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Curso Técnico em
Mecânica

Desenho Técnico I

1º Módulo
Conteúdo

1 Introdução ....................................................................................................................................3
1.1 Razão e Importância .............................................................................................................3
1.2 Lápis ou Grafite .....................................................................................................................4
1.2.1 Classificação ...................................................................................................................4
1.2.2 Preparação .....................................................................................................................4
1.2.3 Borracha .........................................................................................................................5
2 Instrumentos de Desenho ............................................................................................................6
2.1 Régua T .................................................................................................................................7
2.2 Compassos............................................................................................................................7
2.3 Utilização ...............................................................................................................................7
2.4 Esquadros .............................................................................................................................8
2.4.1 Utilização dos esquadros: ...............................................................................................8
2.5 Réguas ..................................................................................................................................9
2.6 Réguas Graduadas ...............................................................................................................9
2.7 Escala Triangular...................................................................................................................9
3 Geometria ..................................................................................................................................12
3.1 Linhas ..................................................................................................................................12
3.2 Posições ..............................................................................................................................12
3.3 Ângulos ................................................................................................................................12
3.4 Triângulos ............................................................................................................................12
3.4.1 Quanto aos lados ..........................................................................................................12
3.4.2 Quanto aos Ângulos .....................................................................................................12
3.5 Quadriláteros .......................................................................................................................12
3.6 Polígonos Regulares ...........................................................................................................13
3.7 Círculo e Circunferência ......................................................................................................13
3.8 Posições Relativas da Circunferência .................................................................................13
4 Caligrafia Técnica ......................................................................................................................19
4.1 Importância ..........................................................................................................................19
4.2 Tipos ....................................................................................................................................20
5 Sistema de Representação I ......................................................................................................25
5.1 Projeções Ortogonais ..........................................................................................................25
5.2 Projeções Axonométricas ....................................................................................................25
5.3 Projeções em Perspectiva Exata ........................................................................................26
5.4 Projeção Ortográfica do 1º Diedro ......................................................................................26
5.5 As Três Vistas do Desenho Técnico ...................................................................................28
6 Linhas .........................................................................................................................................35
6.1 Linha para arestas e contornos visíveis ..............................................................................35
6.2 Linha para arestas e contornos não visíveis .......................................................................35
6.3 Linhas de centro e eixo de simetria.....................................................................................36
6.4 Linha Auxiliar .......................................................................................................................37
6.5 Linha de Cota ......................................................................................................................37
6.6 Outros tipos de linhas ..........................................................................................................37
6.7 Tipos de Linhas ...................................................................................................................39
7 Sistema de Cotagem I................................................................................................................41
7.1 Cotas ...................................................................................................................................41
7.2 Regras Gerais .....................................................................................................................42
7.3 Dimensionamento de espaços limitados .............................................................................44
7.4 Localização das Cotas ........................................................................................................44
7.5 Dimensionamento................................................................................................................44
7.6 Disposição e Apresentação de Cotagem: ...........................................................................45
8 Sinais convencionais ..................................................................................................................50
8.1 Acabamento Superficial "Rugosidade" ................................................................................52
8.1.1 Efeitos da Rugosidade ..................................................................................................53
8.2 Representação dos símbolos no desenho ..........................................................................54
8.3 Condições Específicas ........................................................................................................55
8.3.1 Indicação de rugosidade da superfície .........................................................................55
9 Sistema de Cotagem II...............................................................................................................57
9.1 Cotas e Dimensionamento ..................................................................................................57
9.2 Localização das Cotas ........................................................................................................57
9.3 Localização de Centros de Furos e de Arcos, em Peças Assimétricas ..............................58
9.4 Dimensionamento de furos igualmente espaçados de uma circunferência........................58
9.5 Dimensionamento de Furos e Ângulos ...............................................................................59
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10 Escalas ..................................................................................................................................... 59
10.1 Escala ................................................................................................................................ 59
10.2 “A linguagem do desenho" ................................................................................................ 60
11 Normalização ........................................................................................................................... 65
11.1 Formato de Papel Usado em Desenho ............................................................................. 66
11.2 Legenda ............................................................................................................................ 66
11.2.1 Legendas Industriais:.................................................................................................. 66
12 Sistema de Representação II................................................................................................... 68
12.1 Perspectiva ........................................................................................................................ 68
1.2.2 Fases do Traçado ............................................................................................................ 69
12.3 Perspectiva Isométrica de Circunferência e de Arcos de Circunferência ......................... 71
1.2.4 Traçados de Arco de Circunferência ................................................................................ 72
12.5 Perspectiva Cavaleira ....................................................................................................... 72
13 Supressão de Vistas ................................................................................................................ 74
13.1 Representação em duas Vistas ........................................................................................ 74
14 Cortes e Seções ...................................................................................................................... 81
14.1 Planos de Corte ................................................................................................................. 81
14.2 Hachuras ........................................................................................................................... 82
14.3 Corte Total ......................................................................................................................... 82
14.4 Corte em Desvio ................................................................................................................ 83
14.5 Meio Corte ......................................................................................................................... 83
14.6 Omissão de Cortes ............................................................................................................ 88
14.7 Corte parcial ...................................................................................................................... 93
14.8 Corte Rebatido .................................................................................................................. 93
14.9 Superfícies Finas em Corte ............................................................................................... 94
14.10 Seções ............................................................................................................................ 94
14.10.1 Traçadas Sobre a Vista ............................................................................................ 94
14.10.2 Traçadas Fora da Vista ............................................................................................ 95
14.11 Ruptura ............................................................................................................................ 95
15 Casos Especiais de Projeções ................................................................................................ 96
15.1 Rotação de Detalhes Oblíquos ......................................................................................... 96
15.2 Vista Auxiliar ...................................................................................................................... 99
15.3 Vista Auxiliar Simplificada ............................................................................................... 103
16 Roscas ................................................................................................................................... 103
16.1 Representação de Rosca ................................................................................................ 104
16.2 Dimensionamento de Roscas ......................................................................................... 104
16.3 Dimensionamento de Roscas à Esquerda ...................................................................... 105
16.4 Dimensionamento de Roscas ......................................................................................... 105
17 Conjunto ................................................................................................................................. 107
17.1 Conjunto e Detalhes ........................................................................................................ 107
18 Leitura e Interpretação ........................................................................................................... 112
19 Planificação ............................................................................................................................ 115
19.1 Interseção ........................................................................................................................ 115

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1 Introdução

1.1 Razão e Importância


Imagine que você tenha que fazer uma determinada peça na escola ou na indústria. As
informações para a execução desta peça poderão ser apresentadas de diversos modos:
a. Recebendo a descrição verbal da peça;
b. Recebendo uma fotografia da peça;
c. Recebendo um modelo da peça;
d. Recebendo um desenho da peça.

a. Você deve concordar que a palavra não é o bastante para transmitir a idéia da forma de uma
peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Experimente, usando SOMENTE o recurso
da palavra, descrever um objeto de maneira que outra pessoa o faça. Você concluirá que isto
é, praticamente impossível.

b. Embora a fotografia transmita relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, não
mostra seus detalhes interiores, além de não transmitir a idéia das dimensões; logo, a
fotografia não resolve o seu problema.

c. O modelo resolve, até certo ponto, alguns problemas, mas nem todos, imagine você
transportando um eixo de navio para executá-lo...
Além disso, a peça a ser feita, pode estar sendo idealizada, não existindo, ainda, um modelo.

d. Finalmente, através de um desenho é que se pode, com clareza e precisão, de maneira


simples, transmitir todas idéias de FORMA E DIMENSÕES de uma peça.
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Além disso, há uma série de outras informações necessárias que, somente o desenho pode dar,
tais como: o material de que a peça é feita, os diferentes acabamentos das superfícies, as tolerâncias
de suas medidas, etc.

Podemos então concluir que: O CONHECIMENTO DO DESENHO É INDISPENSÁVEL A


TODOS AQUELES QUE, COMO VOCÊ, TERÃO NECESSIDADE DE EXECUTAR TAREFAS DA
INDÚSTRIA.
O ensino de desenho, no curso que você está fazendo, não visa formá-lo desenhista, mas, sim
prepará-lo a orientar-se por meio dele. Visará dar-lhe condições de:
 Ler e interpretar, com segurança, desenhos técnicos;
 Executar traçados à mão livre e com instrumentos básicos;
 Criar hábitos de ordem nos trabalhos, sendo elemento de cultura para educação geral.

Para que o emprego do desenho torne-se fácil e preciso, recorre-se ao uso de instrumentos
apropriados e, neste caso, é chamado “desenho com instrumento” ou “desenho rigoroso” ; quando feito
à mão, sem auxílio de instrumentos, denomina-se “desenho à mão livre” , “esboço” ou “croqui”.
Todos os assuntos, apresentados em nossas aulas, seguirão as recomendações estabelecidas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.

