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Notas de Aula
prof.renata.engenharia@gmail.com
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Objetivo
Geral: Desenvolver em seus alunos a competência e a consciência necessária à intervenção
da Engenharia Civil no contexto social, através da prática coerente dos princípios éticos,
respeitando o ser humano e o meio ambiente.
Específico: Propiciar capacidades e habilidades técnicas para o planejamento físico e
financeiro de obras.
Conteúdo Programático
*Documentos de obras e análise de editais.
*Orçamentos: paramétrico, detalhado, operacional (conceitos, obtenções e uso).
*Orçamento detalhado: composições unitárias de custo. medições de insumos.
*Benefício e Despesas Indiretas (conceito, fixação e particularidades).
*Leis sociais e Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1.993.
*NBR 12721 - Incorporação de imóveis. Custo Unitário Básico (CUB).
*Características da Construção Civil - produtividade, mão de obra.
*Qualidade na construção civil.
*Planejamento, programação e cronogramas de obras.
Metodologia
Aulas expositivas, incluindo a discussão sobre cada conteúdo. Trabalhos práticos em
atividades intra e extraclasses.
Estrutura De Apoio
Data-show (projetor multimídia). Retro-projetor. Notas de aula e Quadro de Pincel.
Avaliação
75 pontos de Provas, Sendo: A1 = 30 pontos A2 = 45 pontos
25 pontos de trabalhos (planilhas e memória de cálculo)
Outras Atividades
Visitas em obras - medição de serviços realizados
Bibliografia
BÁSICA:
GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil
brasileira. São Paulo: Pini, 1997.
TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução.
São Paulo: Pini, 2006.
MASCARÓ , J. L. O custo das decisões arquitetônicas. Porto Alegre: Sagra, 1998.
COMPLEMENTAR:
Revista Concreto e Construções.
COÊLHO , Ronaldo Sérgio de Araújo. Orçamento de obras prediais. São Luís: Editora
da UFMA, 2001
NBR12721-28/0/2006 Avaliação de custos unitários de construção para incorporação
imobiliária e outras disposições para condomínios e edifícios-Procedimento.
IBAPE - MG - Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias em Engenharia.
Revista Téchne - Editora PINI.
Revista Equipe de Obra - Editora PINI.
Revista Construção Mercado - Editora PINI.
TCPO 14 - Editora PINI
Lei Federal nº 8.666/93
Lei Federal nº 5.194/1966
IMPORTANTE:
As informações contidas neste material são retiradas das referências bibliográficas
para a disciplina, da Lei de Licitações e Contratos (Lei Federal nº 8.666/93), da
cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras
Públicas do Tribunal de Contas da União (TCU), dentre outras, cujo a maioria dos
textos estão referenciados.
Introdução
Antes de realizar qualquer empreendimento nós, engenheiros, temos que nos preocupar
com o custo do mesmo. O mercado da construção civil ao longo dos anos vem sofrido
variações, cominando a uma busca de racionalização dos processos construtivos e a
previsão os custos se tornou imprescindível.
“A tarefa de calcular a remuneração de serviços de Engenharia exige uma série de requisitos que não
se restringem apenas a uma questão eminentemente técnica, envolvendo necessidade de
conhecimentos que vão desde a legislação profissional, legislação tributária e fiscal, conhecimento do
mercado de materiais e de mão-de-obra, no seu mais amplo sentido.
O sucesso ou o fracasso de uma atividade profissional de Engenharia depende da forma como
estabelecemos a cobrança dos honorários profissionais ou da remuneração pelos serviços que
prestamos aos clientes, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas, privados ou públicos.
Num regime competitivo como em que vivemos na atualidade, se não tivermos um conhecimento
adequado e suficiente na forma de calcular o orçamento ou os honorários, corremos o risco de
darmos preços excessivamente elevados e fora da realidade do mercado e, portanto, deixarmos de
contratar com o cliente, ou darmos um preço insuficiente para cobrir os custos incidentes e ter
grandes prejuízos, podendo até acarretar o encerramento das atividades.
Por outro lado, no caso específico da Administração Pública, se os orçamentos não forem bem feitos
e não representarem a realidade da obra e do mercado, correm também um sério risco de trazerem
conseqüências indesejáveis, tais como baixa qualidade dos serviços, atrasos ou paralisações de obra,
aditivos contratuais, recursos e ações judiciais, etc., que podem levar a incalculáveis prejuízos para o
erário público. É preciso também diferenciar propostas de orçamento e de remuneração feitas à
particulares daquelas feitas aos órgãos públicos.
No primeiro caso, pode-se contar com uma certa flexibilidade no trato deste assunto em razão de
não estar sujeito às exigências determinadas pela Lei de Licitações, permitindo um grau maior de
liberdade para negociações, que podem conduzir a um resultado que atenda aos interesses de
ambas as partes.
Além disso, pelo caráter restrito que caracteriza esse tipo de contratação, muitas vezes o que
predomina mesmo é o relacionamento entre as partes e a experiência profissional da eventual
contratada, além, evidentemente, do preço aceitável para ambas as partes.
O segundo caso existe uma norma geral que rege todas as contratações em qualquer nível de
governo, seja administração direta ou indireta, onde a contratante é obrigada a segui-la, chamada
Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93).Por essa Lei, uma vez apresentada a proposta e se for a
vencedora, não poderá haver arrependimento, sob pena de pesadas multas e impedimento de
participar de outras licitações por um período. Portanto, em poucas palavras, é proibido errar.
Desse modo é preciso estudar e analisar profundamente os custos diretos e indiretos envolvidos,bem
como todas as incidências de impostos, taxas, seguros, despesas financeiras, grau de risco, etc.”
(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini,
2006.)
Art. 8º- As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas "a", "b", "c", "d", "e" e "f" do
artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas.
Parágrafo único - As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer as
atividades discriminadas no Art. 7º, com exceção das contidas na alínea "a", com a
participação efetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e registrado
pelo Conselho Regional, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.
Art. 12 - Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e
de economia mista, os cargos e funções que exijam conhecimentos de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, relacionados conforme o disposto na alínea "g" do Art. 27,
somente poderão ser exercidos por profissionais habilitados de acordo com esta Lei.
Art. 15 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia,
Arquitetura ou da Agronomia, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução de
obras, quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física ou jurídica não
legalmente habilitada a praticar a atividade nos termos desta Lei.
Art. 2º- A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento
de engenharia, arquitetura e agronomia.
§ 1º- A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
Art. 3º- A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a"
do Art. 73 da Lei nº5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais.
O orçamento a ser elaborado deverá conter, de modo fiel e transparente, todos os serviços e/ou
materiais a serem aplicados na obra de acordo com o projeto básico e outros projetos
complementares referentes ao objeto da licitação.
O orçamento deverá ser elaborado a partir do levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da
composição dos custos unitários de cada serviço, obedecidas rigorosamente as Leis Sociais e
Encargos Trabalhistas e todos os demais Custos Diretos, devidamente planilhados.
Pela atual legislação contábil e trabalhista, os encargos como refeições, transporte, EPI, incluindo
uniformes, ferramentas manuais necessários para o exercício de sua atividade, seguro de vida em
grupo, diretamente relacionados com a mão-de-obra, devem ser calculados e acrescidos às Leis
Sociais como Encargos Complementares de Mão-de-Obra.
Ainda, lembrar que, pela atual legislação fiscal e contábil, todos os custos que compõem a infra-
estruturada obra como a Instalação do Canteiro de Obra, custos da Administração Local, Mobilização
e Desmobilização, etc, devem compor os Custos Diretos, e não o BDI.
A composição do BDI, que é a outra parte importante do orçamento, deverá conter todos os itens
relativos aos Custos Indiretos da administração central, eventuais taxas de riscos do
empreendimento pela falta de uma definição clara do projeto, custos financeiros do capital de giro,
todos os tributos federais e municipais, custos de comercialização e a pretensão ou previsão de
lucro.
Conceitos Básicos
Edital de Licitação/Carta Convite
Nestes documentos é necessário conhecer:
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE LICITAÇÃO
Compreendem os requisitos que estabelecem o objeto e regime de execução, prazos,
sanções e inadimplência, local, data e horário de realização da licitação e esclarecimentos,
condições de participação e habilitação, critérios de julgamento, dotação orçamentária,
medições, pagamento, reajustamento e orçamento estimado.
CONDIÇÕES GERAIS DE LICITAÇÃO
Compreende os requisitos de participação e habilitação estabelecidos em Lei que integram
obrigatoriamente todo e qualquer edital, forma de apresentação das propostas,
procedimentos e julgamento, recursos administrativos e condições para assinatura do
contrato, mora e ou inadimplemento.
CONDIÇÕES GERAIS DE CONTRATAÇÃO
Compreende o prazo de execução do contrato, obrigações da contratada, penalidades,
pagamento, reajustamento, acréscimo ou supressão de serviços, garantias, fiscalização,
rescisão e recebimento do objeto contratado.
Planilha Orçamentária
Segundo as Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas –
TCU “O orçamento de uma obra é a peça de fechamento do seu projeto, traduzindo-o em
termos econômicos e financeiros. Trata-se de etapa preparatória indispensável em qualquer
contratação pública.
Aos olhos da administração pública, a estimativa de custo da obra terá a função inicial de
verificar a previsão e suficiência de recursos para a conclusão do projeto.
Posteriormente, durante a licitação do empreendimento, o orçamento terá a função de
servir como parâmetro para a análise da exequibilidade e da economicidade das propostas
das licitantes. Balizará, ainda, o critério de aceitabilidade dos preços unitários e globais
ofertados no certame.
Para o particular, por sua vez, o orçamento-base elaborado pela Administração servirá
como referência e como um guia na elaboração da proposta de preços, constituindo-se
como uma das principais peças do processo licitatório a ser analisada pelo construtor. Ao
formular sua oferta, o empresário deverá se certificar sobre a adequação dos quantitativos
de serviços orçados pela Administração frente aos quantitativos levantados a partir dos
projetos da obra, apresentando, no caso de apurar divergências, pedidos de esclarecimento
ou de impugnação dos termos do edital. Também deverá verificar se os valores previstos
para a execução dos serviços são exequíveis e justos, em aderência aos preços praticados
no mercado.
Celebrado o contrato, a planilha orçamentária terá a função de ser a principal ferramenta
de controle do empreendimento. Tanto é utilizada pelas partes contratantes para a
verificação da compatibilidade entre a execução física da obra e as etapas indicadas no
orçamento, como para evitar a ocorrência de antecipações ilegais de pagamento. Também
se constituirá no referencial físico e financeiro da contratação, peça-base para a medição
dos serviços pela fiscalização contratual, para o cálculo de reajustamentos ou para
eventuais alterações de escopo do objeto contratado, a serem celebradas mediante
aditamentos contratuais.”
