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Mindfulness e Meditação
Meditação Meditação
Concentrativa Mindfulness
Vipassanᾱ
(Joyce-Moniz, 2000)
Cultura Oriental vs. cultura Ocidental
Langer (1989, cit in Vandenberghe & Assunção, 2009) – A tradição oriental tem implicações
morais e éticas na vida do praticante e resulta da prática espiritual ao invés da ocidental que
assenta numa meditação transcendental.
Definição de Conceitos
• Meditação - “processo natural para conduzir o pensamento, comum a todos os
indivíduos, quer disso tenham consciência, quer não.” (Krishnamurti, 1969 cit in Joyce-
Moniz, 2000, p. 78)
• Componentes da Meditação: Relaxamento, Concentração, Estado Alterado da
Consciência, Suspensão do pensamento lógico e Conservação de uma Atitude de auto-
observação (Peres-de-Albeniz e Holmes, 2000 cit in Joyce-Moniz, 2000, p. 79)
Concentrativa
Mente Plena
(Mindfulness)
Unidireccionada - “o sujeito dirige ou
centra a sua atenção num estímulo
Pluridireccionada especifico (…)” (Joyce-Moniz, 2000, p. 80)
Centração
- Atenção dirigida a
qualquer estimulação Mente vazia (Mindless)
- Descentração da atenção
de sensações, perceções Descentração Não-direcionada - “o sujeito centra a sua
exteriores e pensamentos atenção no vazio, [não-pensamento] o que
específicos equivale a parar o fluxo de pensamento e a
- Centração na qualidade pensar literalmente em nada (…)” (Joyce-
das experiências Moniz, 2000, p. 81)
(Joyce-Moniz , 2000)
Mindfulness
• “A state of psychological freedom that occurs when attention remains quiet and
limber, without attachment to any particular point of view” (Martin, 1997 cit in Davis &
Hayes, 2011); “Moment by moment” (Williams, 2010; Davis & Hayes, 2011)
Reduz o sofrimento
Prediz relações satisfatórias
psicológico (Coffey &
(Barnes et al., 2007; Wachs
Hartman, 2008; Ostafin et
& Cordova, 2007).
al., 2006)
Aumentam as competências
de atenção (Lutz et al.,2009)
Treinar a atenção e consciencialização, para deter os processos mentais sob maior controlo voluntário
(Walsh & Shapiro, 2006, cit in Davis & Hayes, 2011)
Investigações têm demonstrado que diferentes estilos de práticas de mindfulness ativam diferentes
partes do cérebro. (Cahn & Polich, 2006; Lutz, Dunne & Davidson, 2007; Valentine & Sweet, 1999, cit
in Davis & Hayes, 2011)
• Vão estar atentos a tudo, mas sem deter a vossa atenção em nada de especifico.
• Deixem correr o fluxo do pensamento, livremente, sem ligar a nenhum pensamento em particular.
• Estejam atentos ao que vêem, ouvem ou lhes passa pela cabeça… mas não dêem atenção a nada
de específico.
• É como ver um filme, que mostra o que os olhos e os outros sentidos lhes podem dar a conhecer.
• É como ter a experiência de tudo o que está agora a acontecer… tudo o que ocorre continuamente.
(Joyce-Moniz, 2000, p.99)
Meditação e a Psicoterapia
• Freud (1930); Jung (1936)
• Meditação
• Descontextualizada e transformada em ideologias que imitam as filosofias
ancestrais da meditação
• Negócio da espiritualidade
• Meditação como instrumento clínico
• Jack Engler (1986)
• Meditação
• Em psicoterapia resolução de problemas concretos ou confronto de sintomas
• Tradicional objetivos espirituais
Germer et al. (2005) considera que a meditação mindfulness pode estar integrada na
psicoterapia de três formas:
Objetivos Aplicação
• Autoconhecimento • Problemas de psicopatologia
• Jonh Teasdale et al. (1995, 2000, cit in Joyce-Moniz, 2000) combina terapia
cognitiva com a mindfulness – prevenir recaídas em sujeitos deprimidos.