1.2 Lápis ou Grafite

1.2.1 Classificação
O grafite de Desenho classifica-se pela sua dureza.
Os grafites usuais, em Desenho Técnico, são, em ordem crescente de dureza: B, HB e H. O
grafite HB pode ser substituído pelo lápis comum n.º 2 e o H, pelo n.º 3.

1.2.2 Preparação
Por ser o lápis a sua “ferramenta de trabalho”, na sala de Desenho, deve ser cuidadosamente
preparado.
Você deve, primeiro, desbastar a madeira conforme a figura abaixo.

A seguir, afinar o grafite com auxílio do lixador.

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A ponta deve ser fina e sem asperezas, com aspecto uniforme.

A utilização do lápis será feita da seguinte maneira: quando você quiser linhas largas será usado
o grafite HB ou lápis n.º 2 e em caso de linhas estreitas, o grafite H ou lápis n.º 3.
Ao utilizarmos o lápis ou a lapiseira devemos mantê-lo numa posição ligeiramente inclinada,
conforme figura abaixo.

Observação: O LÁPIS DURANTE O TRAÇADO, DEVE SER, SEMPRE, PUXADO.

1.2.3 Borracha
A borracha para desenho deve ser macia, flexível e específica para desenho.
Ao utilizarmos a borracha, devemos ter o cuidado de esfregá-la levemente, para que não levante
as fibras do papel.

1. Questionário
1. Complete as lacunas abaixo:
a. Todos os assuntos, apresentados em nossas aulas, seguirão as recomendações
estabelecidas pela __________________________________________________________.

b. Através de um desenho é que se pode, com clareza e precisão, transmitir todas as idéias de
_________________________ e _________________________ de uma peça.

c. Os grafites usuais em desenho técnico são _______________________________________.

d. O lápis n.º 2 substitui o grafite _________________________________________________.

e. Quando você for traçar linhas estreitas, usará grafite ________________________________


e para linhas largas, o grafite __________________________________________________.

2. Coloque, nos parênteses das frases da coluna à esquerda, o número correspondente,


escolhido na coluna à direita:

a. O lápis, durante o traçado, deve ser ( )


(1) afinar
(2) levemente
b. A borracha, ao apagar um traço, deve ser “esfregada” ( )
(3) puxado
(4) firmemente
c. O cuidado, que se deve ter, ao apontar um lápis, é ( ) o seu
(5) empurrado
grafite com lixa.

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2 Instrumentos de Desenho

C
 = 90º
A C
 = 60º
B Â
A = 90º
 = 30º
C Â
B=Â C = 45º

A B A B
Esquadros

Prancheta

Régua T

Posição do lápis
Traçando uma vertical
- Posição correta - Compasso

transferidor

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2.1 Régua T
Consiste em uma haste reta e plana, tendo numa das extremidades uma travessa (cabeça)
perpendicular à haste, que aparece na figura abaixo.

2.2 Compassos
São instrumentos utilizados para traçar arcos de circunferências, circunferências e transportar
medidas.
Existem vários tipos de compassos, sendo os mais comuns os apresentados abaixo:

Compasso de precisão
Compasso de Compasso de bomba
com parafuso de
articulação ou (bailarino)
regulagem

A ponta do grafite deve estar sempre um pouco mais curta que a ponta seca e deve ser
chanfrada, para maior perfeição dos traçados.

2.3 Utilização
Do modo correto de você usar o compasso, dependerá a perfeição do traçado. Isto é
demonstrado pela seqüência das figuras, apresentadas, a seguir. Observe nelas as posições das
mãos. Isto é muito importante. Sendo o compasso um instrumento, tenha o devido cuidado para não
danificá-lo.
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7
Colocando o
compasso no Traçando
centro

Tomando medida

2.4 Esquadros
São instrumentos de plástico ou acrílico, em forma de triângulo, muito usados em desenho.
Normalmente, são de dois tipos, conforme figuras abaixo.
Você utilizará, habitualmente, os dois. Eles têm aplicação mais freqüente no traçado de
paralelas, perpendiculares e ângulos importantes.
Não sendo instrumentos para medição linear, não devem ser graduados.

Além dos ângulos formados pela própria constituição dos esquadros, o uso conjunto destes
instrumentos possibilita, ainda, o traçado de outros ângulos. Exemplo: ângulo de 15° e 75°.

Nos trabalhos de desenho, muitas vezes, coordenando os dois esquadros você poderá traçar
linhas paralelas ou perpendiculares em qualquer posição.

2.4.1 Utilização dos esquadros:

30º 60º 45º

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15º 75º

2.5 Réguas
Existem diversos tipos, sendo as mais empregadas: a régua graduada e régua “T”.

2.6 Réguas Graduadas


A régua mais utilizada em desenho técnico tem o comprimento de 30 centímetros ou triplo-
decímetro.
Existem réguas graduadas em milímetros, ou em polegadas, e algumas possuem as duas
graduações em arestas opostas.

Régua com
graduação em
milímetros.

Régua com
graduação em
polegadas.

Régua com
graduação em
milímetros e
polegadas.

2.7 Escala Triangular


É uma régua de seção reta, triangular, contendo 6 escalas de redução, duas em cada face.
Podemos fazer leituras diretas sem necessidade do cálculo por medida.

Escala Triangular

Seção da Escala

Observação: AS RÉGUAS GRADUADAS SERVEM PARA TOMAR MEDIDAS LINEARES;


PORTANTO NÃO DEVEM SER UTILIZADAS PARA AUXILIAR NOS TRAÇADOS DE LINHAS.

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1. Exercícios
1. Observe as linhas abaixo desenhadas.

2. Complete à mão livre, conforme os modelos.

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3. Complete utilizando os instrumentos.

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3 Geometria

3.1 Linhas

Curva Poligonal ou
Quebrada Mista
Reta

3.2 Posições

Horizontal

Vertical Inclinada

Paralela
Perpendicular Oblíqua

3.3 Ângulos

BISSETRIZ

Obtuso Raso = (180º)


Agudo
Reto = (90º)

3.4 Triângulos

3.4.1 Quanto aos lados

Eqüilátero Isósceles Escaleno

3.4.2 Quanto aos Ângulos

Retângulo Acutângulo Obtusângulo

3.5 Quadriláteros

diagonal

Quadrado Retângulo Paralelogramo Losango

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altura
Trapézio retângulo Trapézio isósceles Trapézio escaleno

3.6 Polígonos Regulares

Pentágono Hexágono Octógono Decágono

07 lados: Heptágono
09 lados: Eneágono
11 lados: Undecágono
12 lados: Dodecágono
15 lados: Pentadecágono
20 lados: Icoságono

3.7 Círculo e Circunferência


arco
corda flecha

raio
diâmetro
0 = centro

reta secante
reta tangente

Círculo Circunferência Elementos da Circunferência

3.8 Posições Relativas da Circunferência

Concêntricas Interiores Excêntricas Exteriores

Tangentes Interiores Tangentes Exteriores Secantes

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2. Questionário
1. Dê o nome a cada uma das figuras.

A B C

D E

I
L

M K J

H
G N

O P Q R

A J
B K
C L
D M
E N
F O
G P
H Q
I R

2. Quantos graus mede meio ângulo reto?

_____________________________________________________________________________

3. Quantos graus mede meia circunferência?

_____________________________________________________________________________

4. Desenhe primeiro as figuras e assinale todas as alternativas correspondentes:


a. O triângulo eqüilátero tem: ( ) 3 lados iguais
( ) lados diferentes
( ) 2 lados iguais
( ) ângulo de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º

b. O triângulo escaleno tem: ( ) lados iguais


( ) 3 lados diferentes
( ) 2 lados iguais
( ) ângulos de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º
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c. O triângulo isósceles tem: ( ) 3 lados iguais
( ) 3 lados diferentes
( ) 2 lados iguais
( ) ângulo de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º

d. O triângulo retângulo tem: ( ) 3 lados iguais


( ) 3 lados diferentes
( ) 2 Iados iguais
( ) ângulo de 90º
( ) 3 ângulos diferentes de 90º

e. O quadrado tem: ( ) 4 lados iguais


( ) 4 lados, iguais 2 a 2
( ) 4 lados diferentes
( ) 4 ângulos de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º
( ) diagonais iguais
( ) diagonais diferentes

f. O retângulo tem: ( ) 4 lados iguais


( ) 4 lados, iguais 2 a 2
( ) 4 lados diferentes
( ) 4 ângulos de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º
( ) diagonais iguais
( ) diagonais diferentes

g. O losango tem: ( ) 4 lados iguais


( ) 4 lados, iguais 2 a 2
( ) 4 lados diferentes
( ) 4 ângulos de 90º
( ) ângulos diferentes de 9º
( ) diagonais iguais
( ) diagonais diferentes

h. O trapézio isósceles tem: ( ) 4 lados iguais


( ) 4 lados, onde 2 são iguais
( ) 4 lados diferentes
( ) 4 ângulos de 90º
( ) ângulos diferentes de 90º
( ) diagonais iguais
( ) diagonais diferentes

9. Dê o nome aos seguintes elementos deste trapézio:


C D

A B
H

AB = _______________________________
CD = _______________________________
AC e BD = ___________________________
CH = _______________________________
BC = _______________________________

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10. Estes exercícios devem ser resolvidos com auxílio do professor:

2. Traçar a perpendicular à reta AB, pelo ponto


1. Traçar a mediatriz do segmento de reta AB
C.

3. Traçar a perpendicular à reta AB, numa de 4. Traçar a perpendicular à reta AB, numa de
suas extremidades. suas extremidades. Use o par de esquadros.

