Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Capítulo 2
Aproximações de Funções
f ( x0 ) f ( n ) ( x0 )
- séries de potências: f ( x) f ( x0 ) f ( x0 )( x x0 ) ( x x0 ) 2 ( x x0 ) n
2! n!
a1 x
- frações continuadas: f x b0 x
a2 x
b1 x
a x
b2 x 3
b3 ( x)
n
pn ( x) a x i
i
- funções racionais: f ( x) i 0
m
b x
qm ( x) j
j
j 0
n
- séries de Fourier: f ( x) a0 ak cos k x bk sen k x
k 1
2 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
x2 x3
p2 ( x) 1 R2 ( x) sen( )
2 6
1,0
0,8
cos(x)
0,6
p2(x)
0,4
0,2
0,0
-4 -3 -2 -1 -0,2 0 1 2 3 4
-0,4 x
-0,6
-0,8
-1,0
-1,2
Os polinômios de Taylor concentram sua precisão próxima ao ponto x0. Porém, uma
boa aproximação deve ser relativamente precisa ao longo de todo o intervalo [a, b].
2.1 SÉRIES DE POTÊNCIAS 3
x 2 x3 xn
pn ( x) 1 x
2! 3! n!
e ( x ) x n 1
e Rn ( x) , que é uma boa aproximação para 0 | x | < 1.
(n 1)!
Se | x | 1 pode-se aplicar uma normalização do argumento x (mudança de variável):
xa
x [a, b] y , y [0, 1].
ba
x
Por exemplo, se x [0, 10] y , f ( x) e x f ( y ) e10 y (e y )10
10
y 2 y3 yn
e pn ( y ) 1 y
y
2! 3! n!
Exercícios:
1) Implementar o algoritmo abaixo para aproximar f(x) = ex em polinômio de Taylor com
critério de convergência para determinar o grau do polinômio:
yx
m0
n0 yn
ey
n 0 n!
T1
S1
Enquanto | y | 1, faça
mm+1
yy/2
Faça
nn+1
y
T T
n
SS+T
enquanto | T / S | >
Para j = 1, 2, ..., m, faça
SSS
No final do algoritmo S contém o valor aproximado de ex e n o número de termos necessários
(grau de pn(x)).
4 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
Assim procede-se: y x
y
y y 2 k sendo k int
2
Se y então faça y 2 y
Com esses procedimentos, assegura-se que: 0 y .
y 12,5
Exemplo numérico: x 12,5 ; y x 12,5 12,5 ; k int int 1;
2 2
y y 2 6, 21681 y 2 y 0,06637 .
Novo escalamento de y: para assegurar um arco positivo com valor menor do que o unitário,
cos 2 2 cos 1
2
y
divide-se y por 4, isto é: y e no final calculam-se: .
cos 4 2 cos 2 1
2
4
Cômputo recursivo da série: cos y
n0
1
n
y 2 n
2 n !
. Adotando a notação,
2 j ! T S 1, assim:
n n
2n 2 j
y y
T 1 T 1 e S 1
n j
n
2 n ! 0 n
j 0 j 0
j 0
2.1 SÉRIES DE POTÊNCIAS 5
y 2n y2
Tn 1 T e Sn Sn1 Tn para n 1, 2, 3, com T0 S0 1
n
2 n ! 2 n 2 n 1 n1
Caracterização da convergência da série: devido à alternância de sinal dos termos da série,
assegura-se um erro de truncamento (em módulo) inferior ao primeiro termo não considerado,
isto é, o erro de truncamento da série até o termo de ordem n é: n Tn 1 . Em consequência,
desejando-se um erro de truncamento (em módulo) inferior a impõe-se que: Tn 1 .