Licitação
É o procedimento administrativo pelo qual a administração pública, obediente aos princípios
constitucionais que a norteiam, escolhem a proposta de fornecimento de bem, obra ou
serviço mais vantajosa para o erário.
A licitação constitui, portanto, o instrumento de que dispõe o poder público para coligir,
analisar e avaliar comparativamente as ofertas, com a finalidade de julgá-las e decidir qual
será a mais favorável.
O procedimento licitatório tem que ter caráter competitivo e todos os concorrentes hão de
ter tratamento igualitário em todas as fases, sigilo na apresentação da proposta e a
confiança nas regras estabelecidas que estarão no instrumento convocatório conhecido
como edital, que é a lei interna da licitação.
Contratos
“Para os fins desta lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.”
(Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (*) - CAPÍTULO I - SEÇÃO I - Art. 2o Parágrafo único)
“§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em
conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e
da categoria econômica.
VII - Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas.
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso.
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor.
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos.
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer das
seguintes regimes:
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo e total.
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo de unidades determinadas.
c) (Vetado).
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.
Em uma obra o contrato dita as regras do jogo, nele encontramos informações primordiais
para o seu bom andamento, e que devem ser analisadas pelo engenheiro da obra e ou
orçamentista, apresentamos abaixo, o índice de um contrato para a execução de uma obra
de reforma de uma fábrica, sob o regime de empreitada integral, lembramos que um
contrato deve ser elaborado para cada obra, atendendo as suas particularidades.
ANEXOS:
Certificado de XXXXXXXX
Notificação de "XXXXXXXX"
Proposta Técnico-Comercial contendo:
Planilha Orçamentária de Preços Unitários
Proposta Lista de Preços Subempreiteiras
Preços separados
Cronograma Físico
Especificação Técnica
Projetos
Anteprojeto:
É a configuração final da solução proposta, considerando todos os elementos do programa,
mas com pouco detalhamento, em escala reduzida.
Projeto executivo:
Segundo a Lei n.8666/93, Art. 6º, X, define o projeto executivo como o conjunto de
elementos necessários e suficientes à execução completa da obra.
Projeto Legal:
Contém os elementos necessários à aprovação pelos órgãos públicos, gerando licenças para
construir e efetuar ligações provisórias dos serviços públicos.
Projetos Complementares:
Projetos das diversas especialidades, tais como estruturas, instalações hidro-sanitárias,
elétricas, telefônicas, paisagismo, fachadas, climatização artificial e outros.
Projeto básico:
“ De acordo com o disposto no Art. 6o, XI da Lei nº 8.666/93, o projeto básico é o "conjunto de
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço ou complexo de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos
métodos e do prazo de execução ..."
(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini,
2006.)
Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos, todas as características,
dimensões, especificações, e as quantidades de serviços e de materiais, custos e tempo necessários
para execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração do projeto
executivo e realização das obras.
Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser elaborados por profissional
legalmente habilitado, sendo indispensável o registro da respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica, identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos
produzidos.”
“ I.1.2.1 – Elementos mínimos recomendados para o projeto básico de uma obra de edificação
61. Recomenda-se que um projeto básico de obras de edificações contenha os seguintes elementos
mínimos, com base no rol previsto na cartilha do Conselho de Justiça Federal (denominada “Guia de
Projetos e Obras da Justiça Federal”) e na Orientação Técnica 01/2006 do Instituto Brasileiro de
Auditoria de Obras Públicas (Ibraop):
a) levantamento topográfico.
b) sondagens.
d) projeto de terraplanagem.
e) projeto de fundações.
f) projeto estrutural.
Para sanar quaisquer dúvidas sobre materiais e técnicas executivas da obra o confronto
destes documentos com os projeto é fundamental.
Devemos analisar:
As especificações técnicas de cada material.
O critério de medição dos serviços executados
Os métodos estabelecidos para a execução e suas normas técnicas aplicáveis.
Memorial Descritivo
“Memorial Descritivo: Descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, no qual são
apresentadas as soluções técnicas adotadas pelo projeto, acompanhadas das respectivas
justificativas, necessárias ao pleno conhecimento do projeto, complementando as informações
contidas nos desenhos.”
Caderno de Encargos
“Caderno de Encargos: É um conjunto de informações complementares ao projeto, definindo como
deve ser procedida a execução. Normalmente é fornecido pelo contratante, no qual estão
consolidados as especificações técnicas, o memorial descritivo e os critérios de medição e pagamento
de cada um dos serviços previstos para a obra.
“No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços são detalhadas semanal
ou mensalmente, dependendo do tipo de construção. Isso permite que os administradores do caixa
da obra saibam exatamente quanto vão gastar e quando isso vai acontecer, evitando despesas e
empréstimos imprevistos. Da mesma forma, eles podem planejar o investimento do dinheiro que
ainda não foi gasto, que rende juros e reduz as despesas do construtor.
O cronograma mostra, em uma linha do tempo, o começo e o fim de cada uma das fases ou
atividades da obra. A qualquer momento, portanto, é possível verificar com rapidez o andamento das
diversas frentes de serviço. Assim é possível definir prioridades e concentrar o foco nas equipes que
eventualmente estejam mais atrasadas em relação às demais. O cronograma também ajuda a
planejar as compras de produtos e materiais de construção, reduzindo estoques desnecessários no
canteiro.”
(http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/35/cronograma-fisico-financeiro-213994-1.aspx)
ADMINISTRAÇÃO DA R$ 63.123,48 R$ 6.312,35 R$ 7.890,44 R$ 7.890,44 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 63.123,48
2
OBRA 1,93% 10,00% 12,50% 12,50% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 100,00%
R$ 49.035,20 R$ 3.922,82 R$ 45.112,38 R$ 49.035,20
3 INFRAESTRUTURA
1,50% 8,00% 92,00% 100,00%
R$ 655.319,17 R$ 65.531,92 R$ 393.191,50 R$ 196.595,75 R$ 655.319,17
4 SUPERESTRUTURA
20,02% 10,00% 60,00% 30,00% 100,00%
R$ 26.200,00 R$ 7.074,00 R$ 7.598,00 R$ 8.384,00 R$ 3.144,00 R$ 26.200,00
5 COBERTURA
0,80% 27,00% 29,00% 32,00% 12,00% 100,00%
R$ 78.803,29 R$ 23.640,99 R$ 23.640,99 R$ 19.700,82 R$ 11.820,49 R$ 78.803,29
6 FECHAMENTO
2,41% 30,00% 30,00% 25,00% 15,00% 100,00%
R$ 301.054,12 R$ 15.052,71 R$ 120.421,65 R$ 135.474,35 R$ 30.105,41 R$ 301.054,12
7 ESQUADRIAS
9,20% 5,00% 40,00% 45,00% 10,00% 100,00%
R$ 75.263,53 R$ 22.579,06 R$ 52.684,47 R$ 75.263,53
8 VIDROS
2,30% 30,00% 70,00% 100,00%
R$ 236.409,87 R$ 9.456,39 R$ 59.102,47 R$ 94.563,95 R$ 68.558,86 R$ 4.728,20 R$ 236.409,87
9 REVESTIMENTOS
7,22% 4,00% 25,00% 40,00% 29,00% 2,00% 100,00%
INSTALAÇÕES R$ 31.974,67 R$ 639,49 R$ 3.677,09 R$ 7.993,67 R$ 7.993,67 R$ 6.394,93 R$ 3.677,09 R$ 1.598,73 R$ 31.974,67
12
ELÉTRICAS 0,98% 2,00% 11,50% 25,00% 25,00% 20,00% 11,50% 5,00% 100,00%
INSTALAÇÕES HIDRO- R$ 85.712,67 R$ 2.142,82 R$ 4.285,63 R$ 5.999,89 R$ 12.856,90 R$ 12.856,90 R$ 30.856,56 R$ 11.142,65 R$ 5.571,32 R$ 85.712,67
14
SANITÁRIAS 2,62% 2,50% 5,00% 7,00% 15,00% 15,00% 36,00% 13,00% 6,50% 100,00%
(21)
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
DADOS DO PROJETO/ EMPREENDIMENTO
ENDEREÇO DA OBRA/EMPREENDIMENTO/Nº CONTRATO ETC.
ARQUIVO ELETRONICO
REVISÃO E DATA
APROVAÇAO
ITEM DESCRIÇÃO R$ 15 DIAS 30 DIAS 45 DIAS 60 DIAS 75 DIAS 90 DIAS 105 DIAS 120 DIAS TOTAL DO ITEM
R$ 98.018,00 R$ 93.117,10 R$ 4.900,90 R$ 98.018,00
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
2,99% 95,00% 5,00% 100,00%
ADMINISTRAÇÃO DA R$ 63.123,48 R$ 6.312,35 R$ 7.890,44 R$ 7.890,44 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 63.123,48
2
OBRA 1,93% 10,00% 12,50% 12,50% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 100,00%
R$ 49.035,20 R$ 3.922,82 R$ 45.112,38 R$ 49.035,20
3 INFRAESTRUTURA
8,00% 92,00% 100,00%
R$ 655.319,17
4 SUPERESTRUTURA
20,02%
R$ 26.200,00 R$ 7.074,00 R$ 7.598,00 R$ 8.384,00 R$ 3.144,00 R$ 26.200,00
5 COBERTURA
0,80% 27,00% 29,00% 32,00% 12,00% 100,00%
R$ 78.803,29 R$ 23.640,99 R$ 23.640,99 R$ 19.700,82 R$ 11.820,49 R$ 78.803,29
6 FECHAMENTO
2,41% 30,00% 30,00% 25,00% 15,00% 100,00%
R$ 301.054,12 R$ 15.052,71 R$ 120.421,65 R$ 135.474,35 R$ 30.105,41 R$ 301.054,12
7 ESQUADRIAS
9,20% 5,00% 40,00% 45,00% 10,00% 100,00%
R$ 75.263,53
8 VIDROS
2,30%
R$ 236.409,87 R$ 9.456,39 R$ 59.102,47 R$ 94.563,95 R$ 68.558,86 R$ 4.728,20 R$ 236.409,87
9 REVESTIMENTOS
7,22% 4,00% 25,00% 40,00% 29,00% 2,00% 100,00%
R$ 101.656,24 R$ 25.414,06 R$ 76.242,18 R$ 101.656,24
10 PINTURA
3,1% 25,00% 75,00% 100,00%
1) Analise o cronograma proposto abaixo e complete.
