando você botava de 110, 70-110, quem tinha entre 100-110 ficava numa
situação diabética. Menos grave, mas era diabética.

O cérebro requer suprimento que não pode parar dia e noite. Tem gente que pensa que quando
dorme, não está em vigília, então descansa o sistema nervoso central. Pelo contrário, é aí que vai
haver a conversão da memória imediata na memória permanente. É aí que os programas de
aprendizado feitos pelo cérebro vão virar inaudível para o cerebelo operar. Quem trabalha muito
com ensino-aprendizado, nós tivemos um professor emérito aqui no Brasil, falecido há um ano, um
italiano, que ele desenvolveu bastante algumas das... Enfim, você não deve dormir antes de estudar
o aprendizado do dia, porque de um dia para outro você apaga. Então esse estudo em véspera de
prova cientificamente está ...

Pergunta: professor, eu não entendi. Você não pode dormir antes de começar a estudar?

Professor: é o seguinte, quando você dorme, a taxa metabólica cerebral não cai. O aprendizado
naquele momento ele fica mais cortical, pra ter a memória de longo prazo tem que ir para o sistema
límbico. A complicação entre córtex e o sistema límbico, que é o sistema inaudível, vocês estão
lembrando, temos três cérebros que é o primitivo, de anfíbios, que é tronco-cerebral, depois vem o
das emoções, o do medo, do amor, e vem o córtex. Então, o aprendizado, o aprendizado humano
que a gente tem é cortical. Então, quando você dorme, você vai apagar praticamente tudo o que está
no córtex, que é o aprendizado daquele dia, e você vai jogar o que interessa para o sistema límbico,
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e aí fica na memória permanente, nunca vai deixar. Então, se você tem uma aula e vai dormir, no
outro dia você já perdeu praticamente toda a informação que tinha ali, porque o cérebro não vai
saber que aquilo é importante para você, porque você não passou essa mensagem pra ele, você não
sedimentou aquele conhecimento. Então, você precisa usar o cérebro no estudo. Então, todas as
grandes faculdades, todos os estudos que foram feitos sobre aprendizado, o sono é o inimigo desse
particular. O sistema que foi adotado recentemente aqui na Federal foi de 1950, que é decorar.
(Continua informação sobre sono-aprendizagem).

...Mas voltando aqui para os GLUTs, que o tempo está indo embora. Então você consegue com o
GLUT3 grandes fluxos. Só pra ter uma ideia do impacto da hipoglicemia sobre o SNC. O mínimo
normal é 70. De 70 50 você tem hiperexcitabilidade neuronal. Do ponto de vista clínico ou externo
isso aqui é uma coisa celular, de biofísica celular. O resultado é irritabilidade, dor de cabeça,
tontura, tremor se tiver acordado, se tiver dormindo você acorda com dor de cabeça apenas ou tem
pesadelos.

Entre 50 e 20 há uma queda cognitiva, a pessoa não consegue mais raciocinar, fica inaudível
2:10:38 e pode apagar. As conduções são e a tendência é fazer hipoglicêmico (2:10:39 – 2:10:49).
Dos três, o que suporta menos tempo e grau de hipoglicemia é o cortical. Então, se tiver uma
hipoglicemia de 50 muito prolongado, ou de 20 por mais de meia hora, o sujeito pode ficar
“decorticado”, entra em coma. Fica vivo pois o sistema límbico e .. do tronco cerebral 2:11:23
continuam funcionando, por que eles são mais rústicos eles resistem mais à hipoglicemia e à
hipóxia. Agora, se isso persiste por muitas horas o individuo fica simplesmente “decerebrado”. A
barreira hematoencefálica que é do sangue para o líquor (... 2:11:44) e a glicose flui pelos GLUTs1
duas vezes (ao entrar e sair da célula) e GLUT3.

O GLUT1 o Km é de 80, mais ou menos 10, então mais ou menos a glicemia usual. Então só opera
bem quando a glicemia dá 70, ideal de 80/90. Acima disso, vai se aproximando de 100 e fica perto
de lesão endotelial. Pequena queda de glicemia dá grande redução do fluxo de glicose. A
capacidade cai e você pode ter hiperexcitabilidade cerebral. Isso explica a vulnerabilidade à
hipoglicemia.

O GLUT4 é o único que é insulino-dependente. As células alvo da insulina são carecas, não tem
nenhum GLUT123.. elas dependem da insulina. Esse GLUT4 não é induzido a sua síntese na hora
pela insulina, já existem vesículas ancoradas com grânulos de secreção por citoesqueleto de miosina
e actina que com o cálcio se contrai. Então olha o que acontece: você tem aqui o GLUT4 que vai
transportar a glicose para dentro da célula. O curioso é que o GLUT4 não tem nenhuma afinidade
pela glicose. Lá fora tem muita glicose e a GLUT4 está aberta mas não aceita glicose, não tem
afinidade. Mas lá fora tem muito sódio, que se choca contra a membrana e acaba entrando. Quando
entra aqui, tem carga positiva, ele vai deformando as proteínas cuja cadeia lateral é positiva (essa
informação ficou confusa, confirmar em 2:14:08) e ele cria a afinidade: na hora que o sódio entra,
deforma a proteína e a glicose entra. Glicose entra por inaudível 2:14:14, muda a hidroxila. Na hora
que ele entra o GLUT fecha a boca externa e abre a interna. Lá dentro não tem sódio porque a
bomba de sódio bota pra fora, aí o sódio sai e o GLUT perde a afinidade que adquiriu pela glicose e
solta a glicose. Sem glicose e sem sódio ele volta a ter a boca aberta pra fora e aí vai entrar outro
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sódio e outra glicose. Então veja que quem entra junto com a glicose é o sódio, mas esse sódio se
ficasse lá despolarizava a célula, você ia ter convulsão toda vez que comesse, isso não acontece
porque a bomba de sódio expulsa o sódio e ao fazer isso incorpora potássio.

