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XEXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DA COMARCA DE RIO BRANCO – ACRE,

XXXX, brasileiro, casado, autônomo, inscrito no RG n. XXX SSP/AC e no CPF


n.XXX, sem endereço eletrônico, Telefone: XXX, XXXX, brasileira, casada, do lar,
inscrita no RG n. XXXX SSP/AC e no CPF n. XXXX, e XXXX, brasileira, solteira,
estudante, inscrita no CPF n. XXXX, e-mail XXXX, ambos residente e domiciliado na
Rua XXXX , por seu advogado subscritor, com endereço profissional situado à XXXX,
vem à presença de Vossa Excelência, ajuizar:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face de LATAM AIRLINES GROUP S/A, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.937.681/0001-78, com sede na Rua Ática, nº 673, sala
5001, Jardim Brasil, cidade de São Paulo – SP, CEP 04634-042, com o endereço
eletrônico publicacao@lbca.com.br, e TVLX VIAGENS E TURISMO S.A.
(VIAJANET), sociedade anônima de capital aberto, inscrita no CNPJ 12.337.454/0001-
31, com sede na Rua Manoel Coelho, 600 - 1º andar, São Caetano do Sul/SP, CEP 09510-
111, por seus representantes legais, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
I – DOS FATOS:
1. A parte autora XXXX planejou um viagem a lazer para o seus pais – XXXX –,
como forma de presenteá-los. Em 23 de fevereiro de 2019, a autora XXXX efetuou a

Avenida Getúlio Vargas, n° 1319, Sala 01, Bosque, Rio Branco – Acre, CEP 69.900-466.
Telefone: (68) 2102-3726 / 99946-7710
E-mail: matheus@fernandesadvogado.com
compra de bilhetes aéreos para os seus genitores junto à ré VIAJANET, de forma que
foram emitidos 02 bilhetes aéreos na modalidade ida e volta, na companhia aérea
LATAM, mediante parcelamento no cartão de crédito.
2. A compra dos bilhetes aéreos abarcavam o trecho de ida XXXX com partida às
01h50min, sábado, 11 de maio de 2019, e o trecho de volta XXXX ,com partida às
22h00min, segunda-feira, 20 de maio de 2019, para ambos.
3. Os bilhetes aéreos foram os seguintes: 1. XXXX, emitido sob o valor de R$
XXXX, com Código Localizador XXXX. 2. XXXX, emitido sob o valor de R$ XXXX
,Código Localizador: XXXX.
4. Após a compra das passagens aéreas, que fora intermediada pela ré VIAJANET, os
autores se planejaram para a viagem, programando passeios, participação em eventos e
demais programas de lazer, o que por consectário lógico demandou planejamento
financeiro, fazendo-os poupar a quantia exata para o período da viagem, que fora paga
integralmente às expensas da filha, ora autora, XXXX.
5. No dia agendado para o embarque do voo de ida, os autores XXXX cometeram um
equívoco com os horários de embarque, e não conseguiram chegar a tempo para o
embarque do trecho de ida (XXXX), o que configurou no-show. Posteriormente
conseguiram embarcar em outro voo de ida com destino a XXXX
6. Quando os autores XXXX já estavam em São Paulo, no gozo da viajem que lhes
fora presenteada, e poucos dias antes de embarcarem para cidade de XXXX, utilizando o
trecho de volta das passagens compradas junto à rés, souberam com assombro que as
passagens correspondentes ao trecho da volta fora cancelado. Tal fato desestabilizou com
grande impacto os autores, eis que não tinham dinheiro suficiente para arcar com os
custos de novas passagens aéreas. Ademais, os dois primeiros autores encontravam-se em
cidade estranha para lazer, enfrentaram imenso pânico com a ideia de ficarem presos em
São Paulo sem a possibilidade de regressar a sua cidade de domicílio.

