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7 Erros Fatais Que 95% das Pessoas

Cometem ao Investir

Eduardo Cury Gabriel Cavalcanti


Diga não à pirataria!
ISBN: 978-85-918209-1-7
Se você está lendo esse livro, tenho certeza que estou diante de uma pessoa inteligente e ética.
Por isso mesmo, sei que temos a mesma opinião sobre a pirataria: ela é injusta, errada, além de
crime, segundo a Lei de Direitos Autorais, nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agradeço por não repassar essa obra a quem não tem permissão e a não a comercializar de forma
ilegal.
Eduardo Cavalcanti
contato@eduardocavalcanti.com
www.eduardocavalcanti.com
Sumário
Quem sou eu?
Introdução
1) Erro 1
2) Erro 2
3) Erro 3
4) Erro 4
5) Erro 5
6) Erro 6
7) Erro 7
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Quem sou eu?
Pós-Graduado em Finanças, Investimentos e Banking (PUCRS)
Especialista em Mercado de Capitais (ANBIMA)
Consultor de Valores Mobiliários (CVM)
Analista de Valores Mobiliários (APIMEC)
Certificado CPA-20 (ANBIMA)
Além disso, possuo mais de 6 anos de experiência no Mercado Financeiro e atuo de
forma autônoma e isenta de interesses de terceiros por trás através do meu canal no Youtube,
página do Facebook, meu site de Análise Fundamentalista de Ações e site de Fundos
Imobiliários. Trabalho também com treinamentos online focados em como o pequeno investidor
pode construir um patrimônio sólido investindo nas melhores ações da Bolsa de Valores.
Minha missão é simplificar a vida das pessoas nos investimentos. Resolvi então
escrever este eBook para divulgar informação de qualidade sobre Educação Financeira e difundir
minha filosofia de investimentos, ajudando o maior número possível de pessoas a começar a
investir sem cometer estes sete erros fatais.
Introdução
“Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros
dos outros.” Augusto Cury
Parabéns por buscar informações a respeito da sua vida financeira, ou melhor, dos seus
investimentos!
Eu poderia simplesmente fazer como a grande maioria dos sites e livros de educação
financeira e apenas lhe explicar como funcionam a maioria dos investimentos, mas será que é
isso mesmo que você precisa saber para ficar rico? Este conhecimento é sim importante, e estarei
sempre aqui para lhe ajudar nesse sentido, mas o que você está prestes a ler é a chave secreta
para você sair na frente da maioria das pessoas que investem ou pensam em investir no Brasil.
Segundo a consultoria de gestão britânica Oliver Wyman, presente em mais de 25 países,
95% dos investidores brasileiros são preguiçosos e perdem dinheiro com isso. Pelo menos 4,8
milhões de brasileiros estão jogando seu dinheiro fora, ou melhor, estão jogando dinheiro no
bolso dos gestores que administram seus recursos. E por que isso acontece? Porque as pessoas
acham que é complexo ou difícil aprender a gerir seu próprio patrimônio. Lembre-se: ou você
aprende a cuidar dos seus investimentos ou vão cobrar caro para cuidar deles pior do que você.
Por isso criei esse eBook. Quero que você abra um pouco a sua mente e evite agir como
a maioria das pessoas, que, infelizmente, nunca vão conseguir atingir sua liberdade financeira. A
quantidade de pessoas perdidas em relação aos seus investimentos aumenta cada vez mais,
mesmo com a internet crescendo e as informações chegando a mais pessoas. Isso acontece
porque mesmo para quem está disposto a adquirir conhecimento, não é fácil encontrar
informação de qualidade. Se toda informação disponível realmente funcionasse, todas as pessoas
estariam ricas, concorda?
Se você nunca se sentiu seguro para começar, não se preocupe, a culpa não é sua. Na
verdade, investir não é complexo, muito pelo contrário, mas a maior parte da mídia não fala o
que você realmente precisa saber sobre o assunto e isso faz com que as pessoas fiquem
completamente perdidas, tendo que contar com a sorte para achar informação de qualidade.
Não sei como você veio parar aqui, mas baseado no que eu disse acima, pode se
considerar um baita sortudo! Eu mesmo perdi muito dinheiro e levei diversos tombos antes de
aprender o que você verá a seguir e para te ajudar a iniciar sua jornada dentro do mundo dos
investimentos, resolvi listar os sete principais erros que 95% dos brasileiros cometem ao investir.
Como diz Augusto Cury com a frase que abre este livro, você não precisará cometer esses erros
ao tentar alcançar sua independência financeira. Aproveite que os outros já erraram (e ainda
erram) e aprenda com eles.
Vamos começar?
1) Dar importância ao que a mídia fala sobre
investimentos.
“Wall Street é o único lugar onde as pessoas chegam em um Rolls-Royce para obter conselhos
daqueles que pegam o metrô.” Warren Buffett
É fato que quando buscamos algum tipo de informação nós tendemos a acreditar no que
os Jornais, os Analistas, os Economistas, as Corretoras, os Bancos e o Governo falam sobre
investimentos, não é? Entretanto, eu tenho uma notícia ruim para te dar: Nada vai te fazer perder
mais dinheiro do que isso. Antes de te explicar porquê, quero te fazer algumas perguntas:
Você conhece algum Analista rico?
Você conhece algum Gerente de Banco rico?
Conhece algum Corretor da Bolsa de Valores rico?
É lógico que há exceções, mas concorda que se a maioria deles soubesse realmente o que
vai acontecer com a economia no futuro e quais as melhores opções de investimento a maioria
deles já estaria aposentada e rica? Como diz o autor do livro Pai Rico Pai Pobre, Robert
Kiyosaki, então por que você ouviria conselhos, ou pior, colocaria o seu patrimônio nas mãos de
algum deles se a maioria não é rica? Um exemplo disso é a reportagem do UOL Economia de
Janeiro de 2015, que diz o seguinte: “Analistas consultados pelo Banco Central não acertam
previsões do PIB desde 2008”.