(22)
Atividade avaliativa 01 - Cronograma
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Discriminação Orçamentária
A discriminação orçamentária (DO) de uma obra consiste na relação dos serviços ou
atividades a serem executados. As discriminações orçamentárias padronizadas são listagens
que relacionam todos os serviços a serem executados em uma obra. Em geral, são
extensas e prevêem todos os elementos normais.
As DO padronizadas servem como check-lists, evitando o esquecimento de algum item. Em
cada orçamento, contudo, o orçamentista deve analisar quais os serviços que devem
participar da lista final, verificando as especificidades da obra em análise, com eventuais
serviços extraordinários, que ainda não participavam de sua DO.
As Discriminações Orçamentárias devem ser organizadas da mesma forma que as
Especificações Técnicas. Os serviços listados devem ser codificados e agrupados de acordo
com critérios lógicos (de acordo com o tipo de serviço, a sequência de execução, os
materiais empregados, etc.). As listagens preparadas por Faillace (1988, p.29-50), por
Parga (1995, p.16-26) e aquela constante da NBR 12721 (ABNT, 1999, Anexo D, p.43-46)
são bons exemplos de discriminações orçamentárias, com variados graus de detalhamento.
De qualquer forma, não se recomenda a adoção de uma DO qualquer, mas sim a
montagem de uma relação própria, com análise e seleção criteriosas dos serviços que a
devem compor, adequados para o tipo de obra correntemente orçado. Uma discriminação
extensa demais ("completa") é cansativa para o uso diário. Uma alternativa é relacionar em
uma lista principal os serviços usados cotidianamente, separando os demais em uma
listagem auxiliar.
Além disto, outros serviços, de detalhamento maior, exigem relações especiais, como é o
caso das instalações hidráulicas, elétricas e telefônicas. Podem ser adotadas relações
padronizadas de serviços ou de materiais dos fabricantes, eliminando grande parte do
trabalho repetitivo de enumerar itens. É um tipo especial de discriminação orçamentária.
Para a preparação do orçamento recomenda-se que a obra seja subdividida nas diversas
etapas construtivas que, como a própria denominação sugere, são fases ou grupos de
serviços que evidenciam os componentes mais importantes da obra.
Com uma divisão adequada dos serviços torna-se fácil orçar e administrar uma obra. Tal
procedimento constitui um poderoso auxiliar na administração dos trabalhos, no controle
das quantidades dos insumos efetivamente empregados permitindo, inclusive como meio de
análise e redução de custos.
Entre as discriminações orçamentárias mais conhecidas e difundidas podem ser citadas:
A relacionada na NBR 12721/1993 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
A especificada no Decreto 92.100 de 10 de dezembro de 1985.
A do Decreto 52.147, de 1963, que apesar de ter sido revogada, ainda é usada dada
a sua simplicidade.
A Classificação do Departamento de Obras Públicas do Estado de São Paulo.
A Classificação da Pini Sistema. TCPO.
Discriminação orçamentária
D.1.1.3 Vistorias.
D.1.1.4 Planejamento, assessoria e controle geral da obra, controle tecnológico.
D.1.1.4.13 Maquetes.
D.1.1.4.14 Perspectivas.
D.1.1.4.15 Paisagismo.
D.1.1.4.16 Complementação artística.
D.1.1.6 Cronogramas.
D.1.1.7 Fotografias.
NOTA - As discriminações dos trabalhos componentes dos diversos projetos e serviços técnicos que
fizerem parte de uma incorporação (projetos de arquitetura, estrutura, instalações, etc., e serviços
de vistoria, consultoria, etc.) devem obedecer às prescrições estabelecidas na NBR 12722.
D.1.2.1 Demolições.
Anexo D (informativo)
D.1.2.3.2 Impostos, federais, estaduais, municipais e outros (seguros contra fogo, responsabilidade
civil e outros), contratos, selos, legislação da obra, despachante.
D.1.2.3.3 Multas.
D.1.5.8 Equipamento de segurança da obra (dos operários, das máquinas, dos materiais, extintores,
etc.).
D.1.9 Diversos
D.1.9.1 Consertos.
D.1.9.4 Outros.
D.3 Supra-estrutura
D.3.1 Concreto protendido.
D.3.3 Metálica.
D.3.4 Madeira.
D.3.5 Mista.
D.4.1.1 Alvenarias.
D.4.2.2 Metálicos.
D.4.2.3 Plásticos.
D.4.2.4 Concreto.
D.4.2.5 Mistos.
D.4.2.6 Peitoris e chapins.
D.4.2.7 Ferragens.
D.4.3.1 Vidros lisos, fantasias, cristal, temperados, opacos, translúcidos, aramados, blindados,
rayban, espelhos.
D.4.3.3 Plásticos.
D.4.3.4 Diversos.
D.5.1 Coberturas
D.5.1.1 Estruturas para telhado.
D.5.1.3 Outras.
D.5.2 Impermeabilizações
D.5.2.4 Juntas.
D.5.2.5 Banheiros.
D.5.3.2 Outros.
D.6.1.1 Argamassa.
D.6.1.2 Azulejos, ladrilhos, hidráulicos e cerâmicos.
D.6.4 Pintura
D.7 Pavimentações
D.7.1 Pavimentações
D.7.1.4 Cimentado.
D.8.1.6 Bancas.
D.8.1.7 Outros equipamentos.
D.8.2.2 Pára-raios.
D.8.2.3 Sinalização noturna.
D.8.2.6 Posteação.
D.8.3.1 Água.
D.8.3.2 Esgoto e ventilação.
D.8.6.5 De vácuo.
D.8.6.6 De ar comprimido.
D.8.6.7 De vapor.
D.8.6.8 De oxigênio.
D.8.6.9 De lixo.
D.9.4.2 Luz.
D.9.4.3 Força.
D.9.4.4 Telefone.
D.9.4.5 Gás.
D.9.4.6 Esgoto.
D.9.4.8 Incêndio.
D.9.4.9 Certidões.
D.9.5.2 Arremates.
D.9.5.3 Habite-se.
Especificações Técnicas
“Especificações Técnicas: Texto no qual se fixam todas as regras e condições a serem seguidas pelo
contratado para a execução de cada um dos serviços da obra, caracterizando individualmente os
materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o
modo como serão executados cada um dos serviços, apontando, também, as unidades de medida
que embasarão os critérios para a sua medição e pagamento.”
Para as obras públicas as especificações deverão ser elaboradas conforme 11 Acórdão nº 644/2007-
Plenário. Relator: Ministro Raimundo Carreiro. Brasília, 18 abr. 2007:
ITEM DESCRIÇÃO
1 SERVIÇOS INICIAIS
2 LOCAÇÃO DE OBRAS
2.1 Gabaritos
3 FUNDAÇOES
3.1 Escavações
3.2 .......
METROS QUADRADOS.
MATERIAIS:
Bloco liso, para alvenaria de blocos aparentes, tipo estrutural com resistência mínima de 6 MPa.
Dimensões:
19 x 19 x 39 cm
19 x 19 x 19 cm (meio bloco)
19 x 19 x 39 cm (canaleta)
19 x 19 x 19 cm (meia canaleta)
Dimensões nominais:
Após o assentamento dos blocos na alvenaria, a dimensão nominal frontal deverá ser 20x40cm.
Cinza Natural.
Tolerâncias Dimensionais:
A fabricação deverá atender às dimensões padronizadas. Desvios em quaisquer direções não poderão
ultrapassar 3 mm.
Tipo:
Bloco liso, para alvenaria de blocos aparentes, tipo estrutural com resistência mínima de 3 MPa.
Dimensões:
19 x 19 x 39 cm.
19 x 19 x 19 cm (meio bloco).
19 x 19 x 39 cm (canaleta).
19 x 19 x 19 cm (meia canaleta).
14 x 19 x 39 cm.
14 x 19 x 19 cm (meio bloco).
14 x 19 x 39 cm (canaleta).
14 x 19 x 19 cm (meia canaleta).
9 x 19 x 39 cm.
9 x 19 x 19 cm (meio bloco).
9 x 19 x 39 cm (canaleta).
9 x 19 x 19 cm (meia canaleta).
Dimensões nominais:
Após o assentamento dos blocos na alvenaria, a dimensão nominal frontal deverá ser 20x40cm.
Cor:
Cinza natural.
Tolerâncias Dimensionais:
A fabricação deverá atender às dimensões padronizadas. Desvios em quaisquer direções não poderão
ultrapassar 3 mm.
ELEMENTO VAZADO:
Tipo:
Elemento vazado fabricado com argamassa vibro-prensada pré-moldada.
Modelo:
90A
Dimensões nominais:
39x39x10cm
Cor:
Cinza Natural
Produto marca:
Neorex.
O fornecedor dos blocos de concreto deverá ter o Selo de Qualidade concedido pela ABCP. O nome
da empresa deverá constar na relação de empresas credenciadas, divulgada no site
http://www.abcp.org.br.
Fabricantes recomendados:
xxxxxxxx – Pré-Moldados
PREPARAÇÃO
Verificar se os itens fornecidos por outras seções estão corretamente dimensionados e localizados
(embutidos, elétricos e hidráulicos, esquadrias, etc.).
FIADA DA ALVENARIA
TOLERÂNCIAS
As alvenarias terão reforço estrutural em vigas e pilaretes embutidos, conforme Desenhos e/ou
especificação abaixo. Preencher tais vigas e pilaretes com concreto com agregado graúdo não
maior que brita nº 1.
Paredes externas: ver Desenhos.
Paredes internas: pilaretes com 4 ø 10 mm CA-50 a cada 3 m aproximadamente, alinhados com
pilares metálicos, onde for necessária ancoragem, e nas junções de planos de alvenaria. e vigas
com 2 ø 10 mm nas fiadas nº 6, nº 12, nº 18, nº 24, nº 30, ou mais se houver. (Ver desenhos de
estrutura).
SERVIÇOS EMBUTIDOS
CORTE E AJUSTES
Cortar e ajustar entalhos para tubos, conduites, luvas e chanfros. Trabalhar em cooperação com
as outras Seções para fornecimento de dimensões, formas e localizações corretas dos embutidos.
As quebras nas alvenarias deverão ser as menores possíveis e a área afetada deverá ter retoque
perfeito na mesma textura do bloco.
Obter aprovação antes de efetuar quaisquer cortes ou ajustes em áreas não indicadas ou onde a
aparência ou resistência da alvenaria possa ser prejudicada.
ALVENARIA PREENCHIDA COM CONCRETO:
Executar alvenaria de blocos, obedecendo aos mesmos parâmetros descritos acima e preencher
os vazios dos blocos com graute de concreto.
Executar alvenaria preenchida nas paredes indicadas em Projeto.
