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Pedagogia Empresarial

Fernanda Karla F. da S. Goes


Pedagogia Empresarial

Fernanda Karla F. da S. Goes


Diretor Geral: Daniel Porto Campello

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Pró-Diretoria de Educação à Distância: Emília Fernandes Pimenta

Coordenação de Curso: Ana Cristina de Oliveira Borba Paulino

Capa e Editoração: Anna Leda Mendonça Limeira Cabral

Revisão Textual e Normas: Emília Fernandes Pimenta; Ana Cristina de Oliveira


Borba Paulino

FICHA CATALOGRÁFICA - FACULDADE TRÊS MARIAS

S358i

Pedagogia Empresarial./ Fernanda Karla F. da S. Goes –

João Pessoa: Faculdade Três Marias, 2020.

120f.

ISBN: 978-85-93529-79-5

1. Pedagogia Empresarial. I. Título.

Faculdade Três Marias CDD: 658

Ficha catalográfica realizada pela bibliotecária


Este livro é publicado pelo Programa de Publicações Digitais da FACULDADE TRÊS MARIAS
SOBRE A FACULDADE

A Faculdade Três Marias é uma instituição de ensino superior


pluricurricular, credenciada pela Portaria do Ministério da Educação
nº 663 de 1º julho de 2015, que tem como objetivo ministrar cursos
presenciais e a distância nas diversas áreas de conhecimentos; atender
a demanda do setor produtivo, industrial, comercial e de prestação de
serviços; desenvolver pesquisa nas áreas de saúde, educação, ciência e
tecnologia, bem como atuar na extensão universitária. Para atendimento
aos estudantes, contará com as organizações empresariais como parcerias
que terão papel de auxílio na integração da faculdade com a comunidade,
além dos programas institucionais de apoio aos discentes.

MISSÃO

Formar profissionais diferenciados, que atuem de forma autônoma,


capazes de atender a demanda do mercado, com ética e espírito
empreendedor.

VISÃO

Ser reconhecida como instituição de ensino superior por meio da oferta


qualificada de cursos de graduação e de pós-graduação de alto nível.

VALORES

Gestão consciente, ética, respeito mútuo, qualidade de ensino, e


compromisso social.
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Seja bem-vindo (a) à disciplina Pedagogia Empresarial!

A metodologia adotada pela Faculdade Três Marias na modalidade a


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distância conta com aulas ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem
Moodle, o que favorece atividades colaborativas, aproxima professores e
alunos distantes fisicamente, dessa forma, contribuí para que você consiga
aprender da melhor forma possível. Você deve estar se perguntando: por que
devo aprender esse conteúdo? Entre outros conhecimentos que surgirão ao
longo desse estudo, a ideia principal é fazer com que você conheça do que
se trata exatamente a Pedagogia Empresarial, suas práticas, os projetos
educativos voltados para as empresas e como funciona a aprendizagem
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organizacional.
Para familiarizar você com essa temática, inicio esta breve
apresentação com a seguinte pergunta: Você sabia que atualmente as
empresas estão descobrindo cada vez mais a relevância dos processos
educativos nas diversas atuações do trabalho e os grandes benefícios
que o profissional da Pedagogia pode trazer para a empresa em sua ação
educativa? Pois é! O pedagogo deixou de atuar somente na escola e passou
a assumir uma vasta área de atuação, incluindo também, além das empresas,
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hospitais, ONGs, núcleos de apoio, entre outras áreas que demonstram a


necessidade do trabalho da educação com vista na melhoria da realização
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de suas atividades. E é claro, para esse profissional conseguir se inserir
nesse novo espaço foi necessário redefinir uma forma de atuação que
atendesse as demandas empresariais. Dessa maneira, a Pedagogia diante
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das exigências das empresas acerca das contínuas mudanças e inovações,
assume a responsabilidade de aperfeiçoar as relações durante essa fase
de reorganização do ambiente empresarial e de gestão de pessoas.
A pedagogia empresarial busca trabalhar a competitividade, na
perspectiva de base fundamental para o sucesso, abordando-a de
maneira mais apropriada e saudável por meio de ações educativas que
ajudam na conquista e estabelecimento de metas. Cabe a ela buscar
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estratégias, técnicas e metodologias (ativas) que proporcionem uma


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melhor aprendizagem nas funções desempenhadas pelos colaboradores
dessa empresa.
Para a melhor compreensão do assunto, é importante que,
além da leitura desse conteúdo, você participe das atividades e tarefas
propostas no cronograma e consulte dicas e materiais complementares
sugeridos no decorrer da disciplina. Este material também está disponível
para impressão ou para download em formato PDF.
É importante ressaltar que, nesta metodologia, o seu compromisso
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com o estudo é fundamental para que ocorra uma aprendizagem completa
e significativa acerca da Pedagogia Empresarial. Portanto, participe,
lendo os textos antes de cada aula para interagir melhor nos momentos
de comunicação virtual e presencial, nas discussões com os tutores,
professores e colegas de curso.

Bons Estudos!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO À PEDAGOGIA


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UNIDADE 1 13

INTRODUÇÃO.....................................................................................14

CONTEXTO HISTÓRICO DA PEDAGOGIA..........................................16

A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO..........................................................33

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO.................................................................41

Exercício da Unidade I.........................................................................54

UNIDADE 2 57

INTRODUÇÃO.....................................................................................58

INTRODUÇÃO AO MUNDO CORPORATIVO: TEORIAS DA


ADMINISTRAÇÃO ...............................................................................62

ORGANOGRAMA.................................................................................66

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL............................................71

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO........................................................77

GESTÃO DE PESSOAS .......................................................................80

PEDAGOGIA EMPRESARIAL 89

UNIDADE 3 89

O PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO- ESCOLARES .........................90


O PEDAGOGO EMPRESARIAL............................................................95

O CAMPO DE ATUAÇÃO DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL................101

ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO EMPRESARIAL.................................106

SUMÁRIO
UNIDADE 1

Introdução à Pedagogia
Fernanda Karla F. da S. Goes

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após o estudo desta unidade você deverá estar capacitado para:


• Conceituar a Pedagogia;
• Entender o processo histórico da Pedagogia;
• Compreender a formação do Pedagogo;
• Explanar os campos de atuação do Pedagogo;

PLANO DE ESTUDO

• Obter entendimento do conceito da Pedagogia;


• Conhecer o seu histórico e o decorrer da sua história até os dias
atuais.
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

INTRODUÇÃO

Você já teve a curiosidade de saber onde, como e quando se ini-

ciou a Pedagogia? Há quanto tempo ela existe?

Quando obtemos conhecimento de como algo se iniciou, a partir

de qual necessidade ou demanda tal coisa surgiu, adquirimos mais clare-

za acerca do assunto. Dessa forma, iniciaremos do zero os conceitos da

Pedagogia, com o intuito de fazer com que você compreenda todas essas

questões e sua importância para a educação.

Você já parou para pensar no papel que o pedagogo tem para a

sociedade? Ou como seria se essa profissão fosse extinta? A Pedagogia

expressa um papel fundamental para a formação do cidadão e de todos os

demais profissionais que estão atuando no mercado de trabalho.

A Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo a edu-

cação, sendo o pedagogo o profissional especialista em educação, que

associa o aprendizado às questões sociais e à realidade, na qual o sujeito

se encontra. Para entendermos melhor a importância dessa ciência é ne-

cessário ter em mente que a educação proporciona o desenvolvimento da

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

sociedade, do ser humano, pois é a partir dela que a sociedade se torna moderna
e abre portas para a evolução cultural.

Nesta disciplina vamos aprender tudo acerca do pedagogo empresarial,


aprenderemos que para que uma empresa alcance um patamar de excelência, é
necessário investir em um profissional capacitado para executar tal função.

A disciplina está dividida em três partes: Unidades I, II e III. A Unidade I


realiza a Introdução à Pedagogia, explanando a conceituação e marcos históricos
dessa ciência, bem como ela está nos dias atuais e a evolução dessa área de
estudo.

A Unidade II constitui-se de um capítulo sobre Introdução à Administração,


explanando a conceituação e características dessa ciência. Essa unidade abordará
o conceito de administração, as teorias da administração, o que é uma organiza-
ção, como ela funciona, gestão de pessoas e muito mais. E, por fim, a Unidade III
discorre sobre a Pedagogia Empresarial de fato.

Agora, nesta primeira unidade vamos aprender um pouco sobre a con-


ceituação de pedagogia, o seu contexto histórico, a formação do pedagogo e os
campos de atuação que esse profissional pode exercer em sua função.

Nosso desejo é que você conclua esta unidade sabendo sobre a concei-
tuação na pedagogia, onde iniciou, qual a atuação do pedagogo e seu impacto na
sociedade, com o objetivo de que você mesmo reflita a respeito da importância e
necessidade da pedagogia para a educação e para a sociedade.

Vamos começar?

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

CONTEXTO HISTÓRICO DA PEDAGOGIA

Para dar início ao nosso conteúdo, que tal começarmos do zero? Com a
seguinte pergunta: O que é a Pedagogia?

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé


(condução, acompanhar).

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

LEIA MAIS:
Conceito de Pedagogia

O termo Pedagogia, do grego antigo paidagogós, era inicialmen-


te composto por paidos (“criança”) e gogía (“conduzir” ou “acompanhar”).
Outrora, o conceito fazia, portanto, referência ao escravo que levava os
meninos à escola.
Atualmente, a Pedagogia é considerada como sendo o conjunto de
saberes que compete à educação enquanto fenômeno tipicamente social e
especificamente humano. Trata-se de uma ciência aplicada de carácter psi-
cossocial, cujo objeto de estudo é a educação. A Pedagogia recebe influên-
cias de diversas ciências, como a psicologia, a sociologia, a antropologia, a
filosofia, a história e a medicina, entre outras.
Em todo o caso, convém destacar que há autores para os quais a
Pedagogia não é nenhuma ciência, mas antes um saber ou uma arte.
A Pedagogia pode ser categorizada segundo vários critérios. A ten-
dência é falar-se em pedagogia geral (relacionada com questões universais
e globais da investigação e da ação sobre a educação) ou em pedagogias
específicas (que têm sistematizado um diferente corpo do conhecimento
em função de diversas realidades históricas vividas). Também há que dis-
tinguir a pedagogia tradicional da pedagogia contemporânea.
É importante distinguir a pedagogia como sendo a ciência que estu-
da a educação e a didática como sendo a disciplina ou o conjunto de téc-
nicas que facilitam a aprendizagem. Como tal, pode-se dizer que a didática
é apenas uma disciplina dentro da Pedagogia.
A Pedagogia também tem sido relacionada com a andragogia, a dis-
ciplina educativa que se encarrega de instruir e educar permanentemente o

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

homem em qualquer período do seu desenvolvimento e em função da sua


vida cultural e social.

Fonte: https://conceito.de/pedagogia. Data de acesso: 30 de maio de 2019.

Para Holtz (2006), a Pedagogia consiste na ciência que estuda e aplica


princípios, almejando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoa-
mento e estímulo conforme a personalidade da pessoa, baseado em ideais defini-
dos. A Pedagogia também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para
executá-los, com base na concepção de vida de cada indivíduo.

Saviani (2008) afirma que a o conceito de Pedagogia tem relação direta


com a prática educativa. A pedagogia busca solucionar o problema da relação
educador-educando, no caso da escola, a relação professor-aluno, conduzindo o
processo de ensino-aprendizagem.

Ao longo da história, a Pedagogia se associou ao conceito de educação


e à ciência do ensino. Porém, a prática de educar é um fato social, cuja origem
está ligada à da própria humanidade. Você já parou para observar que a mãe está
constantemente ensinando novidades para o seu bebê? Seja mostrando a forma
correta de comer, de pronunciar as primeiras palavrinhas, de dar os primeiros pas-
sinhos, de sentar, de desenhar, de pintar, de brincar... Pois bem, o fato de ensinar
está ligado à própria natureza humana, é algo que já nasce conosco. A partir da
compreensão desse fenômeno de educar, surgiu o conceito que hoje entendemos
e associamos ao termo pedagogia.

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

As ciências da educação são constituídas pelo conjunto das disciplinas


que estudam as condições de existência, de funcionamento e de evolução das
situações e dos fatos de educação (MIALARET, 1976). Para Cabanas (1999) a
Pedagogia é uma ciência da educação, juntamente com as outras ciências da edu-
cação, porém se difere delas por causa do seu carácter científico. Compreendido?
Agora vamos entender melhor como se deu sua existência.

A história da Pedagogia nos possibilita compreendermos a evolução, os


processos de mudança, as etapas, as acelerações e permite fazermos uma análise
crítica da situação atual da educação. Nos dá também a oportunidade de fazer re-
flexões e de compreender conceitos indispensáveis para a formação do educador.

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Ao longo da história, a Pedagogia foi se conceituando como sinônimo da


educação, entendida como o modo de apreender ou de proporcionar o processo
educativo. Sabe-se que a pedagogia se desenvolveu através de uma relação com
a prática educativa, se tornando a ciência dessa prática.

Antigamente, os conceitos de paidós e agogé, citados a cima, se relacio-


navam com à situação em que o escravo levava as crianças à escola (ARANHA,
2006), contudo ele é de extrema importância para entendermos o contexto no qual
surgiu a Pedagogia. Nas comunidades tribais, a educação era passada de forma
hierárquica, pai para filho, o saber era igual para todos, pois todos tinham o mesmo
nível de conhecimento. Logo, nessa época, o pai seria o educador, aquele que iria
transferir o conhecimento.

Na Grécia, a pedagogia se centrava na linha de pensamento de Platão e a


na escola de Isócrates. Já a Pedagogia, em Roma, se diferenciava da grega, pois
estava mais relacionada com a política. O espiritualismo cristão, na Idade Média, se
opõe às ideias do que era racional para o mundo grego, tendo a fé uma importância
muito maior que a razão.

Vamos ver mais detalhadamente como era a Pedagogia em Roma e na Grécia?