5. Dividir a reta AB em 5 partes iguais. Use o par


6. Traçar a bissetriz de um ângulo qualquer
de esquadros.

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7. Construir um ângulo reto (90º) e traçar a sua 8. Construir um ângulo reto e dividir em três
bissetriz. Assinalar o ângulo de 45º. partes iguais. Cotar o ângulo de 30º.

9. Construir um ângulo reto e dividir em quatro


10. Traçar um arco pelos pontos A, B e C.
partes iguais. Cotar o ângulo.

11. Traçar uma circunferência pelos pontos A, B


12. Determinar o centro da circunferência.
e C.

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13. Com raio = 25 mm, traçar uma circunferência, 14. Com raio = 25 mm, dividir a circunferência em
dividir em duas partes iguais e assinalar o ângulo três partes iguais assinalar o ângulo e traçar o
correspondente. polígono correspondente.

15. Com raio = 25 mm, dividir em quatro partes 16. Com raio = 25 mm, dividir em cinco partes
iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono. iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono.

17. Com raio = 25 mm, dividir em seis partes 18. Com raio = 25 mm, dividir em oito partes
iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono. iguais, assinalar o ângulo e traçar o polígono.

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19. Com raio = 25 mm, dividir em sete partes 20. Com raio = 25 mm, dividir em nove partes
iguais e traçar o polígono. (Processo de Bion) iguais e traçar o polígono. (Processo de Bion)

11. Qual é a circunferência e qual é o círculo?

12. Numere a 2ª coluna pela 1ª:


(1) Diâmetro ( ) Toda reta que toca na circunferência, apenas em um ponto.
(2) Corda ( ) Segmento de reta que une dois pontos da circunferência,
passando pelo centro.
(3) Arco ( ) Parte da circunferência compreendida entre dois pontos.
(4) Flecha ( ) Segmento de reta que vai do centro até qualquer ponto da
circunferência.
(5) Raio ( ) Segmento de reta perpendicular à corda que vai até o ponto médio
do arco.
(6) Reta tangente ( ) Segmento de reta que une dois pontos quaisquer da
circunferência.
(7) Reta secante ( ) Toda reta que corta a circunferência em dois pontos.

4 Caligrafia Técnica

4.1 Importância
Uma caligrafia simples, perfeitamente legível, uniforme e facilmente desenhável, constitui um dos
mais importantes requisitos do DESENHO.
Você usará a "CALIGRAFIA TÉCNICA" e não a comum, com a qual escrevemos habitualmente.
Observe a diferença.

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4.2 Tipos
As letras e algarismos podem ser verticais ou inclinados para a direita, sendo usados de
preferência estes últimos.
Devem ser semelhantes aos apresentados nas figuras 1 e 2.

Figura 01

Figura 02

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A escrita inclinada deve estar a 75º para a direita em relação à linha de base.

Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si, para prevenir qualquer troca, ou
algum desvio mínimo da forma ideal.
A altura "h" é a dimensão funcional para o tamanho nominal das letras maiúsculas.
Na tabela a seguir são dadas as relações; para a altura de letras maiúsculas e minúsculas sem
extensões superiores e inferiores, distância mínima entre caracteres, distância mínima entre linhas de
base e a distância mínima entre palavras.

TABELA - Relações e Dimensões de Símbolos Gráficos:

Características Relação Dimensões (mm)

Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5,0 7 10 14 20


Altura das letras minúsculas c (07/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14

Distância mínima entre caracteres (A) a (02/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linha de base b (14/10) h 3,5 5,0 7 10,0 14 20,0 28
Distância mínima entre palavras e (06/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12

Largura da linha d (01/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

Tabela 01
NOTA: Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linhas para letras maiúsculas e minúsculas.

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24
5 Sistema de Representação I
Em desenho técnico, temos a necessidade de clareza, a possibilidade de cotagem e visualização
do objeto representado. Tudo isso para que o profissional execute sua tarefa sem dificuldades de
interpretação.
Por isso devemos utilizar o "Sistema de Representação" mais adequado à nossa necessidade.
De acordo com a NBR 10067, os "Sistemas de Representação" mais utilizados são:

5.1 Projeções Ortogonais

Primeiro Diedro

Terceiro Diedro

5.2 Projeções Axonométricas

Isométricas
Dimétricas

Cavaleira

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5.3 Projeções em Perspectiva Exata

De um ponto

De dois pontos

De três pontos

5.4 Projeção Ortográfica do 1º Diedro


A projeção ortogonal é uma forma de representar o modelo em sua verdadeira grandeza.
A projeção ortogonal é feita sobre o plano de projeção através de linhas projetantes.

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Muitas vezes, para projetar um sólido geométrico, precisamos de mais de um plano de projeção.

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27
1 Vista Frontal 3 Vista Lateral

2 Vista Superior

5.5 As Três Vistas do Desenho Técnico


Peças que têm formas regulares e apresentam apenas operações mecânicas simples podem ser
desenhadas em uma única vista. Entretanto, quando a forma da peça torna-se mais complexa ou,
quando certas operações de usinagem devem ser representadas, uma única vista não será suficiente
para descrevê-la adequadamente.
Para a obtenção das três vistas, por possesso simples e prático, adota-se o seguinte critério.
1º - Escolhe-se a face da peça que melhor a identifique para a vista frontal

Vista Frontal
Face Principal

2º - Posiciona-se esta vista de modo que as outras duas vistas apresentem o maior número de
detalhes visíveis.

Posição ideal da vista frontal

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28
3º - Da vista frontal, obtemos a vista superior, pelo simples giro da peça para baixo a 90º.

4º - A vista lateral obtém-se girando a peça também a 90º de sua posição inicial para a direita.

Assim, de acordo com o que ficou exposto, as vistas do desenho são apresentadas como está
exemplificado.

Vista frontal Vista lateral

Vista superior

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29
As peças são desenhadas comumente em três vistas, como já foi explicado. Além dessas três
vistas básicas, outras poderão ser utilizadas, como vistas auxiliares quando tal se fizer necessário para
uma perfeita representação da peça.

Vista inferior

Vista lateral direita Vista frontal Vista lateral Vista posterior


esquerda

Vista superior

É possível a representação dos objetos em menos de três vistas quando isso não prejudicar sua
clareza.

2. Exercícios
1. Fazer as projeções ortogonais das peças à mão livre conforme perspectivas dadas.

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30
2

4
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31
3. Exercícios
1. Complete, à mão livre, as projeções das peças apresentadas.

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32
2. Complete as projeções

1 2

3 4

5 6

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33
3. Complete as projeções

1 2

3 4

5 6

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34
6 Linhas
As linhas são a base do desenho. Combinando-se linhas de diferentes tipos e espessuras, é
possível descrever graficamente qualquer peça, com riqueza de detalhes.
Desse modo, o profissional, com conhecimentos básicos de leitura de desenho, pode visualizar,
com precisão, a forma da peça apresentada.
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas "ABNT", são as seguintes as linhas
básicas recomendadas para o desenho técnico:
a. arestas e contornos visíveis
b. arestas e contornos não visíveis
c. de centro e para eixo de simetria
d. de chamada, de cota e de construção

Apresentaremos, a seguir, uma breve descrição destas linhas, com exemplos do seu emprego.

NOTA: A espessura das diversas linhas está na dependência do tamanho e proporções do


desenho; a linha para arestas e contornos visíveis é que determina a espessura das demais,
obedecendo-se sempre, às normas abaixo especificadas.

6.1 Linha para arestas e contornos visíveis


É contínua larga (figura 01) e indica todas as partes visíveis do objeto, determinando-lhe o
contorno (figura 02).

Figura 01

Figura 02

6.2 Linha para arestas e contornos não visíveis


Para ser bem compreendido o desenho deve apresentar linhas mostrando todas as arestas e
interseção das superfícies de uma peça. Muitas destas linhas não são visíveis para o observador
porque estão encobertas por outras partes da peça. Para a indicação destas partes não visíveis usa-se
uma linha tracejada estreita (figura 03).
Exemplo ilustrando o emprego de linha tracejada é apresentado na figura 04.
Linha
tracejada

Figura 03

Figura 04

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35
6.3 Linhas de centro e eixo de simetria
Trata-se de uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados (figura 05). Exemplo de
sua aplicação (Figura 06).

