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4. DIREITO CIVIL.
Dando continuidade ao nosso estudo, você vai estudar o Direito Civil, ramo do direito privado que
regula as relações das pessoas. Dower (2005: 175), ensina:
Destarte, as expressões pessoa física e pessoa natural são sinônimas, apenas com a ressalva de
que esta (pessoa natural) foi a locução adotada pelo Código Civil brasileiro, enquanto que aquela
(pessoa física) foi adotada pelas legislações tributárias, principalmente a legislação regulamentar
do Imposto de Renda.
O início da personalidade ocorre com o nascimento com vida (CC, art.2º), quando a criança se
separa do ventre da mãe. Todo nascimento deve ser registrado (mesmo que a criança morra no
parto ou nasça morta).
Cada pessoa física tem direito a individualização, ou seja, toda pessoa tem direito ao nome e
sobrenome (art.16, CC). A aquisição se dá pelo registro civil. É vedada a utilização do pseudônimo
para fins ilícitos.
É considerado domicílio da pessoa física o lugar onde a mesma estabelece a residência com ânimo
definitivo (art.70, CC). No caso de diversas residências, deve ser considerado domicílio qualquer
delas. Com relação as profissões, considera-se domicílio o lugar onde é exercida.
O fim da personalidade natural ocorre com a morte (art.6º, CC). Nos casos de morte presumida
(aos ausentes), para validade, deve ser levada a registro público.
O ato ou fato jurídico é todo acontecimento previsto em lei, visando criar, modificar ou extinguir
direitos.
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Disciplina: Instituições de Direito Aula 04
Curso:Engenharia / Computação Prof.: Paulo Azevedo
Como são proibidos totalmente do exercício de qualquer atividade no mundo jurídico, nos atos
que se relacionam com seus direitos e interesses, procedem por via de representantes
(denominados de curador), que agem, no caso, em nome dos incapazes. Assim, por exemplo, se a
casa de um absolutamente incapaz for alugada, quem realizará tal ato em nome do incapaz será o
seu representante.
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade - A
incapacidade não dependerá exclusivamente da anomalia orgânica, mas de sua conjugação
com a impossibilidade de se manifestar a vontade. Nesta hipótese se inclui aquele que
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transitoriamente não puder exprimir sua vontade, como o caso do paciente em estado de
coma.
Além dos absolutamente incapazes, destacam-se dentre os incapazes aqueles que não são
totalmente privados da capacidade de fato. Entende o ordenamento jurídico que, em razão de
certas circunstâncias, devem ser colocadas certas pessoas em um termo médio entre a
incapacidade e o livre exercício dos direitos. Essa categoria de pessoas é denominada
relativamente incapazes.
Esses não são privados de ingerência ou participação na vida jurídica. Ao contrário, o exercício de
seus direitos se realiza com a sua presença, exigindo, apenas, que sejam assistidos por seus
responsáveis (denominados de tutor). Em suma, os relativamente incapazes são aqueles cuja
manifestação de vontade é reconhecida pelo ordenamento jurídico, desde que eles sejam
assistidos.
O índio - Em primeiro lugar, deve ser destacado que o novo Código Civil substituiu o
vocábulo silvícola por índio, sendo que a capacidade passa a ser regulada por legislação
especial. Atualmente, o Estatuto do Índio o considera relativamente incapaz.
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O Código Civil Brasileiro relacionava os requisitos de validade dos atos jurídicos, determinando em
seus artigos 166 e 167 os casos em que é nulo o ato jurídico, do seguinte modo:
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio
jurídico simulado.
Já o artigo 171 determinava as situações onde é possível tornar o ato jurídico anulável, do
seguinte modo:
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores.
Por clareza, relaciona-se, de forma objetiva, o significado dos atos jurídicos anuláveis:
erro substancial – é aquele que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em
face das circunstâncias do negócio. Deriva de um equívoco, onde qualquer pessoa de
atenção ordinária seja capaz de cometê-lo.
O erro deve recair sobre a natureza do negócio – atingir o objeto ou a pessoa.
O erro acidental (qualidades secundárias ou acessórias) não gera a anulação.
dolo – indução ao “erro”, com intenção de vantagem. Pode ser comissivo ou omissivo.
coação – pressão física ou moral exercida sobre a vítima, com intenção de obrigá-lo a
realizar negócio que voluntariamente não realizaria.
Deve incutir a vítima / provocar temor ao dano / pode atingir pessoa da família.
Excluem da coação: exercício normal de um direito.
- estado de perigo – aquele que está obrigado a salvar-se (ou ente da família) de algum
dano, conhecido pela parte contrária, assume obrigação onerosa.
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lesão – existe uma desproporção das partes no negócio, onde uma aproveita da outra pela
circunstância.
fraude contra credores – o devedor já insolvente (ou reduzido à insolvência) desfalca o seu
patrimônio para se livrar das dívidas.
OBSERVAÇÃO: Nos casos de simulação, ou seja, procurar iludir alguém por meio de uma falsa
aparência que encobre a verdadeira feição do negócio, sempre com conluio com outra parte,
deve-se observar a seguinte divisão: (i) absoluta quando não intenção de realizar o negócio. (ii)
relativa quando a pessoa, sob a aparência de um negócio fictício, pretende realizar outra. Sendo
absoluta o negócio é nulo / já na relativa é anulável.