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Faculdade de Letras
Departamento de Ciências e Técnicas do Património
A HISTORIOGRAFIA DA ARQUITECTURA DA
ÉPOCA ROMÂNICA EM PORTUGAL (1870-2010)
VOLUME II
ANEXOS
Agosto de 2010
É autorizada apenas a reprodução integral desta tese, para efeitos de investigação,
mediante declaração, escrita do interessado, que a tal se compromete.
Maria Leonor Botelho
Tese de Doutoramento realizada com o apoio financeiro do POPH/FSE,
Tipologia 4.1. – Formação avançada,
Comparticipada pelo Fundo Social Europeu e por Fundos Nacionais do MCTES
(Bolsa de Investigação com a referência SFRH / BD / 22318 / 2005)
SUMÁRIO
REFERÊNCIA
Este formulário assume-se como o elemento central da nossa base de dados,
permitindo criar a partir dos seus campos, que se repetem em todos os restantes formulários,
as relações necessárias que cruzam os mais diversos dados.
9
Maria Leonor Botelho
AUTOR
Neste formulário pretendemos sistematizar os dados biográficos e apurar o seu
percurso no sentido de melhor entender o grau de envolvimento de cada autor com a
arquitectura da época românica portuguesa.
Autor: identificação do autor, segundo a fórmula de referenciação APELIDO, Nome.
Datas: data de nascimento/morte.
Biografia: Elementos e dados considerados fundamentais para a compreensão da
formação e percurso historiográfico do autor, fornecido por obras biográficas, memorativas,
etc.
Observações: Conjunto de elementos biográficos complementares apreendidos nas
mesmas fontes.
Bibliografia: Bibliografia de carácter biográfico sobre o autor.
Bibliografia específica do autor: Referências bibliográficas que o autor em estudo
consagrou à arquitectura ou à época românica, fruto da relação existente com o formulário
referências acima indicado.
1
SOUSA, Gonçalo de Vasconcelos e – Metodologia da Investigação, Redacção e Apresentação de Trabalhos
Científicos. 1ª Edição. Porto: Livraria Civilização Editora, (Dezembro) 1998, p. 44, nota 9.
10
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
BIBLIOGRAFIA
Este conjunto de formulários surge organizado ao modo da clássica ficha de leitura,
muito embora a tenhamos organizado com vista a dar resposta às necessidades concretas que
fomos sentido ao nível da percepção da evolução do conhecimento e da escrita sobre a
arquitectura da época românica em Portugal.
Assim, podemos considerar três tipologias de campos, de natureza distinta. O primeiro
tem apenas o carácter informativo e resulta do desmembramento da tradicional referenciação
bibliográfica, acima referida. Este grupo inclui os seguintes campos: Autor, Título, Data (de
edição), Local de Edição, Editor, Série, Colecção, Número e Páginas.
A segunda tipológica inclui apenas o campo relativo à Tipologia, na qual
identificámos, com base numa listagem previamente estabelecida, a natureza do texto em
estudo.
Por fim, o terceiro conjunto, quis-se mais interpretativo, nos seguintes campos:
Índice/Assuntos Tratados: Índice da obra, quando existente, mantendo a grafia e as
numerações originais ou identificação dos conteúdos tratados, de forma sequencial, da nossa
autoria, feita a partir de uma leitura atenta e ponderada do texto em análise.
Observações: Informações relativas ao estudo em questão e comentários críticos
pertinentes para a compreensão do teor do estudo em tratamento.
O campo relativo à referência bibliográfica, gerado a partir de um subformulário,
resulta da relação previamente estabelecida com o formulário central de referências.
MONUMENTOS
Os dados que permitem identificar o monumento são de natureza variada e tiveram
como fonte principal os elementos inscritos na respectiva ficha de Inventário do Património
Arquitectónico - IPA (In www.monumentos.pt). Caso esta não exista, alguns campos foram
por nós preenchidos seguindo os mesmos critérios. Assim, através do recurso a esta fonte
nacional de informação pensamos que se torna mais fácil um posterior cruzamento de dados
entre os vários sistemas de informação, cujos elementos se encontram já normalizados. Os
campos a que nos referimos são os seguintes:
Designação: Designação do monumento de acordo com a Ficha IPA.
Nº IPA:
Localização: Localização segundo normas de informação da Ficha IPA: Distrito,
Concelho e Freguesia.
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Maria Leonor Botelho
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
Por fim, este formulário encerra com as referências bibliográficas que são relativas ao
monumento em análise.
14
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
AUTORES: é facultada a listagem alfabética, com base nos apelidos, dos autores
tratados.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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ANEXO 1. INVENTÁRIO CRONOLÓGICO DA
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Maria Leonor Botelho
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ANEXO 2. INVENTÁRIO TIPOLÓGICO DA
MONOGRAFIA
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Maria Leonor Botelho
VASCONCELOS,
1935 A Sé-Velha de Coimbra (Apontamentos para a sua história) António Garcia
Ribeiro de
MONTEIRO,
1939 S. Fructuoso. Uma igreja mozarabe
Manuel
A Sé-Velha Conimbricense e as inconsistentes afirmações GONÇALVES,
1942
histórico-arqueológicas de M. Pierre David António Nogueira
MATTOS,
1942 A Arte dos Jugos e Cangas no Douro-Litoral
Armando
La Sé Velha de Coimbra et les dates de sa construction (1140-
1942 DAVID, Pierre
1180)
1943 A Sé Velha de Coimbra das origens ao século XV DAVID, Pierre
GONÇALVES,
1947 Inventário Artístico de Portugal. Cidade de Coimbra.
António Nogueira
S. Pedro de Varais. Uma Capela Românica do Concelho de BARREIROS, Cón.
1950
Caminha. Manuel Aguiar
MONTEIRO,
1951 O Românico Português. A Igreja de S. Tiago de Coimbra
Manuel
MONTEIRO,
1954 Igrejas Medievais do Porto (Obra Póstuma)
Manuel
1956 O Mosteiro e a Igreja de Santo Tirso PASSOS, Carlos de
REAL, Manuel
1982 O Mosteiro de Roriz na Arte Românica do Douro Litoral
Luís
A Anunciação na Arte Medieval em Portugal. Estudo ALMEIDA, Carlos
1983
Iconográfico. Iconografia II Alberto Ferreira de
ALMEIDA, Carlos
1983 O Díptico-Relicário de Arouca. Iconografia III
Alberto Ferreira de
1986 Portugal Roman. Le Sud du Portugal. Aa. Estrangeiros
1987 Portugal Roman. Le Nord du Portugal. Aa. Estrangeiros
VASCONCELOS,
A Sé-Velha de Coimbra (Apontamentos para a sua história).
1992 António Garcia
Versão fac-similada da edição de 1930
Ribeiro de
VASCONCELOS,
A Sé-Velha de Coimbra (Apontamentos para a sua história).
1993 António Garcia
Versão fac-similada da edição de 1930
Ribeiro de
ROSAS, Lúcia
2008 Românico do Vale do Sousa
Maria Cardoso
"Arquitectura Românica em Portugal. Contexto Histórico- ROSAS, Lúcia
2010 (no prelo)
Artístico" Maria Cardoso
PARTE DE MONOGRAFIA
42
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
GONÇALVES,
1980 ―Arte religiosa em Portugal: brevíssimo resumo‖
António Nogueira
REAL, Manuel
1986 La sculpture figurative dans l’Art Roman du Portugal
Luís
1986 Le Cadre Historique MATTOSO, José
43
Maria Leonor Botelho
44
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
45
Maria Leonor Botelho
1938, 20 Maio
MONTEIRO,
e 3, 10 e 17 O Românico Português. A Igreja de Cedofeita
Manuel
Jun.
GONÇALVES,
1939 A Igreja Medieval do Mosteiro de Vilela (Porto)
António Nogueira
1939 (Maio-
O S. Pedro, de Paço de Sousa VITORINO, Pedro
Junho)
1940 ―Duas Igrejas Românicas‖ VITORINO, Pedro
MONTEIRO,
1941 A Igreja da Senhora da Ourada
Manuel
―Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos GONÇALVES,
1941 (18 Out.)
Nacionais. Nº 23. S. Pedro de Rates‖ António Nogueira
GONÇALVES,
1942 "O Narthex românico da Igreja de Santa Cruz de Coimbra"
António Nogueira
1943 "A Igreja de S. Tiago de Coimbra" CORREIA, Virgílio
MONTEIRO,
1943 ―Paço de Sousa (O Românico Nacionalizado)‖
Manuel
MATTOS,
1945 ―Arqueologia Artística‖
Armando
MONTEIRO,
1945 ―O Românico Português. A Igreja de S. Cristóvão de Rio-Mau‖
Manuel
MATTOS,
1947 ―A ermida românico-ogival da Senhora do Vale (Cete)‖
Armando
MONTEIRO,
1947 (6 Dez.) ―A arquitectura dos beneditinos no século XII em Coimbra‖
Manuel
MATTOS,
1948 ―Panorama da Arte Românica do Douro-Litoral‖
Armando
MATTOS,
1948 ―A fachada da igreja românica de Vila Boa do Bispo‖
Armando
―O verbete inventariante dos monumentos românicos em MATTOS,
1949
Portugal‖ Armando
―Alguns vestígios da arte lombarda no românico do Douro- MATTOS,
1949
Litoral‖ Armando
MATTOS,
1949 ―Arqueologia Artística (estudos, notas e comentários). I.‖
Armando
MATTOS,
1949 ―Motivos catecúmenos no românico do Douro-Litoral‖
Armando
1949, 12 Arte Românica Portuguesa. Quando se erigiu a igreja MONTEIRO,
Março vimaranense de S. Miguel do Castelo? Manuel
GONÇALVES,
1950 ―O Anjo Românico‖
António Nogueira
MATTOS,
1950 ―Arqueologia Artística (estudos, notas e comentários). II.‖
Armando
MATTOS,
1951 "Dois capitéis da igreja românica de Águas Santas‖
Armando
―Topografia decorativa da igreja do mosteiro beneditino de MATTOS,
1951
Travanca‖ Armando
MATTOS,
1952 ―O Espírito do baixo-Relevo Românico em Portugal‖
Armando
MONTEIRO,
1952 A Igreja de Cabeça Santa. Um arremedeo de Cedofeita
Manuel
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
SEPARATA
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
GONÇALVES,
1948 Arquitectura Românica. O período Condal
António Nogueira
MONTEIRO,
1949 L’Art Pré-Roman au Portugal
Manuel
O Românico Português. Castro de Avelãs. Um monumento MONTEIRO,
1950
brigantino de influência oriental Manuel
MONTEIRO,
1950 «La Chanson de Roland» no Românico Português
Manuel
1958 A Egreja Românica de Castro de Avelãs PASSOS, Carlos de
OLIVEIRA,
Um passo da história portuguesa num capitel românico. O
1964 António Coelho de
simbolismo do Pórtico de Pombeiro.
