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Condução do trabalho de parto normal


Por Haywood L. Brown , MD, Duke University Medical Center

Última modificação do conteúdo fev 2017

O parto consiste em uma série de contrações uterinas rítmicas, progressivas e involuntárias que causam
apagamento (afinamento e encurtamento) e dilatação do colo uterino. Não se sabe o que causa o
estímulo para o trabalho de parto, mas a manipulação digital ou o alargamento manual do colo durante o
exame acentuam a contratilidade uterina, muito provavelmente pela estimulação da liberação de
ocitocina pela glândula hipófise posterior.
O trabalho de parto normal em geral começa dentro de 2 semanas (antes ou depois) da data prevista
para o parto. Na primeira gestação, o trabalho de parto leva em média 12 a 18 h; partos subsequentes
são geralmente mais breves, em média de 6 a 8 h.
O tratamento das complicações durante o trabalho parto requerem medidas adicionais (p. ex., indução do
parto, fórceps ou extrator a vácuo, cesariana.
(Ver também Anormalidades e complicações do trabalho de parto e do parto.)

Início do trabalho de parto


A perda do tampão mucoso (pequena quantidade de sangue com muco que sai do colo) pode preceder o
início do trabalho de parto em até 72 h. O tampão pode ser diferenciado do sangramento vaginal anormal
do 3º trimestre, pois há menos sangue, tipicamente misturado com muco e a dor, devido ao
descolamento prematuro da placenta (abruptio placentae), não está presente. Na maioria das mulheres,
uma ultrassonografia anterior foi feita, eliminando a possibilidade de placenta prévia. Porém, deve-se
assumir a presença de placenta prévia se a ultrassonografia não tiver excluído as chances e o
sangramento tenha ocorrido. O exame vaginal digitalizado é contraindicado e a ultrassonografia deve ser
feita assim que possível.
O trabalho de parto começa com contrações uterinas irregulares de intensidade variável; essas
contrações parecem amolecer (amadurecer) o colo, que começa a se apagar e dilatar. À medida que o
parto se desenvolve, aumentam a duração, intensidade e frequência das contrações.

Estágios do trabalho de parto


São 3 as fases do parto.
A 1ª fase — do início do trabalho de parto até a dilatação total do colo (cerca de 10 cm) — compreende 2
períodos, latente e ativo.
Durante o período latente, as contrações irregulares tornam-se progressivamente mais bem
coordenadas, o desconforto é mínimo e o colo se apaga e dilata até 4 cm. O período latente é variável,
sendo difícil precisar o tempo de duração, variando, em média, 8 h em nulíparas e 5 h em multíparas; a
duração é considerada anormal se for > 20 h em nulíparas e > 12 h em multíparas.
Durante a fase ativa, o colo se torna plenamente dilatado e a apresentação fetal insinua-se na pelve
média. Em média, a fase ativa dura de 5 a 7 h em nulíparas e de 2 a 4 h em multíparas. Tradicionalmente,
deve-e esperar que a cérvice dilate-se 1,2 cm/h em nulíparas e 1,5 cm/h em multíparas. Entretanto, dados
recentes sugerem que a progressão mais lenta da dilatação cervical de 4 a 6 cm pode ser normal (1). O
Cookies
exame pélvico é feito a cada 2 a 3 h a fim de se avaliar o progresso do trabalho de parto. A falta de
progresso da dilatação e a descida da apresentação podem indicar distocia (desproporção cefalopélvica).
Se as membranas não se romperem de modo espontâneo, alguns médicos usam rotineiramente
amniotomia (ruptura artificial das membranas) durante a fase ativa. Como resultado, o trabalho de parto
pode evoluir mais rápido e o líquido amniótico meconial pode ser detectado precocemente. Nesse
período, a amniotomia pode ser necessária para monitorar o feto e confirmar o seu bem-estar. Deve-se
evitar amniotomia em mulheres com HIV ou hepatites B ou C, para que o feto não seja exposto a tais
organismos.
Durante a 1ª fase do trabalho de parto, deve-se verificar a frequência cardíaca materna e a PA e
frequência cardíaca fetais continuamente por monitoramento eletrônico ou por ausculta intermitente,
geralmente com um dispositivo de ultrassom portátil com Doppler ( Monitoramento fetal). As mulheres
podem começar a sentir necessidade de fazer força para baixo, enquanto a insinuação fetal descende na
pelve. Entretanto, devem ser desencorajadas a fazer força até que o colo esteja dilatado por completo
para que não esgarcem o colo ou desperdicem energia.
A 2ª fase vai da dilatação total do colo até o desprendimento do feto. Dura até 2 h em nulíparas (em
média 50 min) e 1 h em multíparas (em média 20 min). Esse processo pode durar 1 h ou mais se for
conduzido com o uso de analgesia (epidural) ou sedação intensa com opioide. Para o parto espontâneo, a
mulher deve suplementar as contrações uterinas por meio da força de expulsão. Na 2ª fase, as mulheres
devem ser examinadas constantemente e os batimentos cardíacos fetais devem ser checados de modo
contínuo ou após cada contração. As contrações uterinas podem ser monitoradas pela palpação ou
eletronicamente.
A 3ª fase do parto começa após a retirada do bebê e termina com a retirada da placenta. Essa fase
geralmente dura apenas poucos minutos, mas pode durar até 30 min.

