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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE


DE MINAS - Engenharia Civil

Notas de Aula

Administração, Gerenciamento e Custos da Construção


Civil

Prof.ª Renata Silva moura


Engenheira Civil

prof.renata.engenharia@gmail.com
WhatsApp – (38) 998928404

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (1)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Administração, Gerenciamento e Custos da Construção Civil


Ementa
Documentos de obra. Orçamentos: paramétrico, operacional, detalhado e para
incorporações (NBR 12.721). Composições unitárias de custo. Benefício e despesas
indiretas. Planejamento de obras. Cronograma físico-financeiro. Características da indústria
da Construção Civil.

Objetivo
Geral: Desenvolver em seus alunos a competência e a consciência necessária à intervenção
da Engenharia Civil no contexto social, através da prática coerente dos princípios éticos,
respeitando o ser humano e o meio ambiente.
Específico: Propiciar capacidades e habilidades técnicas para o planejamento físico e
financeiro de obras.

Conteúdo Programático
*Documentos de obras e análise de editais.
*Orçamentos: paramétrico, detalhado, operacional (conceitos, obtenções e uso).
*Orçamento detalhado: composições unitárias de custo. medições de insumos.
*Benefício e Despesas Indiretas (conceito, fixação e particularidades).
*Leis sociais e Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1.993.
*NBR 12721 - Incorporação de imóveis. Custo Unitário Básico (CUB).
*Características da Construção Civil - produtividade, mão de obra.
*Qualidade na construção civil.
*Planejamento, programação e cronogramas de obras.

Metodologia
Aulas expositivas, incluindo a discussão sobre cada conteúdo. Trabalhos práticos em
atividades intra e extraclasses.

Estrutura De Apoio
Data-show (projetor multimídia). Retro-projetor. Notas de aula e Quadro de Pincel.

Avaliação
75 pontos de Provas, Sendo: A1 = 30 pontos A2 = 45 pontos
25 pontos de trabalhos (planilhas e memória de cálculo)

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Professora Renata Silva Moura (2)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Outras Atividades
Visitas em obras - medição de serviços realizados

Bibliografia

BÁSICA:
 GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil
brasileira. São Paulo: Pini, 1997.
 TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução.
São Paulo: Pini, 2006.
 MASCARÓ , J. L. O custo das decisões arquitetônicas. Porto Alegre: Sagra, 1998.
COMPLEMENTAR:
 Revista Concreto e Construções.
 COÊLHO , Ronaldo Sérgio de Araújo. Orçamento de obras prediais. São Luís: Editora
da UFMA, 2001
 NBR12721-28/0/2006 Avaliação de custos unitários de construção para incorporação
imobiliária e outras disposições para condomínios e edifícios-Procedimento.
 IBAPE - MG - Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias em Engenharia.
 Revista Téchne - Editora PINI.
 Revista Equipe de Obra - Editora PINI.
 Revista Construção Mercado - Editora PINI.
 TCPO 14 - Editora PINI
 Lei Federal nº 8.666/93
 Lei Federal nº 5.194/1966

IMPORTANTE:
As informações contidas neste material são retiradas das referências bibliográficas
para a disciplina, da Lei de Licitações e Contratos (Lei Federal nº 8.666/93), da
cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras
Públicas do Tribunal de Contas da União (TCU), dentre outras, cujo a maioria dos
textos estão referenciados.

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Professora Renata Silva Moura (3)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Introdução

Antes de realizar qualquer empreendimento nós, engenheiros, temos que nos preocupar
com o custo do mesmo. O mercado da construção civil ao longo dos anos vem sofrido
variações, cominando a uma busca de racionalização dos processos construtivos e a
previsão os custos se tornou imprescindível.
“A tarefa de calcular a remuneração de serviços de Engenharia exige uma série de requisitos que não
se restringem apenas a uma questão eminentemente técnica, envolvendo necessidade de
conhecimentos que vão desde a legislação profissional, legislação tributária e fiscal, conhecimento do
mercado de materiais e de mão-de-obra, no seu mais amplo sentido.
O sucesso ou o fracasso de uma atividade profissional de Engenharia depende da forma como
estabelecemos a cobrança dos honorários profissionais ou da remuneração pelos serviços que
prestamos aos clientes, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas, privados ou públicos.

Num regime competitivo como em que vivemos na atualidade, se não tivermos um conhecimento
adequado e suficiente na forma de calcular o orçamento ou os honorários, corremos o risco de
darmos preços excessivamente elevados e fora da realidade do mercado e, portanto, deixarmos de
contratar com o cliente, ou darmos um preço insuficiente para cobrir os custos incidentes e ter
grandes prejuízos, podendo até acarretar o encerramento das atividades.

Por outro lado, no caso específico da Administração Pública, se os orçamentos não forem bem feitos
e não representarem a realidade da obra e do mercado, correm também um sério risco de trazerem
conseqüências indesejáveis, tais como baixa qualidade dos serviços, atrasos ou paralisações de obra,
aditivos contratuais, recursos e ações judiciais, etc., que podem levar a incalculáveis prejuízos para o
erário público. É preciso também diferenciar propostas de orçamento e de remuneração feitas à
particulares daquelas feitas aos órgãos públicos.

No primeiro caso, pode-se contar com uma certa flexibilidade no trato deste assunto em razão de
não estar sujeito às exigências determinadas pela Lei de Licitações, permitindo um grau maior de
liberdade para negociações, que podem conduzir a um resultado que atenda aos interesses de
ambas as partes.

Além disso, pelo caráter restrito que caracteriza esse tipo de contratação, muitas vezes o que
predomina mesmo é o relacionamento entre as partes e a experiência profissional da eventual
contratada, além, evidentemente, do preço aceitável para ambas as partes.

O segundo caso existe uma norma geral que rege todas as contratações em qualquer nível de
governo, seja administração direta ou indireta, onde a contratante é obrigada a segui-la, chamada
Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93).Por essa Lei, uma vez apresentada a proposta e se for a
vencedora, não poderá haver arrependimento, sob pena de pesadas multas e impedimento de
participar de outras licitações por um período. Portanto, em poucas palavras, é proibido errar.

Desse modo é preciso estudar e analisar profundamente os custos diretos e indiretos envolvidos,bem
como todas as incidências de impostos, taxas, seguros, despesas financeiras, grau de risco, etc.”
(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini,
2006.)

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Responsabilidade do orçamentista perante a Legislação


brasileira
LEI Nº 5.194, DE 24 DEZ 1966

Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades


Art. 7º- As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do
engenheiro-agrônomo consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais,
autárquicas e de economia mista e privada.
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas,
transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e
agropecuária.
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação
técnica.
d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios.
e) fiscalização de obras e serviços técnicos.
f) direção de obras e serviços técnicos.
g) execução de obras e serviços técnicos.
h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Art. 8º- As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas "a", "b", "c", "d", "e" e "f" do
artigo anterior são da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas.
Parágrafo único - As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer as
atividades discriminadas no Art. 7º, com exceção das contidas na alínea "a", com a
participação efetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e registrado
pelo Conselho Regional, assegurados os direitos que esta Lei lhe confere.

Art. 12 - Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e
de economia mista, os cargos e funções que exijam conhecimentos de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, relacionados conforme o disposto na alínea "g" do Art. 27,
somente poderão ser exercidos por profissionais habilitados de acordo com esta Lei.

Art. 13 - Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de Engenharia, de


Arquitetura e de Agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos
ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores
forem profissionais habilitados de acordo com esta Lei.

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Professora Renata Silva Moura (5)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Art. 14 - Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos
judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da
empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título
do profissional que os subscrever e do número da carteira referida no Art. 56.

Art. 15 - São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da Engenharia,
Arquitetura ou da Agronomia, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução de
obras, quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física ou jurídica não
legalmente habilitada a praticar a atividade nos termos desta Lei.

LEI Nº 6.496 - DE 7 DE DEZ 1977

Institui a "Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de Engenharia,


de Arquitetura e Agronomia. autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras
providências.
Art. 1º- Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de
quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica
sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).

Art. 2º- A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento
de engenharia, arquitetura e agronomia.

§ 1º- A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

Art. 3º- A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a"
do Art. 73 da Lei nº5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações legais.

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Professora Renata Silva Moura (6)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
“OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

O orçamento a ser elaborado deverá conter, de modo fiel e transparente, todos os serviços e/ou
materiais a serem aplicados na obra de acordo com o projeto básico e outros projetos
complementares referentes ao objeto da licitação.

O orçamento deverá ser elaborado a partir do levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da
composição dos custos unitários de cada serviço, obedecidas rigorosamente as Leis Sociais e
Encargos Trabalhistas e todos os demais Custos Diretos, devidamente planilhados.

Pela atual legislação contábil e trabalhista, os encargos como refeições, transporte, EPI, incluindo
uniformes, ferramentas manuais necessários para o exercício de sua atividade, seguro de vida em
grupo, diretamente relacionados com a mão-de-obra, devem ser calculados e acrescidos às Leis
Sociais como Encargos Complementares de Mão-de-Obra.

Ainda, lembrar que, pela atual legislação fiscal e contábil, todos os custos que compõem a infra-
estruturada obra como a Instalação do Canteiro de Obra, custos da Administração Local, Mobilização
e Desmobilização, etc, devem compor os Custos Diretos, e não o BDI.
A composição do BDI, que é a outra parte importante do orçamento, deverá conter todos os itens
relativos aos Custos Indiretos da administração central, eventuais taxas de riscos do
empreendimento pela falta de uma definição clara do projeto, custos financeiros do capital de giro,
todos os tributos federais e municipais, custos de comercialização e a pretensão ou previsão de
lucro.

À omissão injustificada e deliberada de custos que venham a causar prejuízos à contratada ou ao


colega engenheiro ou arquiteto, o profissional responsável pela elaboração do orçamento poderá ser
enquadrado na Resolução nº1.002/02, que regulamentou o Código de Ética Profissional.”
(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini,
2006.)

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Professora Renata Silva Moura (7)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Conceitos Básicos
Edital de Licitação/Carta Convite
Nestes documentos é necessário conhecer:
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE LICITAÇÃO
Compreendem os requisitos que estabelecem o objeto e regime de execução, prazos,
sanções e inadimplência, local, data e horário de realização da licitação e esclarecimentos,
condições de participação e habilitação, critérios de julgamento, dotação orçamentária,
medições, pagamento, reajustamento e orçamento estimado.
CONDIÇÕES GERAIS DE LICITAÇÃO
Compreende os requisitos de participação e habilitação estabelecidos em Lei que integram
obrigatoriamente todo e qualquer edital, forma de apresentação das propostas,
procedimentos e julgamento, recursos administrativos e condições para assinatura do
contrato, mora e ou inadimplemento.
CONDIÇÕES GERAIS DE CONTRATAÇÃO
Compreende o prazo de execução do contrato, obrigações da contratada, penalidades,
pagamento, reajustamento, acréscimo ou supressão de serviços, garantias, fiscalização,
rescisão e recebimento do objeto contratado.

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Professora Renata Silva Moura (8)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Planilha Orçamentária
Segundo as Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas –
TCU “O orçamento de uma obra é a peça de fechamento do seu projeto, traduzindo-o em
termos econômicos e financeiros. Trata-se de etapa preparatória indispensável em qualquer
contratação pública.
Aos olhos da administração pública, a estimativa de custo da obra terá a função inicial de
verificar a previsão e suficiência de recursos para a conclusão do projeto.
Posteriormente, durante a licitação do empreendimento, o orçamento terá a função de
servir como parâmetro para a análise da exequibilidade e da economicidade das propostas
das licitantes. Balizará, ainda, o critério de aceitabilidade dos preços unitários e globais
ofertados no certame.
Para o particular, por sua vez, o orçamento-base elaborado pela Administração servirá
como referência e como um guia na elaboração da proposta de preços, constituindo-se
como uma das principais peças do processo licitatório a ser analisada pelo construtor. Ao
formular sua oferta, o empresário deverá se certificar sobre a adequação dos quantitativos
de serviços orçados pela Administração frente aos quantitativos levantados a partir dos
projetos da obra, apresentando, no caso de apurar divergências, pedidos de esclarecimento
ou de impugnação dos termos do edital. Também deverá verificar se os valores previstos
para a execução dos serviços são exequíveis e justos, em aderência aos preços praticados
no mercado.
Celebrado o contrato, a planilha orçamentária terá a função de ser a principal ferramenta
de controle do empreendimento. Tanto é utilizada pelas partes contratantes para a
verificação da compatibilidade entre a execução física da obra e as etapas indicadas no
orçamento, como para evitar a ocorrência de antecipações ilegais de pagamento. Também
se constituirá no referencial físico e financeiro da contratação, peça-base para a medição
dos serviços pela fiscalização contratual, para o cálculo de reajustamentos ou para
eventuais alterações de escopo do objeto contratado, a serem celebradas mediante
aditamentos contratuais.”

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Professora Renata Silva Moura (9)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Licitação
É o procedimento administrativo pelo qual a administração pública, obediente aos princípios
constitucionais que a norteiam, escolhem a proposta de fornecimento de bem, obra ou
serviço mais vantajosa para o erário.

A licitação constitui, portanto, o instrumento de que dispõe o poder público para coligir,
analisar e avaliar comparativamente as ofertas, com a finalidade de julgá-las e decidir qual
será a mais favorável.

O procedimento licitatório é sempre escrito e formal, não podendo, nem a administração,


nem os interessados fornecedores, dar ares de oficialidade a expressões orais utilizadas no
decorrer do procedimento.

A publicidade atende ao dever que tem a administração de oferecer iguais oportunidades a


todos e de acesso à fiscalização do cumprimento por ela dos princípios e regras legais que
regem as licitações.

O procedimento licitatório tem que ter caráter competitivo e todos os concorrentes hão de
ter tratamento igualitário em todas as fases, sigilo na apresentação da proposta e a
confiança nas regras estabelecidas que estarão no instrumento convocatório conhecido
como edital, que é a lei interna da licitação.

As modalidades de licitação são: (art. 22 da Lei nº 8.666/1993)

Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial


de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos
no edital para execução de seu objeto.
Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até vinte e quatro horas da apresentação das propostas.
Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de quarenta e cinco dias.
Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação.
Pregão: é a modalidade regida pela Lei nº 10.520/2002. Importa destacar que a
jurisprudência do TCU posiciona-se no sentido da necessidade de realização de pregão
eletrônico para a contratação de serviços de engenharia cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser objetivamente definidos no edital por meio de especificações usuais
no mercado os chamados serviços comuns.
Segundo o Art. 23 da lei 8.666 os limites de valores financeiros para as diversas
modalidades supramencionadas são:

Dispensa - Até R$ 15.000,00 Tomada de preços - Até R$ 1.500.000,00


Convite - Até R$ 150.000,00 Concorrência - Acima de R$ 1.500.000,00

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Contratos
“Para os fins desta lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.”
(Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (*) - CAPÍTULO I - SEÇÃO I - Art. 2o Parágrafo único)

“§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em
conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.

§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos


termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:


I - o objeto e seus elementos característicos.

II - o regime de execução ou a forma de fornecimento.


III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento
de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento.

IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de


recebimento definitivo, conforme o caso.

V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e
da categoria econômica.

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas.

VII - Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas.

VIII - os casos de rescisão.

IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no


art. 77 desta Lei.

X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso.
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor.
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos.

XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.
(Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (*) - CAPÍTULO III - SEÇÃO I - Art. 54.)

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Professora Renata Silva Moura (11)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Tipos de contratação:
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios
meios.

VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros, sob qualquer das
seguintes regimes:
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo e total.
b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo de unidades determinadas.
c) (Vetado).

d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.

e) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,


compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em
operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança
estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.
(Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 (*) - CAPÍTULO I -SEÇÃO II - Art. 6o)

Em uma obra o contrato dita as regras do jogo, nele encontramos informações primordiais
para o seu bom andamento, e que devem ser analisadas pelo engenheiro da obra e ou
orçamentista, apresentamos abaixo, o índice de um contrato para a execução de uma obra
de reforma de uma fábrica, sob o regime de empreitada integral, lembramos que um
contrato deve ser elaborado para cada obra, atendendo as suas particularidades.

CONTRATO DE CONSTRUÇÃO PADRÃO Nº XXXXXXXX


ÍNDICE
ARTIGO 1º: Definições
ARTIGO 2º: Objeto
ARTIGO 3º: Obrigações da Empreiteira
ARTIGO 4º: O Representante da Contratante - Obrigações
ARTIGO 5º: Data de Início, Execução Substancial e Execução Total da Obra
ARTIGO 6º: Cronograma
ARTIGO 7º: Preço do Contrato de Construção
ARTIGO 8º: Subcontratos e Outros Acordos
ARTIGO 9º: Outras Empreiteiras
ARTIGO 10º: Alterações na Obra
ARTIGO 11º: Avaliação e Certificação de Alterações na Obra
ARTIGO 12º: Solicitação de Pagamento

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ARTIGO 13º: Certificados, Pagamentos e Retenção
ARTIGO 14º: Impostos,Taxas e Contribuições
ARTIGO 15º: Leis, Notificações, Alvarás e Taxas
ARTIGO 16º: Garantia
ARTIGO 17º: Indenização
ARTIGO 18º: Seguros
ARTIGO 19º: Condições sobre os seguros
ARTIGO 20º: Proteção da Obra e dos Bens Imóveis
ARTIGO 21º: Inspeção da Obra
ARTIGO 22º: Atrasos
ARTIGO 23º: O Direito da Contratante de Executar a Obra, Interromper a Obra e Rescindir
o Contrato
ARTIGO 24º: Rescisão de Contrato
ARTIGO 25º: Remuneração de Patentes
ARTIGO 26º: Cessão
ARTIGO 27º: Recebimento e Endereços de Notificações
ARTIGO 28º: Disposições Diversas
ARTIGO 29º: Legislação Competente Aplicável ao Contrato
ARTIGO 30º: Foro

ANEXOS:
Certificado de XXXXXXXX
Notificação de "XXXXXXXX"
Proposta Técnico-Comercial contendo:
Planilha Orçamentária de Preços Unitários
Proposta Lista de Preços Subempreiteiras
Preços separados
Cronograma Físico
Especificação Técnica

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Professora Renata Silva Moura (13)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Projetos
Anteprojeto:
É a configuração final da solução proposta, considerando todos os elementos do programa,
mas com pouco detalhamento, em escala reduzida.
Projeto executivo:
Segundo a Lei n.8666/93, Art. 6º, X, define o projeto executivo como o conjunto de
elementos necessários e suficientes à execução completa da obra.
Projeto Legal:
Contém os elementos necessários à aprovação pelos órgãos públicos, gerando licenças para
construir e efetuar ligações provisórias dos serviços públicos.
Projetos Complementares:
Projetos das diversas especialidades, tais como estruturas, instalações hidro-sanitárias,
elétricas, telefônicas, paisagismo, fachadas, climatização artificial e outros.
Projeto básico:
“ De acordo com o disposto no Art. 6o, XI da Lei nº 8.666/93, o projeto básico é o "conjunto de
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço ou complexo de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos
técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos
métodos e do prazo de execução ..."
(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini,
2006.)

“Projeto Básico é o conjunto de desenhos, memoriais descritivos, especificações técnicas, orçamento,


cronograma e demais elementos técnicos necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a
ser executado, atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado com base em
estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado tratamento ambiental do
empreendimento.

Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos, todas as características,
dimensões, especificações, e as quantidades de serviços e de materiais, custos e tempo necessários
para execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração do projeto
executivo e realização das obras.

Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser elaborados por profissional
legalmente habilitado, sendo indispensável o registro da respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica, identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos
produzidos.”
“ I.1.2.1 – Elementos mínimos recomendados para o projeto básico de uma obra de edificação

61. Recomenda-se que um projeto básico de obras de edificações contenha os seguintes elementos
mínimos, com base no rol previsto na cartilha do Conselho de Justiça Federal (denominada “Guia de
Projetos e Obras da Justiça Federal”) e na Orientação Técnica 01/2006 do Instituto Brasileiro de
Auditoria de Obras Públicas (Ibraop):

a) levantamento topográfico.
b) sondagens.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (14)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
c) projeto arquitetônico.

d) projeto de terraplanagem.

e) projeto de fundações.

f) projeto estrutural.

g) projeto de instalações hidrossanitárias.

h) projeto de instalações elétricas.

i) projeto de instalações telefônicas.

j) projeto de instalações de detecção e alarme e de combate à incêndio.

k) projeto de instalações lógicas.

l) projeto de instalações de ar condicionado. e


m) projeto de instalação de transporte vertical.
(Segedam – Secretaria Geral de Administração BTCU ESPECIAL Brasília Ano xlv n. 26 11/ dez. 2012)

Para o bom gerenciamento da obra o conhecimento profundo dos projetos é fundamental,


vale salientar que nos assegurar os projetos terão validade para a execução quando
assinados, aprovados e acompanhados de suas respectivas ART’s.
Nesta análise de projeto a compatibilidade deverá ser analisada para cada
projeto/empreendimento um levantamento específico, de maneira, dentre outros (projetos)
devemos analisar:
Levantamento Topográfico
 Desenho com levantamento planialtimétrico.
Sondagens
 Desenhos com locação dos furos de sondagem.
 Memorial com descrição das características do solo e perfis geológicos do terreno.
Projeto de Terraplanagem
 Desenhos de implantação com indicação dos níveis originais e dos níveis propostos.
 Perfil longitudinal e seções transversais tipo com indicação da situação original e da
proposta e definição de taludes e contenção de terra.
 Memorial com cálculo de volume de corte e aterro e respectivo quadro resumo de corte
e aterro.
 Especificação dos materiais para aterro.
Projeto do Canteiro de Obras
 Desenhos com arranjo das cercas, tapumes, instalações provisórias de água, luz, gás e
telefone, arruamentos interno e caminhos de serviço, bem como de edificações
provisórias destinadas a abrigar o pessoal (casas, alojamentos, áreas de vivência,
refeitórios, vestiários, sanitários etc.) e as dependências necessárias à obra, (escritórios,
cozinha, enfermaria, barracões, laboratórios, oficinas, almoxarifados, balança, guarita
etc.).
 Plantas com locação e detalhamento das instalações industriais da obra, tais como
central de britagem, usina de CBUQ e central dosadora de concreto.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (15)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Memorial com especificações dos materiais, equipamentos, elementos, componentes e
sistemas construtivos das edificações e instalações do canteiro de obras.
Projeto Arquitetônico
 Desenhos com plantas de situação e locação, contendo implantação do edifício e sua
relação com o entorno do local escolhido, acessos e estacionamentos (orientação, eixos
da construção cotados em relação à referência, identificação de postes, árvores,
hidrantes, calçadas e arruamentos etc.).
 Desenhos das fachadas do imóvel.
 Plantas baixas dos pavimentos, com cotas de piso acabado, medidas internas,
espessuras de paredes, dimensões de aberturas e vãos de portas e janelas, alturas de
peitoris, indicação de planos de cortes e elevações.
 Plantas de cobertura, com indicação de sentido de escoamento de águas, inclinação,
indicação de calhas, rufos, contra rufos, condutores e beirais, tipo de impermeabilização,
juntas de dilatação etc.
 Cortes transversais e longitudinais da edificação.
 Elevações, indicando aberturas, esquadrias, alturas, níveis etc.
 Estudo de orientação solar, iluminação natural e conforto térmico.
 Indicação de caixas d’água, circulação vertical, áreas técnicas etc.
 Atendimento às normas de acessibilidade.
 Ampliação de áreas molhadas ou especiais, com indicação de equipamentos e aparelhos
hidráulico-sanitários.
 Detalhes (que possam influir no valor do orçamento).
 Indicação dos elementos existentes, a demolir e a executar, em caso de reforma e
ampliação.
 Especificações dos materiais, equipamentos, elementos, componentes e sistemas
construtivos.
Projeto de Fundações
 Desenhos com locação, características e dimensões dos elementos de fundação.
 Plantas de armação e fôrma, com indicação do Fck do concreto.
 Memorial com método construtivo.
 Memorial com cálculo de dimensionamento de todas as peças, indicando as cargas e os
momentos utilizados no projeto.
Projeto Estrutural
 Desenhos em planta baixa com lançamento da estrutura com cortes e elevações, se
necessários.
 Plantas de armação com indicação de: seções longitudinais de todas as vigas, mostrando
a posição, a quantidade, o diâmetro e o comprimento de todas as armaduras em escala
adequada. seções transversais de todas as vigas, mostrando a disposição das armaduras
longitudinais e transversais, além das distâncias entre as camadas das armaduras
longitudinais. seção longitudinal de todos os pilares, mostrando a posição, a quantidade,
o diâmetro, o comprimento e os transpasses de todas as armaduras longitudinais.
seção transversal de todos os pilares, com demonstração das armaduras longitudinais e
transversais (estribos).
 Plantas de fôrma contendo indicação de valor e localização da contraflecha em vigas e
lajes, bem como indicação da seção transversal das vigas e pilares.
NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora Renata Silva Moura (16)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Indicação do Fck do concreto para cada elemento estrutural.
 Quadro resumo de barras de aço contendo posição (numeração da ferragem), diâmetro
da barra, quantidade de barras, massa em Kg das barras.
 Memorial com cálculo das áreas fôrma.
 Memorial com cálculo do volume de concreto.
 Especificações com materiais, componentes e sistemas construtivos.
 Memorial com método construtivo.
 Memorial com cálculo de dimensionamento.
Projeto de Instalações Hidrossanitárias (água fria, água quente, esgotos sanitários, águas
pluviais, irrigação dos jardins e drenagem)
 Planta de situação ao nível da rua com as seguintes indicações: locais de todas as redes
e ramais externos, incluindo redes da concessionária. posicionamento de todos os
elementos de coleta e dados das respectivas áreas de contribuição (dimensões, limites,
cotas, inclinação, sentido de escoamento, permeabilidade etc.).
 Plantas de implantação com indicação das ligações às redes existentes, cotas de tampa,
cotas de fundo, dimensões das caixas, cotas das geratrizes inferiores das tubulações,
dimensionamento e indicação de redes existentes e a executar, drenagem de áreas
externas etc.
 Planta geral de cada pavimento com o traçado e dimensionamento de tubulações e
indicação dos componentes do sistema, tais como: alimentador, reservatórios,
instalações elevatórias, pontos de consumo.
 Plantas com indicação de barriletes e caixa d’água.
 Plantas de todos os níveis e cobertura, onde constem as áreas de contribuição, a
localização, declividades, dimensões e materiais dos condutores, calhas, rufos e
canaletas.
 Desenhos das prumadas e dos reservatórios.
 Representação isométrica esquemática das instalações.
 Desenhos com o esquema de distribuição vertical.
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Memoriais com cálculo do dimensionamento das tubulações, volumes de reservatórios,
barriletes e bombas.
 Aprovação junto à concessionária local.
Projeto de Instalações Elétricas e Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas
 Projeto de implantação com as indicações dos elementos externos ou de entrada de
energia, com indicação do local dos medidores.
 Desenhos com diagrama unifilar.
 Planta, corte, elevação da subestação rebaixadora, com a parte civil e a parte elétrica.
 Plantas com localização de geradores e no-breaks.
 Plantas de todos os pavimentos e da área externa com as seguintes indicações: local dos
pontos de consumo com respectivas cargas, seus comandos e indicações dos circuitos
pelos quais são alimentados. local dos quadros de distribuição e respectivas cargas.
traçado dos condutores e caixas. traçado e dimensionamento dos circuitos de
distribuição, dos circuitos terminais e dispositivos de manobra e proteção. tipos de
aparelhos de iluminação e outros equipamentos, com todas suas características e
cargas. legendas de convenções utilizadas.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (17)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Plantas com detalhamento do quadro geral de entrada e dos quadros de distribuição,
mostrando a posição dos dispositivos de manobra, barramentos e dispositivos de
proteção com as respectivas cargas.
 Quadro de cargas, demonstrando a utilização de cada fase nos diversos circuitos
(equilíbrio de fases).
 Projeto de aterramento, com o local dos aterramentos e indicação da resistência máxima
de terra e das equalizações.
 Plantas com localização e tipos de pára-raios.
 Esquema de prumadas.
 Lista de cabos e circuitos.
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Memoriais com determinação do tipo de entrada de serviço e com o cálculo do
dimensionamento.
 Aprovação junto à concessionária local.
Projeto de Instalações Telefônicas e Cabeamento Estruturado
Obs.: a depender da destinação da edificação, pode haver projetos para outras instalações especiais,
tais como circuito interno de televisão, sonorização, antenas de TV, controle de acesso, automação
predial, escadas rolantes, compactadores de resíduos sólidos, gás combustível, vácuo, ar
comprimido, oxigênio etc.