LIMPEZA
PROTEÇÃO
Manter bordas de proteção em cantos externos expostos para que não possam ser danificados
pelas atividades da obra ou transporte.
O Fabricante deverá fornecer fardos de blocos, paletizados, envolvidos em plástico incolor
formando um volume compacto. Cada fardo deverá ser preparado para o transporte em
condições de perfeita segurança, evitando-se quebras do material.
Providenciar proteção sem prejudicar quaisquer serviços acabados.
No final do dia, cobrir paredes não-terminadas para evitar a infiltração de umidade. Colocar pesos
na cobertura para evitar que infle. Manter a proteção para trabalhos de alvenaria recém-
terminada.
ENTREGA, ARMAZENAGEM E MANUSEIO
Orçamentos
Tipos de Orçamentos
Há diversos tipos de orçamentos e a assertividade deles depende das informações
disponíveis a respeito do objeto orçado.
Se há informação detalhada e de alta qualidade, é possível desenvolver um bom
orçamento, que apresente valores com uma pequena margem de erro em relação aos
custos reais de construção deste objeto.
Ter informações abundantes, disponíveis e de qualidade sobre um empreendimento
pressupõe a contratação de bons levantamentos de dados, a realização de estudos
criteriosos e o desenvolvimento de projetos executivos e de especificações técnicas,
organizadas e detalhadas.
Orçamento preliminar: Avaliação de custo obtida através de levantamento e estimativa de
quantidades de materiais, serviços e equipamentos e pesquisa de preços médios,
usualmente utilizada a partir de anteprojeto da obra. Sendo um orçamento e não apenas
custo, deve ser incluído o BDI.
Orçamento estimativo: Avaliação detalhada do preço global da obra, obtida através do
levantamento dos serviços e quantitativos obtidos dos projetos básicos, fundamentado em
planilhas que expressem a composição de todos os custos unitários diretos e custos
indiretos, mais o BDI. ( Art. 6o, 7o e 40o da Lei no 8666/93).
Orçamento analítico ou detalhado: Avaliação do preço, com o nível de precisão adequado,
obtida através do levantamento de quantidades e de materiais, serviços e equipamentos e
composição de preços unitários, realizada na etapa de projeto e/ou projeto executivo –
inclui o BDI.
Orçamento sintético ou orçamento resumido: Corresponde a um resumo do orçamento
analítico, expresso através das etapas ou grupos de serviços, com seus respectivos totais e
preço total do orçamento da obra.
Estimativa de custos: Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados
preliminares de uma idéia de projeto em relação à área a ser construída, com a aplicação
de um valor médio por m², para determinadas opções de estrutura e acabamento,
publicadas em revistas especializadas, ou outras formas de avaliação sintética baseadas nas
experiências de outras obras similares.
Se há interesse em obter uma estimativa rápida ou baseada apenas na concepção inicial da
obra ou em um anteprojeto, o tipo mais indicado é a estimativa de custos.
Para as incorporações em condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório,
seguindo um procedimento padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 1999).
É um orçamento aproximado, adequado às verificações iniciais, como estudos de viabilidade
ou consultas rápidas de clientes.
Se os projetos não estão disponíveis, o custo da obra pode ser determinado por área ou
volume construído.
Os valores unitários são obtidos de obras anteriores ou de organismos que calculam
indicadores.
http://www.sinduscon-mg.org.br/wp-content/uploads/2017/07/tabela_cub_desonerado_junho_2017.pdf
É importante saber...
Área privativa: É aquela onde o proprietário detém a integridade do seu domínio,
constituído pela superfície limitada pela linha externa que contorna as paredes das
dependências de uso privativo e exclusivo do proprietário, sejam elas cobertas ou
descobertas e pelo eixo das paredes que separem de outra unidade , no mesmo piso. O
mercado utiliza, via de regra, outras expressões, como área útil, e até mesmo 'área de
vassoura', para denominar aquela situada dentro do ambiente exclusivo do condômino.
Importante ressaltar que esta é a área individual, a área em que o condômino detém todo o
seu domínio, restrito aos limites, sendo portanto a área mais importante no momento da
compra e sobre a qual o adquirente atribui a maior importância, devendo inclusive ser
objeto direto de questionamento quando da transação.
Áreas de divisão não proporcional: Aquelas de uso privativo ou comum a uma ou várias
unidades autônomas, independente de qualquer relação de proporcionalidade com as
respectivas áreas privativas de construção, ou seja, áreas que, embora situadas fora da
área privativa e exclusiva do uso do condômino, são a ele pertencentes, podendo também
pertencer a mais de um condomínio. O exemplo mais usual da área de divisão não
proporcional são as vagas de garagem, que embora situadas em local de uso comum, a sua
utilização se restringe ao titular da unidade autônoma correspondente ao respectivo box.
Área de construção: Soma da área privativa da unidade autônoma, com as parcelas de uso
comum, formando assim a área total de construção, que corresponde ao montante que o
proprietário da unidade possui no futuro empreendimento, chamando a atenção para não
confundi-la com a área privativa, restrita à unidade e ao uso exclusivo do proprietário, haja
vista que a área total é utilizada para efeito de cálculo do rateio das despesas de
construção, uma vez que o pagamento do custo da obra impõe gastos não só com a
unidade privativa, mas também com as partes comuns, bem como para lançamento de
IPTU.
Fonte: www.tudosobreimoveis.com.br
Seja uma edificação multifamiliar, formada por dez apartamentos com sala, três quartos,
totalizando uma área equivalente de construção de 1.600 m² . O padrão de acabamento do
empreendimento é normal, tendo um custo/m² de área equivalente de construção da
ordem de R$900,00/m² em setembro de 2003.
A área do terreno tem 400,00m² e o valor por metro quadrado do terreno é de
R$600,00/m².
As despesas financeiras, levando-se em conta o prazo da construção, são de 8%.
O valor da venda de cada apartamento corresponde a R$270.000,00.
As despesas com promoção de vendas correspondem a 5% do valor geral de vendas.
Pede-se:
1. Calcular o lucro do empreendimento
2. Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação às despesas da
mesma
3. Calcular o índice que representa o lucro em relação ao valor do terreno
4. Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação à receita.
SOLUÇÃO:
A – Receitas:
Quantidade: dez apartamentos
Valor venal: R$ 270.000,00 por apartamento
Receita total: 10 x R$ 270.000,00 = R$ 2.700.000,00
B – Despesas:
B1 – Terreno:
Área do terreno = 400 m²
Valor do terreno por metro quadrado de sua área = R$ 600,00/m²
Valor do terreno = R$600,00/m²x 400 m² = R$ 240.000,00
B2 – Construção:
Área total equivalente da construção = 1.600 m²
Custo por m² de área equivalente de construção= R$ 900,00/m²
Custo da construção = 1.600,00m² x R$900/ m² = R$ 1.440.000,00
**** Utilize as tabelas de CUB a Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR
12721:2006 e os valores de junho de 2017 apresentados anteriormente.
Em primeiro e definitivo passo, não é possível elaborar um orçamento referencial adequado sem a
existência de um projeto completo de engenharia, contendo todos os elementos estabelecidos em lei.
Os projetos básicos que fundamentam as contratações de obras públicas devem conter os
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborados com base nas indicações
dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilitem a avaliação do custo da obra e a
definição dos métodos e do prazo de execução.”
(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU))
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Proponente
Empreendimento ( Nome/Apelido) UF
MG
Programa Data-Base (mês de referência)
novembro-2005
Regime de execução das obras:
1.4 LOC-TOP-015 SETOP Serviço Topográfico (locação da obra) por ponto pt 106,00 30,00 3.180,00 38,88 4.121,28
Barracão de obras em chapa de madeira
compensada, banheiro, cobertura em
1.5 74242/001 SINAPI m2 40,00 121,92 4.876,80 158,01 6.320,40
fibrocimento 4 MM, incluso instalações hidro-
sanitárias e elétricas.
14.5 HID-TUB-060 SETOP Tubulação de 150mm classe A pb com conexões m 200,00 43,43 8.686,00 56,29 11.258,00
Declaro para os devidos fins que os itens apresentados neste Orçamento Discriminativo estão com os
quantitativos compatíveis com os projetos / especificações técnicas que compõem a proposta do referido
Contrato de Repasse e os custos unitários previstos são iguais ou inferiores à mediana do SINAPI atendendo,
portanto, à Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO em vigor.
Se, por um lado, a omissão ou subestimativa de serviços exigirão a futura celebração de termos de
aditamento contratual para incluir e/ou acrescer os serviços omitidos/subestimados, por outro lado,
a superestimativa de quantitativos pode causar uma série de prejuízos ao erário.
Também é importante ressaltar que o ônus de provar a boa e regular gestão dos recursos públicos é
do gestor. Portanto, exige-se a produção de uma memória de cálculo das quantidades de serviços da
planilha orçamentária.
Assim, não é admissível a elaboração de planilhas orçamentárias de obras públicas com injustificada
superestimativa dos quantitativos dos serviços previstos, não podendo deixar a cargo da fiscalização
contratual a tarefa de reter os quantitativos excedentes, uma vez que ela própria deve estar sujeita
A projeção horizontal do telhado é um retângulo de área igual a 136,08 m2, que deveria ser o
quantitativo do serviço planilhado, no caso de utilização do primeiro critério de quantificação
exemplificado. Caso fosse utilizado o segundo critério de quantificação, a área medida seria de
177,19 m2, o que representa uma grandeza 30,2% maior do que a área de projeção horizontal.
A fim de evitar extensa reprodução de critérios de quantificação, recomenda-se que o edital, projeto
básico ou termo de referência preveja expressamente no corpo de seu texto o uso de critérios de
medição e pagamento estabelecidos em algum caderno de encargos. Por exemplo, em obras de
edificações podem ser utilizados os critérios de quantificação do Manual de Obras Públicas-
Edificações – Práticas da Seap, disponível em
http://www.comprasnet.gov.br/publicacoes/manual.htm.
(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU))
1 Serviços Iniciais
2 Movimento de solo
3. Fundações
4. Estrutura
5. Fechamentos
6. Revestimentos
7. Cobertura
8. Esquadrias e vidros
Vidros.
9. Pinturas e tratamentos
10. Impermeabilizações.
Impermeabilização de lajes
m² Área real das lajes.
internas.
16.2.2. Os encargos incidentes e reincidentes são aqueles oriundos de incidência ou reincidência dos
encargos sociais básicos sobre outros, em conformidade com as obrigações legais.
16.2.4. A soma das taxas de Encargos Sociais corresponde ao percentual a ser aplicado sobre os
salários para a determinação dos custos de mão-de-obra.
