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Programas de racionalização

de consumos.
Auditorias Energia.
Álvaro Gomes

Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores


Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 1


Gestão de Energia: utilização da
quantidade adequada de energia, quando e onde
é precisa e com a qualidade requerida.

1. Uso final eficiente (processos e equipamentos)


2. Gestão de cargas
3. Conservação (combustíveis)
4. Recuperação de calor

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 2


Programa de Racionalização de
Consumos
Fase inicial
 Compromisso da gestão
 Definir responsabilidades
Na administração: um responsável pela poupança energética
Na produção: um técnico responsável pela gestão das
utilizações de energia
Fase de auditoria e análise
 Revisão dos históricos
 Auditorias energéticas
 Análise e simulações para avaliar ORC’s
 Avaliação económica das ORC’s

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Programa de Racionalização de
Consumos

Fase de implementação
 Identificar objectivos
 Identificar prioridades para os investimentos
 Implementação

Revisão e avaliação periódica

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Auditoria Energética - definição

Levantamento e análise crítica das condições


de utilização da Energia, com vista à
detecção de oportunidades de racionalização
energética, através de medidas com uma
viabilidade técnico-económica aliciante.

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Auditorias energéticas-permitem
Conhecer os consumos de energia
Contabilizar os consumos de energia
Dispor de dados para tomar decisões
Avaliar medidas de racionalização
implementadas
Optimizar procedimentos

Para isto torna-se necessário …

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Auditorias energéticas - …dados

Recolha de dados documentais e análise


Visita às instalações, com exame aos
equipamentos e recolhas de dados
Análise dos dados recolhidos

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Auditoria Energética - tipos
Auditoria Sintética - Síntese dos consumos por
vectores energéticos e encargos
Auditoria genérica/deambulatória -Vistoria às
condições de funcionamento das principais instalações
(“check-list” resumida - medições)
Auditoria analítica - Análise dos consumos por tipo
de equipamento (“check-list” exaustiva)
Auditoria tecnológica - Alterações nos processos

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Auditoria Energética
Caracterização energética
Identificação de ORC
Auditoria
Energética Plano de racionalização

Investimentos

Avaliação de resultados

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Objectivos gerais de uma
Auditoria Energética

Análise das condições de utilização de


energia nas instalações
Levantamento de potenciais medidas de
economia de energia

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Objectivos das Auditorias
Caracterizar e quantificar as formas de energia utilizadas
Caracterizar a estrutura do consumo da energia
Avaliar o desempenho dos sistemas de geração,
transformação e utilização de energia
Quantificar os consumos energéticos por sector, produto ou
equipamento
Relacionar o consumo de energia com a produção
Estabelecer e quantificar potenciais medidas de
racionalização
Especificar um plano de gestão de energia na empresa

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Objectivos da Auditoria - (Continuação)
• analisar técnica e economicamente as soluções
encontradas;
• propor um esquema operacional de gestão de
energia na Empresa;
• propor a substituição de equipamentos do processo
por outros mais eficientes;
• propor a alteração de fontes energéticas, caso se
justifique;
• propor um plano de racionalização para as acções
e investimentos a empreender.

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Identificação de ORC’s - 1
Energia eléctrica
 Correcção das perdas nas linhas
 Controlo de consumos
 Geração local
 Co-geração (vapor + electricidade)
 Utilização da alta tensão para alimentar equipamento
mais importante
 Correcção do factor de potência
 Aumento da tensão secundária
Recuperação de perdas (calor)

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Identificação de ORC’s - 2
Iluminação
 Iluminação desnecessária
 controlo/utilização adequada
 Níveis adequados de iluminação
HVAC
 Settings dos termóstatos
 Capacidade adequada
 Operação adequada do equipamento
Outros sistemas (ar comprimido,água, etc)
 Capacidade adequada
 Perdas
 Equipamento eficiente

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Oportunidades Racionalização
de Consumos (ORC)
ORC’s sem investimento (auditoria
deambulatória)
Manutenção e correcção do uso de
equipamentos

ORC’s com investimento (Auditoria analítica)