Exemplo numérico: calcular cos 12,5 com erro inferior a 109 , valor de x entre 0 e :
y
y 0,06637 , valor de y normalizado: y =0,01659
4
i 0 1 2 3
Ti 1 1,37658077 10 4
3.15829101 10 9
2,898428447 1014
Si 1 0,99986234 0,99986235 0,99986235
Assim, obteve-se convergência com apenas quatro termos da série e o valor 0,99986235
representa o cosseno do arco dividido por quatro, assim:
cos 2 y 2 cos y 2 1 2 0,999862352 1 0,999449418
cos 4 y 2 cos 2 y 1 2 0,999449418 1 0,997798279
2 2
Resumo do algoritmo:
x|x|
y
n
2
cte 2 cos( y ) (1) n
x n 0 (2n)!
x x cte int
cte
Se x > Então x cte – x
x x
x
16
T1
S1
n0
k0
Enquanto | T | > , faça
nn+1
kk+2
y
T T
k (k 1)
SS+T
S 2 S S – 1
S 2 S S – 1
6 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
2b) Implementar o algoritmo abaixo para aproximar f(x) = cos(x) em polinômio de Taylor
com critério de convergência para determinar o grau do polinômio, sabendo-se que:
cos k 1 2 cos cos k cos k 1 e cos(0) = 1, 0 2, k = 1, 2, ....
yx
sinal(x) 2
y
n
2
n0 cos( y ) (1) n
(2n)!
T1 n 0
S1
Enquanto | y | 2, faça
yy–
m int(|y|) + 1
y (y / m)2
Faça
nn+1
y
T T
2 n (2 n 1)
SS+T
enquanto | T | >
Se m > 1 faça
PS
Sold = S
S 2 S2 – 1
Para j = 2, 3, ..., m–1, faça
Snew 2 P S – Sold
Sold = S
S = Snew
Nota: estes algoritmos podem ser utilizados para calcular sen(x), pois sen( x) cos x .
2
2.2 FRAÇÕES CONTINUADAS 7
Exemplo numérico do exercício 2: x = -12,5 e = 10-4 com estes valores tem-se: -2
Etapas do algoritmo passo-a-passo
PASSO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
y -12,5 -6,2168 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875 0,78875
m 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
n 0 0 0 1 2 3 4 4 4 4 4 4 4
T 1 1 1 -0,3944 0,02592 -0,0007 0,00001 0,00001 0,00001 0,00001 0,00001 0,00001 0,00001
S 1 1 1 0,60563 0,63155 0,63087 0,63088 -0,2040 -0,8826 -0,9168 -0,2685 0,57803 0,9978
j 2 3 4 5 6
Exemplos:
1) f(x) = ex
1a) ai = (-1)i+1 x para i = 1, 2, 3, ..., n; b0 = 1; bi = i para i ímpar e bi = 2 para i par, assim:
x
ex 1
x
1
x
2
x
3
x
2
x
5
x
2
x
7
x
2
x
9
2
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 2,000000 5 4,140625
9 8,000000 4 2,483019
8 2,250000 3 2,194529
7 6,111111 2 2,911357
6 2,327273 1 0,313035
0 f(x) = 7,389058
x2
1b) a1 = x; ai+1 = para i = 1, 2, ..., n e b0 = 1; b1 = 1–x/2; bi = 1 para i = 2, 3, ..., n
4 4 i 2 1
assim:
x
ex 1
x2
x
1 43
2 x2
1 4 15
x2
1 4 352
x
1 4 63
1
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 1,000000 5 1,010031
9 1,003096 4 1,015715
8 1,003909 3 1,028129
7 1,005108 2 1,064843
6 1,006957 1 0,313035
0 f(x) = 7,389056
2.2 FRAÇÕES CONTINUADAS 9
2) f(x) = ln(x)
2a) a1 = x–1; ai = [int2(i/2) (x–1)] para i = 2, 3, ..., n e b0 = 0; bi = i para i = 1, 2, ..., n, assim:
ln x
x 1
1
x 1
2
x 1
4 x 1
3
4 x 1
4
9 x 1
5
9 x 1
6
16 x 1
7
8
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 10,000000 5 6,279492
9 11,500000 4 4,636994
8 9,391304 3 3,862628
7 8,703704 2 2,258891
6 7,034043 1 1,442695
0 f(x) = 0,693147
2b) a1 = 2 z; ai = -(i – 1) z para i = 2, 3, ..., n e b0 = 0 ; bi = (2 i – 1) para i = 1, 2,..., n