O que nós vemos na mídia é uma enxurrada de informações, ou melhor, de
recomendações sobre investimentos, principalmente baseadas em suposições do que vai
acontecer com a economia no futuro. Ao invés de educar as pessoas, eles preferem indicar. É por
isso que grande parte da população se torna preguiçosa e prefere buscar alguma dica milagrosa
ao invés de aprender por si própria como gerir seu patrimônio. O que você acha mais fácil:
Aprender o que é uma ação, um fundo imobiliário, o Tesouro Direto ou escutar a recomendação
de quem, teoricamente, entende sobre o assunto?
Eu sei que é tentador seguir essas dicas, pois parece o caminho mais fácil. Entretanto,
nos maiores sites, revistas e jornais, você não vai ver como investir e sim onde investir. Caso
exista alguma matéria sobre educação financeira, provavelmente não será na capa do jornal ou da
revista. Vou te provar o que estou falando com alguns exemplos de títulos de matérias reais:
“Analistas preveem dólar a R$ 4,70 e sugerem até consignado para comprar já”;
“Analistas recomendam 5 fundos imobiliários para este mês”;
“É hora de comprar ações da Petrobras? Especialistas respondem”.
Praticamente todas essas notícias chegam atrasadas para os leitores, ou seja, quando você
lê a informação, ela já está defasada. Não entendeu? Vou dar um exemplo para que você possa
entender melhor o que estou dizendo. Em 2007 foi publicada uma matéria na capa de uma
famosa revista com o título: “Ganhei R$ 1 milhão na Bolsa”.
Esse é o exemplo típico de matéria que passa a ilusão de que qualquer um pode ficar rico
com a Bolsa de Valores. Agora, vamos refletir porque essa matéria virou capa de revista: a Bolsa
vivia um excelente momento, mas você acha que este ótimo momento da Bolsa aconteceu de
uma hora para outra? Que em um dia ela estava mal e no outro, capas de revista estavam
exaltando seu ótimo desempenho? Que o personagem desta capa ganhou 1 milhão de reais de um
dia para o outro?
É óbvio que não! A bolsa vinha em forte alta desde o final de 2002, ou seja, 5 anos de
alta contribuíram para que matérias como essa fossem publicadas. E durante estes 5 anos você
acha que os profissionais de mercado já não sabiam que a Bolsa estava em alta? Você acha que
eles já não tinham se beneficiado deste bom momento, muito antes dele virar capa de revista,
com estratégias que não cabe a mim agora explicar?
Antes de qualquer informação ser digna de estampar uma capa de revista, muita gente já
ganhou dinheiro nos bastidores. Do contrário, porque essa informação sequer seria noticiada?
Infelizmente, quando a maioria das pessoas vê uma capa como essa e imagina ser o melhor
momento para entrar na Bolsa de Valores, na verdade, pode ser o oposto.
Imagine que você tenha comprado uma ação em 2002, no início da alta. Em 2007 capas
como essa são divulgadas e milhares de pessoas entram na Bolsa. E como que elas entram?
Comprando ações. Talvez você acredite que seja um bom momento para você vender estas
ações, afinal, só o Ibovespa subiu, aproximadamente, 800% no período. E o que acontece se tem
mais gente querendo vender do que comprar, se todas as pessoas que aproveitaram esse período
de alta resolvem realizar lucro? A bolsa cai! Esse é o perigo de operar baseado em notícias. O
mesmo acontece para uma situação oposta, ou seja, para uma notícia ruim, em um momento de
queda da bolsa. No fundo da crise de 2008 outra revista publicou uma matéria de capa com o
título: “A Bolsa virou mico?”.
A crise, novamente, não aconteceu do dia para a noite. Quem viveu a crise já adotou suas
próprias estratégias e já vendeu os ativos que julgava necessário muito antes dessa capa vir à
tona. O resultado? As pessoas, assustadas com capas como essa, vendem tudo o que tem na
bolsa, por qualquer trocado. Muita gente pode achar um bom negócio comprar ações de algumas
das melhores empresas do país por um preço tão baixo. O que pode vir a acontecer? Um período
de alta, com diversas pessoas comprando ações.
Resumo da história: ninguém é capaz de prever o comportamento humano e, por
consequência, o comportamento do mercado. Se você se guiar por notícias, que como expliquei,
estão sempre atrasadas, é certo que você irá perder dinheiro e este é um dos erros mais comuns
das pessoas. Você pode até dar sorte uma vez ou outra e ganhar dinheiro levando em
consideração esses “bullshits”, mas no longo prazo o seu patrimônio será destruído. Como eu
mencionei na introdução, não se preocupe, pois a culpa não é sua! Nós somos influenciados
desde cedo a acreditar nessas balelas e o único jeito de sair dessa “corrida dos ratos” é se afastar
da mídia, da maioria perdedora, parar de ler essas notícias e buscar informação de qualidade.
Nunca se esqueça: Ninguém tem o poder de prever o futuro! Então por que você acha
que esses profissionais de mercado vão conseguir e que a melhor maneira de você ficar rico é
seguir as suas recomendações? Pense bem nisso.
2) Querer encontrar a “galinha dos ovos de
ouro”.
“O segredo do sucesso não é prever o futuro. É preparar-se para um futuro que não pode ser
previsto.” Michel Hammer
Como expliquei no primeiro erro, somos bombardeados por todos os lados com notícias
que não nos levam a lugar nenhum. Como consequência, a maioria das pessoas não está
preocupada em aprender sobre investimentos e sim em descobrir qual o “melhor investimento do
momento.” Se fosse possível prever qual “o melhor investimento”, viveríamos em um mundo de
milionários, concorda?
