Mégaros, o Deus das Tempestades
Por Guilherme "Heaven Hellion" Martins
Mégaros é o deus supremo das tempestades e da
força destrutiva da natureza. Temido entre os
homens civilizados e adorado por povos bárbaros e
selvagens, o controverso e sempre temido Mégaros
é caótico e representa um das faces sinistras e
violentas da natureza.
Conta-se que em tempos imemoriais a terra e o céu
pariram dois filhos, nascidos gêmeos, mas opostos
tanto em caráter como em aparência. Um desses filhos
seria Mégaros, o Regente dos Trovões, o Arauto da
Tempestade. Mégaros é sempre cultuado por povos
bárbaros das montanhas, que respeitam seu poder
sobre o meio em que vivem. Homens civilizados
costumam tremer ante o nome do deus, pensando em
tempestades e catástrofes. Dentro dos limites do
Reinado, falar o nome de Mégaros é sinal de mau
agouro entre muitas pessoas.
Mégaros é o deus responsável pelas tempestades,
furacões, ciclones e até mesmo terremotos, que as
pessoas acreditam ser o martelo de Mégaros batendo
na terra. Seu poder compreende diversos aspectos do
caos natural, tal é o temor que Mégaros incita que seu
culto só é permitido porque os seus sacerdotes
apaziguam a fúria do deus em troca de grandes
oferendas. Entre os povos bárbaros entretanto, ele é
cultuado por sua força e majestade, embora continue
sendo temido.
Mégaros costuma ser descrito como um gigante de
barbas e cabelos longos e ruivos, vestindo uma imensa
armadura e empunhando um martelo despropor-
cionalmente grande. Ele cavalga uma carruagem
puxada por quatro bodes, eles representam o Trovão, o
Raio, o Terremoto e o Turbilhão, seus nomes são
Torodrim, Raradrim, Teradrim e Tiadrim. O símbolo
de Mégaros é um martelo de cabeça para baixo, com
quatro raios saindo de sua cabeça.
Motivações: Mégaros é o senhor das tempestades, é
também o senhor das catástrofes naturais. Ele é um
deus volátil e emotivo, que zanga-se com facilidade e
despeja sua ira sob os céus mortais. Ele valoriza a
bravura e a força para enfrentar as dificuldades, e
premia aqueles que sobrevivem as dificuldades da
natureza. Sua fama de mau entre os homens é
infundada, ele não é a favor da destruição absoluta e
sim da destruição ocasional, que é um parte
importante da natureza. Seu papel é o do caos que
interpola a ordem, gerando assim a igualdade, nesse
ponto seu irmão Mórion e ele mantém um delicado
equilíbrio. Após a chegada da Tormenta, o deus das
tempestade tem ficado cada vez mais irritadiço e
preocupado, pois teme que a força que está por trás da
tempestade rubra esteja planejando tomar o seu lugar.
Outros Nomes: Goutarim entre os anões; Kraam entre
os Bárbaros; Bredrok entre os goblinóides e Soutarién
entre os elfos. Também é conhecido como o Arauto da
Tempestade e o Regente dos Trovões.
Avatar: Sua forma preferida é a de um gigante de
barbas ruivas. Nessa forma ele empunha um martelo
colossal que detém a maior parte dos seus poderes, é
através dele que convoca os trovões e nuvens e é o seu
impacto que faz os céus rugirem em fúria e a terra
tremer. Diz a lenda que o Martelo de Mégaros foi
forjado nas entranhas da terra e resfriada no frio das
alturas, e que apenas o próprio Mégaros tem força
suficiente para empunhar a colossal arma.
Embora o gigante ruivo seja sua forma preferida ele
também pode aparecer em muitas formas: um jovem
pagem com túnicas leves que cavalga o ar e viaja na
velocidade do vento leste; um corvo negro sinal de
mau agouro ou um jovem loiro e de uma beleza
inacreditável, mas que traz a destruição para aqueles
que caem em seus encantos.
Clérigos de Mégaros
Também chamados de Clérigos da Tempestade, os
clérigos de Mégaros são, assim como seu deus,
vistos com um misto de medo e admiração. São
raras as pessoas que tem a coragem suficiente para
enfrentar o olhar de um clérigo de Mégaros. São
conhecidos pela alcunha de "Corvos da
Tempestade", devido ao seu hábito de usar mantos
negros como a noite.