 Planta de situação/locação indicando o ramal da concessionária de telefone.


 Planta baixa de cada pavimento, indicando a modulação das caixas de saída, pontos,
tubulações, os espaços destinados a painéis de distribuição, hubs, CPD, servidores, e
infraestrutura para a passagem dos cabos e numeração sequencial dos pontos da rede.
 Diagrama unifilar da instalação.
 Diagramas de blocos.
 Detalhes da instalação de painéis, equipamentos e infraestrutura.
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Aprovação junto à concessionária local.
Projeto de Instalações de Detecção e Alarme e de Combate à Incêndio
 Planta de situação, indicando as canalizações externas, redes existentes das
concessionárias e outras de interesse.
 Planta geral de cada nível do edifício com as indicações de tubulações, comprimentos,
vazões, pressões nos pontos de interesse, cotas de elevação, registros, válvulas,
extintores, detectores de fumaça, centrais de detecção, acionadores manuais, sirenes de
alarme, indicadores visuais, chaves, hidrantes, rede de sprinkler, iluminação de
emergência, bombeamentos e demais componentes.
 Isometria, em escala adequada, dos sistemas de hidrantes ou mangotinho, chuveiros
automáticos, com indicação de diâmetros, comprimento dos tubos e das mangueiras,
vazões nos pontos principais, cotas de elevação e outros.
 Desenhos esquemáticos da sala de bombas, reservatórios e abrigos.
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Memorial técnico descritivo e de cálculo do dimensionamento das tubulações e
reservatório.
 Aprovação do órgão competente.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (18)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Projeto de Instalações de Ar Condicionado e Calefação
 Plantas indicando a localização dos principais componentes do sistema: torres de
refrigeração, unidades condensadoras, chillers, reservatórios do sistema de termo
acumulação, ventiladores etc.
 Planta baixa de cada nível do edifício e cortes, com as seguintes indicações, dentre
outras: dutos de insuflamento e retorno de ar. canalizações de água gelada e
condensação. comprimentos e dimensões, com elevações de cada tipo de material
utilizado nos ambientes. bocas de insuflamento e retorno. localização dos equipamentos
e aberturas para tomadas e saídas de ar. pontos de consumo. interligações elétricas,
comando e sinalização.
 Representações isométricas com: dimensões, diâmetros e comprimentos dos dutos e
canalizações. vazões e pressões nos pontos principais ou críticos. indicação das
conexões, registros, válvulas e outros elementos.
 Planta baixa com marcação de dutos e equipamentos fixos (unidades condensadoras e
evaporadoras).
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Memorial com cálculo da carga térmica.
 Memorial com cálculo do dimensionamento dos equipamentos e dos dutos.
Projeto de Instalação de Transporte Vertical (Elevadores e Escadas Rolantes)
 Desenhos esquemáticos de planta e corte localizando os elevadores.
 Desenhos com as principais características dos elevadores, dentre outras: dimensões
principais. espaços mínimos para instalação dos equipamentos (caixa, cabina,
contrapeso, casa de máquinas, poço etc.).
 Desenho da casa de máquinas e do poço, em escala adequada.
 Esquemas de ligações elétricas.
 Desenhos isométricos em escala adequada.
 Especificações dos materiais e equipamentos.
 Memorial com cálculo.
Projeto de Paisagismo
 Planta de implantação com níveis.
 Especificação de espécies vegetais e de materiais e equipamentos.

Para sanar quaisquer dúvidas sobre materiais e técnicas executivas da obra o confronto
destes documentos com os projeto é fundamental.
Devemos analisar:
As especificações técnicas de cada material.
O critério de medição dos serviços executados
Os métodos estabelecidos para a execução e suas normas técnicas aplicáveis.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (19)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Memorial Descritivo
“Memorial Descritivo: Descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, no qual são
apresentadas as soluções técnicas adotadas pelo projeto, acompanhadas das respectivas
justificativas, necessárias ao pleno conhecimento do projeto, complementando as informações
contidas nos desenhos.”

Caderno de Encargos
“Caderno de Encargos: É um conjunto de informações complementares ao projeto, definindo como
deve ser procedida a execução. Normalmente é fornecido pelo contratante, no qual estão
consolidados as especificações técnicas, o memorial descritivo e os critérios de medição e pagamento
de cada um dos serviços previstos para a obra.

Cronograma Físico- Financeiro


“Cronograma Físico-Financeiro: Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem
executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando, em cada período, o percentual
de avanço físico a ser executado e o respectivo valor financeiro envolvido.”
(TCU – Tribunal De Contas Da União Orientações Para Elaboração De Planilhas Orçamentárias De Obras
Públicas)

“No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços são detalhadas semanal
ou mensalmente, dependendo do tipo de construção. Isso permite que os administradores do caixa
da obra saibam exatamente quanto vão gastar e quando isso vai acontecer, evitando despesas e
empréstimos imprevistos. Da mesma forma, eles podem planejar o investimento do dinheiro que
ainda não foi gasto, que rende juros e reduz as despesas do construtor.

O cronograma mostra, em uma linha do tempo, o começo e o fim de cada uma das fases ou
atividades da obra. A qualquer momento, portanto, é possível verificar com rapidez o andamento das
diversas frentes de serviço. Assim é possível definir prioridades e concentrar o foco nas equipes que
eventualmente estejam mais atrasadas em relação às demais. O cronograma também ajuda a
planejar as compras de produtos e materiais de construção, reduzindo estoques desnecessários no
canteiro.”
(http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/35/cronograma-fisico-financeiro-213994-1.aspx)

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (20)
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
DADOS DO PROJETO/ EMPREENDIMENTO
ENDEREÇO DA OBRA/EMPREENDIMENTO/Nº CONTRATO ETC.
ARQUIVO ELETRONICO
REVISÃO E DATA
APROVAÇAO
ITEM DESCRIÇÃO R$ 15 DIAS 30 DIAS 45 DIAS 60 DIAS 75 DIAS 90 DIAS 105 DIAS 120 DIAS TOTAL DO ITEM
R$ 98.018,00 R$ 93.117,10 R$ 4.900,90 R$ 98.018,00
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
2,99% 95,00% 5,00% 100,00%

ADMINISTRAÇÃO DA R$ 63.123,48 R$ 6.312,35 R$ 7.890,44 R$ 7.890,44 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 63.123,48
2
OBRA 1,93% 10,00% 12,50% 12,50% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 100,00%
R$ 49.035,20 R$ 3.922,82 R$ 45.112,38 R$ 49.035,20
3 INFRAESTRUTURA
1,50% 8,00% 92,00% 100,00%
R$ 655.319,17 R$ 65.531,92 R$ 393.191,50 R$ 196.595,75 R$ 655.319,17
4 SUPERESTRUTURA
20,02% 10,00% 60,00% 30,00% 100,00%
R$ 26.200,00 R$ 7.074,00 R$ 7.598,00 R$ 8.384,00 R$ 3.144,00 R$ 26.200,00
5 COBERTURA
0,80% 27,00% 29,00% 32,00% 12,00% 100,00%
R$ 78.803,29 R$ 23.640,99 R$ 23.640,99 R$ 19.700,82 R$ 11.820,49 R$ 78.803,29
6 FECHAMENTO
2,41% 30,00% 30,00% 25,00% 15,00% 100,00%
R$ 301.054,12 R$ 15.052,71 R$ 120.421,65 R$ 135.474,35 R$ 30.105,41 R$ 301.054,12
7 ESQUADRIAS
9,20% 5,00% 40,00% 45,00% 10,00% 100,00%
R$ 75.263,53 R$ 22.579,06 R$ 52.684,47 R$ 75.263,53
8 VIDROS
2,30% 30,00% 70,00% 100,00%
R$ 236.409,87 R$ 9.456,39 R$ 59.102,47 R$ 94.563,95 R$ 68.558,86 R$ 4.728,20 R$ 236.409,87
9 REVESTIMENTOS
7,22% 4,00% 25,00% 40,00% 29,00% 2,00% 100,00%

Professora Renata Silva Moura


R$ 101.656,24 R$ 25.414,06 R$ 76.242,18 R$ 101.656,24
10 PINTURA
3,1% 25,00% 75,00% 100,00%
R$ 877.223,15 R$ 131.583,47 R$ 175.444,63 R$ 307.028,10 R$ 263.166,95 R$ 877.223,15
11 PISOS
26,80% 15,00% 20,00% 35,00% 30,00% 100,00%

INSTALAÇÕES R$ 31.974,67 R$ 639,49 R$ 3.677,09 R$ 7.993,67 R$ 7.993,67 R$ 6.394,93 R$ 3.677,09 R$ 1.598,73 R$ 31.974,67
12
ELÉTRICAS 0,98% 2,00% 11,50% 25,00% 25,00% 20,00% 11,50% 5,00% 100,00%

INSTALAÇÕES DE R$ 245.678,11 R$ 7.370,34 R$ 17.197,47 R$ 85.987,34 R$ 61.419,53 R$ 73.703,43 R$ 245.678,11


13
INCÊNDIO 7,5% 3,00% 7,00% 35,00% 25,00% 30,00% 100,00%

INSTALAÇÕES HIDRO- R$ 85.712,67 R$ 2.142,82 R$ 4.285,63 R$ 5.999,89 R$ 12.856,90 R$ 12.856,90 R$ 30.856,56 R$ 11.142,65 R$ 5.571,32 R$ 85.712,67
14
SANITÁRIAS 2,62% 2,50% 5,00% 7,00% 15,00% 15,00% 36,00% 13,00% 6,50% 100,00%

INSTALAÇÕES DE AR- R$ 55.987,11 R$ 25.194,20 R$ 30.792,91 R$ 55.987,11


15
CONDICIONADO 1,71% 45,00% 55,00% 100,00%

PEÇAS SANITÁRIAS ( R$ 221.456,19 R$ 77.509,67 R$ 143.946,52 R$ 221.456,19


16
LOUÇAS E METAIS) 6,77% 35,00% 65,00% 100,00%
R$ 70.234,50 R$ 70.234,50 R$ 70.234,50
17 LIMPEZA
2,15% 100,00% 100,00%

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


TOTAL SIMPLES (R%) R$ 3.273.149,30 R$ 101.572,27 R$ 87.171,20 R$ 486.586,29 R$ 420.354,27 R$ 429.307,66 R$ 683.475,77 R$ 596.973,53 R$ 467.708,31 R$ 3.273.149,30
TOTAL SIMPLES (%) 100,00% 3,10% 2,66% 14,87% 12,84% 13,12% 20,88% 18,24% 14,29% 100,00%
TOTAL ACUMULADO (R%) R$ 3.273.149,30 R$ 101.572,27 R$ 188.743,47 R$ 675.329,76 R$ 1.095.684,03 R$ 1.524.991,69 R$ 2.208.467,46 R$ 2.805.440,99 R$ 3.273.149,30 R$ 3.273.149,30
TOTALACUMULADO (%) 100,00% 3,10% 5,76% 20,63% 33,47% 46,59% 67,47% 85,71% 100,00% 100,00%
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

(21)
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
DADOS DO PROJETO/ EMPREENDIMENTO
ENDEREÇO DA OBRA/EMPREENDIMENTO/Nº CONTRATO ETC.
ARQUIVO ELETRONICO
REVISÃO E DATA
APROVAÇAO
ITEM DESCRIÇÃO R$ 15 DIAS 30 DIAS 45 DIAS 60 DIAS 75 DIAS 90 DIAS 105 DIAS 120 DIAS TOTAL DO ITEM
R$ 98.018,00 R$ 93.117,10 R$ 4.900,90 R$ 98.018,00
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
2,99% 95,00% 5,00% 100,00%
ADMINISTRAÇÃO DA R$ 63.123,48 R$ 6.312,35 R$ 7.890,44 R$ 7.890,44 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 8.206,05 R$ 63.123,48
2
OBRA 1,93% 10,00% 12,50% 12,50% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 13,00% 100,00%
R$ 49.035,20 R$ 3.922,82 R$ 45.112,38 R$ 49.035,20
3 INFRAESTRUTURA
8,00% 92,00% 100,00%
R$ 655.319,17
4 SUPERESTRUTURA
20,02%
R$ 26.200,00 R$ 7.074,00 R$ 7.598,00 R$ 8.384,00 R$ 3.144,00 R$ 26.200,00
5 COBERTURA
0,80% 27,00% 29,00% 32,00% 12,00% 100,00%
R$ 78.803,29 R$ 23.640,99 R$ 23.640,99 R$ 19.700,82 R$ 11.820,49 R$ 78.803,29
6 FECHAMENTO
2,41% 30,00% 30,00% 25,00% 15,00% 100,00%
R$ 301.054,12 R$ 15.052,71 R$ 120.421,65 R$ 135.474,35 R$ 30.105,41 R$ 301.054,12
7 ESQUADRIAS
9,20% 5,00% 40,00% 45,00% 10,00% 100,00%
R$ 75.263,53
8 VIDROS
2,30%
R$ 236.409,87 R$ 9.456,39 R$ 59.102,47 R$ 94.563,95 R$ 68.558,86 R$ 4.728,20 R$ 236.409,87
9 REVESTIMENTOS
7,22% 4,00% 25,00% 40,00% 29,00% 2,00% 100,00%
R$ 101.656,24 R$ 25.414,06 R$ 76.242,18 R$ 101.656,24
10 PINTURA
3,1% 25,00% 75,00% 100,00%
1) Analise o cronograma proposto abaixo e complete.

Professora Renata Silva Moura


R$ 877.223,15 R$ 131.583,47 R$ 175.444,63 R$ 307.028,10 R$ 263.166,95 R$ 877.223,15
11 PISOS
26,80% 15,00% 20,00% 35,00% 30,00% 100,00%
INSTALAÇÕES R$ 31.974,67 R$ 639,49 R$ 3.677,09 R$ 7.993,67 R$ 7.993,67 R$ 6.394,93 R$ 3.677,09 R$ 1.598,73 R$ 31.974,67
12
ELÉTRICAS 0,98% 2,00% 11,50% 25,00% 25,00% 20,00% 11,50% 5,00% 100,00%
INSTALAÇÕES DE R$ 245.678,11 R$ 7.370,34 R$ 17.197,47 R$ 85.987,34 R$ 61.419,53 R$ 73.703,43 R$ 245.678,11
13
INCÊNDIO 3,00% 7,00% 35,00% 25,00% 30,00% 100,00%
INSTALAÇÕES HIDRO- R$ 85.712,67 R$ 2.142,82 R$ 4.285,63 R$ 5.999,89 R$ 12.856,90 R$ 12.856,90 R$ 30.856,56 R$ 11.142,65 R$ 5.571,32 R$ 85.712,67
14
SANITÁRIAS 2,62% 2,50% 5,00% 7,00% 15,00% 15,00% 36,00% 13,00% 6,50% 100,00%
INSTALAÇÕES DE AR- R$ 55.987,11 R$ 25.194,20 R$ 30.792,91 R$ 55.987,11
15
CONDICIONADO 1,71% 45,00% 55,00% 100,00%
PEÇAS SANITÁRIAS ( R$ 221.456,19 R$ 77.509,67 R$ 143.946,52 R$ 221.456,19
16
LOUÇAS E METAIS) 6,77% 35,00% 65,00% 100,00%
R$ 70.234,50 R$ 70.234,50 R$ 70.234,50
17 LIMPEZA
2,15% 100,00% 100,00%

TOTAL SIMPLES (R%) R$ 3.273.149,30

TOTAL SIMPLES (%) 91,00%

TOTAL ACUMULADO (R%) R$ 3.273.149,30

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TOTALACUMULADO (%) 91,00%
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(22)
Atividade avaliativa 01 - Cronograma
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Discriminação Orçamentária
A discriminação orçamentária (DO) de uma obra consiste na relação dos serviços ou
atividades a serem executados. As discriminações orçamentárias padronizadas são listagens
que relacionam todos os serviços a serem executados em uma obra. Em geral, são
extensas e prevêem todos os elementos normais.
As DO padronizadas servem como check-lists, evitando o esquecimento de algum item. Em
cada orçamento, contudo, o orçamentista deve analisar quais os serviços que devem
participar da lista final, verificando as especificidades da obra em análise, com eventuais
serviços extraordinários, que ainda não participavam de sua DO.
As Discriminações Orçamentárias devem ser organizadas da mesma forma que as
Especificações Técnicas. Os serviços listados devem ser codificados e agrupados de acordo
com critérios lógicos (de acordo com o tipo de serviço, a sequência de execução, os
materiais empregados, etc.). As listagens preparadas por Faillace (1988, p.29-50), por
Parga (1995, p.16-26) e aquela constante da NBR 12721 (ABNT, 1999, Anexo D, p.43-46)
são bons exemplos de discriminações orçamentárias, com variados graus de detalhamento.
De qualquer forma, não se recomenda a adoção de uma DO qualquer, mas sim a
montagem de uma relação própria, com análise e seleção criteriosas dos serviços que a
devem compor, adequados para o tipo de obra correntemente orçado. Uma discriminação
extensa demais ("completa") é cansativa para o uso diário. Uma alternativa é relacionar em
uma lista principal os serviços usados cotidianamente, separando os demais em uma
listagem auxiliar.
Além disto, outros serviços, de detalhamento maior, exigem relações especiais, como é o
caso das instalações hidráulicas, elétricas e telefônicas. Podem ser adotadas relações
padronizadas de serviços ou de materiais dos fabricantes, eliminando grande parte do
trabalho repetitivo de enumerar itens. É um tipo especial de discriminação orçamentária.
Para a preparação do orçamento recomenda-se que a obra seja subdividida nas diversas
etapas construtivas que, como a própria denominação sugere, são fases ou grupos de
serviços que evidenciam os componentes mais importantes da obra.
Com uma divisão adequada dos serviços torna-se fácil orçar e administrar uma obra. Tal
procedimento constitui um poderoso auxiliar na administração dos trabalhos, no controle
das quantidades dos insumos efetivamente empregados permitindo, inclusive como meio de
análise e redução de custos.
Entre as discriminações orçamentárias mais conhecidas e difundidas podem ser citadas:
 A relacionada na NBR 12721/1993 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
 A especificada no Decreto 92.100 de 10 de dezembro de 1985.
 A do Decreto 52.147, de 1963, que apesar de ter sido revogada, ainda é usada dada
a sua simplicidade.
 A Classificação do Departamento de Obras Públicas do Estado de São Paulo.
 A Classificação da Pini Sistema. TCPO.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Entretanto, é possível elaborar uma discriminação de serviços própria, baseada,
intuitivamente, na ordem cronológica da execução da construção, a qual poderá ser
composta dos seguintes serviços:
Serviços Preliminares: Neste item devem ser incluídas todas as despesas com locação,
fechamento e regularização do terreno, instalação de barracão, tapumes, demolição,
locação da obra etc.
Terraplenagem: Sob este título devem ser considerados os serviços de escavação, cortes,
aterros, retirada de terra, compactação de solo, etc.
Infraestrutura: Neste título se incluem os serviços de muros de contenção ou arrimo, e as
fundações.
Superestrutura: Abrange todos os serviços necessários à execução de estruturas de
concreto, estruturas metálicas, estruturas de madeiras, lajes vigas e pilares.
Elementos de Vedações: Compreendendo paredes divisórias, elementos de composição e
proteção e etc.
Cobertura: Abrange telhados, tratamentos especiais externos, impermeabilizações de
terraços e outros.
Revestimentos: Sob este item se incluem todos os revestimentos, internos e externos, de
parede, de forros, de pisos, etc., tais como reboco, emboços, azulejos e etc.
Instalações: Instalações Hidro sanitárias e Instalações elétricas/telefonia e lógica.
Esquadrias: Todas as esquadrias metálicas, madeira, alumínio e etc., como janelas, portas,
portões e demais.
Vidros: Aqui se agrupam a colocação de qualquer tipo de vidro, boxes para banheiros e etc.
Pintura: São todos os serviços de preparo e pintura de superfícies.
Serviços complementares: Aqui são considerados serviços de complementação artística e
paisagísticas, ligação final de água, esgoto e luz e outras, limpeza, entrega da obra e
outros.
Instalações especiais: Neste item se situam os diversos serviços, que por suas
particularidades não se enquadram em nenhuma das etapas anteriormente descritas, como
por exemplo, instalações de alarme, elevadores, antenas, etc.
A seguir é apresentada a Discriminação Orçamentária Anexo D – NBR 12721. Os exemplos
citados aqui tem o objetivo de servir de modelos para conseguir a relação dos itens que se
devem compor o orçamento. È claro que se pode usar qualquer discriminação, desde que
seja completa, e desde que não haja no edital de licitação a exigência de uma
especificamente.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Anexo D (Informativo)

Discriminação orçamentária

A classificação e a discriminação adiante apresentadas dos serviços que podem ocorrer na


construção de uma edificação visam a sistematizar o roteiro a ser seguido na execução de
orçamentos, de modo que não seja omitido nenhum dos serviços que, em cada caso particular,
forem necessários ao pleno funcionamento e utilização do empreendimento, em obediência ao
projeto aprovado e de acordo com o estabelecido nas especificações técnicas. De acordo com as
circunstâncias especiais de cada caso, pode ser adotada e completada, em seus pormenores, sempre
que necessário.

D.1 Serviços sociais


D.1.1 Serviços técnicos

D.1.1.1 Levantamento topográfico.

D.1.1.2 Estudos geotécnicos.

D.1.1.3 Vistorias.
D.1.1.4 Planejamento, assessoria e controle geral da obra, controle tecnológico.

D.1.1.4.1 Consultoria do empreendimento de programação e de acompanhamento.

D.1.1.4.2 Projeto arquitetônico.


D.1.1.4.3 Projeto geotécnico.

D.1.1.4.4 Projeto estrutural (infra e supra-estrutura).

D.1.1.4.5 Projeto das instalações elétricas.

D.1.1.4.6 Projeto das instalações hidráulicas, sanitárias e de gás.

D.1.1.4.7 Projeto das instalações de ar-condicionado e ventilação mecânica.

D.1.1.4.8 Projeto das instalações especiais (transportes, refrigeração, calefação, exaustão,


incineração, combate a incêndio).

D.1.1.4.9 Projeto de tratamento acústico.

D.1.1.4.10 Projeto de instalações comerciais, industriais e hospitalares.

D.1.1.4.11 Projeto de instalação de telefones, música funcional.

D.1.1.4.12 Projeto de playground.

D.1.1.4.13 Maquetes.
D.1.1.4.14 Perspectivas.

D.1.1.4.15 Paisagismo.
D.1.1.4.16 Complementação artística.

D.1.1.4.17 Controle tecnológico.


D.1.1.5 Orçamentos.

D.1.1.6 Cronogramas.

D.1.1.7 Fotografias.
NOTA - As discriminações dos trabalhos componentes dos diversos projetos e serviços técnicos que
fizerem parte de uma incorporação (projetos de arquitetura, estrutura, instalações, etc., e serviços
de vistoria, consultoria, etc.) devem obedecer às prescrições estabelecidas na NBR 12722.

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D.1.2 Serviços preliminares

D.1.2.1 Demolições.

D.1.2.2 Cópias heliográficas, prints, fotostáticas, fotografias, etc.

D.1.2.3 Despesas legais.

Anexo D (informativo)

D.1.2.3.1 Licenças, emolumentos, taxas de obra e da edificação, registro em cartório.

D.1.2.3.2 Impostos, federais, estaduais, municipais e outros (seguros contra fogo, responsabilidade
civil e outros), contratos, selos, legislação da obra, despachante.

D.1.2.3.3 Multas.

D.1.3 Instalações provisórias


D.1.3.1 Tapumes, vedações, cercas, barracões, depósitos, placas, torres, silos, andaimes mecânicos,
proteção para transeuntes, e outros equipamentos.
D.1.3.2 Instalações provisórias de água, luz, força, esgoto, telefone, sinalização e outras.

D.1.3.3 Instalação de bombas.


D.1.3.4 Locação da obra.

D.1.4 Máquinas e ferramentas

D.1.4.1 Máquinas, peças e acessórios, consertos, lubrificação, manutenção.


D.1.4.2 Ferramentas em geral.

D.1.5 Administração da obra e despesas gerais

D.1.5.1 Pessoal, engenheiro, auxiliar de engenheiro, mestre-de-obras, encarregados da obra,


conferente, almoxarife, apontador, vigias, guincheiro e outros.
D.1.5.2 Consumos: combustíveis e lubrificantes, material de limpeza, material elétrico, contas de
água, força, luz e telefone.
D.1.5.3 Material de escritório da obra.

D.1.5.4 Caixa da obra.

D.1.5.5 Medicamentos de emergência.

D.1.5.6 Ensaios especiais para materiais e serviços.

D.1.5.7 Controle sanitário da obra.

D.1.5.8 Equipamento de segurança da obra (dos operários, das máquinas, dos materiais, extintores,
etc.).

D.1.6 Limpeza da obra


D.1.6.1 Limpeza permanente da obra.

D.1.6.2 Retirada de entulho.


D.1.7 Transporte

D.1.7.1 Transporte interno.

D.1.7.2 Transporte externo.


