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“Objeto”, aqui, deve ser entendido como qualquer coisa, fato, situação,
aspecto, atitude, ocorrência, etc. que possa ser conhecido (a) pelo ser humano.
Assim podem ser objetos de conhecimento: uma bola, um carro, uma situação
qualquer como um casamento, uma festa de aniversário, uma música, uma
reação química, um fenômeno da natureza, um fato histórico, uma paisagem, o
pôr do sol, a lua, uma emoção, uma operação matemática, a travessia de um rio,
um engano de nossa mente, o nosso próprio pensamento, o nosso próprio
conhecimento, etc.
Para qualquer “objeto de conhecimento” o ser humano busca
explicações, descrições e interpretações. Mas, não só: o conhecimento nos
ajuda na orientação de nossas ações em relação a qualquer um dos objetos
cognoscíveis. Tanto para mantermos nossas maneiras de agir em relação a
eles, quanto para modificarmos estas maneiras de agir, se for o caso.
Este último é um aspecto importante do conhecimento: quanto mais
pessoas puderem ter conhecimentos seguros, melhor elas podem estar
avaliando suas formas de agir e a forma de agir dos outros. Isso lhes dá mais
base para intervir na maneira de funcionar a sociedade, por exemplo.
Cabe ver aí, um aspecto político do trabalho com o
conhecimento: quanto mais pessoas puderem conhecer melhor a realidade,
menos elas poderão ser ludibriadas e mais elas poderão estar participando das
decisões de como as sociedades devem ser organizadas. Como diz a música de
Geraldo Vandré: quem sabe, faz a hora. Não espera acontecer. E quem não
sabe? Vai sempre esperar “acontecer” por parte dos que sabem? Por parte dos
históricos “sabidos” que sempre fazem acontecer na direção dos seus próprios
interesses, sem levar em conta os interesses legítimos de todos?
A luta pelo acesso ao conhecimento e pelo acesso à capacidade cada
vez melhor desenvolvida para produzir conhecimentos seguros é, com certeza,
uma luta política porque envolve a apropriação de um instrumento de poder.
Tudo que encerra possibilidade de poder dentro da sociedade é, por si mesmo,
político. O filosofar é incentivar o debate de ideias. Se o mundo do estudante de
Filosofia é limitado ao texto e ao modo técnico (estrutural) de analisá-lo, a
consequência é distanciar o aluno do filosofar. Mas temos que nos lembrar,
sempre, de que o mundo não é uma sentença para ser colocado entre
parênteses.
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Sócrates
Sócrates foi a figura de maior destaque da filosofia grega clássica. Ele
nada escreveu, mas andava pelas ruas de Atenas conversando com as pessoas.
Gostava de interrogá-las sobre suas crenças, levando-as a perceber o quão
transitórias essas verdades eram.
Platão
Platão foi discípulo de Sócrates e também cidadão ateniense. Era uma
pes- soa inteligente, de família rica, culta e produziu discursos e várias obras
filosóficas. Suas reflexões sobre a pena de morte vigente em Atenas
destacaram-se após a publicação do discurso que fez em defesa de Sócrates,
que havia bebido o cálice de cicuta.
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Aristóteles
Aristóteles pertenceu à academia de Platão. Não era ateniense, mas da
cidade de Estagira, sendo filho de um médico-cientista. Sua formação e seu
interesse pela natureza fizeram-no divergir do mestre Platão (que não se
preocupou muito com o mundo dos sentidos), procurando ser também um
estudioso da natureza viva e de seus processos de mudanças e evoluções.
Aristóteles é considerado como aquele que, na cultura grega, organizou,
sistematizou e ordenou as várias ciências. Para Aristóteles, existem três formas
puras de governar o Estado: a monarquia (ou governo de um só), a aristocracia
(ou governo dos “melhores”) e a democracia (ou governo realizado por um
grande número de cidadãos). Segundo ele, essas três formas serão válidas e
justas somente se encontrarem um verdadeiro sentido de organização dos
cidadãos, em que necessidades básicas, como alimentação, trabalho, educação
e família, sejam colocadas no plano de convívio humano e de satisfação das
nossas necessidades vitais de existência, visando à promoção do bem de todos.
Diferentemente de Platão, Aristóteles escrevia na forma dissertativa,
procurando argumentar segundo as leis da lógica, inaugurando a forma pela
qual a escrita filosófica seria conhecida ao longo dos séculos.
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
Fazer uma pesquisa nos livros de História Antiga sobre a Grécia no
período de surgimento da filosofia (século 7 a.C.) e dos filósofos
estudados nas aulas. Procure perceber as suas características
sociais, políticas e culturais.