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Se existe uma palavra que possa traduzir a educação em Roma, essa pa-
lavra é a política, a educação se baseava numa mentalidade prática, voltada para o
dia a dia, para a política e não para a contemplação filosófica. O desenvolvimento
da educação romana acompanhou o crescimento político, a instrução ficava cen-
trada na família, em que o pai era o responsável por transmitir os valores. Essa
aprendizagem era baseada nos exemplos aprendidos com as gerações passadas
da comunidade.

No período republicano, foram criadas as escolas conhecidas como Ludi,


eram aprendidos leitura e cálculo. Essa sociedade teve contato com os povos he-
lênicos, ocasionando uma influência direta de outra cultura, pois os professores
gregos ensinavam seu próprio idioma, iniciando a formação bilíngue dos romanos.
Também influenciado pela cultura helenística, surgiu a educação enciclopédica,
que deu origem às escolas superiores, elas eram frequentadas apenas pela elite,
que se preparava para a vida pública, excluindo a massa populacional.

LEIA MAIS:
Do Ensino à Aprendizagem: O mundo romano

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

O homem realizado - locuples, era o ideal do romano. Com o passar


do tempo, a classe aristocrata cede espaço para outras classes e o Estado
ocupa-se da educação, pela primeira vez na história (pelo menos no oci-
dente), com o objetivo de formar administradores. A educação era organi-
zada pela disciplina e justiça, paz só com vitórias, educação para a pátria. A
escola tinha três níveis: ludi-magister - elementar; gramático – secundário e
superior – espécie de Universidade. Alguns teóricos romanos destacam-se
no cenário educacional, como Quintiliano, que centra o ensino no conteúdo
do discurso em um espaço de alegria, a schola, oferecido pelo ludi–magis-
ter – mestre do brinquedo. Um explícito reconhecimento da necessidade
do prazer no processo de aprendizagem. No entanto mesmo aqui, há que
considerar-se o conceito de alegria no contexto romano.
Aqui o ludi-magister tinha como responsabilidade ensinar à criança
a leitura e a escrita, atividades consideradas amenas, se comparadas ao
aprendizado rígido e disciplinador da família. O importante neste caso era
a moral e os ideais da sociedade. Rapidamente a criança deveria crescer
e participar da condução dos negócios paternos ou maternos, conforme o
seu sexo. É nesta linha que encontramos Sêneca ao defender a educação
para a vida e para a individualidade – non scholae, sed vitae est docendum,
isto é, não se deve ensinar para a escola e sim para a vida. Plutarco diz
que a educação deve ser feita com exemplos vivos de virtude e caráter
baseada na biografia de grandes homens. Outro aspecto importante, em
Quintiliano, é sua preocupação com as características do aprendiz. Em sua

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

obra Instituto Oratória, trata entre outros, sobre a necessidade de ensinar


conforme a natureza humana. Reconhecia, nas diferentes características
do aluno, fatores indicadores do tipo de ensino a implementar e do futuro
do aprendiz.

“Trazido o menino para o perito na arte de ensinar, este logo perceberá sua
inteligência e seu caráter[…]Não me dará esperança de boa índole uma
criança que, em seu gosto pela imitação, não procurar fazer senão rir[…]
Logo que tiver feito estas considerações, o mestre deverá perceber de que
modo deverá ser tratado o espírito do aluno” (Rosa).

FONTE: https://oaprendizemsaude.wordpress.com/2007/12/18/do-ensino-a-aprendiza-
gem-o-mundo-romano/. Data de acesso: 30 de maio de 2019.

Como já estudamos sobre a Pedagogia e a educação em Roma, agora


iremos aprender um pouco sobre a Pedagogia e educação na Grécia...

A civilização grega tem o título de berço da Pedagogia. A palavra Paidéia,


que já vimos mais acima, foi criada pelos gregos, ao longo dos anos, essa palavra
ampliou seu sentido, influenciando a educação do ocidente por inúmeras déca-
das.

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Na Grécia, através do uso do pensamento racional e da inteligência, as


quais refletem – se na base de um pensamento crítico, se promoveu o desenvol-
vimento do homem, esse foi capaz de elaborar as Leis que regem uma socieda-
de. Essa educação também se concentrava na formação não só do corpo, mas
também do espírito. No início, a educação era ministrada pela família, mas com a
criação das polis, começaram a serem criadas as primeiras escolas.

Em Esparta, crianças do sexo masculino, até 07 anos, viviam com a famí-


lia, mas após essa idade ficavam a cargo do Estado, que lhes fornecia educação
pública obrigatória. Eles trabalhavam para seu sustento e tinham aulas de música,
canto, dança e ginástica. Até aos 12 anos, os garotos participavam de atividades
lúdicas. Dos 18 aos 20 anos estudavam sobre assuntos militares e como utilizar
armas. Dos 20 aos 30 anos treinavam as lutas para a guerra. Aos 30 anos tornavam
se maiores e continuavam a se dedicar totalmente ao Estado.

Em Atenas, outra polis grega, o ensino era supervisionado pelo Estado,


contudo não era obrigatório e nem gratuito. Era função dos pais cuidar e orientar
seus filhos para vida em sociedade, a educação começava aos sete anos.

Nessa polis, o ensino também só era fornecido apenas aos meninos, que
passavam a ser educados pelos pedagogos, que eram escravos ou servos cultos.
Já o ensino de leitura e escrita era ministrado pelo mestre, geralmente, era uma
pessoa humilde, ensinava às crianças a escreverem e fazerem cálculos, com o
auxílio do ábaco. Essa educação concluía por volta dos 13 anos. Nesse mesmo
período, passou a existir o conceito de sofistas, que eram professores que percor-
riam as cidades ensinando ciências e artes, nesse contexto teve o início do ensino
considerado superior na Grécia antiga.

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

LEIA MAIS:
Esparta e Atenas: dois modelos educativos

Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um ba-


seado no conformismo e no estatismo, outro na concepção de Paideia,
de formação humana livre e nutrida de experiências diversas, sociais, ali-
mentaram durante séculos o debate pedagógico, sublinhando a riqueza e
fecundidade ora de um, ora de outro modelo.
Foi o mítico Licurgo quem ditou as regras políticas de Esparta e deli-
neou seu sistema educativo, conforme o testemunho de Plutarco. As crian-
ças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas da família e
inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma forma-
ção de tipo militar, que devia favorecer a aquisição da força e da coragem.

25
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Licurgo

O cidadão-guerreiro é formado pelo adestramento no uso das ar-


mas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros e, depois,
de um superintendente geral (paidonomos). Levava-se uma vida comum,
favoreciam-se os vínculos de amizade, valorizava-se, em particular, a obe-
diência. Quanto à cultura – ler, escrever -, pouco espaço era dado a ela na
formação do espartano – “o estritamente necessário”, diz Plutarco -, embo-
ra fizessem aprender de memória Homero e Hesíodo ou o poeta Tirteo.
Já em Atenas, após a adoção do alfabeto iônico, totalmente fonéti-
co, que se tornou comum a toda Grécia, teve um esplêndido florescimento
em todos os campos: da poesia ao teatro, da história à filosofia. No século
V, Atenas exercia um influxo sobre toda a Grécia: tinha necessidade de uma

26
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

burocracia culta, conhecedora da escrita. Essa se difundiu a todo o povo


e aos cidadãos livres, que adquiriram o hábito de dedicar-se à oratória, à
filosofia e à literatura, desprezaram o trabalho manual e comercial.
Todo o povo escrevia, como atesta a prática do ostracismo. Afirmou-
se um ideal de formação mais culto e civil, ligado à eloquência e à beleza,
desinteressado e universal, capaz de atingir os aspectos mais próprios e
profundos da humanidade de cada indivíduo e destinado a educar justa-
mente esse aspecto de humanidade, que em particular a filosofia e as letras
conseguem nele fazer emergir e amadurecer. Assim, a educação assumia,
em Atenas, um papel-chave e complexo, tornava-se matéria de debate,
tendia a universalizar-se, superando os limites da polis.
Numa primeira etapa, a educação era dada aos rapazes que fre-
quentavam a escola e a palestra, onde eram instruídos através da leitura, da
escrita, da música e da educação física, sob a direção de três instrutores:
o grammatistes (mestre), o kitharistes (professor de música), o paidotribes
(professor de gramática).
O rapaz era depois acompanhado por um escravo que o controlava
e guiava: o paidagogos. Depois de aprender o alfabeto e a escrita, usando
tabuinhas de madeira cobertas de cera, liam-se versos ricos de ensinamen-
tos, narrativas, discursos, elogios de homens famosos, depois os poetas
líricos”, que eram cantados.

O cuidado com o corpo era muito valorizado, para torná-lo sadio,
forte e belo, realizado no gymnasia. Aos 18 anos, o jovem era “efebo” *no
auge da adolescência), inscrevia-se no próprio demo (ou circunscrição),
com uma cerimônia entrava na vida de cidadão e depois prestava serviço
militar por dois anos.

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

A particularidade da educação ateniense é indicada pela ideia har-


mônica de formação que inspira ao processo educativo e o lugar que nela
ocupa a cultura literária e musical, desprovida de valor prático, mas de
grande importância espiritual, ligada ao crescimento da personalidade e
humanidade do jovem.

Escola de Atenas

Fonte: https://www.pedagogia.com.br/historia/grego2.php. Data de acesso: 30 de maio de


2019

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UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

E foi a partir da Antiga Grécia, que os filósofos começaram a se preocu-


par em qual seria a melhor maneira de repassar a educação, iniciando assim, o
surgimento da Pedagogia. Em meados do século V, a Pedagogia teve seu início,
quando as interpretações religiosas deixaram de ser a única alternativa de resposta
para as indagações que eram feitas. As explicações deixaram de ser divinas, pois
as pessoas começaram a pensar de forma crítica, racional, buscando respostas
para as questões, com base em fatos reais. Os filósofos, então, começaram a se
questionar acerca do por que ensinar? Ou para que ensinar? Qual a melhor forma
de ensinar? (ARANHA, 2006).

A educação que conhecemos hoje, teve início na cultura greco-romana,


bem como a criação da cidadania e das Leis do Estado, a abordagem do pensa-
mento racional. O reconhecimento da importância da educação na vida social, civil
e moral do cidadão e a educação pública são valores que nos foram trazidos pelos
gregos.

Com a Revolução Industrial, houve a expansão das cidades, ocasionando


o aumento da urbanização e, consequentemente, o aumento demográfico. A partir
desse fato, o conceito do que é a Pedagogia foi modificado e o modelo de educa-
ção centrada na figura do professor como transmissor do pensamento se esten-
deu ao longo dos séculos XVIII e XIX. Além disso, o fortalecimento e expansão da
democracia, proporcionou a reivindicação pelo acesso à escola, enquanto direito
intrínseco ao cidadão.

Com isso, a educação passa ter a atribuição de uma tarefa capaz de formar
o cidadão, consciente de todos os seus direitos e deveres e capaz de executá-lo
perante a sociedade na qual está inserido. Portanto, a figura do pedagogo atra-
vessa centenas de anos exercendo a sua função de facilitador do conhecimento e
transformador o comportamento humano.

Mas e nos dias atuais, como é visto o pedagogo?

29
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Para Libâneo (2006), o pedagogo é todo profissional que lida com a forma-
ção de sujeitos, independente do ambiente, seja em instituições de ensino, seja em
qualquer outro lugar.

Atualmente, é considerado pedagogo o profissional que tenha a formação


em Pedagogia, no Brasil, é uma graduação que, por parte do MEC - Ministério da
Educação e Cultura é um curso que cuida dos assuntos relacionados à Educação
por excelência, portanto se trata de uma Licenciatura, com grade curricular estipu-
lada pelo MEC.

Ao profissional da Pedagogia confere obter as habilitações em educação


infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, coordenação educa-
cional, gestão escolar, orientação pedagógica, pedagogia social e supervisão edu-
cacional, sendo que o pedagogo pode, em falta de professores, lecionar as disci-
plinas que fazem parte do Ensino Fundamental e Médio, além se dedicar à área
técnica e científica da Educação, prestando assessoria educacional.

30
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

LEIA MAIS:
PEDAGOGO

O curso de Pedagogia foi instituído no Brasil em 1939 e desde então


a atuação do pedagogo e seu perfil profissional vêm sofrendo alterações
significativas frente às mudanças ocorridas na sociedade brasileira entre o
final do século XX e início do século XXI, que não só modificaram o perfil
como também redefiniram o papel da educação, da escola e dos profissio-
nais que nela atuam .
Tendo a educação como seu objeto de estudo, a Pedagogia inves-
tiga sua natureza e suas finalidades enquanto ciência responsável por ex-
plicar objetivos e formas de intervenção metodológica e de organização da
atividade educativa visando o sucesso da aprendizagem.
O trabalho do Pedagogo no contexto educacional é bastante am-
plo e pode se dividir entre a atuação como docente na Educação Infantil e
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e o trabalho como
especialista e mediador de rotinas escolares, o que supõe conhecimento

31
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

necessário para conduzir a elaboração, execução e avaliação de projetos


institucionais e propostas pedagógicas assim como o planejamento de
conteúdo, definição de objetivos educacionais e metodologias de ensino a
serem utilizadas.
Em sua formação acadêmica o Pedagogo tem acesso aos saberes
específicos para sua formação profissional, uma vez que a construção de
conhecimentos acerca de uma ciência que tem como objeto de estudo a
educação ocorre através das teorias educacionais que procuram nortear a
prática pedagógica. Porém, a construção de uma prática efetiva que fun-
damente as ações realizadas no dia-a-dia depende de uma formação con-
tinuada capaz de proporcionar ao profissional uma reflexão acerca de seus
conhecimentos pedagógicos e didáticos, garantindo assim o redimensio-
namento de sua prática a partir da contraposição entre a teoria aprendida
nos cursos de formação inicial e os saberes adquiridos na experiência.
Apesar de possuir a mesma base de formação do docente, o
Pedagogo especialista possui atribuições distintas, uma vez que se torna
o responsável por organizar e acompanhar o trabalho pedagógico, transi-
tando em diversos espaços da escola e promovendo a integração entre os
sujeitos através da compreensão da dinâmica de organização da instituição
e da cultura escolar que permeia as relações interpessoais.
No ambiente escolar, é desejável que cada profissional tenha domí-
nio do conhecimento específico de sua área de atuação como, por exem-
plo, o conhecimento teórico das disciplinas que compõe o currículo escolar.
Em contrapartida, o pedagogo apresenta um conjunto de conhecimentos
pedagógicos específicos dos muitos aspectos que incidem no processo
de ensino-aprendizagem: metodologias, currículo, avaliação, planejamento,

32
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

fundamentos teóricos etc. Esses conhecimentos, quando utilizados na prá-


tica pedagógica do professor, favorecem a transposição do conhecimento
científico em saber escolar, objeto de aprendizagem por parte dos alunos.
Portanto, os conhecimentos do pedagogo contribuem para a articulação
entre o conhecimento próprio de cada disciplina e os saberes inerentes
ao processo educativo, organizando, orientando e acompanhando o traba-
lho dos demais profissionais para que a escola garanta a aprendizagem de
seus alunos.