D.1.8 Trabalhos em terra

D.1.8.1 Limpeza de terreno: desmatamento, destocamento, retirada de baldrames.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
D.1.8.1.1 Locação de obra, escavações, retirada e fornecimento de terra, compactação.

D.1.8.2 Desmonte de rocha.

D.1.9 Diversos

D.1.9.1 Consertos.

D.1.9.2 Reaproveitamento e tratamento de materiais.

D.1.9.3 Despesas com vizinhos.

D.1.9.4 Outros.

D.2 Infra-estrutura e obras complementares

D.2.1 Escoramentos de vizinhos e do terreno.

D.2.2 Esgotamento, rebaixamento do lençol de água e drenagens.


D.2.3 Preparo das fundações: cortes em rocha, lastros.

D.2.4 Fundações superficiais.


D.2.5 Fundações profundas.

D.2.6 Reforços e consolidação de fundações.


D.2.7 Provas de carga em estacas (ensaios de qualidade).

D.2.8 Provas de carga sobre o terreno de fundação (ensaio).

D.3 Supra-estrutura
D.3.1 Concreto protendido.

D.3.2 Concreto armado.

D.3.3 Metálica.

D.3.4 Madeira.
D.3.5 Mista.

D.3.6 Outros tipos.

D.4 Paredes e painéis

D.4.1 Paredes ou elementos divisórios

D.4.1.1 Alvenarias.

D.4.1.2 Elementos divisórios especiais.


D.4.1.3 Elementos vazados em geral.

D.4.2 Esquadrias, peitoris, ferragens


D.4.2.1 Madeira.

D.4.2.2 Metálicos.
D.4.2.3 Plásticos.

D.4.2.4 Concreto.
D.4.2.5 Mistos.
D.4.2.6 Peitoris e chapins.

D.4.2.7 Ferragens.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
D.4.2.8 Diversos (persianas, etc.).

D.4.3 Vidros e plásticos

D.4.3.1 Vidros lisos, fantasias, cristal, temperados, opacos, translúcidos, aramados, blindados,
rayban, espelhos.

D.4.3.2 Tijolos de vidro e elementos vazados.

D.4.3.3 Plásticos.

D.4.3.4 Diversos.

D.4.4 Elementos de composição e proteção das fachadas

D.5 Coberturas e proteções

D.5.1 Coberturas
D.5.1.1 Estruturas para telhado.

D.5.1.2 Material de cobertura: chapas de fibrocimento, plásticos, telhas cerâmicas, condutores e


calhas.

D.5.1.3 Outras.
D.5.2 Impermeabilizações

D.5.2.1 De terraços: abertos, cobertos, jardins.

D.5.2.2 Caixa de água.


D.5.2.3 Laje do subsolo.

D.5.2.4 Juntas.

D.5.2.5 Banheiros.

D.5.3 Tratamentos especiais


D.5.3.1 Térmico.

D.5.3.2 Outros.

D.6 Revestimentos, forros e elementos decorativos, marcenaria e serralheria, tratamentos


especiais

D.6.1 Revestimento (interno e externo)

D.6.1.1 Argamassa.
D.6.1.2 Azulejos, ladrilhos, hidráulicos e cerâmicos.

D.6.1.3 Mármores, granitos e arenitos.

D.6.1.4 Marmorite ou granitina.

D.6.1.5 Pastilhas cerâmicas ou de vidro.


D.6.1.6 Especiais.

D.6.2 Forros e elementos decorativos


D.6.3 Marcenaria e serralheria (portões, grades, etc.)

D.6.4 Pintura

D.6.5 Tratamentos especiais internos


D.6.5.1 Acústico.

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Professora Renata Silva Moura (28)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
D.6.5.2 Outros tratamentos e imunizações.

D.7 Pavimentações

D.7.1 Pavimentações

D.7.1.1 Tacos, parquete, frisos, pisos especiais de madeira.

D.7.1.2 Mármore, marmorite, granito, PVC.

D.7.1.3 Ladrilhos hidráulicos, ladrilhos cerâmicos, pastilhas cerâmicas.

D.7.1.4 Cimentado.

D.7.1.5 Calçadas externas.

D.7.2 Rodapés, soleiras

D.8 Instalações e aparelhos (respectivos)


D.8.1 Equipamentos de banheiro, cozinha e serviço

D.8.1.1 Louças em geral.


D.8.1.2 Metais sanitários.

D.8.1.3 Complementos: porta-papel, cabide, saboneteira, armário.


D.8.1.4 Fogão, coifa, filtro, aquecedor e metais.

D.8.1.5 Tanque e metais.

D.8.1.6 Bancas.
D.8.1.7 Outros equipamentos.

D.8.2 Instalações elétricas

D.8.2.1 Luz, força, telefone, campainha, rádio, televisão, intercomunicação.

D.8.2.2 Pára-raios.
D.8.2.3 Sinalização noturna.

D.8.2.4 Relógios elétricos.

D.8.2.5 Chuveiros elétricos.

D.8.2.6 Posteação.

D.8.3 Instalações hidráulica, sanitária e de gás

D.8.3.1 Água.
D.8.3.2 Esgoto e ventilação.

D.8.3.3 Águas pluviais.


D.8.3.4 Gás.

D.8.4 Ar-condicionado (refrigeração)


D.8.5 Ventilação mecânica (exaustão ou insuflação)

D.8.6 Instalações mecânicas


D.8.6.1 Elevadores.
D.8.6.2 Monta-cargas.

D.8.6.3 Escadas rolantes.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
D.8.6.4 Planos inclinados.

D.8.6.5 De vácuo.

D.8.6.6 De ar comprimido.

D.8.6.7 De vapor.

D.8.6.8 De oxigênio.

D.8.6.9 De lixo.

D.8.6.10 De limpeza das fachadas.

D.9 Complementação da obra

D.9.1 Calafete e limpeza

D.9.2 Complementação artística e paisagismo


D.9.2.1 Paisagismo.

D.9.2.2 Painéis artísticos.


D.9.2.3 Diversos.

D.9.3 Obras complementares


D.9.3.1 Complementares.

D.9.3.2 Acertos de pisos.

D.9.4 Ligação definitiva e certidões


D.9.4.1 Água.

D.9.4.2 Luz.

D.9.4.3 Força.

D.9.4.4 Telefone.
D.9.4.5 Gás.

D.9.4.6 Esgoto.

D.9.4.7 Águas pluviais.

D.9.4.8 Incêndio.

D.9.4.9 Certidões.

D.9.5 Recebimento da obra


D.9.5.1 Ensaios gerais nas instalações.

D.9.5.2 Arremates.
D.9.5.3 Habite-se.

D.9.6 Despesas eventuais


D.9.6.1 Indenização a terceiros.

D.9.6.2 Imprevistos diversos.


D.10 Honorários do construtor
D.11 Honorários do incorporador

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Especificações Técnicas
“Especificações Técnicas: Texto no qual se fixam todas as regras e condições a serem seguidas pelo
contratado para a execução de cada um dos serviços da obra, caracterizando individualmente os
materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o
modo como serão executados cada um dos serviços, apontando, também, as unidades de medida
que embasarão os critérios para a sua medição e pagamento.”

As especificações técnicas (ET) descrevem, de forma precisa, completa e ordenada, os


materiais e os procedimentos de execução a serem adotados na construção.
Por exemplo, a forma de execução da cerâmica de piso: tipo de cerâmica, marca, tamanho,
cor, forma de assentamento, traço da argamassa e junta. Têm como finalidade
complementar a parte gráfica do projeto.
São muito importantes, pois a quantidade de informações a serem gerenciadas ao
longo de uma obra facilmente provoca confusão, esquecimento ou modificação de
critérios, ainda mais se existem vários profissionais envolvidos.
A definição clara da qualidade, tipo e marca dos materiais é fundamental, assim como a
forma de execução dos serviços.
As partes que compõem as ET são:
GENERALIDADES (objetivo, identificação da obra, regime de execução da obra,
fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto e classificação dos serviços).
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (insumos utilizados).
DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS (baseado em Faillace, 1988).
Existem variações nas ET, conforme a finalidade. O texto pode ser mais ou menos
detalhado, conforme seja destinado a obras de empreitada, por administração ou
executadas pelo próprio dono.
Alguns organismos possuem especificações padronizadas, tais como o Banco do Brasil ou
grandes empresas do ramo industrial. Consistem de um texto completo e geral, que
descreve a maioria dos serviços possíveis, sendo complementados por serviços ou materiais
específicos da obra em questão.
Existem alguns princípios de redação, visando a clareza e objetividade. Naturalmente, o
texto deve ser bem escrito, em língua portuguesa correta, papel de tamanho
normalizado (A4), formatado e sem rasuras. Eventualmente poderá ser necessária
a tradução para outra língua (inglês, espanhol), o que deve ser feito com muito
cuidado, por causa do vocabulário técnico. A numeração e classificação dos
serviços e materiais deve ser clara e bem determinada, para não provocar
confusões.
As exigências são as normais para qualquer texto técnico.
Segue abaixo um modelo adaptado de uma especificação técnica de uma obra
PARTICULAR de edificação.

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Professora Renata Silva Moura (31)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Para as obras públicas as especificações deverão ser elaboradas conforme 11 Acórdão nº 644/2007-
Plenário. Relator: Ministro Raimundo Carreiro. Brasília, 18 abr. 2007:

9.4. determinar à [...] que: [...]

9.4.11. observe o Acórdão nº 1.292/2003-TCU-Plenário, limitando a indicação de marca aos casos


em que justificativas técnicas, devidamente fundamentadas e formalizadas, demonstrem que a
alternativa adotada é a mais vantajosa e a única que atende às necessidades da Administração,
ressalvando que a indicação de marca é permitida como parâmetro de qualidade para facilitar a
descrição do objeto a ser licitado, desde que seguida por expressões do tipo: “ou equivalente”,
“ou similar”, “ou de melhor qualidade”.

MODELO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA


LOGOMARCA EMPRESA TÍTULO - Especificações Técnicas
EX. SUMÁRIO
DADOS DO PROJETO/ EMPREENDIMENTO
ENDEREÇO DA OBRA/EMPREENDIMENTO/Nº CONTRATO ETC.
ARQUIVO ELETRONICO
REVISÃO E DATA Pag
APROVAÇAO
REV. DATA DESCRIÇÃO ELAB. POR VERIF. POR APROV. POR
01/02/2017 DOCUMENTO INICIAL XXXX XXXX XXXX
02/02/2017 DOCUMENTO REVISADO XXXX XXXX XXXX

EXEMPLO DE SUMÁRIO - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

ITEM DESCRIÇÃO

1 SERVIÇOS INICIAIS

1.1 Raspagem e limpeza mecânica do terreno

1.2 Transporte de material


1.3 Sondagem a percussão Sp.T- D = 2 1/2"

1.4 Mobilização e desmobilização por equipamento de sondagem a percussão D = 2 1/2" .


1.5 Barracão de obras

1.6 Tapume de chapa de madeira compensada (6mm),

2 LOCAÇÃO DE OBRAS

2.1 Gabaritos
3 FUNDAÇOES

3.1 Escavações
3.2 .......

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

MODELO DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA – OBRA PARTICULAR


LOGOMARCA EMPRESA TÍTULO - Especificações Técnicas
ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO
DADOS DO PROJETO/ EMPREENDIMENTO
ENDEREÇO DA OBRA/EMPREENDIMENTO/Nº CONTRATO ETC.
ARQUIVO ELETRONICO
REVISÃO E DATA Pag
APROVAÇAO
REV. DATA DESCRIÇÃO ELAB. POR VERIF. POR APROV. POR
01/02/2017 DOCUMENTO INICIAL XXXX XXXX XXXX
02/02/2017 DOCUMENTO REVISADO XXXX XXXX XXXX

ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO


INFORMAÇÕES GERAIS

Blocos de concreto para alvenaria.


Blocos de concreto decorativos.
Elemento vazado para alvenaria.
Elemento especial para proteção de muro.
Fornecedores.
Outras especificações necessárias para a execução do serviço.

Estruturas de concreto pré-fabricado armado e protendido.


Argamassa e graute para alvenaria e pilares.
Estruturas Metálicas
Materiais selantes de juntas
Pinturas
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO DO SERVIÇO:
Medição do serviço:

O serviço de execução de alvenarias de bloco de concreto será medido em m²

METROS QUADRADOS.

MATERIAIS:

BLOCOS DE CONCRETO APARENTE PARA USO EXTERNO


Tipos:

Bloco liso, para alvenaria de blocos aparentes, tipo estrutural com resistência mínima de 6 MPa.
Dimensões:

 19 x 19 x 39 cm
 19 x 19 x 19 cm (meio bloco)
 19 x 19 x 39 cm (canaleta)
 19 x 19 x 19 cm (meia canaleta)

Dimensões nominais:
Após o assentamento dos blocos na alvenaria, a dimensão nominal frontal deverá ser 20x40cm.

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Cor:

Cinza Natural.

Tolerâncias Dimensionais:

A fabricação deverá atender às dimensões padronizadas. Desvios em quaisquer direções não poderão
ultrapassar 3 mm.

BLOCOS DE CONCRETO APARENTE PARA USO INTERNO

Tipo:

Bloco liso, para alvenaria de blocos aparentes, tipo estrutural com resistência mínima de 3 MPa.
Dimensões:

 19 x 19 x 39 cm.
 19 x 19 x 19 cm (meio bloco).
 19 x 19 x 39 cm (canaleta).
 19 x 19 x 19 cm (meia canaleta).
 14 x 19 x 39 cm.
 14 x 19 x 19 cm (meio bloco).
 14 x 19 x 39 cm (canaleta).
 14 x 19 x 19 cm (meia canaleta).
 9 x 19 x 39 cm.
 9 x 19 x 19 cm (meio bloco).
 9 x 19 x 39 cm (canaleta).
 9 x 19 x 19 cm (meia canaleta).

Dimensões nominais:

Após o assentamento dos blocos na alvenaria, a dimensão nominal frontal deverá ser 20x40cm.

Cor:

Cinza natural.

Tolerâncias Dimensionais:

A fabricação deverá atender às dimensões padronizadas. Desvios em quaisquer direções não poderão
ultrapassar 3 mm.

ELEMENTO VAZADO:

Tipo:
Elemento vazado fabricado com argamassa vibro-prensada pré-moldada.

Modelo:

90A

Dimensões nominais:

 39x39x10cm

Cor:

Cinza Natural
Produto marca:

Neorex.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (34)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
FABRICANTES RECOMENDADOS:

O fornecedor dos blocos de concreto deverá ter o Selo de Qualidade concedido pela ABCP. O nome
da empresa deverá constar na relação de empresas credenciadas, divulgada no site
http://www.abcp.org.br.

Fabricantes recomendados:

xxxxxxxx- Pisos e Pré-moldados Ltda

Tel: xx xxxx. xxxx

xxxxxxxx – Pré-Moldados

Tel.: xx xxxx. xxxx

xxxxxxxx do Brasil Ltda


Tel: xx xxxx.xxxx

Contato: Fulano de tal


PARTE 3 EXECUÇÃO

PREPARAÇÃO
Verificar se os itens fornecidos por outras seções estão corretamente dimensionados e localizados
(embutidos, elétricos e hidráulicos, esquadrias, etc.).

Estabelecer linhas de níveis e de fiadas. Proteger contra eventuais interferências.


Providenciar escoramento temporário para paredes, vergas e para todos os outros trabalhos de
alvenaria durante a montagem. Manter no lugar até que o rufo e todos os outros elementos
estruturais estejam completos e então, providenciar o escoramento definitivo.

FIADA DA ALVENARIA

 Colocar a alvenaria de acordo com as linhas e níveis indicados.


 Manter a espessura das fiadas da alvenaria uniforme. Fazer com que as juntas verticais e
horizontais tenham espessuras iguais e uniformes.
 Colocar as unidades de alvenaria com junta tipo amarração, exceto quando indicado de outra
forma.
 Executar todas as juntas planas.
 Utilizar ferramenta com raio suficientemente grande para que a junta não fique excessivamente
desprovida de argamassa.
COLOCAÇÃO E ADERÊNCIA

 Assentar os blocos com juntas de base e de topo completamente preenchidas. as extremidades


deverão ter argamassa suficiente para preencher as juntas de topo. Remover o excesso de
argamassa.
 Assentar os blocos vazados de concreto cobrindo-os completamente com argamassa em suas
faces externas horizontais e verticais. No embasamento de paredes de sapatas e fundações,
estrutura de suporte (bed web), colunas e pilastras proceder da mesma forma. Fazer a completa
aderência de interseções e cantos externos e internos.
 Não empurrar ou bater de leve sobre as unidades de alvenaria depois que a argamassa já tenha
sido colocada. Em locais onde sejam necessários ajustes, remover a argamassa e recolocar.
 Executar o trabalho utilizando ferramentas adequadas para que os cantos fiquem retos e sem
arestas. Cuidar para evitar a quebra de cantos ou extremidades dos blocos.
 Onde necessário, terminar o trabalho de alvenaria de forma a combinar com as superfícies
vizinhas.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (35)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Isolar as divisórias de alvenaria dos componentes da armação estrutural vertical com uma junta
de controle.

TOLERÂNCIAS

 Manter as seguintes tolerâncias:


 Alinhamento de pilaretes: máximo de 6 mm da linha de centro
 Variação entre unidades adjacentes: 1 mm.
 Variação entre os Planos da Parede: 6 mm em 3 m. 12 mm em 6 m. 12 mm máximo.
 Variação de Prumo: 6 mm por andar, não-cumulativo.
 Variação da Fiada de nível: 3 mm em 1 m. 6 mm em 3 m. 12 mm máximo.
 Variação da Espessura de Junta: 3 mm em 1 m.
ARMADURAS E ANCORAGENS

 As alvenarias terão reforço estrutural em vigas e pilaretes embutidos, conforme Desenhos e/ou
especificação abaixo. Preencher tais vigas e pilaretes com concreto com agregado graúdo não
maior que brita nº 1.
 Paredes externas: ver Desenhos.
 Paredes internas: pilaretes com 4 ø 10 mm CA-50 a cada 3 m aproximadamente, alinhados com
pilares metálicos, onde for necessária ancoragem, e nas junções de planos de alvenaria. e vigas
com 2 ø 10 mm nas fiadas nº 6, nº 12, nº 18, nº 24, nº 30, ou mais se houver. (Ver desenhos de
estrutura).

SERVIÇOS EMBUTIDOS

 Conforme entendimentos prévios com o Fabricante das esquadrias metálicas, prever


chumbamento dos marcos ou batentes das portas e janelas durante a fase de execução da
alvenaria.
 Embutir todos os itens a prumo e nivelados.
 Assentar os chumbadores das portas de metal e os caixilhos com argamassa nas juntas.
Preencher os espaços vazios dos batentes com argamassa sólida. Preencher os núcleos da
alvenaria com graute no mínimo 30 cm das aberturas estruturadas.
 Não embutir materiais orgânicos sujeitos à deterioração.
 Inserir verga e contra-verga nas bordas superior e inferior dos vãos de alvenaria, executadas
com blocos canaleta e barras de aço.

CORTE E AJUSTES

 Cortar e ajustar entalhos para tubos, conduites, luvas e chanfros. Trabalhar em cooperação com
as outras Seções para fornecimento de dimensões, formas e localizações corretas dos embutidos.
As quebras nas alvenarias deverão ser as menores possíveis e a área afetada deverá ter retoque
perfeito na mesma textura do bloco.
 Obter aprovação antes de efetuar quaisquer cortes ou ajustes em áreas não indicadas ou onde a
aparência ou resistência da alvenaria possa ser prejudicada.
ALVENARIA PREENCHIDA COM CONCRETO:

 Executar alvenaria de blocos, obedecendo aos mesmos parâmetros descritos acima e preencher
os vazios dos blocos com graute de concreto.
 Executar alvenaria preenchida nas paredes indicadas em Projeto.
LIMPEZA

 Remover o excesso de argamassa e escorrimentos.


 Substituir a argamassa defeituosa. Alinhar com o trabalho adjacente.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (36)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Limpar superfícies encardidas com uma solução não-ácida que não prejudique a alvenaria ou
materiais adjacentes. Verifique com o fabricante de blocos quais os líquidos / substâncias
adequadas para limpeza.
 Verifique com o fornecedor da pintura externa, qual o produto indicado e o correto procedimento
para a limpeza dos blocos antes da pintura final.
 Usar ferramentas não-metálicas para operações de limpeza.

PROTEÇÃO

 Manter bordas de proteção em cantos externos expostos para que não possam ser danificados
pelas atividades da obra ou transporte.
 O Fabricante deverá fornecer fardos de blocos, paletizados, envolvidos em plástico incolor
formando um volume compacto. Cada fardo deverá ser preparado para o transporte em
condições de perfeita segurança, evitando-se quebras do material.
 Providenciar proteção sem prejudicar quaisquer serviços acabados.
 No final do dia, cobrir paredes não-terminadas para evitar a infiltração de umidade. Colocar pesos
na cobertura para evitar que infle. Manter a proteção para trabalhos de alvenaria recém-
terminada.
ENTREGA, ARMAZENAGEM E MANUSEIO

 Depositar os volumes acondicionados sobre piso preparado, como segue:


 Preparar o piso sobre terreno limpo, livre de volumes.
 Evitar formação de lama junto à base.
 Espalhar no piso camada de 2 cm de pedrisco nivelado.
 Cobrir os volumes com lona vinílica.

NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS


 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas:
 NBR 6136 e 7173 (Especificação).
 NBR 7184 e 7186 (Método de Ensaio).
 NBR 8798 (Execução, Controle, Procedimentos).
 ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland:
 Além de seguir as Normas da ABNT citadas acima o fabricante dos blocos de concreto deverá ter
o Selo de Qualidade concedido pela ABCP. O nome da empresa deverá constar na relação de
empresas credenciadas, divulgada no site http://www.abcp.org.br.

Atividade avaliativa 02- Especificações Técnicas,


Discriminação Orçamentária e Contratos

A) Qual a diferença entre especificação técnica e memorial descritivo?

B) Elabora uma D.O para o projeto proposto em nossa disciplina Anexo I.

C) Baseando-se no modelo proposto acima, elabore uma especificação técnica para a


execução de Porcelanato.

D) Liste de acordo com a lei 8.666 os principais itens de um contrato de obras.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (37)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Orçamentos
Tipos de Orçamentos
Há diversos tipos de orçamentos e a assertividade deles depende das informações
disponíveis a respeito do objeto orçado.
Se há informação detalhada e de alta qualidade, é possível desenvolver um bom
orçamento, que apresente valores com uma pequena margem de erro em relação aos
custos reais de construção deste objeto.
Ter informações abundantes, disponíveis e de qualidade sobre um empreendimento
pressupõe a contratação de bons levantamentos de dados, a realização de estudos
criteriosos e o desenvolvimento de projetos executivos e de especificações técnicas,
organizadas e detalhadas.
Orçamento preliminar: Avaliação de custo obtida através de levantamento e estimativa de
quantidades de materiais, serviços e equipamentos e pesquisa de preços médios,
usualmente utilizada a partir de anteprojeto da obra. Sendo um orçamento e não apenas
custo, deve ser incluído o BDI.
Orçamento estimativo: Avaliação detalhada do preço global da obra, obtida através do
levantamento dos serviços e quantitativos obtidos dos projetos básicos, fundamentado em
planilhas que expressem a composição de todos os custos unitários diretos e custos
indiretos, mais o BDI. ( Art. 6o, 7o e 40o da Lei no 8666/93).
Orçamento analítico ou detalhado: Avaliação do preço, com o nível de precisão adequado,
obtida através do levantamento de quantidades e de materiais, serviços e equipamentos e
composição de preços unitários, realizada na etapa de projeto e/ou projeto executivo –
inclui o BDI.
Orçamento sintético ou orçamento resumido: Corresponde a um resumo do orçamento
analítico, expresso através das etapas ou grupos de serviços, com seus respectivos totais e
preço total do orçamento da obra.
Estimativa de custos: Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados
preliminares de uma idéia de projeto em relação à área a ser construída, com a aplicação
de um valor médio por m², para determinadas opções de estrutura e acabamento,
publicadas em revistas especializadas, ou outras formas de avaliação sintética baseadas nas
experiências de outras obras similares.
Se há interesse em obter uma estimativa rápida ou baseada apenas na concepção inicial da
obra ou em um anteprojeto, o tipo mais indicado é a estimativa de custos.
Para as incorporações em condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório,
seguindo um procedimento padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 1999).
É um orçamento aproximado, adequado às verificações iniciais, como estudos de viabilidade
ou consultas rápidas de clientes.
Se os projetos não estão disponíveis, o custo da obra pode ser determinado por área ou
volume construído.
Os valores unitários são obtidos de obras anteriores ou de organismos que calculam
indicadores.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (38)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Por exemplo, o CUB (Custo Unitário Básico), definido pela NBR 12721 e calculado pelo
Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada estado é um indicador do custo unitário
de construção (ABNT, 2006).
Outros exemplos Noções de Orçamento e Planejamento de Obras são o SINAPI (CAIXA), os
indicadores da Fundação Getúlio Vargas (coluna 35, por exemplo) e os custos médios
publicados pela editora Pini, na revista Construção e Mercado.
Este valor é estimativo, e é indicado para a análise inicial de viabilidade, ou seja, permite
ao proprietário ou interessado a verificação da ordem de grandeza, adequação ao seu
orçamento, enfim, se deve ou não prosseguir na análise, já que provavelmente as etapas
seguintes necessitarão de dispêndios financeiros (confecção de anteprojeto, taxas, novos
orçamentos, etc.).
O CUB é um indicador do custo de construção, utilizado para a estimativa inicial e para o
reajuste dos valores monetários calculados nos Quadros da NBR 12721.
O CUB é calculado com base em um conjunto de materiais (lotes básicos), gerado a partir
da análise de um conjunto de projetos típicos.
A versão inicial considerava 24 tipos de projetos habitacionais construídos nas grandes
cidades brasileiras em 1964. Os lotes de materiais foram atualizados em 1992, e em 1999
foram incluídos projetos comerciais, de habitação popular e de galpão industrial, mantendo
ainda os projetos habitacionais originais.
Existem 12 tipos de CUB residenciais, definidos com base em projetos-padrão que
consideram o número de pavimentos (1, 4, 8 ou 16) e o padrão de acabamento (Baixo,
Normal ou Alto).
A Norma também prevê custos para obras populares, comerciais e industriais.
Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR 12721:2006
Área
Dormi- Área Real Equiva-
Sigla Nome e Descrição
tórios (m²) lente
(m²)
R1-B Residência unifamiliar padrão baixo: 1 pavimento, com 2 dormitórios,
2 58,64 51,94
sala, banheiro, cozinha e área para tanque.
R1-N Residência unifamiliar padrão normal: 1 pavimento, 3
dormitórios,sendo um suíte com banheiro, banheiro social, sala,
3 106,44 99,47
circulação,cozinha, área de serviço com banheiro e varanda (abrigo
para automóvel).
R1-A Residência unifamiliar padrão alto: 1 pavimento, 4 dormitórios, sendo
um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social,
4 224,82 210,44
sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha,área de
serviço completa e varanda (abrigo para automóvel).
RP1Q Residência unifamiliar popular: 1 pavimento, 1 dormitório,
1 39,56 39,56
sala,banheiro e cozinha.
Residência Multifamiliar - Projeto de interesse social: Térreo e
4pavimentos/tipo. Pavimento térreo: Hall, escada, 4 apartamentos por
andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.
PIS Na área externa estão localizados o cômodo da guarita, com banheiro 2 991,45 978,09
e central de medição.
Pavimento-tipo: Hall, escada e 4 apartamentos por andar, com
2dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (39)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Residência Multifamiliar - Prédio popular - padrão baixo: térreo e3
pavimentos-tipo. Pavimento térreo: Hall de entrada, escada e 4
apartamentos por andar com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço.Na área externa estão localizados o cômodo de lixo,
PP-B 2 1.415,07 927,08
guarita, central de gás, depósito com banheiro e 16 vagas
descobertas.Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada e 4
apartamentos por andar,com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e
área de serviço.
Residência Multifamiliar - prédio popular - padrão normal: Pilotis e4
pavimentos-tipo.Pilotis: Escada, elevador, 32 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo, depósito,hall de entrada, salão de festas,
PP-N copa, 3 banheiros, central de gás e guarita.Pavimento-tipo: Hall de 3 2.590,35 1.840,45
circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar, com
três dormitórios, sendo um suíte, sala de estar/jantar, banheiro social,
cozinha, área de serviço com banheiro e varanda.
Residência Multifamiliar padrão baixo: Pavimento térreo e 7
pavimentos-tipo Pavimento térreo: Hall de entrada, elevador, escada e
4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha
R8-B e área para tanque. Na área externa estão localizados o cômodo de 2 2.801,64 1.885,51
lixo e 32 vagas descobertas. Pavimento-tipo: Hall de circulação,
escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro,
cozinha e área para tanque.
Residência Multifamiliar, padrão normal: Garagem, pilotis e oito
pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo depósito e instalação sanitária. Pilotis:
Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, 2
R8-N 3 5.998,73 4.135,22
banheiros, central de gás e guarita.Pavimento-tipo: Hall de circulação,
escada, elevadores e quatro apartamentos por andar, com três
dormitórios, sendo um suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha,
área de serviço com banheiro e varanda.
Residência Multifamiliar, padrão alto: Garagem, pilotis e oito
pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 48 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária.Pilotis:
Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de
R8-A jogos,copa, 2 banheiros, central de gás e guarita.Pavimento-tipo: Halls 4 5.917,79 4.644,79
de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar, com 4
dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com
banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala
íntima,circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda.
Residência Multifamiliar, padrão normal: Garagem, pilotis e 16
pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 128 vagas de
garagem cobertas, cômodo de lixo depósito e instalação
sanitária.Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas,
R16-N 3 10.562,07 8.224,50
copa,2 banheiros, central de gás e guarita.Pavimento-tipo: Hall de
circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar, com
três dormitórios, sendo um suíte, sala de estar/jantar, banheiro social,
cozinha e área de serviço com banheiro e varanda.
Residência Multifamiliar, padrão alto: Garagem, pilotis e 16
pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 96 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo,depósito e instalação sanitária.Pilotis:
R16-A Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de 4 10.461,85 8.371,40
jogos,copa, 2 banheiros, central de gás e guarita.Pavimento-tipo: Halls
de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar, com 4
dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com

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Professora Renata Silva Moura (40)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima,
circulação,cozinha, área de serviço completa e varanda.
Edifício comercial, com lojas e salas: Garagem, pavimento térreo e 8
pavimentos-tipo.Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo,depósito e instalação sanitária.Pavimento
CSL-8 térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e lojas.Pavimento-tipo: - 5.942,94 3.921,55
Halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário
privativo por andar.

