Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
GRANDE DO SUL
DECEENG - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA – CAMPUS PANAMBI
JONATAS FRITZ
PANAMBI / RS
2015
JONATAS FRITZ
PANAMBI / RS
2015
JONATAS FRITZ
Banca Examinadora
_____________________________
Prof. Me. Roger Schildt Hoffmann
Professor Orientador/Unijuí
_____________________
Prof. Manfred Litz
Docente Unijuí
Dedico este trabalho aоs meus pais Nelson e Ana, as minhas irmãs Tatiane
e Tainara, a minha esposa Catiúsca, as minhas filhas Eduarda e Manuela е a todos
os demais familiares que, cоm muito carinho е apoio, nãо mediram esforços para
qυе еυ chegasse аté esta etapa dе minha vida.
AGRADECIMENTOS
In the current technological stage, fixed systems fire protection for clean
agents have become the best alternative to protect environments that allocate high-
value equipment, because clean agents are fluids that in addition to fighting the fire
efficiently, do not lead electricity, not are corrosive, do not pollute the environment,
they do not damage equipment, and leave no residue after use, allowing rapid
resumption of site activities. This work has as its main objective the development of
an engineering project of a fixed system of fire protection for clean agents to the data
center room of the Regional University of Rio Grande do Sul Northwest (UNIJUI).
What motivated this study was the need to prevent and combat with fire efficiency in
places where there is the storage and processing of information, which are places of
extreme importance because damage caused by fire in these environments may
mean the interruption of activities, high material losses assembles and loss of vital
information. The work will be primarily presenting a literature review on the subject
under study. Secondly will present the main components of the system will be later
presented the methodology used for the preparation of the project. And finally there
will be the sizing of the system in question.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
1.1 Justificativa do Tema em Estudo......................................................................... 12
1.2 Objetivos ............................................................................................................. 14
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 14
1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 14
1.3 Metodologia......................................................................................................... 15
1.4 Estrutura do Trabalho .......................................................................................... 16
2 REVISÃO BIBIOGRÁFICA ............................................................................... 18
2.1 A Dinâmica do Fogo ........................................................................................... 18
2.1.1 Definição de Fogo........................................................................................... 18
2.1.2 Definição de Incêndio ..................................................................................... 18
2.1.3 Transformações Químicas e Físicas Decorrentes do Fogo ............................. 19
2.1.4 Elementos Componentes do Fogo .................................................................. 19
2.1.5 Temperaturas Características .......................................................................... 20
2.1.6 Propagação do Fogo ....................................................................................... 21
2.1.7 Classes do Fogo/Incêndio ............................................................................... 25
2.1.8 Fases de Desenvolvimento do Fogo ............................................................... 26
2.1.9 Métodos de Extinção do Fogo ........................................................................ 28
2.1.10 Agentes Extintores .......................................................................................... 29
2.2 Agentes Limpos ................................................................................................... 31
2.2.1 Potencial de Agressão à Camada de Ozônio – ODP. ..................................... 33
2.2.2 Potencial de aquecimento global – GWP ....................................................... 33
2.2.3 NOAEL (No Observed Adverse Effects Level) ............................................... 34
2.2.4 LOAEL (Lowest Observed Adverse Effects Level) ........................................ 35
2.2.5 Classificações dos Agentes Limpos................................................................ 36
2.3 Sistemas de Proteção Contra Incêndio ................................................................ 39
2.3.1 Sistemas de Extintores de Incêndios............................................................... 40
2.3.2 Sistemas de Hidrantes e Mangotinhos ............................................................ 43
2.3.3 Sistema de Chuveiros Automáticos ................................................................ 46
2.3.4 Sistemas Fixos de Gases ................................................................................. 48
3 COMPONENTES DO SISTEMA FIXO DE PROTEÇÃO CONTRA
INCÊNDIO POR AGENTES LIMPOS ........................................................................ 50
3.1 Cilindro................................................................................................................ 50
3.2 Válvula do Cilindro ............................................................................................. 52
3.3 Tubos e conexões ................................................................................................ 54