Visão geral dos estágios do


trabalho de parto

ESSE VÍDEO FOI CRIADO COMO UMA


COLABORAÇÃO ENTRE O THE MANUALS
(CONHECIDO COMO THE MERCK MANUAL NOS
EUA E NO CANADÁ E O THE MSD MANUAL NOS
DEMAIS PAÍSES) E A OSMOSE
(HTTPS://OPEN.OSMOSIS.ORG/).
VIDEO

Ruptura das membranas


Ocasionalmente, as membranas (amniótica e saco coriônico) se rompem antes do trabalho de parto
começar e o líquido amniótico escoa pelo colo e pela vagina. A ruptura das membranas em qualquer fase
antes do início do trabalho de parto é chamada ruptura prematura das membranas (RPM). Algumas
mulheres com RPMO sentem uma grande quantidade de líquido saindo subitamente pela vagina, seguida
da saída contínua de líquido.
A confirmação adicional não será necessária se, durante o exame, for visualizada a saída de líquido pelo
colo. A confirmação nos casos difíceis necessita de alguns testes. Por exemplo, o pH do líquido vaginal
deve ser testado com papel de nitrazina, que se torna azul-escuroCookies
em pH > 6,5 (pH do líquido amniótico:
7,0 a 7,6); resultados falso-positivos podem ocorrer se o líquido vaginal contiver sangue ou sêmen ou
houver algum quadro infeccioso. Podem-se obter amostras de secreções do fórnice vaginal posterior e do
colo, colocadas na lâmina, fixadas e visualizadas microscopicamente para ferning. O teste de ferning
(cristalização do cloreto de sódio no líquido na forma de folha de coqueiro no líquido amniótico) confirma
a ruptura das membranas.
Se o quadro ainda não estiver confirmado, a ultrassonografia demonstrando oligoâmnio (deficiência de
líquido amniótico) fornece mais evidências sugestivas de ruptura de membranas. Raramente é necessária
a amniocentese com instilação de corante para confirmar a ruptura; o corante detectado na vagina ou no
tampão confirma a ruptura.
Quando uma mulher apresentar ruptura de membranas, deve procurar um médico imediatamente. Cerca
de 80 a 90% das mulheres com ruptura de membranas a termo e cerca de 50% das mulheres em situação
pré-termo com RPMO entram em trabalho de parto espontaneamente em 24 h; > 90% das mulheres com
RPMO entram em trabalho de parto em 2 semanas. Quanto mais precoce for a ruptura das membranas,
antes de 37 semanas, maior será o tempo decorrido entre a ruptura e o início do trabalho de parto. Se
houver ruptura de membranas em gestante de termo e, em várias horas não se iniciar o trabalho de
parto, este deve ser induzido com o intuito de diminuir os riscos de infecção materna ou fetal.

