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Professora:
Me. Melina Aparecida Plastina Cardoso
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Entender sobre o papel dos ingredientes em uma receita de produto, bem
como dos aditivos básicos de grande importância.
•• Exemplificar os tipos de embalagens, suas funções básicas, seus atrativos e
seus designs elementares.
•• Definir os fornecedores e entender como funciona a logística do forneci-
mento de matérias primas.
PLANO DE ESTUDO
Afinal, para que desenvolvemos um produto? Olhe a sua volta. Repare que,
tudo o que você observa foi desenvolvido ou criado por alguém, de uma forma
que pudesse ter uma funcionalidade, ou seja, que servisse para alguma coisa,
e que também seus materiais e serviços envolvidos na construção, pudessem
ser comercializados por alguma empresa. Por exemplo, no ramo de alimentos,
existem vários produtos (ou processos, ou serviços,ou marketing ou organizacio-
nal) inovadores, que foram desenvolvidos a partir de um projeto extremamente
inovador ou incremental (que significa qualquer tipo de melhoria absorvida
sem alteração na estrutura padrão), que foram atraídos pelos consumidores
pois foram capazes de atender as expectativas deles. Você conseguiria lembrar
de algum produto inovador neste momento? Vou te ajudar com alguns exem-
plos. Podemos citar: os produtos orgânicos, as linhas sem glúten e sem lactose,
as diversas versões de pães integrais e também aqueles adicionados de grãos
em sua composição, os iogurtes adicionados de “pedaços da fruta” entre outros.
Diante deste contexto, o intuito principal deste estudo é ampliar as com-
petências técnicas para que você, como um profissional, consiga adquirir um
maior embasamento teórico quando solicitado a desenvolver um novo produto.
Muito legal né? Acredite: No Brasil, o investimento acerca da pesquisa e desen-
volvimento só é maior que do México, Argentina, Chile, África do Sul e Rússia,
podendo-se notar uma defasagem bastante grande neste tipo de segmento.
Países como Coréia do Sul e China, por exemplo, apresentam-se como nações
fortíssimas neste ramo, sendo esta última nação, a maior investidora no ranking
mundial de Pesquisa e Desenvolvimento mundial.
Você irá aprender nesta unidade quais os principais ingredientes envolvidos
em uma formulação, quais as embalagens mais convenientes para determi-
nados tipos de produtos bem como avaliar a credibilidade de um fornecedor.
Vamos lá?
introdução
6 Pós-Universo
Criação
do Produto
Formulação e o papel dos
ingredientes em uma receita de
produto
No desenvolvimento de novos produtos, faz-se necessário a organização de todos os
ingredientes de uma formulação de forma sinérgica, para que haja maximização das
percepções positivas pelos consumidores deste novo produto. Ao contrário do que se
vê em restaurantes, os alimentos advindos das indústrias que estão geralmente dis-
postos em gôndolas para serem comercialmente explorados, são consumidos após
uma curta ou longa permanência no estoque das redes comercializantes (ANVISA,
[2017a], on-line).
Pós-Universo 7
““
[...] o aditivos são substâncias ou mistura adotada ou não de valor nutritivo
intencionalmente adicionadas aos alimentos com finalidade de impedir al-
terações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor, sabor, modificar ou
manter seu estado físico.
8 Pós-Universo
Aditivo Função
Proporcionar a formação de espumas por meio da libe-
Agentes de expansão ração de gases provenientes de reações químicas ou
transformações físicas.
Formar ligações cruzadas entre as moléculas do po-
Agentes de reticulação límero parar melhorar propriedades como rigidez e
dureza.
Alterar a aparência de um produto polimérico, propor-
Colorantes cionando o tingimento necessário do material para a
aplicação desejada.
Atuar diminuindo a velocidade de degradação dos po-
Estabilizantes límeros ou evitando o início do processo degradativo
durante a vida útil do produto.
Auxiliar o processamento do polímero, aumentando a
Lubrificantes fluidez do material sem alterar significativamente suas
propriedades finais.
Aumentar a resistência ao impacto de polímeros que
Modificadores de impacto tenham comportamento frágil e quebradiço, alterando
sua estrutura para alcançar o objetivo.
Fonte: Almeida e Souza (2015).
Existem diferentes formas para classificação dos aditivos, porém neste estudo,
trataremos de 4 classes diferentes (ALMEIDA; SOUZA, 2015, p. 21-22):
saiba mais
Um exemplo que podemos citar de um pedido já protocolado na RDC
149/2017 é a da possibilidade de inclusão do nitrogênio líquido como agente
de resfriamento e congelamento em gelados comestíveis.
