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Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
Medidas Eléctricas II
FICHA 1 (Teórica)
Transdutores
INTRODUÇÃO AOS TRANSDUTORES DE MEDIDA
“Quando você puder medir aquilo de que está falando e exprimir isso em números, saberá algo
sobre tal coisa. Enquanto você não puder exprimí-lo em números, seu conhecimento é
insatisfatório. Pode ser o início do conhecimento, mas você terá avançado muito pouco em seus
pensamentos, em direção ao estágio da ciência”.
Histórico
O problema era que a productividade era baixa e a qualidade fortemente dependente do ser
humano. Com o surgimento da máquina à vapor, começa a surgir a idéia de se usar máquinas
para executar etapas do sistema produtivo. Entretanto as primeiras máquinas a vapor não tinham
elementos de controle automático. Eram ainda dependentes do homem para o controle de suas
ações, mas já representavam um avanço em termos de força e velocidade em relação ao ser
humano.
Com invenção do regulador mecânico para a pressão do vapor, feito por James Watt, a máquina
passou a ter um uso industrial importante, pois agora a pressão do vapor era regulada
automaticamente por um dispositivo, podendo a máquina assim efectuar um trabalho ou uma
etapa de um processo. Surge o processo industrial em substituição ao processo de manufactura,
onde máquinas realizam parte do processo de produção. Entretanto, ainda não existia o controle
automático no processo, dado que toda ação da máquina dependia da supervisão e atuação do
homem.
A idéia era fazer com que a máquina ganhasse cada vez mais autonomia no processo de
fabricação, tal qual ocorreu com o controle do vapor. Ou seja, buscava-se o controle automático
de processo. Mas o controle de processo usando meramente elementos mecânicos era algo difícil
de se conseguir e o controle automático de processo praticamente não avançou muito até o
século XX. Com o século XX, vieram a electricidade e os controles eléctricos e electrónicos,
mais versáteis e dinâmicos que os controles mecânicos e assim a automação de processos
adquiriu a dimensão que este até os dias de hoje.
A citação do Thompson, procura mostrar a necessidade que o homem tem de quantificar, medir
as grandezas. Só desta forma teremos um total controlo das manifestações da natureza e da
reação das grandezas que pretendemos controlar, por via da comparação. Dito de outra forma,
para determos o controlo, é preciso determinar as condições (ou variáveis) do sistema.
A maior preocupação na técnica é controlar qualquer parâmetro físico que pode variar, ao longo
do tempo, espontaneamente ou por influências externas (variável dinâmica), como é o caso: da
temperatura, pressão, caudal, nível, força, luminosidade, lumidade, movimento, etc.
Na realidade, para este controlo, podem ser considerados quatro (4) blocos fundamentais, do
ponto de vista funcional, de um instrumento de medida:
Transdutor;
Condicionador de sinal;
Transmissão; e
Processamento e Representação.
1.1 Transdutor
O transdutor transforma a informação da grandeza física a medir num sinal que lhe é
proporcional e que deverá ser compatível com as características de entrada do condicionador de
sinal. Dado o desenvolvimento e as vantagens associadas ao condicionamento (analógico ou
digital) de sinais eléctricos, a grande maioria dos transdutores são do tipo eléctrico sendo o sinal
na sua saída uma tensão ou corrente eléctrica proporcional à grandeza física que se pretende
medir.
1.3 Transmissão
Esta corresponde ao envio de informação colhida para o armazenamento ou vizulização. A
transmissão de dados à distância é utilizada quando a grandeza a medir está afastada do ponto de
observação ou de representação da medida (telemedida). A adaptação do sinal ao meio de
transmissão é efectuada geralmente com base em técnicas de modulação sendo a sua recuperação
obtida com base na técnica inversa da anterior, denominada desmodulação. A modulação e
desmodulação são utilizadas quer quando a transmissão de um sinal não pode ser efectuada em
“banda de base” (conjunto de frequências que contribuem para a sua definição) quer quando se
impõe minimizar a distorção devida à transmissão.