Figura 05

Linhas de
centro Linhas de
centro

Eixo de
simetria

Figura 06

1. Certas peças possuem elementos que não aparecem à vista do observador, um exemplo é o
que se apresenta abaixo:

2. Em vistas

3. Note que na 1ª e 3ª vistas o furo não aparece ao olhos do observador. Assim, este deverá ser
indicado por um linha tracejada.

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36
6.4 Linha Auxiliar
Uma linha contínua e estreita (figura 07), auxiliar para a linha de cota. Exemplo de sua aplicação
(figura 08).

Linhas auxiliares
contínua estreita

Figura 07

Linhas
auxiliares

Linhas auxiliares

Figura 08

6.5 Linha de Cota


Trata-se de uma linha estreita e contínua limitada por flechas agudas (figura 9). Em casos
especiais, usam-se pontos ou trações no lugar das flechas. As pontas das flechas devem tocar as
linhas auxiliares (figura 10).

Linha de cota
contínua estreita

Figura 09

6.6 Outros tipos de linhas


14

43

Linhas de cotas

Figura 10

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37
Em desenho técnico são empregados, ainda, outros tipos de linhas, tais como:
a. Linha traço e ponto estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção, para indicar
cortes e seções (figura 11).

Figura 11

b. Linha traço dois pontos estreita, para perfis e contornos auxiliares e complementares (figura
12).

Figura 12

c. Linha contínua estreita à mão livre para indicar rupturas e cortes parciais (figura 13).

Figura 13

d. Linha contínua estreita em ziguezague (figura 14).

Figura 14

e. Linha contínua estreita para hachuras (figura 15).

Figura 15

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38
f. Linha contínua estreita para chamada (figura 16, 17 e 18).

Sem símbolo
- parte de uma linha de cota.

Figura 16

Com ponto
- parte do interior do objeto.

Figura 17

Com seta
- parte do contorno e/ou aresta.

Figura 18

6.7 Tipos de Linhas


Linha Denominação Aplicação Geral

A A1 contornos visíveis
Contínua larga
A2 arestas visíveis

B1 linhas de interseção imaginárias


B2 linhas de cotas
B3 linhas auxiliares
B B4 linhas de chamadas
Contínua estreita
B5 hachuras
B6 contornos de seções rebatidas na
própria vista
B7 linhas de centros curtas

C Contínua estreita à mão livre


C1 limite de vistas ou cortes parciais ou
(1)
interrompidas se o limite não coincidir
com linhas traço e ponto

D
D1 esta linha destina-se a desenhos
Contínua estreita em
confeccionados por máquinas
ziguezague (1)

E E1 contornos não visíveis


Tracejada estreita (1)
E2 arestas não visíveis

F1 linhas de centro
F
Traço e ponto estreita F2 linhas de simetrias
F3 trajetórias

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39
G
Traço e ponto estreita, larga
nas extremidades e na G1 planos de cortes
mudança de direção

H H1 indicação das linhas ou superfícies


Traço e ponto larga
com indicação especial

J1 contornos de peças adjacentes


J2 posição limite de peças móveis
J J3 linhas de centro de gravidade
Traço dois pontos estreita
J4 cantos antes da conformação
J5 detalhes situados antes do plano de
corte

(1) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Tabela
NOTA: se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no respectivo desenho ou
por meio de referência às normas específicas correspondentes.

* Cópia extraída da coletânea de Normas Técnicas, NBR 8403/1984 página 3.

3. Exercícios
1. Numere nas linhas de chamada do desenho, os nomes das linhas de acordo com a indicação:

1 Linha de contorno visível


2 Linha de Cota
3 Linha auxiliar
4 Linha de contorno não visível
5 Linha de Centro
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40
2. Estude o desenho e no quadro abaixo:
a. Indique como essas linhas podem ser empregadas.

b. Descreva os tipos de linhas de A a Q.

Linha no
Emprego Tipo de linha
desenho
A Linha Auxiliar Contínua Estreita
B Linha de cota Contínua estreita
C Linha de centro Traço e ponto estreita
D Linha de centro Traço e ponto estreita
E Linha de contorno visível Contínua larga
F Linha de simetria Traço e ponto estreita
G Linha de contorno visível Contínua larga
H Linha de contorno visível Contínua larga
I Linha de centro Traço e ponto estreita
J Linha de contorno visivel Continua larga
K
L Linha de centro Traço e ponto estreita
M Linha de contorno não visível Tracejada estreita
N Linha de contorno não visível Tracejada estreita
O Linha de cota Contínua estreita
P Linha de contorno visível Contínua larga
Q Linha auxiliar Contínua estreita

7 Sistema de Cotagem I

7.1 Cotas
Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa
execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição no desenho, o que não seria
cômodo e adequado.
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41
7.2 Regras Gerais
1. As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas,
podendo ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam, obtendo-se melhores
condições de clareza e facilidade de execução.
Nas transferências de cotas para fora do desenho empregam-se linhas auxiliares evitando o seu
cruzamento com linhas de cota.

2. A linha de cota é limitada por flechas agudas:

3. Os algarismos ou números devem ser indicados nas linhas de cotas:

a. Em posição horizontal sempre sobre estas: (figura 1)

Figura 01

b. Em posição vertical sempre ao lado esquerdo destas: (figura 2)

Figura 02

c. Em posição inclinada como mostra o exemplo abaixo:

d. Exemplo:

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42
4. Em desenhos de máquinas, as cotas são expressas em milímetros sem mencionar o símbolo
desta unidade de medida.

5. As linhas de centro podem ser empregadas como linha “auxiliar” sendo prolongadas com traço
estreito e contínuo. Nunca porém, poderão ser usadas como linhas de cota, devem continuar como
linhas de centro até a linha de contorno do desenho.

6. Os furos de diâmetro grandes e pequenos podem ser cotados como segue:

7. A linha de cota para indicação de raio parte do centro do arco e levará somente uma flecha na
extremidade ligada à circunferência.

As dimensões são colocadas fora do contorno da peça, a não ser que sua colocação dentro,
auxilie a clareza do desenho. Quando uma dimensão refere-se a duas vistas, poderá ser colocada
entre elas, conforme exemplificado abaixo. Em desenhos de tamanho médio, as linhas de cotas devem
ser colocadas a uma distância de aproximadamente 7 mm.

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43
7.3 Dimensionamento de espaços limitados
Quando canaletas ou rasgos devem ser cotados, em virtude da limitação do espaço, as cotas
são colocadas conforme indicado abaixo.

Dimensionamento de canaletas e rasgos.

7.4 Localização das Cotas


Todos os sólidos têm três dimensões: comprimento, largura e altura (ou espessura). As linhas de
cota referentes a essas dimensões são distribuídas nas vistas que melhor caracterizem as partes
cotadas (figura 01).

Figura 01

7.5 Dimensionamento
 No dimensionamento de um desenho, o primeiro passo é traçar as linhas auxiliares (figura
02).
 As linhas de cota e flechas são acrescentadas posteriormente (figura 03).

Figura 02 Figura 03

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44
7.6 Disposição e Apresentação de Cotagem:
1. Cotagem em cadeia.

2. Cotagem por elemento de referência:

2.1 Cotagem em paralelo: 2.2. Cotagem Aditiva

3. Cotagem por coordenadas:

4. Cotagem combinada:

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45
4. Exercícios
1. Desenhe a peça abaixo em três vistas e coloque todas as cotas convenientemente
distribuídas.

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46
2. Desenhe a peça abaixo em três vistas e coloque todas as cotas convenientemente
distribuídas.

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47
3. Desenhe a peça abaixo em três vistas e coloque todas as cotas convenientemente
distribuídas.

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48
4. Desenhe a peça abaixo em três vistas e coloque todas as cotas convenientemente
distribuídas.

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8 Sinais convencionais
Sinais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e facilitar sua
leitura.

1. Ø Sinal indicativo de diâmetro


Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a seção circular das mesmas não
estejam bem caracterizadas.
O sinal é colocado sempre antes dos algarismos.

2.  Sinal indicativo de Quadrado


Usado na indicação de elementos de seção quadrada onde não estejam bem caracterizados.

Observação: Os símbolos de Ø e de  devem ser omitidos quando a forma for claramente indicada.

3. Diagonais cruzadas
Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha continua estreita, são usadas na:
a. Representação de espigas com, seção quadrada.

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50
b. Representação de superfícies planas em peças cilíndricas.

4. Outros símbolos
R = Raio

R.ESF = Raio esférico

Ø ESF = Diâmetro esférico

5. Exercícios
1. Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas.
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace, à mão livre, apenas as linhas de cota, auxiliares
e os símbolos necessários.

