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Knight
22 de outubro de 1844. Chegara o grande
dia, anunciado por Guilherme Miller.
Uma multidão de crentes esperou o retorno de
Breve História dos
Cristo até a meia-noite. E então choraram até
o dia amanhecer. Cristo não voltara! Adventistas do Sétimo Dia
Depois desse amargo desapontamento, o
movimento se dispersou. Mas para um pequeno
grupo isto não foi o fim. Foi apenas o começo.
Uma Igreja Mundial é a fascinante história
desses poucos fiéis que não abandonaram a fé
e, ao entenderem sua missão, assumiram a
responsabilidade de transmitir ao mundo a
verdade para este tempo.
O historiador George R. Knight, nesta obra,
conduz seus leitores, passo a passo, através das
várias fases de desenvolvimento da Igreja
ISBN 85-345-0700-7
George R. Knight
Tradução de José Barbosa da Silva
Primeira edição
Três mil exemplares
2000
IMPRESSO NO BRASIL
Printed in Brazil
6393/4162
Sumário
Capítulo 1: Raízes Mileritas ................................................................9
Guilherme Miller: O Profeta Relutante...............................................9
O Adventismo Dá Um Passo de Gigante Com Josué V. Himes.........12
Carlos Fitch e a “Queda de Babilônia” ..............................................15
A Passagem do Tempo........................................................................17
O Movimento do Sétimo Mês e o
“Verdadeiro Clamor da Meia-Noite” ............................................19
O “Grande Desapontamento” ............................................................21
Para Leitura Adicional .......................................................................23
Lista de Abreviações
1888 Materials The Ellen G. White 1888 Materials (4 vols.)
Adv. Rev. Adventist Review
A&D William Miller’s Apology and Defense
AH Advent Herald
AR Advent Review
AS American Sentinel of Religious Liberty
ASD Adventista do Sétimo Dia
CTemp Christian Temperance and Bible Hygiene, de Tiago
White e Ellen G. White
EGW Ellen G. White
GCB General Conference Bulletin
GM Guilherme Miller
JL Josias Litch
JVH Josué V. Himes
LS (1888) Life Sketches of James and Ellen G. White (edição de 1888)
LS Life Sketches of Ellen G. White (edição de 1915)
MC Midnight Cry
ME Mensagens Escolhidas, de Ellen G. White (3 vols.)
MS Manuscrito
MW Morning Watch
PE Primeiros Escritos, de Ellen G. White
PT Present Truth
PUR Pacific Union Recorder
RH Review and Herald
SG Spiritual Gifts, de Ellen G. White (4 vols.)
ST Signs of the Times (Milerita)
T Testemunhos Para a Igreja, de Ellen G. White (9 vols.)
TW Tiago White
WCW William C. White
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George R. Knight
Universidade Andrews
Berrien Springs, Michigan, EUA
009-024 Cap 1 22.12.13 15:03 Page 9
Raízes
Capítulo 1
Mileritas
Guilherme Miller:
O Profeta Relutante
RAÍZES MILERITAS 11
go que ele corre.” “Fiz tudo quanto pude para fugir da convicção
de que devia fazer alguma coisa,” escreveu Miller. Mas ele não con-
seguiu escapar da própria consciência (Ibidem, págs. 15 e 16).
Miller finalmente “fez um solene pacto com Deus” de que, se
Deus abrisse o caminho, ele cumpriria seu dever. Sentindo que pre-
cisava ser mais específico, Miller prometeu a Deus que, se recebes-
se um convite para falar em público em qualquer lugar, iria e ensi-
naria sobre a segunda vinda do Senhor. “Instantaneamente” – es-
creveu ele – “toda a minha apreensão desapareceu. Alegrei-me com
o fato de que provavelmente isso não aconteceria, pois eu nunca ha-
via recebido um convite dessa natureza” (Ibidem, pág. 17).