Edifício comercial, com lojas e salas: Garagem, pavimento térreo e 16


pavimentos-tipo.Garagem: Escada, elevadores, 128 vagas de
garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito e instalação
CSL-16 - 9.140,57 5.734,46
sanitária.Pavimento térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e
lojas.Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e oito
salas com sanitário privativo por andar.
Edifício comercial andares-livres: Garagem, pavimento térreo e oito
pavimentos-tipo.Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem
cobertas, cômodo de lixo,depósito e instalação sanitária.Pavimento
CAL-8 - 5.290,62 3.096,09
térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e lojas.Pavimento-tipo:
Halls de circulação, escada, elevadores e oito andares corridos com
sanitário privativo por andar.
Galpão industrial: Área composta de um galpão com área
GI - 1.000,00
administrativa, 2 banheiros, um vestiário e um depósito.
Fonte: ABNT NBR 12721:2006

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Professora Renata Silva Moura (41)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

http://www.sinduscon-mg.org.br/wp-content/uploads/2017/07/tabela_cub_desonerado_junho_2017.pdf

É importante saber...
Área privativa: É aquela onde o proprietário detém a integridade do seu domínio,
constituído pela superfície limitada pela linha externa que contorna as paredes das
dependências de uso privativo e exclusivo do proprietário, sejam elas cobertas ou
descobertas e pelo eixo das paredes que separem de outra unidade , no mesmo piso. O
mercado utiliza, via de regra, outras expressões, como área útil, e até mesmo 'área de
vassoura', para denominar aquela situada dentro do ambiente exclusivo do condômino.
Importante ressaltar que esta é a área individual, a área em que o condômino detém todo o
seu domínio, restrito aos limites, sendo portanto a área mais importante no momento da
compra e sobre a qual o adquirente atribui a maior importância, devendo inclusive ser
objeto direto de questionamento quando da transação.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (42)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Áreas de uso comum: Aquelas que podem ser utilizadas em comum por todos os
proprietários das unidades autônomas, sendo franqueado o acesso, seu uso e gozo, de
forma comunitária, constituídos, por exemplo, pelo hall do prédio, áreas de lazer,
corredores de circulação, etc.

Áreas de divisão não proporcional: Aquelas de uso privativo ou comum a uma ou várias
unidades autônomas, independente de qualquer relação de proporcionalidade com as
respectivas áreas privativas de construção, ou seja, áreas que, embora situadas fora da
área privativa e exclusiva do uso do condômino, são a ele pertencentes, podendo também
pertencer a mais de um condomínio. O exemplo mais usual da área de divisão não
proporcional são as vagas de garagem, que embora situadas em local de uso comum, a sua
utilização se restringe ao titular da unidade autônoma correspondente ao respectivo box.

Áreas de divisão proporcional: Aquelas de uso comum, distribuídas às unidades autônomas


na proporção dos respectivos percentuais que ocupam na edificação. Assim todos
compartilham, na proporcionalidade de suas respectivas frações, as áreas que são comuns
a todas as unidades.

Área de construção: Soma da área privativa da unidade autônoma, com as parcelas de uso
comum, formando assim a área total de construção, que corresponde ao montante que o
proprietário da unidade possui no futuro empreendimento, chamando a atenção para não
confundi-la com a área privativa, restrita à unidade e ao uso exclusivo do proprietário, haja
vista que a área total é utilizada para efeito de cálculo do rateio das despesas de
construção, uma vez que o pagamento do custo da obra impõe gastos não só com a
unidade privativa, mas também com as partes comuns, bem como para lançamento de
IPTU.

Área equivalente de construção: Aquela estimada ou fictícia, baseada no custo unitário


básico aplicável ao empreendimento, tendo o mesmo valor monetário que o efetivamente
calculado para a área real correspondente. Assim, num exemplo claro, a área de uma
garagem equivale, para efeito de custeio, por exemplo, à metade do valor da área de um
apartamento, ou seja, o dispêndio para se erguer um metro quadrado de garagem é o
mesmo para se erguer meio metro quadrado de um apartamento, assim como às áreas
descobertas é atribuído um percentual de valor de 25% correspondente à área de um
apartamento, por exemplo.

Fonte: www.tudosobreimoveis.com.br

A NBR 12721/2006 (Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção


para incorporação de edifício em condomínio), que substituiu a NBR 12721/1999 e a NB
140/1965, define os critérios para orçamentos de obras em condomínio.
Emprega o CUB para determinar o custo da obra, através de ponderações, de acordo com
as características do prédio. A finalidade do método proposto na norma é o detalhamento
do prédio para o registro em cartório, garantindo a condôminos e construtores um

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (43)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
parâmetro de controle para a obra a ser executada, e facilitando a discussão de eventuais
alterações que possam ocorrer durante a obra.
Segundo GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil
brasileira. São Paulo: Pini, 1997. Para o estudo de viabilidade simplificado precisamos
entender:

1ª - FASE - Viabilidade da construção


Dados
 Projeto arquitetônico
 Especificações Técnicas e de acabamento da obra
 Prazo da obra
Obter
 Viabilidade o Empreendimento
Setores envolvidos
 Vendas:
 Valor do terreno
 Valor de Venda dos imóveis
 Despesas com promoções
 Financeiro:
 Despesas financeiras
 Arquitetura:
 Estudos preliminares
1ª - FASE - Viabilidade da construção – Três setores
Promoção e comercialização:
Valor de terreno:
Pode ser obtido diretamente com proprietários que tenham interesse na venda, através de
um custo médio por m² de terreno (valores estimativos) e empresas imobiliárias
especializadas.
Valor de venda dos imóveis:
Pode ser obtido através de vendas de imóveis semelhantes, em regiões próximas ao local
em estudo, através de anúncios publicados nos meios de comunicação, por estimativas de
custo/m² de área útil por unidade, entre outros.
Despesas com promoções:
Em função da política promocional da empresa ou através de percentual do volume geral de
vendas, cobrado por empresas especializadas.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (44)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Financeiro:
Pode –se empreender um projeto com recurso próprio, ou através de recursos de terceiros,
entre eles os financiamentos (mais comuns). Tanto na utilização de recursos próprios como
na utilização de recursos de terceiros a empresa incorre em despesas financeiras que
devem ser computadas na viabilidade de um empreendimento.
Arquitetônico:
Fornece os subsídios básicos para a avaliação e para o próprio empreendimento, ou seja, o
projeto arquitetônico e as especificações de acabamento de obra.
Nem sempre na 1ª fase (de viabilidade do empreendimento as empresas ainda não têm o
projeto arquitetônico detalhado, em muitos casos nem o projeto básico, mas simplesmente
um estudo preliminar do empreendimento.
Ocorre muitas vezes que por questões de negociações nem sempre é possível esperar que
o projeto esteja pronto, e por isso mesmo a viabilidade é feira de maneira estimativa.
Um elemento que hoje é fundamental a uma correta viabilidade que se não pode deixar de
levarmos em conta é o prazo da obra.
Considerando que o prazo é um pouco delimitado pelo prazo técnico de execução,
lembramos que sua variação implica alterações no custo direto e indireto de construção e
nas despesas financeiras, entre outros.
Sua importância aumenta ainda mais, com o acréscimo real dos custos da mão-de-obra e
seus respectivos encargos sociais.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (45)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
EXEMPLO SIMPLIFICADO DE UMA VIABILIDADE ECONÕMICA: (GOLDMAN, P. Introdução
ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. São Paulo: Pini, 1997.)

Seja uma edificação multifamiliar, formada por dez apartamentos com sala, três quartos,
totalizando uma área equivalente de construção de 1.600 m² . O padrão de acabamento do
empreendimento é normal, tendo um custo/m² de área equivalente de construção da
ordem de R$900,00/m² em setembro de 2003.
A área do terreno tem 400,00m² e o valor por metro quadrado do terreno é de
R$600,00/m².
As despesas financeiras, levando-se em conta o prazo da construção, são de 8%.
O valor da venda de cada apartamento corresponde a R$270.000,00.
As despesas com promoção de vendas correspondem a 5% do valor geral de vendas.
Pede-se:
1. Calcular o lucro do empreendimento
2. Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação às despesas da
mesma
3. Calcular o índice que representa o lucro em relação ao valor do terreno
4. Calcular em porcentagem o lucro do empreendimento em relação à receita.

SOLUÇÃO:
A – Receitas:
 Quantidade: dez apartamentos
 Valor venal: R$ 270.000,00 por apartamento
 Receita total: 10 x R$ 270.000,00 = R$ 2.700.000,00
B – Despesas:
B1 – Terreno:
 Área do terreno = 400 m²
 Valor do terreno por metro quadrado de sua área = R$ 600,00/m²
 Valor do terreno = R$600,00/m²x 400 m² = R$ 240.000,00

B2 – Construção:
 Área total equivalente da construção = 1.600 m²
 Custo por m² de área equivalente de construção= R$ 900,00/m²
 Custo da construção = 1.600,00m² x R$900/ m² = R$ 1.440.000,00

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (46)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
B3 – Despesas Financeiras:
 Valor da construção = R$ 1.440.000.00
 Percentual das despesas financeiras: 8%
 Despesas financeiras: 0,08 x R$ 1.440.000,00 = R$ 115.200,00

B4 – Despesas com vendas:


 Valor geral de vendas (V.G.V) = R$ 2.700.000.00
 Percentual das despesas com vendas: 5%
 Despesas com vendas: 0,05 x R$ 2.700.000,00 = R$ 135.000,00
 Total de despesas: B1 + B2 + B3 + B4 = R$ 1.930.200,00
 RESPOSTAS:
 1 - Lucro do Empreendimento:
 Receitas – Despesas = R$ 2.700.000,00 – 1.930.200,00 = R$ 769.800,00
 2 - Percentagem o lucro do empreendimento em relação às despesas:
 (lucro/Despesas) x 100 = (769.800,00/1.930.200,00) x 100= 39,88%
 3 - Índice do lucro em relação ao valor do terreno:
 (lucro/terreno) x 100 = (769.800,00/240.000,00) x 100 = 320,75%
 4 – Percentagem do lucro em relação à receita total:
 (lucro/receita) x 100 = (769.800,00/2.700.000,00) x 100 = 28,51%

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Atividade avaliativa 03 – Custo Unitário Básico – Estudo de


viabilidade
Estudo de viabilidade de um empreendimento
Você foi contratado para a implantação de um edifício de residencial multifamiliar, cujas
características estão listadas abaixo, para a comercialização deste empreendimento você
fará um estudo de viabilidade econômica, analise os dados apresentados abaixo e responda
as questões de A, B, C e D a seguir:
Características do empreendimento:
 Garagem: Escada, elevadores, 96 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito
e instalação sanitária.
 Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de jogos, copa, 2
banheiros, central de gás e guarita.
 Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar,
com 4 dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro
social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha, área de serviço
completa e varanda.
 Área equivalente de 8.371,40 m²
Terreno para implantação do empreendimento:
 Terreno retangular com 40,00 x 30,00 metros.
 Valor do terreno adquirido incluindo despesas de cartório = R$ 400,00/m²
As despesas financeiras:
 Levando-se em conta o prazo da construção, são de 8%.
O valor da venda:
 O valor da venda de cada apartamento corresponde a R$777.000,00.
Despesas com promoção:
 As despesas com promoção de vendas correspondem a 5% do valor geral de vendas.

**** Utilize as tabelas de CUB a Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR
12721:2006 e os valores de junho de 2017 apresentados anteriormente.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (48)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Iniciando o processo de orçamentação


Indispensável em qualquer contratação pública o orçamento, de uma obra é a tradução do
projeto para termos financeiros.

Os erros nos processos de orçamentação devem ser evitados, segundo a cartilha de


Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de
contas da União (TCU) temos como as ....”principais dentre as causas para deficiências no
processo de formação de preços, citam-se os projetos incompletos, defasados e/ou deficientes e o
uso inadequado de referências de preços ou, ainda, a própria deficiência do sistema referencial
utilizado. Profissionais mal preparados, em termos de conhecimentos basilares de engenharia de
custos, também têm o potencial de inserir relevantes imprecisões na avaliação do custo da obra.

Causas para a deficiência de


orçamentos. (TCU)

Em primeiro e definitivo passo, não é possível elaborar um orçamento referencial adequado sem a
existência de um projeto completo de engenharia, contendo todos os elementos estabelecidos em lei.
Os projetos básicos que fundamentam as contratações de obras públicas devem conter os
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborados com base nas indicações
dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento, e que possibilitem a avaliação do custo da obra e a
definição dos métodos e do prazo de execução.”

Portanto para iniciarmos este processo de orçamentação será necessário:


 Análise minuciosa de todos os projetos, especificações técnicas, cronograma e etc..
 Relação completa dos serviços que constam no mesmo para a realização da
obra/empreendimento, Discriminação Orçamentária (D.O).
 Composição analítica dos Custos Unitários dos serviços, indicando os insumos e seus
respectivos coeficientes de consumo.
 Cotação de Preço dos materiais, custo horário dos equipamentos e etc.
 Cálculo do custo horário da mão de obra.
 Quantificação dos serviços.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Roteiro de cálculo do orçamento – Passo a Passo


*As informações deste módulo estão contidas o livro TISAKA, Maçahico. Orçamento na
construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini, 2006 e cartilha de Orientações
para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da União
(TCU)

1º Passo – Reunir todos os projetos


Ter em mãos o projeto básico ou projeto executivo com todos os projetos complementares,
etc, e memoriais descritivos, especificações.
**** Para nossas atividades utilizaremos o projeto – ANEXO I disponível em:
http://www.caixa.gov.br/Downloads/banco-projetos-projetos-HIS/casa_42m2.pdf

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

2º Passo – Criar uma Planilha


Preparando a planilha orçamentária.
A Planilha orçamentária é a relação de todos os serviços com as respectivas unidades de
medida, quantidades e preços unitários, calculados a partir dos projetos, cronograma,
demais especificações técnicas e critérios de medição.
Segundo a cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras
Públicas do Tribunal de contas da União (TCU) uma planilha orçamentária deve conter:
 Subtotais para cada grupo de serviços que compõem uma etapa ou parcela do
empreendimento.
 Descrição da obra a que se refere.
 Data-base do orçamento.
 Indicação do edital ou contrato a que se refere.
 Número da revisão.
 Nome, habilitação, número de registro no órgão competente e assinatura do
responsável técnico que elaborou o orçamento.
 Coluna com o item ou subitem.
 Coluna com o código da composição de preço unitário utilizada ou fonte e código da
composição de custo unitário, no caso de ser utilizada uma composição obtida em
sistema referencial de custos.
 Coluna com a descrição do serviço.
 Coluna com a unidade de medida.
 Coluna com a quantidade do serviço.
 Coluna com o preço unitário do serviço.
 Coluna com o preço total de cada serviço.

(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU))

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Professora Renata Silva Moura (51)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Outro exemplo de estrutura de planilha....

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

Proponente

Empreendimento ( Nome/Apelido) UF
MG
Programa Data-Base (mês de referência)

novembro-2005
Regime de execução das obras:

Intervalos admissíveis sem


Composição do BDI sugerida
justificativa
Composição de BDI Adotada BDI Proposto: 29,60%
Garantia (G) De 0,00% até 0,42% Garantia: 0,00
Risco (R) De 0,00% até 2,05% Risco: 0,02 BDI = (1+AC)x(1+DF)x(1+(G+R))x(1+L)) -1
Despesas financeiras (DF) De 0,00% até 1,20% Despesas financeiras: 0,01 1-T
Observação:
Administração Central (AC) De 0,11% até 6,00% Administração central: 0,06
i) Composição do BDI, intervalos admissíveis e Fórmula
Lucro (L) De 3,83% até 8,00% Lucro: 0,08 de cálculo nos termos do Acórdão 325/2007 do TCU.
Tributos (T) De 5,65% até 8,65% Tributos: 0,09
VALORES (R$)
CUSTO PREÇO
ITEM CÓDIGO FONTE DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UN QUANT
UN IT Á R I
O
TOTAL ITEM UN IT Á R IO TOTAL ITEM

1 SERVIÇOS PRELIMINARES 49.984,98 64.755,88


1.1 73859/001 SINAPI Raspagem e limpeza mecânica do terreno m2 6.600,00 0,21 1.386,00 0,27 1.782,00
Sondagem a percurssão Sp.T- D = 2 1/2" com
1.2 SON-SPT-010 SETOP m 72,00 48,00 3.456,00 62,21 4.479,12
medida de SPT (Faturamento mínimo = 30 M)
Mobilização e desmobilização por equipamento de
1.3 SON-SPT-005 SETOP UNID 1,00 600,00 600,00 777,60 777,60
sondagem a percurssão D = 2 1/2"

1.4 LOC-TOP-015 SETOP Serviço Topográfico (locação da obra) por ponto pt 106,00 30,00 3.180,00 38,88 4.121,28
Barracão de obras em chapa de madeira
compensada, banheiro, cobertura em
1.5 74242/001 SINAPI m2 40,00 121,92 4.876,80 158,01 6.320,40
fibrocimento 4 MM, incluso instalações hidro-
sanitárias e elétricas.
14.5 HID-TUB-060 SETOP Tubulação de 150mm classe A pb com conexões m 200,00 43,43 8.686,00 56,29 11.258,00

Reaterro compactado de vala com equipamento


14.6 72920 SINAPI m3 160,00 9,41 1.505,60 12,20 1.952,00
de placa vibratória

15 PROJETO DE SEGURANÇA 3.207,68 4.157,12


Extintor incêndio água-pressurizada 10L incl
15.1 73775/002 SINAPI suporte parede carga completa, fornecimento e unid 32,00 100,24 3.207,68 129,91 4.157,12
instalação.
TOTAL DO EMPREENDIMENTO 5.071.689,95 6.555.481,65

Declaro para os devidos fins que os itens apresentados neste Orçamento Discriminativo estão com os
quantitativos compatíveis com os projetos / especificações técnicas que compõem a proposta do referido
Contrato de Repasse e os custos unitários previstos são iguais ou inferiores à mediana do SINAPI atendendo,
portanto, à Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO em vigor.

Responsável Técnico: Renata Silva Moura CREA 77245/D

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (52)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

3º Passo – Levantar todos os serviços Envolvidos


Discriminar todos os serviços e colocá-los em grupos seguindo uma ordem lógica, como
vimos anteriormente no item Discriminação Orçamentária Anexo D – NBR 12721.

Atividade Avaliativa 04 – Montagem da Planilha


A) Monte uma planilha orçamentária conforme o segundo modelo apresentado.

4º Passo – Levantar os quantitativos


Levantar as quantidades de cada serviço envolvidos nos projetos com suas respectivas
quantidades.

Segue abaixo as recomendações da Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas


Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da União (TCU)

....“A Lei de Licitações e Contratos veda expressamente a inclusão, no objeto da licitação, de


fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. A infração a essa disposição implica
a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.

Se, por um lado, a omissão ou subestimativa de serviços exigirão a futura celebração de termos de
aditamento contratual para incluir e/ou acrescer os serviços omitidos/subestimados, por outro lado,
a superestimativa de quantitativos pode causar uma série de prejuízos ao erário.

Também é importante ressaltar que o ônus de provar a boa e regular gestão dos recursos públicos é
do gestor. Portanto, exige-se a produção de uma memória de cálculo das quantidades de serviços da
planilha orçamentária.

O levantamento de quantitativos é realizado a partir da leitura e análise de projetos, fazendo-se o


cálculo das quantidades dos diversos tipos de serviços na forma estabelecida pelos respectivos
critérios de medição e pagamento.
De modo geral, as quantidades podem ser verificadas por simples contagem ou por procedimentos
elementares de geometria (cálculo de áreas, perímetros, comprimentos e volumes). Porém, deve-se
ter em mente que o quantitativo de alguns serviços não pode ser estimado com precisão, citando-se
como exemplo a cravação de estacas pré-moldadas de concreto. Quando, pela natureza do serviço,
não for possível estimar a sua quantidade necessária com precisão, a estimativa deverá considerar
os valores médios ou mais prováveis de serem observados durante a execução da obra, nas
condições e hipóteses consideradas na elaboração do orçamento. Veda-se a inclusão ou
acréscimos de quantitativos para compensar alguma margem de erro ou contingência na
execução do serviço.

Assim, não é admissível a elaboração de planilhas orçamentárias de obras públicas com injustificada
superestimativa dos quantitativos dos serviços previstos, não podendo deixar a cargo da fiscalização
contratual a tarefa de reter os quantitativos excedentes, uma vez que ela própria deve estar sujeita

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (53)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
aos controles internos ditados naturalmente pelo projeto da obra, que se constitui no referencial
físico e financeiro do empreendimento (Acórdão 1.874/2007 – Plenário).

Outro ponto importante a se considerar no levantamento de quantitativos é a escolha das unidades


de medida, que devem ser coerentes com as práticas de mercado e com as formas de medição e
pagamento previstas no caderno de encargos ou nas especificações técnicas dos serviços.

Os quantitativos e preços unitários presentes na planilha orçamentária podem variar


consideravelmente em função dos critérios de medição e pagamento dos serviços. Por exemplo, na
execução de cobertura com telhas de aço galvanizado, podem ser adotados dois critérios de medição
distintos: (i) considerando a área de projeção horizontal do telhado como parâmetro de medição ou.
(ii) considerando a área de telhado efetivamente executada, a qual sofre influência do grau de
inclinação do telhado e do número de águas executadas. Por exemplo, o desenho esquemático a
seguir ilustra um telhado com quatro águas:

Figura 19 – Ilustração do cálculo de área de um telhado.

A projeção horizontal do telhado é um retângulo de área igual a 136,08 m2, que deveria ser o
quantitativo do serviço planilhado, no caso de utilização do primeiro critério de quantificação
exemplificado. Caso fosse utilizado o segundo critério de quantificação, a área medida seria de
177,19 m2, o que representa uma grandeza 30,2% maior do que a área de projeção horizontal.
A fim de evitar extensa reprodução de critérios de quantificação, recomenda-se que o edital, projeto
básico ou termo de referência preveja expressamente no corpo de seu texto o uso de critérios de
medição e pagamento estabelecidos em algum caderno de encargos. Por exemplo, em obras de
edificações podem ser utilizados os critérios de quantificação do Manual de Obras Públicas-
Edificações – Práticas da Seap, disponível em
http://www.comprasnet.gov.br/publicacoes/manual.htm.

Para obras de saneamento básico, edificação, infraestrutura urbana e equipamentos públicos,


também podem ser utilizados os critérios de medição estabelecidos nos cadernos técnicos do Sinapi.
Nesse caso, é automaticamente obtida a necessária aderência entre um orçamento referencial
elaborado com base no Sinapi e os respectivos critérios de quantificação. Alguns dos critérios de
medição adotados pelo Sinapi são apresentados a seguir:

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (54)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU))

Segue alguns critérios de medição recomendados:

Atividade Unidade Critério Recomendado

1 Serviços Iniciais

Área do pavimento terreno da obra, acrescida


Limpeza de terreno m²
de uma faixa de 2 m em todo o perímetro.