16.2.5. Os índices ou taxas que compõem a taxa geral de encargos sociais são obtidos a partir das
disposições da legislação federal referente ao assunto, bem como através da aplicação de cálculos
utilizando parâmetros de referencia, bem como dados estatísticos relativos a cada assunto.
Nota: Sempre que houver mudanças na legislação referente ao assunto, é necessário fazer as
devidas correções ou adequações na aplicação dos percentuais e/ou no cálculo dos encargos sociais.
16.2.6. Os dados estatísticos que fazem parte dos cálculos de alguns índices dos encargos sociais
devem ser obtidos em fontes idôneas e reconhecidas como tal, de preferência instituições oficiais, e
devem ser obtidos com metodologia bem definida.
17. COMPONENTES DOS ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS
As “Leis Sociais” propriamente ditas, são compostas por percentuais de encargos sociais
básicos, as incidências e as reincidências que correspondem ao repouso semanal remunerado,
Porcentagem total que incide sobre o valor nominal da mão-de-obra operacional aplicada na
indústria de construções, quando se executam orçamentos pelo sistema de composições de preços
unitários:
“A taxa de leis sociais deve ser calculada em função da forma de contratação dos profissionais, o que
pode ser atestado através da carteira de trabalho do profissional, isto é:
• mensalistas - os valores dos próprios salários já incorporam alguns itens de custo, ou seja, o
repouso semanal remunerado e os feriados considerados como leis sociais. Para este caso considera-
se um total de 176 horas de trabalho por mês (20 dias úteis por mês x 8,8 horas de trabalho por
dia).
• horistas - não existe nenhum encargo embutido no salário hora, portanto, devendo ser considerado
no percentual de encargos sociais tanto o repouso semanal remunerado quanto os feriados que são
pagos aos empregados complementarmente. Por lei considera-se 220 horas de trabalho por mês,
sendo que 44 horas de trabalho por semana mais 8 horas de repouso semanal remunerado
(domingo).
• Encargos sobre a hora normal, é função das horas ou dias efetivamente trabalhadas, uma vez que
o salário, também é determinado pelas horas apropriadas mês a mês.
• Encargos sobre o salário mensal, não tem a ver com horas trabalhadas, já que o salário independe
destas, isto é, é fixo e igual nos doze meses do ano.
• Encargos sobre horas extras - são vários aspectos a adotar conforme o tipo de hora extra
considerado, isto é, dia normal, noturna, sábado, domingo, feriado, etc. Os percentuais a serem
aplicados sobre o salário por hora deverão ser estabelecidos pelos dissídios coletivos das categorias
profissionais. Porém, para os mensalistas, calcula-se o valor da hora extra, dividindo-se o salário
mensal por 220 horas.”
(ENGENHARIA DE CUSTOS - UMA METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO PARA OBRAS CIVIS - Paulo Roberto Vilela Dias, MSc)
Os itens abaixo discriminados também devem ser incluídos no calculo de Leis Sociais. Porem, cada
empresa deve adotá-los segundo seu critério, lembrando que o vale transporte e as refeições podem
ser parcialmente deduzidos do Imposto de Renda diminuídos as parcelas cobradas dos empregados:
Os encargos complementares não são fixos e dependem dos custos vigentes em cada local de
execução dos serviços e devem ser calculados segundo a fórmula a seguir, com o preenchimento das
seguintes anotações:
Conforme a Cláusula Terceira da Convenção Coletiva de Trabalho de Maio de 2010 (São Paulo/SP),
as empresas ficam obrigadas a fornecer aos seus empregados almoço completo ou ticket- refeição (e
jantar completo para empregado alojado na obra) ou cesta- básica ou ticket/vale/cheque
supermercado, subsidiados no mínimo em 95% do respectivo valor. Assim:
𝐶3 × 𝑁 × 0,95
𝑉𝑅 = [ ] × 100
𝑆
∑𝑛1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 + ⋯ ⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁 ] × 100
𝑆
Sendo:
N = numero de trabalhadores na obra.
S = salário médio mensal.
P1, P2, P3, .......Pn = Custo de cada um dos EPI.
𝑡
F1, F2, F3, .......Fn = Fator de utilização do EPI dado pela seguinte formula: 𝐹 =
𝑉𝑈
Sendo:
t = tempo de permanência do EPI a disposição da obra em meses.
VU = Vida útil do EPI em meses.
∑𝑛1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 + ⋯ ⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁 ] × 100
𝑆
Sendo:
N = numero de trabalhadores na obra.
S = salário médio mensal.
P1, P2, P3, .......Pn = Custo de cada uma das ferramentas manuais.
𝑡
F1, F2, F3, .......Fn = Fator de utilização das ferramentas manuais dado pela seguinte formula: 𝐹 =
𝑉𝑈
Sendo:
t = tempo de permanência das ferramentas manuais a disposição da obra em meses.
VU = Vida útil do EPI em meses.
Exemplo numérico
2×𝐶1 × 𝑁−(𝑆×0,06)
𝑉𝑇 = [ 𝑆
100] .......................................................................................8,286%
90−(90∗0,12)
𝑉𝐶 = [ ] × 100.....................................................................................6,62%
1.197,00
3.3 – Seguro
Sugerido por alguns autores..............................................................................1,00%
3.4 - EPI
N (Número de trabalhadores na obra) = 60
S (Salário médio Mensal)= R$900,00
Nota- O Cálculo pode ser feito individualmente para cada categoria, neste caso considera-se o
salário efetivamente pago.
∑𝑛
1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 +⋯⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁
] × 100 =.................................................. 32,57%
𝑆
NOTAS
1 - Os preços das ferramentas e EPI, bem como as respectivas vidas útil são hipotéticos, devendo
cada empresa fazer as sua próprias avaliações.
Salário R$ 1.197,00
Vale transporte (6% do Salário) R$ 71,82
VR (12% do valor do VR) R$ 10,80
INSS (8% do salário) R$ 95,76
Total a receber R$ 1.018,62
Atividade Avaliativa 06
1) De acordo com o exemplo apresentado, calcule o salário líquido, o valor da hora
trabalhada com e sem as leis sociais, dos trabalhadores cujo os salários estão informados
na convenção salarial apresentada.
(1 + 𝐴𝐶 + 𝐶𝐹 + 𝑀𝐼)
𝐵𝐷𝐼 (%) = {[ ] − 1} × 100
1 − (𝑇𝑀 + 𝑇𝐸 + 𝑇𝐹 + 𝐿)
(1 + 𝐴𝐶 + 𝐶𝐹)
𝐵𝐷𝐼 (%) = {[ ] − 1} × 100
1 − (𝑇𝑀 + 𝑇𝐸 + 𝑇𝐹 + 𝐿)
Onde:
AC – Administração Central
CF – Custo Financeiro
MI – Margem De Incerteza
TM – Tributos Municipais
TE – Tributos Estaduais
TF – Tributos Federais
L – Lucro
(http://www.crea-mg.org.br/publicacoes/Cartilha/Cartilha%20sobre%20BDI.pdf)
Em que:
AC é a taxa de rateio da administração central.
S é uma taxa representativa de seguros.
R corresponde aos riscos e imprevistos.
G é a taxa que representa o ônus das garantias exigidas em edital.
DF é a taxa representativa das despesas financeiras.
L corresponde à remuneração bruta do construtor.
I é a taxa representativa dos tributos incidentes sobre o preço de venda (PIS, Cofins,
CPRB e ISS).
BDI – Beneficio e Despesas Indiretas e uma taxa que se adiciona ao custo direto de uma obra ou
serviço para cobrir as despesas indiretas do executor, mais o risco do empreendimento, as despesas
financeiras incorridas, os tributos incidentes na operação, despesas de comercialização, o lucro do
empreendedor e o seu resultado e fruto de uma operação matemática baseados em dados objetivos
envolvidos em cada obra.
- A Administração, ao estabelecer as taxas correspondentes a cada um dos componentes do BDI,
deve justificar a origem das mesmas em função dos diferentes tipos e porte de obras e analisar e
exigir a qualificação e a quantificação de estrutura mínima das empresas que participam de uma
licitação.
- A taxa do BDI não pode estar sujeita a vontade subjetiva e arbitraria da Administração, dos
legisladores, dos órgãos de fiscalização e controle, como forma de tabelar o preço final do serviço a
ser contratado, sem uma clara demonstração de como foi composto e calculado, com total
transparência, garantida pela Constituição, pela legislação em vigor e pelas regras de conduta ética
profissional.
- O BDI adotado pela Administração para o calculo do “orçamento estimado” previsto nos artigos 6o,
7o e 48o da Lei no 8666/93 deve ser considerado apenas como um parâmetro de referencia para o
julgamento da licitação por parte da Comissão Julgadora.
- Para obras com projetos especiais, complexos ou de grande porte, recomenda-se calcular o BDI
especificamente para cada licitação, observado o porte das empresas concorrentes e as
peculiaridades físicas e técnicas de cada obra.
(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU) Figura 55 – Rubricas que compõem o BDI.)
𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100
Sendo:
NOTAS:
No numerador estão as taxas de Despesas Indiretas que são função dos Custos Diretos - CD.
Portanto não é possível obtermos as taxas de Despesas Indiretas sem conhecermos os Custos
Diretos.
Administração Central e um dos componentes de Despesas Indiretas relativas aos gastos com a
estrutura da sede central para execução de atividades específicas de direção geral da empresa com o
objetivo de alcançar os seus objetivos empresariais. A sua taxa e obtida através das demonstrações
contábeis e financeiras constantes dos balanços anuais da empresa.
Nas licitações publicas ou privadas, a empresa pode recorrer a dados históricos das demonstrações
contábeis relativas às despesas operacionais de sua sede central como parâmetro para o calculo da
taxa de BDI, menos as despesas financeiras e gastos com a comercialização que faz parte de outro
item na composição do BDI.
São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias a atividade da empresa e a
manutenção da respectiva fonte produtora, de acordo com a Lei no 4.506/64 e art.299 do Decreto
Lei no 3000/99.
As despesas operacionais podem ter variações de acordo com a estrutura funcional de cada empresa,
porém a Administração tem meios legais de equalizar os dados fornecidos pelas demonstrações
contábeis de um conjunto de empresas participantes de uma licitação e estabelecer critérios técnicos
para o calculo da taxa de Administração Central para integrar a composição analítica do BDI, abaixo
do qual, pode comprometer uma boa gestão do contrato.
INSTALACOES DA SEDE
Aluguel dos Imóveis (da sede central, oficinas, depósitos).
Mobiliários (estantes, mesas, cadeiras).
Cofres, arquivos e armários.