FONTE: https://www.infoescola.com/profissoes/pedagogo/. Data de acesso: 30 de maio de


2019.

A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

O curso de Pedagogia surgiu como bacharelado na Faculdade Nacional de


Filosofia na Universidade do Brasil. No começo, o curso durava apenas três anos e
tinha como objetivo formar técnicos em educação.

No período da ditadura militar, a organização do ensino superior sofreu vá-


rias reformas e entre as elas destaca-se a reforma de 1968. Essa reformulação teve
dois princípios básicos: primeiro, o controle político das universidades públicas
brasileiras e segundo, a formação de mão de obra para economia.

Tais transformações nas universidades do Brasil, com o respaldo da Lei


5.540/68, proporcionou o aumento das matrículas em instituições de ensino superior,
principalmente em estabelecimentos de iniciativa privada. Nesse contexto, o currí-
culo do curso de Pedagogia também sofreu algumas modificações, principalmente,

33
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

as mudanças das habilitações técnicas, para formação de especialistas.

Segue abaixo alguns dos artigos da Lei 5.540/68, para que a gente possa
entender de forma mais clara o contexto e as evoluções do curso de pedagogia.
Vamos dar uma olhada?

LEI Nº 5.540, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1968

Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua


articulação com a escola média, e dá outras providências.

CAPÍTULO I

Art. 1º O ensino superior tem por objetivo a pesquisa, o desenvolvimento das ciên-
cias, letras e artes e a formação de profissionais de nível universitário.

Art. 2º O ensino superior, indissociável da pesquisa, será ministrado em univer-


sidades e, excepcionalmente, em estabelecimentos isolados, organizados como
instituições de direito público ou privado.

Art. 3º As universidades gozarão de autonomia didático-científica, disciplinar, ad-


ministrativa e financeira, que será exercida na forma da lei e dos seus estatutos.

Art. 4º As universidades e os estabelecimentos de ensino superior isolados consti-


tuir-se-ão, quando oficiais, em autarquias de regime especial ou em fundações de
direito público e, quando particulares, sob a forma de fundações ou associações.

34
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Parágrafo único. O regime especial previsto obedecerá às peculiarida-

des indicadas nesta Lei, inclusive quanto ao pessoal docente de nível

superior, ao qual não se aplica o disposto no artigo 35 do Decreto-Lei

nº 81(*), de 21 de dezembro de 1966.

Art. 5º A organização e o funcionamento das universidades serão

disciplinados em estatutos e em regimentos das unidades que as

constituem, os quais serão submetidos à aprovação do Conselho de

Educação competente.

Parágrafo único. A aprovação dos regimentos das unidades universi-

tárias passará à competência da Universidade quando esta dispuser

de Regimento-Geral aprovado na forma dêste artigo.

Art. 6º A organização e o funcionamento dos estabelecimentos isola-

dos de ensino superior serão disciplinados em regimentos, cuja apro-

vação deverá ser submetida ao Conselho de Educação competente.

Art. 7º As universidades organizar-se-ão diretamente ou mediante

a reunião de estabelecimentos já reconhecidos, sendo, no primeiro

caso, sujeitas à autorização e reconhecimento e, no segundo, apenas

35
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

a reconhecimento.

Art. 8º Os estabelecimentos isolados de ensino superior deverão, sem-

pre que possível incorporar-se a universidades ou congregar-se com

estabelecimentos isolados da mesma localidade ou de localidades

próximas, constituindo, neste último caso, federações de escolas, re-

gidas por uma administração superior e com regimento unificado que

lhes permita adotar critérios comuns de organização e funcionamento.

Parágrafo único. Os programas de financiamento do ensino superior

considerarão o disposto neste artigo.

Art. 9º (Vetado).

Art. 10º O Ministério da Educação e Cultura, mediante proposta do

Conselho Federal de Educação, fixará os distritos geo-educacionais

para aglutinação, em universidades ou federação de escolas, dos es-

tabelecimentos isolados de ensino superior existentes no País.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será livre a

36
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

associação de instituições oficiais ou particulares de ensino superior

na mesma entidade de nível universitário ou federação.

A Reforma do ensino superior foi marcada por algumas carac-

terísticas principais:

• Declarou a autonomia econômica e didático-científica das

universidades públicas, podendo estabelecer a escolha dos Reitores

ao Presidente da República;

• Criou a unificação das unidades acadêmicas;

• Surgiu a figura do Departamento

• Anulou os movimentos estudantis;

• Proporcionou maior interação ensino-pesquisa;

• Criou a monitoria;

• Aumentou os programas de extensão;

37
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

• Criou as atividades desportivas, culturais e cívicas, que via-

bilizassem a ocupação do corpo discente.

Nos dias atuais, o curso de Pedagogia dura, em média quatro

anos, a empregabilidade e a diversidade no mercado de trabalho são

fatores que contam muitos pontos para o sucesso dele. Segue abaixo

alguns dos conteúdos estudados ao longo do curso:

• Teorias pedagógicas;

• Psicologia (educacional e desenvolvimento infantil);

• Sociologia (o papel da educação e da instituição escolar e a

dinâmica da sociedade);

• Metodologia do ensino de disciplinas básicas (língua portu-

guesa, matemática e ciências naturais);

• Legislação educacional.

Conforme o Parecer do Conselho Nacional de Educação, o

curso de pedagogia hoje tem por objetivos:

38
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia apli-

ca-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação

Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de

Ensino Médio, na modalidade Normal e em cursos de Educação

Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em ou-

tras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

§ 1º Compreende-se a docência como ação educativa e processo

pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais,

étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princí-

pios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação

entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéti-

cos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de

construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes

visões de mundo. § 2º O curso de Pedagogia, por meio de estu-

dos teórico-práticos, investigação e reflexão crítica, propiciará: I - o

planejamento, execução e avaliação de atividades educativas; II - a

aplicação ao campo da educação, de contribuições, entre outras,

de conhecimentos como o filosófico, o histórico, o antropológico,

o ambiental-ecológico, o psicológico, o linguístico, o sociológico, o

político, o econômico, o cultural.

O Ministério da Educação e Cultura (MEC), traz a graduação

39
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

em pedagogia como um curso que, essencialmente, cuida dos assun-

tos relacionados à Educação por Excelência. Logo, entende-se que se

trata de uma licenciatura cuja grade curricular, estipulada pelo MEC,

confere a esse profissional, para o mercado de trabalho, as habilida-

des em:

• Educação infantil e ensino fundamental;

• Educação de jovens e adultos;

• Coordenação educacional;

• Gestão escolar;

• Orientação educacional;

• Pedagogia social;

• Pedagogia empresarial;

• Supervisão educacional.

40
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO

O profissional da Pedagogia é fundamental em todos os am-

bientes em que há ensino e aprendizagem, pois a sua formação se

baseia no estudo das teorias educacionais, que indicam a forma como

o ser humano aprende, com isso, ele está apto para atuar em qualquer

contexto que produza aprendizagem (FREIRE, 1996).

O pedagogo tem uma gama de possibilidades de atuação, não

se limitando apenas à atuação escolar. Porém, pelo fato das pessoas

relacionarem o pedagogo com a escola, a presença desse profissional

em instituições não educacionais, ainda causa uma impressão estra-

nha em profissionais de outras áreas, levando-os a questionar qual o

papel a ser desempenhado pelo pedagogo fora da classe escolar?

Veja o que Libâneo e Pimenta (1999) afirmam em relação às

novas propostas de atuação do pedagogo: não podemos limitar o tra-

balho pedagógico à docência. Nem mesmo chega a ser uma questão

de cunho epistemológico ou conceitual. As novas realidades estão

41
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

exigindo um entendimento ampliado das práticas educativas e, por

consequência, da Pedagogia.

LEIA MAIS:
O pedagogo em espaços escolares e suas funções

A atuação do pedagogo em espaços escolares tem sido


algo muito frequente atualmente, pois como podemos observar
ao longo desse estudo o curso de Pedagogia teve como finali-
dade preparar profissionais para atuarem no setor educacional
em diferentes funções desde sua criação As diretrizes de 2006
tomando à docência como base fundamental para a forma-
ção desse profissional, estabeleceu a atuação em classes de
Educação Infantil, nos primeiros anos do Ensino Fundamental
e no Curso Normal, porém não alertando para as demais áreas

42
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

garantidas no artigo 64 da LDB.


O pedagogo garantindo por lei, então, passa a ter uma
ampliação em sua atuação nos espaços escolares, podendo
exercer funções de docente, administrador escolar, supervi-
sor escolar, inspetor escolar e orientador educacional. Nesse
sentido temos então um profissional que obterá uma formação
abrangente, conhecendo os diversos campos do trabalho edu-
cacional e relacionando à docência e os conhecimentos peda-
gogos como princípios básicos de sua identidade.
A seguir definiremos as demais funções do pedagogo em espa-
ços escolares, de maneira que seja percebido porquê de tê-los
atuando nesse sentido.

a) Supervisor escolar- Também conhecido como orientador pe-


dagógico é o profissional responsável por políticas externas e
internas das escolas, auxiliando a atuação do professor, orga-
nizado e orientando as ações pedagógicas. É responsável por
promover um ambiente de diálogo entre os professores, direção
e alunos fazendo uma relação entre todos esses agentes.

“Ser supervisor não é fiscal de professor, não é dedo duro [...]


não é pombo correio [...] não coringa/tarefeiro/quebra galho/
salva vidas [...] não é tapa buraco, não burocrata [...]não é de
gabinete, não é dicário[...]não é generalista que entende quase

43
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

nada de quase tudo”. (VASCONCELLOS, 2006, p.86.)

b) Inspetor escolar- profissional que trabalha com a gestão de


pessoal, tendo contato com a comunidade escolar e também
com o órgão responsável pela administração do ensino, em al-
guns casos trabalha diretamente para esses órgãos (secretarias
de educação). Busca fazer a ponte entre as leis que devem ser
cumpridas, com as unidades de ensino tanto pública como pri-
vada, realizando os trabalhos burocráticos e observando se as
orientações vigentes estão sendo cumpridas.

“O inspetor escolar é um profissional especializado em manter a


motivação do corpo docente, deve ser idealista, flexível e dinâ-
mico, buscando constantemente ser transformador, trabalhan-
do em parceria, exercitando o trabalho de equipe, integrando
a escola e a comunidade”. (SANTANA e NUNES, 2011, p. 6 e
7)

c) Administrador escolar- é também conhecido como o diretor


da unidade escolar. É o responsável pela a administração da es-
cola, atuando em conjunto com o corpo docente e discente em
prol do desenvolvimento da unidade e coordenando as ações
pedagógicas. Busca ajudar as escolas a cumprir as novas es-
tabelecidas pelo sistema e propiciar um currículo adequado às

44
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

realidades da escola. Um dos princípios que norteiam a ação


desse profissional é a gestão democrática.

“Ao articular o projeto pedagógico da escola, o administrador


escolar, garante a possibilidade de surgimento de um verdadei-
ro trabalho coletivo, em que o conhecimento global da escola
aumentaria as relações entre os interessados no processo edu-
cativo, que possibilitaria a emergência de outros fatos essen-
ciais à transparência e finalmente centraria na função do ensino.
(MACHADO, 2000, p. 150)

d) Orientador Educacional- é o profissional que atua pedagogi-


camente com os alunos e seus responsáveis, buscando auxiliar
o desenvolvimento escolar de cada indivíduo em contato com
o corpo docente. Colaboram na formação de valores, atitudes,
e emoções sem exercer uma função regulada. Também auxilia
na organização das propostas pedagógicas da escola visando
esses alunos.

“A parceria com pais e estudantes configura-se como elemento


fundamental para uma prática de Orientação que se proponha
capaz de acolher a todos e disposta a contribuir para a reflexão
acerca de um projeto pedagógico democrático e articulado com
as experiências, histórias e pluralidade dos diversos sujeitos e

45
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

segmentos envolvidos na escola”. (MENDONÇA, 2012, p. 21)

Como podemos ver, as atividades do pedagogo em um ambien-


te escolar são bastante variadas, assumindo papéis importan-
tes para o funcionamento e organização dentro desse espaço.
Desse modo percebemos como o trabalho desse profissional
é resultado também da formação que é obtida no curso de
Pedagogia, promovendo uma relação prática dos conteúdos
pedagógicos estudados, bem como as observações feitas ao
longo de sua formação.

O pedagogo em espaços não escolares e suas fun-


ções

A atuação do pedagogo em espaços escolares tem


crescido de forma significativa. Se antes os estudantes que
dava entrada no curso de Pedagogia buscavam a formação,
principalmente para atuar no campo administrativo da educa-
ção, hoje vemos que muitos desses buscam nesse curso uma
formação para atuar principalmente em empresas, pois consi-
deram que sua graduação é muito mais valorizada em outros
campos.
Em muitos casos identificamos a atuação do pedagogo

46
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

em diferentes atividades, como por exemplo, em ONGs, Recursos


Humanos, projetos, treinamentos e capacitação de profissio-
nais na área militar, hospitais, etc. Entender o porquê de termos
a ampliação do campo de atuação desse profissional é de suma
importância para este estudo.
Pensando na formação pedagógica que um estudante
recebe no curso de Pedagogia, faz com que percebamos que
muitas das empresas que optam por profissionais que conhe-
cem o campo educacional na ideia de que esses executam fun-
ções que perpassam esses princípios.

