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Brasil: Participação dos 10% mais ricos na riqueza total nacional e nas cidades e
em períodos selecionados (em %)
100
90
80 73,4 75,4
68,7 67,0
70 62,9
60
50
40
30
20
10
0
fins do século XVIII fins do século XX fins do séulo XX
Rio de Janeiro Salvador São Paulo Brasil
Fonte: Campos et alii,Os Ricos no Brasil. Cortez: São Paulo, 2004, pág.28.
14,0
10,0
9,0
8,0
% do PIB
6,0
4,0
2,0
0,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005
35,0
32,8
30,0
29,1 27,0
24,8
25,0 23,9 23,2 24,1
23,3 23,3 23,4 22,7
24,2
20,7
20,0 19,4
18,3 17,6
16,4 16,4
14,6
15,0
12,0
10,0 8,8
7,7 10,7
6,9
5,7
4,9
5,0 3,7 4,1 4,5
2,8
0,0
1o 2o 3o 4o 5o 6o 7o 8o 9o 10o
Tributação Indireta 29,1 24,2 20,7 19,4 18,3 17,6 16,4 16,4 14,6 10,7
Tributação Direta 3,7 2,8 4,1 4,5 4,9 5,7 6,9 7,7 8,8 12,0
Tributação Total 32,8 27,0 24,8 23,9 23,2 23,3 23,3 24,1 23,4 22,7
A Carga Tributária Bruta é constituída por tributos diretos – que incidem sobre a
renda e o patrimônio – e por tributos indiretos – que incidem sobre o consumo. É sabido
que a tributação indireta têm características regressivas, isto é, incidem mais sobre os
mais pobres, enquanto que a tributação direta possui efeitos mais progressivos,
incidindo mais sobre os mais ricos.
O Gráfico acima confirma essa regra geral para o Brasil, mas com um grave
problema: o peso da tributação indireta é muito maior do que o da tributação direta,
tornando regressivo o efeito final do nosso sistema tributário. Ademais, o grau de
progressividade da tributação direta ainda é baixo no Brasil. O décimo mais pobre sofre
uma carga total equivalente a 32,8% da sua renda, enquanto o décimo mais rico, apenas
22,7. Isto é absolutamente inaceitável, principalmente em um país de enorme
desigualdade de renda como o Brasil.