Sousa
ALMEIDA, Carlos
1970 Ainda o Documento XIII dos "Diplomata et Chartae"
Alberto Ferreira de
ALMEIDA, Carlos
1973 Notas sobre a Alta Idade Média no Noroeste de Portugal
Alberto Ferreira de
ALMEIDA, Carlos
1974 Paganismo - sua sobrevivência no Ocidente Peninsular
Alberto Ferreira de
ALMEIDA, Carlos
1975 A Igreja Românica de Rates (Póvoa de Varzim)
Alberto Ferreira de
O Culto de Nossa Senhora, no Porto, na Época Moderna. ALMEIDA, Carlos
1979
Perspectiva Antropológica. Alberto Ferreira de
ALMEIDA, Carlos
1980 Os castelos de Aguiar de Sousa e de Vandoma: Baltar
Alberto Ferreira de
REAL, Manuel
1980 O Convento da Costa. História e Arqueologia
Luís
Dispersos, Inéditos e Cartas. Artigos em Publicações
MONTEIRO,
1980 Periódicas. Monografias. Recolha, Organização de textos e
Manuel
bibliografia por Henrique M. Barreto Nunes
O Convento da Costa (Guimarães). Notícia e Interpretação de REAL, Manuel
1981
alguns elementos arquitectónicos recentemente aparecidos. Luís
ALMEIDA, Carlos
1981-1982 Eja (Entre-os-Rios): a Civitas e a Igreja de S. Miguel
Alberto Ferreira de
O românico condal em S. Pedro de Rates e as transformações REAL, Manuel
1982
beneditinas do séc. XII Luís
Perspectivas sobre a flora românica da «Escola Lisbonense‖. A
REAL, Manuel
1982-1983 propósito de dois capitéis desconhecidos de Sintra no Museu
Luís
do Carmo
A Abadia Velha de Salzedas. Notícia do aparecimento das suas REAL, Manuel
1983
ruínas Luís
Sepulturas Medievais na Terra de Aguiar de Pena: Vila Pouca BARROCA, Mário
1983
de Aguiar Jorge
ALMEIDA, Carlos
1983 O Presépio na Arte Medieval. Iconografia I
Alberto Ferreira de
BARROCA, Mário
1985 Notas sobre a Ocupação Medieval em Baião
Jorge
A Igreja de S. Pedro de Ferreira. Um invulgar exemplo de REAL, Manuel
1986
convergência estilística Luís
A Terra e o Castelo – Uma experiência arqueológica em BARROCA, Mário
1986
Aguiar da Pena Jorge
ALMEIDA, Carlos
1987 Influências Francesas na Arte Românica Portuguesa.
Alberto Ferreira de
49
Maria Leonor Botelho
50
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
OBRA DE REFERÊNCIA
DATA TITULO AUTOR
SANTOS,
[196-] Oito Séculos de Arte Portuguesa. História e Espírito
Reynaldo dos
SILVA, Joaquim
1878 Noções Elementares de Archeologia. Possidónio Narciso
da
Escriptos Diversos de Augusto Filippe Simões colligidos por SIMÕES, Augusto
1888
ordem da Secção de Archeologia do Instituto de Coimbra Filipe
51
Maria Leonor Botelho
ACTAS DE CONGRESSO
DATA TITULO AUTOR
―Para a história das artes plásticas em Portugal durante os
1940 LACERDA, Aarão
séculos XII, XIII e XIV‖
ALMEIDA, Carlos
1974 Os Caminhos e a Assistência no Norte de Portugal
Alberto Ferreira de
REAL, Manuel
1990 ―Influências da Galiza na Arte Românica Portuguesa‖
Luís
―O projecto da Catedral de Braga, nos finais do século XI, e as REAL, Manuel
1990
origens do românico português‖ Luís
ALMEIDA, Carlos
1993 Castelos Medievais do Norte de Portugal
Alberto Ferreira de
Contributo para um Bibliografia dos Estudos de Castelologia BARROCA, Mário
2000
Medieval Portuguesa (1978-1999) Jorge
CATÁLOGO DE EXPOSIÇÃO
DATA TITULO AUTOR
A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de
VASCONCELOS,
1918 Vasconcellos com reproducções seleccionadas e executas por
Joaquim de
Marques Abreu
―Arquitectura‖. Nos Confins da Idade Média. Arte Portuguesa. ALMEIDA, Carlos
1992
Séculos XII-XV. Alberto Ferreira de
52
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
CATÁLOGO COMEMORATIVO
DATA TITULO AUTOR
―A Igreja e o Mosteiro de Fiães‖ In IV Centenário da Tomada ALMEIDA, Carlos
1991
do Castelo de Melgaço. Alberto Ferreira de
PALESTRA / CONFERÊNCIA
DATA TITULO AUTOR
OLIVEIRA,
[1967] A Abside Românica de S. Pedro de Abragão António Coelho de
Sousa
SIMÕES, Augusto
1875 Da Architectura Religiosa em Coimbra durante a Edade Media
Filipe
Da Architectura Manuelina. Conferência realisada na VASCONCELOS,
1885
Exposição districtal de Coimbra. Joaquim de
VASCONCELOS,
1916 Conferência, 28 de Janeiro de 1915
Joaquim de
Coimbra e a Arte. Conferencia realizada no dia Quatro de Abril
PESSANHA, D.
1922 de Mil Novecentos e Vinte e Um, no encerramento de uma
José Maria da Silva
exposição de Arte Coimbrã em Lisboa
1933 (15, 17,
―A Arquitectura Românica em Coimbra‖. Conferência no
19, 26 e 29 CORREIA, Virgílio
Curso de Férias da Faculdade de Letras de 1933
Ago.)
MATTOS,
1939 Arte e História
Armando
GONÇALVES,
1940 A frontaria românica da Igreja de Santa Cruz de Coimbra.
António Nogueira
SANTOS,
1943 ―O Espírito e a Essência da Arte em Portugal‖
Reynaldo dos
1943 ―O Românico de Bravães‖ PASSOS, Carlos de
GONÇALVES,
1944 Evocação da obra dos canteiros medievais de Coimbra
António Nogueira
Joaquim de Vasconcelos e o Românico em Portugal.
MATTOS,
1950 Conferência realizada na Escola Superior de Belas Artes do
Armando
Porto em 14 de Fevereiro de 1950
53
Maria Leonor Botelho
OLIVEIRA,
1964 A Igreja Românica de Santa Leucádia António Coelho de
Sousa
OLIVEIRA,
1964 ―Arqueologia Portuense‖ António Coelho de
Sousa
OLIVEIRA,
A Igreja Românica de Santa Maria de Meinedo e a sua raiz na
1969 António Coelho de
Alta Idade Média.
Sousa
REVISTA / JORNAL
DATA TITULO AUTOR
CASTRO, Augusto
1871-1874 Panorama Photographico de Portugal
Mendes Simões de
CASTRO, Augusto
1879 Portugal Pittoresco
Mendes Simões de
ENSAIO
DATA TITULO AUTOR
O Ensino da História da Arte nos Lyceus e as excursões VASCONCELOS,
1908
escolares Joaquim de
Monumentos da Arte considerados como subsidio para a
VASCONCELOS,
1913 Historia da civilisação portugueza. Dissertação para concurso á
Joaquim de
8ª cadeira da Escola de Bellas Artes do Porto
MANUSCRITO
DATA TITULO AUTOR
[1952, anterior MONTEIRO,
Ensaio sobre a Arquitectura Romanica do Norte de Portugal
a] Manuel
SUPLEMENTO
DATA TITULO AUTOR
VASCONCELOS,
A Sé Velha de Coimbra (Tempestade num copo de água).
1935 António Garcia
Suplemento ao volume II
Ribeiro de
54
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
ARTIGO DE OPINIÃO
DATA TITULO AUTOR
1918 [1914] "Arte Romanica. A propósito da exposição Marques D’Abreu" LACERDA, Aarão
55
ANEXO DOCUMENTAL
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
59
Maria Leonor Botelho
(fl. 1) I. CLUNI
In ny a rien de plus grand au
moyen age que Cluny: cette
grandeur est telle qu’on n’a fait
jusqu’a present que l’entrevoir; mais
nous ne savons pas encore assez pour
tout comprendre.
EMILE MALE
60
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
cluniacense limitou-se, por assim dizer, à pratica desse ideal de espiritualidade e moralização,
embora concomitantemente concorresse para propagar a cultura das letras, das artes e ofícios,
pois cada mosteiro era um verdadeiro instituto escolar, e para melhorar a condição social das
classes infortunadas.
A partir, porem, de Santo Hugues, que durante sessenta anos (1048-1108) empenhou o
báculo de abade dos abades, foi mais eficiente a sua actividade em colaboração com o (fl. 3)
papado ao serviço da Igreja.
Esse venerando chefe da poderosa congregação, como conselheiro e mentor de
pontífices, como acatado amigo de imperadores, reis e príncipes, não só continuou a obra dos
seus predecessores – ces hautes figures debout, à l’entrée du siécle, comme les statues de
pierre des Prècurseurs au portail des églises – (Focillon), mas tambem contribuiu
inexcedivelmente para a adopção unificadora do rito romano e para a formação do ambiente
propicio ao aceitamento das doutrinas greco-arianas e, ainda, para imprimir um dinamismo
sem par à cristandade do seu tempo.
Esta, sob o impulso da inteligente iniciativa de Cluni, animou com exaltação e ardos as
solidas vias romanas, tanto para fins piedosos, como para objectivos bélicos em defesa e
alastramento da fé.
Pela devoção religiosa, vigorosamente insuflada pelos monges beneditinos,
ininterruptas massas humanas demandaram com fervor os dois extremos das duas penínsulas
europeias: a gruta de S. Miguel no Monte Gargano, esporão de rocha cravado na espessura
d’amil (?) do Adriático e o tumulo do apostolo S. Tiago em Compostela, a acropole santa do
Ocidente, para onde a propria via láctea, na incerteza da noite, guiava confiadamente os
peregrinos.
Tão intensa deambulação votiva da turba cosmopolita criou a epopeia, as canções de
gesta, e provocou ao longo dos longos caminhos de César o multíplice aparecimento de
santuarios de peregrinação, os quais, juntamente com (fl. 4) a proliferação dos privados
clunicenses, determinaram e facilitaram em cada zona territorial d’alem Pireneus a difusão da
arquitectura monástica, isto é, da arquitectura românica nas suas diferentes modalidades.
Cluni, porem, alem de incendiar com a chama da benaventurança a alma dos povos, levando-
os a rolar e a peregrinar pela terra para expiar uma falta, cumprir um voto, realizar um sonho,
soube criar o estado de espirito próprio a galvanizar o mundo cristão para o lançar na luta
contra o Islam.
Com efeito, Santo Huges, que, através dos seus mosteiros espalhados aquem Pireneus,
conhecia a situação das Espanhas cujos reis se honravam com a sua amizade, inspirou a
61
Maria Leonor Botelho
cruzada contra o sarraceno e Alexandre II, que lhe devia a sua eleição papal, deu a forma a
esse pensamento superior, organizando pela primeira vez a guerra santa.
Feito o ensaio peninsular, amplificou-se a ideia do grande abade dos abades que voltou
as suas atenções para o Oriente, para os Lugares Santos retidos nas mãos do Infiel. Urbano II,
seu discípulo dilecto, que por ele fôra elevado à tiara pontifical, foi o seu interprete no
Concilio de Clermont em 1095.
Renovaram-se as expedições militares para a Península sob a conduta da mais nobre
flor da cavalaria francesa, sobretudo em auxilio de Afonso VI de Leão que o prestigioso
Chefe da ordem beneditina uniu à sua familia ducal da Borgonha, casando-o com sua sobrinha
D. Constança.
As relações do rei leonês com Santo Hugues intensifica – (fl. 5) ram-se, desde então,
em dedicação respeitosa e quasi filial do Soberano, que se multiplicou em serviços e
munificencias, e, reciprocamente, em afecto afável e quasi paternal do Santo que se
prodigalizou em mercês e graças espirituais.
Sob a protecção deste ultimo e dentro de tão cordialissima atmosfera surgiram na corte
afonsina os dois príncipes borgonheses, Raimundo e Henrique, a quem o rei de Leão veio a
confiar, como é sabido, os condados de Galiza e Portugal e a dar as mãos de suas filhas
Urraca e Teresa mais estreitando, assim, os seus laços familiares com a potente Casa de
Borgonha.
Uma vez à frente do governo do territorio portucalense, D. Henrique procedeu à sua
reorganização eclesiastica e social, inspirando-se nas normas ditadas de Cluni pelo Santo seu
parente e protector que, alem de colonias de monges beneditinos, lhe enviou dois prelados
para as dioceses de Braga e Coimbra escolhidos pelo seu representante D. Bernardo,
arcebispo de Toledo, tambem cluniacense.
Os dois pastores diocesanos, S. Geraldo e Maurício Burdino, secundados nos seus
esforços pelos correligionarios monásticos, foram os mais activos e diligentes cooperadores
do Conde em renovar e amplificar a organização paroquial, que pelas suas profundas raizes
suevicas resistira a todas as vicissitudes, em reconstruir velhas basílicas, igrejas e mosteiros,
em (fl. 5-a) fundar outros, desbravando e arroteando o solo, reduzindo a selva… Para tanto
não lhes faltaram o auxilio e as largas concessões de terras e privilegios condais, as
benemerencias de ricos e nobres aguilhoados pela evolução e pelo imperativo moral de se
precaverem contra o terror do Alem, e o contributo sem desfalecimentos do labor afanoso do
povo catequetizado e devoto.
62
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
(fl. 5v.) …fundar outros, desbravando e arroteando o solo, reduzindo a selva… Para tanto não
lhes faltaram o auxilio e as largas concessões de terras e privilegios condais, as benemerencias
de ricos e nobres aguilhoados pela evolução e pelo imperativo moral de se precaverem contra
o terror do Alem, e o contributo sem desfalecimentos do labor afanoso do povo catequetizado
e devoto.
Na verdade, à palavra evangelizadora de S. Geraldo e dos monges negros, como ela,
todos à compita, servos, plebeus e senhores, quasi irmanados no mesmo arranque ou
entusiasmo religioso acorreram a fazer dom quer da sua bolsa, quer dos seus bens, quer da
prestação do seu gado, quer da cedencia dos materiais construtivos, quer do seu trabalho
manual e das suas aptidões para a obra em louvor do divino.