“Do estudo desenvolvido, identificamos indicadores para o per-


fil do pedagogo para atuação em espaços não escolares... flexi-
bilidade em suas ações; conhecimento e experiências relativos
à gestão participativa; competência e habilidade na busca de
soluções para os impasses enfrentados, com compreensão do
processo histórico, social, administrativo e operacional em que
está inserido; comprometimento e envolvimento com o traba-
lho; ter preparo para administrar conflitos; zelar pelo bom re-
lacionamento interpessoal; gostar de trabalhar com pessoas;
comunicação eficaz; conhecimento de princípios de educação
popular; ter competência e habilidade para planejar, organizar,
liderar, monitorar, empreender.”(CERONI, 2005)

47
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

a) Recursos Humanos- Analisando a função do pedagogo em


RH temos: esse profissional atuando na escolha de novos fun-
cionários para uma determinada empresa, na capacitação e
instrução de equipes, promovendo palestras, estímulos, entre
outras funções. Nesse sentido, vemos que a empresa busca
não só um profissional capaz de compreender a parte psicoló-
gica dos outros empregados, mas também que seja capaz de
ministrar aulas que envolvam toda a equipe. Percebe-se que a
formação docente e os conhecimentos pedagógicos estão di-
retamente envolvidos com sua atuação nesse tipo de campo.

“O Pedagogo na área de Recursos Humanos das empresas


coordena projetos educacionais, elabora programas de ava-
liação de performance, pesquisa, analisa e seleciona cursos e
projetos a serem adotados pelas empresas. Além de oferecer
treinamento aos funcionários, com a finalidade de aumentar a
produtividade.”(SILVA,2007,p.3021)

b) Área Militar- Na perspectiva parecida com a função do peda-


gogo em RH temos também atuação desses em áreas militares,
promovendo a capacitação e treinamento da equipe. Nesse tipo
de setor o profissional é visto como um elemento importante
para o procedimento de formação de um novo corpo militar,
além disso, é a equipe pedagógica que se responsabiliza com

48
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

os conteúdos a serem ministrados e a duração de cada curso,


passando todas as informações para um projeto pedagógico
estruturado para acompanhar o processo.
c) Terceiro Setor- O pedagogo atuando no terceiro setor, assim
como nas escolas, apresenta um leque diversificado. Garantido
por lei, a atuação desse profissional pode ser tanto para plane-
jar as ações pedagógicas das instituições, como também no
apoio e orientação pedagógica, além de poder atuar como pro-
fessores de cursos que forem oferecidos por tal.

Art 3º a qualificação instituída por esta Lei, observado em qual-


quer caso, o princípio da universalização dos serviços, no res-
pectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será
conferida as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lu-
crativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das
seguintes finalidades:
I – promoção da assistência social;
II – promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio
histórico e artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se de forma
complementar de participação das organizações de que trata
esta Lei. (Lei nº 9790 de 23 de março de 1999)

Como pode observar o artigo 3° que institui a Lei das organizações

49
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

não fundamentais deixa claro que é necessário oferecer educa-


ção gratuita nesses tipos de instituições. Correlacionando com
a LDB podemos compreender o porquê da importância do pe-
dagogo nesse espaço, já que é dito que somente a formação
para atuar em campo que exija a parte educacional deverá ser
feita pelo curso de Pedagogia.

d) Pedagogia Hospitalar- O pedagogo em hospitais atua tam-


bém na ministração de aulas e no cuidado psicológico das
crianças. Em hospitais de câncer, por exemplo, vemos o peda-
gogo tendo o comprometimento com a educação e a relação
familiar que esses podem ter.

“Há um grande comprometimento da equipe médica com a


educação, inclusive pela observação sobre o braço que recebe
a injeção não ser o mesmo que a criança usa para escrever.
Além disso, os médicos procuram agendar exames e procedi-
mentos fora do horário das aulas.” (SILVA,2007,p.3019)

Não podemos desmerecer a atuação do pedagogo nes-


ses campos, como muitos fazem dizendo que esse somente
aprender técnicas para exercer determinadas funções. O peda-
gogo diferente de alguns profissionais necessita de uma forma-
ção crítica para compreender a real finalidade de sua atuação.

50
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

Não é somente a aquisição dessas técnicas que irá formar um


educador, um profissional da educação, mas sim suas experiên-
cias e conhecimentos do teor pedagógicos.
Como verificamos o pedagogo em espaços não esco-
lares não deixa de assumir funções ligadas à docência, porém
sua finalidade em alguns setores irar ser diferenciada, em mui-
tos casos tendo que se adaptar as necessidades e lógicas do
mercado, já que esse passa a ser também um instrumento des-
se processo, como em recursos humanos.
Podemos ver então, que não há diferença na base de
formação profissional de um pedagogo, pois independente de
sua área de atuação, os conhecimentos pedagógicos, bem
como a docência estarão presentes.
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/o-que-e-
-ser-pedagogo-atualmente-quais-as-suas-areas-de-atuacao/56537. Data de
acesso: 30 de maio de 2019.

Nos links abaixo veremos os documentos para compreender

melhor esses aspectos que constituem a Pedagogia. Vamos acessar?

LINKS PARA SE APRONFUNDAR NO CONTEÚDO!

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

51
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=-

download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Ite-

mid=30192

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;-

jsessionid=9DA0E40EFD97379CA2B17D64F5D9C4A5.proposico-

esWebExterno2?codteor=1577096&filename=Avulso+-PL+6847/2017

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9790.htm

SUGESTÕES DE LEITURAS

52
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

E então... Já aprendemos sobre as informações introdutórias

da Pedagogia. Até aqui está fácil, não é? Mas não acabou! Ainda te-

mos mais duas unidades e vamos aprender muito mais!

53
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

EXERCÍCIO DA UNIDADE I
1-Descreva o que é a Pedagogia e qual a sua relação com as Ciências

da Educação.

2-Qual o objeto de estudo da Pedagogia?

3-Que papel a História da Pedagogia e da Educação podem desem-

penhar na formação dos profissionais da educação?

4-Antigamente, o pedagogo podia ser um escravo, que dava os ensi-

namentos às crianças, mas nos dias atuais, quem pode ser considera-

do um pedagogo? Discorra sobre sua formação.

54
UNIDADE I - Introdução à Pedagogia

5-Sabemos que o Pedagogo pode atuar em ambientes escolares e

não escolares. Fale um pouco a respeito dos campos de atuação des-

se profissional.

Até a próxima unidade!

55
å
å
UNIDADE 2

Introdução à Administração

Fernanda Karla F. da S. Goes

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após o estudo desta unidade você deverá estar capacitado para:


• Conceituar a Administração;
• Entender as Teorias da Administração;
• Compreender o funcionamento de uma empresa;.

PLANO DE ESTUDO
• Obter entendimento sobre o conceito de Administração;
• Compreender a Administração;
• Entender a constituição e funcionamento de uma organização;
UNIDADE II - Introdução à Administração

INTRODUÇÃO

Vamos começar?

Você já parou para observar que estamos constantemente interligados


através das organizações?

Mas o que são mesmo organizações? Organização é a forma como se


dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos. Geralmente, é formado
por uma, duas ou mais pessoas que executam funções de modo coordenado com
o objetivo em comum.

No nosso dia-a-dia nos deparamos com vários tipos de organizações, por


exemplo: organização escolar, organização empresarial, organização pessoal, or-
ganização de eventos, organização do lar. Todos esses tipos de organizações tem
um conceito em comum, eles se baseiam na forma como as pessoas se inter-re-
lacionam entre si e na distribuição dos diversos elementos envolvidos, tendo em
vista uma mesma finalidade. Segundo Chiavenato (2014) existem dois tipos de
organizações: as lucrativas (empresas) e as não lucrativas (ONGs, igreja, exército,
serviços públicos).

Dentro desse contexto das organizações, é importante saber do que se


trata a Teoria das Organizações (TO), ela consiste no campo do conhecimento e se
ocupa com o estudo das organizações.

58
UNIDADE II - Introdução à Administração

LEIA MAIS:
Tendências da Teoria das Organizações

A teoria da organização não é uma coleção de fatos, é o modo de


pensar sobre as organizações. A teoria da organização é o modo de ver e
analisar mais precisamente e mais profundamente as organizações, do que
qualquer outro modo poderia fazê-lo. O modo de pensar sobre as organi-
zações é baseado em padrões e regularidade no projeto organizacional e
comportamento. (SILVA, 2002, p. 44).
De meados do século XX até a transição para o século XXI, de-
senvolveram-se novos modelos para explicar as organizações. As teorias
das organizações, segundo Araujo (2009, p.18), estão com tendências para
serem demarcadas fora dos limites tradicionais das estruturas organiza-
cionais. “O surgimento de novos ingredientes de gestão nas organizações
transferiu a essência do estudo organizacional para a análise e gestão de
processos [...]”
Com certeza, assistiremos, nas primeiras décadas do século 21, ao
surgimento de muitas abordagens que procurarão expandir a capacidade
das organizações de competirem, vencerem nos mercados, garantirem es-
paços e assegurarem a sobrevivência. Novas abordagens contemplarão a
informação, o conhecimento, o crescimento pessoal, e darão importância
não crucial ás arrumações tradicionais, tais como, por exemplo, organo-
gramas, descrição de cargos, hierarquizações e manualizações. (ARAUJO,
2009, p. 19).

59
UNIDADE II - Introdução à Administração

Na proposta atual de mercado, as organizações definem suas ações


e estratégias pensando em um mercado globalizado, onde quem detiver
meios e modos de trabalhar e entender a informação estará à frente de
qualquer mercado competitivo.
Neste momento, vale citar Peter Senge, que defende a ideia de
que as organizações para obterem sucesso, devem aprender a entender e
trabalhar com as constantes mudanças do mundo globalizado. Para atuar
neste mercado as organizações devem estar em constante aprendizagem
o que se chama de learning organization. Senge apud Maximiniano (2005)
indica que as organizações possuem características que dificultam ser uma
empresa aprendiz, por exemplo:
• Falta de comprometimento das pessoas com o todo da organização.
• Atribuição de culpa e responsabilidade a fatores externos.
• Ser proativo não significa atacar os outros.
• Ter visão de longo prazo.
• Perceber mudanças graduais de situações que representam
ameaças.
• As pessoas não aprendem somente com experiências.
• Por muitas vezes a alta administração não é coesa e não ocorre
um consenso geral.
E para o combate dessas diferenças, Senge apud Maximiano (2005)
propõe cinco disciplinas:
• Domínio pessoal: autocontrole;
• Modelos Mentais: crenças, atitudes e percepções a respeito dos
clientes, produtos, ambiente, funcionários e outros aspectos da organiza-
ção;

60
UNIDADE II - Introdução à Administração

• Visão Compartilhada: entendimento comum a respeito do futuro


da organização;
• Aprendizagem em equipe: time de aprendizagem;
• Pensamento Sistêmico: Visão holística.
Segundo Silva (2002), Senge fundamenta que as cinco discipli-
nas devem se desenvolver em conjunto e integradas pelo pensamento
sistêmico.
O pensamento sistêmico serve de orientação para análise das inter-
-relações entre as demais disciplinas, e serve também para lembrar conti-
nuamente que a soma das partes pode ser maior do que o todo. A visão
pode alterar o destino de uma empresa. Entretanto, sem pensamento sistê-
mico, a visão muito dificilmente se transformará em realidade.
Para concretizar o seu potencial, o pensamento sistêmico também
precisa das disciplinas de construção de uma visão compartilhada, mode-
los mentais, aprendizagem em equipe e domínio pessoal. Construir uma
visão compartilhada estimula o compromisso com o longo prazo: os mode-
los mentais, focam a abertura para revelar as limitações das formas de ver
o mundo: a aprendizagem em equipe desenvolve a habilidade de os gru-
pos buscarem uma visão do quadro total, que está além das perspectivas
individuais: o domínio pessoal estimula a motivação pessoal de aprender
continuamente com as ações que afetam o mundo (sem domínio pesso-
al, as pessoas ficam tão envolvidas na mentalidade reativa que se sentem
ameaçadas pela perspectiva sistêmica).
Por fim o pensamento sistêmico torna compreensível o aspecto
mais sutil da organização que aprende que é a nova forma pela qual os
indivíduos se percebem [a si mesmos] e ao seu mundo.
No núcleo da organização, ocorre uma mudança de mentalidade

61
UNIDADE II - Introdução à Administração

(metanoia): em lugar de se ver como algo separado do mundo, as pessoas


passam a se ver como conectadas ao mundo: em lugar de considerar os
problemas como causados por alguém de fora, as pessoas enxergam os
problemas como causados por elas mesmas. Uma organização que apren-
de é um lugar onde as pessoas descobrem continuamente como criam sua
realidade e como mudá-la. (SILVA, 2002, p.492-493).

Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/tendencias-
-da-teoria-das-organizacoes/44149. Data de acesso: 30 de maio de 2019.

INTRODUÇÃO AO MUNDO CORPORATIVO: TEORIAS DA


ADMINISTRAÇÃO

A palavra Administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minis-


ter (subordinação ou obediência).

62
UNIDADE II - Introdução à Administração

A Administração se conceitua como a condução racional das atividades de


uma organização, seja ela lucrativa ou não lucrativa. Ela é uma ciência que une te-
oria e prática para criar princípios racionais, que ajudam as empresas a serem mais
eficientes. Administrar é a maneira de governar uma organização ou parte dela. É
o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos que a or-
ganização possui, para que ela alcance os objetivos almejados de maneira eficaz
(CHIAVENATO, 2004).

SIMPLIFICANDO...