Modificações em equipamentos e processos

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ORC’s com investimento
Avaliação de cada projecto de
racionalização
 Calcular a poupança anual de energia.
 Projectar custos de energia e quantificar a poupança
em dinheiro.
 Estimar custo de implementação.
Atribuir prioridades aos projectos
Implementar
Acompanhar resultados e comparar com
valores esperados

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Resultados da caracterização
Energia total que entra na instalação
Energia gerada no interior da instalação
Energia distribuída no interior da instalação
Energia consumida no interior da instalação
Energia que sai da instalação (Perdas,
produtos)

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Equação do balanço energético
(Diagrama de Sankey)

n
WE = ∑ WU ,i + WP − WR
i =1

WE - Energia de entrada
WU,i - Energia utilizada no
local i
WP - Energia de perdas
WR - Energia recuperada

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Estabelecimento dos fluxos de
energia
Água Condensados

Máquina 1

Colector
Caldeira Vapor Máquina 2

Aquecimento

Combustível

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Fases de uma Auditoria de Energia

Preparação da Intervenção
Intervenção Local
Tratamento dos Dados
Elaboração do Relatório da Auditoria

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Preparação da Intervenção

Recolha e análise de informação documental


Análise do processo produtivo e energético
Recolha de informações relativas a tecnologias
disponíveis no mercado
Preparação da intervenção em campo (plano)

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Intervenção Local

Recolha de informação energética da empresa


Análise do processo produtivo
Estabelecimento dos fluxos de energia
Medições de grandezas energéticas e de produção
Instalação de equipamento de registo em contínuo
(monitorização)

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 22


Recolha da informação energética

WC WV WP Wtotal RC PC PT cosfi
Jan-99 69.919,0 53.426,0 27.838,0 151.183,0 58.996,0 943,6 817,5 0,86
Fev-99 166.243,0 113.731,0 69.019,0 348.993,0 93.509,0 943,6 879,5 0,93
Mar-99 170.709,0 175.332,0 68.385,0 414.426,0 95.166,0 947,7 947,7 0,93
Abr-99 198.711,0 127.763,0 56.063,0 382.537,0 110.956,0 955,2 955,2 0,92
Mai-99 219.956,0 172.884,0 47.733,0 440.573,0 130.933,0 955,9 955,9 0,90
Jun-99 223.105,0 187.734,0 45.653,0 456.492,0 124.701,0 955,9 939,5 0,91
Jul-99 211.358,0 209.824,0 42.551,0 463.733,0 120.467,0 955,9 916,3 0,90
Ago-99 221.844,0 183.281,0 42.960,0 448.085,0 135.978,0 955,9 939,5 0,89
Set-99 245.271,0 210.690,0 50.433,0 506.394,0 190.870,0 1.011,8 1.011,8 0,84
Out-99 215.497,0 204.070,0 42.217,0 461.784,0 152.416,0 1.011,8 923,2 0,86
Nov-99 195.765,0 155.723,0 58.185,0 409.673,0 145.817,0 1.011,8 917,7 0,87
Dez-99 205.754,0 211.426,0 80.336,0 497.516,0 159.766,0 1.011,8 922,5 0,87

Totais 2.344.132,0 2.005.884,0 631.373,0 4.981.389,0 1.519.575,0


Médias 195.344,3 167.157,0 52.614,4 415.115,8 126.631,3 971,7 927,2 0,89

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Estabelecimento dos fluxos de
energia

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Auditorias - Instrumentação

Amperímetros Registadores de
registadores diagramas de carga
Wattímetros Anemómetros
Medidores de ponta Analisadores de gás
Medidores de factor de exaustão (CO2)
de potência Medidores de
Pinças eficiência de
amperimétricas combustão
Luxímetros (Temperatura dos gases
de exaustão e conteúdo
Termómetros de oxigénio)

