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ETAPA 1
ECONOMIA: CONCEITOS BÁSICOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins
Autora
Tatiane Thaís Lasta
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Cléo Schirmann
Revisão
Harry Wiese
APRESENTAÇÃO
Prezado acadêmico! Estamos iniciando uma nova etapa. Nesta etapa estudaremos
a ciência econômica! Inicialmente, vamos abordar os conceitos básicos e elementares do
estudo para você que se intressa pela ciência econômica. Primeiramente, abordaremos
o que é economia, a economia como uma ciência social, a economia como a ciência da
escassez, classificação dos recursos econômicos e/ou fatores de produção, a fronteira
das possibilidades de produção e, por fim, os fundamentos das duas grandes divisões
da ciência econômica, que são a microeconomia e a macroeconomia. Na segunda etapa,
quando estes conceitos básicos já estiverem em seu domínio, estudaremos os agentes
econômicos, sua inter-relação, bem como o fluxo real econômico, o fluxo monetário e
econômico e o fluxo de renda.
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Os sujeitos devem fazer escolhas para administrar bem os seus recursos, que já são
escassos, de acordo com as suas necessidades (alimentação, saúde, educação, vestuário,
habitação, transporte), que, como citamos são ilimitadas. A ciência econômica preocupa-
se com a alocação dos recursos de forma que não se comprometam as gerações futuras
com a escassez. Isso abordaremos no Tópico 2: o problema da escassez.
“uma ciência social que tem por objeto de estudo a questão da escassez”.
UNI
Qual é o foco do estudo da economia? A ciência econômica é uma ciência
social e preocupa-se em estudar como a sociedade se organiza e de que
forma administra seus recursos limitados com o propósito de produzir bens
e serviços para atender às necessidades ilimitadas das populações.
UNI
A ciência econômica estuda a produção, a distribuição e o consumo de
bens e serviços pelas pessoas e sociedades; também estuda os processos de
acumulação de bens materiais, possibilitando assim entender a geração de
riqueza pelas sociedades.
Bens e serviços – Sobre bens e serviços, pode-se dizer que um bem é tudo aquilo
que permite satisfazer determinada necessidade humana. Só faz sentido um bem ser
procurado e adquirido se ele satisfizer as necessidades, ou seja, porque ele é útil de
alguma forma. A classificação dos bens se dá entre bens livres e bens econômicos.
Os bens livres são os que existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos
com um pouco ou nenhum esforço humano. Exemplos são luz solar, o ar, estes são
considerados bens, pois eles de certa forma atendem às necessidades humanas. São
bens livres, pois não possuem preço.
Os serviços, ao contrário, são intangíveis, isso significa que não podem ser tocados
e medidos. Exemplos são atendimentos médicos, serviços de um advogado, serviços de
trasportadoras etc. A produção do serviço e o atendimento são instantanêos. Importante
característica é que os serviços não podem ser estocados, por exemplo. Os bens materiais
se classificam em bens de consumo e bens de capital.
• Os bens de capital (ou de produção) são bens que permitem produzir outros bens.
Exemplos são máquinas, equipamentos, computadores, instalações etc.
Observa-se ainda que ambos, bens de consumo e bens de capital, são considerados
bens finais, pois já passaram por todos os processos de transformação possiveis e, por
isso, são “bens acabados”. Além dos bens finais, existem ainda os bens intermediários.
Intermediários são aqueles que ainda não foram finalizados. Exemplos são vidros
utilizados na produção de carros.
Os bens podem ainda ser classificados em bens privados e bens públicos. Os bens
privados referen-se àqueles produzidos de forma privada. São exemplos os carros e os
computadores. E os bens públicos são aqueles fornecidos pelo setor público, exemplos:
segurança, justiça, educação etc. (NOGAMI; PASSOS, 1997; ROSSETI, 2003).
Assim, é necessário tomar o devido cuidado para que a economia não seja
confundida com pobreza. Pobreza, em termos simplistas, significa ter poucos bens. Já
a escassez significa mais desejos do que bens para satisfazê-los, ainda que haja muitos
bens. O fenômeno da escassez está presente em todas as sociedades, seja rica, seja
pobre. Todavia, o problema difere se compararmos países de Terceiro Mundo com
países desenvolvidos, por exemplo. É claro que se experimenta uma escassez de maior
quantidade de bens no Terceiro Mundo (países, por exemplo, da América Latina e
África, também chamados de subdesenvolvidos) do que na Europa e Estados Unidos
(países de capitalismo avançado ou desenvolvidos) por exemplo.