Sistemas de telefonia e banda larga.
Sistema de segurança pessoal e patrimonial.
Equipamentos de combate ao incêndio.
Decoração da sede.
Manutenção dos imóveis.
EQUIPAMENTOS
Computadores, monitores e laptops.
Copiadoras, impressoras e digitadoras.
Data show e aparelhos de som.
Maquinas de calcular e escrever.
Relógio de ponto e controle de entrada.
Aparelhos de ar-condicionado.
Copa (geladeira, fogão, cafeteira).
Televisão, rádio.
NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora Renata Silva Moura (71)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Telefones (fixos e celulares).
Veículos leves para fiscalização.
Picapes para pequenas cargas.
Pró-labore de Diretores.
Engenheiro de planejamento.
Engenheiro de produção.
Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Engenheiro gerente.
Engenheiro supervisor.
Engenheiros.
Gerente técnico.
Chefe de Escritório.
Gerente Administrativo Financeiro.
Gerente de Pessoal.
Gerente Financeiro.
Comprador.
Auxiliar de compras.
Técnico de Segurança do trabalho.
Técnico de Edificações.
Ornamentistas.
Secretarias.
Recepcionistas.
Auxiliar administrativo.
Auxiliar de almoxarife.
Cozinheira.
Copeira.
Encarregado de armador ( oficina central).
Encarregado de carpintaria (oficina central).
Enfermeiro.
Estagiários.
Motoristas.
Vigias e pessoal de segurança.
Zelador.
Auxiliares de limpeza.
Office-boys, etc.
ALIMENTACAO E TRANSPORTE
INSTITUCIONAL
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
Serviços Contábeis.
Assessoria Jurídica.
Serviços de vigilância.
Serviços de limpeza e higiene.
Manutenção de equipamentos de informática.
Manutenção de serviços de telefonia e comunicações.
Além desses gastos acima enumerados existem muitos outros gastos que podem ser computados
como despesas da Administração Central, porem fica a critério de cada orçamentista pesquisar e
computar esses gastos, caso hajam.
Depois de estabelecidos os parâmetros para cada porte de empresa fica mais fácil calcularmos o
Rateio da Administração Central para aquela determinada obra especifica.
São despesas claramente definidas para atender determinadas obras pagas total ou parcialmente
pela Administração Central.
𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠
𝐷𝐸𝐴𝐶 = =
𝐶𝐷
Onde:
DECA = Despesas específicas da Administração Central
CD = Custo direto.
Exemplos:
As situações previsíveis podem ser: época das chuvas, evolução das taxas inflacionárias, evolução
dos juros do mercado, história de atrasos no pagamento por parte da contratante, baixa
produtividade de mão-de-obra em determinadas regiões, etc.
No regime de empreitada por preços unitários, os parâmetros que podem variar são os seus
quantitativos, mas os preços unitários são predeterminados, a não ser as variações definidas pelos
índices de reajustes previstos no contrato. Portanto, qualquer variação nos preços decorrentes de
fatores previsíveis ou erros involuntários na elaboração do orçamento é de responsabilidade da
contratada.
No regime de empreitada por preço global, a contratada assume inclusive os riscos de um eventual
erro nos quantitativos, tenham ou não sido levantados pela contratante, cuja aferição é também de
responsabilidade da contratada, e portanto assume riscos maiores.
Esses riscos devem ser avaliados e suas taxas ser estipuladas em função do tipo de contrato,
empreitada por preços unitários ou preço global, e em função da maior ou menor complexidade das
obras e a experiência do construtor no ramo, e podem variar de 0,5% a 5% do total dos custos.
Podem ser consideradas para efeito de definição da taxa de risco as seguintes circunstâncias:
a) Na implantação: divergências na topografia original, discrepâncias nos dados do sub-solo para
efeito de fundação, necessidades de contenções e estabilizações não-previstas.
A taxa de despesa financeira, é devida para pagamentos a prazo e compreende, uma parte pela
perda monetária decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita
correspondente e a outra parte, de juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo
executor.
Sendo:
22.8. TRIBUTOS
São tributos obrigatórios que incidem sobre o faturamento ou lucro das empresas dependendo da
sua opção contábil-+.
No caso dos tributos PIS e COFINS, tanto do optante do Lucro Presumido quanto do Lucro Real, as
alíquotas incidem sobre o valor do faturamento, porem, com percentuais diferentes.
Com relação ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social Sobre O Lucro Líquido),
no caso do Lucro Presumido, os tributos incidem sobre o faturamento, mas no Lucro real os tributos
incidem sobre o lucro obtido no balanço da empresa.
Na opção pelo Lucro Presumido com a aplicação de materiais (obras), a alíquota de 15,0% do IRPJ
incide sobre a previsão de lucro de 8,00%, dando uma taxa de 1,50% a ser aplicada sobre o
faturamento e a alíquota de 9,00% da CSLL é aplicada sobre a previsão de lucro de 12,0% dando
uma taxa de 1,08%, também aplicada sobre o faturamento, nos casos em que o faturamento
trimestral da empresa não ultrapasse R$ 60.000,00. Acima desse valor há um adicional de 10,00%
(total de 25,0%) de IRPJ aplicado sobre o faturamento mensal que exceder os R$ 20.000,00 (art. 3o
da Lei no 9.249/95) ou trimestral de R$ 60.000,00.
Ainda, no Lucro Presumido, sem a aplicação de materiais, como e o caso de serviços de consultoria e
projetos, a alíquota de 15,0% é aplicada sobre uma previsão de lucro de 32,0%, resultando em
4,80% e a alíquota de 9,00% da CSLL é aplicada também sobre o lucro de 32,00%, resultando numa
Na opção pelo Lucro Real, a alíquota do IRPJ e de 15,00% sobre o lucro apurado e na CSLL a
alíquota é de 9,00%, também sobre o mesmo lucro apurado, sem distinção de se e com ou sem
material. Para cada R$ 20.000,00 mensal que exceder o lucro, haverá um adicional de 10,00% de
IRPJ (25,0% ao invés de 15,0%) que são compensados automaticamente em cada período de
apuração.
A legislação tributaria prevê duas situações diferentes no computo das taxas do IRPJ e da CSLL na
composição do BDI em função das diferenças na base de cálculo desses tributos.
A Lei de Licitações, exige que numa licitação pública deve ser observado o princípio constitucional de
isonomia entre os concorrentes de diferentes opções contábeis e que os dados a serem apresentados
no instrumento convocatório sejam transparentes e objetivos( art. 3o da Lei no 8666/93).
Para que não venha a haver quebra no principio de isonomia garantida pela Constituição Brasileira,
existem as seguintes alternativas para contornar essas divergências, quando da apresentação da
composição das taxas do BDI:
a) Adotar as mesmas taxas de IRPJ e CSLL do Lucro Presumido, independentemente de serem Lucro
Presumido ou Lucro Real.
b) Calcular as taxas de IRPJ e a CSLL no Lucro Real com a mesma base de cálculo da taxa de lucro
atribuída para o Lucro Presumido e lançá-los nos campos correspondentes a esses dois tributos.
c) Se preferir não lançar as taxas desses dois tributos nos seus campos específicos para o cálculo do
BDI, somá-los a taxa de lucro considerado, de acordo com o conceito contábil de “Lucro Bruto antes
do Imposto de Renda”.
Trata-se de um tributo municipal cobrado pela prestação de serviços no local de execução da obra ou
do serviço.
A regulamentação do ISS e atribuição do legislativo municipal e dependendo da prefeitura a alíquota
vai de 2,0 % a 5,0 % sobre a despesa de Mao de Obra no local de execução da obra. Nas faturas de
serviços de execução devera haver a menção explicita de que houve a utilização de materiais e deve
estar indicado o valor ou o percentual correspondente a parcela de Mao de obra aplicada.
No Município de São Paulo a alíquota do ISS e de 5,0 % sobre a parcela de Mao de Obra aplicada.
OBS.: Para as faturas dos contratos de obras ou serviços com fornecimento de materiais a alíquota e
aplicada somente sobre a parcela de serviço (mão de obra) utilizada no município onde o serviço e
prestado. Portanto se a sede da empresa fica em outro município inclusive deve ser desconsiderado
o BDI.
No caso das Micro Empresas ( ME ) e Empresas de Pequeno Porte ( EPP )que sejam beneficiários do
Regime Tributário Simplificado, as taxas a serem consideradas são únicas para IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS e ISS e dependem do valor da Receita Bruta obtida nos 12 meses do exercício anterior
conforme a seguinte tabela constante do ANEXO IV da Lei Complementar no 123 de 14.12.2006
conforme segue:
RECEITA BRUTA ANUAL ALÍQUOTA
Ate 120.000,00 4,50 %
De 120.000,01 a 240.000,00 6,54 %
De 240.000,01 a 360.000,00 7,70 %
De 360.000,01 a 480.000,00 8,49 %
De 480.000,01 a 600.000,00 8,97 %
De 600.000,01 a 720.000,00 9,78 %
De 720.000,01 a 840.000,00 10,28 %
De 840.000,01 a 960.000,00 10,78 %
De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51 %
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00 %
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80 %
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25 %
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70 %
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15 %
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60 %
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05 %
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50 %
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95 %
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40 %
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85 %
OBS. - No caso de obras e serviços de construção civil, alem do imposto único deve ser pago o INSS
separadamente como no Lucro Presumido ou no Lucro Real.
22.8.4.1. - Comparação dos tributos do SUPERSIMPLES com os tributos do lucro presumido e lucro real
É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes a
comercialização do produto mais as reservas de contingência ocorridas num determinado período dividido pelo
faturamento global no mesmo período.
Quando falamos em lucro como componente do BDI, precisamos saber de que lucro estamos falando
perante a legislação em vigor.
Lucro Bruto: diferença positiva entre Receitas e Despesas (Art. 278 - RIR/99);
Lucro Operacional: diferença positiva entre lucro bruto e despesas operacionais;
Lucro não Operacional: resultado positivo das receitas e despesas não operacionais;
Lucro Liquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e o não operacional
(art. 247 RIR/99);
Lucro a ser distribuído: lucro liquido menos a Reserva de Lucros ou compensada com
Prejuízos Acumulados.
Alem disso a legislação tributaria brasileira criou , entre outros, mais duas modalidades de Lucro que
vão compor o BDI:
Portanto quando falamos de Lucro na composição do BDI para empresas optantes do Lucro Real não
é simplesmente o Lucro Liquido, mas devem ser consideradas todas as adições e exclusões referidas
nos artigos 249 e 250 do Decreto 3.000/99 de modo que o estabelecimento da sua taxa não possa
ser feita ao sabor da subjetividade.