Opções de nascimento
A maioria das mulheres prefere o parto hospitalar e a maioria dos médicos o recomenda em razão das
complicações maternas ou fetais inesperadas que podem ocorrer durante o parto ou no pós-parto,
mesmo em mulheres sem fatores de risco. Cerca de 30% dos partos hospitalares envolvem complicações
obstétricas (p. ex., lacerações, hemorragia pós-parto). Outras complicações incluem descolamento de
placenta anormal (separação prematura), padrão cardíaco fetal não tranquilizador, distocias de ombro,
necessidade de cesariana de emergência, anormalidades e depressão neonatais.
Todavia, muitas mulheres desejam um ambiente mais caseiro para o parto; em resposta, muitos hospitais
fornecem instalações para um parto com poucas formalidades e regulamentações rígidas, mas com
equipamentos de emergência e equipe habilitada. As maternidades podem ser independentes ou
localizadas nos hospitais; os cuidados em ambos os locais são semelhantes ou idênticos. Alguns hospitais
certificam parteiras para o cuidado de gestantes de baixo risco. As parteiras trabalham com o médico, que
está continuamente disponível para consultas e partos operatórios (p. ex., por fórceps, extração a vácuo
ou cesariana). Todas as opções de nascimento devem ser discutidas.
Para muitas mulheres, a presença do parceiro ou outros acompanhantes durante o trabalho de parto é
útil e deve ser incentivada. Apoio moral, incentivos e expressões de afeto diminuem a ansiedade e fazem
o processo do trabalho de parto menos assustador e desagradável. Cursos sobre o nascimento e o parto
podem preparar a família para enfrentar um trabalho de parto e parto normal ou complicado. Partilhar o
estresse do parto, sons e sinais de seus próprios filhos tende a criar fortes laços entre a família e entre a
família e o bebê. A família deve estar bem informada sobre quaisquer complicações.

Admissão
Tipicamente, as gestantes são aconselhadas a ir para o hospital se acharem que suas membranas se
romperam ou estiverem sentindo contrações com duração de, pelo menos, 30 s e que ocorram de modo
regular com intervalos de 6 min ou menos. Na primeira hora após a chegada ao hospital, se uma mulher
está em trabalho de parto geralmente pode ser determinada com base nos seguintes:
Ocorrência de contrações uterinas dolorosas regulares e sustentadas

Início do trabalho de parto

Ruptura da membrana

Apagamento cervical completo

Se esses critérios não forem encontrados, o falso trabalho de parto pode ser temporariamente
diagnosticado e a gestante deve ser observada por algum tempo e, se o trabalho de parto não se iniciar
em poucas horas, é enviada de volta para casa.
Quando a gestante é admitida, anotam-se sua pressão arterial,Cookies
frequências cardíaca e respiratória,
temperatura e peso, e observa-se a presença ou ausência de edemas. A urina é coletada para pesquisa de
proteínas e glicose e se obtém sangue para hemograma e tipagem sanguínea. Realiza-se o exame físico.
Durante o exame do abdome, o médico estima o tamanho, a posição e a apresentação do feto, utilizando
as manobras de Leopold ( Manobra de Leopold.). Observam-se a presença e a frequência dos batimentos
cardíacos fetais. Estimativas preliminares de intensidade, frequência e duração das contrações também
são obtidas.
Um dispositivo mnemônico útil para avaliação é o 3 Ps:
Poderes (força, frequência e duração das contrações)

Passagem (medições pélvicas)

Passageiro (p. ex., tamanho fetal, posição, padrão da frequência cardíaca)

Manobra de Leopold.
(A) O fundo uterino é palpado para determinar que é ocupado pela parte fetal. (B) Cada lado do
abdome materno é palpado para determinar que lado corresponde à coluna fetal e quais as
extremidades. (C) A área acima da sínfise púbica é palpada para localizar a parte em apresentação e
assim determinar quanto o feto desceu e se está encaixado. (D) Uma mão aplica pressão sobre o
fundo, enquanto o dedo indicador e o polegar da outra mão palpam a parte em apresentação para
confirmar a apresentação e o encaixe.