Fonte: ANVISA (2017).
Cabe ressaltar ainda que tais substâncias, independente de quais sejam elas, devem
estar contidas, especificadas e explicitadas na embalagem dos alimentos (mesmo
que em forma de códigos específicos e relacionados) quando da sua comercializa-
ção, conforme legislação vigente (ANVISA, 2017; FERREIRA; CAMARGO, 1993).
reflita
Balas, confeitos, pirulitos, guloseimas são, de forma geral, bem atrativos.
Não acha? Na verdade esses alimentos contém em sua fórmula os famosos
corantes que dão um aspecto natural e chamativo ao produto além de es-
timularem o seu consumo.
Fonte: a autora.
12 Pós-Universo
Projeto
de Embalagem
Tipos e funções básicas das
embalagens
Em relação à sua composição, as embalagens podem ser: cartonadas, mistas, multi-ca-
madas, laminadas, plásticas flexíveis ou reutilizáveis. O que as diferem são: resistência,
conformação, revestimento, função e acabamento (ABRE, 2012, on-line)1. Os mate-
riais considerados para fins alimentícios são: o vidro, os metais, os plásticos, materiais
compostos e materiais celulósicos (BARÃO, 2011).
Pós-Universo 13
““
[...] todo material destinado ao contato direto com alimentos e ou bebidas,
nacional ou importado, deve atender ao disposto na legislação sanitária de
materiais em contato com alimentos, uma vez que substâncias presentes
nestes materiais podem migrar para os alimentos, o que pode representar
risco à saúde humana.
saiba mais
Quais as normas da ANVISA que regulamentam embalagens e materiais
destinados ao contato com alimentos? Para saber sobre as normas e reso-
luções da ANVISA que regulamentam embalagens relacionadas à alimentos,
acesse: <http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/alimentos/
produtos/embalagem>
Fonte: ANVISA (2017b).
reflita
Vamos pensar em algumas embalagens que temos contato atualmente no
mercado. Antigamente, as embalagens de leite condensado, por exemplo,
eram abertas com aqueles abridores antigos de latas. Hoje, percebemos
embalagens que dispensam outros acessórios para a sua abertura, pois de-
pendem somente do uso da força para abrí-las.
Fonte: a autora.
16 Pós-Universo
Seleção
dos Fornecedores
atenção
Na hora da compra, certifique-se da qualidade da embalagem dos produ-
tos que adquirir. Verifique se estão: enferrujadas, estufadas, violadas, com
informações imprecisas, amassadas, rasgadas ou com qualquer outra alte-
ração estranha.
Fonte: ANVISA ([2017b]).
reflita
O Ciclo PDCA é uma ferramenta que auxilia somente na avaliação de for-
necedores? Quais outros setores podem ser avaliados por este ciclo? Quais
tipos de empresas podem ser ava.
18 Pós-Universo
Força de um fornecedor
Um fornecedor pode estar diretamente relacionado às estratégias competitivas da
empresa, pois os mesmos participam da força de negociação de uma organização.
Sabemos que diferentes fatores são capazes de interferir no desenvolvimento de
produtos, e a diferenciação dos insumos não é diferente (SELEME, DE PAULA, 2013).
A diferenciação de insumos significa o apoderamento de um fornecedor
sobre uma tecnologia de insumo fornecida, impossibilitando a empresa de adquirir
o mesmo insumo de outras fontes. Cabe a empresa receptora de tal matéria prima
ter a consciência de que mais cedo ou mais tarde poderá “ficar na mão” deste forne-
cedor, e então, procurar novas fontes do fornecimento para que não haja falta destes
insumos. Essa variação de insumos é chamado de substitutos, que por sua vez subs-
tituem o insumo original e não causa problemas de qualidade ou especificidades ao
produto final (SELEME, DE PAULA, 2013).
Outro elemento importante que deve ser considerado quando da avaliação
da força dos fornecedores é o custo relacionado à troca de fornecedores, que por
sua vez, deve ser considerada no planejamento da empresa. Por exemplo, se uma
empresa A troca o fornecimento de seus insumos pela empresa B, as condições que
envolvem a negociação (custo, prazo, logística, etc) devem se manter as mesmas,
para que não haja problemas em relação à valores nas despesas totais da organiza-
ção (SELEME, DE PAULA, 2013).
reflita
Por exemplo: uma empresa situada no Paraná fornece um produto que inclui
a entrega em seus custos, e cobra no total da entrega (produto + transporte)
o valor de X. Supondo que uma empresa situada em Santa Catarina con-
segue entregar o mesmo produto à um valor mais baixo, porém, quando
calculada a sua taxa de entrega junto ao custo do produto (produto + trans-
porte) o seu valor sobre para X + 10. Por qual fornecedor devemos optar?