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7. A autora XXXX experimentou grave abalo, haja vista que na ocasião era a
provedora financeira dos genitores, de forma que tinha se planejado para a viagem dos
pais e de sobressalto não podia nada fazer, pois não tinha reserva financeira suficiente.
8. Após momentos de imenso abalo, a autora XXXX decidiu solicitar dinheiro
emprestado à amigos para tentar comprar novas passagens de São Paulo para XXXX,
evitando assim prejuízos maiores com alimentação, hospedagem, transporte, aos dias
excedentes ao planejado.
9. Passado o constrangimento de solicitar dinheiro emprestado, a autora conseguiu
efetuar a compra de passagens para os genitores retornarem à cidade de Rio Branco,
arcando com o valor de R$ XXXX ,referente à passagem de XXXX, e com o valor de R$
XXXX, referente à passagem de XXXX, ambas emitidas em 14 de maio de 2019,
diretamente no site da LATAM, totalizando R$ XXXX
10. A autora, ainda exerceu tentativa de resolução pelas vias administrativas, enviando
e-mail para a ré explicando o ocorrido, mas for informada do cancelamento do trecho de
volta, por não ter utilizado o trecho de ida.
11. Nessa toada, os autores vêm a juízo requerer a prestação da tutela jurisdicional do
Estado, no afã de ter o seu pleito julgado procedente para condenar as rés ao pagamento
de indenização por danos morais e materiais sofridos pelos autores.
12. É de bom alvitre destacar que o tema em apreço já fora pacificado pelo Superior
Tribunal de Justiça – STJ, quando do julgamento do Recurso Especial N° 1.699.780 - SP
(2017/0238942-0), que sedimentou o entendimento que a referida prática configura a
chamada "venda casada", pois condiciona o fornecimento do serviço de transporte aéreo
do "trecho de volta" à utilização do "trecho de ida", contrariando frontalmente o disposto
no art. 39, I, CDC.
13. O cancelamento unilateral da passagem de volta, em razão do não comparecimento
para embarque no trecho de ida – no show –, configura prática rechaçada pelo Código de
Defesa do Consumidor, nos termos dos referidos dispositivos legais, cabendo ao Poder
Judiciário o restabelecimento do necessário equilíbrio contratual.

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14. A situação de vexame e humilhação lhe causaram abalo psicológico extremo e,
sobretudo indignação. Portanto, requer indenização pelos danos morais causados, esta
indenização no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para cada autor, bem como
indenização pelos danos materiais no importe de R$ 2.265,90 (dois mil e duzentos e
sessenta e cinco reais e noventa centavos).

II – DO DIREITO:
15. É tempo de fundamentar juridicamente o pleito.
16. a) Da aplicação do CDC e da inversão do ônus da prova:
17. Inicialmente, destaca-se que a relação jurídica em debate atrai a incidência das
normas do Código de Defesa do Consumidor, notadamente por se tratar de contrato de
prestação de serviço firmado entre instituição (fornecedor do serviço) e pessoa física
(consumidor), de acordo com os conceitos caracterizadores da relação de consumo
insculpidos nos artigos 2º e 3º do referido diploma legal.
18. Restando configurada a relação de consumida havida entre as partes, requer-se
desde já a inversão do ônus probatório.
19. Acerca da inversão o ônus probatório segue a disposição do códex consumerista:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências.

20. Com isso, nas demandas relativas a direito do consumidor, constatando-se a


ocorrência e verossimilhança nas alegações do autor ou sua hipossuficiência técnica,
impõe-se a inversão do ônus da prova, conforme determinação do art. 6º, VIII da Lei
Consumerista.
21. b) Do dano moral, da falha na prestação do serviço e da sua reparação:

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22. Entre os direitos básicos do consumidor está a efetiva prevenção e reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais. É o disposto no art. 6º, VI, do Código de Defesa
do Consumidor.
23. A norma legal visa prevenir a ocorrência de danos ao consumidor,
responsabilizando o fornecedor de serviços pelos danos por ele causados.
24. Inclusive, o jurista Wilson Melo da Silva corrobora tal entendimento, ensinando
que: “Danos morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito
em seu patrimônio ideal, entendendo-se por patrimônio ideal, em contraposição a
patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor
econômico.”.
25. Não obstante, a natureza da responsabilidade civil quanto à sua finalidade
compensatória ou punitiva, ou de seu caráter dúplice, conforme se extrai dos julgados
abaixo delineados. Em um primeiro momento, é defendido pelo Supremo Tribunal
Federal, o caráter dúplice da indenização por danos morais:
Os danos morais são fixados pelo juiz de acordo com sua livre convicção e bom
senso, levando-se em consideração que a indenização deve possuir um caráter
punitivo e compensatório, sem que signifique o enriquecimento do ofendido em
detrimento do ofensor e deve ter como critérios a intensidade e a gravidade do dano
causado, a repercussão da ofensa e a posição social e econômica das partes. (RE
534345, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 09/05/2008, publicado em
DJE-094 publicado em 27/05/2008) (grifos nosso)

26. Assim, além do caráter reparatório/compensatório da responsabilidade civil,


verifica-se a real necessidade de se ampliar tal enfoque, visando não somente a vítima,
mas também a conduta do ofensor no caso concreto.
27. Tudo isso vislumbrando evitar futuros danos, aplicando-se, assim, uma sanção
pecuniária não relacionada diretamente com a extensão do dano, mas com o intuito de
prevenir a prática de novos comportamentos ilícitos.
28. Com isso, está sendo ressaltado ao agente ofensor, em caráter particular, mas
também à sociedade como um todo, que tal conduta danosa é inaceitável e intolerável e
não se deve repetir.