A gente usa esse fato de, junto com a glicose e o sódio que vai ser trocado pelo potássio, a gente usa
muito em emergências. Se uma pessoa tiver um aumento do potássio em nível agudo, ele não
repolariza as fibras, sobretudo ventriculares, que precisam da saída do potássio na fase 3. Se tiver
muito potássio lá fora, a serie do potássio fica prejudicada, o canal de potássio está aberto mas o
potássio não sai, e se não sai não repolariza. Então hipercalemia causa instabilidade cardíaca, muita
extrassistolia, muita arritmia, parada cardíaca em diástole, altera a condução e o formato da onda P
(gigantesca e simétrica, a gente chama “em formato de tenda”). O tratamento para aquilo é..
imediato é você dar glicose com insulina. É temporário, mas se você der só insulina o paciente pode
morrer de hipoglicemia. O resultado é que vai forçar a glicose a entrar na célula, vai ser trocado o
sódio pelo potássio e o potássio vai baixar, até ter tempo de você usar uma resina inaudível 2:16:52
se a causa da hipoglicemia for insuficiência renal, fazer uso da diálise, entendeu? Para dar uma
solução definitiva que vai demorar 2/3h para acontecer. O paciente vai morrer antes disso, então na
emergência você usa glicose com insulina e tira o paciente do sufoco por causa disso aqui.

A insulina é um hormônio curioso. Por ser hidrossolúvel, ela é uma proteína pequena, ela precisa de
um receptor. Hormônio lipossolúvel atravessa a membrana plasmática e tem receptor ou no
citoplasma ou no núcleo (como o hormônio da tireóide). Adrenalina, glucagon, tem receptores de
superfície que aumenta o AMPc, alguns aumentam o IP3, outros o Ca2+.. tem que ter um segundo
mensageiro. A insulina, apesar de ter receptor, não manda recado, ela entra e pessoalmente vai
decidir o que ela quer. Isso a torna um hormônio completamente diferente de todos os outros,
porque ou eles tem receptor intracelular ou na M.P. com segundo mensageiro. É por isso que ela
consome o receptor beta, tem down regulation.

A insulina tem vários efeitos. Causar câncer por mitogênese, sintetizar proteína, glicogênio,
colesterol e gordura requer a internalização da insulina. Porém, o efeito mais rápido que é colocar
GLUT4 e aumentar a captação de glicose não requer, basta a insulina se ligar ao receptor de
insulina e formar o complexo receptor-hormônio, que já há aumento da captação de glicose. Todos
os outros efeitos requerem a internalização. Quando a insulina se liga ao receptor da insulina (esse
receptor é grande, tem 4 cabeças), aquele complexo receptor-insulina vira uma enzima. Uma
fosfotransferase, que nós chamamos de cinase. As fosfotransferases fosforilam em algum AA da
proteína que vai ser fosforilada. Nesse caso aí só fosforila a tirosina. Portanto, é uma tirosina-
cinase. É tão ativa que a primeira a ser fosforilada é a tirosina dela mesma. Ela é uma tirosina-
autocinase. Na hora que ela se autofosforila já começa o aumento da captação de glicose, é um
efeito imediato.

É um efeito imediato. Para todos os outros tem que entrar um complexo, que já não é mais um
complexo apenas é a enzima, e ela vai fosforilar ativando e desativando as vias metabólicas que
caracterizam o hormônio insulina. É anabólico, então vai bloquear o catabolismo de proteínas de
gorduras e não sei o que, e vai criar mais gordura, mais colesterol, mais glicogênio, mais
aminoácido, mais proteína e vai duplicar células. Varias vias são ativadas por elas, mas
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significativamente é isso. Então veja que não é por exemplo, ela se ligar ao receptor, ficar ali
grudado um tempo e esse receptor ser reciclado, ou ser reutilizado reutilizado por outra molécula,
NÃO. Tem down regulation porque ? cada vez que a insulina se liga ao seu receptor os dois viram
enzima, e portanto aquilo entra na célula e desaparece, é um receptor a menos. Então quanto mais
insulina se ligar ao receptor menos receptor para insulina vai existir, por isso que existe a down
regulation. O fluxo é rápido porque o Km é baixo. O GLUT 5 é do intestino delgado, tem nos
espermatozoides, esse GLUT aí ele tem mais afinidade pela frutose do que pela glicose.