Para consternação de Miller, meia hora depois desse pacto com
Deus, ele recebeu seu primeiro pedido para pregar sobre o Segun-
do Advento. “Fiquei zangado comigo por haver feito esse pacto,”
confessou ele. “Revoltei-me de imediato contra o Senhor e decidi
não ir.” Saiu então de casa, com passos pesados, para lutar com o
Senhor em oração, e submeteu-se finalmente após uma hora (Ibi-
dem, pág. 18).
Sua primeira apresentação sobre o Segundo Advento conduziu a
várias conversões. A partir de então Miller recebeu uma enxurrada
ininterrupta de convites para presidir reuniões em igrejas de diversas
denominações. Perto do fim da década de 1830, o profeta relutante
havia conquistado vários ministros para o ponto de vista defendido
por ele, de que Cristo viria por volta de 1843. O mais importante des-
ses ministros convertidos foi Josué V. Himes, da Conexão Cristã.
RAÍZES MILERITAS 13
RAÍZES MILERITAS 15
RAÍZES MILERITAS 17
A Passagem do Tempo
RAÍZES MILERITAS 19
RAÍZES MILERITAS 21
O “Grande Desapontamento”
RAÍZES MILERITAS 23
A Era do
Capítulo 2
Desenvolvimento
Doutrinário
(1844 - 1848)
Redefinindo o Santuário
O Dom de Profecia
cas a Seu povo por meio dos dons do Espírito enquanto Seus ser-
vos não examinarem diligentemente Sua Palavra. . . . Permita-
mos que os dons tenham seu devido lugar na igreja. Deus nunca
os coloca na vanguarda nem nos ordena olhar para eles em busca
de liderança na senda da verdade e no caminho para o Céu. Foi Sua
Palavra que Ele engrandeceu. As Escrituras do Antigo e do Novo
Testamentos são a lâmpada humana para iluminar a estrada para o
reino. Sigam-na. Mas se você se extraviar da verdade bíblica e cor-
rer o risco de se perder, pode ser que Deus, no tempo que Ele achar
mais conveniente, o corrija, traga-o de volta para a Bíblia e o sal-
ve” (Ibidem, 25 de fevereiro de 1868; itálicos supridos).
O adventismo do sétimo dia, no seu melhor, tem sido um mo-
vimento norteado pela Bíblia e aceita o ensino escriturístico do
dom de profecia. Contudo, um dos aspectos infelizes da história
adventista é que alguns membros da igreja têm com demasiada
freqüência abusado do dom de Ellen White dando-lhe mais pree-
minência do que à própria Bíblia. Tanto os White como os outros
fundadores do adventismo rejeitavam essa atitude não-bíblica. O
dom de profecia é uma bênção para a igreja de Deus, mas o ver-
dadeiro adventismo sempre deu primazia às Escrituras.
O Sábado
Imortalidade Condicional
e a perdição final dos ímpios, escrevo estas linhas para lhe dizer
que, após muita reflexão e oração e a plena convicção de dever
para com Deus, finalmente estou preparado para tomar posição
ao seu lado” (Carta de Carlos Fitch a George Storrs, em 25 de ja-
neiro de 1844).
Todos os três fundadores do adventismo do sétimo dia – José
Bates, Tiago e Ellen White – aceitaram o ensino da imortalidade
condicional. Para eles, isso não apenas fazia sentido do ponto de
vista bíblico, mas parecia também necessário à teologia deles. Afi-
nal de contas, a crença em almas imortais já no Céu ou no infer-
no parecia eliminar a necessidade das ressurreições pré e pós-mi-
leniais descritas no Novo Testamento. Além disso, se as pessoas já
haviam recebido sua recompensa, para que um juízo pré-advento
ou mesmo o Segundo Advento? Foi assim que a imortalidade con-
dicional tornou-se o elo integrante de uma teologia centrada no
ministério de Cristo no santuário celestial.