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29. Nas palavras de Caio Mário da Silva Pereira: “o fulcro do conceito ressarcitório
acha-se deslocado para a convergência de duas forças: 'caráter punitivo' para que o
causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que praticou;
e o 'caráter ressarcitório' para a vítima, que receberá uma soma que lhe proporcione
prazeres como contrapartida do mal sofrido.” (PEREIRA, 2001, p. 338).
30. Para tanto, o Código Civil Brasileiro prevê que o dano causado por ato ilícito é
passível de reparação. Nesse mesmo sentido, há no Direito Civil um dever legal amplo
de não lesar, cuja inobservância enseja a obrigação de indenizar, configurável sempre
que surta algum prejuízo para outrem. É o que se depreende da interpretação do art. 186
do Código Civil. Por conseguinte, a teoria da responsabilidade civil assenta-se no tripé (a)
dano – também denominado prejuízo sofrido pela vítima; (b) ato ilícito – legal ou
contratual – cometido pelo agente; e (c) nexo de causalidade entre o dano e o ato ilícito.
31. Assim, na presente demanda, não há que se falar em mero aborrecimento ou
transtorno a que sofreu o autor devido à prática abusiva, ressaltando-se que este
questionou a ré sobre a abusividade.
32. Ainda, traz-se a baila a jurisprudência formada em caso análogo à este no STJ,
vejamos:
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS
E MORAIS. TRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIROS. AQUISIÇÃO DE
PASSAGENS DO TIPO IDA E VOLTA. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO E
UNILATERAL DO TRECHO DE VOLTA, TENDO EM VISTA A NÃO
UTILIZAÇÃO DO BILHETE DE IDA (NO SHOW). CONDUTA ABUSIVA DA
TRANSPORTADORA. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 51, IV, XI, XV, E § 1º, I, II E III,
E 39, I, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RESSARCIMENTO
DAS DESPESAS EFETUADAS COM A AQUISIÇÃO DAS NOVAS PASSAGENS
(DANOS MATERIAIS). FATOS QUE ULTRAPASSARAM O MERO
ABORRECIMENTO COTIDIANO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. A controvérsia instaurada neste feito consiste em saber se configura conduta
abusiva o cancelamento automático e unilateral, por parte da empresa aérea, do
trecho de volta do passageiro que adquiriu as passagens do tipo ida e volta, em

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razão de não ter utilizado o trecho inicial. 2. Inicialmente, não há qualquer dúvida
que a relação jurídica travada entre as partes é nitidamente de consumo, tendo em
vista que o adquirente da passagem amolda-se ao conceito de consumidor, como
destinatário final, enquanto a empresa caracteriza-se como fornecedora do serviço
de transporte aéreo de passageiros, nos termos dos arts. 2º e 3º do Código de Defesa
do Consumidor - CDC. Dessa forma, o caso em julgamento deve ser analisado sob a
ótica da legislação consumerista, e não sob um viés eminentemente privado, como
feito pelas instâncias ordinárias. 3. Dentre os diversos mecanismos de proteção ao
consumidor estabelecidos pela lei, a fim de equalizar a relação faticamente desigual
em comparação ao fornecedor, destacam-se os arts. 39 e 51 do CDC, que, com base
nos princípios da função social do contrato e da boa-fé objetiva, estabelecem, em
rol exemplificativo, as hipóteses, respectivamente, das chamadas práticas abusivas,
vedadas pelo ordenamento jurídico, e das cláusulas abusivas, consideradas nulas de
pleno direito em contratos de consumo, configurando nítida mitigação da força
obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda). 4. A previsão de cancelamento
unilateral da passagem de volta, em razão do não comparecimento para embarque
no trecho de ida (no show), configura prática rechaçada pelo Código de Defesa do
Consumidor, nos termos dos referidos dispositivos legais, cabendo ao Poder
Judiciário o restabelecimento do necessário equilíbrio contratual. 4.1. Com efeito,
obrigar o consumidor a adquirir nova passagem aérea para efetuar a viagem no
mesmo trecho e hora marcados, a despeito de já ter efetuado o pagamento,
configura obrigação abusiva, pois coloca o consumidor em desvantagem exagerada,
sendo, ainda, incompatível com a boa-fé objetiva, que deve reger as relações
contratuais (CDC, art. 51, IV). Ademais, a referida prática também configura a
chamada "venda casada", pois condiciona o fornecimento do serviço de transporte
aéreo do "trecho de volta" à utilização do "trecho de ida" (CDC, art. 39, I). 4.2.
Tratando-se de relação consumerista, a força obrigatória do contrato é mitigada,
não podendo o fornecedor de produtos e serviços, a pretexto de maximização do
lucro, adotar prática abusiva ou excessivamente onerosa à parte mais vulnerável na
relação, o consumidor. 5. Tal o quadro delineado, é de rigor a procedência, em
parte, dos pedidos formulados na ação indenizatória a fim de condenar a recorrida
ao ressarcimento dos valores gastos com a aquisição da segunda passagem de volta
(danos materiais), bem como ao pagamento de indenização por danos morais,
fixados no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para cada autor .6. Recurso
especial provido. (REsp 1699780/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/09/2018, DJe 17/09/2018).