A maioria está preocupada em descobrir qual a hora certeira para comprar e vender um
ativo, ou seja, qual o momento em que consegue comprar pelo menor preço e qual o momento
em que consegue vender esse mesmo ativo pelo maior preço possível, aumentando assim sua
rentabilidade. Um exemplo bem comum é quando o Governo altera a taxa Selic, que é a taxa de
juros básica da economia. No dia seguinte você, com certeza, verá manchetes parecidas com:
“Governo altera Selic, onde devo investir agora?”;
“Vale a pena investir em Renda Fixa com a Selic atual?”;
“Com aumento da Selic, surgem oportunidades na Renda Fixa”.
Todo mundo quer descobrir a oportunidade do momento, a “galinha dos ovos de ouro”, o
investimento mais rentável, mais seguro, ou seja, saber a hora certa de entrar ou sair de um
investimento baseado no que a Corretora, o Banco, o Analista, a revista ou o jornal disse, por
exemplo. Esse erro é um dos principais motivos pelos quais as pessoas nunca enriquecem. Se
elas parassem de trocar seus investimentos, baseando-se em notícias, com certeza muitas já
teriam uma qualidade de vida bem superior ao que tem hoje. Ao terminar a leitura deste livro,
você entenderá perfeitamente porque afirmo isso.
Acertar a hora de entrar e sair de um investimento se chama “Market Timing”. Essa
estratégia é para poucos profissionais de mercado excepcionais, com muito conhecimento e
experiência de mercado, que se beneficiam da variação dos preços de alguns ativos e ganham
dinheiro acertando a hora certa de entrar e sair de um investimento. Repetindo: Poucos
profissionais de mercado excepcionais. Mesmo assim, a maioria deles também perde dinheiro
com essa estratégia. Se a maioria deles perde, por que você acha que alguma pessoa com menos
conhecimento irá ganhar?
Para reforçar, quero lhe provar com alguns estudos o que estou dizendo. Vou colocar o
resumo de cada um abaixo e se quiser vê-los na íntegra, vou disponibilizar os links nas
referências bibliográficas do livro.
Estudo 1: “A cada 1.000 pessoas que tentam aplicar o Market Timing,
apenas 2 são bem sucedidas.”
Um estudo publicado no Financial Analyst Journal verificou qual a melhor estratégia:
Market Timing ou Buy&Hold (que é “comprar e segurar” ou “comprar e não vender”). Os dados
utilizados foram de 1926 a 1999, considerando as 6 maiores classes de ativos dos Estados
Unidos. Eles analisaram variações mensais, quadrimestrais e anuais baseadas em Market Timing,
produzindo mais de 1 milhão de resultados diferentes. Cada resultado foi comparado à estratégia
de Buy&Hold no mesmo período.
A conclusão foi que a estratégia Buy&Hold foi melhor na grande maioria das
simulações, chegando a atingir percentuais de 99.8% do tempo, ou seja, a cada 1.000 pessoas que
utilizam o Market Timing, apenas 2 conseguem bons resultados.
Estudo 2: “Gurus do Market Timing precisam acertar no mínimo 74% do
tempo para obter bons resultados.”
Quanto tempo um guru do Market Timing precisa estar certo para obter um retorno
melhor do que a média de uma determinada carteira de ações, como por exemplo, o Ibovespa?
Essa pergunta foi respondida pelo ganhador do prêmio Nobel, William Sharpe, em seu estudo de
1975: “Ganhos Razoáveis Através de Market Timing”. Ele concluiu que uma pessoa precisar
acertar 74% do tempo para obter ganhos superiores ao de algum investimento com o mesmo
nível de risco.
Em 1992, a SEI Corporation atualizou o seu estudo com dados de 1901 a 1990 do
mercado de ações. Com os novos dados, os ditos gurus precisariam acertar no mínimo 69% do
tempo. Já sabemos agora quanto tempo um profissional de mercado precisa estar certo para obter
ganhos razoáveis, mas qual o % na vida real que alguns deles atingem?
Essa pergunta foi respondida pela CXO Advisory Group que procurou relatórios,
análises ou indicações de vários profissionais de mercado, considerados verdadeiros gurus e
classificou as suas recomendações em “Correto”, “Incorreto” ou “Indeciso”. O gráfico a seguir
demonstra o % de acerto de 28 gurus do Market Timing bem conhecidos nos Estados Unidos,
através da coleta de 4.629 recomendações feitas durante o período de 2000 a 2012:
Fonte: ifa.com/12steps/step4
Ao analisar este gráfico, notamos que nenhum deles conseguiu atingir a marca de
William Sharpe de 74% e nem da SEI de 69%. Na verdade, muitos deles não tiveram precisão
nem para superar a carteira teórica do índice S&P500, que funciona como um termômetro do
mercado dos EUA, como o Ibovespa, no Brasil, por exemplo.
Estudo 3: “96% dos Gestores de Fundos Multimercado Falham em Bater o
Mercado.”
Quando você investe em um fundo de ações ou multimercado (fundos que podem
investir em qualquer ativo, seja renda fixa ou variável), espera no mínimo um retorno maior do
que simplesmente o Ibovespa ou a Selic, por exemplo, concorda? Do contrário, para que pagar
alguém para escolher os investimentos por você? Mas na realidade, até os Gestores de fundos,
que se dedicam 100% do tempo ao mercado, falham, segundo estudo.
Robert Arnott, fundador da Research Affiliates, passou 20 anos estudando os 200
maiores gestores de fundos multimercado ativos nos Estados Unidos, cujo patrimônio mínimo
sob gestão fosse de 100 milhões de dólares. Os resultados foram que de 1984 a 1998, durante 15
anos, apenas 8 dos 200 Gestores conseguiram superar o retorno do S&P500. Se você ainda acha
que os Gestores vão cuidar melhor do seu dinheiro do que você, boa sorte, pois você tem apenas
4% de chance de escolher um que lhe trará um bom retorno.