Agora que já sabemos o que é Administração e já estudamos sobre a Teoria


das Organizações - TO, vamos aprender sobre as Teorias da Administração - TA.
Para isso, veja abaixo um quadro bem ilustrativo e entenda melhor:

63
UNIDADE II - Introdução à Administração

Conforme Chiavenato (2003), após a Revolução Industrial, houve um cres-


cimento desordenado das empresas. Os recursos não estavam sendo bem apro-
veitados, havia uma desorganização generalizada, com isso houve a necessidade
do aumento da eficiência e de substituição, apenas da experiência, por métodos
comprovados cientificamente. Nesse contexto, tornou propício o surgimento das
primeiras escolas da Administração, são elas:

Administração Científica (Taylorismo): com ênfase nas tarefas, buscava a


racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado.
Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava
em consideração as necessidades sociais dos funcionários.

64
UNIDADE II - Introdução à Administração

Teoria Burocrática (Weber): com ênfase na estrutura, tinha como objetivo a


racionalidade organizacional e a organização formal (baseada em regras e normas).
Focava na organização inteira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter
como vantagens a consistência e a eficiência. Para Kurcgant (1991) a proposta bu-
rocrática visa à eficiência organizacional como objetivo básico, e para tanto detalha
pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, ou seja, prevê em deta-
lhes o funcionamento organizacional. Desse modo, mantém um caráter racional e
uma sistemática divisão de trabalho. Caracteriza-se ainda pela impessoalidade nas
relações humanas, considerando os indivíduos apenas em função dos cargos e
funções que exercem na organização.

Teoria Clássica (Fayol): Uma das principais características dessa, estabele-


cida por Henry Fayol, era a divisão do trabalho em órgãos, não havia uma preocu-
pação da divisão individual, mas sim organizacional. A partir disso, surgiu a divisão
horizontal do trabalho que pressupunha o agrupamento por atividades e a divisão
vertical estabelecendo uma hierarquia (KURCGANT, 1991). O foco estava no ge-
rente (visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das funções
principais do administrador, o qual teve a profissionalização de seu papel como
gerente.

Teoria das Relações Humanas: como o próprio nome já indica, sua ênfase
estava nas pessoas. Defendia um enfoque na organização informal, na comunica-
ção, liderança, motivação e dinâmicas de grupo.

Teoria Estruturalista: apresenta ênfase tanto na estrutura, quanto no am-


biente. Sendo assim, ela tem uma abordagem plural que observa a organização,
tanto no seu aspecto formal quanto informal, e também o ambiente e como a orga-
nização interage e aprende com ele.

65
UNIDADE II - Introdução à Administração

Teoria Neoclássica: ênfase na estrutura. Sustenta-se na prática da


Administração, na reafirmação dos princípios da Teoria Clássica e gerais da
Administração, porém de forma redimensionada.

Teoria Comportamental: ênfase nas pessoas. Apresenta um enfoque beha-


vorista. Apesar dela ser decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece
uma visão do comportamento inserido no contexto organizacional.

Segundo Kurcgant (1991), a Terapia Comportamentalista evidenciou os di-


ferentes estilos com que os administradores dirigiam seu pessoal, e uniu a escolha
do estilo às convicções que os administradores tinham a respeito do comporta-
mento humano.

Teoria Contingencial: ênfase no ambiente e na tecnologia. Defende tanto


que não há uma melhor maneira de organizar, como também que uma forma de
organizar pode não ser eficaz da mesma forma em todas as situações.

ORGANOGRAMA
O organograma representa a estrutura formal de uma empresa (CHIAVENATO
2001). Cury (2007) afirma que o organograma representa os órgãos que compõem
a empresa, as funções que eles desenvolvem, bem como os níveis administrativos
e a hierarquia da mesma. Lacombe (2003) conceitua organograma como a repre-
sentação gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma instituição, que
especifica seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as relações formais entre eles.

66
UNIDADE II - Introdução à Administração

Por que é importante conhecer o organograma de uma empresa? Eles têm


por objetivos:

- Demonstrar a divisão do trabalho;

- Dividir a organização em frações organizacionais, ou seja, partes menores;

- Destacar a relação superior-subordinado;

- Destacar a delegação de autoridade e responsabilidade;

- Facilitar a análise organizacional.

SEGUE ABAIXO UM EXEMPLO DE ORGANOGRAMA:

67
UNIDADE II - Introdução à Administração

Fonte: <https://www.significados.com.br/organograma/>. Data de acesso: 30 de maio de


2019.

LEIA MAIS:
Organograma

Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárqui-


ca de uma empresa, isto é, do desenho organizacional que, por sua vez,
consiste na configuração global dos cargos e da relação entre as funções,
autoridade e subordinação no ambiente interno de uma organização. O or-
ganograma é considerado a melhor representação gráfica do desenho or-
ganizacional.
Ele é especialmente útil para pessoas de fora da empresa (ao vi-
sualizar o organograma, a pessoa deve ser capaz de identificar qual pes-
soa contatar para resolver determinado problema) ou para funcionários re-
cém-chegados (ele terá uma maior noção da sua posição e do seu papel
no esquema global da empresa, além de deixar claro quem se reporta a
quem).
Alguns organogramas apresentam o nome do dirigente de cada de-
partamento, bem como o número de funcionários subordinado a ele e infor-
mações referentes à divisão do trabalho. No entanto, um organograma com
apenas o nome dos cargos é mais interessante, visto que a utilização dos
nomes dos dirigentes faz com que os manuais organizacionais tenham que
ser constantemente reeditados para atualizar nomes, sempre que houver

68
UNIDADE II - Introdução à Administração

mudança de direção.
Outra vantagem do organograma é identificar falhas estruturais na
empresa, tais como duplicidade de funções e o consequente desperdício
de mão-de-obra. Os principais objetivos de um organograma são: apre-
sentar os diversos órgãos competentes de uma organização, comunicar os
vínculos e relações de interdependência entre os vários departamentos e
indicar os níveis hierárquicos em que se dividem uma determinada empre-
sa.
Existem quatro tipos de organogramas, segundo Ballestero-Alvarez
(2006). A seguir, é possível ter uma ideia melhor sobre cada um dos tipos de
organograma:

Organograma por linha

É o que apresenta uma leitura mais fácil. Muito adotado por organi-
zações com estrutura hierárquica rígida, ele tem uma clara inspiração nos
arranjos militares de organização. A comunicação e ordens são feitas se-
guindo-se linhas verticais de cima para baixo e são raras as comunica-
ções horizontais. Uma variante do organograma em linha é o organograma
circular ou radial. Ele consiste na apresentação de círculos concêntricos
representando os diversos níveis hierárquicos da empresa. Esse tipo de
organograma é mais indicado para empresas com estruturas hierárquicas
mais enxutas. Do contrário, sua visualização pode ser prejudicada. Tanto no
organograma de linha, quanto no circular, a posição de destaque fica para o
nível hierárquico mais alto, a autoridade máxima. No caso do organograma

69
UNIDADE II - Introdução à Administração

de linha, essa posição seria no topo. No organograma radial, é a posição


central.

Organograma de assessoria

Deriva-se do organograma em linhas. No entanto, este tipo de orga-


nograma apresenta uma diferença crucial: as conexões horizontais, tão ra-
ras no organograma de linhas. Essas conexões horizontais representam as-
sessorias compostas por especialistas que servem para orientar a gerência
em seu processo de tomada de decisões. Tais órgãos não tenham autorida-
de para tomar decisões. Caso eles ultrapassem os limites de suas funções
começarem a dar ordens aos funcionários, isso poderá gerar confusão.

Organograma funcional

É aquele utilizado quando a estrutura organizacional da empresa é


baseada no critério funcional. Assim, nele estão representadas as funções
que os chefes e subordinados representam na empresa. A sua vantagem
é o nível de especialização de cada departamento. A desvantagem é que
esse grau de especialização pode atrapalhar uma visão holística da empre-
sa e causar a alienação dos funcionários focados apenas em suas tarefas.

70
UNIDADE II - Introdução à Administração

Organograma matricial

Se o organograma por linha é o mais simples, o organograma ma-


tricial, por sua vez, é o mais complexo. Isso porque ele é a combinação de
duas formas de se organizar a empresa. Essa combinação pode ser, por
exemplo, um híbrido de estruturas por projetos e por produto, cliente, etc.
Para se compreender melhor como essa combinação pode ser feita, é indi-
cado o estudo dos tipos de departamentalização.

FONTE: https://www.infoescola.com/administracao_/organograma/. Data de acesso: 30 de


maio de 2019.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Comportamento organizacional consiste no estudo dos costumes e atitu-


des praticadas pelos colaboradores, que constituem a empresa. Entender o com-
portamento e a conduta dos funcionários possibilita desenvolver as pessoas e a
própria organização.

Para Robbins (2005), o comportamento organizacional é uma área de es-


tudos que investiga a influência que os indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre
o comportamento dentro da empresa, com o intuito de utilizar esse conhecimento
para melhoria da organização.

O estudo do comportamento organizacional tem a preocupação de saber


o que os funcionários fazem dentro da organização e de como essa conduta afeta

71
UNIDADE II - Introdução à Administração

o desempenho da empresa.

Por que é importante estudar o comportamento organizacional de uma


empresa?

Porque proporciona uma preocupação e valorização do capital humano,


bem como auxilia na gestão de pessoas, ajudando a traçar soluções em situações
de acontecem no dia-a-dia da empresa. O Comportamento Organizacional tem
por objetivo prevenção, explicação, entendimento e mudança do comportamento
humano nas empresas. (WAGNER & HOLLENBECK, 2009)

Comportamento Organizacional é um fator que faz a diferença no desem-


penho da organização, pois quando gerenciamos as condutas dos indivíduos, qua-
lificamos a performance o funcionário e isso nos ajuda a otimizar os processos.

LEIA MAIS:

CONCEITO DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Toda empresa tem sua própria cultura e estrutura organizacional,


que é baseada em suas atitudes, crenças, valores e objetivos, entre mui-
tos outros fatores. Algumas influenciam o mundo inteiro por sua ousadia
e inovação, criam tendências de modelo de gestão de atingir resultados e
se transformam em referências nas áreas em que atuam.Já outras, afetam
diretamente o bem-estar e estilo de vida de seus funcionários, assim como,
de todas as pessoas que têm alguma relação com suas operações como:

72
UNIDADE II - Introdução à Administração

clientes, profissionais terceirizados, fornecedores e até mesmo os familia-


res de seus colaboradores.
Toda essa influência é diretamente impactada através dos compor-
tamentos do capital humano, que inserido numa sociedade, também é um
influenciador dos comportamentos dessa.
Para que você entenda melhor esta dinâmica, te convido a me
acompanhar na leitura deste poderoso artigo e conhecer o conceito de
comportamento organizacional.
Mas afinal, o que é Comportamento Organizacional?
Ele pode ser visto como o conjunto de comportamentos e atitudes
praticadas pelas pessoas, que compõem a empresa, tanto funcionários
quanto seus diretores, e o impacto que tais condutas e costumes têm sobre
o andamento e desenvolvimento da organização.
Dessa maneira, o Comportamento Organizacional influencia todo o
clima da corporação e pauta quais são as visões e impressões que as pes-
soas ligadas a ela possuem desse local de trabalho em questão.
Entender o comportamento organizacional é fundamental na dinâ-
mica de manutenção e melhoria dos processos de gestão de pessoas, pois
baliza o trabalho dos líderes e confere a esses a possibilidade de prever, e
especialmente evitar problemas individuais ou coletivos entre os colabora-
dores, bem como estruturar métodos de liderança e estratégias de gestão
efetivas para o alcance de metas e resultados desejados.
Fazer o estudo e avaliação do comportamento organizacional tam-
bém visa trazer maior entendimento sobre as lacunas empresariais, no
sentido comportamental e cultural, para o desenvolvimento contínuo e

73
UNIDADE II - Introdução à Administração

assertivo de soluções, a fim de: atrair e reter talentos, evitar o turnover, pro-
mover engajamento, produtividade e harmonia entre os stakeholders.

Níveis de Avaliação do Comportamento Organizacional

Confira abaixo as esferas que se destacam nos estudos dos com-


portamentos organizacionais:

Nível individual
Aqui o indivíduo é avaliado a partir de seus objetivos, seus rendimentos atu-
ais, o que atrapalha seu crescimento e quais são as diretrizes ou costumes
da empresa que tornam seu clima de trabalho desfavorável. Além disso,
são estudadas as expectativas, motivações, habilidades e competências
que cada colaborador demonstra individualmente através de seu trabalho,
a fim de delegar-lhe as atividades mais compatíveis com suas capacidades
e, deste modo, desfrutar de seus talentos e potencial plenamente.

Nível de grupo
Ao contrário do nível individual, aqui a empresa é estudada como um todo
entre um ou mais grupos. Na avaliação entra a formação das equipes ou
grupos, as funções desempenhadas por esses, a qualidade de comunica-
ção e interação uns com os outros, além da influência e o poder do líder
neste contexto.
A intenção dessa avaliação é justamente conseguir conectar as equi-
pes e fazer com que as pessoas consigam trabalhar de maneira conjunta

74
UNIDADE II - Introdução à Administração

e efetiva, trazendo assim, mais felicidade e motivação para os funcionários


e mais resultados positivos para a empresa, uma vez que pessoas moti-
vadas produzem mais e com mais qualidade por estarem felizes e sendo
recompensadas.

Nível do sistema organizacional


Neste nível o que é analisado é a forma como as diferentes dimensões
da organização acabam por influenciar e impactar o comportamento
organizacional.
Entre os exemplos, é possível dizer que as análises e os assuntos
abordados são as políticas empresariais e as práticas da área de recursos
humanos. Os estudos realizados são para que se consiga entender de que
maneira esses pontos exercem influência sobre os componentes da orga-
nização e de que forma a cultura organizacional também influencia o com-
portamento dos colaboradores que fazem parte da empresa.