Área exigida no local ou perímetro com altura


Tapumes m²
de 3 m.

Marcação da obra em solo m² Exigida no local ou perímetro com altura de 3m

Marcação da obra em laje m² Área do pavimento considerado

Demolição ou remoção de pisos,


m² Área do elemento a ser demolido ou removido.
forros, cobertura e esquadrias.

Demolição de alvenaria e concreto. m³ Volume a ser demolido

Remoção de entulho. m³ Volume a ser removido

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (55)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

2 Movimento de solo

Escavação do solo manual ou Volume real de escavação (considerar apenas as



mecânica partes enterradas das peças):

* com escoramento: talude vertical com folga


periférica de 10 cm de cada lado.

* sem escoramento: talude variável de 45º


(areia), sem folga, até 90º (rocha ou solo
firme), com folga de 10cm de cada lado.

Regularização de fundo de valas m² Área do fundo da vala.

Volume de escavação menos volume enterrado


Reaterro compactado manual ou
M³ da peça(empolamento considerado na
mecanicamente
composição).

Aterro com material importado Volume a ser aterrado (empolamento



(areia, argila, brita, saibro) considerado na composição).

Volume enterrado do elemento (considerando


Remoção de solo m³
empolamento na composição).

3. Fundações

Instalação do equipamento de Mobilização: transporte e instalação do


unid.
estaqueamento equipamento

Comprimento de projeto, de acordo com o


Estacas m
diâmetro e tipo.

Corte de estaca ou arrasamento unid. Quantidade de estacas.

Considerar a largura efetiva da escavação e esp.


Lastro de concreto magro m³
de 5 cm.

Alvenaria de pedra m³ Volume de projeto.

Concreto m³ Volume de projeto.

Área lateral das peças de concreto (blocos,


Formas para fundação m²
sapatas, vigas).

Armadura para fundação kg Considerar quantidades de projeto.

4. Estrutura

Escoramento de pilares m Altura dos pilares.

Escoramento de vigas m Comprimento das vigas, descontando os pilares.

Escoramento de lajes m² Área das lajes, descontando vigas e pilares.

Formas de pilares m² Área lateral dos pilares.

Área lateral e inferior das vigas, descontando os


Formas de vigas m²
pilares.

Formas de lajes m² Área das lajes, descontando as vigas e pilares.

Armadura de estrutura kg Considerar quantidades de projeto

Concreto moldado in loco:preparo,


m³ Volume de projeto.
lançamento e cura.

Concreto usinado: aquisição,


m³ Volume de projeto
lançamento e cura.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (56)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Concreto usinado: bombeamento. m³ Volume que necessita bombeamento

Quantidade de peças, de acordo com o tipo (de


acordo com o catálogo do fabricante ou por
Concreto pré-moldado. um
composição especial, se produzido pela própria
empresa). incluir transporte e montagem.

5. Fechamentos

Área real, descontando os vãos (os


acabamentos dos vãos devem ser considerados
Alvenaria de tijolos. m²
em separado), de acordo com a espessura e o
tipo de alvenaria.

Comprimento, de acordo com a espessura da


Encunhamento. m
parede

Divisórias leves. m² Área real, descontando os vãos

Conforme projeto ou pela medida do vão mais


Vergas. m
10cm

6. Revestimentos

Área real (golas de esquadrias consideradas em


Chapisco, emboço e reboco. m²
separado).

Área real (golas, faixas de menos de um metro


Azulejos e pastilhas. m² e cantos devem ser considerados
separadamente)

Peitoris. m Comprimento real

Pisos e contrapisos. m² Área real

Comprimento real, conforme tipo e largura da


Soleiras. m
peça.

Comprimento real, conforme tipo e largura da


Degraus. m peça, somando os
espelhos.

Rodapés. m Comprimento real.

Área real (acessórios considerados


Forros de PVC ou madeira. m²
separadamente).

Área real acrescida de 50% por m de negativo


(cada m de negativo custa aproximadamente
Forros de gesso m/m²
0,5m²) – acessórios considerados
separadamente.

7. Cobertura

Área em projeção (inclinação considerada na


Estrutura de madeira ou metálicas. m²
composição).

Área em projeção (inclinação considerada na


Telhamento. m²
composição).

Cumeeiras, calhas,capeamentos, Comprimento real, conforme o tamanho do


m
algerozas e dutos de queda. elemento (diâmetro ou corte)

8. Esquadrias e vidros

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (57)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Esquadrias de madeira. un Conforme tamanhos e tipos.

Esquadrias metálicas ou plásticas. m² Área real do vão.

Acabamento das golas. m Perímetro de alvenaria no vão.

Ferragens. unid. Conforme tipo e marca.

Vidros.

9. Pinturas e tratamentos

Pintura em alvenarias. m² Área real.

Área real das duas faces (consumo extra de


Pintura em esquadrias. m² material e mão-de-obra considerado nas
composições).

Pintura ou tratamento de estrutura Área em projeção (inclinação considerada na



de cobertura. composição).

10. Impermeabilizações.

Impermeabilização de baldrame. m Comprimento das vigas.

Impermeabilização de lajes
m² Área real das lajes.
internas.

Impermeabilização de coberturas. Área real das lajes, considerando detalhes



(ralos, cantos, etc) em separado.

Exemplo de uma memória de cálculo:


1 SERVIÇOS PRELIMINARES

1.1 Limpeza manual do terreno com raspagem superficial m²

Largura (m) Comprimento (m) Área (m²)


10,00 15,00 150,00

Atividade Avaliativa 05- Memória de Cálculo


1) Elabore uma memória de cálculo para este projeto seguindo o modelo apresentado

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (58)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

5º Passo – Levantar os insumos a serem utilizados


Levantar e listar todos os tipos de materiais, especialidades de mão de obra e de
equipamentos que constam da tabela de composição de custos Unitários que ser pretende
utilizar.

6º Passo – Determinar os salários, leis sociais e encargos complementares.


Determinar o salário do trabalhador de cada especialidade a ser utilizada ( mínimo, piso
salarial ou vigente na obra ou região).
De acordo com a norma técnica para elaboração de orçamento de obras de construção
Civil NORMA TÉCNICA IE – Nº 01/2011 Aprovado pelo Plenário do Conselho Deliberativo em
2011 (www.iengenharia.org.br)
“...16.1. ENCARGOS SOCIAIS

São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultantes de


Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores.
16.2. DIVISÃO DOS ENCARGOS SOCIAIS

Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis:

 Encargos Sociais Básicos e obrigatórios.


 Encargos Incidentes e Reincidentes.
 Encargos Complementares.

16.2.1. Os Encargos Sociais Básicos e obrigatórios são aqueles constantes da legislação


previdenciária e trabalhista em vigor.

16.2.2. Os encargos incidentes e reincidentes são aqueles oriundos de incidência ou reincidência dos
encargos sociais básicos sobre outros, em conformidade com as obrigações legais.

16.2.3. Os encargos complementares são os benefícios concedidos aos trabalhadores provenientes


da legislação trabalhista e de acordos coletivos sindicais de cada região.

16.2.4. A soma das taxas de Encargos Sociais corresponde ao percentual a ser aplicado sobre os
salários para a determinação dos custos de mão-de-obra.

16.2.5. Os índices ou taxas que compõem a taxa geral de encargos sociais são obtidos a partir das
disposições da legislação federal referente ao assunto, bem como através da aplicação de cálculos
utilizando parâmetros de referencia, bem como dados estatísticos relativos a cada assunto.

Nota: Sempre que houver mudanças na legislação referente ao assunto, é necessário fazer as
devidas correções ou adequações na aplicação dos percentuais e/ou no cálculo dos encargos sociais.

16.2.6. Os dados estatísticos que fazem parte dos cálculos de alguns índices dos encargos sociais
devem ser obtidos em fontes idôneas e reconhecidas como tal, de preferência instituições oficiais, e
devem ser obtidos com metodologia bem definida.
17. COMPONENTES DOS ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS

17.1. CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA DE HORISTAS

Para a obtenção do custo de mão-de-obra operacional na elaboração do orçamento, o percentual


total das “Leis Sociais” é aplicado sobre os coeficientes de produção media de Mão de obra
operacional que consta da composição de custos unitários, multiplicado pelo seu salário hora
correspondente.

 As “Leis Sociais” propriamente ditas, são compostas por percentuais de encargos sociais
básicos, as incidências e as reincidências que correspondem ao repouso semanal remunerado,

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Professora Renata Silva Moura (59)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
férias, 13º salário, influência dos dias de chuva normais, faltas justificadas, acidentes de
trabalho, greves, falta ou atrasos de materiais e serviços e outras eventuais dificuldades,
mais os “Encargos Complementares” de mão-de-obra que são aqueles diretamente
relacionados com cada um dos trabalhadores.
 A premissa básica para o cálculo desses encargos sociais é a determinação do número de dias
produtivos do trabalhador em um ano de 365 dias ou no período de duração da obra. Para se
chegar a esse numero é necessário determinar o número de dias não trabalhados legalmente
no ano ou no período considerado, referentes a férias, descanso semanal remunerado,
feriados, faltas abonadas, etc.
 O período considerado aqui é de 1 (um) ano, mas o cálculo dos encargos deve ser feito para o
período total da obra. Neste caso, o denominador ou divisor para o cálculo passa a ser o
número de dias efetivamente trabalhados no período da obra ou empreendimento, e os outros
dados devem passar pelas adaptações devidas, uma vez que o período da obra pode não ser
anual.

17.1.1. - Cálculo do tempo útil de trabalho, ou “mão-de-obra produtiva”

Dias por ano = 365


Dias da semana = 7
Dias trabalhadas por semana – 6 (seg, ter, qua, qui, sex, Sab)
Meses do ano = 12
Horas trabalhadas por semana = 44 (8+8+8+8+8+4)
Semanas por mês = 365/12/7 = 4, 3452 (365 dias÷12meses÷7dias da semana)
Semanas por ano = 365/ 7 = 52,1429
Horas trabalhadas por dia = 44/6 = 7,3333 h
Horas remuneradas por semana = 7 x 7,3333 = 51,3331 h
Horas remuneradas por mês = 51,3331 x 4,3452 = 223,0526 h
Horas trabalháveis por ano = 365 x 7,3333 = 2.676,65 h

17.1.2. - Conceito de ano produtivo - hipóteses

Jornada mensal de trabalho = 220 horas/mês


Jornada diária de trabalho = 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia
1 ano = 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h
Descanso Semanal Remunerado = 52 domingos x 7,3333 h = 381,33 h
Feriados = 13 dias x 7,3333 h = 95,33 h
Auxilio enfermidade =15 dias x 7,3333 h x 15% (*) = 2,25 dias =16,50 h
Licença paternidade = 5 dias x 7,3333 h x 19,40% = 0,97 dias = 7,11 h
Dias de chuva/faltas justificadas/acidentes de trabalho/greves/falta ou atrasos na entrega dos
materiais ou serviços na obra/outras dificuldades = 12,96 dias x 7,3333 h = 95,04 h
Deduzindo-se do total de horas anuais (2.676,65) as não trabalhadas, teremos horas produtivas
igual a 2081,34 h, equivalente a 283,82 dias úteis por ano (2081,34 horas ano/7,3333 horas dia).
(*) percentual adotado - vide item correspondente. Fonte: Encargos Sociais - Editoras PINI

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17.1.3. GRUPO A - Encargos sociais básicos

A 1. Previdência Social ................................................................................................ 20,00%


A 2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviços ................................................................. 8,00%
A 3. Salário - educação ................................................................................................. 2,50%
A 4. Serviço Social da Indústria (SESI) ............................................................................ 1,50%
A 5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ................................................. 1,00%
A 6.Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa(SEBRAE) ............................................... 0,60%
A 7. INCRA .................................................................................................................. 0,20%
A 8. Seguro contra os riscos de acidentes do trabalho........................................................ 3,00%
A 9. SECONCI - Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário............................. 1,00%

TOTAL DOS ENCARGOS BÁSICOS DE A .......................................................................... 37,80%

17.1.4. GRUPO B - Encargos sociais que recebem as incidências de A.

B 1. Repouso Semanal e Feriados ................................................................................. 22,90%


B 2. Auxílio Enfermidade ............................................................................................... 0,79%
B 3. Licença Paternidade ............................................................................................... 0,34%
B 4. 13º salário .......................................................................................................... 10,57%
B 5. Dias de chuva. faltas abonadas ou justificadas.acidentes de trabalho/ greves. falta ou atraso na
entrega de materiais ou serviços na obra e outras dificuldades. .......................................... 4,57%

TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS DE B .......................................................................... 39,17%

GRUPO C - Encargos sociais que não recebem as incidências globais de “A”


C 2. Férias ................................................................................................................. 14,06%
C 3. Aviso Prévio Indenizado......................................................................................... 13,12%

TOTAL D. ENCARGOS SOCIAIS DE C.............................................................................. 32,74%

17.1.5. GRUPO D - Taxa de reincidências

D 1. Reincidência de A. sobre B. (37,80% x 39,17%)........................................................14,81%


D 2. Reincidência de (A–A9). Sobre C 3. (36,80% x 13,12%)............................................. 4,83%

TOTAL DA REINCIDENCIA DE D .....................................................................................19,63%

TOTAL DAS INCIDÊNCIAS E REINCIDÊNCIAS.................................................................. 91,54%

Porcentagem total que incide sobre o valor nominal da mão-de-obra operacional aplicada na
indústria de construções, quando se executam orçamentos pelo sistema de composições de preços
unitários:

TOTAL DAS LEIS SOCIAIS + INCIDÊNCIAS E REINCIDÊNCIAS................................129,34%

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
É importante saber...

“A taxa de leis sociais deve ser calculada em função da forma de contratação dos profissionais, o que
pode ser atestado através da carteira de trabalho do profissional, isto é:
• mensalistas - os valores dos próprios salários já incorporam alguns itens de custo, ou seja, o
repouso semanal remunerado e os feriados considerados como leis sociais. Para este caso considera-
se um total de 176 horas de trabalho por mês (20 dias úteis por mês x 8,8 horas de trabalho por
dia).

• horistas - não existe nenhum encargo embutido no salário hora, portanto, devendo ser considerado
no percentual de encargos sociais tanto o repouso semanal remunerado quanto os feriados que são
pagos aos empregados complementarmente. Por lei considera-se 220 horas de trabalho por mês,
sendo que 44 horas de trabalho por semana mais 8 horas de repouso semanal remunerado
(domingo).

• Encargos sobre a hora normal, é função das horas ou dias efetivamente trabalhadas, uma vez que
o salário, também é determinado pelas horas apropriadas mês a mês.

• Encargos sobre o salário mensal, não tem a ver com horas trabalhadas, já que o salário independe
destas, isto é, é fixo e igual nos doze meses do ano.

• Encargos sobre horas extras - são vários aspectos a adotar conforme o tipo de hora extra
considerado, isto é, dia normal, noturna, sábado, domingo, feriado, etc. Os percentuais a serem
aplicados sobre o salário por hora deverão ser estabelecidos pelos dissídios coletivos das categorias
profissionais. Porém, para os mensalistas, calcula-se o valor da hora extra, dividindo-se o salário
mensal por 220 horas.”
(ENGENHARIA DE CUSTOS - UMA METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO PARA OBRAS CIVIS - Paulo Roberto Vilela Dias, MSc)

17.2.5. - Cálculo dos encargos complementares – fórmulas básicas

Os itens abaixo discriminados também devem ser incluídos no calculo de Leis Sociais. Porem, cada
empresa deve adotá-los segundo seu critério, lembrando que o vale transporte e as refeições podem
ser parcialmente deduzidos do Imposto de Renda diminuídos as parcelas cobradas dos empregados:

Os encargos complementares não são fixos e dependem dos custos vigentes em cada local de
execução dos serviços e devem ser calculados segundo a fórmula a seguir, com o preenchimento das
seguintes anotações:

 C1 = tarifa de transporte urbano.


 C2 = custo médio do café da manha.
 C3 = Vale Refeição – definido em Acordo Sindical.
 C4= Custo médio do lanche da tarde.
 C5 = Custo do seguro por trabalhador.
 N = numero médio de dias trabalhados no mês.
 S = salário médio mensal dos trabalhadores.

17.2.5.1. - Vale transporte:

Conforme determina o Decreto 95247/87, o empregador obriga-se a cobrir as despesas de


transportes, para o montante excedente a 6% (seis por cento) do salário do trabalhador. Assim, a
fórmula para obtermos um custo estimado relativo ao vale transporte e a seguinte:
2 × 𝐶1 × 𝑁 − (𝑆 × 0,06)
𝑉𝑇 = [ 100]
𝑆

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
17.1.6.2. - Vale café da manhã (Refeição Mínima):

De acordo com o disposto na cláusula terceira, parágrafo segundo da Convenção Coletivo de


Trabalho de Maio/2000 (São Paulo/SP), as empresas obrigam se a fornecer uma refeição mínima
matinal, com custeio de 1% (um por cento) do valor do salário hora por dia útil trabalhado. Temos
portanto:
𝐶2 × 𝑁 − (0,033 × 𝑆 × 22) × 0,01
𝑉𝐶 = [ ] × 100
𝑆

17.1.6.3. - Vale Almoço ou Jantar:

Conforme a Cláusula Terceira da Convenção Coletiva de Trabalho de Maio de 2010 (São Paulo/SP),
as empresas ficam obrigadas a fornecer aos seus empregados almoço completo ou ticket- refeição (e
jantar completo para empregado alojado na obra) ou cesta- básica ou ticket/vale/cheque
supermercado, subsidiados no mínimo em 95% do respectivo valor. Assim:
𝐶3 × 𝑁 × 0,95
𝑉𝑅 = [ ] × 100
𝑆

17.1.6.4. - Vale Lanche da tarde


𝐶4 × 𝑁 − (0,033 × 𝑆 × 22) × 0,01
𝑉𝐶 = [ ] × 100
𝑆

17.1.6.5. - Seguro de vida e acidentes em grupo

A cláusula Décima Oitava da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/2010 (São Paulo/SP)


determinou que as empresas fizessem um seguro de vida e acidentes em grupo, em favor dos seus
empregados e tendo como beneficiários aqueles identificados junto ao INSS. Assim:
C5
SG = × 100
S
17.1.6.6. - Equipamento de Proteção Individual - EPI

∑𝑛1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 + ⋯ ⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁 ] × 100
𝑆

Sendo:
N = numero de trabalhadores na obra.
S = salário médio mensal.
P1, P2, P3, .......Pn = Custo de cada um dos EPI.
𝑡
F1, F2, F3, .......Fn = Fator de utilização do EPI dado pela seguinte formula: 𝐹 =
𝑉𝑈
Sendo:
t = tempo de permanência do EPI a disposição da obra em meses.
VU = Vida útil do EPI em meses.

17.1.6.7. - Ferramentas manuais

∑𝑛1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 + ⋯ ⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁 ] × 100
𝑆

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Sendo:
N = numero de trabalhadores na obra.
S = salário médio mensal.
P1, P2, P3, .......Pn = Custo de cada uma das ferramentas manuais.
𝑡
F1, F2, F3, .......Fn = Fator de utilização das ferramentas manuais dado pela seguinte formula: 𝐹 =
𝑉𝑈
Sendo:
t = tempo de permanência das ferramentas manuais a disposição da obra em meses.
VU = Vida útil do EPI em meses.

Exemplo numérico

Levando em consideração a convenção coletiva de trabalho do SINDICATO DOS


TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DO NORTE DE
MINAS, data base 2014.
CLÁUSULA QUARTA – PISOS SALARIAIS
Os pisos salariais a serem praticados em 1º de janeiro de 2014, serão os seguintes:
a) Encarregado de Obras:
A – R$ 1.816,02 ( Um mil oitocentos e dezesseis reais e dois centavos).
B – R$ 1.413,00 ( Um mil quatrocentos e treze reais).
b) Azulejista e oficiais de acabamento – R$ 1.197,00 ( Um mil cento e noventa e sete
reais).
c) Oficiais (Pedreiro de alvenaria, armador, carpinteiro, bombeiro hidráulico, pintor,
eletricista, soldador)
A – R$ 1.125,00 (Um mil cento e vinte e cinco reais).
B – R$ 984,00 (Novecentos e oitenta e quatro reais).
d) ½ Oficiais – R$871,00 (Oitocentos e setenta e um reais).
e) Serventes, ajudantes e auxiliares – R$724,00 (Setecentos e vinte e quatro reais)

CLÁUSULA NONA - CESTA BÁSICA


As empresas e/ ou empregadores inclusive pessoa física/jurídica contratante de mão de
obra, concederão aos seus empregados abangidos poe esta Norma Coletiva, UMA CESTA
BÁSICA por mês,com 30 (trinta) quilos de alimentos, em 13 produtos diferentes, dentre
eles, obrigatóriamente:
1. 05 kg de arroz agulhinha tipo 1 8. 05 pacotes de biscoito CCraker
2. 05 kg de feijão carioca novo T1 200gr.
3. 05 kg de açucar crital claro 9. 01 Kg de fubá
4. 01 kg de café 10. 01 Kg de trigo
5. 04 latas de óleo 11. 01 kg de sal
6. 04 kg de macarrão 12. 02 latas de sardinha
7. 01 kg de farinha de mandioca 13. 500 gr de massa de tomate
Com desconto de 12%(doze por cento) do valor da cesta para o trabalhador.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


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Parágrafo Segundo – Poderão as empresas e/ ou empregadores inclusive pessoa física
/jurídica contratante de mão de obra, fornecerem alternativamento aos seus empregados
abangidos poe esta Norma Coletiva, ticket alimentação que seja aceito em qualquer
estabelecimento comercial, em substituição a cesta básica, no valor de R$90,00 (noventa
reais).
CLÁUSULA DÉCIMA – SEGURO DE VIDA EM GRUPO
As empresas e/ ou empregadores inclusive pessoa física/jurídica contratante de mão de
obra, farão a favor dos seus empregadosm um seguro de vida e acidentes em grupo,
observadas as seguintes coberturas mínimas
- R$ 12.000,00 (doze mil reais) por morte acidental.
- R$ 6.000,00 (seis mil reais) por morte natural.
- Até R$ 2.000,00 (dois mil reais) para assistencia financeira com velório do empregado
vitimado.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – VALE TRANSPORTE
As empresas que não fornecerem meio de transporte adequado aos empregados, deverão
fornecer o vale transporte, facultando-se o desconto de 6% (seis por cento), no salário
básico do empregado conforme a lei 7.418 de 16 de dezembro de 1985 alterada pelo
Decreto 92.180 de 19/12/85.

Calculo do valor da hora trabalhada de um pedreiro de acabamento


1- Salário
Pedreiro de acabamento......................................................................... R$ 1.197,00

2- Encargos sociais básicos


Leis sociais (São Paulo)................................................................................129,34%

3- Encargos Sociais Complementares

3.1 - Vale transporte


C1(Tarifa de transporte urbano) = R$ 2,85

N (Número médio de dias trabalhados por mês) = Dias 6 X5 Semanas = 30 dias

*Nota - Alguns autores adotam a média de semanas = 4,34524 = 365 / 12 /7

% de desconto no salário = 6,00%

2×𝐶1 × 𝑁−(𝑆×0,06)
𝑉𝑇 = [ 𝑆
100] .......................................................................................8,286%

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
3.2 - Refeição
Adotando o valor mínimo da convenção salarial = R$90,00

90−(90∗0,12)
𝑉𝐶 = [ ] × 100.....................................................................................6,62%
1.197,00

3.3 – Seguro
Sugerido por alguns autores..............................................................................1,00%
3.4 - EPI
N (Número de trabalhadores na obra) = 60
S (Salário médio Mensal)= R$900,00

Nota- O Cálculo pode ser feito individualmente para cada categoria, neste caso considera-se o
salário efetivamente pago.

Custo Vida Nº De Tempo De


Item Discriminação Dos Epi´S Fator Custo
Unitário Útil Emp. Permanência
(2) (3) (4) (5) (6)=(5)/(3) (7)=(2)*(4)*(6)
1 Uniforme de obra 35,21 6,00 10,00 12,00 2,00 704,20
2 Veste de segurança 114,60 6,00 50,00 12,00 2,00 11.460,00
3 Capacete 17,20 12,00 60,00 12,00 1,00 1.032,00
4 Bota segurança 28,30 12,00 60,00 12,00 1,00 1.698,00
5 Óculos de proteção 10,88 8,00 10,00 12,00 1,50 163,20
6 Luva de raspa 5,27 3,00 15,00 12,00 4,00 316,20
7 Capa de chuva 14,89 4,00 30,00 12,00 3,00 1.340,10
8 Máscara de ar 3,74 2,00 10,00 12,00 6,00 224,40
9 Cinto de segurança 43,30 12,00 15,00 12,00 1,00 649,50
TOTAL 17.587,60

∑𝑛
1 𝑃1 𝐹1 + 𝑃2 𝐹2 + 𝑃3 𝐹3 +⋯⋯ 𝑃𝑛 𝐹𝑛
𝐸𝑃𝐼 = [ 𝑁
] × 100 =.................................................. 32,57%
𝑆

NOTAS

1 - Os preços das ferramentas e EPI, bem como as respectivas vidas útil são hipotéticos, devendo
cada empresa fazer as sua próprias avaliações.

2 - Foram considerados 60 empregados de produção cada um com a suas ferramentas específicas.


3 - O salário médio considerado foi de R$ 900,00.

4 - Foi considerado o tempo de permanência das ferramentas ou do EPI durante 12 meses à


disposição da obra, usando-os ou não.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

4- Somatória dos encargos complementares


Σ encargos complementares........................................................................... 48,47%

5- Custo deste trabalhador


Salário R$ 1.197,00
Leis Sociais R$ 1.548,20
Encargos complementares R$ 580,18
Total do custo R$ 3.325,38

6- Custo hora deste trabalhador

Custo hora as com leis sociais........................................................................R$ 14,11

Custo hora sem as leis sociais......................................................................... R$ 8,07

Nota - Conceito de ano trabalhado:


Jornada mensal de trabalho = 220 horas/mês
Jornada diária de trabalho = 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia
1 (um)ano = 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h

7- Salário Líquido do trabalhador

Salário R$ 1.197,00
Vale transporte (6% do Salário) R$ 71,82
VR (12% do valor do VR) R$ 10,80
INSS (8% do salário) R$ 95,76
Total a receber R$ 1.018,62

Atividade Avaliativa 06
1) De acordo com o exemplo apresentado, calcule o salário líquido, o valor da hora
trabalhada com e sem as leis sociais, dos trabalhadores cujo os salários estão informados
na convenção salarial apresentada.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

7º Passo – Cálculo do BDI – BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS

Segundo a cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras


Públicas do Tribunal de contas da União (TCU) não existe uma única fórmula de cálculo do
BDI, sendo encontradas na bibliografia diversas equações.