Se o trabalho de parto estiver ativo e a gestação estiver a termo, uma enfermeira obstetriz ou um médico
realiza toque vaginal com os 2 dedos da mão (usando luva) para avaliar a progressão do trabalho de
parto. Se houver sangramento (em particular, se intenso), adia-se o exame até que a localização da
placenta se confirme por ultrassonografia. Se o sangramento resultar de placenta prévia, o exame vaginal
pode desencadear hemorragia grave.
Se o trabalho de parto não estiver ativo, mas as membranas estiverem
Cookies rotas, procede-se a um exame
especular inicialmente para documentar a dilatação e o apagamento cervical e estimar a posição (local da
parte apresentada); entretanto, adia-se o exame digital até que ocorra a fase ativa do trabalho de parto
ou problemas (p. ex., queda da frequência cardíaca fetal). Se as membranas estiverem rotas, deve-se
observar a presença de mecônio fetal (o qual produz uma coloração marrom-esverdeada), pois pode ser
um sinal de estresse fetal. Se o trabalho de parto for pré-termo (< 37 semanas) ou não tiver se iniciado,
deve-se realizar apenas um exame especular estéril e obter uma cultura para gonococos, clamídia e
estreptococos do grupo B.
Obtém-se dilatação cervical em centímetros, como o diâmetro de um círculo; com 10 cm é considerada
completa.
O apagamento é estimado em porcentagens, de zero a 100%. O encurtamento do colo pode ser obtido
em centímetros usando-se como guia a média normal e não apagada do comprimento cervical de 3,5 a
4,0 cm.
O plano de descida é expresso em centímetros acima ou abaixo das espinhas isquiáticas. O nível da
espinha isquiática corresponde ao plano 0; os níveis acima (+) e os abaixo (−) da espinha isquiática são
medidos em centímetros. A situação fetal, a posição e a apresentação são anotadas.
Posição descreve a relação do eixo axial do feto com aquele da mãe (longitudinal, oblíquo,
transverso).

Posição descreve a relação da parte fetal apresentada com a pelve materna (p. ex., OEA — para
cefálico, SDP — para pélvico).

Apresentação descreve a parte do feto na abertura cervical (p. ex., pelve, vértice, ombros).

Preparação para o parto


As mulheres são admitidas no pré-parto para observação frequente até o parto. Se o trabalho de parto
estiver na fase ativa, a mulher deve receber pouca ou nenhuma ingestão VO, em razão da possibilidade
de vômitos e aspiração durante o parto, ou em casos de parto de emergência, com anestesia, se
necessário. Depilar ou aparar a vulva e pelos pubianos não é indicado; isso aumenta o risco de infecções
por feridas.
Pode-se iniciar a infusão de Ringer lactato com cateter em acesso venoso na mão ou no antebraço.
Durante o trabalho de parto normal de 6 a 10 h, a gestante deve receber 500 a 1.000 mL dessa solução. A
infusão previne desidratação durante o trabalho de parto e, em consequência, a hemoconcentração, além
de manter adequado o volume sanguíneo. O cateter possibilita a infusão imediata de fármacos ou
sangue, caso necessário. Os líquidos também são valiosos, se for utilizada anestesia epidural ou espinal.