Principais características do comportamento organizacional

Existem duas premissas que balizam o comportamento organizacional, ou


seja, que devem estar presentes no comportamento e no dia a dia do cola-
borador e da empresa como um todo, contribuindo para que as atividades
e os processos sejam realizados de forma satisfatória por todos.
Confira quais são eles, a seguir:

75
UNIDADE II - Introdução à Administração

Ética
Toda e qualquer tipo de empresa possui um código de ética, que precisa
ser seguido por todos os profissionais que dela fazem parte. Ter um com-
portamento organizacional ético é seguir o que prega esse código, ou seja,
cumprir as regras, normas e padrões determinados pela organização, para
que assim, todos entendam quais são seus principais direitos e deveres
dentro dos processos organizacionais.
A ética está presente em todos os ambientes pelos quais transita-
mos, e é ela que garante que tenhamos uma boa convivência em socieda-
de, já que ela define os valores e atitudes que devemos seguir socialmente,
para que isso aconteça.
Assim, no contexto empresarial, respeitar os colegas de trabalho,
bem como não divulgar informações sigilosas, que dizem respeito apenas
aos processos organização, são bons exemplos de como ter um comporta-
mento organizacional ético.

Responsabilidade
Das maiores às mais simples atitudes, ter responsabilidade no ambiente or-
ganizacional é quando o colaborador tem bem desenvolvida a consciência
do que deve e precisa ser feito dentro da empresa.
Seja apagar a luz ao deixar um ambiente, entregar a sua demanda
no prazo, cuidar dos bens e do patrimônio da organização como um todo,
ter responsabilidade socioambiental, empresarial, entre tantas outras, faz
toda a diferença para os negócios e, principalmente, para todos aqueles
que dele fazem parte.

Fonte:https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/conceito-de-comportamen-
to-organizacional/. Data de acesso: 31 de maio de 2019.

76
UNIDADE II - Introdução à Administração

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A própria palavra planejamento é autoexplicativa, consiste no ato de pen-


sar, organizar e elaborar um plano previamente, para alcançar um objetivo futuro
almejado.

E o que seria um planejamento estratégico? Significa que esse planeja-


mento deverá ser feito com inteligência. Planejamento estratégico consiste em um
processo contínuo, organizado e capaz de prevenir mudanças inesperadas, com
o objetivo de tomada de decisões que minimizem riscos inesperados (DRUCKER,
1977).

77
UNIDADE II - Introdução à Administração

Por que é importante ter um planejamento estratégico? Sabe-se que o


mercado é dinâmico e instável em relação à política e economia, nesse sentido, é
necessário haver um planejamento que previna uma possível mudança repentina
nos planos traçados, isso torna a organização menos vulnerável às essas possíveis
mudanças. Um planejamento bem elaborado pode aumentar os recursos, possi-
bilita corrigir erros, potencializa os pontos positivos e otimiza o tempo para criar
estratégias para o crescimento da empresa.

Algumas informações são importantes para um bom planejamento estraté-


gico, são elas:

• Conhecer a missão da organização, a razão dela existir, o que se propõe


a fazer;

• A visão, o que a empresa almeja atingir no futuro;

• Os valores, que seriam os princípios que orientam o comportamento;

• Objetivos, o que se pretende alcançar.

78
UNIDADE II - Introdução à Administração

Um Planejamento Estratégico bem elaborado deve responder às seguintes


questões:

• Onde queremos chegar?

• O que fazer?

• Como?

• Quando?

• Quanto?

• Para quem?

• Por quê?

• Por quem?

• Onde?

79
UNIDADE II - Introdução à Administração

GESTÃO DE PESSOAS

Passou o tempo em que as organizações viam seus colaboradores ape-


nas como um número, que poderia ser facilmente substituído. Cada vez mais os
empresários investem em seus funcionários, conscientes de que eles são impres-
cindíveis para o sucesso e crescimento de sua empresa. Nesse contexto, a gestão
de pessoas tomou uma importância maior, pois esse investimento potencializa o
desempenho dos profissionais da empresa.

LEIA MAIS:
Gestão de Pessoas

De todas as decisões práticas, nenhuma é tão importante como aquelas


que dizem respeito à contratação e gestão de pessoas, pois impactam di-
retamente na produtividade, rentabilidade e crescimento do negócio e dos
profissionais de modo individual.

80
UNIDADE II - Introdução à Administração

Ironicamente, muitos gestores subestimam a importância do geren-


ciamento de pessoal. Isso, frequentemente, acaba diminuindo a moral dos
colaboradores, prejudica o trabalho em equipe e aumenta o índice turnover.
O conceito de gestão de pessoas ou administração de recursos hu-
manos é uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e
práticas definidas, com o objetivo de administrar os comportamentos inter-
nos e potencializar o capital humano nas organizações.
A Gestão de Pessoas ocorre através da participação, capacitação,
envolvimento e desenvolvimento de colaboradores de uma empresa e a
área tem a função de humanizar as empresas.
Muitas vezes, a gestão de pessoas é confundida com o setor de

81
UNIDADE II - Introdução à Administração

Recursos Humanos, porém RH é a técnica e os mecanismos que o pro-


fissional utiliza, e gestão de pessoas tem como objetivo a valorização dos
profissionais
O setor de gestão de pessoas possui uma grande responsabilida-
de na formação dos profissionais que a instituição deseja, com o objetivo
de desenvolver e colaborar para o crescimento da instituição e do próprio
profissional.

Gestão de Pessoas por Idalberto Chiavenato

A gestão de pessoas, assim como recursos humanos, faz parte da


área de administração, e uma das obras mais conhecidas é “Gestão de
Pessoas” de Idalberto Chiavenato.
Chiavenato é um autor brasileiro na área de administração de em-
presas e de recursos humanos, seus livros são utilizados por administrado-
res de todo Brasil, além de países da América Latina, e na Europa, como
Portugal e Espanha.
Chiavenato possui várias obras que versam sobre o tema gestão de
pessoas, como “Gerenciando as Pessoas”, “Administração de Recursos
Humanos”, “Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos” entre
outros.

Conceito de Gestão de Pessoas

A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que


predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depen-
de de vários aspectos como: a cultura que existe em cada organização, a
estrutura organizacional adotada, as características do contexto ambiental,

82
UNIDADE II - Introdução à Administração

o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e


uma infinidade de outras variáveis importantes.
Nos tempos atuais, as organizações estão ampliando a sua visão e
atuação estratégica. Todo pro¬cesso produtivo somente se realiza com a
participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo com
algum recurso.
Os fornecedores contribuem com matérias-primas, insumos bási-
cos, serviços e tecnologias. Os acionistas e investidores contribuem com
capital e investimentos que permitem o aporte financeiro para a aquisição
de recursos.
Os empregados contribuem com seus conhecimentos, capacidades
e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organi-
zação. Os clientes e consumidores contribuem para a organização, adqui-
rindo seus bens ou serviços colocados no mercado.
Cada um dos parceiros da organização contribui com algo na ex-
pectativa de obter um retorno pela sua contribuição. As alianças estratégi-
cas constituem meios, através dos quais a organização obtém a inclusão
de novos e diferentes parceiros, para consolidar e fortificar seus negócios
e expandir suas fronteiras. Cada parceiro está disposto a continuar in¬-
vestindo seus recursos, na medida em que obtém retornos e resultados
satisfatórios de seus investimentos. Graças ao emergente sistêmico — que
é o efeito sinergístico da organização — esta consegue reunir todos os re-
cursos oferecidos pelos diversos parceiros e alavancar seus resultados.
Através dos seus resultados, a organização pode proporcionar um
retorno maior às contribuições efetuadas e manter a continuidade do ne-
gócio. Geralmente, as organizações procuram privilegiar os parceiros mais
importantes.
Os acionistas e investidores eram, até há pouco tempo, os mais

83
UNIDADE II - Introdução à Administração

privilegiados na distribuição e apropriação dos resultados organizacionais.


Essa assimetria está sendo substituída por uma visão sistêmica e integrada
de todos os parceiros do negócio, já que todos são indispensáveis para o
sucesso da empresa.
Acontece que o parceiro mais íntimo da organização é o em¬prega-
do: aquele que está dentro dela e que lhe dá vida e dinamismo.
Dentro desse contexto, a questão básica é escolher entre tratar as
pessoas como recursos organizacionais ou como parceiros da organização.
Os empregados podem ser tratados como recursos produtivos das organi-
zações: os chamados recursos humanos.
Como recursos, eles precisam ser administrados, o que envolve pla-
nejamento, organização, direção e controle de suas atividades, já que são
considerados sujeitos passivos da ação organizacional. Daí a necessidade
de administrar os recursos humanos para obter deles o máximo rendimento
possível. Nesse sentido, as pessoas constituem parte do patrimônio físico
na contabilidade da organização. Mas as pessoas podem ser visualizadas
como parceiros das organizações. Como tais, elas são fornecedoras de
conhecimentos, habilidades, capacidades e, sobretudo, o mais importante
aporte para as organizações — a inteligência, que proporciona decisões
racionais e imprime o significado e rumo aos objetivos globais.Desse modo,
as pessoas constituem o capital intelectual da organização. As organizações
bem-sucedidas se deram conta disso e tratam seus colaboradores como
parceiros do negócio e não mais como simples empregados contratados.

Fonte: https://blog.softwareavaliacao.com.br/gestao-de-pessoas/. Data de acesso: 31 de


maio de 2019.

84
UNIDADE II - Introdução à Administração

Para se aprofundar mais sobre o assunto, indico os artigos em formato PDF, que
segue no link abaixo. Vamos acessar?

LINKS PARA SE APRONFUNDAR NO CONTEÚDO!

https://canalcederj.cecierj.edu.br/012016/c4fcfe484285aac149636506bd092a14.
pdf

http://www.scielo.br/pdf/rae/v11n3/v11n3a01.pdf

http://www.scielo.br/pdf/cebape/v13n1/1679-3951-cebape-13-01-00052.pdf

http://www2.unifap.br/glauberpereira/files/2015/12/TGA-EBOOK2.pdf

SUGESTÕES DE LEITURAS

85
UNIDADE II - Introdução à Administração

E então... Já aprendemos sobre as informações introdutórias da


Administração. Até aqui está fácil, né? Mas ainda não acabou! Ainda temos a última
unidade e vamos continuar aprendendo.

86
UNIDADE II - Introdução à Administração

Exercício da Unidade II
1- O que significa a palavra Administração?

2- Qual a diferença entre a TO e a TA, conceitue essas duas siglas.

3- Quais são as Teorias da Administração?

4- Descreva o que é um organograma e qual a sua importância para a empresa.

5- Comportamento Organizacional, Planejamento Estratégico e Gestão de


Pessoas são alguns conceitos que vimos ao longo dessa unidade, o que esses
conceitos têm em comum dentro de uma organização?

Até a próxima unidade!

87
UNIDADE 3

Pedagogia Empresarial

Fernanda Karla F. da S. Goes

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Após o estudo desta unidade você deverá estar capacitado para:
• Conceituar a Pedagogia Empresarial;Entender as contribuições
sociais;
• Entender como atua o Pedagogo Empresarial;
• Compreender as características, qualidades e responsabilidades
do Pedagogo Empresarial

PLANO DE ESTUDO

Serão abordados os seguintes tópicos:

• Obter entendimento sobre o conceito de Pedagogia Empresarial;


• Compreender a Pedagogia Empresarial;
• Entender a Pedagogia Empresarial e seus fundamentos.
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

O PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO- ESCOLARES

Vamos começar?

Como já vimos na Unidade I, o pedagogo é um profissional que tem múlti-


plas atuações, ela não se limita apenas ao contexto escolar. Esse profissional po-
derá atuar em hospitais, ONGs, escolas, área militar, sindicatos, sistema judiciário
e também em empresas. De acordo com Libâneo (2010):

As constantes transformações advindas da modernização do mercado de trabalho

têm lançado vários desafios para a Educação, uma vez que esta é responsável pela

transformação e desenvolvimento humano, essas mudanças não poderiam deixar


de afetar a pedagogia, tomada como teoria e prática da educação. Em várias esfe-

ras da sociedade surge a necessidade de disseminação e internalização de saberes


e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades, hábitos, procedimentos,

crenças, atitudes), levando a práticas pedagógicas. (LIBÂNEO, 2010)

A atuação desse profissional dentro de uma organização será o nosso foco


nessa unidade, vamos compreender tudo a respeito dessa atuação recente, inova-
dora e que ainda gera muitas dúvidas.

Mas o que a atuação do pedagogo empresarial tem em comum com a


atuação do pedagogo escolar? A resposta é simples!

O fator determinante para a atuação desse profissional, em ambientes tão


distintos, é que em ambos os ambientes acontece o processo de ensino e a apren-
dizagem. Freitas (2007) corrobora com essa afirmação, quando diz que em todo
lugar que exige um processo de formação humana, para a vida, o pedagogo pode

90
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

trabalhar.

A Pedagogia tem o objetivo de aplicar os seus princípios visando um programa de


ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades
da personalidade das pessoas.

O Conselho Nacional de Educação, no Art. 4º, traz que a Pedagogia poderá execu-
tar: Produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educa-
cional, em contextos escolares e não escolares. (CNE, 2006). Já a Lei nº 4746/98
assegura o direito do pedagogo de:

Desenvolver programas de treinamento empresarial em recursos humanos.

Assessorar pedagogicamente em serviços de comunicação de massa (jornais, re-


vistas, etc.) e difusão cultural (museus, feiras). Atuar no terceiro setor (ONG’S), na

coordenação de programas em saúde, trânsito, meio-ambiente, etc. A elaboração e


o acompanhamento de estudos, planos, programas e projetos da área de educação,

ainda que não escolares. Gestão educacional nas escolas e nas empresas de qual-
quer setor econômico. O recrutamento, a seleção e a elaboração de programas de

treinamento e projetos técnico-educacionais em instituições de diversas naturezas.