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Instrumentação Geral

Termómetro
Termo-higrómetro
Termo-anemómetro

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Instrumentação Geral

Analisador de gases

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 27


Instrumentação Geral

Luxímetro Pinça Amperimétrica

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Instrumentação Geral

Analisador de energia - Equipamento de análise


detalhada de parâmetros de eléctricos

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 29


Monitorização de consumos
Recolha de diagramas de carga parciais e total

Sector 1

Sector 2 Sector 3 Sector 4

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 30


Equipamento de monitorização
de consumos de electricidade

CARACTERÍSTICAS

• Capacidade de medida e registo


• Capacidade de comunicação
com PC
• Relógio interno p/
sincronização
• Custo reduzido
• Fácil utilização
2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 31
2004/2005
Potência (kW)

1000
1500
2000
2500
3000

0
500
4-4-00 0:00

4-4-00 12:00

5-4-00 0:00

5-4-00 12:00

6-4-00 0:00

6-4-00 12:00

7-4-00 0:00

7-4-00 12:00

8-4-00 0:00

8-4-00 12:00

9-4-00 0:00

Período da auditoria
Diagrama Global de Carga
Diagrama de carga

9-4-00 12:00

10-4-00 0:00

MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 10-4-00 12:00

11-4-00 0:00

11-4-00 12:00
Monitorização de consumos

32
Monitorização de consumos
Diagrama de carga
Máquina de Corte por Plasma
180,0

160,0

140,0

120,0
Potênci a (kW)

100,0

80,0

60,0

40,0

20,0

0,0
0:00
02:00
04:00
06:00
08:00
10:00
12:00
14:00
16:00
18:00
20:00

02:00

06:00
08:00

12:00
14:00
16:00
18:00
20:00
22:00
22:00
0:00

04:00

10:00

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 33


Tratamento da Informação
Tratamento e análise dos dados recolhidos
 Determinação de: Balanços energéticos; Consumos
específicos, etc.
Avaliação do potencial de economias de
energia

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 34


Tratamento e Análise dos dados
Análise dos consumos e dos custos de energia
do ano de referência
Determinação de diagramas de carga global e
dos principais sectores
Desagregação dos consumos dos principais
sectores
Determinação de consumos específicos
Análise da viabilidade das principais medidas
de racionalização

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 35


Ferramentas de software para
recolha, tratamento e análise
Diagramas parciais e total

80
70
60
Sector 1
50 Sector 2
kW

40 Sector 3
30 Sector 4

20 Total

10
0
0

18 0
0

0
00

00

00

00
00

:0

:0

:0

:0

:0

:0

:0
0:

2:

4:

6:

8:
10

12

14

16

20

22

Hora

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 36


Desagregação de consumos

Sector 1 1250 kWh


Sector 4
10% Sector 1
28%

Sector 2 674 kWh

Sector 3
Sector 2
47%
Sector 3 2125 kWh 15%

Sector 4 426 kWh

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 37


Balanço Energético

Força Motriz - 55%

Aquecimento - 30%

Iluminação - 15%

100%
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Consumos Específicos (C)
energia consumida
C = elemento determinante

Exemplos:
Mais utilizado - kgep/ton
Bebidas, Cerveja - kgep/hl
Serviços - kgep/VAB

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 39


Medidas de racionalização
•Identificação da ORC
•Análise da sua viabilidade económica

Normalmente baseada no pay-back simples:

Investimento necessário à implementação da medida


Economias resultantes da medida (mensais ou anuais)

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 40


Elaboração de Relatório

Apresentação organizada de todos os elementos


Informação básica sobre a empresa
Contabilidade energética
Análise da utilização de energia por produto ou
processo
Medidas de racionalização de energia

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 41


Índice do Relatório

Introdução
Síntese e Resumo de Medidas
Utilização de Energia
Dados de Produção
Calculo dos Consumos Específicos
Análise da Estrutura Produtiva
Análise dos Serviços Auxiliares
Gestão de Energia

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 42


Síntese
Responsabilizar
Planear
Fazer auditoria
Isolar ORC’s
Avaliar economicamente as ORC’s
Implementar
Começar pelo que é mais simples e barato
Investir na ORC´s mais promissoras
Em Geral: USAR UM MÉTODO

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Enquadramento Regulamentar

RGCE - Regulamento de Gestão


dos Consumos de Energia

Aplicável a todos os sectores de actividade


com excepção do doméstico.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 44


Legislação Aplicável
Decreto-lei nº. 58/82, de 26 de Fevereiro e Portaria
nº. 359/82 de 7 de Abril - Aprova o 1º Regulamento
da Gestão do Consumo de Energia.

