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1. Variação e normalização linguística Manual

1. Lê o seguinte excerto de uma obra do escritor moçambicano Mia Couto.

Recordei os tempos em que, todos os domingos, ele


me levava à pesca. Sem conversa, nos quedávamos na
margem enquanto olhávamos o rio e suas eternidades.
Pescar é um modo de ser peixe nas águas do tempo.
- Pescar é muito bom. E sabe porquê? Porque é uma
atividade sem nenhuma ação. Está entender, meu neto?
- Sim, avô.
- Você também gosta desta pacatez, não é?
[...] O avô muito elogiava as sábias preguiças. Certa
vez me tentou convencer de que o mundo andava tão
ocupado em nada fazer que até o rio por vezes parava.
- O rio parado? Mas, avô, isso é coisa que nunca nin-
guém viu.
- Isso é porque o rio desata a mover-se assim que vê
gente chegando.
Nesse jogo de enganos eu me embalava enquanto o
mais-velho cantarolava como se espreguiçasse.
M i a Couto ( M O Ç A M B I Q U E ) , A Chuva Pasmada,
Ed. Caminho, 2004

1.1. Indica o pronome pessoal que o avô utiliza quando se dirige ao neto. Justifica o seu emprego,
sabendo que o autor deste texto é moçambicano.

1.2. Na variedade europeia do português, isto é, no português falado em Portugal, que pronome
seria utilizado preferencialmente?

2. Lê, na coluna da esquerda, outras características desta variedade africana do português. De seguida,
indica o excerto da coluna da direita que exemplifica cada uma das características indicadas.

a. Colocação do pronome átono antes do verbo (1) "olhávamos o rio e suas


eternidades"
b. Utilização do determinante possessivo sem
artigo (2) "vê gente chegando"

c. Diferente utilização ou ausência de preposições (3) "nos quedávamos na margem"

d. Utilização do gerúndio (4) "enquanto o mais-velho


cantarolava"
e. Vocábulos específicos de uma dada variedade
geográfica (5) "Está entender, meu neto?"

b. d.

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1. Variação e normalização linguística

3 . No excerto seguinte, uma rapariga de 14 anos reflete sobre as férias que vai passar na aldeia, em
casa dos avós.

Mas este verão não ia haver nada disso. Adeus, cidade. Adeus,
grupo. Adeus, Artur. E tudo por minha culpa. Porque eu bem sabia
que a culpa era minha; ainda não estava tão chalada que me pusesse
a dizer que os professores embirravam comigo. Reconhecia que
durante o ano não tinha feito a ponta de um chifre, mais preocu-
pada com divertir-me do que com qualquer outra coisa. A Matemá-
tica pouco tinha ligado, ninguém o sabia melhor do que eu, e em
Inglês tão-pouco fizera nada durante o ano inteiro, andava comple-
tamente perdida. Já no sétimo tinha passado por uma unha negra; às
vezes penso que seria melhor ter repetido o ano.
Agustin Fernandez Paz, Raparigas, trad. de J. Teixeira de Aguilar,
Publ. D o m Quixote, 1999

3.1. No seu relato, a narradora utiliza um discurso vivo e adequado à sua idade. Comprova esta
afirmação, transcrevendo exemplos de palavras e expressões próprias de um registo familiar.

3.2. "Reconhecia que durante o ano não tinha feito a ponta de um chifre [...]".

Reescreve esta frase num

• registo corrente

• registo cuidado

4 . Quando falamos ou escrevemos, temos de adequar o discurso à situação concreta, optando por um
registo mais formal ou mais informal.

Observa várias fórmulas de despedida que podem terminar uma carta.

• Um beijinho • Subscrevo-me com a mais


• Respeitosamente elevada estima e consideração
• Grato(a) pela atenção • Apresento a V. Ex. os mais
a

• Um xi ¥ respeitosos cumprimentos
• Com os melhores cumprimentos • Um grande abraço
• Atenciosamente • Com amizade

4.1. Escolhe a fórmula que usarias para cada um dos seguintes destinatários:

a. 0 teu avô:

b. Um dos teus professores:

c. Um grande amigo:

d. 0 presidente de uma associação de que és sócio:

e. 0 presidente da Câmara:

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