Na cartilha do CREA-MG temos:

 Fórmula do BDI para contratantes

(1 + 𝐴𝐶 + 𝐶𝐹 + 𝑀𝐼)
𝐵𝐷𝐼 (%) = {[ ] − 1} × 100
1 − (𝑇𝑀 + 𝑇𝐸 + 𝑇𝐹 + 𝐿)

 Fórmula do BDI para contratados

(1 + 𝐴𝐶 + 𝐶𝐹)
𝐵𝐷𝐼 (%) = {[ ] − 1} × 100
1 − (𝑇𝑀 + 𝑇𝐸 + 𝑇𝐹 + 𝐿)

Onde:

AC – Administração Central
CF – Custo Financeiro
MI – Margem De Incerteza
TM – Tributos Municipais
TE – Tributos Estaduais
TF – Tributos Federais
L – Lucro

(http://www.crea-mg.org.br/publicacoes/Cartilha/Cartilha%20sobre%20BDI.pdf)

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (68)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A jurisprudência do TCU entende que a equação a seguir é aquela que melhor traduz
a incidência das rubricas do BDI no processo de formação do preço de venda da obra:

(1 + (𝐴𝐶 + 𝑆 + 𝑅 + 𝐺))(1 + 𝐷𝐹)(1 + 𝐿)


𝐵𝐷𝐼 = [ − 1] × 100
(1 − 𝐼)

Em que:
 AC é a taxa de rateio da administração central.
 S é uma taxa representativa de seguros.
 R corresponde aos riscos e imprevistos.
 G é a taxa que representa o ônus das garantias exigidas em edital.
 DF é a taxa representativa das despesas financeiras.
 L corresponde à remuneração bruta do construtor.
 I é a taxa representativa dos tributos incidentes sobre o preço de venda (PIS, Cofins,
CPRB e ISS).

De acordo com a norma técnica para elaboração de orçamento de obras de construção


Civil NORMA TÉCNICA IE – Nº 01/2011 Aprovado pelo Plenário do Conselho Deliberativo em
2011 (www.iengenharia.org.br)

...22.2. DEFINIÇÃO DO BDI

BDI – Beneficio e Despesas Indiretas e uma taxa que se adiciona ao custo direto de uma obra ou
serviço para cobrir as despesas indiretas do executor, mais o risco do empreendimento, as despesas
financeiras incorridas, os tributos incidentes na operação, despesas de comercialização, o lucro do
empreendedor e o seu resultado e fruto de uma operação matemática baseados em dados objetivos
envolvidos em cada obra.
- A Administração, ao estabelecer as taxas correspondentes a cada um dos componentes do BDI,
deve justificar a origem das mesmas em função dos diferentes tipos e porte de obras e analisar e
exigir a qualificação e a quantificação de estrutura mínima das empresas que participam de uma
licitação.

- A taxa do BDI não pode estar sujeita a vontade subjetiva e arbitraria da Administração, dos
legisladores, dos órgãos de fiscalização e controle, como forma de tabelar o preço final do serviço a
ser contratado, sem uma clara demonstração de como foi composto e calculado, com total
transparência, garantida pela Constituição, pela legislação em vigor e pelas regras de conduta ética
profissional.
- O BDI adotado pela Administração para o calculo do “orçamento estimado” previsto nos artigos 6o,
7o e 48o da Lei no 8666/93 deve ser considerado apenas como um parâmetro de referencia para o
julgamento da licitação por parte da Comissão Julgadora.
- Para obras com projetos especiais, complexos ou de grande porte, recomenda-se calcular o BDI
especificamente para cada licitação, observado o porte das empresas concorrentes e as
peculiaridades físicas e técnicas de cada obra.

22.3. COMPONENTES DO BDI


22.3.1. Despesas Indiretas - são gastos que não fazem parte dos custos da obra, mas são
necessárias para a sua execução. São basicamente despesas da administração da sede da empresa
mais os encargos financeiros do capital de giro necessários na produção e os riscos envolvidos no
empreendimento.
22.3.2. Tributos – são os impostos federais incidentes sobre o valor da fatura ou do lucro e o
imposto municipal incidente sobre a parcela de serviços no local de execução da obra ou serviços.

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Professora Renata Silva Moura (69)
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22.3.3. Gastos de comercialização – são gastos necessários para a promoção comercial da empresa,
não relacionados com determinadas obras especificas e que não se enquadram como custos diretos
nem como despesas indiretas.
22.3.4. Lucro – e a remuneração desejada pela empresa para garantir o retorno do
empreendimento.

(Cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas do Tribunal de contas da
União (TCU) Figura 55 – Rubricas que compõem o BDI.)

22.4. FORMULA DO BDI


Para o calculo do BDI será aplicada a seguinte formula básica:

𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100

Sendo:

i = taxa de Administração Central.


r = taxa de risco do empreendimento.
f = taxa de custo financeiro do capital de giro.
t = taxa de tributos federais.
s = taxa de tributo municipal – ISS
c = taxa de despesas de comercialização
l = lucro ou remuneração liquida da empresa.

NOTAS:

As taxas no numerador incidem sobre os Custos Diretos - CD.

As taxas no denominador incidem sobre o Preço de Venda (faturamento).

No numerador estão as taxas de Despesas Indiretas que são função dos Custos Diretos - CD.
Portanto não é possível obtermos as taxas de Despesas Indiretas sem conhecermos os Custos
Diretos.

22.5. CÁLCULO DAS DESPESAS INDIRETAS


São basicamente três os itens que compõe as Despesas Indiretas.

 Taxa de despesas de Administração Central.


 Taxa de Risco do Empreendimento.
 Taxa de despesas Financeiras.

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22.5.1. - Administração central

Administração Central e um dos componentes de Despesas Indiretas relativas aos gastos com a
estrutura da sede central para execução de atividades específicas de direção geral da empresa com o
objetivo de alcançar os seus objetivos empresariais. A sua taxa e obtida através das demonstrações
contábeis e financeiras constantes dos balanços anuais da empresa.

Nas licitações publicas ou privadas, a empresa pode recorrer a dados históricos das demonstrações
contábeis relativas às despesas operacionais de sua sede central como parâmetro para o calculo da
taxa de BDI, menos as despesas financeiras e gastos com a comercialização que faz parte de outro
item na composição do BDI.

São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias a atividade da empresa e a
manutenção da respectiva fonte produtora, de acordo com a Lei no 4.506/64 e art.299 do Decreto
Lei no 3000/99.
As despesas operacionais podem ter variações de acordo com a estrutura funcional de cada empresa,
porém a Administração tem meios legais de equalizar os dados fornecidos pelas demonstrações
contábeis de um conjunto de empresas participantes de uma licitação e estabelecer critérios técnicos
para o calculo da taxa de Administração Central para integrar a composição analítica do BDI, abaixo
do qual, pode comprometer uma boa gestão do contrato.

Integram as despesas da Administração Central os salários de todo o pessoal administrativo e


técnico lotado ou não na sede central, no almoxarifado central, na oficina de manutenção geral, pró-
labore de diretores, viagens de funcionários a serviço, veículos, alugueis, consumos de energia,
água, gás, telefone fixo ou móvel, combustível, refeições, transporte, materiais de escritório e de
limpeza, seguros, etc.

A Taxa de Administração Central “i” e dada pela seguinte formula:


i = Rac + Deac

Onde: Rac = Rateio da Administração Central e Deac= Despesas Especificas da Administração


Central

22.5.1.1. - Gastos que compõe a administração central

Os principais gastos (check-lists) que compõe a Administração Central são:

INSTALACOES DA SEDE
 Aluguel dos Imóveis (da sede central, oficinas, depósitos).
 Mobiliários (estantes, mesas, cadeiras).
 Cofres, arquivos e armários.
 Sistemas de telefonia e banda larga.
 Sistema de segurança pessoal e patrimonial.
 Equipamentos de combate ao incêndio.
 Decoração da sede.
 Manutenção dos imóveis.

EQUIPAMENTOS
 Computadores, monitores e laptops.
 Copiadoras, impressoras e digitadoras.
 Data show e aparelhos de som.
 Maquinas de calcular e escrever.
 Relógio de ponto e controle de entrada.
 Aparelhos de ar-condicionado.
 Copa (geladeira, fogão, cafeteira).
 Televisão, rádio.
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 Telefones (fixos e celulares).
 Veículos leves para fiscalização.
 Picapes para pequenas cargas.

MAO DE OBRA INDIRETA E RESPECTIVOS ENCARGOS SOCIAIS

 Pró-labore de Diretores.
 Engenheiro de planejamento.
 Engenheiro de produção.
 Engenheiro de Segurança do Trabalho.
 Engenheiro gerente.
 Engenheiro supervisor.
 Engenheiros.
 Gerente técnico.
 Chefe de Escritório.
 Gerente Administrativo Financeiro.
 Gerente de Pessoal.
 Gerente Financeiro.
 Comprador.
 Auxiliar de compras.
 Técnico de Segurança do trabalho.
 Técnico de Edificações.
 Ornamentistas.
 Secretarias.
 Recepcionistas.
 Auxiliar administrativo.
 Auxiliar de almoxarife.
 Cozinheira.
 Copeira.
 Encarregado de armador ( oficina central).
 Encarregado de carpintaria (oficina central).
 Enfermeiro.
 Estagiários.
 Motoristas.
 Vigias e pessoal de segurança.
 Zelador.
 Auxiliares de limpeza.
 Office-boys, etc.
ALIMENTACAO E TRANSPORTE

 Vale Transporte de pessoal.


 Transporte de Diretores e coordenadores.
 Vale Refeição - alimentação dos funcionários da sede.
CONSUMOS

 Consumos (água, energia, gás, telefones fixo e celular).


 Consumo de material de escritório.
 Consumo de combustível óleo e manutenção de veículos.
 Suprimentos de computador (toner, papéis, etc.).
 Material de limpeza e higiene.
 Medicamentos.
 Correio (cartas e malotes).
 Seguros (roubo, incêndio).

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 Internet (provedor, banda larga).
 Copias reprográficas.

INSTITUCIONAL

 Taxas mensais/anuais de CREAS / Sindicatos, etc.


 Mensalidades de associações de classe empresarial.

SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

 Serviços Contábeis.
 Assessoria Jurídica.
 Serviços de vigilância.
 Serviços de limpeza e higiene.
 Manutenção de equipamentos de informática.
 Manutenção de serviços de telefonia e comunicações.
Além desses gastos acima enumerados existem muitos outros gastos que podem ser computados
como despesas da Administração Central, porem fica a critério de cada orçamentista pesquisar e
computar esses gastos, caso hajam.

Depois de estabelecidos os parâmetros para cada porte de empresa fica mais fácil calcularmos o
Rateio da Administração Central para aquela determinada obra especifica.

22.5.2. - Rateio da Administração Central


Rateio é a cota de despesa da Administração Central, a ser debitada a uma determinada obra,
proporcional ao seu valor estimativo ou segundo os critérios estabelecidos pela direção da empresa.
Uma vez obtido o total das despesas mensais da Administração Central é necessário saber qual é a
cota de despesas que caberia a uma determinada obra a ser licitada, levando-se em conta, o valor
do faturamento mensal da empresa, o valor da licitação, seu provável faturamento e despesas
diretas mensal e o prazo de execução.
A taxa do Rateio da Administração Central e dado pela seguinte formula:
𝐷𝑀𝐴𝐶 × 𝐹𝑀𝑂 × 𝑁
𝑅𝑎𝑐 = × 100 =
𝐹𝑀𝐴𝐶 × 𝐶𝐷𝑇𝑂
Onde:

DMAC = Despesa mensal da Administração Central


FMO = Faturamento Mensal da Obra
N = Prazo da obra em meses
FMAC = Faturamento Mensal da Administração Central
CDTO = Custo Direto Total da Obra

Obs.: Rac = Rateio da Administração central pode ser representado por i1


Portanto o valor da taxa ou o Rateio da Administração Central varia em função de todos essas
variáveis consideradas, sendo seus resultados finais inversamente proporcionais ao porte e
faturamento global das empresas.

22.5.2.1. - Despesa Especifica da Administração Central

São despesas claramente definidas para atender determinadas obras pagas total ou parcialmente
pela Administração Central.
𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠
𝐷𝐸𝐴𝐶 = =
𝐶𝐷
Onde:
DECA = Despesas específicas da Administração Central
CD = Custo direto.

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Obs.: DECA = Despesas específicas da Administração Central pode ser representado
por i2
São despesas a serem pagas pela Administração Central, porem não entram no rateio, por se tratar
serviços específicos voltados para uma determinada obra:

Exemplos:

 Gerente ou administrador do Contrato em tempo parcial ou integral.


 Consultores técnicos especializados.
 Projetos – detalhamento complementar.
 Laudos de auditoria especial.
 Despesas de viagem, transporte, hotéis, refeições etc..
 Computar como Despesas Especificas da Administração Central os gastos incorridos com o
Gerente de Contrato ou Coordenador Geral durante todo o tempo que ficou nesta função (seu
salário mais Leis Sociais, transporte, refeições, estadias, etc.,) alem de outras despesas com
projetos, e consultorias especializadas não computadas como custos da obra.
Uma vez calculado o total das Despesas Especificas da Administração Central, entra-se na formula
para obter a taxa de Despesas Indiretas da Administração Central.

22.6. TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO

De acordo com Maçahico Tisaka, Orçamento na construção civil:


...O cálculo do orçamento de uma obra qualquer é feito considerando-se as condições normais para a
sua execução, bem como situações previsíveis dos fatores de produção e da economia.

As situações previsíveis podem ser: época das chuvas, evolução das taxas inflacionárias, evolução
dos juros do mercado, história de atrasos no pagamento por parte da contratante, baixa
produtividade de mão-de-obra em determinadas regiões, etc.

No regime de empreitada por preços unitários, os parâmetros que podem variar são os seus
quantitativos, mas os preços unitários são predeterminados, a não ser as variações definidas pelos
índices de reajustes previstos no contrato. Portanto, qualquer variação nos preços decorrentes de
fatores previsíveis ou erros involuntários na elaboração do orçamento é de responsabilidade da
contratada.

No regime de empreitada por preço global, a contratada assume inclusive os riscos de um eventual
erro nos quantitativos, tenham ou não sido levantados pela contratante, cuja aferição é também de
responsabilidade da contratada, e portanto assume riscos maiores.
Esses riscos devem ser avaliados e suas taxas ser estipuladas em função do tipo de contrato,
empreitada por preços unitários ou preço global, e em função da maior ou menor complexidade das
obras e a experiência do construtor no ramo, e podem variar de 0,5% a 5% do total dos custos.

Podem ser consideradas para efeito de definição da taxa de risco as seguintes circunstâncias:
a) Na implantação: divergências na topografia original, discrepâncias nos dados do sub-solo para
efeito de fundação, necessidades de contenções e estabilizações não-previstas.

b) No projeto: falta de definição de alguns parâmetros e detalhes mal especificados.

c) Dificuldade no recrutamento de mão-de-obra local: grande rotatividade de mão-de-obra,


rendimento abaixo dos índices previstos na composição dos custos.

d) Materiais: dificuldades de encontrar certos materiais no mercado, consumo além do previsto,


rejeição de materiais fora da especificação, desperdício, etc.

e) Equipamentos: quebra de equipamentos, equipamento inadequado ou desempenho insatisfatório.


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f) Furtos, paralisações por acidentes ou greves de operários, atrasos injustificados, multas, etc.

22.7. TAXA DE DESPESA FINANCEIRA

A taxa de despesa financeira, é devida para pagamentos a prazo e compreende, uma parte pela
perda monetária decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita
correspondente e a outra parte, de juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo
executor.

Os custos financeiros serão calculados conforme a seguinte formula:


𝒏 𝒏
𝒇 = [(𝟏 + 𝒊)𝟑𝟎 × (𝟏 + 𝒋)𝟑𝟎 ] – 𝟏 =

Sendo:

 f = taxa de despesa financeira.


 i = taxa de inflação media do mês ou a media da inflação mensal dos últimos meses. Não é
previsão de inflação futura.
 j = Juro mensal de financiamento do capital de giro cobrado pelas instituições financeiras.
 n = numero de dias decorridos.

22.8. TRIBUTOS

22.8.1. - Tributos Federais

São tributos obrigatórios que incidem sobre o faturamento ou lucro das empresas dependendo da
sua opção contábil-+.

No caso dos tributos PIS e COFINS, tanto do optante do Lucro Presumido quanto do Lucro Real, as
alíquotas incidem sobre o valor do faturamento, porem, com percentuais diferentes.

COM MATERIAL SEM MATERIAL


TRIBUTOS FEDERAIS
Presum. L. Real Presum. L. Real
PIS – Programa de Integração Social 0,65 1,65 (*) 0,65 1,65 (*)
CONFINS – Financiamento da Seguridade Social 3,00 7,60 (*) 3,00 7,60 (*)

(*) Lei nº 9718/98. 10.637/02. 10.833/03

Com relação ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social Sobre O Lucro Líquido),
no caso do Lucro Presumido, os tributos incidem sobre o faturamento, mas no Lucro real os tributos
incidem sobre o lucro obtido no balanço da empresa.

Na opção pelo Lucro Presumido com a aplicação de materiais (obras), a alíquota de 15,0% do IRPJ
incide sobre a previsão de lucro de 8,00%, dando uma taxa de 1,50% a ser aplicada sobre o
faturamento e a alíquota de 9,00% da CSLL é aplicada sobre a previsão de lucro de 12,0% dando
uma taxa de 1,08%, também aplicada sobre o faturamento, nos casos em que o faturamento
trimestral da empresa não ultrapasse R$ 60.000,00. Acima desse valor há um adicional de 10,00%
(total de 25,0%) de IRPJ aplicado sobre o faturamento mensal que exceder os R$ 20.000,00 (art. 3o
da Lei no 9.249/95) ou trimestral de R$ 60.000,00.

Ainda, no Lucro Presumido, sem a aplicação de materiais, como e o caso de serviços de consultoria e
projetos, a alíquota de 15,0% é aplicada sobre uma previsão de lucro de 32,0%, resultando em
4,80% e a alíquota de 9,00% da CSLL é aplicada também sobre o lucro de 32,00%, resultando numa

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taxa de 2,88%, também sobre o faturamento, mais um adicional de 10,00% sobre o faturamento
trimestral que exceder R$ 60.000,00.

Na opção pelo Lucro Real, a alíquota do IRPJ e de 15,00% sobre o lucro apurado e na CSLL a
alíquota é de 9,00%, também sobre o mesmo lucro apurado, sem distinção de se e com ou sem
material. Para cada R$ 20.000,00 mensal que exceder o lucro, haverá um adicional de 10,00% de
IRPJ (25,0% ao invés de 15,0%) que são compensados automaticamente em cada período de
apuração.

COM MATERIAL SEM MATERIAL


TRIBUTOS FEDERAIS
Presum. L. Real Presum. L. Real
IRPJ - Imposto de Renda Pessoas Jurídicas 1,20 (**) 4,88 (**)
CSLL - Contribuição Social Sobre para Lucro Líquido 1,08 (**) 2,88 (**)

(*) Descontar os créditos com materiais – tributos prorrogados até 01.11.11


(**) aplicar as alíquotas de 15,0 % e 9,0 % respectivamente sobre o valor da taxa de Lucro
considerado no BDI ou adotar as taxas do Lucro Presumido.
22.8.2. - Considerações a respeito das taxas do IRPJ E CSLL no caso de opção por Lucro Real

A legislação tributaria prevê duas situações diferentes no computo das taxas do IRPJ e da CSLL na
composição do BDI em função das diferenças na base de cálculo desses tributos.

A Lei de Licitações, exige que numa licitação pública deve ser observado o princípio constitucional de
isonomia entre os concorrentes de diferentes opções contábeis e que os dados a serem apresentados
no instrumento convocatório sejam transparentes e objetivos( art. 3o da Lei no 8666/93).
Para que não venha a haver quebra no principio de isonomia garantida pela Constituição Brasileira,
existem as seguintes alternativas para contornar essas divergências, quando da apresentação da
composição das taxas do BDI:

a) Adotar as mesmas taxas de IRPJ e CSLL do Lucro Presumido, independentemente de serem Lucro
Presumido ou Lucro Real.

b) Calcular as taxas de IRPJ e a CSLL no Lucro Real com a mesma base de cálculo da taxa de lucro
atribuída para o Lucro Presumido e lançá-los nos campos correspondentes a esses dois tributos.
c) Se preferir não lançar as taxas desses dois tributos nos seus campos específicos para o cálculo do
BDI, somá-los a taxa de lucro considerado, de acordo com o conceito contábil de “Lucro Bruto antes
do Imposto de Renda”.

22.8.3. - Tributo municipal – ISS –Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

Trata-se de um tributo municipal cobrado pela prestação de serviços no local de execução da obra ou
do serviço.
A regulamentação do ISS e atribuição do legislativo municipal e dependendo da prefeitura a alíquota
vai de 2,0 % a 5,0 % sobre a despesa de Mao de Obra no local de execução da obra. Nas faturas de
serviços de execução devera haver a menção explicita de que houve a utilização de materiais e deve
estar indicado o valor ou o percentual correspondente a parcela de Mao de obra aplicada.
No Município de São Paulo a alíquota do ISS e de 5,0 % sobre a parcela de Mao de Obra aplicada.

OBS.: Para as faturas dos contratos de obras ou serviços com fornecimento de materiais a alíquota e
aplicada somente sobre a parcela de serviço (mão de obra) utilizada no município onde o serviço e
prestado. Portanto se a sede da empresa fica em outro município inclusive deve ser desconsiderado
o BDI.

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22.8.4. - Tributos no caso de empresas optantes do “SUPERSIMPLES”

No caso das Micro Empresas ( ME ) e Empresas de Pequeno Porte ( EPP )que sejam beneficiários do
Regime Tributário Simplificado, as taxas a serem consideradas são únicas para IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS e ISS e dependem do valor da Receita Bruta obtida nos 12 meses do exercício anterior
conforme a seguinte tabela constante do ANEXO IV da Lei Complementar no 123 de 14.12.2006
conforme segue:
RECEITA BRUTA ANUAL ALÍQUOTA
Ate 120.000,00 4,50 %
De 120.000,01 a 240.000,00 6,54 %
De 240.000,01 a 360.000,00 7,70 %
De 360.000,01 a 480.000,00 8,49 %
De 480.000,01 a 600.000,00 8,97 %
De 600.000,01 a 720.000,00 9,78 %
De 720.000,01 a 840.000,00 10,28 %
De 840.000,01 a 960.000,00 10,78 %
De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51 %
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00 %
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80 %
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25 %
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70 %
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15 %
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60 %
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05 %
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50 %
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95 %
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40 %
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85 %

OBS. - No caso de obras e serviços de construção civil, alem do imposto único deve ser pago o INSS
separadamente como no Lucro Presumido ou no Lucro Real.

22.8.4.1. - Comparação dos tributos do SUPERSIMPLES com os tributos do lucro presumido e lucro real

LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO SUPER SIMPLES


TRIBUTOS
C/ MAT. S/ MAT C/ MAT. S/ MAT INDIFERENTE
PIS 1,65 1,65 0,65 0,65
CONFINS 7,60 7,60 3,00 3,00
Alíquota única
IRPJ 1,50(*) 1,50(*) 1,20 4,80
Depende do valor da receita bruta anual
CSLL 0,90(*) 0,90(*) 1,08 2,88
ISS 2,00(**) 5,00 2,00(**) 5,00
TOTAL 13,65 16,65 7,93% 16,33% 4,50% a 15,50%
(*) Taxas considerando lucro de 10%.

(**) Mão de obra considerada 40,00% do valor da fatura.

22.9. TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO

É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes a
comercialização do produto mais as reservas de contingência ocorridas num determinado período dividido pelo
faturamento global no mesmo período.

Podem ser considerados como gastos de comercialização as seguintes despesas:


 Compras de editais de licitação.
 Preparação de propostas de técnicas.
 Custos de caução e seguros de participação.
 Reconhecimento de firmas e autenticações.
 Copias reprográficas.

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 Toners e cartuchos de tinta para de impressoras.
 Emolumentos.
 Despesas cartoriais.
 Despesas com Acervos Técnicos.
 Anuidades/ mensalidades com CREA, SINDUSCON.
 Participação em associações de classe.
 Despesas com vistorias técnicas.
 Viagens comerciais.
 Assessorias técnicas em licitação.
 Assessorias jurídicas especializadas.
 Almoços e jantares com clientes potenciais.
 Propaganda institucional.
 Brindes promocionais.
 Cartões e folhetos de propaganda.
 Comissão aos representantes comerciais, etc..

A taxa de comercialização “C” obtém pela aplicação da seguinte formula:


𝐺𝑐
𝐶=
𝐹𝐴𝐸
Sendo :
 Gc = Gasto anual em comercialização da empresa.
 FAE = Faturamento anual da empresa.

22.10. Lucro ou Benefício

Lucro ou Beneficio é uma parcela destinada a remunerar, o custo de oportunidade do capital


aplicado, capacidade administrativa, gerencial e tecnológico adquirida ao longo de anos de
experiência no ramo, responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra através da
estrutura organizacional da empresa e investimentos na formação profissional do seu pessoal e criar
a capacidade de reinvestir no próprio negocio.

Quando falamos em lucro como componente do BDI, precisamos saber de que lucro estamos falando
perante a legislação em vigor.

Segundo os tratadistas o Lucro e o retorno positivo de um investimento feito por um indivíduo ou


uma pessoa de negócios.
Conforme os princípios da Economia, o lucro pode ser originário do exercício de uma atividade ( lucro
operacional) e do credito ( lucro da gestão econômica).

Pela estrutura de Demonstrações Contábeis de resultados utilizados no Brasil, o lucro e desdobrado


nos seguintes tipos:

 Lucro Bruto: diferença positiva entre Receitas e Despesas (Art. 278 - RIR/99);
 Lucro Operacional: diferença positiva entre lucro bruto e despesas operacionais;
 Lucro não Operacional: resultado positivo das receitas e despesas não operacionais;
 Lucro Liquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e o não operacional
(art. 247 RIR/99);
 Lucro a ser distribuído: lucro liquido menos a Reserva de Lucros ou compensada com
Prejuízos Acumulados.

Alem disso a legislação tributaria brasileira criou , entre outros, mais duas modalidades de Lucro que
vão compor o BDI:

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Professora Renata Silva Moura (78)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Lucro Presumido: resultante da aplicação de alíquotas do IRPJ e CSLL sobre determinada base
de calculo, proporcional a receita bruta de pessoas jurídicas conforme Decreto no 3000/99 -
Art. 516.
 Lucro Real: e o lucro liquido do período de apuração ajustado pela adições, exclusões ou
compensações prescritas pelo Decreto no 3.000/99 - Art. 247.

Portanto quando falamos de Lucro na composição do BDI para empresas optantes do Lucro Real não
é simplesmente o Lucro Liquido, mas devem ser consideradas todas as adições e exclusões referidas
nos artigos 249 e 250 do Decreto 3.000/99 de modo que o estabelecimento da sua taxa não possa
ser feita ao sabor da subjetividade.