Existem diversos outros estudos além dos aqui apresentados que provam que a estratégia
de Market Timing é praticamente impossível de ser vencedora no longo prazo, ainda mais para o
pequeno investidor, que segue notícias atrasadas. Na verdade, essa estratégia só não é 100%
impossível de ser utilizada por conta de probabilidades, e como vimos, a cada 1.000 pessoas
apenas 2 serão vencedoras, bem parecido com o que acontece na vida real mesmo. Não se iluda
achando que você será 1 dessas 2 pessoas! Para ser vencedor no longo prazo terá que colocar as
probabilidades a seu favor e não contra.
Para assistir uma aula completa com mais sete estudos no meu canal do Youtube, clique
aqui, os links para cada estudo estão na descrição do vídeo.
3) Achar que a poupança é o melhor e mais
seguro investimento.
“Nunca dependa de uma única renda. Faça investimentos para criar uma segunda fonte.”
Warren Buffett
Esse é um dos erros mais comuns dos brasileiros. Além de acharem que é investimento,
acham que é o que possui o menor risco de todos e ainda colocam todo o seu patrimônio por lá.
Vamos entender por que isso está errado?
De acordo com o Banco Central, o saldo dos depósitos em poupança nos bancos ao final
de 2018 atingiu o valor altíssimo de R$797 bilhões. Como vimos na introdução, o brasileiro é
preguiçoso em relação a investimentos e prefere pagar caro para os bancos, as corretoras e os
fundos cuidarem do seu dinheiro em vez de buscar educação financeira. Alguns até buscam
informação para investir por conta própria, mas caem nos 2 erros anteriores. Como a grande
mídia nunca educa, só indica, as pessoas seguem essas notícias e acabam perdendo dinheiro, pois
investem sem saber o que estão fazendo.
Quando essas pessoas perdem dinheiro, acabam reforçando o medo de investirem por
conta própria e preferem deixar suas economias na poupança, vendo os rendimentos subirem
devagarzinho todo mês, em vez de se arriscarem em outro investimento mais rentável. O
problema é que a poupança não te dá nenhum retorno real, ou seja, você não ganha nada
investindo nela, fazendo com que você apenas mantenha o seu poder de compra no longo prazo.
Considerar apenas os dados de um ano isoladamente pode acabar distorcendo o que
acabei de mencionar, por isso eu mesmo realizei estudos utilizando os dados da poupança desde
1967 até 2018, ou seja, um período 52 anos, onde calculei o retorno real nesse período
descontando a inflação pelo índice IGP-DI, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O retorno real total da poupança nesses 52 anos foi de apenas 70%, ou seja, se você
aplicou R$100,00 reais em 1967 na poupança, em 2018 teria o equivalente a 170,00, isso
mesmo! O retorno foi de aproximadamente 1% ao ano, mesmo considerando os períodos de
hiperinflação dos anos 80 e início dos anos 90, conforme pode ver na imagem a seguir:
Podemos concluir que, apesar de você ter visto que alguns anos, principalmente no
período de hiperinflação dos anos 80 e 90, a poupança rendeu quase 50% acima da inflação do
ano, precisamos considerar um histórico de dados para realizarmos os cálculos, então podemos
concluir que a poupança apenas mantém o seu poder de compra no longo prazo.
Eu particularmente não considero poupança como investimento e sim como reserva de
emergência para qualquer gasto imprevisto. É um dinheiro que posso contar rapidamente caso
haja algum acontecimento urgente e inesperado na minha vida. Alguns investimentos não
possuem a mesma liquidez que a poupança, ou seja, podem demorar um, dois ou mais dias para
serem resgatados. Se a poupança não é o investimento mais seguro que existe, qual é então?
Na teoria é o Tesouro Direto. Explicando resumidamente o que é, ele permite que você
empreste o seu dinheiro para o Governo e o mesmo lhe conceda títulos públicos, pagando uma
taxa de juros por esse empréstimo. O investimento em títulos do Governo é considerado o mais
seguro do mercado. Mesmo a poupança sendo assegurada pelo Fundo Garantidor de Crédito
(FGC), que possui a maior parte do seu patrimônio atrelado a títulos públicos, no valor total de
R$250.000,00 por CPF e por banco, o Tesouro Direto é mais seguro, sendo considerado um
investimento com “Risco Soberano”, ou seja, com o menor risco de todos os investimentos. A
poupança pertence ao banco que você aplicou o dinheiro, então uma analogia fácil de entender é
a seguinte: o que você acha mais fácil quebrar: um banco ou um país?
De qualquer forma, renda fixa é muito simples, ela deve ser o seu “porto seguro”,
principalmente em períodos de crise onde as ações caem muito de preço. Se você investe em
títulos como Tesouro IPCA, por exemplo, eles podem até te proteger um pouco mais em
períodos inflacionários, mas quando vem uma crise eles desabam de preço junto com as ações, o
que te deixa ainda mais nervoso e propenso a entrar em pânico e vender todos os seus
investimentos.
O foco aqui é segurança e não rentabilidade, pois risco você já corre na renda variável.
Com isso, o ideal é ter ativos com liquidez e que não tenham volatilidade, então as melhores
opções são o Tesouro Selic ou CDB de bancos sólidos como Itaú, Bradesco, Santander, Banco
do Brasil e Caixa Econômica. Hoje em dia eu utilizo o CDB do meu banco mesmo, pois consigo
uma taxa maior do que 90% CDI, o que se equipara ao retorno do Tesouro Selic considerando o
desconto da taxa da B3 de 0,3%a.a.