Analgesia
Os analgésicos podem ser utilizados durante o trabalho de parto, mas deve-se administrar somente a
menor quantidade requerida para o conforto materno, porque os analgésicos atravessam a placenta,
podendo causar depressão respiratória neonatal. Pode ocorrer toxicidade neonatal, pois, antes da secção
do cordão umbilical, o neonato, cujos processos de metabolização e excreção são imaturos, livra-se do
fármaco recebido de maneira lenta, por meio de metabolização hepática ou excreção urinária. As
orientações sobre o nascimento e o parto reduzem a ansiedade.
Os médicos oferecem cada vez mais a injeção epidural (provendo a anestesia local) como primeira escolha
para a analgesia do parto. Tipicamente, o anestésico local (p. ex., ropivacaína a 0,2%, bupivacaína a
0,125%) é continuamente infundido, com frequência com um opioide (p. ex., fentanila, sufentanila) no
espaço epidural lombar. Inicialmente, dá-se a anestesia com cautela para evitar a diminuição da
consciência da pressão que ajuda a estimular o empurrão e também para evitar o bloqueio motor. Deve-
se tranquilizar as mulheres de que a analgesia epidural não aumenta o risco de cesariana (2).
Se a injeção epidural for contraindicada ou for preferível a administração IV, é comum usar fentanil (100
Mg) ou sulfato de morfina (até 10 mg) IV a cada 60 a 90 min. Ambos os opioides promovem boa analgesia
com baixas doses. Se houver toxicidade, pode-se administrar naloxona, 0,01 mg/kg, IM, IV, SC ou
endotraqueal ao neonato como um antagonista específico. A naloxona pode ser repetida dentro de 1 a
2 min com base na resposta do neonato. Os médicos devem checar o neonato 1 a 2 h após a dose inicial
de naloxona, pois os efeitos da dose inicial se atenuam. Cookies
Se fentanil ou morfina fornecem analgesia insuficiente, deve-se usar uma dose adicional de opioide ou
outro método analgésico em vez dos chamados fármacos sinérgicos (p. ex., prometazina), que não têm
nenhum antídoto. (Esses fármacos, na realidade, são aditivas e não sinérgicas.) Os fármacos sinérgicos
ainda são algumas vezes utilizadas, pois diminuem as náuseas causadas pelos opioides; devem-se
administrar doses pequenas.

Referência geral
1. Zhang J, Landy HJ, Branch DW, et al: Contemporary patterns of spontaneous labor with normal neonatal
outcomes. Obstet Gynecol 116 (6): 1281–1287, 2010. doi: 10.1097/AOG.0b013e3181fdef6e.

2. Practice Guidelines for Obstetric Anesthesia: An Updated Report by the American Society of
Anesthesiologists Task Force on Obstetric Anesthesia and the Society for Obstetric Anesthesia and
Perinatology*. Anesthesiology 124:270–300, 2016. doi: 10.1097/ALN.0000000000000935.

Monitoramento fetal
O bem-estar fetal deve ser monitorado durante o trabalho de parto. Os principais parâmetros basais são
FC fetal e sua variabilidade, em particular como eles mudam em resposta a contrações uterinas e
movimento fetal. Como a interpretação da FC fetal pode ser subjetiva, certos parâmetros foram definidos
( Definições de monitoramento fetal).

Definições de monitoramento fetal


Parâmetro Definição
FC média ao longo de um período de 10 min, excluindo os períodos de grande
Frequência
variabilidade, arredondado para 0 ou 5 mais próximo
cardíaca: basal
Deve ser identificada por ≥ 2 min (mas não necessariamente 2 min consecutivos)
Frequência
cardíaca: Diferença entre os valores mais altos e mais baixos de FC em um período de 10 min
variabilidade
Aceleração:
IGE < 32 semanas: ≥ 10 bpm > FC basal por ≥ 10 s
apropriada para
IGE ≥ 32 semanas: ≥ 15 bpm > FC basal por ≥ 15 s
a idade
Precoce: diminuição temporária gradual da FC que começa perto do início de uma
contração uterina e leva ≥ 30 segundos para alcançar o ponto mais baixo, o que
ocorre próximo do pico da contração uterina
Início, pico e final da desaceleração geralmente perto do início, pico e final da
contração
Tardio: diminuição temporária gradual da FC após o início de uma contração
Desaceleração:
uterina e leva ≥ 30 segundos para alcançar o ponto mais baixo, o que ocorre após o
relação com
pico da contração
contrações
Início, pico e final da desaceleração normalmente mais tarde do que o início, pico e
uterinas
final da contração
Variável: diminuição abrupta temporária de ≥ 15 bpm na FC que alcança seu nadir
< 30 seg após o início da desaceleração e dura entre 15 segundos e 2 minutos; as
desacelerações que podem ou não estar associadas a contracções uterinas
Início, profundidade e duração comumente variando entre contrações uterinas
sucessivas
IGE = idade gestacional estimada.