LEIA MAIS:
A Atuação do Pedagogo no Espaço Não Escolar

Desde o início da História da Educação e da Pedagogia, o pedago-


go é caracterizado como o profissional responsável por exercer atividades
realizadas especificamente no ambiente escolar, seja diretamente dentro
da sala de aula, ou coordenação, direção e até mesmo supervisão esco-
lar. Dificilmente encontram-se profissionais dessa área inseridos em outros

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

ambientes, que não sejam os escolares, ainda que esses ambientes sejam
relacionados com educação.
É de extrema importância o trabalho do pedagogo em diversas áre-
as, seja para treinar, capacitar, ou até mesmo atualizar o funcionamento
do corpo funcional, seja qual for o ramo a que o espaço se destine. Num
hospital, o pedagogo tem o dever de continuar a educar os pacientes que
não podem se locomover até a escola. Num museu, a sua função é informar
os visitantes, e até mesmo agendar visitas para que os trabalhos a serem
feitos fora dali e com relação ao que foi visto, não seja algo isolado. Numa
empresa, estando sempre em contato com a equipe, treinando, capacitan-
do, motivação nunca faltará. Em qualquer uma dessas ‘modalidades’, seja
dentro ou fora da escola, o pedagogo deve ser criativo, proativo, ter grande
habilidade para solucionar problemas, grande capacidade de criação de
novas estratégias, saber trabalhar em equipe e estar sempre em contato
com as novidades, visando sempre o crescimento da empresa e de seus
funcionários, tanto em sua vida profissional, quanto na pessoal. A função
do Pedagogo no espaço não escolar é praticamente a mesma de dentro
da escola: produzir e difundir o conhecimento, porém de forma mais ampla
que no contexto escolar.
Além desses três exemplos citados acima (hospitais, museus e em-
presas), o campo de atuação atravessa os muros da escola para diferentes
e diversos setores como: ONGS, hotéis, indústrias, empresas de constru-
ção civil, clubes, instituições de capacitação profissional, assessoria de em-
presas, rádio, tv e etc. O resultado traz novos significados para a educação
não formal, invalidando preconceitos e ideias de que o pedagogo está apto

92
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

para exercer suas funções apenas na sala de aula. Nos dias atuais, o lema
é: onde houver uma prática educativa, se instala uma ação pedagógica.
Afinal, o processo de ensino-aprendizagem é uma ação que acontece em
todo e qualquer setor da sociedade, tendo em vista que a educação formal
caminha paralelamente com a educação não formal, tornando a educação
o principal instrumento contra a desigualdade social.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, a licenciatura
em Pedagogia assegura a formação dos profissionais de educação prevista
no art. 64 da Lei nº 9394/96, que diz:
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, ins-

peção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em

cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da

Instituição de Ensino.

Ao mesmo tempo que forma professores, a Pedagogia prepara pes-


soas para compreender e colaborar para a melhoria da qualidade em que
se desenvolve a educação na realidade brasileira, envolvidos e compromis-
sados com uma formação de ideia de transformação social. Dessa maneira,
o curso de graduação em Pedagogia oferece ao pedagogo uma formação
integrada para exercer a docência em diversos ramos, sendo:
a) Educação Infantil;
b) Séries iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano);
c) Disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores;
d) Gestão dos processos educativos escolares e não escolares;
e) Produção e difusão do conhecimento do campo educacional;
f) Participação na organização e gestão de sistemas e instituições

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

de ensino;
g) Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e ava-
liação de tarefas próprias do setor da Educação;
h) Planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e ava-
liação de projetos e experiências educativas não escolares;
i) Produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do
campo educacional, em contextos escolares e não escolares.
O desafio principal do Pedagogo, dentro ou fora do espaço esco-
lar, não se resume a conduzir dinâmicas de grupo e preparar material de
treinamento, para o qual as pessoas não enxergam reais necessidades. É
preciso estudo e observações cuidadosas do que acontece dentro do local
de trabalho, e entender o funcionamento do lugar, e os possíveis motivos
do desequilíbrio (se esse acontecer). O diagnóstico requer do Pedagogo:
perspicácia, observação, envolvimento, desprendimento, coragem, prepa-
ro técnico, ousadia, vontade, criatividade, e desejo efetivo de crescer. A
maneira de agir precisa ocorrer de forma relacionada e cooperativa com
a de outros gestores, tornando possível: a elaboração e consolidação de
metas, planos, projetos, ações que visem a colaboração e a melhoria da
atuação dos funcionários e o desenvolvimento do local de trabalho.
Analisando, considerando e aplicando esses aspectos, fica a refle-
xão: Pedagogia não se resume ao ambiente escolar, pois a própria Educação
não acontece somente dentro das escolas, e sim em todos os ambientes,
culturas e momentos históricos. Enquanto a Educação resultar principal-
mente na contribuição da formação de pessoas dinâmicas e capazes de
participar ativamente dos diversos ambientes de sociabilização, o local em
que a relação ensino-aprendizagem acontece, de fato não terá importância.

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

Fonte:http://procarolmarotti.blogspot.com/2009/11/atuacao-do-pedagogo-no-espaco-nao.
html. Data de acesso: 01 de junho de 2019.

O PEDAGOGO EMPRESARIAL

O pedagogo em ambiente empresarial, é uma função que ainda está se


desenvolvendo, mas as empresas já reconhecem a importância desse profissional
e sua atuação está em processo de consolidação nesse campo.

O pedagogo empresarial exerce um papel fundamental dentro da empre-


sa, pois ele proporciona um ambiente que gera mudanças comportamentais na

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

equipe, com isso tanto os funcionários ganham, pois sentem-se valorizados e mo-
tivados para produzir melhor, quanto à empresa, pois gera melhores resultados e
lucros.

Nesse sentido, Ribeiro (2010) afirma que a Pedagogia empresarial tem


como ocupação os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes
diagnosticadas como imprescindíveis para melhorar a produtividade da empresa.
Holtz, 2007 afirma que:

A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo obje-

tivo em relação às pessoas, especialmente nos tempos atuais. Uma Empresa sem-

pre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido,
liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, que dirige e lidera a atividade

com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos. A Pedagogia é a ciência

que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação

à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade


das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos. A Pedagogia também faz

o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realizá-los, de acordo com uma

determinada concepção de vida (HOLTZ, 2007).

LEIA MAIS:
Saiba o que é pedagogia empresarial e aplique com sua equipe

O sonho de qualquer gerente de vendas é contar com vendedores


MOTIVADOS. Você deseja ter ou integrar uma equipe de vendas qualifica-
da? Desempenhar um gerenciamento de time de maneira efetiva? Então
você precisa saber o que é pedagogia empresarial.
Investir na pedagogia empresarial manda uma mensagem poderosa

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

às suas equipes: mostra que o colaborador é o maior patrimônio da empresa.


Então, como utilizar a pedagogia empresarial a seu favor e transfor-
mar seus colaboradores em campeões de vendas? Veja como ela funciona
e a importância para o dia a dia de toda empresa.

Afinal, o que é pedagogia empresarial?

A pedagogia empresarial é um método que visa melhorar o desem-


penho dos colaboradores de uma corporação através de treinamentos e
capacitações. As principais situações em que as empresas buscam esses
formatos de treinamentos são:
• Treinar colaboradores em casos de mudanças na empresa;
• Aprender ou aprofundar conhecimentos. Para uma equipe de

97
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

vendas, por exemplo, treinamentos sobre técnicas de venda ou de relacio-


namento com o cliente
• Desenvolver habilidades de criatividade;
• Reforçar o espírito de equipe.
O objetivo é propor atividades e estimular o desenvolvimento pro-
fissional e pessoal dos colaboradores, por meio de diferentes formatos de
atividades. Por exemplo:
• Cursos de capacitação;
• Palestras;
• Atividades lúdicas
• Treinamentos in-company
• Treinamentos ao ar livre
• Atividades de team building, entre outras.
As ações variam de acordo com o objetivo, necessidade e tamanho
da empresa. Porém, independente da área de atuação e do número de co-
laboradores, é essencial saber o que é pedagogia empresarial e principal-
mente, a mudança que ela apresenta para uma empresa.

Qual é o (importante) papel do pedagogo empresarial?

A metodologia da pedagogia empresarial é relativamente recente.


Até poucos anos, o pedagogo era o profissional que atuava principalmente
na educação escolar. Porém, com o passar dos anos, isso tem mudado. A
visão que uma empresa possui sobre os seus colaboradores mudou.
Agora, as corporações valorizam mais o seu patrimônio humano e
entendem que as equipes precisam de qualificação contínua. Afinal, isso

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

contribui para a satisfação e a produtividade dos empregados.


Nesse cenário, o pedagogo empresarial começou a ganhar espaço
no mercado. Em parceria com o gestor da empresa, eles identificam qual a
melhor abordagem a ser feita e ações a serem desenvolvidas.
O objetivo é garantir uma melhor aprendizagem aos colaborado-
res, que tornam-se pessoas melhores, mais motivadas e qualificadas. Ao
pedagogo empresarial cabe a importante função de provar aos colabora-
dores que os investimentos nessas ações são positivas para todos. Assim,
fará ações que realmente engajem os funcionários. Também, é função do
pedagogo – juntamente com o apoio do gestor – desenvolver, aprimorar e
descobrir talentos dos colaboradores que já fazem parte da empresa, mas
que, até então, não haviam sido explorados ou descobertos.

Pronto para implementar uma cultura de pedagogia empresarial? Já sabe o


que é pedagogia empresarial, agora é mão na massa: como implementá-la
no dia a dia da empresa?

Implementar ações de pedagogia empresarial é algo que envolve e


mexe com a cultura de uma corporação. E, para obter sucesso nessa em-
preitada, é essencial contar com o apoio e envolvimento da liderança – ou
seja, do gestor. Esse é um processo contínuo de mudanças e objetivos a
serem cumpridos. Mais do que isso, e é importante ressaltar que a cultura
não é mudada de um dia para o outro. Para implementar essa mudança,
todos da empresa devem estar engajados. Desde o novo funcionário até o
mais antigo, passando, é claro, pelos cargos de gestão. Isso porque: muito
se educa por meio do exemplo. Os gestores também precisam levar a sério

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

esse processo para inspirar as equipes – que, sentindo-se motivadas, leva-


rão adiante esse sentimento.

O resultado de uma boa pedagogia empresarial?

• Clientes que percebem que estão lidando com profissionais qua-


lificados e engajados. Assim, ficam mais satisfeitos com os resultados e
voltam a buscar a sua empresa;
• Profissionais que estão no mercado e se interessam por integrar a
sua equipe. Afinal, todos desejam trabalhar em empresas que valorizam os
colaboradores;
• Conquista do mercado, atenção dos concorrentes e dos fornece-
dores. Isso porque: ao contar com uma equipe engajada e com uma cultura
organizacional forte, sua marca ganha em reconhecimento
• Colaboradores satisfeitos e retenção de talentos. já que os profis-
sionais sentem-se valorizados e pretendem continuar fazendo parte da sua
corporação.

A estrutura para implementar a pedagogia empresarial

Para implementar a pedagogia empresarial a instituição pode inves-


tir em procedimentos presenciais, EAD ou híbridos – ou seja, parte presen-
cial e parte on-line.
Se a empresa busca por implementar uma cultura de inovação, in-
vestir em plataformas tecnológicas pode ser um bom começo. Assim, pode
mesclar esse novo formato de ação com os presenciais para que, aos pou-
cos, os colaboradores fiquem familiarizados com esse método.

100
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

O importante é ressaltar que, independente, da plataforma esco-


lhida, o que importa é o conteúdo a ser passado. Ou seja: o gestor, em
conjunto com o pedagogo, deve definir os principais assuntos a serem tra-
balhados em cada ação.
O gestor deve produzir um cronograma para estipular datas e prazos
para cada atividade. Dessa maneira, mesmo que no começo haja pequena
resistência por parte dos colaboradores, ela será minimizada. Isso porque:
com o tempo, todos entenderão que o investimento nessa metodologia é
extremamente benéfico para todos os envolvidos.

Fonte: https://www.agendor.com.br/blog/o-que-e-pedagogia-empresarial/. Data de acesso:


01 de junho de 2019.

O CAMPO DE ATUAÇÃO DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL

A intervenção do pedagogo será no setor de Recursos Humanos (RH), pois


dentro da empresa surgirá a necessidade de discussão de assuntos relacionados
à equipe, debates de temas e o pedagogo desenvolverá dinâmicas de grupo, ciclo
de palestras, treinamentos, jogos de desenvolvimento, com o intuito da equipe
produzir resultados eficientes. (LOPES, 2008).

Para Datner (2006), a intervenção do Pedagogo será diretamente na área


de Recursos Humanos, onde desenvolverá dinâmicas de grupos, jogos de desen-
volvimento de equipes e outros.

101
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

Quando o pedagogo está introduzido na empresa, geralmente, ele tem o


setor de RH como seu campo de atuação delimitado, podendo trabalhar com as
seguintes funções:

• Investir na contratação de novos funcionários;

• Fazer entrevistas ou selecionar candidatos de acordo com o perfil da


empresa;

• Elaborar capacitações e treinamentos;

• Otimizar o clima organizacional da empresa;

• Motivar os funcionários;

• Gestão da qualidade;

• Desenvolver dinâmicas de grupo.

Cagliare (2009) afirma que:

O pedagogo empresarial está inserido auxiliando no desenvolvimento das compe-


tências e habilidades de cada indivíduo, para que cada profissional saiba lidar com

várias demandas, com incertezas, com várias culturas ao mesmo tempo, direcionan-
do o resultado positivo em um mercado onde a competição gera competição.

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

LEIA MAIS:

Pedagogia S/A: chegou a vez do ‘professor’ na empresa. O RH pede


ajuda

A instabilidade política e econômica brasileira está criando um mar


de desempregados e desocupados nacionalmente. O que antes era um
país que crescia em seus empregos formais de maneira nunca antes vista,
agora, estagnou em meio aos diversos problemas do setor econômico e
político. Essa nova conjuntura trouxe à tona as fraquezas também no setor
de RH.
Esse setor ainda é tido como um ambiente mais para burocrático
trabalhista nas companhias brasileiras. Não é difícil encontrar grandes em-
presas, renomadas nacionalmente, onde o setor de capital humano é de-
dicado quase que exclusivamente ao processo de seleção, contratação e
demissão, onde até mesmo no treinamento dos seus novos colaboradores
esse setor tem pouca participação, deixando a cargo dos supervisores e
líderes o treinamento desse novo potencial humano. Potencial esse que
muitas vezes nem é lapidado de maneira ‘brilhante’.
Segundo Silva (2009), o que se tem visto como políticas de RH em
muitas organizações são: jornais internos, festas de confraternização ao
final do ano, flores para as mulheres no dia da internacional da mulher,
cartões de aniversário, dia das mães e dos pais e outras atividades dessa
natureza e sem a mínima acuidade.