2 2
x 1
onde z , assim:
x 1
2 z
ln x
z2
1
4 z2
3
9 z2
5
16 z 2
7
25 z 2
9
36 z 2
11
49 z 2
13
64 z 2
15
17
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 19,000000 5 8,739986
9 16,526316 4 6,796593
8 14,569710 3 4,852867
7 12,626318 2 2,908416
6 10,683201 1 0,961797
0 f(x) = 0,693147
10 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
3) f(x) = tg(x)
a1 = x ; ai = -x2 para i = 2, 3, ..., n e b0 = 0; bi = (2 i – 1) para i = 1, 2, ..., n, assim:
x
tg x
x2
1
x2
3
x2
5
x2
7
x2
9
x2
11
x2
13
15
x2 para x k
17 2
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 19,000000 5 8,625670
9 16,789474 4 6,536268
8 14,761755 3 4,388030
7 12,729030 2 2,088429
6 10,685758 1 -0,915315
0 f(x) = -2,185040
4) f(x) = arctg(x)
a1 = x; ai = (i – 1)2 x2 para i = 2, 3, ..., n e b0 = 0; bi = (2 i – 1) para i = 1, 2, ..., n, assim:
x
arctg x
x2
1
4 x2
3
9 x2
5
16 x 2
7
25 x 2
9
36 x 2
11
49 x 2
13
64 x 2
15
17
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 19,000000 5 14,670654
9 34,052632 4 11,362450
8 22,517774 3 8,168331
7 21,704235 2 4,958785
6 17,634650 1 1,806649
0 f(x) = 1,07022
2.3 RAZÃO DE POLINÔMIOS 11
x
2
5) f(x) = erf ( x) e t dt (função erro)
2
0
x2
e
a1 = ; ai = (i – 1)/2 para i = 2, 3, ..., n e b0 = 1; bi = x para i = 1, 2, ..., n, assim:
e x /
2
erf x 1
1/ 2
x
1
x
3/ 2
x
2
x
5/ 2
x
3
x
7/2
x
4
x
x
Na Tabela abaixo mostra-se o procedimento recursivo resultante para x = 2:
i y i y
10 2,000000 5 2,850213
9 4,250000 4 2,701702
8 2,941176 3 2,555206
7 3,190000 2 2,391358
6 2,940439 1 2,209086
0 f(x) = 0,995322
p ( x) a x i
i
r ( x) n i 0
m
b x
qm ( x) j
j
j 0
x 2 x3
Exemplo: e x 1 x
2! 3!
x x2 x3
1 2 3
ex / 2 2 2 2! 2 3! 2 x
ex para n = 1: e x
e x / 2 x x2 x3 2 x
1 2 3
2 2 2! 2 3!
8 4 x x2 12 6 x x 2
para n = 2: e x
, outra aproximação (Padé): e
x
8 4x x2 12 6 x x 2
12 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
a x i
i
(c0 c1 x c2 x 2 ...) (b0 b1 x b2 x 2 ...) (a0 a1 x a2 x 2 ...)
f ( x) r ( x) ci xi i 0
m
b x
i 0 j qm ( x)
j
j 0
c b
i 0
i k i ak 0 , para k = 0, 1, 2, ..., N
Exemplos:
1) f(x) = ex, n = m = 2 N = 4
x 2 x3 x 4
f ( x) 1 x
2! 3! 4!
c0 b0 a0 a0 c0 1
c0 b1 c1 b0 a1 b1 1 a1
1
c0 b2 c1 b1 c2 b0 a2 b2 b1 a2
2
b1 1
c1 b2 c2 b1 c3 b0 0 b2 0
2 6
b2 b1 1
c2 b2 c3 b1 c4 b0 0 0
2 6 24
1 1
Resolvendo as duas últimas equações: b1 e b2 , e com estes valores nas primeiras
2 12
1 1
equações tem-se: a1 e a2 , ou seja:
2 12
x x2
1
2 12 12 6 x x
2
f ( x)
x x 2 12 6 x x 2
1
2 12
2.3 RAZÃO DE POLINÔMIOS 13
1 6,8510-3
6 4 x 1
30 x 1 21 x 1 x 1
2 3
2 1,910-4
30 36 x 1 9 x 1
2
3 5,310-6
420 720 x 1 360 x 1 48 x 1
2 3
4 1,5210-7
3780 8400 x 1 6300 x 1 1800 x 1 150 x 1
2 3 4
14 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
b
( yn , yn ) w( x) yn2 ( x)dx || yn ||2 onde || yn || é a norma de yn(x).
a
Uma dada função f(x), definida em um intervalo [a, b], pode ser representada em termos de
um conjunto ortogonal por uma série convergente:
f ( x) am ym ( x)
m0
1 sen( x)dx 0 ,
sen(2x) cos(3x)dx 0 , ...