Salvo as devidas proporções, no Entre Douro e Minho, principalmente, repete-se o
comovente espectaculo pronunciado nas Galias, apos o ano mil, por Raoul Glaber da
reconstrução de edificios religiosos, visigóticos e mozarabes, muito pobres ou muiro severos.
63
Maria Leonor Botelho
(fl.6) Braga, a antiga capital dos reis suevos, e, sob o dominio destes, uma das
metropoles eclesiásticas da antiga Gallaecia, foi, pelos esforços e objectivos do Conde D.
Henrique, de novo elevada à categoria metropolitica.
A reoganização eclesiástica da sua diocese recentemente restaurada de imperativa
necessidade e apos o abandono, durante seculos, dos … pastores (?) pª isso forçados pelas
violentas circunstancias historicas de todos conhecidas, não foi dificil graças às vigorosas
raizes da obra vivaz de S. Martinho de Dume que perdurou sob as calamidades assoladoras do
território diocesano.
Este forte empreendimento, alias, amplificado conforme as exigencias do tempo, abriu
um vasto campo d’acção aos arquitectos de Cluni a quem coube introduzir a arquitectura
romanica no Condado portucalense.
Os lapicidas cluniacenses fixaram-se, essencialmente, na zona bracarense e regiões
circunvizinhas onde mais se intensificaram as solicitações da sua arte, pois nesse meio mais
proliferavam as construções paroquiais e mais abundavam os sítios propícios à edificação de
casas conventuais.
Esses artistas beneditinos embora concentrados na metrópole e, suas adjacências daqui
fizeram irradiações sendo a mais assinalável a do nucleo que se deslocou com o bispo D.
Maurício, filho de Cluni, para Coimbra, onde pouco mais de tres decenios depois viria a
surgir uma nova fase da arquitectura romanica, (fl. 7) a segunda na evolução cronologica
deste estilo em Portugal.
Esta, ao serviço dos cruzios ou conegos regrantes, demandou tambem o rumo do Entre
Douro e Minho, sendo a sua expansão feita sob os auspícios de Afonso Henriques e
fomentada pelo arcebispo D. João Peculiar, um dos fundadores do mosteiro conimbricense de
Santa Cruz e o formidavel colaborador daquele monarca na fundação da nacionalidade.
O extraordinario prelado prepositada e esforçadamente promoveu a multiplicação de
mosteiros da sua ordem, o que alias lhe servia de argumento de valia na causa sustentada em
Roma em defesa da independencia eclesiastica e politica de Portugal. Tatica (sic) magnifica
do indomavel batalhador nessa luta gigantesca!...
Ora, quer pela sugestão influente e preponderancia espiritual e moral desse energico
mitrado, inteiramente afeiçoado aos agostinhos, quer ainda por considerações próprias de
natureza politica, o nosso primeiro rei, ao contrario de seu pai, o Conde D. Henrique, foi-se
pouco a pouco desinteressando dos beneditinos, alheou-se da interferência nas directrizes da
nação incipiente, e deles foi desviando o caudal dos seus favores. (fl. 8) A razão é obvia e já
Viterbo no seu Elucidário a tinha enunciado: «O Principe D. Affonso Henriques não gostava
64
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
de Corporações existentes no Reino e sujeitas a hum Chefe de cuja fidelidade poderia duvidar
com fundamento».
E isto, acrescenta o erudito frade «por quererem os monges que os Mosteiros de
Portugal estivessem em tudo sujeitos a Cluni e que de lá recebessem todas as influencias,
vindo por este modo as pessoas e os bens de hum Reino livre e independente a reconhecer
superioridade e jurisdição em hum Estrangeiro»1. Deviam sem duvida ser estes alguns dos
pensamentos do prelado mentor do soberano.
Com efeito à leal dedicação do arcebispo D. Paio Mendes sucede na mitra bracarense
a do D. João Peculiar que a afirmou demoradamente durante trinta e sete anos e sem a qual
talvez a nacionalidade portuguesa não vingasse.
Este já sucedera efemeramente na diocese do Porto ao tredo (?) e maquiavélico D.
Hugo, tambem beneditino mas agente incondicional do abracadabrante e truculento arcebispo
de Compostela, D. Diego Gelmirez.
(fl. 9) A prelatura portuense depois de D. João Peculiar coube a parentes seus e saídos
das fileiras monásticas de Santa Cruz de Coimbra.
Por sua vez o bispado desta cidade foi, após a morte do cluniacense D. Bernardo,
confiado ao cónego regrante D. Miguel Salomão.
A hegemonia ecleciastica e espiritual dos monges negros foi assim abatida para dar
lugar à dos agostinhos. O mesmo aconteceu com a arquitectura, prevalecendo, a partir da
segunda metade do seculo XII, a feição inovadora com as suas características diferenciais que
estes ultimos adoptaram nos seus edifícios d’estilo românico.
***
1
Vº Charidade III.V
65
Maria Leonor Botelho
1
Nas regiões montanhosas onde não havia possibilidade de se fabricar a telha, nem de fazer a sua aquisição.
66
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
67
Maria Leonor Botelho
com efeito: «Dure turras sint in ipsius galilae fronte constitutae et subter ipsas atrium est ubi
laici stant ut non impediant processionem»1.
A Sé de Braga foi delineada com arrojo e grandeza de vistas para um sonhado futuro
da magnificencia da metropole esclesiastica. É compreensível o ardente e sincero entusiasmo
que o Conde D. Henrique poz nesse ambicionado objectivo ao lançar-lhe os fundamentos em
substituição da timida e humilde catedral, precariamente, começada mas não concluida pelo
bispo D. Pedro no penúltimo decénio do sec. XI. O seu traçado abrangia três naves com 3 de
cruzeiro e traduzia, nestas excepcionais proporções, a largueza dos sentimentos que o haviam
inspirado.
Não se executou, porem, tal qual fôra não só projectado, mas até iniciado, como o
demonstram os pilares primitivos que o recente restauro feito pelos Monumentos Nacionais
poz a descoberto e se aproveita-(fl. 14)ram como conhecimento entre a silharia da nova traça
mais simplificada.
Uma tal simplificação, pelo desvio do rumo originário, foi violentamente imposta pela
carencia de recursos, impossibilitando a veleidade arrogante dos homens de fazer face ao
custo da temerária fabrica.
Dona Teresa empenhada, após a morte do marido, numa lufa-lufa combativa, sem
tréguas, como sujeita aos demandos irresistíveis da Fatalidade, não a podia amparar com as
antigas liberalidades. Por outro lado os réditos da diocese principiavam a ser consumidos, em
larga escala, na luta sustentada em Roma pelo arcebispo contra Toledo, e contra Compostela.
Para suprir tal carência, aflitivamente desprestigiada e desmoralizante, o infante D.
Afonso Henriques, sem duvida, após a exposição dolente do seu dedicado e valoroso
partidário, o arcebispo D. Paio Mendes, a quem devia inestimaveis serviços e de quem
esperava outros, outorga a este e a seus sucessores o direito de cunhar moeda à semelhança do
que fizera o monarca de Leão, seu avô, em auxilio da feitura da basílica santiaguesa na
Galiza: «et sicut aves mens rex Alfonsus dedit adjutorium ad ecclesiam sancti Jacobi
faciendum, simile modo, domo et concedo sancte Marie Bracarensi nometam unde facientur
ecclesia»2.
1
Entre nós só a abadia de Pombeiro conserva esta frente. No entanto deviam te-la as outras de análoga senão
maior categoria como S. Miguel de Refojos de Basto, Santo Tirso de Riba d’Ave, Tibães, etc.
2
Este preciso documento que é a carta de Couto a Santa Maria de Braga e o qual o Dr. Alberto Feio considera a
Acta da Fundação da Nacionalidade tem a data de 27 de Maio de 1128. Guarda-se no Arquivo Distrital de Braga,
já foi em parte copiado por Viterbo no seu Elucidário (V. Moeda) e reproduzido na integra por Alexandre
Herculano na Hist. de Portugal. Vol. I Nota XIII.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
1
Sés de Compostela, Tui e Orense, mosteiros de Carbocino e Cambra, Colegiada de Sar, etc. A Sé de Lugo
compreende tambem os dois tipos correspondentes às suas duas fases construtivas.
2
Foi o processo seguido no aproveitamento dos edifícios da antiguidade, vedando os seus intercolunios como em
Merida. O mais considerável exemplo é, sem duvida, o do formoso templo grego de Siracusa foi convertido em
catedral cristão, que depois da vedação a que se aditou a fachada barroca.
3
Pena foi que obras inutilmente feitas neste local tivessem apagado os vestigios do perímetro da ampla
construção transeptal.
69
Maria Leonor Botelho
acolher multidões de peregrinos, como Ste. Foix, ou relíquias prodigiosas como as de Ste.
Sernin ou a do Apostolo das Espanhas.
(fl. 17) Como no mosteiro catalão de Ripoll, as sete capelas absidais alinhavam-se no
lado oriental de um transepto de três naves que, no dizer de Focillon, era uma verdadeira
igreja trasversamente inserta na principal.
Na verdade o Memorial das Obras do arcebispo D. Diogo de Sousa, redigido por uma
testemunha ocular e coeva1, informa-nos que a capella-mor era iluminada por uma fresta
pequena antiga e ladeada por quatro capellas à mão direira e esquerda.
É portanto evidente que em 1509 existia ainda a abside romanica de interior obscuro
entre as quatro absidiolas adjacentes, muito mais sombrias, da traça reduzida.
Toda a ideia de deambulatório está excluída da aludida informação, alem de que, se
ele existisse, o inclito prelado não sentiria a necessidade forte de derribar a capela-mór antiga
por falta de luz, pois o seu dispositivo iluminante seria outro e proporcionar-lhe-ia uma
claridade bem diferente da coada parcamente através do lumareu fundeiro.
De resto com a previa supressão da charola outras seriam as proporções da
magnificente ousia erguida pelo principesco primaz que, pelo contrario, como se pode
verificar ainda hoje, a circunscrever a base espacial da primitiva, dando-lhe o desafogo
sobretudo em elevação.
Posto isto, a Sé de Braga, cuja fabrica se prolongou durante o seculo XII, cristalisara,
em definitivo, numa frontaria enquadrada por duas torres, em três naves com a central mais
alta do (fl. 18) que as secundarias, recebendo todas a luz directa do exterior por uma fresta
aberta em cada um dos seis tramos, e num transepto de braços salientes com lanterna sobre o
cruzeiro, com uma avantajada rosa ou óculus em cada facial e com uma abside e quatro
absidiolos a leste.
Eis o que resulta internamente da sua planta e do seu alçado cuja desfiguração absidal
não apagou os vincos da sua fisionomia primeira.
Na organica da grande nave deste edificio verifica-se a interdependência funcional dos
seus elementos componentes perfeitamente dispostos para o abobadamento.
Com efeito as faces dos pilares voltadas para a mesma nave sobem com as colunas
respectivamente adornadas até à muralha erguida sobre os formalotes para ai receberem os
1
O Conego Tristão Luis, secretario do arcebispo D. Diogo de Sousa. O seu Memorial do maior interesse
arqueografico sobre o mecenado infatigável deste príncipe da Renascença guarda-se no Arquivo Distrital de
Braga e já foi reproduzido e publicado por Joaquim de Vasconcelos e por Monsenhor A. Ferreira.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
torais e as conjuntas arcadas com que assenta a armação da cobertura, isto é até aos pontos
d’arranque da abobada prevista mas não executada.
Á altura dos ábacos dos capiteis daquelas meias canas, como um traço de ligação,
corre horizontalmente no paramento entre as curvas dos arcos longitudinais e as aberturas
iluminantes um friso em billettes cuja brilhante doiradura antiga, ha pouco desvendada pelo
restauro, põe uma nota de sumptuosidade na estamenha austera do granito.
Nas colaterais o ritmo orgânico tem uma ressonancia mais froixa porquanto a cada
pilar corresponde oportunamente, como suporte do arco transverso, uma simples coluna
embebida na silharia mural e assente no estilobato periferico, tonalidade esta que se repercute
do transepto onde os torais são igualmente aguentados por meras meias canas emergindo da
epiderme parietal.
(fl. 18v.) …que as laterais a recebendo todas a luz directa do exterior por uma fresta
aberta em cada um dos seis tramos correspondentes, e num transepto com lanterna sobre o
cruzeiro, com dous grandes rosas ou óculus nos faciais e uma abside e quatro absidiolos a
leste.
Os tramos são divididos entre si pelos arcos torais cujos pilares de sustimento se ligam
por friso em billettes…
(fl. 19) Externamente a veneravel catedral jaz em grande parte oculta pelas
construções apendiculares que através dos seculos mediaram à sua roda.
No entanto, salvo na cabeceira, ainda se distingue com suficiencia a sua morfologia
romanica.