O Lucro aqui considerado não se trata apenas do rendimento liquido resultante das operações que
envolvem os gastos da empresa, mas incorporam os gastos não previstos nas adições e exclusões
que definem o conceito de lucro liquido, previstos na legislação pelo Decreto no 3.000/99 - Art. 247.
E por isso que a sabedoria de alguns empresários do passado preferiram chamar esse tipo de “Lucro”
de “Beneficio” para diferenciar do conceito de lucro liquido, sem as obrigações empresariais inerentes
a sua responsabilidade econômica e social.
Finalmente, podemos considerar que devido aos enormes riscos financeiros envolvidos numa
empreitada de construção, os benefícios embutidos a que já nos referimos e a sua complexidade em
estabelecer parâmetros matemáticos que possam chegar a algum numero objetivo e considerando
que o significado do Lucro a ser utilizado na composição do BDI , no caso de empresas optantes do
Lucro Real, tem no seu conteúdo componentes que extrapolam a simples conceituação do Lucro
liquido com todos os ajustes, adições e exclusões constantes do Decreto no 3.000/99, e,
considerando o valor médio de todas as avaliações apresentadas pelos vários setores interessados,
pode-se concluir que a taxa de Lucro na composição do BDI fica em torno de 10,0 % ( dez
por cento) qualquer que seja o tipo e montante da obra considerada, podendo ter
variações de 5,0%( cinco por cento) para mais ou para menos.
O BDI depende de vários fatores que influenciam na sua determinação, em função do porte da
empresa, do valor do contrato, prazos de execução, etc. Vamos apresentar a seguir uma série de
simulações mais próximas da realidade, diferenciando-as pelo porte das empresas e relacionando-as
à capacidade de atender aos vários níveis de valores de contratação, previstos na Lei de Licitações
(Lei Federal nº 8.666/93).
Para facilitar a compreensão dos próximos exercícios e para não ser repetitivo com relação a alguns
dados que vamos empregar, apresentamos a seguir várias informações resumidas e parâmetros
comuns que poderão ajudar o entendimento e o raciocínio do orçamentista.
1.2. PORTE DAS EMPRESAS
Uma vez definido o porte, imaginemos para cada uma delas a menor estrutura técnica e
administrativa factível (administração central), abaixo da qual pode comprometer o bom
desempenho da execução de uma obra de construção em matéria de prazo, qualidade e
eventualmente de segurança.
Para o cálculo dos custos indiretos referentes ao Custo Específico da Administração Central e rateio
da Administração Central, vamos adotar para os nossos exercícios números arredondados próximos
do MENOR VALOR DO MERCADO DE SALÁRIOS. Entretanto, a empresa ou o órgão público licitante,
para o seu uso particular, poderá adotar os seus salários reais atualizados para a época do
orçamento.
SALÁRIO DO PESSOAL INTEGRANTE DOS CUSTOS INDIRETOS
Como participante de obras públicas, todos os procedimentos administrativos estão vinculados à Lei
Federal nº 8.666/93 e, assim, vamos também adotar a mesma classificação de limites de licitação
estabelecidas na Lei. A empresa deverá estabelecer a sua política de participação em uma, duas ou
em todas as modalidades de licitação.
O valor-limite para DL é de R$ 15.00,00, porém, se a licitante for uma agência executiva, isto é, um
órgão do governo que tem como uma das funções a execução de obras, o limite dobra para R$
30.000,00 (parágrafo único do Art. 24 da Lei nº8.666/1993).
Para facilitar o nosso raciocínio, vamos criar uma correspondência lógica entre o porte das empresas,
tipo de contrato, valor do CD, prazo de execução e quantidade de pessoal de obra (CD). A
quantidade de pessoal representa o custo de 40% do PV, e considerada a média dos pisos salariais
de serventes e trabalhadores qualificados.
Para calcular o Custo Direto da obra conforme as instruções da Metodologia para o Cálculo dos
Custos Diretos, devemos estabelecer alguns parâmetros de custos mínimos a fim de calcular os
Encargos Complementares sobre a mão-de-obra, custos da Administração Local e outros custos
considerados diretos.
Os salários dos trabalhadores obedecerão ao piso salarial definido pelo dissídio coletivo da
categoria.
Adotamos para o piso salarial de servente o valor de R$ 820,10 e o de trabalhador
qualificado, de R$ 990,00, de acordo com o último Dissídio Coletivo sindical de cada região.
O custo do pessoal da produção será de 40,0% do custo direto da obra.
Consideramos um servente para cada trabalhador qualificado.
A taxa de encargos sociais adotados para os trabalhadores horistas é de 183,86%, de acordo
com a Leis Sociais e Encargos Complementares da nossa "Metodologia de Cálculo de Custos
Diretos" do Instituto de Engenharia.
Os encargos complementares foram calculados conforme fórmulas apresentadas na
"Metodologia", podendo ser o percentual revisto de acordo com a realidade da obra e do
momento.
Dias úteis considerados é de 22 dias por mês.
O custo do transporte corresponde ao de ônibus urbano na cidade de São Paulo no valor de
R$ 3,00 por viagem.
O custo do café da manhã foi calculado em R$ 7,82, constituído por um pingado (copo de
leite com café), dois sanduíches de pão francês com margarina e queijo, mais uma fruta da
época.
Todo funcionário recebe um Vale-Refeição no valor de R$ 12,50, que é o valor estabelecido no
Dissídio Coletivo da categoria (SINDUSCON-SP).
Calcular os custos da instalação do Canteiro de Obras de acordo com projeto especialmente
estudado para essa obra, constituído por construção de instalações provisórias de escritório,
almoxarifado, refeitórios, vestiários, sanitários, completos com iluminação, móveis e etc.
OBS.: Nos Custos Diretos das obras deverão ser também computados os custos decorrentes das
exigências contidas nas normas regulamentadoras de segurança NR-18para obras com mais de 20
trabalhadores.
O cálculo do BDI obedece à "Metodologia de Cálculo do BDI" do IE, o que permite transparência e
adoção de parâmetros dentro da atual legislação tributária, fiscal e contábil, além de possibilitar a
colocação de dados atualizados do mercado, de modo a não deixar qualquer dúvida na sua
formulação e no resultado final obtido.
Rateio da Administração Central - São os custos indiretos que oneram a administração central da
empresa proporcionais ao valor do contrato e ao prazo da obra.
Os salários dos funcionários da Administração Central são aqueles próximos dos sugeridos no
quadro anterior.
As Leis Sociais adotados é de 78,33% para mensalistas.
As despesas com refeição e transportes são as fixadas no Dissídio coletivo da categoria na
forma de vales ou, no caso das refeições, fornecidas diretamente nos refeitórios da empresa.
Eventuais seguros são calculados em função dos gastos reais ou da inclusão do pró-labore
dos sócios ou dos diretores da ativa.
Custo de transporte do engenheiro foi considerado o uso do seu veículo particular e
pagamento da quilometragem a R$ 0,67/km.
Computar todas as despesas envolvidas na Administração Central menos os custos com a
comercialização, que é contabilizado separadamente.
Dias úteis de trabalho será de 22 dias ao mês.
Adotar as fórmulas apresentadas no Regulamento.
Despesas Específicas da Administração Central – São despesas indiretas de uma determinada obra,
debitadas à administração central e não entram no seu rateio geral. São elas:
A despesa financeira não muda em função da modalidade de contrato, pois está relacionada com a
forma de pagamento da fatura e não com o valor da venda.
Assim, vamos considerar inflação de 0,5 ao mês, juros de capital de giro de 3,0% tomado em banco
e pagamento a 30 dias da medição. Temos:
𝒏 𝒏
𝒇 = [(𝟏 + 𝒊)𝟑𝟎 × (𝟏 + 𝒋)𝟑𝟎 ] – 𝟏 =
Sendo:
f = custo financeiro do capital de giro;
i = taxa de inflação média do mês;
j = taxa de juros bancários por mês;
n = prazo de pagamento em dias.
OBS.: Não foram considerados na fórmula os custos financeiros decorrentes da proibição de
reajustar os contratos durante cada período de 12 meses, determinados pelo Plano Real.
30 30
f = [(1 + 0,005)30 × (1 + 0,03)30 ] – 1 = 3,52%
Trata-se de uma taxa a ser estabelecida pelo proponente, levando-se em conta o grau de
confiabilidade do projeto básico, seus detalhes, quantitativos, erros e omissões contidos na planilha
de custos diretos, etc.
As taxas de risco podem variar de 0,5% a 5,0% do valor dos Custos Diretos.
Portanto, 0,5 ≤ R ≤ 5,0
1.7.2.2. TRIBUTOS
Consideremos os seguintes tributos incidindo sobre o valor de venda:
OBS.:
(1) Mínimo de 1,50% para uma expectativa de lucro de 10,00%.
(2) Mínimo de 0,90% para uma expectativa de lucro de 10,00%.
(3) Considerando 40,00% de mão-de-obra do total da fatura.
As despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou Custos Indiretos,
inclusive nos custos da administração central rateados para essa obra específica e, portanto, deverão
ser calculados em separado.
São empresas cadastradas como ME ou EPP, cujo limite de faturamento anual é até R$2.400.000,00.
Trata-se de uma situação diferente das licitações normais regidas pela lei. 8.666/93, pois obedece
aos critérios estabelecidos pela lei Complementar de 2006, que instituiu o Estatuto Nacional da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte e estabeleceu ao mesmo tempo o Regime Simplificado de
Tributação, ou tributo único mais o INSS, no caso da Construção Civil.
HIPOTESES:
Vamos considerar uma obra com Custo Direto – CD de R$ 30.000,00 a ser executada em 30 dias,
compatível com ME e com o EPP. A obra é uma pequena edificação onde serão utilizados os
seguintes trabalhadores: um encarregado, um pedreiro (ou carpinteiro), ou um encanador (ou
eletricista) e dois serventes, porém a média de trabalhadores no período é de quatro pessoas, que
desenvolverão suas respectivas especialidades.
Vamos considerar também que a obra fica próximo à sede e os trabalhadores pertencem ao quadro
permanente da empresa e não tomam condução para se deslocar de suas residências até o local de
trabalho.
Estando a obra próximo à sede, sua administração será feita diretamente do escritório central pelo
próprio dono da empresa e, neste caso, não haverá as despesas específicas da Administração
Central.
Em primeiro lugar vamos levantar todas as despesas que envolvem a Administração Central.