Competências Diminuição do
Empatia Compaixão de stress e Outros benefícios
aconselhamento ansiedade
Menos sintomas de
ansiedade e depressão Autoeficácia do
A meditação aconselhamento
mindfulness (Shapiro et al., 1998)
(Greason and Cashwell,
ajudou-os a 2009)
desenvolver A prática de Diminuição do stress,
empatia com os Duas mindfulness promove ruminação e emoções
seus clientes componentes da aumentos negativas (Shapito et al.,
(Aiken, 2006) mindfulness (não significativos na 2007) Mais facilidade em distinguir
julgamento e não auto-consciência, as suas experiencias das do
reacção) estão insights sobre a sua Redução dos distúrbios do cliente, mais compreensão
fortemente identidade humor como stress, dos seus clientes e ajuda a
correlacionadas profissional ansiedade e fatiga deterem maior
Os que praticam com a auto- (Birnbaum, 2008) e (Rosenzwei, Reibel, autopercepção.
meditação compaixão um bem-estar geral Gresson, Brainard & Hojat, (Dreifuss,1990)
mindfulness (Kingsbury, 2009) (Rybak & Russel- 2003)
pontuaram mais Chapin, 1998).
nas suas medidas Menos depressão, Aumenta a paciência,
de auto-relato ansiedade, fatiga, intencionalidade, gratidão
sobre a empatia agressividade e relataram e a consciência corporal.
(Wang, 2007) menos stresse (Tang et al., (Rothaupt & Morgan,
2007) 2007)
• Alguns estudos demonstraram haver uma relação positiva entre a prática de meditação
em terapeutas e vantagens para os clientes destes (Stratton, 2006; Grepmair et al.,
2007 cit in Davis & Hayes, 2011).
• Outras investigações não suportaram este resultado (e.g. Stanley et al., 2006; Bruce,
2006; Vinca & Hayes, 2007 cit in Davis & Hayes, 2011).
Embora a meditação mindfulness seja positiva para a saúde psicológica e física, esta
prática nos terapeutas como uma mais-valia e a sua transferência para os clientes ainda
não é clara (Davis & Hayes, 2011; Perez-da-Albeniz & Holmes, 2000, cit in Davis &
Hayes, 2011).
Instrumentos de Medida
• Mindful Attention Awareness Scale (Brown & Ryan, 2003).
• Kentucky Inventory of Mindfulness Skills (Baer, Smith, & Allen, 2004).
• Baer et al. (2006) construiu uma medida de mindfulness que deriva de uma análise
factorial de 112 itens contidos em cinco escalas de autorelato pré-existentes.
Maior auto-
controlo
Capacidade de se
relacionar com os
outros e consigo com Objetividade
bondade, aceitação e
compaixão
Benefícios da
Meditação
Inteligência Maior
emocional flexibilidade
Melhora a
concentração e
Tranquilidade
a clareza
mental
(Davis & Hayes, 2011)
Meditação
• Tente estar completamente consciente de si próprio, sem que
nada o desvie dessa consciência.
• Sirva-se de todas as suas capacidades mentais para estar
totalmente consciente de si próprio.
• Focalize o seu pensamento, para que a realidade seja mais
autêntica.
• Observe o seu pensamento a abrir-se, a sua mente a mostrar
todo o seu potencial, para compreender completamente as
coisas e compreender-se a si próprio.
• Aquilo em que tem que pensar é na meditação… quanto mais
pensar em meditar, e só meditar, mais medita.
• Quanto mais abrir a mente para receber o que os seus
sentidos revelam, mais ficará a conhecer a sua consciência…
mais experienciará a sua consciência.
• Bowen, S. & Chawla, N. & Marlatt, G. A. (2011). Mindfulness – based relapse prevention for addictive
behaviors: a clinician’s guide (p. 8). New York: The Guildford Press.
• Brown, K. W. & Ryan, R. M. (2003). The benefits of being present: mindfulness and its role in
psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84, 4, 822-848.
• Coelho, H. F., Canter, P. H. & Ernst, E. (2007). Mindfulness-based cognitive therapy: evaluating
current evidence and informing future research. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 75, 6,
1000-1005.
• Davis, D. M. & Hayes, J. A. (2011). What are the benefits of mindfulness? A practice review of
pychotherapy-related research. Psychotherapy, 48, 2, 192-208.
• Paulson, G. L. (1996). Meditação e desenvolvimento humano: guia prático para uma consciência
superior (pp. 21-22). Lisboa: Estampa.
• Shapiro, S. L. (2009). The integration of mindfulness and psychology. Journal of Clinical Psychology, 65,
6, 555-560.
• Shaver, P. R., Lavy, S., Saron, C. D. & Mikulincer, M. (2007). Social foundations of the capacity for
mindfulness: An attachment perspective. Psychological Inquiry, 18, 264-271.
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