Entre as prumadas paralelas da frontaria e do transepto intercalam-se
perpendicularmente e em dois planos a massa horizontal das naves. Ao longo das colaterais
perfilam-se em cadencia, os botareus de consolidação aos quais, nos mesmos pontos
vulneraveis da nave alta, correspondem colunas curtas de resistência, simulacros de
contrafortes, que prenunciam os arcobotantes.
Deste sumario conspecto se deduz a concatenação das partes constitutivas daquele
organismo, como a sua solidez e o seu equilíbrio inalterável.
As torres da fachada, que relembram, como já tem sido dito, os pilares dos templos
egípcios, opõem-se a poente ao dinamismo das pressões longitudinais, reservando-se esta
função, pelo nascente, ao transepto o qual por sua vez é contrafortado pelas formas ondulantes
71
Maria Leonor Botelho
do maciço absidal. Lateralmente a nave central é escorada sobretudo pelas secundarias e estas,
por sua vez, pelos botareus que sobem do solo até às cornijas guarnecidas de modilhões.
Eis a combinação dos volumes componentes da igreja borgonhesa, beneditina, que é a
Sé de Braga, de silhueta ainda pesada e sem dor (?), de apêgo à terra onde firma a sua
robustez e de amor ao recolhimento pelo predomínio dos planos onde compassadamente se
rasgam fendas, criando a meia tinta propicia ao dialogo com o divino.
(fl. 20) Tal é o tipo de edifício romanico mais completo e mais complexo que realizou
a arquitectura beneditina em Portugal. Á falta de outros que o tomaram por padrão, mas foram
destruidos pela vesania inovadora do ultimo quartel do seculo de seiscentos e primeiro do
imediato, só nos resta, na escala decrescente, o mosteiro de Pombeiro, sendo este mesmo uma
reconstrução do seculo XIII, mas no geral em tudo obedecendo aos preceitos estruturais e
decorativos cluniacenses. Apenas com metade das dimensões da catedral primaz – três tramos
– ele dispõe de fachada orgânica, da tríplice nave, do transepto, que não ultrapassa as linhas
laterais da planta, e da abside com uma absidiola em cada ilharga. Os seus arcos e arcadas são
como naquela em cintro quebrado e os respectivos suportes igualmente de secção cruciforme
com as colunas embebidas nas faces. A nave central tambem sobressaindo das adjacentes. As
absidiolas conservaram-se puras de qualquer atentado profanador descrevendo a sua planta
um pequenino rectangulo aliado a um correlativo semicírculo cujo espaço rectilineo e
curvilineo se cobre com a dúplice abobadasita de berço quebrado e de quarto de esfera.
A abside mais … e três vezes mais profunda para conter o numeroso agrupamento
ritual da communidades nos ofícios divinos falta porem o hemiciclo. P. de S.1
(fl. 21) Já mais simplificado é o programa arquitectónico de Rates cuja frente carece
de torres que Cluni erguia majestosamente, como sentinela vigilante, no dito templo. O
mesmo sucede em Paço de Sousa e como aqui a nave do cruzeiro daquela igreja não acusa
saliencia, contendo-se nos limites do delineamento geral e definindo-se apenas em alçado. O
seu exame porem será subsequentemente desenvolvido. O tipo mais elementar do plano
basilical oferece-se em Travanca, de cabeceira triabsidal directamente ligada com as 3 naves
divididas em quatro tramos, mas em assentuada assimetria quanto ao seu raio d’abertura.
Torais e formalotes desenham-se quasi em ogiva e são ultrapassados com tal encurvamento
que se irmanam com os arcos da mesquita de Ibn Touloun do Cairo.
1
É identico o dispositivo de Paço de Sousa que sofreu, por infelicidade, o mesmo desacato que lhe transformou
o fundo semicircular.
72
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
73
Maria Leonor Botelho
(fl. 22-A) (1) O românico em Portugal, como na Espanha, enraizou tão funda e
vigorosamente, e tão rica seiva o nutria, que ele vicejou (?) ainda com exuberância durante o
século XIII, manifestando-se mesmo no imediato. É este o caso da matriz de Barcelos erguida
pelos seus condes em substituição da antiga igreja de Santa Maria. A sua abside porem foi
renovada no começo da época quinhentista dentro das mais límpidas e mais perfeitas formas
ogivais. Está nas mesmas condições a paroquial de Abade do Neiva pois a sua fabrica é
igualmente devida à munificencia condal. Nestes dois edificios, com efeito, a estrutura e a
decoração são puramente romanicos. Autenticos arcaismos que se repetem em Cete, por igual
da decima quarta centúria em plena florescencia gotica. Não será inoportuno em
demonstração do assunto aduzido expor alguns considerandos justificativos.
A influencia beneditina foi suplantada pela dos agostinhos para quem se voltou
inteiramente o patrocínio real e toda a solidariedade e estimulo do metropolita D. João
Peculiar, um dos fundadores de Sta. C., que promoveu a sua expansão na vasta diocese
bracarense. Por outro lado tendo este como as sufraganeas mais 2 e ou menos passaram a ser
pastoreadas pelos cruzios.
Em tais condições de favor e prestigio com facilidade estes se desenvolveram e
disseminaram utilizando-se de começo, neste enxamear das velhas igrejas que lhes foram
cedidas ou doadas, ou construindo segundo as inveteradas ou modestas tradições regionais.
Quando porem, no seculo XIII, algumas das comunidades e economicamente o tem completo,
adquiriram desafogo alicerçado na riqueza fundiaria elas reconstruiram os seus cenobios
dando-lhes um fácies arquitectural com caracteristicas diferentes das conhecidas no Entre
Douro e Minho.
(fl. 22-B) Essa fisionomia procedia tanto da escolha do material e do esmero no
aparelho e seu acabamento, denunciando uma tecnica sabedora e experimentada em boa
escola, como de novos arranjos acessórios e decorativos que foram colhidos, certo, no
mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e em todo o caso nos monumentos da mesma cidade
correlacionados com a sua fabrica, alem de impostos pela evolução das formas artisticas.
Assim as cornijas são sustidas não por modilhões, mas por teorias d’arcaturas fundas e
assentas em misulas ou em tronco de piramide invertida, ora esculpidas cuja procedência deve
ter derivado da Sé Velha. Por vezes essas arcaturas abrigam motivos florais ou figurados
como em S. Salvador de Souto.
Nas cimafrontes para mais abundante penetração da luz abrem-se rosas de grande raio
com caixilhos enfeitados e inscrevendo espelhos com laçarias que formam círculos, como em
Roriz, Paço de Sousa e Pombeiro.
74
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
1
O mesmo detalhe se observa em Cete (Paredes), edifício romanico do declínio já construído no século XIV.
75
Maria Leonor Botelho
S. Pedro da mesma (fl. 22-D) cidade onde ha ainda a registar as da Madalena e de Sta. Maria
da Orta cujas festonadas não são vazadas. Mas o que aproxima ou aparenta Ferreira com
Font’Arcada e Roriz é o facto de as suas cimalhas serem orladas d’arcaturas e o interior da
sua abside e respectiva abobada serem igualmente poligomadas.
No entanto, em vez das arcadas cegas que internamente fazem a decoração absidal
destas duas ultimas igrejas, em Ferreira cavam-se nichos na espessura da muralha cujo
destino, como o daquelas arcadas1, era a de receberem pinturas icónicas de bem-aventurados
celestes formando a aureola glorificadora do Santo dos Santos. Este curioso dispositivo de um
colar de pseudo-absidiolas, unico entre nós, divisa-se no vetusto romanico da Alta Catalunha
onde concomitantemente se ostentam as cornijas alongadas sobre arcaturas2.
Ora tanto estas como os nichos encontram-se nas primitivas igrejas da Siria e é
possivel que de lá emigrassem pelo Mediterrâneo para o territorio catalão, sendo para notar,
por que nos venerandos e arruinados monumentos sirios as arcaturas não (fl. 22-E) são
cadenciadas pelas bandas lombardas dos maestri comacini, mas pelas colunas adossadas às
absides, à guisa de botaréus, como em Ferreira, Font’Arcada e Roriz. O mosteiro de S.
Simeão Estilita, em Ral’at Simon, por exemplo, é edificante a este respeito.
Eis a génese dessas formas puramente mediterrâneas que promanaram do mundo
antigo e pela Pérsia sassanida foram transmitidas à arte cristã e à arte árabe…
A par do grupo de monumentos criados pela arquitectura dos agostinhos,
nacionalizando, no seculo XIII, o estilo romanico, outro se depara de menor importância, mas
tambem com feição nacionalizante incontestavelmente gerado pela Sé do Porto. A catedral
portuense, graças a um restauro árduo e de arrojada envergadura 3, patenteia hoje com
iniludivel clareza a feição heterogenea da sua fabrica romanica. Não obstante esta indubitável
lição das suas formas, todavia ainda se bordam os mais ilogicos disparates a seu respeito…
Iniciada pelo meado do seculo XII sob os auspicios de D. Mafalda, «molher del rey
Dom Afonço que edificara a Sèe», as obras progrediram mesmo depois da morte desta rainha,
1157, mercê do auxilio regio de seu marido viuvo e seguidamente de seu filho até ao final da
dita centuria. Nesta altura porem, reinando D. Sancho I, desencadearam-se as contendas
historicamente célebres do Burgo do Porto, em que foram protagonistas de marca os seus
prelados, e, através dessas agitações convulsas e protraindo-se quasi duramente a primeira (fl.
1
No começo deste seculo ainda se enxergavam as pinturas das imagens que ilustravam as arcadas cegas da
abside de Font’Arcada (Póvoa de Lanhoso).
2
Podem citar-se a original e simpatica igreja condal de S. Pedro de Besalu, mas subretudo as das acrópoles de S.
Jaime de Frontinja, de S. Victe de Cardona, de S. Lourenço de Mauit, de Sta Maria das Rosas.
3
Deve-se à Direcção Geral dos Monumentos Nacionais criadora de todos os aplausos.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
22-F) metade do sec. XIII, paralisou-se a feitura da igreja episcopal. Quando recomeçaram os
trabalhos já não existia o arquitecto que planeara a solida e alterosa construção a qual teve a
dirigi-la um novo criterio subordinando-a a diferente modalidade estetica. Assim ela
prosseguiu, senão com intercadencia, pelo menos com irregularidade1 só terminando nos
alvores da epoca dionisiana sem equivoco definida pela rosacea frontaria.
A solução de continuidade da obra e as duas fases da sua laboração, indepentemente
do que revelam os documentos e se deduz dos historicos, são confirmadas pelo exame do
monumento com brutalidade mutilado na sua cabeceira, em sacrificio à pompa do rito, pelo
bispo D. Gonçalo de Morais no primeiro quartel do seculo de seiscentos.
Na verdade a catedral portuense era o nosso unico2 edifício romanico que possuía uma
abside com deambulatório envolvente e absidiolas radiantes3 actualmente substituídas pela
vasta Capela Mór erguida por aquele prelado, sendo esta malfeitoria tão infeliz em
despropósito e desproporção, como luxuriante em espavento de mármore e douradura. Da
primeira composição absidal apenas subsistem os arcos da entrada da charola e a absidiola
poligonal do braço sul do transepto.
Ergue-se este em altivo e sóbrio desafogo de linhas com a sua abobada em cintro
quebrado, os seus lisos arcos torais d’aresta viva que as altas colunas embebidas na silharia
das muralhas prendem ao solo.
Portanto só aqueles vestigios da charola, a absidiola e esta nave do cruzeiro se
salvaram do periodo classico da primeira etapa construtiva.
A este severidade e pureza de estilo sucedeu a extravagancia dos excessos, a
redundância das formas que se estadeiam ao longo dos cinco tramos (fl. 22-G) das naves da
robusta organica ainda submissa aos mandamentos da escola borgonhesa comprovados pela
evolução da nave central sobre as colaterais e pela frontaria erguida entre duas torres. Com
efeito, os pilares divisorios, elementos essenciais da estrutura, embora sejam nuclearmente de
secção crucifera com meias canas adossadas às quatro faces, de tal maneira se rodeiam de
colunelos que assumem o aspecto de polistilos das catedrais góticas. No entanto esta
proliferação de colunelos não passa de mera molduragem d’essencia decorativa, não
1
A largura dos tramos das naves é de uma desigualdade flagrante entre uns e outros. Dissemelhantes são
tambem os arcos de reforço das abobadas colaterais.
2
Sobre a Sé d’Évora pende um ponto de interrogação ao qual somente criteriosas sondagens poderão cabalmente
responder.
3
Eram três segundo a longa documentação dada a lume pelo tão ilustre como erudito historiógrafo, Dr. Artur
Magalhães Basto.