UNI
O que é escassez? Nos termos econômicos, a escassez surge do pressuposto
de que as necessidades humanas são infinitas, ao passo que os bens ou
os meios de satisfazê-las são sempre finitos. De acordo com as teorias
econômicas neoclássicas, o homem pode produzir o suficiente de qualquer
bem econômico para satisfazer completamente determinada necessidade,
mas jamais poderá produzir o suficiente de todos os bens para atender
simultaneamente a todas as necessidades. De acordo com essa definição, as
ciências econômicas serviriam exatamente para gerir a escassez. Por outro
lado, os bens econômicos são escassos porque normalmente se dispõem
apenas de quantidades limitadas de recursos produtivos necessários para
criar os bens em questão, recursos estes que compreendem basicamente o
trabalho, a terra e o capital. Mas o total dos bens econômicos que se podem
produzir com tais recursos é bastante influenciado pela técnica e pelo grau
de especialização, isso sem falar das complexas determinantes políticas
que frequentemente afetam a produção e a distribuição dos bens. Assim, os
economistas estudam também os processos produtivos pelos quais a escassez
pode ser reduzida, empregando plenamente e de forma mais eficiente os
recursos disponíveis, agilizando as formas de produção e distribuição dos
bens em questão (SANDRIONI, 2008; NOGAMI e PASSOS, 1997; ROSSETI,
2003).
UNI
Se observarmos no nosso dia a dia, a questão da escassez é muito frequente
na vida cotidiana. Para vocês refletirem e tirarem as próprias conclusões,
trazemos um exemplo prático sobre o problema da escassez no dia a dia.
Leia a reportagem sobre a perspectiva de escassez de trigo e a ação dos
moinhos consumidores para incentivar os produtores a plantar este cereal
nas próximas safras. Acesse o link: <http://www.noticiasagricolas.com.br/
noticias/graos/84808-trigo-moinhos-reagem-e-tentam-garantir-materia-
prima-no-brasil.html#.WAKI7vkrLDc>.
Como produzir?
A sociedade deverá ainda escolher quais recursos utilizará para produzir bens
e serviços dado o nível tecnológico. Dessa forma, os produtores tendem a escolher o
método que tiver menos custo na produção desses bens e serviços.
• Terra (ou recursos naturais): como o próprio nome já deixa claro, são os recursos
naturais, as florestas, os recursos minerais, o solo, as águas etc. Boa parte destes
recursos naturais é utilizada diariamente na produção dos bens econômicos. Todavia,
o que os economistas e ambientalistas costuman alertar é que os recursos naturais
também são finitos, também são limitados.
• Capital (ou bens de capital): é definido por um conjunto de bens utilizados no processo
de produção de outros bens, e não essencialmente para atender às necessidades das
pessoas. Exemplos de capital são máquinas e equipamentos, estoques, instalações,
edifícios, usinas, estradas de ferro etc. Quando se fala em capital é muito comum que
nossa mente associe ações com dinheiro, porém isso deve ser associado como capital
financeiro.
UNI
Quais são os recursos de produção básicos considerados em uma economia?
Os recursos produtivos são classificados geralmente em trabalho, terra ou
recursos naturais, capital, tecnologia, e capacidade empresarial.
• O conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais que são base para
a organização da sociedade.
UNI
O que é um sistema econômico? Este pode ser definido como a forma na
qual determinada sociedade se organiza nos termos econômicos e sociais
para desenvolver determinadas atividades econômicas e produtivas com a
finalidade de efetuar as trocas de bens e serviços para atender as necessidades
ilimitadas das pessoas.
1 INTRODUÇÃO
Por exemplo, quanto este fazendeiro destinará do total de terras para pastagens,
quanto disso será destinado à produção de produtos como arroz ou feijão? Quantos
trabalhadores poderá utilizar em cada atividade? Será possível ainda trabalhar nessa
fazenda com uma terceira cultura, o arroz? Numa fazenda hipotética, suponhamos que
o dono possa produzir apenas dois produtos e opte por feijão e arroz. Nesse caso, se
o proprietário das terras opta por produzir e cultivar apenas o milho em todas as suas
terras, não haverá terras disponíveis para cultivar e produzir o arroz. Ou se optar por
O ponto A indica uma situação em que toda a terra está sendo utilizada na
produção do feijão. Nesse caso, a produção de arroz fica zerada, pois todos os recursos
produtivos estão sendo alocados para a produção do feijão. O ponto F indica outro
extremo, ou seja, quando toda a terra é usada exclusivamente para plantar arroz. Nesse
caso, a produção de feijão permaneceria nula. Desta forma, os pontos B, C, D e E indicam
possíveis combinações intermediárias ao alcance do produtor na hipótese de a terra e
demais recursos, serem plenamente utilizados. Podemos, agora, unir os pontos de A até
F. A linha resultante denomina-se curva de possibilidades de produção, ou fronteira
de possibilidades de produção, e nos mostra todas as combinações possíveis entre
feijão e arroz que podem ser estabelecidas. A representação gráfica do que foi descrito
está acima ilustrada, Gráfico 2.