Cookies
Vários padrões são reconhecidos; eles são classificados em 3 camadas [(categorias 1)], que geralmente se
correlacionam com o estado ácido-base do feto:
Categoria I: normal

Categoria II: indeterminado

Categoria III: anormal

Um padrão normal prediz fortemente o estado fetal de ácido-base normal no período de observação.
Esse padrão tem todas as características a seguir:
FC 110 a 160 bpm na linha de base

Variabilidade da FC moderada (de 6 a 25 batidas) na linha de base e com movimento ou contrações

Nenhuma desaceleração tardia ou variável durante as contrações

Desacelerações precoces e acelerações apropriadas para a idade podem estar presentes ou ausentes em
um padrão normal.
Um padrão indeterminado é qualquer padrão não claramente classificado como normal ou anormal.
Muitos padrões são qualificados como indeterminados. Se o feto é acidótico não pode ser determinado a
partir do padrão. Padrões indeterminados exigem monitoramento fetal atento de tal modo que qualquer
deterioração possa ser reconhecida o mais rápido possível.
Um padrão anormal geralmente indica acidose metabólica fetal no momento da observação. Esse
padrão é caracterizado por um dos seguintes:
Variabilidade da FC basal ausente mais desacelerações tardias recorrentes

Variabilidade da FC basal ausente mais desacelerações variáveis recorrentes

Variabilidade da FC basal ausente mais bradicardia (FC < 110 batimentos/min sem variabilidade ou
< 100 batimentos/min)

Padrão sinusoidal (variabilidade fixa de cerca de 5 a 40 batidas/min em aproximadamente 3 a 5


ciclos/min, semelhante a uma onda sinusoidal)

Padrões anormais exigem ações imediatas para corrigi-los (p. ex., oxigênio suplementar,
reposicionamento, tratamento de hipotensão arterial materna, interrupção da oxitocina) ou preparação
para um parto acelerado.
Padrões refletem o estado fetal em um determinado ponto no tempo; padrões podem e mudam.
O monitoramento pode ser manual e intermitente, usando-se um fetoscópio para auscultar a FC fetal.
Entretanto, nos EUA, o monitoramento eletrônico (externo ou interno) tem se tornado o padrão nos
cuidados a gestantes de alto risco e muitas clínicas o utilizam para todas as gestantes. O valor do uso
rotineiro do monitoramento eletrônico em partos de baixo risco é muitas vezes debatido. Mas foi
demonstrado que o monitoramento eletrônico fetal reduza a taxa de mortalidade geral em grandes
ensaios clínicos e mostrou aumentar as taxas de cesariana, provavelmente porque muitas anormalidades
aparentes são falso- positivas. A taxa de cesarianas é mais alta nas mulheres monitoradas
eletronicamente do que nas mulheres monitoradas por auscultação.
A oximetria do pulso fetal é estudada como uma forma de confirmar anormalidades ou resultados
equívocos do monitoramento eletrônico; o estado de oxigenação fetal pode ajudar a determinar se a
cesariana é necessária.
Análise do segmento ST e da onda T fetal no trabalho de parto (STAN) pode ser usada para verificar
no ECG fetal elevação ou depressãodo segmento ST; qualquer um dos resultado presumivelmente indica
hipoxemia fetal e tem alta sensibilidade e especificidade para acidose fetal. Para STAN, um eletrodo deve
ser anexado ao couro cabeludo fetal; então alterações na onda T e no segmento ST do ECG fetal são
automaticamente identificadas e analisadas.
Se a ausculta manual da FC for utilizada, deve ser efetuada durante todo o trabalho de parto, de acordo
com diretrizes específicas, sendo necessária uma enfermeira para cada paciente.
Para gestantes de baixo risco, em trabalho de parto normal, a FC fetal deve ser checada depois de
cada contração ou a cada 30 min durante a 1ª fase do parto e a cada 15 min durante a 2ª fase.
Cookies
Para gestantes de alto risco, deve-se checar a FC fetal a cada 15 min na 1ª fase e a cada 3 a 5 min na
2ª fase.