77
Maria Leonor Botelho
correspondendo a nenhuma função estatica, mas aos atavios do intradorso dos arcos torais e
das reintrancias diedricas tanto destes como dos formalotes.
A decoração intradorsal daqueles meios de reforço consta de dois motivos. Um
compõe-se de dois toros paralelos, mas separados por uma gorja, o outro é constituido pelos
mesmos toros mas divididos por um filete agudo – le tore aminci da classificação de Viollet-
le-Duc.
Estas duas molduras – são será superfluo registar o facto – guarnecem identicamente
os arcos construtivos de Santa Maria de Alcobaça e do seu claustro, de D. Dinis, chamado,
alem de que a primeira tambem foi utilizada na cupula da catedral d’Evora e a segunda - le
tore aminci – ostenta-se nas janelas altas da lanterna da Sé Velha de Coimbra e nos torais da
sua formosa crasta, assim como nas nervuras da lanterna da Sé de Lisboa.
Verifica-se por este enunciado, mais uma vez, que as formas se propagam, e, pela
concordância da sua difusão, estabelecem aproximadamente as datas da evolução artística.
Ora, dada a conologia das referidas construções, pode com segurança concluir-se
d’acordo, aliás, com as vicissitudes históricas da Igreja portuense que o segundo periodo da
sua fábrica teve lugar nos dois últimos terços do seculo XIII1.
Dois outros elementos arquitecturais, um organico e o outro decorativo, confirmam
ainda esta ilação. Aquele reside na (fl. 22-H) teoria d’arcobotantes assentados contra os rins
da abobada da nave alta, denunciando o aproveitamento de um componente da arte ogival não
conhecido entre nós antes da epoca citada, e este nas petalas trilobadas da rosa do frontispicio
cuja forma só apareceu em Portugal com a esplendida era dionisiana.
Mas alem dos pseudo pilares polistilos e da molduragem apontada que dão, como diria
Focillon, a expressão do barrôco romanico ao consideravel monumento este é enriquecido
ainda com outra moldura que lhe dá tom original e lhe imprime carácter sob o ponto de vista
da decoração arquitectónica: é o toro limosino.
Esta forma peculiar do romanico frances do Limousin aplica-se exclusivamente aos
diedros d’arquivoltas e arcos donde resultam subtis efeitos esteticos do claro escuro.
Em plena evidencia ela se distingue na Sé do Porto em moldurando arcos torais e
formalotes, debruando as frestas das naves, almofadando os ângulos reintrantes dos suportes2.
1
O facto é corroborado tambem pelos documentos.
2
A afeição limosina da catedral portuense não se afirma só pela moldura diedrica, assaz especifica, mas tambem
pelo estreitamento das colaterais como é próprio dos monumentos mais expressivos dessa variante do românico,
tais como S. Pedro de Uzerche e S. Martinho de Brive (Corréze). É de notar que o estrangulamento das naves
secundarias tambem se dá em Santa Maria d’Alcobaça de certo conhecida do arquitecto do Porto.
78
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Pelo seu ineditismo, ou melhor pela atracção da sua novidade tal episodio
arquitectonicamente decorativo impoz-se, e, segundo toda a verosimilhança, daqui irradiou
enxertando-se noutros edificios como Aguas Santas, Cedofeita e Travanca onde a porta
principal d’arranjo limosino substituiu a beneditina que foi então adaptada, um pouco a troche
e moche, à entrada da torre d’atalaia adjacente, ou caracterizando a fisionomia de certas
igrejas como Cerzedelo (Guimarães), Cabeça Santa (Penafiel) e Freixo de Baixo (Amarante).
(fl. 22-I) Assim se formou um pequeno dialecto do nosso romanico nacionalizado sob
o predomínio da altaneira catedral e alicerçando-se na rocha do centro ancestral, como
cidadela religiosa do burgo portuense.
O seu arquitecto da decima terceira centuria transplantou para a ornamentação plastica
da imponente fabrica alguns dos motivos e formas dos monumentos conimbricenses que mais
tocaram a sua estética e ele fielmente arquivou nas paginas do seu vocabulario d’artista1.
Para completar o quadro da arquitectura romanica no Entre Douro e Minho resta
indicar os mosteiros fronteiriços de Ganfei2 e S. Fins de Friestas (Valença) e de Longosvales3
(Monção) onde se reflecte a influencia compostelana através de Tui a cuja jurisdição
eclesiastica estavam então subordinados.
Esta mesma influencia derivou pela Via de César até Rubiães (P. Coura) e, penetrando
no vale do Lima, encontrou-se com a bracarense em Bravães (Ponte da Barca) e Ermelo?
(Arcos). Muito antes, porem, se tinha excepcional e fugazmente manifestado em S. Crist. de
R. Mau. 1051
Caracterizam-se estes monumentos pela sua decoração plastica. São com efeitos os
únicos entre nos
Longos Vales, Rubiães, Bravães que ostentam as colunas suportando a figura humana
vindo este tema de Compostela, onde na basilica de S. Tiago e na igreja de S. Paio de Anta
altera de Compostela-
1
Na verdade não só alguns dos capiteis reproduzem na rudeza do granito alguns dos ornatos finamente
estilizados no calcareo da Catedral de Coimbra, mas tambem alguns fragmentos do antigo portal da Sé
portuense, descobertos nas sondagens feitas sob as suas cantarias setecentistas, mostram uma identidade de lavor
com os da porta principal daquele monumento e os da porta lateral da igreja de S. Tiago.
2
Desprovida da fachada e da abside primitiva.
3
Só resta a abside.
79
ANEXO ICONOGRÁFICO
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
83
Maria Leonor Botelho
84
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 49. Igreja de São João de Longos Vales (Monção). Capitel do arco toral da abside, lado
do Evangelho. ......................................................................................................................... 112
Fig. 50. Sé-Velha de Coimbra. Pormenor do corpo central da fachada principal. ................ 112
Fig. 51. Capa do Boletim da DGEMN relativo à intervenção de restauro da Sé do Porto.... 113
Fig. 52. Charola do Convento de Cristo de Tomar. Aspecto geral do exterior. .................... 113
Fig. 53. Ermida do Paiva(Castro Daire). Perspectiva do vestígios do antigo claustro românico
e do alçado Sul. ....................................................................................................................... 114
Fig. 54. Portal ocidental da Igreja de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). ............... 114
Fig. 55. Portal principal de Vilar de Frades (Barcelos). Pormnor. ........................................ 115
Fig. 56. Portal principal de São Cristóvão de Rio Mau (Vila do Conde). ............................. 115
Fig. 57. Capitel dito das sereias do arco formeiro, lado da Epístola, da igreja de Águas Santas
(Maia). .................................................................................................................................... 116
Fig. 58. Planificação das variantes temáticas de «Daniel na Cova dos Leões» do pórtico de
Pombeiro, segundo o arqueólogo Luís de Albuquerque e Castro, ......................................... 116
Fig. 59. Página de Rosto de Templos Românicos de Portugal, 1964. ................................... 117
Fig. 60. Vias Medievais de Entre-Douro-e-Minho, segundo Carlos Alberto Ferreira de
Almeida. ................................................................................................................................. 117
Fig. 61. Igreja de São Mamede de Vila Verde (Felgueiras). Aspecto posterior, vendo-se ao
fundo a paisagem agrária envolvente. .................................................................................... 118
Fig. 62. Arquitectura Religiosa Românica em Portugal, segundo Carlos Alberto Ferreira de
Almeida. ................................................................................................................................. 118
Fig. 63. Locais Fortifi cados de Entre-Douro-e-Minho (Séc. XI a 1220), segundo Carlos
Alberto Ferreira de Almeida. .................................................................................................. 119
Fig. 64. São Pedro de Ferreira (Paços de Ferreira) ................................................................ 119
Fig. 65. Fachada Norte de São Pedro de Roriz, com as sucessivas fases de construção,
segundo Manuel Real e respectiva tábua-legenda. ................................................................. 120
Fig. 66. Castelo de Belver (Gavião)(. .................................................................................... 120
Fig. 67. Torre de Vilar (Vilar do Torno e Alentem, Lousada). ............................................. 121
Fig. 68. Inscrição do alçado Sul da igreja de São Salvador de Unhão (Felgueiras),. ............ 121
Fig. 69. Igreja de São Salvador de Ganfei (Valença). Aspecto geral do interior da nave
principal, voltado a caoela-mor. ............................................................................................. 122
Fig. 70. Porta da Sala do Capítulo do claustro da Colegiada de Santa Maria da Oliveira de
Guimarães. .............................................................................................................................. 122
Fig. 71. São Salvador de Ansiães (Lavandeira, Carrazeda de Ansiães). ............................... 123
85
Maria Leonor Botelho
Fig. 72. Planta da igreja de S. Cristóvão de Coimbra, com indicação da cripta e fachada, já
principiada a demolir. ............................................................................................................ 123
Fig. 73. Igreja de Santiago e de São Salvador de Coimbra. Desenhos de António Augusto
Gonçalves ............................................................................................................................... 124
Fig. 74. Fachada da Sé Velha de Coimbra, segundo desenho de António Augusto Gonçalves.
................................................................................................................................................ 124
Fig. 75. Fachada Lateral da Igreja de Cedofeita. António Augusto Gonçalves. ................... 125
Fig. 76. Pormenor do ―Portal Principal da Egreja de Cedofeita‖. 26 de Agosto de 1896.
António Augusto Gonçalves. ................................................................................................. 125
Fig. 77. Topo do transepto norte da Sé do Porto. António Augusto Gonçalves. ........... 126
Fig. 78. Prospectos e desdobráveis publicitários dos Ateliers de Photogravura Marques Abreu
(Porto). ................................................................................................................................... 126
Fig. 79. Aspecto geral da Secção de Montagem e da Secção de Reagentes dos Ateliers de
Photogravura Marques Abreu (Porto). ................................................................................... 127
Fig. 80. Apreciações de Imprensa de José Marques Abreu. Aspecto geral dos dois livros e
exemplo de recortes com sua identificação............................................................................ 128
Fig. 81. Número 1 da colecção Arte Portugueza, editada por Marques Abreu e
posteriormente designada de A Arte em Portugal. ................................................................. 129
Fig. 82. Pormenor da Exposição Marques Abreu e a Sua Obra realizada na Escola Superior
de Belas-Artes do Porto em Julho de 1955. ........................................................................... 129
Fig. 83. Listagem das Edições de Marques Abreu incorporada não livro das Egrejas e
Capelas de Ribeira Lima. ) .................................................................................................... 130
Fig. 84. Material fotográfico de Marques Abreu. ................................................................. 130
Fig. 85. Recorte de Jornal com fotografia do aspecto geral da Exposição de Fotografias de
Arte e de Monumentos da autoria de José Marques Abreu, realizada no Salão Silva Porto em
Maio de 1933. ........................................................................................................................ 131
Fig. 86. Marques Abreu, Eng. Gomes da Silva, Dr. Alfredo de Magalhães, José Vilaça,
cónego Aguiar Barreiros e Arq. Baltazar de Castro............................................................... 131
Fig. 87. Na casa da mãe do Arq. Baltazar de Castro, ao tempo director dos Monumentos
Nacionais do Norte. Doutor Alfredo de Magalhães, Cónego Aguiar Barreiros, Baltazar de
Castro, Marques Abreu e pessoas da família (segundo informação no verso da fotografia.
Inédito. ................................................................................................................................... 132
Fig. 88. Igreja de Vilar de Frades (Barcelos). Porta principal primitiva. Cliché de Marques
Abreu. ..................................................................................................................................... 132
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
Fig. 106. Nave central da Sé do Porto antes doo restauro (voltada à capela-mor) – Emílio Biel
e perspectiva actual voltada à entrada principal. .................................................................... 142
Fig. 107. Castelo de São Jorge (Lisbia) antes das obras de restauro dirigidas pela DGEMN,
vendo-se ainda os panos de muralha a sustentar um conjunto de habitações. ....................... 142
Fig. 108. Castelo de São Jorge (Lisbia) durante as obras de restauro dirigidas pela DGEMN.
................................................................................................................................................ 143
Fig. 109. Castelo de São Jorge (Lisboa) após a conclusão das obras de restauro da DGEMN.
................................................................................................................................................ 143
Fig. 110. Castelo de Pombal. Aspecto geral do interior, destacando-se a torre de menagem.