É bom lembrar que a glicose é um açúcar menos doce do que a frutose, o mel é mais doce porque
tem mais frutose do que glicose. O mel é mais doce do que a sacarose, porque a sacarose tem uma
de glicose e uma de frutose. O GLUT 6 não transporta glicose, mas existe em humanos, foi
encontrado, mas é uma proteína que não funciona. O GLUT 7 existe ele está dentro da célula e não
na superfície celular como todos os outros, o que acontece é o seguinte: nas células que exportam
glicose, intestino, fígado, pâncreas rins. A glicose 6 fosfato ela tem que ser desfosforilada até
glicose para poder atravessar com o GLUT que ela tem. Que no caso do pâncreas, dos rins, do
fígado é o GLUT 2, é o principal que tem, tem todos os outros. Só que a enzima chamada glicose 6
fosfato, fosfatase, ou glicose 6 fosfatase, aqui vai desfosforilar glicose 6 fosfato e liberar glicose
para ser exportada. Ela existe, em cisternas do RE (Retículo Endoplasmático) então a glicose vai ter
que entrar no retículo sofrer ação da enzima, e ser exportada. Quem faz esse transporte é o GLUT 7.
Então ele sai do Retículo pelo GLUT 7, e depois GLUT 2 se for o fígado ou rim. O GLUT DE 8 a
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citocinas. Cada laboratório, isso não evolui, quer dizer o cara publica, mas não tem, são moléculas
de uma célula para outra célula. A mesma coisa aqui tem GLUTs, eu trago aqui no exemplo como
tem picaretagem nesse ramo aí. Você pega a informação aplicada a humanos, porque as pesquisas
viraram

um grande negócio. Você não paga imposto, você quer saber quem faz pesquisa em qualquer
universidade brasileira, você vai no estacionamento, se tiver carro importado, carro novo, é
pesquisador, não paga imposto, se tá com carro velho, então ganha só o salário, não vai. E não
incentivar a pesquisa no país você libera a verba e a única coisa que você tem que fazer é publicar o
artigo, mesmo que ninguém leia, não há um controle de qualidade, o que existe é a necessidade de
se publicar. La atrás a pesquisa era pouca, mas significativa para você ter uma ideia, Onir Rocha Foi
reitor, criou uma nefrologia que até hoje sobrevive como uma das melhores do país aqui no
hospital. Então Onir Rocha, ele escrevia 02 capítulos no livro. Era comum professores da
Universidade Federal da Bahia lotado no HUPES publicarem em revistas Internacionais. A
produção era pouca, mas de altíssima qualidade. Hoje nos temos uma quantidade enorme e ninguém
cita. (blablabla de publicação...Fisiopatologia aplicada, em outras universidades, processos
interativos de órgãos e sistemas, mestrado em PIOS.... que blabla... de revista e editorial,
preconceito dos países do norte com publicações, traduz pro inglês e publica fora). Depois ele
começa a falar de um trabalho de mestrado sobre Tuberculose, onde ele se desentendeu com o
orientador, que disse que ele era maluco, que teria que publicar um trabalho a cada cinco anos, faz
com micobactéria de ave, que não tem nada a ver, mas com 02 meses a cultura cresceu e você
publica 10-12 trabalhos, mesmo que ninguém leia.

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Então veja GLUT 13, isso aqui me interessou, isso aqui é interessante olha o artigo, GLUT 13
também chamado HMT protocoplado com o transportador, é um inusitol transportador expresso
principalmente no cérebro. E aí eu disse, opa isso aqui me interessou no cérebro, porque isso aqui é
uma caixa preta ninguém sabe nada, então vamos lá. Então ele é o único GLUT transportador de
gordura proteína transportadora que parece ter função Simporte acoplado a um próton, tem a
referência, aí eu digo poxa, o negócio é sério aqui, o cara está trabalhando direitinho, disse a
informação e deu a referência. Seu papel preciso no metabolismo cerebral e do inusitol não foi bem
estabelecido, mas por causa do rápido metabolismo do inusitol está associado com o trafego de
membranas, pela sinapse e crescimento de cones, e é um alvo para desordem bipolar da droga tal,
lítio, aí eu digo opa Transtorno Bipolar, é psicose maníaco depressiva politicamente correta, não é,
variantes desse transportador podem estar associados, com desordem do humor ou mania ou
depressão. Aí eu disse, esse negócio aqui é bom, referência 14, 16. Eu fui atrás da referencia, olhe
que beleza, Referência 14,16, identificação de um simporte no minusitol de mamíferos expressos
pela membrana do cérebro, beleza. Vamos adiante, seu papel preciso 14, 16, olhe para cá, os efeitos
do lítio, ele citou aqui desordem do humor, e outros agentes de atividade no cérebro de boi, estão
preocupados com vaca deprimida, que não quer tomar banho, não quer trabalhar está deprimida, eu
estou pensando que é um trabalho sério e estão preocupados com vaca deprimida, e eu lendo isso, e
ainda estou lendo sobre vaca depressiva, será que ela está com mania e entrou no shopping
comprando tudo. Não existe. (PARTE COMÉDIA DA AULA).

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