S!
DICA
3 EFICIÊNCIA PRODUTIVA
4 CUSTO DE OPORTUNIDADE
melhor ganho no uso alternativo dos recursos. Assim, temos que a transferência dos
fatores de produção de determinado bem para a produção de outro bem implica um
custo de oportunidade, e isto significa o sacrifício de deixar de produzir parte de um
bem para produzir mais de outro bem.
Um exemplo corriqueiro seria a opção por jogar basquete; ao fazer tal escolha,
você opta por não fazer qualquer outra atividade que lhe traria os mesmos benefícios no
mesmo tempo. Outro exemplo: ao optar por fazer um curso superior, você deixa de fazer
uma série de coisas que possivelmente gostaria de fazer no mesmo tempo despendido
nesta escolha, como ler, ir ao cinema, assistir televisão etc. Se você optou em ocupar seu
tempo estudando, deixa de lado as demais atividades, pois acredita que esta atividade
foi a melhor e mais racional escolha que poderia ter feito, mesmo que se obrigando a
sacrificar outras. A isso chama-se, na ciência econômica, custo de oportunidade.
Os custos não devem ser considerados absolutos, mas iguais a uma segunda
melhor oportunidade de benefícios não aproveitada. Ou seja, quando a decisão para as
possibilidades de utilização de A exclui a escolha de um melhor B, pode-se considerar
os benefícios não aproveitados decorrentes de B dos custos de oportunidade. Ou seja,
o custo de oportunidade é o termo utilizado para expressar os custos que se referem às
alternativas que foram sacrificadas (NOGAMI; PASSOS, 1997; ROSSETI, 2003).
UNI
A fronteira de possibilidades de produção (FPP), também designada
por curva de possibilidade de produção (CPP), ilustra graficamente a escassez
dos fatores de produção dos quais falamos antes, cria um limite para a
capacidade produtiva de uma empresa, país ou sociedade.
1 INTRODUÇÃO
economia como um todo. Este campo teórico estuda como se modifica o comportamento
das váriáveis agregadas, tais como a produção total dos bens e serviços, as taxas de
inflação e desemprego, o total de poupança captada em um país, as receitas e despesas
totais de determinada economia, os inventimentos por parte do governo, o balanço
de pagamento e as contas nacionais etc (NOGAMI e PASSOS; 1997; ROSSETI, 2003;
VASCONCELOS, 2006).
2 MICROECONOMIA
UNI
A microeconomia constitui um subcampo da teoria econômica. Ela abarca
o conhecimento referente ao comportamento dos agentes econômicos,
tomados isoladamente. Preocupa-se com o comportamento dos indivíduos/
consumidores; das empresas, sua produção, seus custos; estuda a geração
de preços dos bens, serviços e fatores de produção.
FONTE: A autora
UNI
Exemplo prático de microeconomia, no nosso dia a dia, está relacionado ao
comportamento e preferências do consumidor, que consiste em um ramo da
microeconomia. Confira a reportagem: “A nova cara do consumidor”, no link:
<http://www.opovo.com.br/app/opovo/especiais/varejocriativo/2016/10/20/
notvarejocriativo,3664835/a-nova-cara-do-consumidor.shtml>.
3 MACROECONOMIA
FONTE: A autora
UNI
A macroeconomia volta seus estudos ao mercado de bens e serviços como
um todo (indústrias, serviços, transportes, mercado de trabalho, emprego,
desemprego, taxas de juros e de inflação etc.). A abordagem macroeconômica
tem a vantagem de permitir uma melhor compreensão dos fatos mais
relevantes da economia, representando assim um importante instrumento
para a política e programação econômica.
UNI
Exemplo prático de macroeconomia são as tomadas de decisões do governo
por meio das políticas econômicas e como elas podem afetar a sua vida. Leia
a reportagem na qual as medidas tomadas afetam o bolso dos consumidores,
das famílias:
FONTE: Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/01/
economia/1388603796_052024.html>.
UNI
Outro exemplo poderia ser a discussão atual sobre o corte dos gastos
públicos. Trata-se de uma discussão em âmbito macroeconômico por meio
da adoção de políticas restritivas. Como a lei que congela os gastos do
governo poderá afetar sua vida. Leia no link: <http://noticias.uol.com.br/
politica/ultimas-noticias/2016/10/11/como-a-pec-que-congela-gastos-do-
governo-afeta-sua-vida.htm>.
ID ADE
ATIV
AUTO
Bons estudos!
1C
2 A (F, V, V, F)
3E
4D
REFERÊNCIAS
NOGAMI, Otto; PASSOS, Carlos. Princípios de economia. São Paulo: 6ª ed. Cengage
Learning, 1997.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. José Paschoal Rossetti. 20. ed. São
Paulo: Atlas, 2003.