................................................................................................................................................ 144
Fig. 111. Cartazes alusivos à Exposição Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria e que
esteve patente na Casa-Museu João Soares Cortes (17 de Novembro de 2009 a 30 de Abril de
2010). ..................................................................................................................................... 144
Fig. 112. Aspecto geral da nave central da Sé do Porto durante as obras de reintegração da
DGEMN – intervenção ao nível dos pilares. ......................................................................... 145
Fig. 113. Aspecto do interior da igreja de São Pedro de Leiria antes da intervenção de
restauro da DGEMN. ............................................................................................................. 145
Fig. 114. Igreja de São Pedro de Varais (Caminha).............................................................. 146
Fig. 115. Vista do acesso à igreja de São Salvador de Unhão (Felgueiras), a partir do adro.
................................................................................................................................................ 146
Fig. 116. Fotografia aérea do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Felgueiras), vendo-se
bem a profunda relação da sua implantação com o território envolvente. ............................. 147
Fig. 117,. Aspecto Geral da implantação do Mosteiro de Santa Maria das Júnias (Pitões das
Júnias, Montalegre) . .............................................................................................................. 147
Fig. 118. Igreja de São Pedro Das Águias (Granjinha, Tabuaço). ........................................ 148
Fig. 119. Igreja de Algosinho (Peredo da Bemposta). Pormenor do acesso interior à nave da
igreja....................................................................................................................................... 148
Fig. 120. Reconstituição da planimetria e da fachada da igreja de Santa Maria de Airães
(Felgueiras), à esquerda, e planta e alçado actuais. ............................................................... 149
Fig. 121. Cabeceira da igreja do Mosteiro de Castro de Avelãs (Bragança). ....................... 150
Fig. 122. Igreja de São Salvador de Travanca (Amarante). .................................................. 150
Fig. 123. Igreja de São Martinho de Mouros (Resende) ....................................................... 151
Fig. 124. Sé-Velha de Coimbra. Fachada principal. ............................................................. 151
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 125. Maquete demonstrativa da construção de uma igreja durante a época românica.
Monasterio Santa Maria la Real (Aguilar de Campoo, Palência, Espanha). .......................... 152
Fig. 126. Igreja de São Salvador de Arnoso (Famalicão). Aspecto geral do interior da nave
voltado à capela-mor. ............................................................................................................. 152
Fig. 127. Planta geral da Sé-Velha de Coimbra ao nível térreo. ........................................... 153
Fig. 128. Reconstituição 3D da cabeceira românica da Sé do Porto. Projecto ―Porto Século
XVI. A Sé do Porto e a sua envolvente no século XVI‖. CITAR – UCP – Porto.................. 153
Fig. 129. Planta da igreja de São Pedro de Roriz (Santo Tirso), segundo Manuel Real. ...... 154
Fig. 130. Igreja de São Miguel de Eja, portal lateral Sul. Pormenor. .................................... 154
Fig. 131. Igfreja de São Salvador de avelda (Lousada). ........................................................ 155
Fig. 132. Mapeamento das ligações artísticas existentes entre a Alemanha, a Holanda e a
Flandes segundo a narrativa de Kenneth Contant na obra Carolingian and Romanesque
Arhitecture. Proposta de Taghd O’Keeffe . ............................................................................ 155
Fig. 133. Dois mapas da Europa românica. Em cima, a perspectiva que sustenta a ideia da
existência de um estilo único e, em baixo, a perspectiva que sugere uma multiplicidade de
estilos. ..................................................................................................................................... 156
Fig. 134. Arcadas do claustro de São João de Almedina (Museu Machado de Castro –
Coimbra). ................................................................................................................................ 157
Fig. 135. Capitel com motivos animalistas da Sé-Velha de Coimbra. .................................. 157
Fig. 136. Mapa de França com a definição das suas regiões. ................................................ 158
Fig. 137. La Basse-Auvergne. Departamento de Puy-de-Dôme. A região do aprendizado de
Roberto. Gravura extraída de La Basse-Auverne de Alexandre Vialatte. .............................. 158
Fig. 138. Interior da igreja de Notre-Dame-du-Port (Clermont-Ferrand, Auvergne, França).
................................................................................................................................................ 159
Fig. 139. Capela-mor da mesma igreja. ................................................................................. 159
Fig. 140. Planta esquemática da basílica de Santiago de Compostela durante a época
românica, segundo Kenneth. John Conant.. ........................................................................... 160
Fig. 141. Porta das Platerías da Catedral de Santiago de Compostela (Galiza, Espanha).
Pormenor. ............................................................................................................................... 161
Fig. 142. Basílica de Saint-Sernin de Toulouse (França). ..................................................... 161
Fig. 143. Capitéis vegetalistas de um dos pilares da nave principal da Sé-Velha de
Coimbra.Pormenor. ................................................................................................................ 162
Fig. 144. Reconstituição aproximada da planta da igreja de Santa Cruz de Coimbra........... 162
89
Maria Leonor Botelho
Fig. 145. Duas perspectivas actuais daquilo que foi a Abadia de Saint-Ruf de Avignon
(França), dela apenas existindo a cabeceira. .......................................................................... 163
Fig. 146. Reconstituição do Mosteiro de São Vicente de Fora (Lisboa) a partir da gravura de
Braunius (Civitatis Orbis Terrarum, 1593), segundo Júlio de Castilho (1936). ................... 164
Fig. 147. Reconstituição da capela-mor da igreja românica de Santa Cruz de Coimbra (seg.
apontamento da DGEMN). .................................................................................................... 164
Fig. 148. Interior da Nave principal da Sé-Velha de Coimbra (à esquerda) e da Sé de Lisboa
(à direita). Pormenores. .......................................................................................................... 165
Fig. 149. Sé de Lisboa. Fachada Principal. ........................................................................... 165
Fig. 150. Sé de Lisboa. Pormenor do portal principal. ......................................................... 166
Fig. 151. Mapa localizando os vestígios da arte românica no Centro-Litoral de Portugal,
segundo Manuel Real. ............................................................................................................ 166
Fig. 152. Hipótese de reconstituição da Fachada Principal da Sé do Porto de Manuel Luís
Real, com base nos elementos arqueológicos recolhidos. ..................................................... 167
Fig. 153. Portal principal da igreja de Cedofeita (Porto). Pormenor. ................................... 167
Fig. 154. Santiago de Compostela. Pormenor do trifório. .................................................... 168
Fig. 155. Igreja de São Salvador de Coimbra. Fachada principal. ........................................ 168
Fig. 156. Igreja de Santiago de Coimbra. Fachada principal. ............................................... 169
Fig. 157. Planta de São Pedro de Rates indicando as várias fases construtivas do monumento,
segundo Carlos Alberto Ferreira de Almeida. ....................................................................... 169
Fig. 158. Capitel de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim) com o tema de animais
afrontados na esquina superior trincando as pernas de um ser humano que surge dependurado
de cabeça para baixo. ............................................................................................................. 170
Fig. 159. Capitel de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim), de carácter mais local, decora os
cestos com folhas estilizadas, muitas vezes pontiagudas, em forma de lança. ...................... 170
Fig. 160. Portal principal da Sé de Braga. ............................................................................ 171
Fig. 161. Portal principal da Sé de Braga. Pormenor. ........................................................... 171
Fig. 162. Tímpano do portal ocidental de São Pedro de Rates (Póvoa de Vazrim). ............. 172
Fig. 163. Leão-Atlante do Portal lateral Sul da igreja de São Pedro de Rates (Póvoa de
Varzim). Pormenor................................................................................................................. 172
Fig. 164. Planta do Mosteiro de Travanca (Amarante) ao nível térreo. ................................ 173
Fig. 165. Fresta da fachada principal da igreja de São Martinho de Cedofeita (Porto).
Pormenor. ............................................................................................................................... 173
90
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 166. Anjo da Sé do Porto. Escultura sobre granito guardada no Museu Nacional
Machado de Castro (MNMC 3936). ....................................................................................... 174
Fig. 167. Sé de Tui. Pormenor do nártex da fachada principal. ............................................ 174
Fig. 168. Dois capitéis do interior da Sé de Tui,. Pormenores. ............................................. 175
Fig. 169. Abside de São Cristóvão de Rio Mau (Vila do Conde). ........................................ 176
Fig. 170. Capitel do arco triunfal da igreja de São Cristóvão de Rio Mau (Vila do Conde).
Pormenor. ............................................................................................................................... 176
Fig. 171. S. Lorenzo de Sahagún. Espanha. .......................................................................... 177
Fig. 172. Tímpano do portal lateral Sul da igreja de São Martinho de Cedofeita (Porto). ... 177
Fig. 173. Tímpano do portal latera Sul da igreja de Nossa Senhora da Orada (Melgaço). ... 178
Fig. 174. Absidíolo Norte do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Felgueiras). Pormenor.
................................................................................................................................................ 178
Fig. 175. Igreja do Mosteiro de São Salvador de Paço de Sousa (Penafiel). ........................ 179
Fig. 176. Túmulo de Egas Moniz, o Aio. Igreja do Mosteiro de São Salvador de Paço de
Sousa (Penafiel). Pormenor. ................................................................................................... 179
Fig. 177. Portal principal da igreja de São Vicente de Sousa (Felgueiras). .......................... 180
Fig. 178. Capitéis do mesmo portal Pormenor. ..................................................................... 180
Fig. 179. Igreja de Cabeça Santa (Penafiel). ......................................................................... 181
Fig. 180. Igreja de São Vicente de Sousa (Felgueiras). Fachada Principal. .......................... 181
Fig. 181. Igreja do Mosteiro de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca)......................... 182
Fig. 182. Capitel do lado da Epístola do arco triunfal da igreja do Mosteiro de São Salvador
de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor. ................................................................................ 182
Fig. 183. Arquivoltas do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca).
Pormenor. ............................................................................................................................... 183
Fig. 184. Tímpano do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca).
Pormenor. ............................................................................................................................... 183
Fig. 185. Colunas e capitéis do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca).
Pormenor. ............................................................................................................................... 184
Fig. 186. Arco triunfal da igreja de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor. 184
Fig. 187. Igreja de São Pedro de Ferreira. Planta Levantada pelos snrs. Arquitectos Baltazar
de Castro e José Vilaça. .......................................................................................................... 185
Fig. 188. Igreja de São Pedro de Ferreira. Aspecto geral do interior. ................................... 185
Fig. 189. Abside de São Pedro de Ferreira. Pormenor do interior. ....................................... 186
Fig. 190. Abside de São Pedro de Ferreira. Pormenor do exterior. ....................................... 186
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Maria Leonor Botelho
Fig. 191. Portal principal de São Salvador de Ferreira. Pormenor. ...................................... 187
Fig. 192. Portal do Arcebispo da Catedral de Zamora (Espanha). Pormenor. ...................... 187
NOTA INTRODUTÓRIA
A organização deste anexo iconográfico foi feita segundo a sequência dos conteúdos tratados
no volume I desta Tese de Doutoramento.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 7. Página de Rosto da obra Monasticon Anglicanum e Castle Archer Priston (?), Norfolk. 1819, West
View. Draw and Engraved by John Coney.
In DUGDALE, Sir William – Monasticon Anglicanum: A History of the Abbies and other monasteries,
Hospitals, Frieries and Cathedral and Collegiate Churches, with their Dependencies, in England and Wales,
and of all such Scotch, Irish, and French Monasteries as were in any manner connected with religious houses in
England. London: s.n., 1825 [In Googlebooks]
Url: Url:
www.todayinliterature.com/biograph
http://fr.wikipedia.org/wiki/Anne-
y/thomas.gray.asp
Marie_Du_Boccage
95
Maria Leonor Botelho
Fig. 12. Fachada Oeste do braço sul do transepto da abadia de Cluny com as suas duas torres.
Url: http://www.sacred-destinations.com/france/cluny-abbey
96
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 15. Página de Rosto da obra An Inquiry into the Origin and Influence of Gothic Architecture de
Willian Gunn.
In GUNN, William – Na Inquiry Into the Origin and Influence of Gothic Architecture. London: Richard and
Arthur Taylor, Snoe-Lane, 1819 [In Googlebooks].
97
Maria Leonor Botelho
Fig. 17. Ruins of Rievaulx Abbey, Yorkshire, 1803, John Sell Cotman V&A Museum no. FA.496
Url: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Cotman,_Ruins_of_Rievaulx_Abbey.jpg
Fig. 18. William Gunn. Litografia impressa por M & N Hanhart, segundo John Flaxman. Cerca de 1825-
1850. National Portrait Gallery D21785.
Url: http://www.npg.org.uk/collections/search/portrait.php?mkey=mw83530
98
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 21. Jules Quicherat. Pormenor de litografia de Tony Toullion. Giraudon—Art Resource/EB Inc.
Url: http://www.britannica.com/EBchecked/topic/487239/Jules-Etienne-Joseph-Quicherat
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Maria Leonor Botelho
100
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 25. James Murphy, fachada principal do Mosteiro de St.ª Maria da Vitória, desenho a carvão.