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UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

As empresas propõem diferentes modelos de desenvolvimento e


treinamento de pessoal, na busca por profissionais capacitados e especia-
lizados, para liderar grupos de trabalhos em situações adversas, mas es-
quecem que deveriam propor treinamentos e desenvolvimentos mais ade-
quados para desenvolver o capital humano, a ponto de tornar um grupo
maior de colaboradores detentores do saber e autogestores, bem como em
colaboradores empreendedores.
Mediante o cenário atual é chegada a hora de propor novos traba-
lhos ao setor de RH agregando valor e conhecimento ao mesmo, trazendo
para junto de si profissionais que são formados como especialistas no de-
senvolvimento de pessoas, os Pedagogos Empresariais. Esses profissio-
nais têm como foco a estruturação e reestruturação em áreas problemáti-
cas da empresa. Para Cagliari (2009), o pedagogo empresarial está inserido
auxiliando no desenvolvimento das competências e habilidades de cada
indivíduo, para que cada profissional saiba lidar com várias demandas, in-
certezas e várias culturas ao mesmo tempo, direcionando o resultado posi-
tivo em um mercado onde a competição gera mais competição.
É visto como Prado (2013) expõe que as organizações atualmen-
te visam novas competências dos funcionários, tendo em vista o mundo
globalizado e suas exigências. A tarefa do pedagogo empresarial estará
focada em analisar as necessidades e deficiências das organizações e as-
sim desenvolver projetos voltados ao aprimoramento das mesmas visan-
do trabalhadores críticos analíticos, ativos que resolvam seus problemas
e trabalhem em equipe sendo flexíveis as necessidades e transformações

104
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

atuais.
Na perspectiva do RH, segundo Ribeiro (2011) o pedagogo trans-
forma os indivíduos de maneira a valorizá-lo e gerar mudanças. A empresa
também é um espaço educativo que visa atividades objetivadas e, portan-
to, a pedagogia visa garantir estratégias para o aprimoramento de conhe-
cimento com ideias e objetivos pré-definidos e provocar assim mudanças
no desempenho individual. Nesta perspectiva, a pedagogia empresarial se
ocupa basicamente com conhecimentos, as competências e habilidades e
as atitudes diagnosticadas como indispensáveis/necessários da melhoria
da produtividade.
Prado e Gonçalves (2009) se complementam quanto a suas ideias
de que, para o primeiro na era do conhecimento na qual estamos, exige-se
que os profissionais se atualizem constantemente. As habilidades e compe-
tências são capacidades necessárias para executar, analisar e desenvolver
com sucesso as tarefas. Nesse processo de aprendizado o pedagogo em-
presarial deve ter a habilidade, o olhar, a consciência de que está desen-
volvendo projetos com seres humanos e que os mesmos devem ser parte
ativa nesse processo. E para o segundo a atuação do pedagogo empresa-
rial, à educação integral, isto é, ao processo de influenciar e sugestionar
positivamente os funcionários em todos os aspectos da sua personalidade.
Vão proporcionar o desenvolvimento da produtividade pessoal nas mais
diversas atividades. Portanto, deve demonstrar com o seu trabalho pratico,
na empresa, os efeitos benéficos da adoção de várias atividades educati-
vos.

105
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

Em suma, se você não quer se desfazer do seu colaborador, tenha


em mente que desenvolver pessoas é mais do que cuidar, é mais do que
informar, é mais do que motivar, é apresentar as possibilidades e permitir
que todos possam desenvolver seu potencial, suas habilidades se tornando
eficientes no que fazem, enriquecendo seu ‘eu profissional’. E é papel do
Pedagogo no setor de RH humanizar os indivíduos (Prado, 2009).

Fonte: https://administradores.com.br/artigos/pedagogia-sa-chegou-a-vez-do-professor-
-na-empresa-o-rh-pede-ajuda. Data de acesso: 01 de maio de 2019.

ATRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO EMPRESARIAL

O pedagogo irá auxiliar no crescimento de cada colaborador e deverá ter


uma relação interpessoal saudável no trabalho, mediando conflitos de relaciona-
mentos, trocando informações, exprimindo muitas vezes aflições que podem ocor-
rer durante o trabalho. (LOPES, 2008).

Holtz (2006) pontua alguns aspectos referente às responsabilidades do pe-


dagogo empresarial, são elas:

1. Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a

otimização da produtividade das pessoas humanas (...); 2. Conhecer e trabalhar na

direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa onde trabalha. 3. Conduzir

com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa - dirigentes e fun-


cionários (...). 4. Promover as condições e atividades práticas necessárias - treina-

mentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc. 5. Aconselhar,

106
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os
funcionários e destes para com as chefias (...); 6. Conduzir o relacionamento humano

na Empresa, através de ações pedagógicas, (HOLTZ, 2006).

É necessário que o pedagogo empresarial desenvolva alguns conhecimentos es-


pecíficos, no intuito de obter melhores resultados, para isso o pedagogo precisa:

Entender a cultura da empresa e saber intervir nela; Compreender a dinâmica da

realidade empresarial utilizando-se das diferentes áreas do conhecimento para im-


plementar programas de educação continuada; Identificar os processos de aprendi-

zagem que se desenvolvem na prática concreta da empresa; Compreender de forma


ampla e consistente o fenômeno e as práticas educativas que se dão no espaço da

organização; Compreender o processo de construção do conhecimento no indivíduo


em seu contexto de trabalho; Estabelecer diálogo de troca com as demais áreas de

conhecimento presentes na empresa; Desenvolver metodologias e materiais peda-


gógicos adequados à utilização das tecnologias da informação e comunicação na

prática educativa; Articular atividades de aprendizagem planejamento, executando e


avaliando as mesmas; elaborar projetos de aprendizagem orientados pelos valores

expressos pela empresa assim como pela missão e visão da mesma; Trabalhar as
questões comportamentais e relacionais que se manifestam nos locais de trabalho.

(VIEIRA & MARON, 2002, p. 18).

LEIA MAIS:
O perfil demandado pelo mercado

Então, que tal pensarmos um pouco nas características que o pro-


fissional de Pedagogia precisa ter para ser bem-sucedido?

107
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

Responsável: Formar mentes é uma grande responsabilidade,


que vai além da pontualidade e da capacidade de entregar ta-
refas no prazo ou cuidar dos estudantes com a segurança que
eles precisam. Toda essa responsabilidade, que faz parte das
atribuições da maioria dos trabalhadores, tem um peso ainda
maior no caso do educador. Ele precisa repensar constante-
mente a sua prática, para garantir os melhores resultados, não
só no aspecto pedagógico, mas principalmente no que diz res-
peito à formação de seres humanos.

Gosta de trabalhar com pessoas: Embora alguns cargos técni-


cos possam ser bem burocráticos, especialmente nos órgãos
oficiais, a maioria dos pedagogos trabalha com gente. O de-
senvolvimento das pessoas é seu principal objetivo. Por isso,
uma característica que faz muita diferença é gostar de lidar com
elas!
Esse é um diferencial que vai garantir satisfação no trabalho.
Além disso, os estudantes ou público-alvo costumam reagir ao
afeto com uma capacidade de aprendizagem potencializada.
Quem gosta do educador, sente mais prazer em estudar.

Inquieto: O educador está sempre lutando pela transformação


social. Por isso, ele não pode ser uma pessoa acomodada. Com

108
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

a sociedade em permanente mudança, sempre é necessário


evoluir e adotar novas práticas para alcançar a mente dos es-
tudantes. Por isso, o profissional de Pedagogia, independente-
mente de sua função, está sempre em busca de aperfeiçoar as
técnicas e os métodos para garantir a eficiência de suas ações
no ensino.

Organizado: atividade pedagógica exige bastante organização.


Para criar um planejamento de ensino eficiente, é preciso con-
siderar vários fatores: idade e conhecimento dos alunos, sequ-
ência dos conteúdos, programação do tempo ideal para exe-
cutá-lo, a documentação necessária em cada caso, etc. Enfim,
nas mais diferentes funções que um pedagogo pode exercer, há
muitas atividades que exigem organização. Ela garante o bom
andamento do trabalho e, no caso da rotina escolar, o cumpri-
mento de determinações dos órgãos governamentais relaciona-
dos à Educação.

Inovador: Uma breve experiência com educação mostra ra-


pidamente que os seres humanos são muito diferentes. Essa
diversidade também aparece nas situações relacionadas ao
ensino. Os alunos possuem estilos de aprendizagem muito dis-
tintos, além das características específicas de cada idade e as

109
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

necessidades especiais que podem surgir a qualquer momen-


to. Para atingir os estudantes levando em conta suas diferentes
características, só há uma opção: inovar. O pedagogo precisa
buscar soluções,para atender a essas demandas, e nem sem-
pre vai encontrar uma resposta já pronta. Ele vai precisar buscar
novas alternativas e, em alguns casos, desenvolvê-las.

Curioso: Vivemos na sociedade do conhecimento. O que é novo


hoje, será obsoleto amanhã. Ao mesmo tempo, temos concei-
tos consolidados há séculos convivendo com pesquisas que
atualizam nossos conhecimentos e revolucionam o mundo a
cada dia. Diante desse quadro, como um educador pode se
acomodar? Deixar de adquirir conhecimento e investir tempo
e recursos em buscar novas informações é uma atitude impen-
sável! O profissional de Pedagogia precisa gostar de aprender.
E isso não pode acontecer apenas em relação aos assuntos de
sua profissão ou aos conteúdos que são ensinados na escola.
Tão importante quanto dominar sua técnica é estar antenado ao
que acontece no mundo, identificar o que é relevante e utilizar
esses exemplos práticos para aplicar o conhecimento e mostrar
aos alunos como as coisas funcionam.

Antenado às novas tecnologias: Pedagogia trata de muito mais


do que ensino. Ela é um instrumento fundamental de preparação

110
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

para a vida. E no século XXI ninguém pode se considerar pre-


parado para lidar com os desafios da vida social e profissional
sem um bom domínio das ferramentas tecnológicas. Portanto, o
profissional de Pedagogia também precisa preparar seus alunos
para essa realidade. A utilização de aplicativos já é tão impor-
tante quanto o manuseio da caneta, e os dispositivos digitais
precisam fazer parte da escola assim como estão presentes em
nossa vida. Por isso, o pedagogo precisa estar antenado a essa
necessidade e fazer da tecnologia uma parte normal de sua prá-
tica. Ela vai contribuir não só para o preparo de seus alunos para
a vida, mas será um recurso pedagógico que chama a atenção
dos estudantes e pode potencializar os resultados do ensino.

Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/co-
nheca-as-varias-areas-de-atuacao-para-o-profissional-de-pedagogia/73479.
Data de acesso: 30 de maio de 2019.

Para se aprofundar mais sobre o assunto, indico os artigos em formato

PDF, que segue no link abaixo. Vamos acessar?

111
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

LINKS PARA SE APRONFUNDAR NO CONTEÚDO!

http://educonse.com.br/2012/eixo_02/PDF/18.pdf

http://www.unifan.edu.br/files/diracademica/TCC%20Pedagogia%20

Tainara%20Holanda%202011%201.pdf

https://editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_

EV073_MD4_SA17_ID7650_11092017152852.pdf

http://www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/monografias/NHPCS.2009.pdf

https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/845/1/2015Cristiani-

MariaJoraLorensini.pdf

SUGESTÕES DE LEITURAS

112
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

Enfim, terminamos nossa disciplina! Espero que você tenha

aproveitado ao máximo e saia daqui cheio de novos conhecimentos!

Foi um prazer imenso estar com você.

Até a próxima!

Exercício da Unidade III


1-O que é Pedagogia Empresarial?

2-Em quais ambientes não escolares o pedagogo pode atuar?

113
UNIDADE III - A Pedagogia Empresarial

3-Qual é o fator em comum que possibilita a atuação do pedagogo

tanto dentro de sala de aula, quanto fora do contexto escolar?

4-Geralmente, em qual setor da empresa o pedagogo fica alocado?

5-Cite algumas atribuições do pedagogo empresarial.

114
REFERÊNCIAS
1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação e da pedagogia: geral
e Brasil. 3 ed. SP: Moderna, 2006.

2. BRASIL. Lei 5.540/1968. Fixa normas de organização e funcionamento do en-


sino superior e sua articulação com a escola média. Acesso em 30 maio. 2019.

3. CAGLIARI, D. (2009). O pedagogo empresarial e a atuação na empresa.


Disponível em: Acesso em: 01 de junho de 2019.

4. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (Brasil). Conselho Pleno. Parecer


CNE/ CP n. 5/2005. Diretrizes curriculares nacionais para o curso de pedago-
gia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 maio 2006. Acesso em: 30 maio.
2019.

5. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 8. ed. Rio


de Janeiro: Campus, 2011.

6. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:


Campus, 2001.

7. CURY, Antônio. Organização e Métodos: uma visão holística. 8 ed. Ver. E ampl.
– 3. Reimp. – São Paulo: Atlas, 2007.

8. DATNER, Yvette. Jogos para educação empresarial: jogos, jogos dramáticos,


roleplaying, jogos de empresa. São Paulo: Ágora, 2006.

9. DRUCKER, Peter F. Introdução à Administração. V.1. São Paulo : Pioneira,


REFERÊNCIAS
1977.

10. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 22ª. ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1996.

11. HOLTZ, Maria Luiza Marins. LIÇÕES DE PEDAGOGIA EMPRESARIAL.


Disponível em:<http://www.mh.etc.br/documentos/licoes_de_pedagogia_
empresarial.pdf> Acesso em 30 maio. 2019.

12. HOLTZ, Maria Luiza M. Lições de pedagogia empresarial. MH Assessoria


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