3.4 Difusores ............................................................................................................. 56
3.5 Detectores, Atuadores, Alarme e Central de Controle ........................................ 57
3.6 Configuração do sistema fixo de proteção contra incêndio por agentes limpos . 61
4 METODOLOGIA DE PROJETO ...................................................................... 62
4.1 Visita ao Ambiente .............................................................................................. 63
4.2 Verificação da Viabilidade .................................................................................. 63
4.2.1 Viabilidade Técnica ........................................................................................ 63
4.2.2 Viabilidade Econômica ................................................................................... 64
4.3 Coleta de Dados Principais.................................................................................. 64
4.4 Decisões de Projeto ............................................................................................. 64
4.5 Projeto Básico...................................................................................................... 66
4.6 Cálculos de Projeto .............................................................................................. 67
4.6.1 Cálculo da quantidade de agente limpo .......................................................... 67
4.6.2 Cálculo do volume de agente limpo ............................................................... 69
4.6.3 Cálculo da vazão mássica do agente ............................................................... 70
4.6.4 Cálculo da vazão volumétrica do agente ........................................................ 71
4.6.5 Fatores de correção ......................................................................................... 71
4.6.6 Dimensionamento da rede de distribuição ...................................................... 73
4.7 Projeto Executivo ................................................................................................ 73
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 74
5.1 Visita ao Ambiente a ser Protegido ..................................................................... 74
5.2 Verificação das Viabilidades ............................................................................... 75
5.3 Coleta de Dados Principais.................................................................................. 75
5.4 Decisões de Projeto ............................................................................................. 77
5.5 Projeto Básico...................................................................................................... 78
5.6 Cálculos do Projeto ............................................................................................. 79
5.6.1 Cálculo da quantidade de agente limpo .......................................................... 79
5.6.2 Cálculo do volume de agente limpo ............................................................... 81
5.6.3 Cálculo da vazão mássica do agente ............................................................... 81
5.6.4 Cálculo da vazão volumétrica do agente ........................................................ 82
5.6.5 Fatores de correção ......................................................................................... 82
5.6.6 Dimensionamento da rede de distribuição ...................................................... 82
5.7 Projeto Executivo ................................................................................................ 84
5.7.1 Lista de Material ............................................................................................. 84
5.7.2 Inspeção e manutenção do sistema ................................................................. 85
CONCLUSÃO.................................................................................................................. 88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 90
ANEXO A – MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA FIXO DE PROTEÇÃO
CONTRA INCÊNDIO POR AGENTE LIMPO .......................................................... 92
ANEXO B – PLANTA BAIXA (Disposição do Sistema Fixo de Proteção Contra
Incêndio Por Agentes Limpos) ....................................................................................... 98
ANEXO C – VISTA DO CORTE AA............................................................................ 99
ANEXO D - VISTA ISOMÉTRICA DO SISTEMA INSTALADO NO AMBIENTE
A SER PROTEGIDO .................................................................................................... 100
11
1 INTRODUÇÃO
A água sempre foi uma das melhores formas de se combater incêndios, mas
à medida que a civilização foi se modernizando, surgem também novos materiais,
processos industriais, novos combustíveis, sistemas de informação, obrigando o
desenvolvimento de substâncias extintoras mais modernas, e com características
diferentes.
Com o avanço tecnológico, surge também a automação de sistemas de
informação, que utilizam computadores para o processamento de informações,
como em bancos, universidades, companhias de processamentos de dados, etc.
Incêndios nestes locais, além de causarem vitimas, podem causar a interrupção de
serviços, gerando prejuízos sociais e econômicos incalculáveis. Com isso, há a
necessidade de investir em segurança contra incêndio, buscando alternativas
eficientes, que possam prevenir e combater incêndio no menor tempo possível, caso
ele venha a acontecer.