Pessoal:
PRÓ-LABORE de sócios:
Sócio (só um executivo) R$ 5.000,00 x 1,20 (INSS 20%)............................................R$ 6.000,00
Demais Despesas:
Aluguel (+IPTU, taxas e etc.).....................................................................................R$ 900,00
Escritório de Contabilidade ........................................................................................R$ 300,00
Consumo (água, luz, telefone e etc.)...........................................................................R$ 450,00
Despesas de escritório...............................................................................................R$ 300,00
TOTAL ...............................................................................................................R$ 14.152,31
Para o cálculo do Rateio da Administração central é preciso saber outros parâmetros da empresa,
tais como o número de obras em execução, seu faturamento mensal e anual e etc.
𝐷𝑀𝐴𝐶 × 𝐹𝑀𝑂 × 𝑁
𝑅𝑎𝑐 = × 100 =
𝐹𝑀𝐴𝐶 × 𝐶𝐷𝑇𝑂
Onde:
14.152,31 × 40.000,00 × 1
𝑅𝑎𝑐 = × 100 = 15,72%
120.000,00 × 30.000,00
2 - Cálculo do BDI:
𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100
Sendo:
Usando os mesmos parâmetros anteriores de utilização de mão de obra, teríamos neste caso em
média 80 operários na produção, distribuídos conforme os tipos de serviços executados no prazo de
24 meses.
ADMINISTRAÇÂO CENTRAL
a) Despesas específicas
PESSOAL
Numa obra desse porte torna-se imprescindível ter um Engenheiro Coordenador em tempo integral
(não é o engenheiro residente da obra), que, além de cuidar do apoio técnico e administrativo,
precisa manter as relações gerenciais e comerciais com o cliente, geralmente estabelecido na Capital
do Estado ou, quando não, a uma grande distância da sede central da empresa prestadora de
serviços.
Geralmente esse Engenheiro Coordenador tem que fazer pelo menos uma visita por semana para
acompanhar o progresso da obra e participar de reuniões com o Engenheiro Residente e outros
auxiliares para tomar as providências necessárias ao seu bom andamento, além de atender à
fiscalização da obra.
Engenheiro Coordenador – Visita à obra na abertura e no encerramento e a cada 7 dias,
durante os 24 meses. Permanência de um dia na obra mias um dia de viagem. Hospedagem
de um dia no local, mais refeições. Demais dias no relacionamento com o órgão (projetos,
medições, pagamentos e etc.) e na coordenação de apoio técnico e logístico da obra.
OUTRAS DESPESAS
Despesas do engenheiro
Quilometragem:
2(ida e volta) ×400km(distância média)×4 (semanas mês)×24 (obra)×R$ 0,67 (pagamento km)=
--------------------------------------------------------------------------------------------R$ 51.456,00
Hospedagem:
Pedágios:
Transporte em ônibus:
Despesas específicas
81.120,00
𝐼2 = = 0,81%
10.000.000,00
obs.: Não estão computadas aqui eventuais viagens do supervisor administrativo, do comprador ou
do pessoal da área de apoio técnico à obra.
Vamos considerar uma empresa que fature cerca de R$ 5.000.000,00 por mês.
Para uma obra de R$ 15.000.000,00 (supondo-se um BDI de 50%) a ser executada em dois anos, o
faturamento médio mensal seria de R$ 625.000,00.
Vamos considerar a seguinte estrutura básica da administração central e os seus respectivos custos
mensais:
PESSOAL
Orçamentista--------------------------------------------------------------------------------------- 5.000,00
Secretária ------------------------------------------------------------------------------------------2.500,00
Recepcionista/telefonista --------------------------------------------------------------------------1.000,00
Comprador -----------------------------------------------------------------------------------------4.000,00
Assistente de Compras ----------------------------------------------------------------------------2.000,00
Boy ----------------------------------------------------------------------------------------------------400,00
Subtotal -------------------------------------------------------------------------------------------74.900,00
Subtotal------------------------------------------------------------------------------------------133.569,17
Pró-labore (2diretores)----------------------------------------------------------------------------20.000,00
INSS 20%-------------------------------------------------------------------------------------------4.000,00
TOTAL---------------------------------------------------------------------------------------------157.569,17
OUTRAS DESPESAS
IPVA/licenciamento/seguros/ ----------------------------------------------------------------------6.000,00
Refeições (26 pessoas) ----------------------------------------------------------------------------4.576,00
Transportes----------------------------------------------------------------------------------------- 2.288,00
TOTAL ---------------------------------------------------------------------------------------------49.964,00
TOTAL (Pessoal + despesas gerais) =--------------------------------------- R$207.533,17/mês
207.533,17 × 625.000,00 × 24
𝑅𝐴𝑇𝐸𝐼𝑂 − × 100 = 6,22%
5.000.000,00 × 10.000.000,00
CÁLCULO DO BDI
𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100
Sendo:
Atividade Avaliativa 07
1) Quais são os componentes do BDI?\q
2) O que diferencia as despesas diretas das indiretas?
3) Qual a diferença entre preço de custo e de venda?
4) Calcule o BDI considerando:
Administração Central = 12%
Risco do empreendimento. = 1%
Custo financeiro do capital de giro. = 2,20%
Tributos federais e municipais = 13,65 %
Despesas de comercialização = 2,00
Lucro = 10%
12.6.1. A composição de custo unitário de um determinado serviço é representada por uma planilha
contendo todos os insumos que compõem o serviço, com seus respectivos consumos ou coeficientes
de produtividade e utilização dos respectivos preços unitários.
12.6.2. Para as composições analíticas de serviços a utilização dos insumos com os respectivos
coeficientes de produtividade e de consumo, devem ser estabelecidos a partir de parâmetros teóricos
disponíveis e aferidos através de apropriação dos serviços nas suas próprias obras de construção.
12.6.3. Admite-se o uso de composições de serviços, com seus respectivos coeficientes de
produtividade ou utilização de insumos, quando forem provenientes de sistemas orçamentários já
consagrados no meio técnico. Entretanto, os custos obtidos por seu intermédio devem ser tratados
como estimativos. Para que sejam considerados como referenciais, devem ser aferidos e validados
através de apropriação de dados em campo, ou seja, nas obras, durante o ciclo de execução das
mesmas, ate a sua desmobilização.
12.6.5. As unidades dos serviços devem ser as unidades constantes no Sistema Métrico Decimal
adotado no Brasil.
12.6.6. A composição analítica de custo unitário de um serviços deve conter os seguintes elementos
componentes:
Insumos bem caracterizados, conforme especificações técnicas;
(1) Para a execução de escavação de solo para vigas de fundação, o único insumo é a mão-
de-obra (servente), sendo estimado um consumo de 4 horas para cada m3 escavado:
Item Insumo Quantidade Unit. Custo Unit. (R$) Custo Parcial (R$)
1 Servente 4,00 h 5,03 / h 20,12
Importante:
a) Cimento e areia medidos secos e soltos. Cal hidratada medida em estado pastoso
firme.
b) Para cada m3 de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água limpa.
c) Considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de taxa de
quebra.
d) No caso de tijolos furados, considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos
materiais para argamassa de assentamento.
e) Os pesos específicos considerados para os diferentes materiais são médias estimadas.
f) Existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas
argamassas, entre eles: impermeabilizantes, adesivos, aceleradores de pega,
retardadores de pega, plastificantes, controladores de fissuração, etc. Recomendamos
que consulte o fabricante dos aditivos para definição dos traços das argamassas a serem
aditivadas e a especificação e proporção do aditivo a ser utilizado.
No mercado pode ser encontrada alguma literatura sobre o assunto, mas a mais conhecida é a TCPO
- Tabela de Composição de Preços da PINI, onde podem ser encontrados os parâmetros de
quantitativos e horas necessárias para as composições dos principais serviços utilizados na
construção civil e predial.
Os parâmetros que expressam os quantitativos e taxas horárias de pessoal e equipamentos na TCPO
dão uma idéia bastante próxima da realidade, mas as empresas de construção tradicionais e bem
estruturadas costumam avaliá-los através de constante Apropriação Analítica de Custos da Obra
realizada, de modo a ter maior segurança na sua política de preços
Atividade Avaliativa 08
Adotando um BDI de 30% e considerando as L.S = 129,34 calcule as composições a seguir
Preço
Código Descrição Un. Clas. Coef. Total (R$)
Unit(R$)
Mão de Obra:
Valor LS (129,34%) :
*Valor BDI :
CONTEÚDO DO SERVIÇO
Consideram-se material e mão de obra para execução do revestimento descrito sobre base previamente
preparada.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
NORMAS TÉCNICAS
NBR13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante - Procedimento (Mês/Ano: 12/1996)
NORMAS TÉCNICAS
NORMAS TÉCNICAS
NORMAS TÉCNICAS
NBR13818 - Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios (Mês/Ano: 04/1997)
NORMAS TÉCNICAS
Preço Total
Código Descrição Un. Clas. Coef.
Unit(R$) (R$)
Mão de Obra:
Valor LS (129,34%) :
*Valor BDI :
Considera-se mão de obra para remoção do revestimento cerâmico e deposição em área lateral contígua.
Preço
Código Descrição Un. Clas. Coef. Total (R$)
Unit(R$)
Mão de Obra:
Valor LS (129,34%) :
*Valor BDI :
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
NORMAS TÉCNICAS
Dispõe o normativo que o custo de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços
de obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir de composições de custos
unitários menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de
referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil –
Sinapi.
No caso de obras de infraestrutura de transportes, o custo de referência será obtido a partir das
composições dos custos unitários do Sicro, sistema cuja manutenção e divulgação cabe ao
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Em muitas circunstâncias, os serviços a serem orçados não estarão contemplados nas referidas
tabelas de custos. Assim, o Decreto 7.983 prevê que, no caso de inviabilidade da definição dos
custos pelo Sinapi (ou Sicro) poderão ser utilizados dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, em publicações
técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.
9.1.1.9. [...], adotar, nesta ordem, os seguintes critérios para avaliação dos preços referenciais
máximos permitidos:
federal citam-se as tabelas do Dnocs e da Codevasf. Também existem diversos sistemas referenciais
de
preços mantidos por órgãos/entidades estaduais e municipais, por exemplo:
– Prefeitura de SP;
Desse modo, o Decreto 7983/2013 dispõe que, na elaboração dos orçamentos de referência, os
órgãos
elaboração das respectivas composições de custo unitário, desde que demonstrada a pertinência dos
ajustes
para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado em relatório técnico elaborado por profissional
habilitado.
É importante ressaltar que a legislação em vigor não se refere aos valores do Sicro e do Sinapi como
limites absolutos de preços e sim como parâmetros referenciais. Assim, o Decreto 7983/2013 institui
que
forma, o orçamentista pode utilizar valores superiores aos do Sinapi, exigindo o citado Decreto
apenas que