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33. O art. 39 do CDC também estabelece, em rol exemplificativo, algumas
situações de práticas abusivas, as quais são vedadas ao fornecedor de produtos ou
serviços. Dentre elas, destaca-se a que proíbe a chamada "venda casada", disposta
no inciso I do referido dispositivo legal, cuja redação é a seguinte:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;

34. No caso, a previsão de cancelamento unilateral da passagem de volta, em


razão do não comparecimento para embarque no trecho de ida (no show), configura
prática rechaçada pelo Código de Defesa do Consumidor, nos termos dos referidos
dispositivos legais acima transcritos, devendo o Poder Judiciário restabelecer o necessário
equilíbrio contratual.
35. Com efeito, obrigar o consumidor a adquirir nova passagem aérea para
efetuar a viagem no mesmo trecho e hora marcados, a despeito de já ter efetuado o
pagamento, configura obrigação abusiva, pois coloca o consumidor em desvantagem
exagerada, sendo, ainda, incompatível com a boa-fé objetiva, que deve reger as relações
contratuais (CDC, art. 51, IV).
36. Ademais, a referida cláusula contratual autoriza o fornecedor a cancelar o
contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor,
incidindo na hipótese do art. 51, XI, do CDC, bem como configura a chamada
"venda casada", pois condiciona o fornecimento do serviço de transporte aéreo do
"trecho de volta" à utilização do "trecho de ida" (CDC, art. 39, I).
37. Assim, patente a falha na prestação do serviço, evidente o dever de indenizar (art.
14, 'caput', e 20, 'caput', ambos do CDC). Preceitua o art. 42 do Código Civil, in verbis:
Art. 42. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

38. Além da disposição contida no Código Civil há a determinação do código


consumerista acerca da obrigatoriedade de reparação aos danos causados pelo fornecedor

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39. O caput do artigo 14 do CDC prevê a regra da responsabilidade civil objetiva ,
isto é, independentemente de culpa.
40. Portanto, diante o desrespeito das rés com o consumidor de seus serviços e da
incontestável violação de seus direitos e da boa-fé contratual, bem como da desobediência
em face da lei, requer o autor a condenação das rés ao pagamento de indenização por
danos morais, tendo em vista o seu caráter punitivo e desestimulador de novas práticas
abusivas e violadora, devendo o quantum ser fixado em R$ 10.000,00 (dez mil reais) para
cada autor, além da condenação à indenização pelos danos materiais consubstanciado no
valor empregado pela compra de novas passagens.

IV – DOS PEDIDOS:
41. Ex positis, requer que Vossa Excelência se digne a:
1. DETERMINAR a citação das empresas reclamadas, por via postal, visando
maior economia e celeridade processual por meio de seu representante legal,
para oferecerem suas contestações, sob pena de revelia, confissão ficta da
matéria de fato e julgamento antecipado da lide, conforme o art. 355, II do
Novo Código de Processo Civil;
2. INVERTER o ônus da prova em favor do autor, com fulcro no artigo 6º,
VIII do Código de Defesa do Consumidor;
3. JULGAR totalmente procedente o pedido para a) CONDENAR as rés ao
pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 2.265,90
(dois mil e duzentos e sessenta e cinco reais e noventa centavos), com os
acréscimos legais; b) CONDENAR a ré ao pagamento de indenização por
danos morais no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para cada autor;
4. CONDENAR a ré o pagamento de honorários advocatícios no importe de
20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, em caso de recurso para a
instancia superior, nos termos do art. 55 da Lei n° 9.099/95;

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5. DETERMINAR que as publicações e/ou notificações sejam expedidas
exclusivamente em nome do advogado XXXX, inscrito na XXXX, sob pena
de nulidade.
Pretende provar o alegado por todas as provas admitidas em lei, tais como
documental, oral e testemunhal.
Dar-se-á causa o valor de R$ 32.265,90 (trinta e dois mil e duzentos e sessenta e
cinco reais e noventa centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio Branco – Acre, 20 de janeiro de 2020.

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