Despacho nº. 10/88 de 30 de Maio - Alarga o âmbito


do RGCE a todos os sectores, exceptuando o
doméstico.

Portaria nº. 228/90 de 27 de Março - Aprova o RGCE


para o sector dos transportes.

Vários despachos da DGE, com a definição dos “K”,


para vários sectores.
2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 45
Aplicação do RGCE

Todas as empresas (industriais, de comércio,


agrícolas, serviços, etc.), em que:
 consumo superior a 1000 tep/ano
 ou a soma dos consumos nominais > 0,5 tep/h
 ou consumo dum equipamento > 0,3 tep/h
Empresas de transportes com consumo superior a
500 tep/ano;

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 46


COEFICIENTES DE REDUÇÃO A TEP
(Diário da República, nº. 98, IIª Série, de 29 de Abril de 1983)
Para os combustíveis líquidos em toneladas:
Petróleo bruto - 1,007 tep/t
Gases de petróleo liquefeitos - 1,140 tep/t
Gás de refinaria - 1,130 tep/t
Gasolina - 1,073 tep/t
Carboreactores, petróleo e gasóleo - 1,045 tep/t
Thick fuelóleo - 0,969 tep/t
Thin fuelóleo - 0,984 tep/t
White spirit - 0,950 tep/t
Gasolina pesada - 1,073 tep/t
Lubrificantes, betume, parafina e outros - 0,950 tep/t

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 47


COEFICIENTES DE REDUÇÃO A TEP
(Diário da República, nº. 98, IIª Série, de 29 de Abril de 1983)

Para os combustíveis líquidos em litros


1,000 litros de gasóleo - 0,835 t
1,000 litros de petróleo - 0,785 t
1,000 litros de gasolina super - 0,750 t
1,000 litros de gasolina normal - 0,720 t

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 48


COEFICIENTES DE REDUÇÃO A TEP (Cont.)

Para os combustíveis gasosos:


Gás natural - 0,82 tep/103m3
Gás da cidade, gás de coque - 0,42 tep/103m3
Gás de alto forno - 0,09 tep/103m3
Para a energia eléctrica:
1 KWh corresponde a 290 x 10-6 tep

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 49


Exemplo 1

Empresa industrial com consumos anuais de:

 Electricidade - 2550 MWh<=> 739.5 tep


 Gás Propano - 260 ton <=> 296.4 tep

Total 1035.9 tep

Conclusão: Empresa abrangida pelo RGCE

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 50


Exemplo 2
Empresa industrial com consumos anuais de:
 Electricidade - 3400 MWh <=> 986 tep

Soma dos potências nominais dos equipamentos
instalados - 1800 KW <=> 0.52 tep/h

Conclusão: Empresa abrangida pelo RGCE

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 51


Exemplo 3
Hotel c/ 330 quartos:
Consumo energético anual - 3150 MWh <=> 914 tep
Potência instalada nos principais equipamentos:
- Caldeira águas quentes - 500,000 Kcal/h <=> 581 Kw
- Caldeira de vapor -1,000,000 Kcal/h <=> 1,163 Kw
- Somatório potências equipamentos eléctricos - 345 Kw

Total:
2,089 Kw
Equivalente a 0.61 tep/h

Conclusão: Empresa abrangida pelo RGCE

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 52


Disposições principais do RGCE

Fazer examinar as instalações por técnicos (*)


reconhecidos pela DGE (auditorias de energia)
Elaborar um plano de racionalização de consumo de
energia, que deverá ser sujeito a aprovação
Implementar o plano aprovado, sob responsabilidade
de um técnico, elaborando relatórios trimestrais e
anuais de progresso do plano

