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RESUMO
Este artigo tem por pretensão analisar os aspectos legais da Psicopedagogia no Brasil, com
destaque no seu contexto histórico nas últimas décadas, objeto de estudo, área de atuação,
formação do psicopedagogo e a trajetória de luta empreendida para a regulamentação da
atividade laboral deste profissional que atuava numa função, habilitada na graduação, em
nível de especialização em Psicopedagogia regulamentada pelo Ministério da Educação e
Cultura, com a atual legislação este profissional passa a ter uma nova identidade. Faz-se
necessário à articulação de novos conhecimentos integrados, para uma melhor compreensão
do campo da aprendizagem. O trabalho está fundamentado na pesquisa exploratória em fontes
bibliográficas e documentais. Os referenciais teóricos que subsidiaram a pesquisa foram:
Bossa (1994), Campos (1999), Lomonico (1992), Scoz (1994), Visca (1992) e Weiss (1991).
PALAVRAS – CHAVE
1
Mestre em Ensino de Ciências e Matemática/UFS, Psicopedagoga Institucional e Clinica, Licenciada em
Pedagogia e Professora da graduação e pós-graduação da Universidade Tiradentes – UNIT, Membro do Grupo
de pesquisa CNPq Políticas Públicas, Gestão Socioeducacional e Formação de Professor (GPGFOP/Unit).
2
Mestre em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2003); Especialista em Administração
Universitária - OUI/IGLU (2002); Especialista em Administração e Gerência de Unidades de Ensino - FITS
(1992); Licenciada Plena em Pedagogia - Associação de Ensino e Cultura Pio Décimo (1991).
3
Graduada em Pedagogia pela Universidade Tiradentes (2002), Pós-graduada em Educação Especial e Inclusiva
(2004), Mestranda em Educação pela Universidade Tiradentes (2013), membro do Grupo de Pesquisa Sociedade,
Educação, História e Memória- GPSEHM.
THE INSTITUTIONALIZATION OF PSICOPEDAGOGÍA IN BRAZIL
ABSTRACT
This article has the intention to analyze the legal aspects of psychoeducation in Brazil,
especially in its historical context in the last decades, the object of study, area of expertise,
training and educational psychologist record of struggle waged for the regulation of labor
activity of this person who acted a function, enabled the graduate level specialization in
Educational Psychology regulated by the Ministry of Education and Culture, with the current
legislation this professional now has a new identity. It is necessary to articulation of new
integrated knowledge for a better understanding of the field of learning. The work is based on
exploratory research in bibliographic and documentary sources. The theoretical framework
that supported the research were: Bossa (1994), Campos (1999), Lomonico (1992), Scoz
(1994), Visca (1992) e Weiss (1991).
WORDS-KEY
Preventivamente, ele atua juntos aos professores, pais, e técnicos, de vários modos:
Proporcionando condições para análise e reflexão sobre o papel da escola;
Proporcionando condições para que as situações de ensinos sejam percebidas e
organizadas, de acordo com o desenvolvimento dos alunos, mediante conhecimento
e reflexão sobre habilidades e princípios que são pré-requisitos para as
aprendizagens;
Auxiliando toda equipe escolar na determinação, escolha e elaboração dos
objetivos educacionais, das estratégicas de ensino e dos instrumentos de avaliação;
Proporcionar condições para a ação e reflexão sobre os erros metodológicos dos
professores e erros dos alunos, a fim de encontrar soluções mais accessíveis para os
mesmos.
Numa linha terapêutica, ele poderá:
Discutir e, se necessário, preparar e/ou ajudar o professor para a realização de
atendimento psicopedagógico a grupos de alunos (5 a 8 anos) ou individualmente;
Participar do diagnóstico dos distúrbios específicos de aprendizagem;
Dar atendimento psicopedagógico a grupos de alunos, quando dispuser de
tempo;
Auxiliar professor na compreensão de problema de aprendizagem e/ou bloqueio
de aprendizagem, de modo que ele levante alternativas de ação para solução dos
mesmos. (1992, p.19)
IV-CAMPO TEÓRICO
Diversos autores argentinos a exemplo de Dr. Quirós, Jacob, Feldaman, Sara Paín,
Jorge Visca, Alícia Fernandez, Ana Maria Muniz dentre outros, ministraram cursos na área de
Psicopedagogia, remetendo contribuições para o enriquecimento e desenvolvimento do aporte
teórico da Psicopedagogia. O final do século XIX, de acordo com THOMSEN(2001),
Psiquiatras e Neuro-Psiquiatra preocupados com fatores que interferiam na aprendizagem
organizaram novos métodos de Educação Infantil sob influência dos educadores Esquiral,
Montessori e Ovidir Decroly, dentre outros.
Na Europa o movimento que originou a Psicopedagogia, disseminou a crença de
que o baixo rendimento escolar estava associado às causas orgânicas e que precisava de
atendimento especializado. No Brasil, ainda, de acordo com o autor, as dificuldades de
aprendizagens inicialmente foram associadas a uma disfunção neurológica denominada de
Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que virou moda, servindo para camuflar problemas
sociopedagógicos.
Nos escritos de BOSSA, consta registrado, que os problemas de aprendizagens
eram estudados e tratadas por médicos, o qual assumia grande importância nas decisões de
família. (1994, p.43-44).
Os educadores e os familiares depositavam toda confiança neste profissional.
Contudo, nem sempre todo problema de aprendizagem poderia ser causado por fatores
orgânicos (patológicos) embora a crença perdurasse por muitos anos como forma de
tratamento deste distúrbio.
Segundo BARBOSA (2002), O Psicopedagogo e professor argentino, Jorge Visca
implantou os Centros de Estudos Psicopedagógicos (CEPs) no Rio de Janeiro, São Paulo,
capital e Campinas, Salvador e Curitiba, sendo que os Centros do Rio de Janeiro e Curitiba
funcionaram ininterruptamente, com o objetivo de difundir a Epistemologia Convergente
“utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Psicogenética de Piaget; Escola
Psicanalítica (Feud); a escola de Psicologia Social e Enrique Pichon Riviere”(THOMSEN,
2007).
Decorridos 20 anos de práticas psicopedagógicas, o primeiro curso de
Psicopedagogia de acordo com Bossa (1994, p.45) foi criado na cidade de São Paulo, Instituto
Sedes Sapientiae(1979). Alguns profissionais que terminaram a especialização formaram a
Associação Estadual de Psicopedagogia de São Paulo (AEP), dando origem posteriormente a
Associação de Psicopedagogia, órgão de classe voltada aos interesses da classe e de luta pelos
direitos dos psicopedagogos.
A Psicopedagogia esta fundamentada por referenciais teóricos e é reconhecida
pela área acadêmica por meio de produções científicas consolidadas em teses, publicações
dentre outras. Durante o V encontro e II congresso de Psicopedagogia, entrou em vigor o
código de ética elaborado pelo Conselho Nacional do Biênio 91/92 da Associação Brasileira
de Psicopedagogos - ABPp, aprovado em assembleia no ano de 1992. Desde 1980 que a
ABPp atua junto aos profissionais filiados da área, com uma proposta de uma atuação
científica – cultural em razão da ausência de um Sindicato, para a sua representação política
desses profissionais, frente à questão da legalização da profissão.
VII – CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica: Uma visão diagnóstica. 2ª edição. Porto
Alegre:Artes Médicas, 1994