Em maio de 2008, um problema elétrico na empresa americana de Data
Center The Planet causou um incêndio, atingindo o provedor da empresa,
provocando a parada de seu sistema e consequentemente as atividades da
empresa, afetando aproximadamente nove mil servidores e 7500 clientes.
No Brasil, um princípio de incêndio no Data Center da empresa Telefônica,
paralisou as operações da empresa, afetando milhares de pessoas.
Prevenir e combater incêndio em locais onde há o armazenamento e
processamentos de informações, além de proteger a vida das pessoas que ali
exercem suas atividades, protegem também a organização, pois danos causados
nestes ambientes podem significar a paralisação das atividades, prejuízos materiais
de elevada monta e perda de informações vitais.
A pesquisa por novas alternativas fez surgir recentemente o conceito de
agentes limpos, que são agentes extintores que apresentam as seguintes
características: não conduzem eletricidade, não prejudicam aparelhos eletrônicos,
não deixam resíduos, não requerem limpeza após uso o que permite rápido retorno
ás atividades operacionais, são eficazes, seguros para as pessoas e para o meio
ambiente.
Segundo Seito et al. (2008), no atual estágio tecnológico, os sistemas de
proteção contra incêndio por agentes limpos se tornaram a melhor alternativa, em
ambientes que alocam equipamentos de alto valor agregado, pois não conduzem
eletricidades, não são corrosivos, não poluem o meio ambiente, não danificam
14
equipamentos, sendo que após sua atuação é necessária somente uma adequada
ventilação no ambiente para o reinício das atividades no local.
Com isso, o sistema fixo de proteção contra incêndio por agentes limpos,
pode ser considerado, com uma técnica da área de proteção contra incêndio, criada
recentemente, que além de combater o fogo com rapidez e eficácia, possam
também:
- Salvar vidas;
- Proteger o patrimônio e equipamentos de alto valor;
- Minimizar a interrupção de negócios e o tempo de parada após o fogo;
- Prevenir-se de resíduos derivados do fogo proporcionando limpeza rápida;
- Minimizar a área requerida para instalação do sistema.
1.2 Objetivos
1.3 Metodologia
implantação de sistema que utilizam agentes limpos devem seguir padrões definidos
pela NFPA-2001. O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo possui a Instrução
Técnica nº 26/2011 (IT 26/2011), a qual estabelece algumas exigências para as
instalações de sistemas fixos de gases para combate a incêndio em edificações e
áreas de riscos daquele Estado, sendo usado como modelo para outros estados, o
que é o caso do Rio Grande do Sul.
Seito et al. (2008), apresenta uma das maiores obras literárias brasileira,
referente à SCI, que serve de base para estudos nessa área. O livro é resultado do
esforço consagrado de vários profissionais da área de segurança contra incêndio. A
Obra descreve os principais sistemas de proteção contra incêndio, bem como suas
características. Apresenta um capítulo destinado aos agentes extintores gasosos,
abordando as principais característica e aplicações dos agentes limpos, não tendo
como objetivo ensinar a projetar, calcular ou instalar sistemas fixos de agentes
limpos, mas sim, apresentar os fundamentos da norma NFPA 2001, auxiliando no
seu entendimento e aplicação.
Brentano (2010), apresenta os principais tipos de sistemas de proteção
contra incêndio nas edificações, entre eles o sistema por agentes limpos. O livro
demonstra a importância da preocupação com a proteção contra incêndio desde o
início do projeto arquitetônico. Apresenta também, com detalhamento, os materiais,
dispositivos e equipamentos utilizados, na instalação de sistemas contra incêndios,
bem como suas formas de utilização, posicionamento, inspeções, testes e
manutenção. A obra apresenta também cuidados, observações e comentários sobre
normas e leis da área de prevenção de incêndios.