(*) Técnico: individual ou colectivo

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 53


Operações executadas nas
auditorias
O controlo da combustão e a medida dos rendimentos
energéticos.
A verificação do estado das instalações, do transporte e
distribuição de energia.
A investigação das possibilidades técnicas e
económicas de valorização dos efluentes térmicos
A execução dos seguintes balanços: Global da
instalação, de cada processo de fabrico, das principais
fases de fabrico e da conversão de energia.
A determinação dos consumos específicos de energia,
por tipo de produto

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 54


Redução do consumo específico
(plano quinquenal)

As metas anuais de redução de consumo específico calculadas pela


seguinte fórmula:
C−K n
M= ×
2 5
M - redução do consumo específico anual
C - valor do consumo específico actual
k - valor do consumo específico definido pela DGE para cada
tipo de produto ou instalação
No caso em que não exista K publicado, ou no caso do C ser inferior
ao K publicado, tomar-se-á como referência (K), 90% do valor de C.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 55


Exemplo - Hotel
Consumo anual = 914 tep; Utilizadores = 554
Consumo específico= 1650 kgep/utilizador
K’=0.9 C
C − K' N N
M= = 0,05C
2 5 5
Meta anual= 16,5 kgep/tilizador
Redução ao fim 5 anos= 45,7tep/ano (868tep)

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 56


Plano de Racionalização

Um conjunto de medidas de utilização


racional de energia, calendarizadas ao
longo do período de vigência do Plano, e
cujos resultados globais, permitem que, no
final dos 5 anos, o consumo específico da
instalação, se situe abaixo dos objectivos
preconizados no RGCE.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 57


Controlo e execução do plano de
racionalização
Será da responsabilidade de um técnico da empresa
que deverá:
Manter um registo actualizado pelo qual se possam
verificar mensalmente os desvios em relação ao plano.
Elaborar relatórios com periodicidade trimestral e um
anual sobre o estado do progresso do plano
(indicando os resultados obtidos, designadamente os
referentes às metas de redução de consumos).
Apresentar à DGE, quando solicitados, os registos e
relatórios mencionados.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 58


Evolução do consumo específico
Evolução do C. Específico Energia - 1994/1999
570

555

540

525

510

495

480
1994 1995 1996 1997 1998 1999
CEE (real) CEE (meta)

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 59


Acompanhamento do programa do
Plano de Racionalização
Do ponto de vista legal exige a elaboração de
relatórios anuais, a enviar para a DGE, com:
 Consumos de energia, “produção” e
consumo específico de energia.
 Análise dos resultados e dos desvios e ponto
da situação da implementação das medidas
previstas.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 60


A figura do gestor de Energia
O RGCE obriga ao reconhecimento de técnicos
junto da DGE, na qualidade de:

Técnicos examinadores das condições de utilização
de energia ou autores de Planos de Racionalização
(1ª e 2ª etapa).

Técnicos responsáveis pelo controlo da execução
e progresso do Plano de Racionalização.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 61


Constituição das Equipas de
Auditores

Uma vez que uma auditoria de energia atravessa


horizontalmente todos os sectores e todas as formas
de energia, exige, para a sua realização, técnicos com
formação em diferentes áreas; a solução normalmente
utilizada passa por constituir equipas polivalentes,
integrando técnicos com formação na área eléctrica e
térmica, ou então recorrer a profissionais com larga
experiência em gestão de energia.

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 62


Características associadas ao
consumo de energia eléctrica:

O elevado custo desta forma de energia


O custo depende do momento em que o
consumo é realizado
O custo depende da potência máxima
O crescente número de equipamentos
eléctricos

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 63


Relação entre o auditor e o
utente da instalação
Por um lado
Caracterizar a utilização de energia na
empresa
Identificar desperdícios
Encontrar soluções com viabilidade
Por outro lado
Compreender as condicionantes da empresa
Apoiar o desenvolvimento da estrutura de
gestão de energia

2004/2005 MEEC - Gestão de Energia em Edifícios e na Indústria 64

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