A conversão da grandeza física (ex: temperatura, pressão, deslocamento, aceleração) num sinal
eléctrico (ex: tensão, corrente, carga) representativo, é determinante na caracterização de um
sistema de medida, fazendo do transdutor um elemento fundamental na caracterização de um
instrumento de medida.
Actualmente o próprio transdutor pode incluir circuitos para processamento de sinal e fornecer
informação do tipo analógica ou digital. Neste caso as funções desempenhadas pelo transdutor
incluem o condicionamento e conversão de sinal. Este tipo de transdutores são designados por
transdutores inteligentes (“Smart or intelligent sensors”) e alguns deles podem ser interligados
directamente a uma rede de comunicação de dados (ex: ”Field Bus”).
2. Conceito de Transdutores
Conforme descrevemos a sua aplicação, o transdutor no geral é definido como um dispositivo
que transforma um tipo de energia de entrada em outro de saída. Tipicamente o tipo da saída é
diferente da entrada, porém elas estão relacionadas segundo uma determinada lei.
Os transdutores mais comuns convertem grandezas físicas em grandezas eléctricas (como tensão
ou a resistência) e vice versa. Estes são os considerados no contexto da instrumentação e
medidas Eléctricas.
Estas grandezas eléctricas devem ser devidamente condicionadas, para que as medições
resultantes tenham utilidade prática. E as pontes de medição e a amplificação são duas formas
muito utilizadas para o condicionamento do sinal captado pelo transdutor.
Na na maior parte dos casos, a saída dos transdutores é um sinal eléctrico, e as suas vantagens
são:
Hoje o transdutor está tomando o lugar do trabalhador como, por exemplo: Em serviços
repetitivos e desgastantes a probabilidade de erros de um trabalhador é maior do que a de um o
transdutor que não teria esse problema, pois este não sente desgastes físicos como o organismo
humano e pode trabalhar até 24 horas diretas sem parar e também não precisando receber horas
extras.
Nos processos de qualidade o transdutor supera a mão de obra humana tanto em produtividade
quanto em qualidade, agilidade e sem o desperdício de matéria prima. É um aparelho de alto
custo, mas o empresário não está em investir, pois sabe que terá melhores resultados e maior
produtividade na empresa tendo muito mais lucro e expansão da indústria.
É portanto conveniente definir de uma forma clara as principais características que poderão
determinar a escolha de um transdutor.
E como deve se imaginar ou saber, nenhuma medida física pode fornecer um valor exacto. Isto
porque vários factores influenciam no processo de medição, tais como:
a) Princípio de Transdução;
b) Sua aplicação;
c) Princípios eléctricos envolvidos;
d) Métodos de conversão de energia;
e) Natureza do sinal de saída; e
f) Campo de aplicação.
Representa o mais alto nível de classificação dos transdutores Ela sub-divide os transdutores de
medida em dois grandes grupos: activos e passivos.
Termopares – geram uma tensão eléctica quando as junções estão a temperaturas diferentes.
Note que os transdutores activos e passivos são podem ainda ser divididos em grupos
distintos, conforme resume a tabela 2:
A figura 2.4 mostra-nos que consoante o ponto de entrada do sinal, o transdutor pode ser
sensor ou actuador. Assim, consideramos o ponto de instalação de um sensor no local de
entrada da variável dinâmica (Input Device). O sensor é o elemento que "sente" o que
Transdutores de Temperatura;
Transdutores Fotoelétricos;
Transdutores de Posição;
Transdutores Piezoeléctricos;
Transdutores Opticos
Transdutores de Pressão;
Transdutores de Vazão.
Esta relacionado com a forma de energia do sinal que este dispositivo converte. Podendo ser na
base de uma transdução: Mecânica, Magnética, Radiante, Térmica, Eléctrica.
Exercícios de Aplicação
FIM