Dias (2011), propõe em seu trabalho uma metodologia de projeto para
instalação de sistema de supressão de incêndio com agentes limpos. A autora
descreve através de um fluxograma todos os passos a serem seguidos pelo
projetista para dimensionar e projetar o sistema, bem como cálculos, fatores de
correção, limites de projeto, seguindo padrões especificados pela norma NFPA 2001
e valores tabelados necessários para elaborar um projeto de sistema de combate a
incêndio que utiliza agente limpo, além de listar todos os documentos necessários
para produção de um projeto executivo.
2 REVISÃO BIBIOGRÁFICA
Segundo Brentano (2010), o fogo é uma reação química, que ocorre com a
oxidação rápida do material combustível com o ar, provocada por uma fonte de
calor, que gera chama, libera calor, emite fumaça, gases e outros resíduos.
O fogo pode ser denominado também como combustão, que é uma reação
exotérmica que consiste na combinação de material combustível com o comburente
(oxigênio do ar), que quando ativado por uma fonte de calor (chama, fagulha ou
contato com uma superfície aquecida), inicia uma reação química, ou seja, o fogo,
(BRENTANO, 2010).
A Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) n° 13860 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), conceitua o fogo como sendo um processo
de combustão caracterizado pela emissão de luz e calor.
SP, “Incêndio é o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida,
ao meio ambiente e ao patrimônio”. (CBPM-SP, IT 003/2011, p 136).
O fogo pode ter formas variadas, mas todas elas envolvem uma reação
química entre algum tipo de material combustível e o oxigênio, com a produção de
calor. Quando alguma matéria queima, o calor é gerado rapidamente e pode ser
dissipado, causando uma significativa elevação da temperatura. (BRASIL, 2014).
As transformações químicas e físicas quase sempre envolvem uma troca de
energia. A energia potencial de um material combustível é liberada durante a
combustão e é convertida em energia cinética.
Segundo Brasil (2014), as reações que liberam energia são chamadas de
exotérmicas. Assim o fogo é uma reação química exotérmica, também denominada
de combustão, que libera energia na forma de calor e luz.
Durante a reação de combustão são formados diversos produtos resultantes
da combinação dos átomos dos elementos reagentes. Estes produtos apresentam-
se na forma de vapores, gases e partículas finamente subdivididas (fumaça), sendo
a fumaça, constituída de gases, vapores e fuligem, o produto que apresenta através
de sua toxidade o maior perigo para vida humana em caso de um incêndio.
Conforme Seito et al. (2008), uma vez iniciado o fogo, deve-se levar em
conta o mecanismo de transmissão de energia, ou seja, as forma de propagação do
fogo. As formas de propagação do fogo estão relacionadas com as formas de
transferência de calor.
Segundo Brasil (2014), o calor é um processo de transferência de energia
térmica produzida pela combustão ou originada pelo atrito dos corpos. Há três
processos de transmissão de calor:
- Condução;
- Convecção;
- Irradiação Térmica.
será transmitido ao longo desta, até atingir algum material combustível de fácil
ignição que se encontra em contato com a estrutura ou próximo dela, aquecendo
este outro material, iniciando ignição do mesmo.
A Figura 2 ilustra a forma de propagação do fogo em um ambiente pelo
processo de transferência de calor por condução.
calor irradiado do sol para a superfície do Planeta, outro exemplo é o calor que
sentimos no rosto quando se aproximamos do fogo.
A Propagação de calor através de ondas de irradiação no interior de um
ambiente pode ser observada na Figura 5.
O fogo pode ser propagado de uma edificação para outra, localizada em seu
entorno, pelo processo de irradiação de calor, como demonstrado na Figura 6.
extintores especiais. Sendo que a água pode reagir com alguns destes metais
combustíveis, como o magnésio por exemplo.
- Classe K: Brentano (2010), descreve ainda uma nova classe de incêndio, a
classe K, que se referem a fogo em óleos comestíveis, gorduras animais e graxas,
que são substâncias muito utilizadas em cozinhas industriais. Para extinção deste
tipo de incêndio, exigem-se agentes extintores que proporcionem uma ótima
cobertura em forma de lençol de abafamento.