In NETO, Maria João Baptista – James Murphy e o Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século
XIX. 1ª Edição. Lisboa: Editorial Estampa, 1997, ilustração 4.
Fig. 26. James Murphy, fachada principal da igreja do Mosteiro de St.ª Maria da Vitória.
In Idem, ilustração 5.
Fig. 27. Página de rosto das Reliquias da architectura romano-byzantina em Portugal e particularmente na
cidade de Coimbra.
In Biblioteca Nacional Digital - http://purl.pt/5605
101
Maria Leonor Botelho
Fig. 28. Vista exterior do "Palácio de Cristal", em Londres e Aspecto geral da Primeira Exposição
Universal realizada em Londres em 1851.
In Palácio de Cristal (Londres). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-08-
05].
Fig. 29. "Jugo de Arcos - Barcelos" e "Jugo de Arcos - Minhotães (Barcelos)". Clichés foto. de Américo
T. Lopes
In ABREU, Marques (dir.) – Ilustração Moderna. Porto: Edições Ilustradas Marques Abreu, 5º Ano, nº45 (1930),
vol. III, p. 152 e 153
102
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 31. Proposta de restauro da fachada principal da Sé de Lisboa, segundo Augusto Fuschini.
In FUSCHINI, Augusto – A Architectura Religiosa na Edade-Média. Colecção ―Ensaios de História da Arte‖.
Lisboa: Imprensa Nacional, 1904, entre-págs. 152-153.
103
Maria Leonor Botelho
Fig. 32. Igreja de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim). Fachada Principal.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 33. Fólios 2 e 3 do Manuscrito de Manuel Monteiro e que se encontra na Biblioteca Pública de
Braga.
MONTEIRO, Manuel – Ensaio sobre a Arquitectura Romanica do Norte de Portugal. Manuscrito, Fundo Dr.
Manuel Monteiro – Biblioteca Pública de Braga. 40fs., 22x16,5 cm (inédito).
104
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 35. Igreja de Gândara (Penafiel), Portal lateral. Cliché de Marques Abreu
In VASCONCELOS, Joaquim de – A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de Vasconcellos com
reproducções seleccionadas e executas por Marques Abreu. Porto: Edições Illustradas Marques Abreu, 1918,
Estampa 47.
105
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Fig. 37. Igreja de São Romão de Arões (Fafe). Aspecto geral. Cliché de Marques Abreu
106
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 39. Capa do livro A Arte Românica em Portugal, Edições Ilustradas Marques Abreu.
Fotografia nossa, 2006.
107
Maria Leonor Botelho
Fig. 40. Igreja de Lourosa (Oliveira do Hospital). Aspecto Interior. Cliché de Marques Abreu.
In VASCONCELOS, Joaquim de – A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de Vasconcellos com
reproducções seleccionadas e executas por Marques Abreu. Porto: Edições Illustradas Marques Abreu, 1918,
Estampa 50.
Fig. 41. Igreja de Balsemão (Lamego(. Aspecto do interior. Cliché de Marques Abreu.
In Idem, Estampa 42.
108
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
109
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Fig. 44. Aspecto gráfico dos fascículos da revista Ilustração Moderna, editada por Marques Abreu.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 48. Capitéis do portal lateral Sul da Igreja de Santiago de Coimbra. Pormenor.
Fotografia nossa, Novembro de 2008.
111
Maria Leonor Botelho
Fig. 49. Igreja de São João de Longos Vales (Monção). Capitel do arco toral da abside, lado do
Evangelho.
Fotografia nossa, Agosto de 2007.
112
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
Fig. 53. Ermida do Paiva(Castro Daire). Perspectiva do vestígios do antigo claustro românico e do alçado
Sul.
João Ferrand Fotografia (2010).
Fig. 54. Portal ocidental da Igreja de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca).
Fotografia nossa, Maio de 2007.
114
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 56. Portal principal de São Cristóvão de Rio Mau (Vila do Conde).
Fotografia nossa, Maio de 2007.
115
Maria Leonor Botelho
Fig. 57. Capitel dito das sereias do arco formeiro, lado da Epístola, da igreja de Águas Santas (Maia).
Fotografia nossa, Dezembro 2009.
Fig. 58. Planificação das variantes temáticas de «Daniel na Cova dos Leões» do pórtico de Pombeiro,
segundo o arqueólogo Luís de Albuquerque e Castro,
In OLIVEIRA, A. de Sousa – Um passo da história portuguesa num capitel românico. O simbolismo do Pórtico
de Pombeiro. Separata da «Bracara Augusta». Vol. XVI-XVII. Nos. 39-40 (51-52). Braga: Oficina Gráfica da
Livraria Cruz, 1964, p. 19.
116
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 60. Vias Medievais de Entre-Douro-e-Minho, segundo Carlos Alberto Ferreira de Almeida.
In ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho. Porto, 1978.
Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vol. I, Estampa XII.
117
Maria Leonor Botelho
Fig. 61. Igreja de São Mamede de Vila Verde (Felgueiras). Aspecto posterior, vendo-se ao fundo a
paisagem agrária envolvente.
Fotografia nossa, Setembro de 2007.
Fig. 62. Arquitectura Religiosa Românica em Portugal, segundo Carlos Alberto Ferreira de Almeida.
In ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - O Românico. História da Arte em Portugal. Vol. 3. Lisboa:
Publicações Alfa, 1986, p. 26.
118
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 63. Locais Fortificados de Entre-Douro-e-Minho (Séc. XI a 1220), segundo Carlos Alberto Ferreira
de Almeida.
In ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho. Porto, 1978.
Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vol. I, Estampa VI.
119
Maria Leonor Botelho
Fig. 65. Fachada Norte de São Pedro de Roriz, com as sucessivas fases de construção, segundo Manuel
Real e respectiva tábua-legenda.
In REAL, Manuel Luís; SÁ, Pedro – O Mosteiro de Roriz na Arte Românica do Douro Litoral. Santo Tirso:
Imprensa Portuguesa, 1982, Est. II.
120
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 68. Inscrição do alçado Sul da igreja de São Salvador de Unhão (Felgueiras),.
Fotografia nossa, Setembro de 2010.
121
Maria Leonor Botelho
Fig. 69. Igreja de São Salvador de Ganfei (Valença). Aspecto geral do interior da nave principal, voltado
a caoela-mor.
Fotografia nossa, Agosto 2007.
Fig. 70. Porta da Sala do Capítulo do claustro da Colegiada de Santa Maria da Oliveira de Guimarães.
In www.monumentos.pt , Fotografia 557091 de 2003.
122
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 72. Planta da igreja de S. Cristóvão de Coimbra, com indicação da cripta e fachada, já principiada a
demolir.
In SIMÕES, Augusto Filipe - Reliquias da architectura romano-byzantina em Portugal e particularmente na
cidade de Coimbra. Lisboa: Typ. Portugueza, 1870, entre p.14-15.
123
Maria Leonor Botelho
Fig. 73. Igreja de Santiago e de São Salvador de Coimbra. Desenhos de António Augusto Gonçalves
In Roteiro Ilustrado do Viajante de Coimbra, 1894, p. 38 e p. 61.
Fig. 74. Fachada da Sé Velha de Coimbra, segundo desenho de António Augusto Gonçalves.
In VASCONCELOS, António de - A Sé-Velha de Coimbra (Apontamentos para a sua história). Subsídios para a
História da Arte Portuguesa (XXVII). Coimbra: Imprensa da Universidade, 1930, vol. I., p. 51.
124
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 76. Pormenor do ―Portal Principal da Egreja de Cedofeita‖. 26 de Agosto de 1896. António Augusto
Gonçalves.
In Idem, Fig.4, p.14.
125
Maria Leonor Botelho
Fig. 78. Prospectos e desdobráveis publicitários dos Ateliers de Photogravura Marques Abreu (Porto).
In Espólio Marques Abreu.
126
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 79. Aspecto geral da Secção de Montagem e da Secção de Reagentes dos Ateliers de Photogravura
Marques Abreu (Porto).
In [ABREU, Marques de] – Ateliers de Photogravura de Marques Abreu & C.ª. Porto:
Marques Abreu & C.ª, s.d.
127
Maria Leonor Botelho
Fig. 80. Apreciações de Imprensa de José Marques Abreu. Aspecto geral dos dois livros e exemplo de
recortes com sua identificação.
Espólio Marques Abreu, Fotografia nossa, Fevereiro de 2008.
128
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 81. Número 1 da colecção Arte Portugueza, editada por Marques Abreu e posteriormente designada
de A Arte em Portugal.
Fig. 82. Pormenor da Exposição Marques Abreu e a Sua Obra realizada na Escola Superior de Belas-Artes
do Porto em Julho de 1955.
BASTO, Artur de Magalhães (et. al.) - Marques Abreu e a Sua Obra. Exposição realizada na
Escola Superior de Belas Artes do Porto em Junho de 1955. Palavras de Homenagem e
Documentário Fotográfico. Porto: s.n., 1955.
129
Maria Leonor Botelho
Fig. 83. Listagem das Edições de Marques Abreu incorporada não livro das Egrejas e Capelas de Ribeira
Lima. )
130
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 85. Recorte de Jornal com fotografia do aspecto geral da Exposição de Fotografias de Arte e de
Monumentos da autoria de José Marques Abreu, realizada no Salão Silva Porto em Maio de 1933.
In ―Exposição Marques Abreu. Uma valiosa colecção de fotografias‖ In O Primeiro de
Janeiro, nº123, 26 de Maio de 1933 [―Apreciações de Imprensa‖ - Espólio Marques Abreu].
Fig. 86. Marques Abreu, Eng. Gomes da Silva, Dr. Alfredo de Magalhães, José Vilaça, cónego Aguiar
Barreiros e Arq. Baltazar de Castro.
In BASTO, Artur de Magalhães (et. al.) - Marques Abreu e a Sua Obra. Catálogo e palavras do Engenheiro
Mário Pacheco e Dr. A. de Magalhães Basto. Roteiro da Exposição realizada na Escola Superior de Belas Artes
do Porto. Porto: Edições Marânus, (Jun.) 1955, entre p. 20 e 21.
131
Maria Leonor Botelho
Fig. 87. Na casa da mãe do Arq. Baltazar de Castro, ao tempo director dos Monumentos Nacionais do
Norte. Doutor Alfredo de Magalhães, Cónego Aguiar Barreiros, Baltazar de Castro, Marques Abreu e
pessoas da família (segundo informação no verso da fotografia. Inédito.
Espólio Marques Abreu.
Fig. 88. Igreja de Vilar de Frades (Barcelos). Porta principal primitiva. Cliché de Marques Abreu.
In VASCONCELOS, Joaquim de – A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de Vasconcellos com
reproducções seleccionadas e executas por Marques Abreu. Porto: Edições Illustradas Marques Abreu, 1918,
Estampa 145.
132
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 90. Série A Lição de Salazar. Património Histórico e Artístico da Nação. (por Martins Barata)
Url: http://ditaduras.no.sapo.pt/portugal/portugal_licao_patrimonio.htm
133
Maria Leonor Botelho
Fig. 91. O sr. dr. Alfredo de Magalhães entrando no adarve da torre militar de Leça do Balio, que visita
pela última vez, como Ministro da Educação. Cliché fotográfico de Marques Abreu.
ABREU, Marques (dir.) – Ilustração
In ―Dr. Alfredo de Magalhães. Justo Preito de Homenagem‖ In
Moderna. Porto: Edições Ilustradas Marques Abreu, 1928, vol. II, p. 103.
Fig. 92. Igreja de Paço de Sousa (Penafiel). Fachada principal antes do restauro. Cliché de Marques
Abreu.
In VASCONCELOS, Joaquim de – A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de Vasconcellos com
reproducções seleccionadas e executas por Marques Abreu. Porto: Edições Illustradas Marques Abreu, 1918,
Estampa 90.
134
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 93. Aspecto geral do exterior da Igreja e Mosteiro de Paço de Sousa, antes e depois da intervenção realizada
pela DGEMN (na sequência do incêndio que despoletou o início dos trabalhos).
135
Maria Leonor Botelho
Fig. 94. Em Paço de Sousa. Aspecto do Arraial. Cliché fotográfico de Marques Abreu.
In LUSO, José - ―Em de Paço de Sousa. Uma linda festa de Homenagem ao Arquitecto Baltazar de Castro‖ In
ABREU, Marques (dir.) – Ilustração Moderna. Porto: Edições Ilustradas Marques Abreu, 2º Ano, nº17 (1927),
vol. I, p. 419.
Fig. 95. Em Paço de Sousa. Sentados da esquerda para a direita: arquitecto Rogério de Azevedo, dr.