Ao concentrar tudo no meu banco, tanto renda fixa quanto renda variável na corretora do
banco, possuo liquidez imediata (uma alternativa a poupança também) e ainda ganho algumas
vantagens como isenção de tarifas, conta da corretora atrelada à conta corrente, atendimento
diferenciado, melhores taxas como mais de 90% CDI em um banco sólido, um dos melhores
cartões de crédito do país com um bom limite e zero estresse de ter algum problema com falência
de corretora ou algo do tipo.
Minha recomendação é: não complique algo simples, esqueça qualquer outro tipo de
ativo de renda fixa, escolha Tesouro Selic ou CDB e simplifique sua vida e seus investimentos
(quando for declarar seu imposto de renda anual vai me agradecer).
4) Acreditar que existe rentabilidade
garantida.
“O único investimento que não tem oscilação e tem o retorno garantido e certo é aquele feito em
conhecimento.” Alvaro Granha Loregian
Nunca se esqueça disso: NÃO existe rentabilidade garantida! Nem a poupança é
garantida. Nem investimentos garantidos pelo FGC são. Nem o Tesouro Direto, que possui o
menor risco, é. Analisando com bom senso, podemos sim considerar esses investimentos citados
praticamente garantidos pela sua credibilidade e probabilidade de honrarem o pagamento, mas
nunca 100%. Então quando você descobrir alguma pessoa que está prometendo te pagar uma
rentabilidade garantida, NÃO ACREDITE!
Ela, provavelmente, é mais uma golpista atuando no mercado. A pergunta que vem na
nossa cabeça é: por que uma pessoa acredita nessas promessas de rentabilidade garantida bem
acima da média do mercado que nenhum investimento sério no longo prazo nunca pagou, como
5% ou 10% ao mês, por exemplo? A resposta é simples: ganância. Ela acha que todas as pessoas
do mercado são ignorantes e ela é a única esperta que vai ganhar mais que todo mundo. O
resultado disso é fácil de descobrir, não é?
Um exemplo perfeito do que estou falando saiu em uma reportagem, em fevereiro de
2015, no site G1: “Homem aplica golpe milionário ao fingir ser corretor da Bolsa de Valores.
Durante três anos, ele dizia atuar para a Bovespa em SC, conforme polícia. Investigação
comprovou que suspeito arrecadou mais de R$ 1 milhão.” Segundo a reportagem, dezenas de
moradores do Sul e também da Serra Catarinense caíram no golpe e não obtiveram ressarcimento
do valor investido. Algumas vítimas venderam seu carro e até sua casa para aplicar com ele. Os
valores investidos variavam entre R$5 mil e R$300 mil. O golpista prometia às vítimas
rendimentos de 7% a 20% ao mês com aplicações na Bolsa de Valores.
Esse é um belo exemplo de ganância, como citei anteriormente. Rendimento de 7% a
20% ao mês no longo prazo ninguém nunca fez na história do planeta, mas essas pessoas
acharam que era possível e destruíram seu patrimônio por causa disso. Então, se alguém te
prometer rentabilidade, ainda mais se for absurdamente superior à média do mercado,
simplesmente ignore.
5) Investir em preço e não em valor.
“O preço é o que você paga; o valor é o que você leva”. Warren Buffett
Como a mídia nos faz essa lavagem cerebral durante toda a nossa vida, a maioria das
pessoas se importa apenas com o preço que está pagando em um ativo e, principalmente, com o
preço de venda desse ativo no futuro, ou seja, com quanto ela vai lucrar nesse investimento. É
uma filosofia focada em preço, em rentabilidade, e não em valor.
Em instantes você vai entender porque pensar dessa forma é mais um motivo pelo qual
as pessoas não enriquecem, pois não deixam os juros compostos atuarem a seu favor. Quando
começam a ter um rendimento em um determinado investimento, são bombardeados por
reportagens do tipo:
“Fundos imobiliários rendem mais de 30% em 2012”.
“Ouro é o melhor investimento do ano pela 3ª vez consecutiva”;
“Dólar foi o melhor investimento de 2015”;
“Bolsa encerra 2016 como melhor investimento”;
“Chegou a hora dos fundos multimercados”;
Em resumo, a mídia sempre nos leva a crer que existe uma opção melhor do que a que
estamos investindo no momento. Dado a essa situação, qual o pensamento das pessoas ao lerem
essas notícias? Exatamente assim:
“Vou vender minhas ações e colocar na renda fixa”;
“É hora de comprar dólar”;
“Vou vender meu carro e investir na Bolsa”;
“Terceiro ano seguido?! Vou colocar todo o meu patrimônio em ouro”;
“Que ações que nada! A boa são fundos imobiliários!”.
Você pode até não pensar assim, mas muitas pessoas pensam. Notícias que saem nos
jornais e revistas tendem a ser automaticamente consideradas corretas pelo nosso cérebro, por
causa de sua “credibilidade”. Subconscientemente você já sabe que aquela notícia que está ali é,
praticamente, impossível de estar errada, pois ninguém vai ficar divulgando informações sem
sentido em grandes jornais ou revistas. Mas, será mesmo? Não necessariamente essas notícias
estão corretas e como as pessoas não tem o conhecimento necessário em investimentos para
filtrá-las, acabam seguindo-as e passam a vida destruindo os seus patrimônios.
O conceito de investir em valor é um pouco abstrato. Ele diz que você precisa investir
em ativos que te gerem renda. Eu vou tentar explicar citando alguns exemplos práticos a seguir.