Para Seito et al., (2008) a fase de aquecimento, pode ser dividida em duas
etapas, a fase crescente e a fase desenvolvida constituindo o gráfico temperatura x
tempo em quatro estágios distintos. A Figura 8 apresenta a curva de evolução do
fogo em um incêndio celulósico de uma edificação, onde estão apresentadas as
quatros fases definidas por Seito et al., (2008).
para que ocorra a inflamação generalizada (flashover) que ocorre em torno dos
600ºC, fazendo com que o ambiente seja tomado por grandes labaredas.
- terceira fase (incêndio desenvolvido): é nessa fase que as temperaturas
do ambiente atingirão os maiores valores. Todos os materiais combustíveis do
ambiente entrarão em combustão. O fogo começa a se propagar para outros
compartimentos por meio das aberturas internas, fachadas e coberturas.
- quarta fase (extinção): caracterizada pela diminuição gradual da
temperatura do ambiente e das chamas, isso ocorre por exaurir o material
combustível.
simultaneamente, conforme seu estado físico. No estado líquido a água age sobre o
fogo por resfriamento, pois possui um elevado calor latente de vaporização,
absorvendo o calor radiante das chamas e se aquecendo até se transformar em
vapor. No estado de vapor a água age pelo método de abafamento, reduzindo a taxa
de oxigênio no ambiente e consequentemente a inflamabilidade. A água é o agente
extintor mais indicado para fogo/incêndio da classe A, ou seja, fogo em materiais
combustíveis sólidos. (BRENTANO, 2010).
- Pó Químico: conforme Brentano (2010) os pó químicos são compostos
principalmente por bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, cloreto de
potássio, bicarbonato de potássio-uréia e o monofosfato de amônia, combinados
com aditivos que inibem a umidade e aglutinação do pó. É um agente extintor muito
utilizado, especialmente em extintores portáteis e móveis, tendo com principio de
extinção principal, a quebra da reação química em cadeia da combustão, atuando
também por abafamento e resfriamento. Há dois tipos de pó químico, o BC e o ABC,
correspondentes às classes de incêndio em que são eficazes.
- Espuma Aquosa: agente extintor cuja principal ação de extinção é de
abafamento e, secundariamente, de resfriamento. A espuma pode ser obtida através
do processo de mistura entre a água, um agente espumante específico (extrato),
também conhecido de Líquido Gerador de Espuma (LGE) e a aspiração simultânea
de ar atmosférico, através do uso de esguichos especiais. (BRASIL, 2014). A
Espuma é o agente extintor mais indicado para fogo/incêndio da classe B, ou seja,
fogo em líquidos inflamáveis. Como a espuma é mais leve, a mesma flutua sobre o
líquido combustível, extinguindo o fogo por abafamento e por possuir água em sua
formação, extingue também por resfriamento.
- Agentes Gasosos: os agentes gasosos se dividem em dois grupos, os
químicos ou inertes (agentes limpos) e dióxido de carbono (CO2). São gases não
combustíveis nem comburentes, não conduzem eletricidade e não deixam resíduos
após sua aplicação. São utilizados em sistema fixos ou portáteis de proteção contra
incêndio, instalados em locais onde se deseja proteger ativos de elevado valor
agregado, onde é inviável o uso de agentes extintores que deixam resíduos, são
adequados para incêndios classe A, B ou C.