O Lucro aqui considerado não se trata apenas do rendimento liquido resultante das operações que
envolvem os gastos da empresa, mas incorporam os gastos não previstos nas adições e exclusões
que definem o conceito de lucro liquido, previstos na legislação pelo Decreto no 3.000/99 - Art. 247.
E por isso que a sabedoria de alguns empresários do passado preferiram chamar esse tipo de “Lucro”
de “Beneficio” para diferenciar do conceito de lucro liquido, sem as obrigações empresariais inerentes
a sua responsabilidade econômica e social.

Finalmente, podemos considerar que devido aos enormes riscos financeiros envolvidos numa
empreitada de construção, os benefícios embutidos a que já nos referimos e a sua complexidade em
estabelecer parâmetros matemáticos que possam chegar a algum numero objetivo e considerando
que o significado do Lucro a ser utilizado na composição do BDI , no caso de empresas optantes do
Lucro Real, tem no seu conteúdo componentes que extrapolam a simples conceituação do Lucro
liquido com todos os ajustes, adições e exclusões constantes do Decreto no 3.000/99, e,
considerando o valor médio de todas as avaliações apresentadas pelos vários setores interessados,
pode-se concluir que a taxa de Lucro na composição do BDI fica em torno de 10,0 % ( dez
por cento) qualquer que seja o tipo e montante da obra considerada, podendo ter
variações de 5,0%( cinco por cento) para mais ou para menos.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EXERCÍCIOS SIMULADOS E COMENTADOS


(TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini, 2006)
1. CONDIÇÕES GERAIS

O BDI depende de vários fatores que influenciam na sua determinação, em função do porte da
empresa, do valor do contrato, prazos de execução, etc. Vamos apresentar a seguir uma série de
simulações mais próximas da realidade, diferenciando-as pelo porte das empresas e relacionando-as
à capacidade de atender aos vários níveis de valores de contratação, previstos na Lei de Licitações
(Lei Federal nº 8.666/93).

1.1. BASE DE DADOS

Para facilitar a compreensão dos próximos exercícios e para não ser repetitivo com relação a alguns
dados que vamos empregar, apresentamos a seguir várias informações resumidas e parâmetros
comuns que poderão ajudar o entendimento e o raciocínio do orçamentista.
1.2. PORTE DAS EMPRESAS

CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS


1 - MINIEMPRESA (*): faturamento médio mensal de R$ 200.000,00

2 - PEQUENA EMPRESA: faturamento médio mensal de R$ 200.000,00 até R$ 1.000.000,00

3 - MÉDIA EMPRESA: faturamento médio mensal a partir de R$ 1.000.000,00


4 - GRANDE EMPRESA: faturamento médio mensal a partir de R$ 5.000.000,00

OBS.: (*) Chamaremos de miniempresa as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte


(EPP), de acordo com a Lei Complementar nº123/2006.

1.3. ESTRUTURA FUNCIONAL DA EMPRESA

Uma vez definido o porte, imaginemos para cada uma delas a menor estrutura técnica e
administrativa factível (administração central), abaixo da qual pode comprometer o bom
desempenho da execução de uma obra de construção em matéria de prazo, qualidade e
eventualmente de segurança.

FUNÇÃO MINI PEQUENA MÉDIA GRANDE


1 Gerente de Obras X X
2 Engenheiro Coordenador (X) X X
3 Engenheiro de Obras (X) X X X
4 Orçamentista (X) X
5 Engenheiro Jr. X X
6 Mestre-de-obras X X X
7 Técnico de Edificações X X
8 Auxiliar Técnico X X
9 Gerente Administrativo X X
10 Secretária X X X X
11 Recepcionista X X
12 Comprador X X X
13 Contador X X
14 Contas a Pagar X X X
15 Encarregado Pessoal X X
16 Escriturário X X X
17 Office-Boy X X X X
18 Vigilante/porteiro X X X
19 Faxineira/copeira (X) X X
20 Outros não listados

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OBS.: (x) - quantidade parcial

x - quantidades mínimas (pode haver mais de um em cada categoria)

1.4. SALÁRIOS - NÍVEL SALARIAL DOMINANTE NA EMPRESA

Para o cálculo dos custos indiretos referentes ao Custo Específico da Administração Central e rateio
da Administração Central, vamos adotar para os nossos exercícios números arredondados próximos
do MENOR VALOR DO MERCADO DE SALÁRIOS. Entretanto, a empresa ou o órgão público licitante,
para o seu uso particular, poderá adotar os seus salários reais atualizados para a época do
orçamento.
SALÁRIO DO PESSOAL INTEGRANTE DOS CUSTOS INDIRETOS

FUNÇÃO SALÁRIOS DE MERCADO SALÁRIO ADOTADO


MÁXIMO MÉDIO MÍNIMO
01 Gerente de Proj.e Obras 18.026,00 13.487,00 10.880,00
02 Engenheiro Coordenador 15.479,00 12.328,00 8.001,00
03 Engenheiro Residente 12.603,00 9.203,00 6.188,00
04 Engenheiro de Obras 8.892,00 6.485,00 *4.360,00
05 Orçamentista 7.199,00 5.559,00 *4.360,00
06 Engenheiro Jr. 6.183,00 5.266,00 *4.360,00
07 Técnico de Edificações 3.734,00 2.967,00 2.344,00
08 Mestre-de-Obras 5.872,00 4.845,00 2.769,00
09 Auxiliar Técnico 2.108,00 1.770,00 1.276,00
10 Gerente Administrativo 14.586,00 8.079,00 3.355,00
11 Secretária 4.637,00 3.423,00 2.202,00
12 Recepcionista 1.599,00 1.240,00 886,00
13 Comprador 8.198,00 5.354,00 2.813,00
14 Contador 9.207,00 5.994,00 3.004,00
15 Contas a Pagar 6.324,00 4.455,00 3.003,00
16 Encarregado Pessoal 6.792,00 3.460,00 1.942,00
17 Escriturário 1.915,00 1.225,00 830,00
18 Digitador 2.207,00 1.094,00 683,00
19 Office-boy 975,00 765,00 *545,00
20 Vigilante/porteiro 1.602,00 1.215,00 801,00
21 Faxineira/copeira 1.254,00 873,00 *545,00
Fonte: Suplemento Semanal da Folha de S. Paulo /Estadão/mercado de jan.2011 e outras publicações congêneres.
* salário mínimo de R$545,00(2011).

1.5. VALOR-LIMITE DE LICITAÇÃO

Como participante de obras públicas, todos os procedimentos administrativos estão vinculados à Lei
Federal nº 8.666/93 e, assim, vamos também adotar a mesma classificação de limites de licitação
estabelecidas na Lei. A empresa deverá estabelecer a sua política de participação em uma, duas ou
em todas as modalidades de licitação.

DL - Dispensa de Licitação---------------------------------------------- Valor limite de R$ 30.000,00 (*)

CARTA-CONVITE--------------------------------------------------------- Valor limite de R$ 150.000,00

TP -Tomada de Preços--------------------------------------------------- Valor limite de R$ 1.500.000,00


CONCORRÊNCIA ---------------------------------------------------------Valor acima de R$ 1.500.000,00

Adotaremos um valor médio de R$ 15.000.000,00 para os nossos exercícios.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
OBS.:

O valor-limite para DL é de R$ 15.00,00, porém, se a licitante for uma agência executiva, isto é, um
órgão do governo que tem como uma das funções a execução de obras, o limite dobra para R$
30.000,00 (parágrafo único do Art. 24 da Lei nº8.666/1993).

1.6. CUSTO DIRETO, PRAZO E DEMANDA DE PESSOAL DE PRODUÇÃO

Para facilitar o nosso raciocínio, vamos criar uma correspondência lógica entre o porte das empresas,
tipo de contrato, valor do CD, prazo de execução e quantidade de pessoal de obra (CD). A
quantidade de pessoal representa o custo de 40% do PV, e considerada a média dos pisos salariais
de serventes e trabalhadores qualificados.

TIPO DE PORTE DA VALOR ESTIM. R$ DO CUSTO PRAZO DE Nº PESSOAL


CONTRATO EMPRESA DIRETO EXECUÇÃO MÉDIO / MÊS
DL OU ME/EPP MINI 50.000,00 1 MÊS 4
CONVITE PEQUENA 100.000,00 3 MESES 8
TP MÉDIA 1.000.000,00 10 MESES 20
CONCOR. GRANDE 10.000.000,00 24 MESES 80

1.7. DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS A SEREM ADOTADOS NOS EXERCÍCIOS

1.7.1 CÁLCULO DO CUSTO DIRETO

Para calcular o Custo Direto da obra conforme as instruções da Metodologia para o Cálculo dos
Custos Diretos, devemos estabelecer alguns parâmetros de custos mínimos a fim de calcular os
Encargos Complementares sobre a mão-de-obra, custos da Administração Local e outros custos
considerados diretos.

No cálculo do Custo Unitário de todos e cada um dos serviços, adotam-se:

 Os salários dos trabalhadores obedecerão ao piso salarial definido pelo dissídio coletivo da
categoria.
 Adotamos para o piso salarial de servente o valor de R$ 820,10 e o de trabalhador
qualificado, de R$ 990,00, de acordo com o último Dissídio Coletivo sindical de cada região.
 O custo do pessoal da produção será de 40,0% do custo direto da obra.
 Consideramos um servente para cada trabalhador qualificado.
 A taxa de encargos sociais adotados para os trabalhadores horistas é de 183,86%, de acordo
com a Leis Sociais e Encargos Complementares da nossa "Metodologia de Cálculo de Custos
Diretos" do Instituto de Engenharia.
 Os encargos complementares foram calculados conforme fórmulas apresentadas na
"Metodologia", podendo ser o percentual revisto de acordo com a realidade da obra e do
momento.
 Dias úteis considerados é de 22 dias por mês.
 O custo do transporte corresponde ao de ônibus urbano na cidade de São Paulo no valor de
R$ 3,00 por viagem.
 O custo do café da manhã foi calculado em R$ 7,82, constituído por um pingado (copo de
leite com café), dois sanduíches de pão francês com margarina e queijo, mais uma fruta da
época.
 Todo funcionário recebe um Vale-Refeição no valor de R$ 12,50, que é o valor estabelecido no
Dissídio Coletivo da categoria (SINDUSCON-SP).
 Calcular os custos da instalação do Canteiro de Obras de acordo com projeto especialmente
estudado para essa obra, constituído por construção de instalações provisórias de escritório,
almoxarifado, refeitórios, vestiários, sanitários, completos com iluminação, móveis e etc.

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Calcular os custos mensal e total da Administração Local de acordo com as despesas com o
pessoal administrativo, engenheiro residente, mestre e despesas gerais de manutenção e de
consumo
 Calcular os custos da Mobilização e Desmobilização de equipamentos, transportes, pessoal,
etc.

OBS.: Nos Custos Diretos das obras deverão ser também computados os custos decorrentes das
exigências contidas nas normas regulamentadoras de segurança NR-18para obras com mais de 20
trabalhadores.

1.7.2 CÁLCULO DO BDI

O cálculo do BDI obedece à "Metodologia de Cálculo do BDI" do IE, o que permite transparência e
adoção de parâmetros dentro da atual legislação tributária, fiscal e contábil, além de possibilitar a
colocação de dados atualizados do mercado, de modo a não deixar qualquer dúvida na sua
formulação e no resultado final obtido.

1.7.2.1 CÁLCULO DAS DESPESAS INDIRETAS


1.7.2.1.1 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Os CUSTOS INDIRETOS da Administração Central são divididos em duas partes distintas:

Rateio da Administração Central - São os custos indiretos que oneram a administração central da
empresa proporcionais ao valor do contrato e ao prazo da obra.

Adotam-se para o cálculo da Administração Central os seguintes parâmetros:

 Os salários dos funcionários da Administração Central são aqueles próximos dos sugeridos no
quadro anterior.
 As Leis Sociais adotados é de 78,33% para mensalistas.
 As despesas com refeição e transportes são as fixadas no Dissídio coletivo da categoria na
forma de vales ou, no caso das refeições, fornecidas diretamente nos refeitórios da empresa.
 Eventuais seguros são calculados em função dos gastos reais ou da inclusão do pró-labore
dos sócios ou dos diretores da ativa.
 Custo de transporte do engenheiro foi considerado o uso do seu veículo particular e
pagamento da quilometragem a R$ 0,67/km.
 Computar todas as despesas envolvidas na Administração Central menos os custos com a
comercialização, que é contabilizado separadamente.
 Dias úteis de trabalho será de 22 dias ao mês.
 Adotar as fórmulas apresentadas no Regulamento.

Despesas Específicas da Administração Central – São despesas indiretas de uma determinada obra,
debitadas à administração central e não entram no seu rateio geral. São elas:

 Salário mais Leis Sociais e Encargos Complementares do Gerente de Contrato, em tempo


integral ou parcial, para atender especificamente a uma ou mais obras.
 Despesas de estadia, viagem, refeições, transporte e etc.

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1.7.2.1.1 DESPESA FINANCEIRA

A despesa financeira não muda em função da modalidade de contrato, pois está relacionada com a
forma de pagamento da fatura e não com o valor da venda.
Assim, vamos considerar inflação de 0,5 ao mês, juros de capital de giro de 3,0% tomado em banco
e pagamento a 30 dias da medição. Temos:
𝒏 𝒏
𝒇 = [(𝟏 + 𝒊)𝟑𝟎 × (𝟏 + 𝒋)𝟑𝟎 ] – 𝟏 =
Sendo:
 f = custo financeiro do capital de giro;
 i = taxa de inflação média do mês;
 j = taxa de juros bancários por mês;
 n = prazo de pagamento em dias.
OBS.: Não foram considerados na fórmula os custos financeiros decorrentes da proibição de
reajustar os contratos durante cada período de 12 meses, determinados pelo Plano Real.

30 30
f = [(1 + 0,005)30 × (1 + 0,03)30 ] – 1 = 3,52%

1.7.2.1.3. TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO

Trata-se de uma taxa a ser estabelecida pelo proponente, levando-se em conta o grau de
confiabilidade do projeto básico, seus detalhes, quantitativos, erros e omissões contidos na planilha
de custos diretos, etc.

As taxas de risco podem variar de 0,5% a 5,0% do valor dos Custos Diretos.
Portanto, 0,5 ≤ R ≤ 5,0

1.7.2.2. TRIBUTOS
Consideremos os seguintes tributos incidindo sobre o valor de venda:

LUCRO PRESUMIDO % LUCRO REAL%


SERVIÇOS SERVIÇOS SERVIÇOS SERVIÇOS
TRIBUTOS e CONTRIBUIÇÕES
COM SEM COM SEM
MATERIAL. MATERIAL. MATERIAL. MATERIAL.
PIS - Programa de Integração Social 0,65 0,65 1,65 1,65
COFINS - Financiamento da Seguridade Social 3,00 3,00 7,60 7,60
IRPJ - Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas 1,20 4,80 1,50 (1) 1,50 (1)
CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 1,08 2,88 0,90 (2) 0,90 (2)
ISS - Imposto sobre Serviços 2,00 (4) 5,00 2,00 (3) 5,00
TOTAL 7,93% 16,33 13,65 16,65

OBS.:
(1) Mínimo de 1,50% para uma expectativa de lucro de 10,00%.
(2) Mínimo de 0,90% para uma expectativa de lucro de 10,00%.
(3) Considerando 40,00% de mão-de-obra do total da fatura.

1.7.2.3. TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO

As despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou Custos Indiretos,
inclusive nos custos da administração central rateados para essa obra específica e, portanto, deverão
ser calculados em separado.

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A taxa de Comercialização é obtida dividindo-se todas as despesas comerciais ocorridas num
determinado período de tempo, por exemplo, de um exercício, dividido pelo faturamento do mesmo
exercício. É por isso que fica no denominador por ser proporcional ao faturamento e não ao custo
direto da obra.

As principais despesas de comercialização são:

 Comissão do representante comercial ou salário de Gerente Comercial quando não


computados nos custos da administração central. Almoços, jantares, despesas de viagens
aéreas e terrestres gastos para captação de obras...........................................1,0% a 2,0%
 Brindes de Natal, folhetos promocionais de propaganda, assessoria de imprensa,
contribuições beneficentes e sociais, etc. ..........................................................0,0 a 0,5%
 Custos relativos à compra de editais, transportes, vistorias, certidões, autenticações,
elaboração das propostas (técnica e administrativa) bem e mal-sucedidas, papéis, cópias
reprográficas, toners, etc. Considerar a possibilidade otimista de sucesso de um para 10
participações em licitações públicas. Estes custos podem estar entre 1,0% a 5,0% do valor
das propostas............................................................................................0,5 % a 2,0%
 Custos relativos a seguro garantia de participação em licitações, ART do CREA (0,2 a 1,5% do
valor do contrato), juros de caução de garantia, assessoria jurídica especializada para
promover recursos, liminares, etc............................................................................ 0,5%

Portanto,.......................................................................... TOTAL de 2,0% ≤ C ≤ 5,0%

2. Exemplo de Cálculo de BDI

2.1 MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE

São empresas cadastradas como ME ou EPP, cujo limite de faturamento anual é até R$2.400.000,00.
Trata-se de uma situação diferente das licitações normais regidas pela lei. 8.666/93, pois obedece
aos critérios estabelecidos pela lei Complementar de 2006, que instituiu o Estatuto Nacional da
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte e estabeleceu ao mesmo tempo o Regime Simplificado de
Tributação, ou tributo único mais o INSS, no caso da Construção Civil.

HIPOTESES:

Vamos considerar uma obra com Custo Direto – CD de R$ 30.000,00 a ser executada em 30 dias,
compatível com ME e com o EPP. A obra é uma pequena edificação onde serão utilizados os
seguintes trabalhadores: um encarregado, um pedreiro (ou carpinteiro), ou um encanador (ou
eletricista) e dois serventes, porém a média de trabalhadores no período é de quatro pessoas, que
desenvolverão suas respectivas especialidades.

Vamos considerar também que a obra fica próximo à sede e os trabalhadores pertencem ao quadro
permanente da empresa e não tomam condução para se deslocar de suas residências até o local de
trabalho.

Consideradas essas hipóteses, calcular o BDI.

2.1.1 Exercício simulado nº. 01

Estando a obra próximo à sede, sua administração será feita diretamente do escritório central pelo
próprio dono da empresa e, neste caso, não haverá as despesas específicas da Administração
Central.

Em primeiro lugar vamos levantar todas as despesas que envolvem a Administração Central.

Sendo uma Microempresa, visa-ser à menor despesa possível.

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1 - Cálculo do rateio da Administração Central, em que a estrutura técnico Administrativa deverá ser
a menor possível e constituída das seguintes despesas:

Pessoal:

Secretária R$ 2.202,00 x 1,7833 (Leis Sociais para mensalistas)..............R$ 3.926,82


Aux. Técnico R$ 1.276,00 x 1,7833 (Leis Sociais para mensalistas)..............R$ 2.275,49

PRÓ-LABORE de sócios:
Sócio (só um executivo) R$ 5.000,00 x 1,20 (INSS 20%)............................................R$ 6.000,00

Demais Despesas:
Aluguel (+IPTU, taxas e etc.).....................................................................................R$ 900,00
Escritório de Contabilidade ........................................................................................R$ 300,00
Consumo (água, luz, telefone e etc.)...........................................................................R$ 450,00
Despesas de escritório...............................................................................................R$ 300,00
TOTAL ...............................................................................................................R$ 14.152,31

Rateio da Administração Central

Para o cálculo do Rateio da Administração central é preciso saber outros parâmetros da empresa,
tais como o número de obras em execução, seu faturamento mensal e anual e etc.

𝐷𝑀𝐴𝐶 × 𝐹𝑀𝑂 × 𝑁
𝑅𝑎𝑐 = × 100 =
𝐹𝑀𝐴𝐶 × 𝐶𝐷𝑇𝑂
Onde:

DMAC = Despesa mensal da Administração Central = R$14.152,31


FMO = Faturamento Mensal da Obra = R$ 40.000,00 (fatura única)
N = Prazo da obra em meses = 1 mês
FMAC = Faturamento Mensal da Administração Central = R$120.000,00
CDTO = Custo Direto Total da Obra = R$ 30.000,00

14.152,31 × 40.000,00 × 1
𝑅𝑎𝑐 = × 100 = 15,72%
120.000,00 × 30.000,00
2 - Cálculo do BDI:
𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100
Sendo:

i = taxa de Administração Central = 15,72%.


r = taxa de risco do empreendimento. = 0% (considerando as condições da obra)
f = taxa de custo financeiro do capital de giro. = 3,52%
t = taxa de tributos federais. = 13,65%
s = taxa de tributo municipal – ISS=
c = taxa de despesas de comercialização = 0,00
l = lucro ou remuneração liquida da empresa = 10% (previsão de lucro médio)

(1 + 0,1572)(1 + 0,00)(1 + 0,0352)


𝐵𝐷𝐼 = {[ ] − 1} × 100 = 56,89%
1 − (0,1365 + 0,00 + 0,10)

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
2.5.1 Exercício simulado Nº 2
A Lei de Licitações estabelece o valor de R$ 1.500.00,00 como limite de tomada de Preços. Acima
desse valor passa a ser concorrência qualquer que seja p valor da licitação. Para os nossos exercícios
vamos considerar que o Custo Direto foi calculado em R$10.000.000,00, no qual estão incluídos os
encargos complementares de mão de obra, custos da administração local, canteiro de obra,
mobilização e desmobilização, conforme a Metodologia apresentada.

Usando os mesmos parâmetros anteriores de utilização de mão de obra, teríamos neste caso em
média 80 operários na produção, distribuídos conforme os tipos de serviços executados no prazo de
24 meses.

Definidas essas principais hipóteses, vamos calcular o BDI.


As obras a serem construídas podem estar em qualquer parte do Estado, cuja distância pode chegar
a 800 km. Para o nosso estudo, vamos adotar uma distância média de 400 km da sede à obra ou
vice-versa, pois muitas das empresas participantes estão sediadas em diferentes municípios do
interior.

1º Cálculo das despesas indiretas.

ADMINISTRAÇÂO CENTRAL

a) Despesas específicas

PESSOAL

Numa obra desse porte torna-se imprescindível ter um Engenheiro Coordenador em tempo integral
(não é o engenheiro residente da obra), que, além de cuidar do apoio técnico e administrativo,
precisa manter as relações gerenciais e comerciais com o cliente, geralmente estabelecido na Capital
do Estado ou, quando não, a uma grande distância da sede central da empresa prestadora de
serviços.

Geralmente esse Engenheiro Coordenador tem que fazer pelo menos uma visita por semana para
acompanhar o progresso da obra e participar de reuniões com o Engenheiro Residente e outros
auxiliares para tomar as providências necessárias ao seu bom andamento, além de atender à
fiscalização da obra.
 Engenheiro Coordenador – Visita à obra na abertura e no encerramento e a cada 7 dias,
durante os 24 meses. Permanência de um dia na obra mias um dia de viagem. Hospedagem
de um dia no local, mais refeições. Demais dias no relacionamento com o órgão (projetos,
medições, pagamentos e etc.) e na coordenação de apoio técnico e logístico da obra.

Salário mensal de R$10.000,00, mais Leis Sociais.


10.000,00 × 24
Rateio do salário = 𝑖1 = × 1,7833 = 0,04279 = 4,28%
10.000.000,00

OUTRAS DESPESAS
Despesas do engenheiro

Quilometragem:
2(ida e volta) ×400km(distância média)×4 (semanas mês)×24 (obra)×R$ 0,67 (pagamento km)=
--------------------------------------------------------------------------------------------R$ 51.456,00
Hospedagem:

4(semana) X 24 (obra) X R$50,00(desp. Hosp) = -------------------------------------------R$ 4.800,00

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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Refeições:

26 (almoço, lanche etc.) x 24 (obra) x R$8,00 = --------------------------------------------R$ 4.992,00

Pedágios:

4(semanas) X 24 (obra) x R$60,00 (valor pedágio) =---------------------------------------R$5.760,00

Despesas com o transporte e refeições do pessoal de apoio:

Mestre, encarregado administrativo e de pessoal, do quadro permanente da empresa, indo e


voltando para casa uma vez por mês.

Transporte em ônibus:

3(nº funcionários) X 2(ida e volta) X 24 X R$90,00 ----------------------------------------R$ 12.960,00

Ajuda de refeições durante a viagem:


3 (nº funcionários) X 2 (ida e volta) X 24 X R$8,00-------------------------------------------R$1.152,00

TOTAL DE OURAS DESPESAS----------------------------------------------------------R$81.120,00

Despesas específicas
81.120,00
𝐼2 = = 0,81%
10.000.000,00

obs.: Não estão computadas aqui eventuais viagens do supervisor administrativo, do comprador ou
do pessoal da área de apoio técnico à obra.

b) RATEIO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Vamos considerar uma empresa que fature cerca de R$ 5.000.000,00 por mês.
Para uma obra de R$ 15.000.000,00 (supondo-se um BDI de 50%) a ser executada em dois anos, o
faturamento médio mensal seria de R$ 625.000,00.