As Doutrinas Fundamentais e a
Tríplice Mensagem Angélica
A Era do
Capítulo 3
Desenvolvimento
Organizacional
(1848 - 1863)
Publicando “a Verdade”
Por volta do verão de 1859, Tiago White estava pronto para dar
o impulso definitivo em direção à organização formal da denomi-
nação. Num editorial da Review, de 21 de julho, ele escreveu: “Fal-
ta-nos organização. Não devemos recear uma organização que
não se oponha à Bíblia e seja aprovada pelo bom-senso. A falta de
organização é notada em toda parte.” A seguir passou a dar algu-
mas sugestões capazes de tirar ordem do caos.
“Estamos cientes de que essas sugestões,” continuou White, “não
satisfarão a mente de todos. O irmão Excesso-de-Cautela ficará alar-
mado, e estará pronto a advertir seus irmãos a serem cuidadosos e a
não se arriscarem demais, enquanto o Irmão Confusão clamará: ‘Oh,
isto se parece com Babilônia! Seguindo a igreja caída!’ O irmão Indo-
lente dirá: ‘A causa é do Senhor, e faríamos melhor em deixá-la em
Suas mãos; Ele cuidará dela.’ ‘Amém!’ dizem os Irmãos Amante-des-
te-Mundo, Preguiçoso, Egoísta e Mesquinho. ‘Se Deus chama homens
para pregar, deixem que eles saiam a pregar; Deus tomará conta deles
e dos que crerão na mensagem deles.’ Enquanto isso, Coré, Datã e Abi-
rã prontificam-se a rebelar-se contra os que sentem a responsabilida-
de pela Causa e que velam pelas almas como quem há de prestar con-
tas delas, e protestam: ‘Basta!’” (Ibidem, 21 de julho de 1859).
Naturalmente o tempo para sermões suaves passara, mas a lu-
ta pela organização ainda estava longe de acabar. Isso ficou evi-
dente para todos os leitores da Review no começo de 1860. Em fe-
vereiro, Tiago White trouxe à baila o assunto de formar uma orga-
nização legal para fins de conservação da propriedade e adoção de
um nome para a denominação. Os dois assuntos guardavam ínti-
ma relação, visto ser necessário dar um nome à organização, caso
ela devesse ser legalmente registrada no Estado do Michigan e re-
ceber autorização legal para ter a posse da editora adventista e do
imóvel do templo de Battle Creek.
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A Era do
Capítulo 4
Desenvolvimento
Institucional e do
Estilo de Vida
(1863 - 1888)
Vimos até aqui, em nosso estudo, que o de-
senvolvimento do adventismo foi progressivo,
com cada estágio sendo edificado em cima dos
anteriores. Foi assim que o movimento mileri-
ta lançou a base profética no período que vai
até outubro de 1844. Entre 1844 e 1848, os
fundadores do adventismo do sétimo dia erigi-
ram sua estrutura doutrinária característica
sobre a plataforma profética estabelecida por
Miller. Ao completar essa tarefa, os sabatistas
estavam em condições de se organizarem a fim
de melhor preservar suas crenças e herança e
poder ir ao alcance de outros. Correndo parale-
lo com esses estágios básicos estava um concei-
to missionário em desenvolvimento.
O ano de 1863 testemunhou uma importan-
te mudança, quando os adventistas começaram
a focalizar o modo de vida que deviam adotar e
a desenvolver as instituições que apoiariam es-
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A Era do
Capítulo 5
Reavivamento,
Reforma e
Expansão
(1888 - 1900)
Em 1888 a Igreja Adventista do Sétimo Dia ti-
nha sua plataforma doutrinário-profética no de-
vido lugar, estava organizada para facilitar a pre-
gação da tríplice mensagem angélica e desenvol-
via um estilo de vida peculiar. A denominação
tornara-se uma corporação religiosa especial que
gradualmente se espalhava pelo mundo.