O principio de extinção dos agentes gasosos está baseado na redução de
oxigênio de um compartimento (abafamento), atuando também na retirado da
31
Dodecafluoro-2-
FK-5-1-12 CF3CF2C(O)CF(CF3)2
methylpentan-3-one
Dichlorotrifluoroethane
CHCl2CF3
HCFC-123 (4.75%)
Chlorodifluoromethane
CHClF2
HCFC-22 (82%)
HCFC Blend A Chlorotetrafluoroethane
HCFC-124
(9.5%)
CHClFCF3
Isopropenyl-1-
methylcyclohexene
(3.75%)
HCFC-124 Chlorotetrafluoroethane CHClFCF3
HFC-125 Pentafluoroethane CHF2CF3
HFC-227ea Heptafluoropropane CF3CHFCF3
HFC-23 Trifluoromethane CHF3
HFC-236fa Hexafluoropropane CF3CH2CF3
FIC-13I1 Trifluoroiodide CF3I
IG-01 Argon Ar
IG-100 Nitrogen N2
Nitrogen (52%) N2
IG-541 Argon (40%) Ar
Carbondioxide (8%) CO2
Nitrogen (50%) N2
IG-55
Argon (50%) Ar
Tetrafluoroetano (86%) CH2FCF3
HFC Blend B Pentafluoroethane (9%) CHF2CF3
Carbondioxide (5%) CO2
Fonte: NFPA 2001 (2012)
33
Índice que fornece uma medida relativa do efeito de uma substância sobre a
camada de ozônio, ou seja, é a capacidade de uma determinada substância de
provocar danos à camada de ozônio. Este índice é calculado em relação ao
composto R11 ou CFC-11 (Tricloromonofluormetano), que possui um valor fixo de
referência igual a 1 (um). Quanto maior o índice de ODP, mais agressiva será a
substância.
O índice ODP pode ser calculado a partir da Equação 1
à ã
ODPi = (1)
à ã
/*0 )
1
!".$"% &'( ,-.
= /*0
*+
(2)
1
!2%3.$2%34.5-.
Onde:
F: Força radiativa por unidade de massa de um composto (a alteração no
fluxo de radiação através da atmosfera devido à absorbância de infravermelho desse
composto);
C: Concentração atmosférica de um composto;
T: Vida útil na atmosfera de um composto;
t: Tempo;
x: Composto sob análise;
CO2: Dióxido de carbono.
A NFPA 2001 (2012) apresenta uma restrição no uso dos agentes limpos,
conforme a norma os agentes limpos não devem ser utilizados em incêndios que
envolvem os seguintes materiais:
a) Certos produtos químicos ou misturas de produtos químicos, tais como o
nitrato de celulose e pólvora, que são capazes de rápida oxidação na ausência de
ar;
b) Metais reativos, tais como lítio, sódio, potássio, magnésio, titânio, zircônio,
urânio e plutônio;
c) Hidretos de metal;
d) Produtos químicos capazes de sofrer decomposição autotérmica, tais
como certos peróxidos orgânicos e hidrazina.
- Compartimentação horizontal;
- Saídas de emergência;
- Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.
f) Sua remoção não seja dificultada por suporte, base, abrigo, etc.;
g) Não fiquem instalados em escadas;
h) Sua alça de transporte deve estar no máximo a 1,60m do piso;
i) O fundo deve estar no mínimo a 0,10m do piso, mesmo que apoiado em
suporte.
A figura 12 apresenta os critérios a serem observados na instalação de um
extintor portáteis de incêndio.
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100
Jato compacto
2 40 30 2 300
∅16 mm ou regulável
Jato compacto
3 65 30 2 900
∅25 mm ou regulável
NOTAS
1 Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais.
2 As vazões correspondem a cada saída.
Fonte: ABNT - NBR 13714, (2000).
44
a cápsula seja rompida, quando um incêndio for iniciado, liberando a água para
atuar no combate.
Figura 17 - Chuveiro automático
3.1 Cilindro
Capacidade de Enchimento
Peso Vazio
Tamanho Nominal
Série Mínimo Máximo
do Cilindro
lb Kg lb Kg lb Kg
40 lb 22 10 43 19,5 36 16,3
3.4 Difusores
4 METODOLOGIA DE PROJETO
solicitados pelo NFPA 2001, apresentados no item 3.1 deste trabalho, bem como os
manuais de instalação dos fabricantes.