1 - Peça cilíndrica 2 - Peça cilíndrica com espiga quadrada

3 4

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51
5 6

Sinais convencionais indicativos de perfilados


Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais perfilados.
Ø redondo Duplo “T” (abas largas)
quadrado “I“ (abas curtas)
Chato “U“ ou “C“
Cantoneira de abas iguais “Z“
Cantoneira de abas diferentes Bitola de chapas e fios

6. Exercício
1. Dê o nome dos perfis abaixo:

8.1 Acabamento Superficial "Rugosidade"


A importância do estudo do acabamento superficial aumenta à medida que cresce a precisão de
ajuste entre as peças a serem acopladas. Somente a precisão dimensional e a precisão de forma e
posição não são suficientes para garantir a funcionalidade do conjunto acoplado.
É fundamental, para muitas peças, a especificação do acabamento das superfícies, através da
rugosidade superficial.

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52
8.1.1 Efeitos da Rugosidade
A rugosidade desempenha um papel muito importante no comportamento das peças mecânicas.
Ela condiciona:
 a qualidade de deslizamento e rolamento;
 a resistência ao desgaste;
 a possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
 a resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;
 a qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras;
 a corrosão e a resistência à fadiga;
 a vedação;
 a aparência.
O acabamento superficial é medido através de rugosidade superficial que por sua vez, é
expressa em micro “µ“. O instrumento utilizado para medir a rugosidade é o Rugosímetro.

Sistema de Medição da Rugosidade Superficial:


 Desvio médio aritmético = “Ra"
 Altura das irregularidades dos 10 pontos = "Rz"
 Altura máxima das irregularidades = "Rt"

Indicação do Estado de Superfícies


De acordo com a NBR- 8404 e DIN ISO 1302, a especificação de acabamento nos desenhos por
meio de valores de rugosidade é feita junto com os símbolos que indicam o processo de obtenção de
superfície, conforme a relação abaixo.
Símbolo Significado
Símbolo básico - só pode ser usado quando seu significado for
complementado por uma indicação.

Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes.

Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é permitida e


indica que a superfície deve permanecer no estado resultante de um
processo de fabricação anterior, mesmo se esta tiver sido obtida por
usinagem ou outro processo qualquer.

Símbolo com indicação da característica principal


da rugosidade, Ra
Significado
A remoção do material é
Facultativa Exigida Não permitida

Superfície com uma rugosidade


máxima: Ra = 3,2 µm

Superfície com uma rugosidade entre:


máximo Ra = 6,3 µm
mínimo Ra = 1,6 µm

Obs: 1 µ = 0,001 mm

A indicação da rugosidade Rz e Rt deve ser colocada à direita e abaixo do símbolo.

Especificações especiais devem, ser colocadas acima da linha do símbolo.

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53
8.2 Representação dos símbolos no desenho
Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto com o
desenho na posição normal, como pelo lado direito.

Se necessário, o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma linha de
indicação que deve ser provida de seta na extremidade junto à superfície.

O vértice do símbolo ou da seta, sempre pelo lado externo, deve tocar o contorno da peça ou
tocar uma linha de extensão que é um prolongamento do contorno.
Os sinais convencionais de usinagem das superfícies dos flancos dos dentes de engrenagem e
de filetes de roscas, representados esquematicamente, vem colocados sobre a circunferência primitiva
desses elementos.
Exemplos:

Exemplo de aplicação dos símbolos de rugosidade superficial.

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54
8.3 Condições Específicas

8.3.1 Indicação de rugosidade da superfície


1. O valor ou os valores definindo a característica principal da rugosidade devem estar colocados
sobre os símbolos como os indicados nas figuras 01 e 02.

Figura 01 Figura 02

Um estado de superfície que está indicado:


a. Como na figura 01, significa que pode ser obtido por um processo de fabricação qualquer.
b. Como na figura 02, deve ser obtido por remoção de material.

2. Se for necessário estabelecer os limites máximo e mínimo de característica principal da


rugosidade, estes valores devem ser colocados um sobre o outro, tendo o limite máximo acima e o
limite mínimo abaixo (figura 3).

ou

Figura 3

3. Quando as indicações requeridas para todas as superfícies de uma peça forem as mesmas, a
indicação deve constar:
a. junto à vista da peça (figura 04), próximo à legenda do desenho ou no lugar previsto dentro
desta, para os dados gerais; ou
b. atrás do número da posição da peça (figura 05).

Figura 04 Figura 05

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55
4. Quando o mesmo estado de superfície é exigido pela maioria das superfícies de uma peça
elas devem ser indicadas como mostrado, com os seguintes acréscimos:
a. o estado das outras superfícies dever ser colocada entre parênteses e junto às superfícies
da peça (figura 06)

Figura 06

b. um símbolo básico deve ser colocado entre parênteses sem outras indicações. Estas, porém
devem aparecer junto às superfícies da peça (figura 07).

Figura 07

3. Questionário
1. Qual a rugosidade utilizada nas superfícies indicadas pelas letras:

A D
B E
C F

2. Qual o tipo de acabamento geral da peça abaixo?


Resp.: ________________________________________________________________________

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56
3. Qual o tipo de acabamento para as partes torneadas com 25 mm de diâmetro?
Resp.: ________________________________________________________________________

9 Sistema de Cotagem II

9.1 Cotas e Dimensionamento


As cotas, no desenho, têm dois objetivos principais: indicar o tamanho e a localização exata das
partes da peça. Por exemplo: para abrir um furo passante de uma peça o profissional necessita caber
duas coisas: o diâmetro do furo e a exata localização do seu centro. (Figura 01).

Figura 01

9.2 Localização das Cotas


A localização das cotas faz-se, usualmente, a partir de uma linha de centro ou de extremidades
de superfícies. Esta prática é adotada para evitar erros, pela variação de medidas, causados por
superfícies irregulares (Figura 02).
Os profissionais devem conhecer as várias fases de usinagem de uma peça, a fim de
interpretarem adequadamente as dimensões do desenho, facilitando, assim sua execução.

Figura 02

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57
9.3 Localização de Centros de Furos e de Arcos, em Peças Assimétricas
Quando um ponto ou centro de um furo ou de um arco deve ser localizado é preferível, e em
muitos casos, mais simples para o profissional tomar medidas a partir de duas superfícies
perpendiculares do que tomar medidas angulares.
Os centros de furos de arcos podem ser encontrados facilmente traçando-se as linhas de centro
(vertical e horizontal), perpendicularmente às superfícies A e B (Figura 03).

Figura 03

9.4 Dimensionamento de furos igualmente espaçados de uma circunferência


Quando os furos são igualmente espaçados em uma circunferência, além da exata localização
do primeiro furo (1), devem ser indicados ainda: o diâmetro do furo (2) e o espaço entre estes (3)
conforme·figura 04.

Figura 04

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58
9.5 Dimensionamento de Furos e Ângulos
Os furos abertos por brocas, alargadores ou punções, podem ter, além da medida do seu
diâmetro, notações indicando a operação necessária à sua abertura.

Furos com rebaixos são usados de forma a permitir que um parafuso se encaixe, nos mesmos.
Tais furos são dimensionados de forma a apresentar:
1. o diâmetro do furo
2. o diâmetro do rebaixo
3. a profundidade do rebaixo

Furos escareados são furos com a parte superior usinada em forma de cone, destinados a
receber parafusos de cabeça escareada de maneira que a superfície da cabeça do parafuso fique no
mesmo nível da superfície da peça.
Furos escareados são dimensionados de forma a apresentar:
1. o diâmetro do furo
2. o diâmetro do rebaixo
3. o ângulo do rebaixo

10 Escalas

10.1 Escala
Desenhos, como já vimos, são séries de linhas que descrevem as formas e as dimensões de
uma peça ou mecanismo. No entanto, para se construir ou usinar uma peça, o desenho deve incluir
notações que indiquem: o tamanho e localização de superfícies, reentrâncias e furos, o tipo de material
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59
a ser empregado, o grau requerido de precisão da usinagem, detalhes de montagem, e outras
informações que o profissional necessita para bem compreender a tarefa a executar.

10.2 “A linguagem do desenho"


No Brasil são adotadas, para o desenho técnico, as normas recomendadas pela ABNT. Essas
normas têm por finalidade padronizar notações e símbolos, de maneira que possa haver uma
linguagem do desenho, entendida por todos aqueles que conhecem os seus princípios básicos.
De acordo com essas normas, os desenhos devem apresentar todas as medidas necessárias a
fim de evitar que o profissional tenha de tomá-las diretamente. Todavia, não deverá haver repetição
desnecessária de medidas, salvo se isso contribuir para tornar o desenho mais claro ou mais fácil de
ser compreendido. É conveniente, sempre, que o desenho apresente as medidas totais de
comprimento, largura e altura.
Muitas peças não podem ser desenhadas no seu tamanho natural em virtude de suas grandes
dimensões, ou porque são tão pequenas que os detalhes não podem ser mostrados claramente. Há
necessidade, então, de fazer o desenho em ESCALA, isto é, ampliado ou reduzido, conforme o caso.
"ESCALA" é a razão entre as dimensões da peça na sua representação gráfica (desenho) e suas
dimensões naturais.
A escala natural seria, representada pela notação 1:1, de acordo com a NBR 8196, as escalas
recomendadas em desenho técnico para redução e ampliação são:
Redução Ampliação
1:2 2:1
1:5 5:1
1:10 10:1
1:20 20:1

Assim sendo, a escala 1:5 significa que, para a representação gráfica (desenho), cada dimensão
da peça foi reduzida à quinta parte. É importante notar, porém, que no desenho, as medidas da peça
aparecem, nas cotas, sempre como normais, isto é, como o são na realidade.

