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Fonética e fonologia: os sons da fala

Por Benjamim Linhares Machado Marchi

Definição: fonética e Fonologia são disciplinas da Linguística que estudam os sons da


fala e como eles são produzidos. A Fonética estuda os sons da fala e a Fonologia estuda
a função desses sons dentro de uma determinada língua. Trocando em miúdos, a
Fonética estuda como é produzido o som “X” e a Fonologia estuda que função esse som
“X” tem na língua.
Os sons da fala: Quando falamos, produzimos uma corrente de ar que sai de nossos
pulmões e vai até nossa boca, passando por diversos órgãos e estruturas. Os sons da fala
são produzidos quando alguns desses órgãos e estruturas agem sobre essa corrente, ou
seja, quando há mudança dessa corrente de ar. O conjunto de órgãos e estruturas que
produzem os sons de nossa fala é chamado de aparelho fonador

Os sons da fala podem ser classificados de acordo com seu vozeamento e sua
nasalidade. Veja o quadro abaixo:

Um som é vozeado (ou sonoro) quando a corrente de ar que vem dos pulmões
encontra as pregas vocais retesadas (fechadas), fazendo-as vibrar, produzindo o som
vozeado como o percebido na palavra “Bato”. Um som é surdo quando a corrente de ar
que vem dos pulmões encontra as pregas vocais relaxadas (abertas), não correndo
virbração e produzindo o som surdo percebido na palavra “Prato.”
Um som é bucal quando a corrente de ar passa unicamente pela cavidade bucal.
Esse tipo de som pode ser percebido na palavra “bAto”. Um som é nasal quando a
corrente de ar passa, além de na cavidade bucal, também na cavidade nasal, produzindo
sons como os das plavras “pÃo”, “leÃo”, “capitÃo”, “bANto”, “prANto”, etc.

Som e fonema:
Fonemas são os sons da fala que são capazes de estabelecer uma diferenciação de
significado entre dois vocábulos. Em outras palavras, um fonema é um som que é capaz
de distinguir uma palavra de outra. Por exemplo, nos vocábulos ERRO (do verbo errar:
eu ERRO frequentemente) e ERRO (substantivo: o ERRO é uma oportunidade de
aprendizagem) os sons /é/ (do verbo) e /ê/ (do substantivo) são fonemas porque
diferenciam dois vocábulos. Um outro exemplo de fonema é o som /c/ e o som /p/ nas
palavras CÃO e PÃO. Esses sons são fonemas porque diferenciam dois vocábulos de
uma língua.
Note, no entanto, que o mesmo fonema nem sempre é realizado pelo mesmo som. Veja
figura abaixo:

Os diferentes sons que podem realizar um fonema são chamados de alofones ou


variantes. Tente perceber no seu dia a dia como é diverso o modo das pessoas
pronunciarem uma mesma palavra e compreenda que isso é natural da comunicação
humana. A variação na fala é alvo de muito preconceito no mundo todo. Isso é uma
pena, pois a variação é uma das grandes riquezas que uma língua pode ter. É evidente
que em situações mais formais deve-se falar de modo mais adequado, mas ninguém
deveria sofrer preconceito pelo modo de falar. Quanto à escrita, aí é outra história. Na
hora de escrever precisamos estar atentos e obedecer às regras de ortografia e de
gramática. Isso porque a escrita não é uma transcrição direta da fala, tendo suas próprias
regras e convenções que devem ser respeitadas. Já pensou se todo mundo resolvesse
escrever do jeito que acha melhor? Não seria uma confusão? É por isso que essas regras
e convenções existem, para facilitar a comunicação.

Quer saber mais?


Quer saber mais sobre fonética e fonologia? Visite o site da Associação de
Fonética Internacional (http://www.arts.gla.ac.uk/IPA/ipa.html) ou leia a Gramática do
Português Comtemporâneo, de Celso Cunha.
Quer saber mais sobre variação lingüística? Leia o livro A Língua de Eulália, de
Marcos Bagno.

PO S TA DO P O R   PO R U MA G RAM Á TICA S IM P LES   À S  09:44  


MA R C AD O RES :   AP A RELH O
FO N AD O R ,  FO N EM A ,  FO N O LOG IA , FO N ÉTICA , P RECO N CEITO
LING U ÍS TICO ,  SO N S DA FA LA

Fonética articulatória

O que é?