Fonte: a autora
Pós-Universo 19
Logística de fornecimento de
matérias primas
Diante de todo o cenário visto sobre os conceitos de embalagens e suas funções
como também sobre os fornecedores de todo o processo produtivo envolvido no
desenvolvimento de um produto ou produto novo, devemos nos atentar agora sobre
a logística da entrega desses materiais. E aí, surge a pergunta: devemos nos preocu-
par com a logística?
Segundo Nogueira (2012, p. 21) o conceito de logística é:
““
[...] o conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem ne-
cessárias, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de
serviço adequados aos clientes, a um custo justo para ambas as partes.
20 Pós-Universo
Hoje o ambiente empresarial está bastante preocupado com a logística das maté-
rias primas ou gestão da cadeia de suprimentos visto que estes custos impactam
diretamente nos custos finais do produto fabricado (CORRÊA, 2014). Ela representa
uma movimentação eficiente de produtos acabados, que é capaz de transportá-los
até o seu consumidor, podendo compreender também a organização e o controle
do serviço de distribuição ao consumidor, garantindo que tais atividades sejam efe-
tivas pré, durante e após o armazenamento (NOGUEIRA, 2012).
Sobre papel principal da logística, podemos prever 3 fatores cruciais que são
capazes de avaliar a sua capacidade e operacionalidade (NOGUEIRA, 2012, p. 24):
Requisição
Determinação das
Pagamento 8 1 necessidades
Pedido
Fatura 10
Forn. 20
30
Revisão de Determinação
faturas
7 2 da fonte
Entrada de Seleção de
mercadorias
6 3 fornecedor
Pedido
10
20
30
Monitorização de Processo de
pedidos
5 4 pedidos
saiba mais
Existem algumas diferenças quando a logística é Nacional e quando é
Internacional. Na Nacional (também conhecida como interna ou domés-
tica) as atividades de movimentação (ou seja, transporte, armazenagem e
distribuição) acontecem dentro de um mesmo país. Na Internacional, as
fronteiras são extrapoladas e o destino é um país importador.
Fonte: Ludovico, 2009.
atividades de estudo
3. Em relação ao papel da logística, alguns fatores são cruciais para avaliação do seu de-
sempenho e operacionalidade. Imaginemos a seguinte situação: Um produto cárneo
está sendo carregado em Maringá e sendo descarregado em Londrina. Para isso, o
caminhão de transporte está transportando os produtos de forma limpa e bem es-
truturada, além de estar contando com um poderoso sistema de refrigeração para
que o produto não venha a estragar. O caminho entre as duas cidades conta com 2
pedágios, que impactam diretamente no fator:
a) Variação do tempo.
b) Velocidade.
c) Custo.
d) Consistência.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
resumo
Na Web
Os links disponíveis apresentam o processo criativo das embalagens da marca SOU da Natura.
A solução representa uma redução radical de impacto ambiental pois o volume de plástico
é 75% menor e a emissão de carbono a metade de uma embalagem convencional.
Vídeo 1: <hhttps://www.youtube.com/watch?v=F5MaFipe8-Er>
Video 2: <https://www.youtube.com/watch?v=m7gSjvqGFnw>
referências
ALMEIDA, G.S.; SOUZA,W. Engenharia dos Polímeros - Tipos de Aditivos, Propriedades e Aplicações.
1. ed. São Paulo: Érica, 2015.
BRASIL. Associação Brasileira De Normas Técnicas. 2011. NBR 9198: embalagem e acondiciona-
mento. Rio de Janeiro, 2011.
_____. Ministério do Meio ambiente. O que é embalagem? [2017]. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consu-
mo-consciente-de-embalagem/o-que-e-embalagem>. Acesso em: 18 ago. 2017.
FENNEMA, O. R.; DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L. Química de Alimentos de Fennema. 4. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
referências
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. São
Paulo: Atlas, 2012.
OLIVEIRA, O.J. Gestão da qualidade: tópicos avançados. São Paulo, Thomson, 2004.
PHILIPPI, S. (org.). Pirâmide dos Alimentos: Fundamentos Básicos da Nutrição, 2. ed. Barueri:
Manole, 2014.
REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: <http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/a-embalagem/funcoes-das-emba-
lagens/>. Acesso em: 9 abr. 2017.
2 Em: <http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/a-embalagem/tipos-de-embala-
gens/>. Acesso em: 9 abr. 2017.
resolução de exercícios