7. Exercícios
1. Complete as lacunas:
Dimensão da Peça Escala Dimensão do Desenho
32 1:2
50 1:1
1:5 12
25 125
35 1:2
90 1:5
6 2:1
25,4 25,4
75 15
12 2:1
55 5:1
60 30
300 1:10
1:2 16
2:1 74
40 8
3,8 10:1
5:1 96
1,2 12
1:2 7
9 9
145 1:5
50,8 2:1
1:2 125
127 1:5

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60
2. Determine e anote a escala dos desenhos abaixo:

Escala: Escala:

Escala: Escala:

3. Complete o desenho abaixo, de acordo com o modelo apresentado. O desenho que você vai
completar é o dobro do modelo apresentado. Indique a escala em relação ao modelo.

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61
4. Complete o desenho abaixo de acordo com o modelo apresentado. O desenho que você vai
completar é o dobro do modelo apresentado. Indique a escala em relação ao modelo.

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62
5. Desenhar a peça dada no espaço abaixo, aplicando a escala de amplificação 5:1. Colocar
todas as cotas.

6. Desenhe as projeções das perspectivas abaixo de acordo com as escalas indicadas, cotando
corretamente.

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63
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64
11 Normalização

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65
11.1 Formato de Papel Usado em Desenho
De acordo com a NBR 1068, o formato básico do papel, designado por A0 (A zero) é o
retangular, cujos lados medem 841 mm e 1189 mm, tendo a área de 1 metro quadrado. Do formato
básico, derivam os demais formatos.

Formato Dimensão Margem


A0 841 x 1189 10
A1 594 x 841 10
A2 420 x 594 7
A3 297 x 420 7
A4 210 x 297 7
A5 148 x 210 7
Obs.: A margem esquerda é de 25 mm

11.2 Legenda
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1, A0, ou ao longo da largura
da folha de desenho no formato A4.

11.2.1 Legendas Industriais:


As legendas nos desenhos industriais variam de acordo com as necessidades internas de cada
empresa, mas devem conter obrigatoriamente:
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66
 designação da firma;
 projetista, desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho;
 local, data e assinatura;
 nome e localização do projeto;
 conteúdo do desenho;
 escala (conforme NBR 8196);
 número do desenho:
 designação da revisão;
 indicação do método de projeção (conforme NBR 10067);
 unidade utilizada no desenho (conforme NBR 10126);

A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao projeto e desenho em
questão.
O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no canto direito do padrão de
desenho.

Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões

Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Des.
Data: Proj.
Escala Desenho N.º
Gaveta
Subst. o
Subst. por

Após se completar a representação de uma peça por intermédio do desenho cotado,


determinados dados técnicos relativos à peça ou ao seu processo de fabricação necessitam, às vezes,
ser acrescentados sob a forma de notas escritas.
Eles podem ser colocados de diversas maneiras; uma delas é numa lista geralmente localizada
acima ou ao lado da legenda.
Nessa lista estão contidos os elementos específicos relativos à peça ou às peças desenhadas na
folha.
Embora existam inúmeras formas de lista de peças, abaixo vemos uma bem comum, preenchida
para uma folha que contivesse três desenhos.

1 - Posição: refere-se ao número de ordem da peça, em relação ao conjunto a que ela pertence.
2 - DENOMINAÇÃO OU DESCRIÇÃO: refere-se ao nome de cada peça desenhada na folha.
3 - QUANT.: abreviação de quantidade, refere-se à quantidade de peças necessárias à máquina.
4 - MATERIAL E DIMENSÕES: refere-se ao tipo e dimensão do material que será usado para a
construção da peça.

1 2 3 4
3 Pino cônico 5 Aço 0,2% C
2 Suporte de fixação 2 Fo Fo
1 Pino de ajuste 1 Aço SAE 1045
Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Des.
Data: Proj.
Escala Desenho N.º
Gaveta
Bomba Injetora Subst. o
Subst. por
CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel
67
Exemplo:

4 7 8
5 6

3 8 – 9 – 10 - 11

1 12

12 Gaxeta de vedação 02 Feltro


11 Contra pino 02 Ø2
10 Porca castelo 02 M 10
9 Parafuso cabeça quadrada 02 M 10 x 30
8 Arruela plana 04 Ø 10 x Ø20 x 1,5
7 Porca sextavada 02 M 10
6 Parafuso cabeça quadrada 02 M 10 x 70
5 Engraxadeira 01 1/8” BSP
4 Rolamento de esferas 01 N.º 1205
3 Alojamento superior 01 Fo Fo cinzento
2 Alojamento inferior 01 Fo Fo cinzento
1 Base fundida 01 Fo Fo cinzento
Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.

Unidade Local: Curitiba Des. Milton Pereira


mm Data: 23/11/93 Proj.
Desenho N.º
Escala Gaveta
1:2 Mancal de Rolamento Subst. o
Subst. por

12 Sistema de Representação II

12.1 Perspectiva
O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá idéia
clara por apresentar diversas faces do objeto.

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68
Sendo um desenho ilustrativo, a perspectiva é facilmente compreensível aos leigos, o que não
acontece com o desenho técnico. Comparem-se as figuras abaixo.

A perspectiva isométrica (medidas iguais) é das mais simples e eficientes. Parte de três eixos a
120º, sobre os quais se marcam as medidas reais da peça.

12.2 Fases do Traçado

1ª Fase 2ª Fase

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69
3ª Fase 4ª Fase

Escreva na resposta a letra correspondente à perspectiva. Para cada projeção há 4


perspectivas, porém, só uma é correta.

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


70
A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

A B C D
Resposta: ___________

12.3 Perspectiva Isométrica de Circunferência e de Arcos de Circunferência


São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão suficiente
para os trabalhos comuns.

1ª fase 2ª fase 3ª fase

4ª fase 5ª fase
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71
12.4 Traçados de Arco de Circunferência

8. Exercícios
1. Escreva na resposta a letra correspondente à perspectiva
Observação: Para cada projeção há 4 perspectivas, porém só uma é correta.

Resposta: ___________

Resposta: ___________

Resposta: ___________

Resposta: ___________

Resposta: ___________

12.5 Perspectiva Cavaleira


Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico, para auxiliar a representação e
visualização das peças, é a perspectiva cavaleira.
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72
Esta perspectiva caracteriza-se por sempre representar a peça como vista de frente.

L
L
L L

Perspectiva cavaleira Perspectiva isométrica


do mesmo cubo de um cubo

As medidas horizontais e verticais, na perspectiva cavaleira, não sofrem redução.


O ângulo , na perspectiva cavaleira, pode ser de 30º, 45º ou 60º. A medida marcada nesta linha
inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o ângulo for de 30º, 1/2 quando o ângulo for de 45º e 2/3
quando for de 60º.

Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça apresenta superfícies
curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo pelos dois tipos de perspectiva. Na isométrica, o círculo
é representado por uma oval e na cavaleira, por um círculo.

Cavaleira Isométrica

9. Exercícios
1. Desenhe, à mão livre, a perspectiva cavaleira das peças abaixo.

Inclinação: 30º

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73
Inclinação: 45º

Inclinação: 60º

13 Supressão de Vistas

13.1 Representação em duas Vistas


Há peças que necessitam, somente, de duas vistas para apresentar todos os detalhes de sua
construção. Será escolhida como segunda vista, sempre com base na vista de frente, aquela que
melhor apresenta os detalhes da peça.

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74
Flanges

1 Bucha com flanges 12 Aço trefilado 0,2% C


Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões

Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.

Unidade Local: Curitiba Des. Adriane


mm Data: 19/10/93 Proj. César

Desenho N.º 9,2


Gaveta
Escala
1:1 Bucha com Flanges Subst. o
Subst. por

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75
10. Exercícios
1. Bucha com Flanges
1. Qual é o nome da peça?
2. Qual é o número do desenho?
3. Quantas peças são requisitadas?
4. Qual o material empregado na construção da peça?
5. Dê o nome das duas vistas que representam a Bucha com Flanges.
6. Quais são os tipos e empregos de linhas indicadas pelas letras:
A
B
C
D
E
F
G
7. Qual é o diâmetro externo das duas flanges?
8. Qual é a espessura de cada flange?
9. Qual é o diâmetro do furo central?
10. O furo da peça é passante?
11. Qual é o diâmetro do rebaixo representado pela linha B?
12. Determine o comprimento total da peça.
Nome do Aluno:
Tarefa 9.2
1.
2.
3.
4.
5.
6.