Ao investir em ações de boas empresas, com lucros consistentes, a renda que você recebe em
troca são dividendos e juros sobre capital próprio. Quem investe em ações com valor não está
preocupado com a cotação delas e sim se os balanços da empresa continuam bons, com boa
governança e etc. Um bom exemplo real é a Ambev. Vamos analisar um gráfico mensal desta
sólida empresa, que tem lucros consistentes há mais de 15 anos, ou seja, é um ativo de valor:
Fonte: Tradezone
Podemos notar que a empresa teve um excelente retorno no período, mas apesar disso e
do fato da Ambev ter mantido lucros consistentes, boa governança e dívida equilibrada durante
todos esses anos, o preço da cotação caiu em diversos momentos, não tem jeito. Eu destaquei no
gráfico períodos em que o preço da ação caiu forte. Isso acontece independentemente do valor da
empresa, ou seja, dela dar lucros aos acionistas, dela ter uma boa gestão, dela distribuir bons
dividendos e juros de forma consistente.
A variação de preços, que nada tem a ver com o valor de um ativo, se dá pela questão de
oferta e demanda no mercado. Quando há mais pessoas querendo comprar do que vender, a ação
sobe. Quando mais pessoas querem vender do que comprar, a ação cai. As pessoas compram ou
vendem ativos pelos mais diversos motivos e isso não tem necessariamente a ver com o valor do
ativo no longo prazo. Como costumam dizer: preço é o que você paga, valor é o que você leva.
Independente do preço atual que uma determinada ação possa ter, ou seja, mesmo que o preço de
uma ação esteja em queda, se estivermos falando de uma empresa sólida, uma empresa com
valor, invariavelmente, no longo prazo, a cotação voltará a subir, acompanhando o valor da
empresa, como você acabou de ver.
Para ficar mais claro, veja abaixo o gráfico da Cotação x Lucro da Ambev no período.
Lembra que eu disse no início deste capítulo que um ativo de valor é aquele que te gera renda?
Por isso mesmo, uma empresa que dá lucros consistentes ao longo do tempo é um ativo de valor:
Fonte: Bovespa e Tradezone
Percebeu a correlação entre o preço da cotação e o lucro que a empresa apresentou? Não
tem outro jeito, o preço das ações segue o lucro das empresas no longo prazo.
Outro exemplo são os fundos imobiliários. Ao investir nos imóveis em que o fundo
investe, que raramente ficam sem inquilinos e são bem localizados, você recebe em troca parte
do aluguel pago por esses inquilinos. Enquanto o imóvel estiver bem localizado e sendo bem
gerido, ele tem valor, pois gera renda.
Também é fácil de entender o conceito de Preço x Valor com imóveis. Ao investir em
um imóvel, (sem ser o imóvel próprio, pois ele não te gera nenhuma renda) e alugá-lo, você
recebe renda através do aluguel pago pelos inquilinos. Enquanto este imóvel for bem localizado,
será fácil de alugá-lo ou de vendê-lo quando você desejar (liquidez), ou seja, trata-se de um ativo
com valor.
Essas são algumas formas de como você pode investir em valor e não em preço - Mas
como saber quando um investimento perdeu valor se isso não tem nada a ver com o preço?
Alguns exemplos são:
A empresa que você comprou ações começou a entregar balanços ruins, com
prejuízos, a governança piorou e a dívida explodiu, então a ação perdeu valor;
O fundo imobiliário que você comprou começou a diminuir a quantidade de salas ou
apartamentos alugados e o gestor do fundo insiste em geri-lo da forma errada, então
o fundo imobiliário perdeu valor;
Construíram uma favela perto do imóvel que você comprou e como consequência
você tem dificuldade para alugá-lo, então o imóvel perdeu valor.
Quando você investe em valor, não quer dizer que você nunca poderá vender um ativo,
pelo contrário, assim que este ativo perder valor você deve pegar o seu dinheiro investido e
transferi-lo para outro investimento com valor. Simples assim. Quando um ativo perde valor,
normalmente as pessoas agem da maneira errada, pois não saem desse investimento ruim e ficam
esperando que ele volte a valer, pelo menos, o que foi investido inicialmente. Segue um
exemplo:
Você investiu R$50.000,00 em ações de uma boa empresa em 2017. Em 2019, a empresa
errou de mão e ficou ruim, apresentando prejuízos constantes e fazendo o seu investimento
inicial virar R$30.000,00. Nesse caso, esse investimento perdeu preço E valor. Lembra que eu
disse que no longo prazo a cotação segue o lucro? Algumas pessoas que não entendem esse
conceito de valor pensam: “Vou esperar voltar para R$50.000,00 para sair”. Não existe
comportamento mais errado do que esse.
Na maioria das vezes não só esse investimento não voltará para o patamar dos
R$50.000,00, como, provavelmente, passará a valer menos que os R$30.000,00 que você já
possui, afinal de contas, este tornou-se um ativo sem valor. Essa é a tendência natural. Um ponto
chave para vencer nos investimentos é assumir seus erros, assumir prejuízos e seguir em frente.
Pegue esses R$30.000,00 e transfira para um investimento com valor. Lembre-se: o objetivo é
acumular patrimônio e não vitórias, pois você não irá acertar todas as vezes!
6) Não assumir os erros ao fazer um
investimento ruim.
“Assumir nossos erros exige muita coragem em um mundo que parece feito de pessoas que
sempre ganham todas. Assumir nossa ignorância exige muita humildade nesse mundo de quem
sabe tudo.” Roberto Shinyashiki
Para exemplificar o prejuízo que você pode ter ao não assumir os seus erros nos
investimentos, vamos analisar um caso recente e famoso na Bolsa de Valores: a OGX, do
empresário Eike Batista. Este é um clássico exemplo de como as pessoas não se importam com
valor, mas sim com o preço dos ativos.
No dia 13/06/2008 saiu a notícia: “OGX faz o maior IPO da história da bolsa brasileira”.