É apenas natural que isso apregoasse sua
singularidade – particularmente suas doutri-
nas fundamentais, inclusive a volta pré-mile-
nial de Cristo, Seu ministério no santuário ce-
lestial, a imortalidade condicional, os dons es-
pirituais e a importância do sábado do sétimo
dia. A igreja achava que sua missão consistia
em converter outros cristãos à preciosa men-
sagem do adventismo. Com esse propósito em
vista, a maior parte dos adventistas do sétimo
dia ignorava os aspectos do cristianismo que já
compartilhavam com outros cristãos. Na épo-
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Os Resultados de Minneapolis
A Era da
Capítulo 6
Reorganização
e da Crise
(1901 - 1910)
Reorganização Denominacional
Associação Geral
específica de Madison foi o sul dos Estados Unidos, onde a obra ad-
ventista ainda estava em atraso em relação a muitas outras partes
do país. A escola logo anexou um sanatório a suas instalações.
Um dos aspectos mais bem-sucedidos do programa Madison foi
sua multiplicação no Sul mediante o estabelecimento de “unidades”
em vários locais. Em sua forma ideal, as unidades eram uma réplica
da instituição médica em novas áreas. Muitas das “unidades Madison”
tornaram-se mais tarde escolas e sanatórios da Associação à medida
que a estrutura da Associação no Sul ficava mais forte. Outras unida-
des permanecem como instituições de sustento próprio até hoje.
A Era do
Capítulo 7
Crescimento
Mundial
(1910 - 1955)
220
200
180
160 153
140
120
100 87
80
60
42
40
20 8 8
0
1880 1890 1900 1910 1920 1930
127-140\Cap. 7 22.12.13 15:20 Page 133
Amadurecimento do Adventismo
Entre Afro-Americanos
Os Desafios e
Capítulo 8
Possibilidades de
Maturidade
(1955 - )
Alcançando a Maturidade
Número de Número de
Divisão Divisão
Adventistas Adventistas
70
60
Norte-americano %
50 Fora da América do Norte %
40
30
20
10
0
1863 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
141-160\Cap. 8 22.12.13 15:25 Page 148
em 205 das 230 nações reconhecidas pelas Nações Unidas. Isso pa-
rece bom, já que o número de pessoas que vivem nas pequenas na-
ções não-alcançadas equivalem a apenas 117.280.000 para uma
população mundial de mais de 6 bilhões.
O número de línguas que serve como forma de expressão para
o evangelismo adventista também é impressionante. Até 1998 es-
se número era de 272 para material escrito e 748 tanto para a co-
municação escrita como oral.
A Missão Global, contudo, redirecionou os olhares dessas con-
fortáveis estatísticas para uma nova maneira de encarar a respon-
sabilidade missionária da denominação. Em vez de focalizar as na-
ções, a Missão Global coloca a atenção no fato de que a mensagem
adventista deve ir a “cada tribo, e língua, e povo”. Essa abordagem
é muito menos confortadora.
Pesquisas indicam que, até o ano de 1990, nosso planeta com-
portava aproximadamente 5 mil agrupamentos etnolingüísticos
ou populacionais de 1 milhão de pessoas cada. Os adventistas ti-
nham pelo menos uma igreja em cerca de 3.200 desses grupos. Is-
so deixava de fora quase 1.800 grupos em que a denominação não
estava presente. Esses 1.800 agrupamentos representavam mais
de 2 bilhões de pessoas.
Ao encarar a realidade, o adventismo sentiu-se impelido a abrir
os olhos para a magnitude da tarefa que pairava à sua frente. Viu-se
forçado a pensar nas tarefas denominacionais em termos das áreas
mais difíceis a serem alcançadas, e não apenas das mais receptivas.
O objetivo da campanha Missão Global, instituída em 1990, era
“estabelecer a presença adventista em cada um dos 1.800 grupos
intactos de 1 milhão de pessoas antes do ano 2000. Isso significa
fundar pelo menos uma nova igreja por dia nessas áreas não-al-
cançadas durante os próximos 10 anos!” (Encarte “Global Mis-
sion”, na Adventist Review, de 5 de julho de 1990, pág. 3).
De fato, até mesmo esse alvo não passava de um ponto de par-
tida, visto que conquistamos pessoas para Cristo individualmente
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Infinitas Possibilidades
ISBN 85-345-0700-7