7.
8.
9.
10.
11.
12.

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76
2. Trace as projeções ortogonais da peça abaixo, com o auxílio de instrumentos.
3. Cote o desenho.

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77
4. Desenhe com instrumentos a peça abaixo, empregando supressão de vistas e cotando
convenientemente.
Escala 1:1

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78
Emprego dos sinais convencionais para simplificação dos desenhos de peças de formas
diversas, com supressão de vistas.
Nos exemplos dados, observa-se, fase por fase, a eliminação das vistas consideradas
supérfluas, concluindo que uma só é suficiente para o desenho ser lido e interpretado sem nenhuma
dificuldade.

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79
11. Exercícios
1. Desenhe com instrumentos a peça abaixo, empregando supressão de vistas e cotando
convenientemente.

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80
14 Cortes e Seções

14.1 Planos de Corte


Uma vista exterior mostra a peça como ela aparece ao observador. Detalhes internos dessa
peça aparecem no desenho através de linhas indicando os contornos não visíveis.
Quando os detalhes no interior da peça tornam-se complexos, mais e mais linhas não visíveis
são necessárias para mostrar, com precisão, tais detalhes e o desenho torna-se difícil de interpretar.
Uma técnica que o desenhista usa em tais casos para simplificação do desenho, é cortar uma
parte da peça e expor as superfícies internas. Em tais seccionamentos todas as partes que se tornam
visíveis são representadas por linhas de contornos visíveis.

B) Peça cortada com a


parte anterior removida
(A) Plano imaginário
cortando a peça.
Figura 02

Figura 01 - Plano de
Corte e sua Aplicação

Para obter vista em corte, um plano de corte imaginário é passado através da peça como mostra
a figura 01. A outra parte anterior é removida (figura 02). A direção do plano de corte A representada
no desenho por uma linha de corte. As superfícies expostas, que foram cortadas, são identificadas por
linhas convencionais (hachuras), apresentadas na figura 02.
Os cortes são utilizados para representar de modo claro, os detalhes internos das peças ou de
conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças que o constituem, facilitando a

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81
colocação de cotas internas.

14.2 Hachuras
São traços eqüidistantes e paralelos que produzem em desenhos e gravuras o efeito do
sombreado. No desenho técnico, as hachuras são representadas por linhas contínuas estreitas,
traçadas a 45º em relação à base da peça, ou em relação ao eixo desta.

Exemplo: União de chapas através de parafuso e porca

14.3 Corte Total


O corte total pode ser dado em dois sentidos:
Longitudinal: quando é indicado no sentido horizontal, de maior dimensão, (no comprimento).
Transversal: quando é indicado no sentido vertical de menor dimensão, (na largura).
Exemplo:

AB CD

A B

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82
A vista frontal mostra o corte dado no sentido longitudinal e indicado na vista de cima por AB e
na vista lateral, o corte dado é no sentido transversal, indicado na vista de cima por CD.
Note que o corte é sempre indicado em uma vista e representado em outra
14.4 Corte em Desvio
A direção do corte, normalmente, passa pelo eixo principal da peça, mas pode também, quando
isso se fizer necessário, mudar de direção (corte em desvio), para passar por detalhes situados fora do
eixo e que devem ser mostrados em corte.
A mudança de direção do corte é feita mediante dois traços grossos em ângulo.

AB

A B

B
A

14.5 Meio Corte


É o corte que se emprega, às vezes, no desenho de peças simétricas, onde somente meia vista
aparece em corte.
Exemplos

½ AB
½ AB

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A 83
12. Exercícios
1. Complete os desenhos abaixo, em corte total e meio corte, conforme o exemplo.

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84
5

2. Execute as projeções, aplicando um corte total AB, nas peças 1 e 2.


1 BLOCO ESCALONADO
Material: Ferro fundido
Escala 1:1

OBS.: Furos passantes

2 CALÇO AJUSTÁVEL
Material: Bronze

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85
Escala: 1:1

3. Desenhar em duas vistas, aplicando um corte em desvio, segundo a direção indicada nas
perspectivas 3 e 4.
Observação: os furos são passantes
3 BASE
Material: aço
Escala: 1:1

4 ESQUADRO
Material: FoFo

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86
Escala: 1:1

4. Desenhar duas vistas das perspectivas 5 e 6 em meio corte.


5 LUVA
Material: Latão
Escala: 1:1

6 GARFO DO TIRANTE
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87
Material: Latão
Escala: 1:1

14.6 Omissão de Cortes


Nervuras e braços de peças não são atingidos pelo corte no sentido longitudinal, conforme os
exemplos abaixo.

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88
Nos desenhos de conjuntos, eixos, pinos, rebites, chavetas, parafusos e porcas também não são
considerados cortados quando atingidos pelo corte no sentido longitudinal, conforme os exemplos
abaixo.
Pino Parafuso e Porca

Rebite

Entretanto, quando necessário, cortes parciais poderão ser empregados.


Eixos, quando cortados no sentido transversal, aparecem hachurados.
Chaveta

Pendural
Material: aço

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89
Escala: 1:1

Nervura

4. Questionário
1. Comprimento Total ______________________________________
2. Altura A ______________________________________
3. Largura B ______________________________________
4. Altura C ______________________________________
5. Altura total ______________________________________
6. Cota D ______________________________________
7. Cota E ______________________________________
8. Cota F ______________________________________
9. Acabamento ______________________________________
10. Material ______________________________________
11. Comprimento nervura ______________________________________
12. Espessura nervura ______________________________________
13. Exercícios
1. Desenhar as três vistas de cada peça:
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90
1 SAPATA
Material: aço
Escala: 1:2

2 SUPORTE
Material: aço
Escala: 1:1

2. Desenhar a peça abaixo, apresentando o corte AB.


Material: ferro fundido
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91
Escala: 1:1

3. Desenhar a peça abaixo, apresentando o corte AB.


Material: PVC
Escala: 1:1

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92
14.7 Corte parcial
Apenas uma parte da peça é Cortada para indicar algum detalhe interno. Este corte é limitado
por linha de ruptura.
Linha de ruptura é uma linha contínua estreita à mão livre.
Linha de ruptura
Linha de ruptura

Conforme foi observado, neste caso, permanecem as linhas tracejadas, correspondentes aos
detalhes não visíveis, na parte não atingida pelo Corte Parcial.
Linha de ruptura

14.8 Corte Rebatido


Peças com partes ou detalhes que não estão na vertical, ou na horizontal, têm sua
representação em corte facilitada com o deslocamento em rotação dessas partes, sobre o eixo
principal, evitando assim a projeção deformada destes elementos.

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93
14.9 Superfícies Finas em Corte
Seções finas, em vez de hachuradas, podem aparecer enegrecidas, conforme desenho abaixo.

14.10 Seções

14.10.1 Traçadas Sobre a Vista


São executadas diretamente sobre a vista, com linha estreita continua, permitindo o recurso
prático e satisfatório de se representar o perfil de certas partes de uma mesma peça, tais como:
nervuras, braços de volante, perfilados, etc.
Evitam-se, assim, vistas que nem sempre identificam com clareza a forma da peça.
O eixo da seção é sempre perpendicular ao eixo principal da peça ou da parte secionada.

Quando as linhas de contorno da peça interferem na clareza da seção, a vista pode ser
interrompida por linhas de rupturas, deixando espaço suficiente para a representação da seção, que
neste caso será desenhada com linha larga contínua. Exemplo:

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94
14.10.2 Traçadas Fora da Vista
Têm a mesma finalidade da seção anterior. Entretanto, em lugar de serem desenhadas sobre a
vista, são desenhadas fora da vista, com linha larga contínua e em posição que facilite a colocação de
cotas.
A direção do secionamento deve ser indicada por traços, como no caso dos cortes.

14.11 Ruptura
Peças simples, porém longas (como chapas, aço em barras, tubos para fins diversos), não
precisam ser desenhadas em folhas de papel de dimensões exageradas e nem em escala muito
reduzida para caber em papel de formato habitual.
Economiza-se espaço e tempo, empregando rupturas.
Quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos e remove-se a parte quebrada,
aproximando as extremidades partidas. O comprimento será dado pela cota real.
Exemplo:

Rupturas Usuais

Barras, chapas Eixos, barras redondas

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95
Madeira Tubos

Peças trapezoidais Peças cônicas

Grandes rupturas Peças cônicas ocas

15 Casos Especiais de Projeções

15.1 Rotação de Detalhes Oblíquos


A rotação de detalhes oblíquos tem por finalidade evitar o encurtamento que resultaria da
verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotação desses detalhes de modo a projetá-los
sem deformação.

Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em corte. (Corte rebatido).