IPO significa Initial Public Offer, ou seja, Oferta Pública Inicial de ações de uma empresa na
Bolsa. Na época, ela era a 12ª empresa com maior valor de mercado na Bovespa, valendo mais
de R$36 Bilhões. Ela tinha sido criada há pouco mais de um ano e o que não faltavam eram
grandes promessas de bilhões de barris de petróleo a serem produzidos no futuro, gerando lucros
extraordinários. Se você não lembra de como se comportou a cotação da empresa desde o IPO,
veja o gráfico mensal abaixo:

Fonte: tav.tradezone.com.br
Após o IPO em junho de 2008, a ação caiu 80% até novembro desse mesmo ano,
principalmente por conta da crise mundial que se instalou no período;
Passada a crise, a ação subiu mais de 800% até outubro de 2010, saindo de R$2,58 e
chegando a cotação máxima de R$23,39;
Após atingir a cotação máxima, ela caiu para R$9,00 em agosto 2011, (-60%) em
apenas 10 meses;
A ação teve uma breve recuperação após essa queda forte, mas isso não durou muito,
já que a companhia começou a não entregar o que tinha prometido inicialmente.
No início de 2015, a cotação estava por volta de R$0,07, uma queda de 99.7% desde o
topo em 2010 e o fim da história você já deve saber qual foi. Se você não sabe, até 2011 a
empresa não tinha nem receita. Isso mesmo! O primeiro balanço com receita saiu apenas em
2012, pois era uma empresa pré-operacional. Até este momento as grandes altas e quedas da
ação foram por conta de pura especulação, nada mais! Até esse momento a empresa não tinha
valor, era tudo uma aposta. Todo mundo acreditava que ia ficar rico junto com o Eike, enquanto
a empresa apresentava prejuízos ano após ano, como de R$1 Bilhão em 2012 e R$17,4 Bilhões
em 2013. Essa é a explicação pela qual a ação caiu para centavos nesse período.
Agora você pode estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com assumir os erros?
Bom, provavelmente você conhece alguém que também perdeu dinheiro investindo em OGX,
não é? Mais uma vez vemos a ganância subindo à cabeça das pessoas, que acharam que iriam
ficar ricas de forma fácil, investindo nessas ações.
Na época em que trabalhei em uma corretora, o que não faltavam eram clientes
chateados por terem perdido dinheiro. Eu pessoalmente falei com vários em 2014, no auge do
escândalo, e era triste ver que a maioria deles sempre procurava alguém para culpar, como o
corretor que indicou a compra da ação ou o Eike que “prometeu e não cumpriu”.
Mais um exemplo saiu em uma reportagem de uma revista famosa em novembro de
2013, com o seguinte título: “As lições do investidor que perdeu um imóvel em ações da OGX”.
Essa entrevista conta a história de um rapaz de 39 anos que vendeu seu apartamento em 2011 e
gastou todo o dinheiro da venda comprando ações da OGX. Dois anos depois ele viu o valor do
investimento, ou melhor, o seu patrimônio, despencar 90%. O mais interessante foi ver a resposta
que ele deu ao ser questionado sobre o que aprendeu com isso. Ele culpou a CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) por não fiscalizar a Bolsa de Valores e permitir manipulações no mercado.
Engraçado, o erro não foi dele de ter acreditado na fantasia de ficar rico, mas sim da CVM.
Como a empresa nunca teve valor, quem investiu em OGX não errou por ter acreditado
ou apostado, mas sim pelo quanto investiu. Não tem nada errado em pegar uma pequena parte do
seu patrimônio e fazer um investimento de maior risco como esse, mas de jeito nenhum fazer
isso com 100% dele. A maior parte do seu patrimônio deve estar investida em valor e não em
apostas.
Vencer nos investimentos não é adivinhar qual vai ser o melhor investimento ano que
vem ou daqui a 30 anos e sim manter seu patrimônio investido em valor o máximo de tempo
possível. Se esse mesmo rapaz que investiu um apartamento tivesse investido apenas
R$1.000,00, ou seja, uma pequena parte do seu patrimônio, aposto que não estaria nessa
situação. O problema é que a ganância sobe à cabeça e a vontade de ficar rico rápido e fácil faz
com que isso nunca aconteça. O efeito Dunning-Kruger explica bem isso:
“É o fenômeno pelo qual indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto
acreditam saber mais que outros mais bem preparados, fazendo com que tomem decisões
erradas e cheguem a resultados indevidos, porém esta própria incompetência os restringe da
habilidade de reconhecer os próprios erros. Estas pessoas sofrem de superioridade ilusória.”
São por esses motivos que eu digo que assumir os erros nos investimentos é essencial
para ser vencedor no longo prazo. Lembre-se: Ninguém ganha ou acerta todas as vezes! Até os
maiores investidores do mundo também erram. A diferença deles para a maioria perdedora é que
assumem os erros, aprendem a não os cometer novamente e seguem em frente. Faça o mesmo!
7) Não diversificar seus investimentos.
“Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta.”
Bom, agora você não acredita no que a mídia fala, não tenta acertar a hora certa de entrar
ou sair de um investimento, não coloca todo o seu patrimônio na poupança, não acredita em
rentabilidade garantida, investe em valor e não em preço e assume seus erros, aprendendo com
eles a investir melhor. Entretanto, atenção: Sem colocar em prática o que você vai aprender neste
último erro, todo o seu esforço anterior terá sido em vão!
Para finalizar, vamos falar da única solução para você proteger o seu patrimônio no
longo prazo: a diversificação. Essa é a melhor maneira de você suportar crises sem se estressar,
pois tudo o que você acumulou durante a sua vida estará investido em diversos tipos de ativos e a
probabilidade de você perder tudo, ao mesmo tempo, será quase nula. Vou responder algumas
perguntas que vão nos ajudar a refletir sobre o assunto:
Se você investe tudo o que possui na poupança, qual o risco de você perder tudo? O
banco falir.