Vamos considerar a seguinte estrutura básica da administração central e os seus respectivos custos
mensais:
PESSOAL

Engenheiro Responsável da empresa: -------------------------------------------------------R$ 10.000,00


Engenheiro de planej. e apoio técnico: -----------------------------------------------------------8.000,00

Engenheiro Sênior ---------------------------------------------------------------------------------5.000,00

Engenheiro Júnior ----------------------------------------------------------------------------------3.000,00

Gerente Comercial ---------------------------------------------------------------------------------8.000,00

Assistente Comercial -------------------------------------------------------------------------------3.000,00

Orçamentista--------------------------------------------------------------------------------------- 5.000,00

Auxiliar de Orçamentos ----------------------------------------------------------------------------2.000,00


Gerente Administrativo: ---------------------------------------------------------------------------5.000,00

Secretária ------------------------------------------------------------------------------------------2.500,00
Recepcionista/telefonista --------------------------------------------------------------------------1.000,00

Comprador -----------------------------------------------------------------------------------------4.000,00
Assistente de Compras ----------------------------------------------------------------------------2.000,00

Auxiliar de Compras -------------------------------------------------------------------------------1.000,00


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ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Encarregado do pessoal--------------------------------------------------------------------------- 4.000,00

Auxiliar de pessoal ---------------------------------------------------------------------------------1.000,00

Contas a pagar e a receber:----------------------------------------------------------------------- 2.500,00

Auxiliar de escritório (3) ---------------------------------------------------------------------------2.700,00

Motorista de serviços gerais -------------------------------------------------------------------------900,00

Porteiro/vigilante (3) ------------------------------------------------------------------------------2.400,00

Digitador (2) ---------------------------------------------------------------------------------------1.500,00

Boy ----------------------------------------------------------------------------------------------------400,00

Subtotal -------------------------------------------------------------------------------------------74.900,00

Leis Sociais 78,33%-------------------------------------------------------------------------------58.669,17

Subtotal------------------------------------------------------------------------------------------133.569,17
Pró-labore (2diretores)----------------------------------------------------------------------------20.000,00

INSS 20%-------------------------------------------------------------------------------------------4.000,00
TOTAL---------------------------------------------------------------------------------------------157.569,17

OUTRAS DESPESAS

Aluguel do escritório central -----------------------------------------------------------------------5.000,00


Aluguel - Depósito/Almoxarifado/oficina ----------------------------------------------------------8.000,00

IPTU/taxas diversas --------------------------------------------------------------------------------1.500,00

Energia Elétrica ------------------------------------------------------------------------------------2.000,00

Água encanada ---------------------------------------------------------------------------------------500,00


Telefone fixo ----------------------------------------------------------------------------------------3.000,00

Telefone -------------------------------------------------------------------------------------------- 2.000,00

Material de escritório/impressos ------------------------------------------------------------------1.500,00

Material de higiene e limpeza -----------------------------------------------------------------------800,00

Água potável -----------------------------------------------------------------------------------------300,00

Segurança patrimonial -------------------------------------------------------------------------------500,00


Assessoria contábil (terceirizada) -----------------------------------------------------------------4.000,00

Manutenção de veículos ---------------------------------------------------------------------------3.000,00


Combustível---------------------------------------------------------------------------------------- 5.000,00

IPVA/licenciamento/seguros/ ----------------------------------------------------------------------6.000,00
Refeições (26 pessoas) ----------------------------------------------------------------------------4.576,00

Transportes----------------------------------------------------------------------------------------- 2.288,00
TOTAL ---------------------------------------------------------------------------------------------49.964,00
TOTAL (Pessoal + despesas gerais) =--------------------------------------- R$207.533,17/mês

Cálculo do rateio da administração central

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (89)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

207.533,17 × 625.000,00 × 24
𝑅𝐴𝑇𝐸𝐼𝑂 − × 100 = 6,22%
5.000.000,00 × 10.000.000,00

Outras taxas envolvidas:


 TAXA DE RISCO = 2,0%;
 CUSTO FINANCEIRO = 3,52%;
 TRIBUTOS = 7,93%;
 TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO = 2,0%;
 LUCRO = 10,0%.

CÁLCULO DO BDI
𝐼 𝑅 𝐹
(1 + ) (1 + ) (1 + )
𝐵𝐷𝐼 = {[ 100 100 100 ] − 1} × 100 = {[(1 + 𝑖)(1 + 𝑟)(1 + 𝑓)] − 1} × 100
𝑇+𝑆+𝐶+𝐿 1 − (𝑡 + 𝑠 + 𝑐 + 𝑙)
1−( )
100
Sendo:

i = taxa de Administração Central = 6,22% + 4,28% +0,81% = 11,31%


r = taxa de risco do empreendimento. = 2% (considerando as condições da obra)
f = taxa de custo financeiro do capital de giro. = 3,52%
t = taxa de tributos federais. = 7,93%
s = taxa de tributo municipal – ISS=
c = taxa de despesas de comercialização = 2,00
l = lucro ou remuneração liquida da empresa = 10% (previsão de lucro médio)

(1 + 0,1131)(1 + 0,02)(1 + 0,0352)


𝐵𝐷𝐼 = {[ ] − 1} × 100 = 46,78%
1 − (0,0793 + 0,02 + 0,10)

Atividade Avaliativa 07
1) Quais são os componentes do BDI?\q
2) O que diferencia as despesas diretas das indiretas?
3) Qual a diferença entre preço de custo e de venda?
4) Calcule o BDI considerando:
 Administração Central = 12%
 Risco do empreendimento. = 1%
 Custo financeiro do capital de giro. = 2,20%
 Tributos federais e municipais = 13,65 %
 Despesas de comercialização = 2,00
 Lucro = 10%

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (90)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

8º Passo Composição Unitária de custos


De acordo com a norma técnica para elaboração de orçamento de obras de construção
Civil NORMA TÉCNICA IE – Nº 01/2011 Aprovado pelo Plenário do Conselho Deliberativo em
2011 (www.iengenharia.org.br)

12.6. AS COMPOSIÇÕES DE CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS

12.6.1. A composição de custo unitário de um determinado serviço é representada por uma planilha
contendo todos os insumos que compõem o serviço, com seus respectivos consumos ou coeficientes
de produtividade e utilização dos respectivos preços unitários.

Nota: A titulo de esclarecimento, e recomendável acrescentar junto à ficha de composição do serviço


as demonstrações de obtenção dos dados, tais como: dados provenientes de exigências de edital, de
projeto ou de especificações técnicas, produção da equipe mecânica, dados provenientes de
planejamento de execução de serviço em função do método adotado, etc.

12.6.2. Para as composições analíticas de serviços a utilização dos insumos com os respectivos
coeficientes de produtividade e de consumo, devem ser estabelecidos a partir de parâmetros teóricos
disponíveis e aferidos através de apropriação dos serviços nas suas próprias obras de construção.
12.6.3. Admite-se o uso de composições de serviços, com seus respectivos coeficientes de
produtividade ou utilização de insumos, quando forem provenientes de sistemas orçamentários já
consagrados no meio técnico. Entretanto, os custos obtidos por seu intermédio devem ser tratados
como estimativos. Para que sejam considerados como referenciais, devem ser aferidos e validados
através de apropriação de dados em campo, ou seja, nas obras, durante o ciclo de execução das
mesmas, ate a sua desmobilização.

12.6.4. O custo unitário de um serviço e o valor ou a importância correspondente a uma unidade do


serviço considerado. Pode conter os custos de mão-de-obra, de materiais e de aplicação de
equipamentos para uma unidade do serviço considerado.

12.6.5. As unidades dos serviços devem ser as unidades constantes no Sistema Métrico Decimal
adotado no Brasil.

12.6.6. A composição analítica de custo unitário de um serviços deve conter os seguintes elementos
componentes:
Insumos bem caracterizados, conforme especificações técnicas;

Coeficientes de consumo dos materiais;


Coeficientes de produtividade ou de aplicação de mão-de-obra por categoria de operários;

Coeficientes de utilização de equipamentos;

Preços unitários dos insumos;

Taxa de Encargos Sociais e Complementares a serem aplicadas sobre a mão-de-obra.

12.6.7. Coeficientes de consumo de materiais ou aplicação de materiais: são as quantidades de


materiais usadas na execução de uma unidade do serviços considerado.

12.6.8. Coeficientes de produtividade ou de aplicação de mão-de-obra: são as quantidades de horas


de mão-de-obra, por categoria de operários, aplicadas na execução da unidade de um determinado
serviço.
12.6.9. Coeficientes de utilização de equipamentos ou consumo horário de equipamentos: é o tempo,
em horas, de utilização do equipamento para execução da unidade de um determinado serviço.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (91)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Exemplos:

(1) Para a execução de escavação de solo para vigas de fundação, o único insumo é a mão-
de-obra (servente), sendo estimado um consumo de 4 horas para cada m3 escavado:

ESCAVAÇÃO DE SOLO NORMAL, ATÉ 3m DE PROFUNDIDADE – m3

Item Insumo Quantidade Unit. Custo Unit. (R$) Custo Parcial (R$)
1 Servente 4,00 h 5,03 / h 20,12

(2) Cálculo de Quantidades de Materiais para Execução de uma Parede de Alvenaria


Uma das dúvidas mais freqüentes é a maneira de calcular as quantidades de materiais
necessários para execução de uma parede de alvenaria.
Demonstraremos como exemplo, um método de cálculo simples, que poderá ser adotado
para quaisquer tipos de tijolos, blocos, pedras e traços de argamassas de assentamento e
revestimento.
Dados da parede
 Comprimento: 4,00m
 Altura: 2,50m
 Tipo de elemento: tijolos cerâmicos maciços, dimensões 22 x 11 x 6cm
 Espessura das juntas: 1cm
 Tipo de assentamento: a chato
 Espessura: 11cm (meio tijolo), sem os revestimentos
 Argamassa de assentamento: cimento, cal hidratada e areia grossa lavada, traço
1:2:8 em volume.
 Argamassas de revestimento interno:
1. Chapisco - cimento e areia grossa lavada, traço 1:4 em volume
2. Emboço - cal hidratada e areia média lavada, traço 1:4 em volume
3. Reboco - cal hidratada e areia fina lavada, traço 1:4 em volume
 Argamassas de revestimento externo:
1. Chapisco - cimento e areia grossa lavada, traço 1:4 em volume
2. Emboço - cimento, cal hidratada e areia média lavada, traço 1:2:9 em volume
3. Reboco - cal hidratada e areia fina lavada, traço 1:3 em volume
 Pesos específicos médios considerados:
o Cimento portland comum - 1200kg/m3
o Cal hidratada - 1700kg/m3
NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora Renata Silva Moura (92)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
o Areia fina seca - 1400kg/m3
o Areia média seca - 1500kg/m3
o Areia grossa seca - 1700kg/m3

Cálculo da quantidade de tijolos


1. Área da parede: 4,00 x 2,50 = 10,00m2
2. Área de 1 tijolo, incluindo juntas: 0,23m (23cm) x 0,07m (7cm) = 0,0161m2
3. Quantidade de tijolos por m2: 1,00m2 ÷ 0,0161m2 = 62 peças
4. Quantidade de tijolos para 10,00m2: 10 x 62 = 620 peças (unidades)
Cálculo das quantidades para a argamassa de assentamento
1. Área de 1 tijolo, excluindo juntas: 0,22m (22cm) x 0,06 (6cm) = 0,0132m2
2. Área de 62 tijolos: 62 x 0,0132 = 0,8184m2
3. Área das juntas: 1,00 - 0,8184 = 0,1816m2
4. Volume de argamassa de assentamento por m2: 0,1816m2 x 0,11m (11cm) = 0,02m3
5. Volume de argamassa de assentamento para 10,00m2: 10 x 0,02 = 0,2m3
 Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,2 ÷ 11 =
0,0182m3
 Peso de cimento, considerando um peso específico de 1200kg/m3 =
0,0182 x 1200 = 21,84kg
 Volume de cal, considerando 2 partes sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,0182 x 2 =
0,0364m3
 Peso de cal, considerando um peso específico de 1700kg/m3 = 0,0364 x
1700 = 61,88kg
 Volume de areia, considerando 8 partes sobre 11 (traço 1:2:8) = 0,0182 x 8 =
0,1456m3
 Peso de areia grossa, considerando um peso específico de 1700kg/m3 =
0,1456 x 1700 = 247,52kg

Cálculo das quantidades para o revestimento interno

1. Volume de chapisco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x


0,005m (5mm) = 0,05m3
 Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05 ÷ 5 =
0,01m3
 Peso de cimento, considerando um peso específico de 1200kg/m3 =
0,01 x 1200 = 12,00kg

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (93)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01 x 4 =
0,04m3
 Peso de areia grossa, considerando um peso específico de 1700kg/m3
= 0,04 x 1700 = 68,00kg
2. Volume de emboço para 10,00m2, considerando espessura de 20mm: 10m2 x
0,02m (20mm) = 0,2m3
 Volume de cal, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,2 ÷ 5 = 0,04m3
 Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3 = 0,04 x
1700 = 68,00kg
 Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,04 x 4 =
0,16m3
 Peso de areia média, considerando um peso específico de 1500kg/m3
= 0,16 x 1500 = 240,00kg
3. Volume de reboco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x
0,005m (5mm) = 0,05m3
 Volume de cal, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05 ÷ 5 =
0,01m3
 Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3 = 0,01 x
1700 = 17,00kg
 Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01 x 4 =
0,04m3
 Peso de areia fina, considerando um peso específico de 1400kg/m3 =
0,04 x 1400 = 56,00kg

Cálculo das quantidades para o revestimento externo

1. Volume de chapisco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x


0,005m (5mm) = 0,05m3
 Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) = 0,05 ÷ 5 =
0,01m3
 Peso de cimento, considerando um peso específico de 1200kg/m3 =
0,01 x 1200 = 12,00kg
 Volume de areia, considerando 4 partes sobre 5 (traço 1:4) = 0,01 x 4 =
0,04m3
 Peso de areia grossa, considerando um peso específico de 1700kg/m3
= 0,04 x 1700 = 68,00kg
2. Volume de emboço para 10,00m2, considerando espessura de 20mm: 10m2 x
0,02m (20mm) = 0,2m3

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (94)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,2 ÷ 12
= 0,0166m3
 Peso de cimento, considerando um peso específico de 1200kg/m3 =
0,0166 x 1200 = 20,00kg
 Volume de cal, considerando 2 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166 x 2 =
0,0333m3
 Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3 = 0,0333
x 1700 = 56,66kg
 Volume de areia, considerando 9 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166 x 9
= 0,1494m3
 Peso de areia média, considerando um peso específico de 1500kg/m3
= 0,1494 x 1500 = 224,10kg
3. Volume de reboco para 10,00m2, considerando espessura de 5mm: 10m2 x
0,005m (5mm) = 0,05m3
 Volume de cal, considerando 1 parte sobre 4 (traço 1:3) = 0,05 ÷ 4 =
0,0125m3
 Peso de cal, considerando um peso específico de 1200kg/m3 = 0,0125
x 1700 = 21,25kg
 Volume de areia, considerando 3 partes sobre 4 (traço 1:3) = 0,0125 x 3 =
0,0375m3
 Peso de areia fina, considerando um peso específico de 1400kg/m3 =
0,0375 x 1400 = 52,50kg

Importante:
a) Cimento e areia medidos secos e soltos. Cal hidratada medida em estado pastoso
firme.
b) Para cada m3 de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água limpa.
c) Considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de taxa de
quebra.
d) No caso de tijolos furados, considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos
materiais para argamassa de assentamento.
e) Os pesos específicos considerados para os diferentes materiais são médias estimadas.
f) Existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas
argamassas, entre eles: impermeabilizantes, adesivos, aceleradores de pega,
retardadores de pega, plastificantes, controladores de fissuração, etc. Recomendamos
que consulte o fabricante dos aditivos para definição dos traços das argamassas a serem
aditivadas e a especificação e proporção do aditivo a ser utilizado.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (95)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo TISAKA, Maçahico. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e
execução. São Paulo: Pini, 2006...

No mercado pode ser encontrada alguma literatura sobre o assunto, mas a mais conhecida é a TCPO
- Tabela de Composição de Preços da PINI, onde podem ser encontrados os parâmetros de
quantitativos e horas necessárias para as composições dos principais serviços utilizados na
construção civil e predial.
Os parâmetros que expressam os quantitativos e taxas horárias de pessoal e equipamentos na TCPO
dão uma idéia bastante próxima da realidade, mas as empresas de construção tradicionais e bem
estruturadas costumam avaliá-los através de constante Apropriação Analítica de Custos da Obra
realizada, de modo a ter maior segurança na sua política de preços

EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS - Tabela TCPO-PINI

Data de referência de preços: 2017/08


Código: 3R 14 35 00 00 00 00 31 05
Descrição: Estrutura de madeira para telha cerâmica ou de concreto, vão de 3 a 7 m
Região de preços: Belo Horizonte
Quantidade: 1m² LS(%): 129,34 BDI(%): 30
Total
Preço unitário
Código Descrição Class Un Coef (R$) sem
(R$) sem taxas
taxas
2N 36 16 25 12 15 Carpinteiro MOD h 1,25 7,20 9,00
2N 36 16 25 15 04 Ajudante de carpinteiro MOD h 1,25 5,42 6,78
Prego com cabeça 18 x 27, 62,1 mm x
2C 03 08 02 13 59 MAT kg 0,13 9,64 1,25
Ø 3,4 mm
2C 03 12 05 00 17 Madeira bruta peroba MAT m³ 0,03 4228,56 126,86
Chapa de aço para emenda de tesouras
2C 03 16 00 00 05 MAT kg 0,19 13,96 2,65
em telhados 4" x 1/4" x 50 cm
Total mão-de-obra, sem taxas (R$): 15,78
Total outros itens, sem taxas (R$): 130,76
Total geral, sem taxas (R$): 146,54
Valores Totais (R$)
Sem taxas: 146,54
LS: 20,40
BDI: 50,08
Com taxas: 217,02
Memorial Descritivo
CONTEÚDO DO SERVIÇO
1) Considera materiais e mão de obra para fabricação e montagem da estrutura.
2) Não estão inclusos: andaimes ou estruturas auxiliares; equipamentos de proteção e segurança;
equipamentos para fabricação (serra elétrica de bancada, portátil, etc.); telhas.
3) A ferragem adotada é representativa para considerações de orçamento, assim como os pregos em bitola
única.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
Pela área de projeção horizontal do telhado.
NORMAS TÉCNICAS
NR18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção - 18.7 - Carpintaria (Mês/Ano:
01/1950)

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (96)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira (Mês/Ano: 08/1997)
NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada (Mês/Ano: 02/1982)
NR18 - Condições e meio do trabalho na indústria da construção - 18.18 - Telhados e coberturas (Mês/Ano:
01/1950)
Isenção de responsabilidade
* OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Esta planilha foi originalmente exportada do sistema TCPOweb do Grupo PINI Ltda.
O sistema permite ao usuário a livre manipulação de várias informações inicialmente oferecidas pelo serviço,
apenas como referência para trabalhos de orçamento e estimativas sob a responsabilidade exclusiva e direta da
pessoa que as utiliza.
Ao optar pelo uso das informações resultantes, o usuário reconhece esses limites do serviço e assume como
suas as responsabilidades inerentes desse uso, eximindo a PINI de qualquer prejuízo, conseqüência inadequada
ou indesejável que porventura venha a ocorrer.
© 2017 Grupo PINI Ltda. - Todos os direitos reservados

Atividade Avaliativa 08
Adotando um BDI de 30% e considerando as L.S = 129,34 calcule as composições a seguir

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (97)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Preço
Código Descrição Un. Clas. Coef. Total (R$)
Unit(R$)

Piso cerâmico esmaltado assentado com


22.003.000003.SER argamassa pré-fabricada de cimento m²
colante dimensão: 30 x 30 cm

01.003.000001.MOD Azulejista h MOD 0,400000 7,35

01.026.000001.MOD Servente h MOD 0,150000 4,45

Argamassa pré-fabricada de cimento


04.004.000036.MAT colante para assentamento de peças kg MAT 4,400000 0,49
cerâmicas

Placa cerâmica esmaltada 30 x 30 cm x 8


18.006.000009.MAT m² MAT 1,100000 24,75
mm resistência a abrasão 3

Mão de Obra:

Outros(materiais+ equipamentos e etc..):

Total s/ Taxa (Unit.) :

Valor LS (129,34%) :

Total (materiais+mão de obra+leis sociais) :

*Valor BDI :

Valor Total c/ Taxa :

CONTEÚDO DO SERVIÇO

Consideram-se material e mão de obra para execução do revestimento descrito sobre base previamente
preparada.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO

Pela área de piso revestido.

NORMAS TÉCNICAS

NBR13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante - Procedimento (Mês/Ano: 12/1996)

NORMAS TÉCNICAS

NBR13816 - Placas cerâmicas para revestimento - Terminologia (Mês/Ano: 04/1997)

NORMAS TÉCNICAS

NBR13817 - Placas cerâmicas para revestimento - Classificação (Mês/Ano: 04/1997)

NORMAS TÉCNICAS

NBR13818 - Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios (Mês/Ano: 04/1997)

NORMAS TÉCNICAS

NBR9817 - Execução de piso com revestimento cerâmico (Mês/Ano: 05/1987)

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (98)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Preço Total
Código Descrição Un. Clas. Coef.
Unit(R$) (R$)

Demolição de piso cerâmico inclusive


retirada da camada de regularização
02.002.000021.SER m²
sobre lastro de concreto com
espessura até 3 cm

01.021.000001.MOD Pedreiro h MOD 0,140000 6,43

01.026.000001.MOD Servente h MOD 1,400000 4,45

Mão de Obra:

Outros(materiais+ equipamentos e etc..):

Total s/ Taxa (Unit.) :

Valor LS (129,34%) :

Total (materiais+mão de obra+leis sociais) :

*Valor BDI :

Valor Total c/ Taxa :


CONTEÚDO DO SERVIÇO:

Considera-se mão de obra para remoção do revestimento cerâmico e deposição em área lateral contígua.

Preço
Código Descrição Un. Clas. Coef. Total (R$)
Unit(R$)

Argamassa mista de cimento, cal


06.003.000069.SER hidratada e areia sem peneirar traço m³
1:2:6

01.026.000001.MOD Servente h MOD 10,0000 4,45

03.001.000008.MAT Areia média lavada m³ MAT 1,22000 94,00

04.001.000001.MAT Cal hidratada CH III kg MAT 243,000 0,50

04.002.000002.MAT Cimento CP-32 kg MAT 243,000 0,43

Mão de Obra:

Outros(materiais+ equipamentos e etc..):

Total s/ Taxa (Unit.) :

Valor LS (129,34%) :

Total (materiais+mão de obra+leis sociais) :

*Valor BDI :

Valor Total c/ Taxa :


CONTEÚDO DO SERVIÇO

Consideram-se material e mão de obra para execução do serviço descrito.

CRITÉRIO DE MEDIÇÃO

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (99)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Por volume de argamassa preparada.

NORMAS TÉCNICAS

NBR13281 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos (Mês/Ano:


09/2005)
NORMAS TÉCNICAS

NBR7200 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento


(Mês/Ano: 08/1998)

9º Passo – Preencher a planilha SINAPI E SETOP


segundo a cartilha de Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras
Públicas do Tribunal de contas da União (TCU)
....” Esta etapa do ciclo de orçamentação pode ser racionalizada mediante a utilização de tabelas
referenciais de custos contendo composições de custo unitário padronizadas. Além disso, o uso de
sistemas referenciais de custos traz segurança jurídica para orçamentistas e gestores públicos,
representando um parâmetro de avaliação objetivo para os órgãos de controle.
Por isso, o TCU tem entendido que “os preços medianos constantes do Sistema Nacional de Pesquisa
de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi são indicativos dos valores praticados no mercado e,
portanto, há sobrepreço quando o preço global está injustificadamente acima do total previsto no
Sinapi” (Acórdão 618/2006 – Plenário).
Não obstante, os atributos de um orçamento (especificidade, temporalidade, aproximação e
vinculação ao contrato) exigem adaptações de composições referenciais padrão para ajustá-las à
realidade da obra que se está orçando, na medida em que cada orçamento é único, em função das
particularidades das obras, diversidades de canteiros, métodos executivos, localização,
características das construtoras e disposições contratuais.

A utilização de composições de qualquer tabela de custos necessita de conhecimentos de engenharia


e de experiência de construção para sua adequação às premissas técnicas da obra. Portanto, no
tópico a seguir são apresentadas as disposições legais atualmente em vigor relacionadas à
elaboração do orçamento de referência da Administração.

Disposições do Decreto 7.983/2013


O Decreto 7.983/2013 estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de
obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União.

Dispõe o normativo que o custo de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços
de obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir de composições de custos
unitários menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de
referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil –
Sinapi.
No caso de obras de infraestrutura de transportes, o custo de referência será obtido a partir das
composições dos custos unitários do Sicro, sistema cuja manutenção e divulgação cabe ao
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Em muitas circunstâncias, os serviços a serem orçados não estarão contemplados nas referidas
tabelas de custos. Assim, o Decreto 7.983 prevê que, no caso de inviabilidade da definição dos
custos pelo Sinapi (ou Sicro) poderão ser utilizados dados contidos em tabela de referência
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal, em publicações
técnicas especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado.

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (100)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
As diversas tabelas de custos mantidas por órgãos e entidades da esfera estadual podem ser
consideradas “sistemas específicos instituídos para o setor”, sendo pacífica sua aceitação como fonte
referencial de preços. Nesse sentido, o Acórdão TCU 3.272/2011-Plenário assim dispôs:

9.1.1.9. [...], adotar, nesta ordem, os seguintes critérios para avaliação dos preços referenciais
máximos permitidos:

9.1.1.9.1. Mediana dos preços do Sinapi, localidade Rio Grande do Norte;

9.1.1.9.2. subsidiariamente, preços do Sicro2, localidade Rio Grande do Norte;

9.1.1.9.3. subsidiariamente, preços de outros sistemas aprovados pela Administração Pública, na


hipótese de não serem encontradas referências nos sistemas anteriores, ou em caso de
incompatibilidade técnica das composições desses paradigmas frente às peculiaridades do serviço,
desde que demonstrada documentalmente mediante justificativa técnica;

9.1.1.9.4. subsidiariamente, cotação de mercado contendo o mínimo de três cotações de


empresas/fornecedores distintos, fazendo constar do respectivo processo a documentação

comprobatória pertinente aos levantamentos e estudos que fundamentaram o preço estimado;


Como exemplo de alguns dos sistemas referenciais de preços utilizados pela administração pública

federal citam-se as tabelas do Dnocs e da Codevasf. Também existem diversos sistemas referenciais
de
preços mantidos por órgãos/entidades estaduais e municipais, por exemplo:

– Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro;

– Prefeitura de SP;

Conforme enfatizado, a elaboração de uma planilha orçamentária a partir de tabelas referenciais de

custos deve considerar as especificidades do projeto e do local, tais como: a) distâncias de


transporte de

materiais em geral; b) problemas de logística com materiais, mão de obra, equipamentos e


combustíveis;

c) diferentes alíquotas tributárias; d) utilização de novos materiais e inovações tecnológicas; e)


variação na
produtividade da mão de obra e dos equipamentos em função de esforços de racionalização,
contingências
de execução; f) consumos variáveis de produtos e materiais; g) diferentes arranjos do canteiro de
obras; h)

NOTAS DE AULA – ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Professora Renata Silva Moura (101)
ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
necessidade de execução da obra em ritmo acelerado de execução; i) diferenças na administração
local da

obra; j) exigências contratuais específicas e alocação de riscos entre o contratante e o contratado.

Desse modo, o Decreto 7983/2013 dispõe que, na elaboração dos orçamentos de referência, os
órgãos

e entidades da administração pública federal poderão adotar especificidades locais ou de projeto na

elaboração das respectivas composições de custo unitário, desde que demonstrada a pertinência dos
ajustes

para a obra ou serviço de engenharia a ser orçado em relatório técnico elaborado por profissional
habilitado.
É importante ressaltar que a legislação em vigor não se refere aos valores do Sicro e do Sinapi como

limites absolutos de preços e sim como parâmetros referenciais. Assim, o Decreto 7983/2013 institui
que

os custos unitários de referência da administração pública poderão, somente em condições especiais


justificadas em relatório técnico elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor
dos

recursos ou seu mandatário, exceder os seus correspondentes do sistema de referência adotado.


Dessa

forma, o orçamentista pode utilizar valores superiores aos do Sinapi, exigindo o citado Decreto
apenas que

exista uma justificativa técnica fundamentada para tal fato.

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Professora Renata Silva Moura (102)

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