- Forma de instalação da rede de distribuição: a instalação da rede de
tubulação poderá ser sob o piso, sobre o teto ou mista (piso e teto), dependendo das
possibilidades apresentadas pela edificação.
A etapa do projeto básico tem por objetivo criar um layout inicial, ou seja, um
croqui do ambiente a ser protegido, com a disposição dos componentes do sistema,
com foco em obter um melhor traçado para rede de tubulação. Sendo que para esta
etapa o projetista deverá observar os seguintes itens:
- Seleção dos difusores: conhecendo as dimensões e os elementos
construtivos do ambiente a ser protegido, poderá ser determinado o tipo e a
quantidade de difusores necessários para a cobertura total do ambiente. Para a
seleção, referente ao tipo de difusor (90°, 180° ou 360°), deverá ser analisada uma
disposição que resultará numa menor quantidade de difusores e um menor
comprimento da rede de tubulação. (DIAS, 2011).
- Distribuição dos difusores: deverão ser observados os raios de ação dos
difusores, bem como detalhes de instalação. Estas informações estão contidas nos
catálogos dos fabricantes, sendo que algumas estão apresentadas no item 3.4,
deste trabalho.
- Divisão e distribuição da rede de tubulação: para o projeto da rede de
distribuição do agente extintor, devem ser respeitadas algumas condições referente
a divisão e distribuição da rede, as quais determinarão a quantidade máxima e
mínima de agente a ser destinada para as diferentes ramificações.
Uma destas condições é a Bulltee, na qual há um T instalado no final da
linha de distribuição, onde ambos os lados receberão uma quantidade de 50% da
vazão mássica do agente. A configuração Bulltee aceita ainda uma distribuição de
75% e 25% de vazão mássica do agente.
A outra configuração é a SideTee, nesta a ramificação instalada a 90° da
linha de distribuição receberá uma variação de 10% a 35% da vazão mássica do
agente. A ramificação que ficará concentricamente a linha de distribuição receberá
de 65% 90% da vazão mássica do agente.
67
??
V = 2,303 ( , log ? ( ?? , (3)
Onde:
X - volume de gás inerte adicionada, em condições normalizadas de 1,013
bar, 21°C por volume do ambiente protegido, [m³];
vs - volume específico de agente gás inerte a 21°C e 1,013 bar, [m³/Kg];
s - volume específico de gás inerte, sob 1 atmosfera e temperatura, t [m³/kg];
C - concentração de projeto de gás inerte [%].
A
W = .( , (4)
??
Onde:
W – massa de agente limpo, [Kg];
V – volume do ambiente protegido, [m³];
s – Volume específico de vapor superaquecido do agente limpo, em função
da temperatura, [m³/Kg];
C – concentração em volume do agente limpo (%), já acrescido o fator de
segurança.
Onde:
s – Volume específico de vapor superaquecido do agente limpo, em função
da temperatura t, [m³/Kg];
t – temperatura de projeto do ambiente protegido, [°C].
V = W. (6)
I/A
Onde:
V – volume de agente limpo, [m³];
W – massa de agente limpo, [Kg];
W/V – massa requerida do agente por volume do ambiente protegido agente,
a determinada temperatura, [kg/m³].
Os valores da massa do agente requerida por volume do ambiente são
obtidos nas tabelas A.5.5.1 (a-r) da NFPA 2001 (2012). A Tabela 9 apresenta os
valores de W/V do agente limpo Novec™ 1230 (FK-5-1-12).
70
mL = W. (7)
M
71
Onde:
ṁ – vazão mássica de agente, [Kg/s]
t – tempo para inundação, [s]
Qv = mL. (8)
I/A
Onde:
Qv – vazão volumétrica, [m³/s];
ṁ – vazão mássica de agente, [Kg/s];
W/V – massa requerida do agente por volume do ambiente protegido agente,
a determinada temperatura, [kg/m³].