E a série: f ( x) a0 am cos(mx) bmsen(mx) é chamada de série de Fourier, onde
m 1
1 1 1
a0
2
f ( x)dx , am f ( x) cos(mx)dx e bm f ( x) sen(mx)dx , m = 1, 2, 3, ...
A série truncada em n termos é chamada de polinômio de trigonométrico, Sn(x).
Exemplos:
1) f(x) = | x |, - < x < , n = 3
2.4 SÉRIES DE FOURIER 15
0
1 1 1 1
a0
2
| x | dx
2
xdx
2 0
xdx xdx
0 2
1 2 2
am | x | cos(mx)dx x cos(mx)dx [(1) m 1] , m = 1, 2, 3, ...
0 m 2
1
bm | x | sen(mx)dx 0 (função ímpar) , m = 1, 2, 3, ...
4 4
f ( x) cos( x) cos(3x) s3 ( x)
2 9
4,0
f(x)
3,5 S0(x)
S1(x) = S2(x)
3,0 S3(x)
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
a
f ( x)dx 0
2 f ( x)dx
a
f ( x): função par
Nota: i)
a
0 f ( x): função ímpar
ii) f(x) g(x) = função par se f e g são do mesmo tipo
f(x) g(x) = função ímpar se f e g são de tipos diferentes.
1 se x 0
2) f ( x) 1 se 0 x ,n=5
f ( x 2)
0
1 1 1
a0
2
f ( x)dx
2
dx
2 0
dx 0 , f(x) é função ímpar
1
am f ( x) cos(mx)dx 0 , m = 1, 2, 3, ...
16 2. APROXIMAÇÕES DE FUNÇÕES
1 2 2
bm
f ( x) sen(mx)dx sen(mx)dx
0 m
[1 (1) m ] , m = 1, 2, 3, ...
4 1 1
f ( x) sen( x) sen(3x) sen(5 x) s5 ( x)
3 5
1.5
f(x)
S1(x)
S3(x)
1.0
S5(x)
0.5
0.0
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
-0.5 x
-1.0
-1.5
Lista de exercícios
1. Proponha um algoritmo computacional que compute automaticamente, com uma
precisão preestabelecida, o logaritmo neperiano de x segundo a série de potências:
x 1 x 1 x 1 x 1
k 2 3 4
ln x 1 x 1
k 1
k 1 k 2 3 4
Observações:
i) para 0 < x < 2 a série é convergente;
1
1
n
x 2 onde 2 e x x y ln x ln y
propriedades: y z n
2. Proponha um algoritmo computacional que compute automaticamente, com uma
precisão preestabelecida, o logaritmo neperiano de x segundo a série de potências:
2.4 SÉRIES DE FOURIER 17
1 x 1
2k 1
x 1 1 x 1 3 1 x 1 5 1 x 1 7
ln x 2 2
k 1 2 k 1 x 1 x 1 3 x 1 5 x 1 7 x 1
x 1
Note que em vista de 1 1 para todo x real e positivo, tal série será sempre
x 1
convergente não sendo necessário re-escalar a variável x.
2! 3! 4!
esta série é convergente para 0 x 2 .
Para re-escalar a variável x sugere-se o seguinte procedimento: quando x > 1 utilize o
1 1
artifício x q e adote y 1 , faça então a expansão de y q e depois, após a
q
1 x
x
convergência, inverta esta nova série.
7. Calcule os coeficientes a0, a1, a2, a3, b1, b2 e b3 da aproximação de Padé da função ex
a a x a2 x 2 a3 x3
de acordo com e x 0 1 , sabendo que a expansão em série de
1 b1 x b2 x 2 b3 x3
(1) k x k
MacLaurin de ex é expressa por e x . Para x [-1, 1], avalie o máximo
k 0 k!
erro absoluto desta aproximação.