Recomenda-se ouvir por pelo menos 1 a 2 min, com início no pico da contração uterina a fim de checar
desacelarações tardias. A ausculta periódica tem taxas menores de falso-positivos para anormalidades e
incidência de intervenções que o monitoramento eletrônico contínuo e promove maior contato pessoal
com a mulher durante o trabalho de parto. Entretanto, seguir o padrão das diretrizes para ausculta é
geralmente difícil e pode não ser custo-efetivo. Além disso, a menos que efetuada cuidadosamente, a
ausculta pode não detectar anormalidades.
O monitoramento eletrônico da FC fetal pode ser
Externo: os dispositivos são colocados no abdome materno para registrar os sons dos batimentos
cardíacos fetais e as contrações uterinas.

Interno: as membranas amnióticas devem estar rompidas. Então, inserem-se sensores através da
cérvice; fixa-se um eletrodo no couro cabeludo para monitorar os batimentos cardíacos e coloca-se
um cateter na cavidade uterina para medir a pressão intrauterina.

Em geral, o monitoramento externo ou a interno é similarmente confiável. Dispositivos externos são


usados para mulheres em trabalho de parto normal; métodos internos são utilizados quando os métodos
externos não tiverem dado informações suficientes sobre o bem-estar fetal ou sobre a intensidade das
contrações uterinas (p. ex., se um dispostivo externo não estiver funcionando corretamente).
O monitoramento fetal externo pode ser usado durante o parto, ou eletivamente, para registrar
continuamente a FC fetal e relacioná-la aos movimentos fetais (chamado de teste sem estresse).
Cardiotocografia é normalmente feita por 20 min (ocasionalmente por 40 min). Os resultados são
considerados reativos (tranquilizadores) se houver 2 acelerações de 15 batimentos/min ao longo de 20
min. A ausência de acelerações é considerada não reativo (preocupante). A presença de desacelerações
tardias sugere hipoxemia, potencial de acidose fetal e necessidade de intervenção.
Uma cardiotocografia preocupante geralmente é seguida de um perfil biofísico (adicionando a avaliação
do volume de líquido amniótico e, às vezes, avaliação do movimento, tônus, respiração e frequência
cardíaca fetais, à cardiotocografia). Cardiotocografia e perfil biofísico são utilizados com frequência para
monitorar as complicações das gestações de alto risco (p. ex., complicações por diabetes ou hipertensão
materna, ou por natimortos anteriores, ou restrição de crescimento fetal em uma gestação anterior).
O monitoramento externo pode ser usado com um teste de estresse das contrações também como uma
cardiotocografia; os movimentos fetais e a FC são monitorados durante as contrações induzidas por
ocitocina (teste de desafio com ocitocina). Mas o teste de estresse de contração agora é raramente feito e,
quando feito, deve ser realizado em um hospital.
Se um problema é detectado durante o trabalho de parto (p. ex., desacelerações da FC fetal, falta de
variabilidade normal da FC), a gestante deve receber oxigênio por máscara facial ou rápida infusão IV de
líquidos, ou ser posicionada lateralmente. Se o padrão cardíaco fetal não melhorar por um período
razoável e o parto não for iminente, é necessária a cesariana de urgência.

Referência sobre monitoramento fetal


1. Macones GA, Hankins GD, Spong CY, et al: The 2008 National Institute of Child Health and Human
Development workshop report on electronic fetal monitoring: Update on definitions, interpretation, and
research guidelines. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs 37 (5):510–515, 2008. doi: 10.1111/j.1552-
6909.2008.00284.x.

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