A Fonética articulatória é um dos principais ramos da FONÉTICA, que é a ciência


responsável pelo estudo dos sons utilizados na linguagem humana. Tendo como ponto
de vista de análise os aspectos fisiólogicos e articulatórios da produção da fala, a
fonética articulatória se encarrega da observação, descrição, classificação e transcrição
dos sons produzidos.  

Classificação fonética dos sons*

De acordo com a fonética articulatória, os sons produzidos na linguagem humana são


chamados fones ou segmentos. Esses sons podem ser divididos basicamente em três
grupos: consoantes, vogais e semivogais (ou glides). 

Consoantes
As consoantes, ou segmentos consonantais, são sons produzidos com algum tipo de
obstrução no trato vocal, de forma que há impedimento total ou parcial da passagem de
ar. Esses sons são classificados de acordo com os seguintes critérios: 
1. Modo de articulação 
2. Lugar de articulação 
3. Vozeamento 
4. Nasalidade / Oralidade 

A notação dos segmentos consonantais é feita do seguinte modo: 


Modo de articulação + Lugar de articulação + Vozeamento + Nasalidade /
Oralidade 

Clique aqui para ver como se dá a produção das consoantes do Português. 

Vogais
As vogais, ou segmentos vocálicos, são sons produzidos sem obstrução no trato vocal,
de forma que a passagem de ar não é interrompida. Esses sons são classificados de
acordo com os seguintes critérios: 

1. Altura da língua 
2. Anterioridade / Posteriorida da língua 
3. Arredondamento dos lábios 
4. Nasalidade / Oralidade 

A notação dos segmentos vocálicos é feita do seguinte modo: 


Altura da língua + Anteriodade / Posterioridade da língua + Arredondamento dos
lábios 

Clique aqui para ver como se dá a produção das vogais do Português. 

Transcrição fonética

As transcrições fonéticas são feitas entre colchetes [...]. 

Para fazer transcrições fonéticas, os Linguistas recorrem ao Quadro Fonético


Internacional. Nesse quadro há para cada fone um símbolo fonético específico. (para
ver nossa versão sonora do Quadro Fonético Internacional).  

Exemplo de transcrição: (palavra transcrita = "fonética articulatória") 

Classificação das Vogais e Consoante

Quanto à zona de articulação:

A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são
articuladas.  

a- média - é articulada com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: a (pasta). 

b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direcção ao palato duro,


próximo ao dentes. Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina). 

c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô
(lobo), u (resumo).

2- Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal:

A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas
nasais (nasais). 

a- orais: (pata), (sapé), (veia), (vila), (sol), (aborto), (fluxo).

b- nasais: (fã), (tempo), (cinto), (sombrio), (fundo). 

3- Quanto à intensidade:

A intensidade está relacionada com a tonicidade da vogal. 


a- tônicas: café, cama. 

b- átonas: massa, bote. 

4- Quanto ao timbre:

O timbre está relacionado com a abertura da boca. 

a- abertas: (sapo), (neve), (bola). 

b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e todas as nasais. 

c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou
nasais, finais ou internas). Exemplos: (cara, cantei). 

Curiosidades:

Alguns autores citam um terceiro tipo de vogal quanto à intensidade, as


subtônicas. Ver CEGALLA E LUFT
Ex.: pazinha

Classificação das Consoantes

As consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios:

1- Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao


modo de articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas. 

a- Nas oclusivas existe um bloqueio total do ar.

b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.

2- Ponto de articulação: é o lugar onde a corrente de ar é articulada (lábios, dentes,


palato...). De acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em: 

a - bilabiais- lábios + lábios.

b- labiodentais- lábios + dentes superiores.

c- linguodentais- língua + dentes superiores.


d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes.

e- palatais- dorso do língua + céu da boca.

f- velares- parte superior da língua + palato mole.

3- Função das cordas vocais: se a cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora;
caso contrário, a consoante será surda.

4- Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as


consoantes serão orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais. 

Classificação dos Fonemas e Dígrafos

Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.

Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando


livremente ao exterior. Exemplos: pato, bota.

Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só
sílaba. Exemplos: couro, baile.

Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não
sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados,
respectivamente, de iode e vau.

Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais


(língua, dentes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.

Dicas:

Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a


formação da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca
formadas somente com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.

Dígrafos

É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos
não há correspondência directa entre o número de letras e o número de fonemas. 
Dígrafos que desempenham a função de consoantes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha),
rr (carro) e outros. 

Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om


(tombo) e outros

Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo.

Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-


versa (ditongo crescente), na mesma sílaba. 
Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo crescente).

Hiato: é a junção de duas vogais pronunciadas separadamente, formando sílabas


distintas.
Ex.: saída, coelho

Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba.


Ex.: Paraguai, arguiu.

Encontros consonantais

Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra,
denominamos essa sequência de encontro consonantal.

O encontro pode ocorrer: 

- na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo 

- em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio 

Atenção:

Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som de


todas as consoantes.

Fonemas e Aparelho fonador

Fonemas são as entidades capazes de estabelecer distinção entre as palavras.


Exemplos: casa/capa, muro/mudo, dia/tia

A troca de um único fonema determina o surgimento de outra palavra ou um som sem


sentido. O fonema se manifesta no som produzido, sendo registado pela letra e
representado graficamente por ela. O fonema /z/, por exemplo, pode ser representado
por várias letras: z (fazenda), x (exagerado), s (mesa).

Atenção:

Os fonemas são representados entre barras. Exemplos: /m/, /o/.

Aparelho fonador

Os sons da fala são produzidos pelo aparelho fonador. O aparelho fonador é constituído
de: pulmões 
brônquios e traqueia 
laringe 
glote 
cordas vocais 
faringe 
úvula 
boca e órgãos anexos 
fossas nasais

Ortoépia e Prosódia

Ortoépia
Ortoépia é a correcta pronúncia dos grupos fónicos.
A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das
consoantes e a ligação de vocábulos dentro de contextos. 
Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia. Alguns exemplos: 

a- pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre: 

- pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): omelete, alcova, crosta...

- pronúncia errada, timbre aberto (é, ó): omelete, alcova, crosta... 

b- omitir fonemas: cantar/ canta, trabalhar/trabalha, amor/amo, abóbora/abóbra,


prostrar/ prostar, reivindicar/revindicar...

c- acréscimo de fonemas: pneu/peneu, freada/ freiada,bandeja/ bandeija...

d- substituição de fonemas: cutia/cotia, cabeçalho/ cabeçário, bueiro/ boeiro.

e- troca de posição de um ou mais fonemas: caderneta/ cardeneta, bicarbonato/


bicabornato, muçulmano/ mulçumano.
f- nasalização de vogais: sobrancelha/ sombrancelha, mendigo/ mendingo,
bugiganga/ bungiganga ou buginganga

g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar "àas"
cinco horas.

h- ligar as palavras na frase de forma incorreta:

correta: A aula/ iria acabar/ às cinco horas.

Exemplo de ligação incorreta: A/ aula iria/ acabar/ às/ cinco horas. 

Prosódia

A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como
padrão a língua considerada culta.

Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram


dúvidas quanto à prosódia:

1) oxítonas:

cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil,
ureter.

2) paroxítonas:

avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix,
poliglota, pudico, rubrica, tulipa.

3) proparoxítonas:

aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago,antídoto, elétrodo, lêvedo, protótipo, quadrúmano,


vermífugo, zéfiro.

Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta. 
Exemplos:

acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e


xérox e outras.

Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:


Exemplos:
valido/ válido

Vivido /Vívido

Sílaba e Divisão silábica


Sílaba é a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. 
Divisão silábica
A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na escrita.
Regra geral: 
Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.
Regras práticas: 
Não se separam ditongos e tritongos.
Exemplos: mau, averiguei.
Separam-se as letras que representam os hiatos. 
Exemplos: sa-í-da, vo-o... 
Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc.
Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to... 

Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. 


Exemplo: car-ta. 

Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à


palavra, obedecem às regras gerais. 
Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co... 

Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em
início de palavra, a consoante será anexa à sílaba seguinte. 
Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo...

QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2008

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