Se você investe tudo no Tesouro Direto, qual o risco de você perder tudo? O país
falir.
Se você investe em uma ação, qual o risco de você perder tudo? A empresa emissora
das ações falir.
Se você investe em um imóvel ou fundo imobiliário, qual o risco de você perder tudo?
O imóvel não ter seguro e pegar fogo, ser destruído ou desabar.
E se você diversificasse o seu patrimônio parte em poupança, parte em Tesouro
Direto, parte em um fundo imobiliário e parte em uma ação, qual o risco de você
perder tudo? O banco, o país, a empresa e o fundo falirem ao mesmo tempo.
Em relação a poupança, caso o banco vá a falência, existe a garantia do FGC em até
R$250.000,00, mas, lembre-se, nada é 100% garantido. Imagine que alguns bancos quebrem ao
mesmo tempo durante uma crise. Em que conto de fadas você acha que o FGC vai honrar seus
pagamentos? Nem que ele quisesse, não haveria caixa suficiente para isso.
Agora que você entendeu a teoria, quero dar um exemplo prático. Imagine que você
possui um patrimônio de R$100.000,00 diversificado da seguinte maneira:
10% Poupança no Itaú= R$10.000,00
20% Tesouro Direto = R$20.000,00
20% Fundo Imobiliário = R$20.000,00
10% Ações da Ambev = R$10.000,00
10% Ações do Bradesco = R$10.000,00
10% Ações da Raia Drogasil = R$10.000,00
10% Ações da Cielo = R$10.000,00
10% Ações da Grendene = R$10.000,00
Observação: Esse é apenas um exemplo teórico e não uma recomendação.
Qual o risco de você perder tudo com essa carteira? O Brasil quebrar, o FGC não ter
caixa para pagar, o imóvel do seu fundo imobiliário desabar ou pegar fogo, o Itaú, a Ambev, o
Bradesco, a Raia Drogasil, a Cielo e a Grendene falirem ao mesmo tempo.
Isso é impossível de acontecer? Não, mas é bem pouco provável, concorda? Essa é a
chave para se proteger no longo prazo e suportar todas as crises sem se preocupar muito. Por isso
é muito importante diversificar o seu patrimônio em várias classes de ativos, pois só assim você
conseguirá diminuir o risco dos seus investimentos.
Eu recebo, quase que diariamente, perguntas como as abaixo:
“Eduardo, com a economia do jeito que está, vale a pena investir agora?”
“A bolsa está ruim, né? Caiu bastante. Você acha que vale a pena entrar agora?”
“Eduardo, tenho R$50.000,00, me dá uma dica aí de onde investir!”
Felizmente, agora tenho esse eBook para dar a elas como resposta. Como você pôde
entender ao longo da leitura deste livro, não existe dica nem hora certa de entrar ou sair da Renda
Fixa e da Renda Variável. Investimento em valor não tem prazo nem momento para entrar nem
sair! A sua carteira tem que estar sempre diversificada com ativos de valor, em várias as classes,
independente do cenário econômico mundial. É sempre hora de investir em ações, renda fixa,
imóveis, fundos imobiliários e etc, e quanto antes começar melhor!
Como diz Warren Buffet: “O horizonte de tempo ideal para investimentos é a
eternidade.” No momento em que você estiver com o seu patrimônio investido em valor, com as
suas ações te gerando dividendos e juros, seu imóvel te pagando aluguel e sua renda fixa
rendendo juros, tudo isso te gerando renda suficiente para você não precisar trabalhar mais se
quiser, podemos dizer que você se tornou um ser humano livre e, finalmente, conquistou a tão
sonhada liberdade financeira.
Considerações Finais
Se você leu este eBook até aqui, PARABÉNS! Você acabou de dar um importantíssimo
passo em direção a sua jornada rumo a liberdade financeira!
Como eu disse anteriormente, é muito difícil acreditar que os grandes sites, jornais ou
revistas divulguem um conteúdo sem fundamento, que vai nos prejudicar. Eu entendo que essa
“virada de chave” na sua cabeça não vai acontecer apenas lendo este livro, mas sim ganhando
cada vez mais conhecimento a respeito do assunto. Em breve, já estará conseguindo filtrar estas
besteiras facilmente e muitas vezes vai até rir quando ler alguma.
Para dar continuidade a essa jornada, acesse o meu site de ações, meu site de fundos
imobiliários e siga-me nas redes sociais, como Facebook e Youtube. Minha missão é te ensinar
tudo o que você precisa aprender sobre investimentos para nunca mais depender de ninguém!
Espero que tenha gostado e qualquer dúvida, favor enviar para:
contato@eduardocavalcanti.com
Um abraço,
Eduardo Cavalcanti
Referências Bibliográficas
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1048/noticias/a-industria-da-
preguica
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/01/19/analistas-consultados-pelo-
bc-nao-acertam-previsoes-do-pib-desde-2008.htm
http://www.edelmanfinancial.com/education-center/articles/d/does-buyandhold-beat-
market-timing
http://www.cfapubs.org/doi/abs/10.2469/faj.v57.n1.2417
https://www.ifa.com/12steps/step4
https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2015/02/02/politica-monetaria-e-
operacoes-de-credito-do-sistema-financeiro-em-2014/
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/02/homem-se-passa-por-corretor-
e-aplica-golpe-milionario-no-sul-de-sc.html
www.tradezone.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Dunning-Kruger
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/as-licoes-do-investidor-que-perdeu-
um-imovel-em-acoes-da-ogx
http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/ogx-faz-o-maior-ipo-da-historia-da-
bolsa-brasileira-m0161973
http://firstquadrant.com/downloads/How_Well_Have_Taxable.pdf

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