Vilas-Bôas Neto, arquitecto Baltazar de Castro, Marques Abreu, arquitecto José Vilaça. De pé: Pires de
Morais, funcionário das Obras Públicas; senhoras da família de Baltazar de Castro, maestro Francisco de
Lacerda, dr. Alfredo de Magalhães, D. Natália Magalhães, P. e Aguiar Barreiros, dr. Pedro Vitorino e
arquitecto Emanuel Ribeiro.
In Idem, p. 421.
136
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 96. Em Paço de Sousa. Um dos carros alegóricos do cortejo. Cliché fotográfico de Marques Abreu.
In Idem, p. 419.
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Maria Leonor Botelho
Fig. 98. Igreja de. São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim). Alçado lateral norte antes da demolição da
torre sineira. Cliché fotográfico de Marques Abreu.
In VASCONCELOS, Joaquim de – A Arte Românica em Portugal. Texto de Joaquim de Vasconcellos com
reproducções seleccionadas e executas por Marques Abreu. Porto: Edições Illustradas Marques Abreu, 1918,
Estampa 125.
Fig. 99. Aspecto geral da cabeceira de São Pedro de Rates após a demolição da abside rectangular da
Época Moderna, vendo-se o alicerce semi-circular ainda conservado sob a mesma.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 043033.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 100. Aspecto geral da cabeceira de São Pedro de Rates durante as obras de restauro a cargo da
DGEMN.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 043007.
Fig. 101. Igreja de Santiago de Coimbra antes da demolição da igreja da Misericórdia que se lhe
sobrepunha.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 096277.
139
Maria Leonor Botelho
Fig. 102. Igreja de Santiago de Coimbra, já durante o processo de demolição da igreja da Misericórdia.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 096277.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
141
Maria Leonor Botelho
Fig. 106. Nave central da Sé do Porto antes doo restauro (voltada à capela-mor) – Emílio Biel e
perspectiva actual voltada à entrada principal.
In Recordação do Porto. Porto: Emílio Biel $ C.ª Ld.ª, s.d. e Postal Ilustrado.
Fig. 107. Castelo de São Jorge (Lisbia) antes das obras de restauro dirigidas pela DGEMN, vendo-se
ainda os panos de muralha a sustentar um conjunto de habitações.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 509141.
142
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 108. Castelo de São Jorge (Lisbia) durante as obras de restauro dirigidas pela DGEMN.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 509362.
Fig. 109. Castelo de São Jorge (Lisboa) após a conclusão das obras de restauro da DGEMN.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 509333.
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Maria Leonor Botelho
Fig. 110. Castelo de Pombal. Aspecto geral do interior, destacando-se a torre de menagem.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 671373 de 2005.
Fig. 111. Cartazes alusivos à Exposição Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria e que esteve patente na
Casa-Museu João Soares Cortes (17 de Novembro de 2009 a 30 de Abril de 2010).
Url: http://aeiou.escape.expresso.pt/cartaz-exposicoes/korrodi-e-o-restauro-do-castelo-de-leiria:16-728481 e
http://leiriaregiaodistrito.blogs.sapo.pt/55683.html.
144
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 112. Aspecto geral da nave central da Sé do Porto durante as obras de reintegração da DGEMN –
intervenção ao nível dos pilares.
In BOLETIM da DGEMN – Sé Catedral do Porto, nº40 a 43, Jun./Set./Dez. 1945 e Mar.
1946, Fig.70.
Fig. 113. Aspecto do interior da igreja de São Pedro de Leiria antes da intervenção de restauro da
DGEMN.
Url: www.monumentos.pt, Fotografia 076659.
145
Maria Leonor Botelho
Fig. 115. Vista do acesso à igreja de São Salvador de Unhão (Felgueiras), a partir do adro.
In Aa. Vv. - Estudo de valorização e salvaguarda das envolventes aos monumentos da Rota
do Românico do Vale do Sousa: 2ª fase. Porto: [s.n.], 2005, p. 299.
146
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 116. Fotografia aérea do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Felgueiras), vendo-se bem a
profunda relação da sua implantação com o território envolvente.
In BOTELHO, Maria Leonor – Santa Maria de Airães. Transformações e Vivências de uma
Igreja Românica. Felgueiras: Câmara Municipal de Felgueiras, 2010, p. 46.
Fig. 117,. Aspecto Geral da implantação do Mosteiro de Santa Maria das Júnias (Pitões das Júnias,
Montalegre) .
Santa Maria la Real, 2009.
147
Maria Leonor Botelho
Fig. 119. Igreja de Algosinho (Peredo da Bemposta). Pormenor do acesso interior à nave da igreja.
Fotografia nossa, Novembro de 2009.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 120. Reconstituição da planimetria e da fachada da igreja de Santa Maria de Airães (Felgueiras), à
esquerda, e planta e alçado actuais.
In BOTELHO, Maria Leonor – Santa Maria de Airães. Transformações e Vivências de uma
Igreja Românica. Felgueiras: Câmara Municipal de Felgueiras, 2010, p.
149
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
Fig. 125. Maquete demonstrativa da construção de uma igreja durante a época românica. Monasterio
Santa Maria la Real (Aguilar de Campoo, Palência, Espanha).
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 126. Igreja de São Salvador de Arnoso (Famalicão). Aspecto geral do interior da nave voltado à
capela-mor.
In www.monumentos.pt, Fotografia 687897.
152
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 128. Reconstituição 3D da cabeceira românica da Sé do Porto. Projecto ―Porto Século XVI. A Sé do
Porto e a sua envolvente no século XVI‖. CITAR – UCP – Porto.
In http://artes.ucp.pt/citar/portoXVI/
153
Maria Leonor Botelho
Fig. 129. Planta da igreja de São Pedro de Roriz (Santo Tirso), segundo Manuel Real.
In REAL, Manuel Luís; SÁ, Pedro – O Mosteiro de Roriz na Arte Românica do Douro Litoral. Santo Tirso:
Imprensa Portuguesa, 1982, Est. I.
Fig. 130. Igreja de São Miguel de Eja, portal lateral Sul. Pormenor.
Fotografia nossa, Setembro de 2007.
154
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 132. Mapeamento das ligações artísticas existentes entre a Alemanha, a Holanda e a Flandes segundo
a narrativa de Kenneth Contant na obra Carolingian and Romanesque Arhitecture. Proposta de Taghd
O’Keeffe .
In O’KEEFFE, Tadhg – Archaeology and Pan-European Romanesque. Duckworth Debates in Archaeology.
London: Duckworth Publishers, 2007, p. 61.
155
Maria Leonor Botelho
Fig. 133. Dois mapas da Europa românica. Em cima, a perspectiva que sustenta a ideia da existência de
um estilo único e, em baixo, a perspectiva que sugere uma multiplicidade de estilos.
In Idem, p. 94-95.
156
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 134. Arcadas do claustro de São João de Almedina (Museu Machado de Castro – Coimbra).
Fotografia nossa, Novembro de 2008.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
159
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Fig. 140. Planta esquemática da basílica de Santiago de Compostela durante a época românica, segundo
Kenneth. John Conant..
In CONANT, Kenneth John – Arquitectura Románica da Catedral de Santiago de Compostela. Santiago:
Colexio de Arquitectos de Galicia, 1983, ilustração 8.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 141. Porta das Platerías da Catedral de Santiago de Compostela (Galiza, Espanha). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
161
Maria Leonor Botelho
Fig. 143. Capitéis vegetalistas de um dos pilares da nave principal da Sé-Velha de Coimbra.Pormenor.
Fotografia nossa, Novembro de 2008.
162
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 145. Duas perspectivas actuais daquilo que foi a Abadia de Saint-Ruf de Avignon (França), dela
apenas existindo a cabeceira.
Url: http://fr.wikipedia.org/wiki/Abbaye_de_Saint-Ruf_d'Avignon
163
Maria Leonor Botelho
Fig. 146. Reconstituição do Mosteiro de São Vicente de Fora (Lisboa) a partir da gravura de Braunius
(Civitatis Orbis Terrarum, 1593), segundo Júlio de Castilho (1936).
In FERNANDES, Paulo Almeida – ―Hoc Templum Aedificavit Rex Portugalliae Alphonsus I: O Mosteiro
Medieval‖ In SALDANHA, Sandra Costa (coord.) – O Mosteiro de S. Vicente de Fora – Arte e História. Lisboa:
Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa, 2010, p. 89.
Fig. 147. Reconstituição da capela-mor da igreja românica de Santa Cruz de Coimbra (seg. apontamento
da DGEMN).
In REAL, Manuel Luís – ―O Convento Românico de São Vicente de Fora‖ In ALÇADA, Margarida –
Monumentos. Revista Semestral de Edifícios e Monumentos. Lisboa: DGEMN e MOPTC, 1995 (Março), nº 2,
p.23.
164
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 148. Interior da Nave principal da Sé-Velha de Coimbra (à esquerda) e da Sé de Lisboa (à direita).
Pormenores.
Fotografia nosss, Novembro de 2008 e Postal Ilustrado.
165
Maria Leonor Botelho
Fig. 151. Mapa localizando os vestígios da arte românica no Centro-Litoral de Portugal, segundo Manuel
Real.
REAL, Manuel Luís – Perspectivas sobre a flora românica da «Escola Lisbonense”. A propósito de dois
capitéis desconhecidos de Sintra no Museu do Carmo. Separata de Sintra. I-II (1) Sintra: S.n., 1982-1983, p.
553.
166
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 152. Hipótese de reconstituição da Fachada Principal da Sé do Porto de Manuel Luís Real, com base
nos elementos arqueológicos recolhidos.
In REAL, Manuel Luís – ―Inéditos de Arqueologia Portuense‖. Arqueologia. Porto: G.E.A.P.,
(Dezembro) 1984, nº10, p.36.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 157. Planta de São Pedro de Rates indicando as várias fases construtivas do monumento, segundo
Carlos Alberto Ferreira de Almeida.
In ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - A Igreja Românica de Rates (Póvoa de Varzim). Separata do Boletim
Cultural "Póvoa de Varzim" [vol. XIV, nº1]. Póvoa de Varzim: S.n., 1975, Est. I.
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Maria Leonor Botelho
Fig. 158. Capitel de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim) com o tema de animais afrontados na esquina
superior trincando as pernas de um ser humano que surge dependurado de cabeça para baixo.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 159. Capitel de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim), de carácter mais local, decora os cestos com
folhas estilizadas, muitas vezes pontiagudas, em forma de lança.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
171
Maria Leonor Botelho
Fig. 162. Tímpano do portal ocidental de São Pedro de Rates (Póvoa de Vazrim).
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 163. Leão-Atlante do Portal lateral Sul da igreja de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim).
Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
172
A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 165. Fresta da fachada principal da igreja de São Martinho de Cedofeita (Porto). Pormenor.
Fotografia nossa, Dezembro de 2009.
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Fig. 166. Anjo da Sé do Porto. Escultura sobre granito guardada no Museu Nacional Machado de Castro
(MNMC 3936).
Fotografia nossa, Novembro de 2008.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
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Maria Leonor Botelho
Fig. 170. Capitel do arco triunfal da igreja de São Cristóvão de Rio Mau (Vila do Conde). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 172. Tímpano do portal lateral Sul da igreja de São Martinho de Cedofeita (Porto).
Fotografia nossa, Dezembro de 2009.
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Fig. 173. Tímpano do portal latera Sul da igreja de Nossa Senhora da Orada (Melgaço).
Fotografia nossa, Agosto de 2007.
Fig. 174. Absidíolo Norte do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Felgueiras). Pormenor.
Fotografia nossa, Setembro de 2007.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 176. Túmulo de Egas Moniz, o Aio. Igreja do Mosteiro de São Salvador de Paço de Sousa (Penafiel).
Pormenor.
Fotografia nossa, Setembro de 2007.
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Fig. 182. Capitel do lado da Epístola do arco triunfal da igreja do Mosteiro de São Salvador de Bravães
(Ponte da Barca). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 183. Arquivoltas do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 184. Tímpano do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
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Fig. 185. Colunas e capitéis do portal principal de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
Fig. 186. Arco triunfal da igreja de São Salvador de Bravães (Ponte da Barca). Pormenor.
Fotografia nossa, Maio de 2007.
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A Historiografia da Arquitectura da Época Românica em Portugal (1870-2010)
Fig. 187. Igreja de São Pedro de Ferreira. Planta Levantada pelos snrs. Arquitectos Baltazar de Castro e
José Vilaça.
In BARREIROS, Padre M. Aguiar - "A Igreja Românica de S. Pedro de Ferreira" In ABREU, Marques (dir.) -
Ilustração Moderna. Porto: Edições Ilustradas Marques Abreu, 3º Ano, nº20 (1928), vol. II, p.35.
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