Embora os Corvos sejam fortes, eles são raros, pois
poucos seres suportam as duras provações enfrentadas
nos rituais de passagem de Mégaros. Eles são
submetidos a grandes provações como subir
montanhas correndo, nadar em mares revoltosos e
ficar próximos a tufões. Apenas os maios fortes
sobrevivem as provas e se tornam clérigos de
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Mégaros. Depois de passados os testes o novo clérigo
é levado para um dos templos de Mégaros
( normalmente grandes monólitos de pedra encravados
em montanhas ) e a doutrina é ensinada por um Corvo
mais velho.
Clérigos de Mégaros tem comportamentos bem
distintos: Uns espalham a destruição e o caos onde
chegam; outros se dedicam a viajar e avisar sobre as
futuras catástrofes; existem também os que
estabelecem grandes cultos e oferendas para apaziguar
a ira do deus sob uma região; e há por último e mais
comuns aqueles que simplesmente seguem a vida
realizando um pouco de todas essas funções e sempre
procurando por grandes manifestações do poder de
Mégaros para enfrentá-las e superá-las.
Como deve ser facilmente notado, a maioria dos
clérigos não são nem de longe tão furiosos como seu
deus. Eles dedicam a vida a enfrentar e superar os
desafios que surgem na sua frente, avisar sobre
catástrofes iminentes para que as pessoas possam se
preparar e ocasionalmente espalhar um pouco de caos
e destruição selecionadas. Eles tem por hábito usar
mantos negros e armaduras pesadas sob o manto.
Poderes Garantidos: Um clérigo de Mégaros tem um
senso preciso do clima, sempre sabendo quando vão
ocorrer mudanças climáticas, chuvas, tempestades
ciclones e outros. Sacerdotes de Mégaros também
recebem um os seguintes poderes:
 Poder Mágico Ampliado: Um clérigo de
Mégaros tem poder ampliado em todas as
magias relacionadas com chuvas, tempestades
e terremotos ( Em AD&D tem o alcance, a
duração e o dano da magia duplicados; em
GURPS recebem um bônus de +3 no NH das
mágicas; e em 3D&T eles realizam as magias
como se possuíssem mais um ponto de Focus
nos caminhos Ar e/ou Água ).
 Fúria da Tempestade: Uma vez por dia,
durante um combate, o Corvo da Tempestade
pode convocar para si o poder de Mégaros. Tal
convocação faz com o clérigo ganhe mais 10
Pontos de Vida ( 5 em 3D&T ) e transforma
seu martelo em uma cópia menor do martelo
de Mégaros, podendo ser arremessado até 20
metros de distância ( em 3D&T a Força pode
ser usada como PdF ) e causando um bônus de
+3 ( +1 em 3D&T ) nos ataques e danos,
fazendo um barulho semelhante ao estrondo
de trovões quando acerta um alvo. O martelo
sempre retorna as mãos do dono se não for
impedido.
Além desses poderes, se necessário um clérigo de
Mégaros pode sacrificar sua própria força vital ( 2
pontos de HT em GURPS; 2 pontos de Constituição
em AD&D; ou 1 ponto de Resistência em 3D&T )
para convocar uma tempestade apocalíptica numa área
de meio quilômetro quadrado, nessa área todos que
estiverem dentro serão varridos por relâmpagos e
ventos de furacão. Tal poder só é reservado a ocasiões
muito raras e apenas pode ser usado sob aprovação
direta de Mégaros.
Obrigações e Restrições: Mégaros sempre exige de
seus servos grande força física e vigor para suportar
seus testes, fato que obriga aos Corvos da Tempestade
terem que ser muito fortes e resistentes ( ST e HT 14
ou mais em GURPS; Força e Constituição 15 ou mais
em AD&D; e Força e Resistência 2 ou mais em 3D&T
) para suportar as dificuldades das provações nos
testes de seleção.
A única arma permitida aos clérigos de Mégaros é o
martelo de guerra. Adicionalmente eles devem uma
vez por ano enfrentar Mégaros de frente e sobreviver.
Isso significa que ele deve ir a algum local remoto em
peregrinação e enfrentar os rigores que Mégaros lhe
enviar. Durante essas provações Mégaros se empenha
em fazer o sacerdote desistir ou até mesmo morrer. Se
o Corvo deixar de cumprir essa obrigação ele perde
todos os poderes. Muitos sacerdotes mais velhos
sabem que o ritual é o mesmo que a morte, mas
mesmo assim vão ao encontro de Mégaros morrer com
coragem e vontade.
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