-0,92 1,11
-0,61 1,07
-0,3 1,04
0 1
0,3 0,96
0,61 0,93
0,91 0,89
1,22 0,86
1,52 0,82
1,83 0,78
2,13 0,75
2,45 0,72
2,74 0,69
3,05 0,66
Fonte: NFPA 2001, (2012)
Segundo a NFPA 2001 (2012) o fator de correção devido à altitude deve ser
aplicado para ajustar perdas de pressão, quando as pressões ambientais variarem
73
5 ESTUDO DE CASO
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
79
Fonte: Autor
Sendo:
V = 123,84 m³;
C = 5%;
s = 0,0719 m³/Kg (conforme tabela 9, para 20 °C);
123,84 Q³ 5
= .4 5
0,0719 Q³/ST 100 V 5
W = XY, Z[ \]
1
^ = 90,65 ST.
0,7322 ST/Q³
_ = `ab, c d³
1
QL = 90,65 ST.
10 e
dL = X, YZ[ \]/f
82
Sendo:
ṁ = 9,065 Kg/s;
W/V = 0.7322 kg/m³.
1
gh = 9,065ST/e.
0,7322 ST/Q³
jk = Z, Zl d³/f
Fonte: Autor
84
3 4 1,75 40 40 T 9,065
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3422/1/2011_FabriciaRibeiroDias.pdf>.
Acessado em 3 de setembro de 2014.
KIDDE Novec™ 1230. Kidde Engineered Fire Suppression System Designed for
use with 3M™ Novec™ 1230 Fire Protection Fluid. Design, Installation, Operation
and Maintenance Manual. Ano de publicação 2005.
SEITO, Alexandre Itiu, et al. A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008. 496 p.
1. Finalidade do Sistema:
O Sistema Fixo de Proteção contra Incêndio por Agente Limpo tem por
finalidade detectar e extinguir automaticamente o fogo em seu principio, prevenindo
assim o risco de incêndio no ambiente que abriga o Data Center e os No-breaks da
UNIJUI.
Sendo a melhor alternativa para proteger ambientes que possuem
equipamentos com alto valor agregado e sensíveis ao uso de agentes extintores
normais, pois além de combater o fogo com rapidez e eficácia, o sistema tem por
objetivo minimizar a interrupção de serviços e o tempo de parada após o fogo, pois o
agente extintor utilizado não deixa resíduo e não provoca destruição no ambiente
protegido após seu uso.
5. Dimensionamento do Sistema.
O sistema fixo de proteção contra incêndio por agente limpo projetado atuará
de maneira automática, na forma de inundação total, onde em caso de ocorrência de
fogo a sistema o ambiente protegido será inundado pelo agente limpo num tempo
não superior a 10 segundos.
Para o acionamento do sistema em caso de ocorrência de fogo, seguirá os
seguintes passos: primeiramente o fogo, em seu estágio inicial, é detectado pelos
sensores, através da presença de substâncias oriundas da combustão presentes no
interior do ambiente protegido, o qual transmitira um sinal para central de controle e
esta por sua vez acionará o dispositivo de alarme de incêndio do tipo áudio visual,
indicando a ocorrência de incêndio, para que caso o ambiente esteja ocupado seja
evacuado. Seguidamente, em trono de 7 segundos após detectado o fogo a central
irá acionar o atuador elétrico da válvula do cilindro de armazenagem, iniciando a
descarga do agente extintor limpo, o qual flui pela canalização do sistema sendo
despejado no interior do ambiente protegido, através dos difusores, suprimindo o
fogo.
Em caso de falha no sistema de detecção, o sistema possui ainda um
atuador manual, onde através de uma alavanca poderá ser emitido um sinal para a
central de controle para liberação do agente. Este dispositivo possui ainda um
interruptor que aborta a descarga de agente extintor, quando da ocorrência de um
alarme falso.
Caso houver alguma falha na liberação do agente extintor, a válvula do
cilindro de armazenagem possui um dispositivo de emergência o qual possibilitará a
liberação do agente limpo de maneira manual.
98