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96
14. Exercícios
1. Aproveitando as linhas de centro abaixo, desenhe a peça apresentada,em duas vistas,
cotando convenientemente.
Escala: 1:1

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97
2. Complete a vista de frente e desenhe a vista lateral da peça abaixo, aplicando corte.
Escala: 1:1
3 furos Ø 13 e 3 nervuras igualmente espaçados (120º)
Material: Ferro fundido

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98
15.2 Vista Auxiliar
A vista auxiliar é empregada para se obter a forma real de partes que estejam fora de posição
habitual (horizontal ou vertical). Podem ser totais ou parciais como exemplificado abaixo, onde somente
a superfície oblíqua e outros detalhes necessários são incluídos. Numa vista auxiliar a superfície
oblíqua é tombada paralelamente a ela.
Superfície e furos circulares situados em planos oblíquos e que aparecem em forma de elipse
nas vistas regulares, aparecem na forma e tamanho exatos numa vista auxiliar.

Representação indicada

Casos usuais:

Vista de A.

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99
15. Exercícios
1. Analise o desenho e responda o questionário.

01 Suporte 20 Aço 0,3% C

Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões

Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.

Unidade Local: Curitiba Des. Eloise


mm Data: Dezembro/93 Proj.

Desenho N.º
Gaveta
Escala
1:1 Suporte de Eixo Subst. o
Subst. por

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


100
5. Questionário
1. Suporte de Eixo
1. De que material é feita a peça?
2. Quantas peças são requisitadas?
3. Qual o diedro utilizado?
4. Dê o nome das vistas.
5. Qual o tipo da linha C ?
6. Qual o tipo da linha P ?
7. Dê o diâmetro do furo F.
8. Determine a distância A.
9. Determine a distância B.
10. Qual a linha, na vista superior, que corresponde à superfície D, na vista auxiliar?
11. Quantos furos de 8 mm, devem ser abertos no suporte, com alargador?
12. Qual a distância entre os centros dos furos abertos com alargador?
13. Qual a superfície, na vista superior, que representa a linha E, na vista auxiliar?
14. Qual a superfície, na vista de cima, que representa a linha G, na vista frontal?
15. Qual a linha, na vista superior, que representa a superfície H, na vista frontal?
16. Qual a linha, na vista frontal, que representa a superfície J, na vista superior?
17. Que representam as linhas K e R?
18. Qual a linha, na vista frontal, que representa a superfície N, na vista superior?
19. Determine a distância vertical entre a superfície representada pela linha P e a superfície
representada pela linha Q.
20. Determine a distância entre a superfície representada pela linha E e a superfície
representada pela linha S.
Nome do aluno:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel
101
2. Desenhe a peça abaixo, representando-a com a ajuda de vista auxiliar, cotando
convenientemente.

Coloque todas as cotas.


Escala: 1:1
Furo = 12 mm
Rebaixo = 3 mm

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


102
15.3 Vista Auxiliar Simplificada
A vista auxiliar simplificada, pela sua simplicidade, é da maior importância, no desenho técnico.
Consiste, geralmente, em representar a peça em uma só vista e, por meio de linhas continuas
estreitas, completar o desenho com os detalhes que não ficaram esclarecidos na vista apresentada.
Exemplo:

Casos Típicos

16 Roscas
As roscas têm a função de assegurar a união entre duas ou mais peças e ao mesmo tempo
permitir que seja essa união desfeita com facilidade sem causar danos às partes unidas.
As roscas podem ser externas e internas.
Nos desenhos, a representação deve ser como segue:
Para roscas visíveis, a crista do filete A representada por uma linha contínua larga e a raiz da
rosca por uma linha continua estreita.

Roscas Externas

Normal Simplificada

Em corte
d = diâmetro nominal
d1 = diâmetro do núcleo
P = passo

Quadrada Trapezoidal
Quadrada normal simplificada simplificada

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


103
Roscas Internas (simplificadas)

Em corte

Em vistas

Em vistas
Montagem em corte

16.1 Representação de Rosca


As roscas podem ser representadas no desenho técnico, conforme indicado na figura 01.
1. normal (como se apresenta ao observador).
2. simplificada (representação convencionada).
Normal Simplificada

Roscas
externas

Roscas
internas

Figura 01 - Representação de roscas.

16.2 Dimensionamento de Roscas


O dimensionamento de roscas (figura 02) é feito com a indicação do diâmetro maior. O
profissional, através de tabelas de padronização encontrará com este dado, os demais elementos
necessários a usinagem. Quando não houver indicação especial no desenho, subentende-se que a
rosca será sempre Whitworth, normal.
Quando se tratar de outro, tipo, deverá ele ser indicado. No caço de perfis especiais deverá
constar, no desenho, um corte parcial, mostrando o perfil.

Whitworth (A) Métrica (B) Perfil (C)


Normal normal especial

Figura 2 - Cotação de roscas

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


104
16.3 Dimensionamento de Roscas à Esquerda
Roscas são abertas à direita ou à esquerda, (figura 03) dependendo do seu uso.
Como seus próprios nomes indicam, roscas à direita avançam na direção dos ponteiros do
relógio ( )e roscas à esquerda, no sentido inverso( ).

Rosca à direita Rosca à esquerda

Figura 03 - Exemplo de roscas à direita e à esquerda

No caso de rosca à direita, nenhuma notação é necessária no desenho, subentendendo-se,


sempre, que na falta de indicação, a rosca a executar será sempre à direita.
Quando se tratar de rosca à esquerda, usar-se-á a indicação rosca à esquerda (figura 04).

esquerda

esquerda
Figura 04 - Dimensionamento de roscas à esquerda

16.4 Dimensionamento de Roscas


O quadro abaixo mostra os tipos mais comuns de roscas, os símbolos indicativos, os perfis e
exemplos de indicações para cotação dos desenhos.
Roscas Símb. Perfil Indicação Observação

Rosca normal de
Whitworth

1”
normal

- Neste caso
dispensa o símbolo
(W)
Whitworth

Rosca com
diâmetro externo
fina

W de 84 mm e passo
de 1/16”
Whitworth

Rosca aberta no
canos
para

diâmetro externo
RC de um tubo cujo
furo é de 1”
Métrica

Rosca métrica
M normal com 16 mm
de diâmetro

Rosca métrica fina


Métrica

cujo parafuso tem


Fina

M 104 mm de
diâmetro externo e
passo de 4 mm

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


105
para automóveis Rosca num
SAE

SAE parafuso de 1” de
diâmetro externo
National Coarse
American

Rosca num
NC parafuso de 2” de
diâmetro externo
National Fine
American

Rosca num
NF parafuso de 1” de
diâmetro externo
Trapezoidal

Rosca trapezoidal
com 8 mm de
Tr passo num
parafuso de 48 mm
de diâmetro.

Rosca quadrada
Quadrada

com 6 mm de
Quad. passo num
parafuso de 30 mm
de diâmetro.

Quando tiverem mais de uma entrada ou forem à esquerda escrever-se-á da seguinte forma:
W 3½ “ x 1/16” esq. Tr 48 x 8 esq. M 80 esq. RC 1” esq.

16. Exercícios
1. Interprete os desenhos abaixo e responda:

Nome da rosca __________________________________


Ângulo do filete __________________________________
Símbolo da rosca __________________________________

Nome da rosca __________________________________


Ângulo do filete __________________________________
Símbolo da rosca __________________________________

Nome da rosca __________________________________


Ângulo do filete __________________________________
Símbolo da rosca __________________________________

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


106
2. Complete o desenho representando em corte uma rosca métrica normal com 18 mm de
diâmetro. Faça a cotagem da rosca.

3. Na representação simplificada da rosca existente na peça abaixo, falta um pequeno detalhe.


Complete-o.

4. Identifique os nomes das roscas abaixo desenhadas.

17 Conjunto

17.1 Conjunto e Detalhes


O desenho de conjunto representa um
grupo de peças montadas, como:
dispositivos, ferramentas, máquinas,
motores, equipamentos, etc...
A finalidade do desenho de conjunto é
mostrar as interligações entre as peças,
orientar a montagem e esclarecer o
funcionamento.
No conjunto, normalmente, não deve
ser colocada a cotagem das peças.
Cada peça do conjunto deve ser
representada em um desenho separado, com
todas as vistas, cotagem e símbolos
necessários para a sua fabricação.
O conjunto consiste de um desenho e
da legenda que deve vir abaixo do desenho,
onde os números das peças aparecem em
ordem crescente de baixo para cima.

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


107
16 Parafuso regulador 1 Ø 7/8” x 40
15 Parafuso cabeça escariada 4 Ø 3/16” x ½”
14 Parafuso ALLEN com cabeça 4 Ø ¼” x 3/8”
13 Porca borboleta 1 Ferro
12 Pino cônico 1 Aço 1010
11 Cabeça do manípulo 2 Aço 1020
10 Manípulo 1 Aço 1020
9 Mordente estriado 2 Aço 1050
8 Anel de trava 1 Aço 1020
7 Prisioneiro 1 Aço 1020
6 Parafuso Principal 1 Aço 1020
5 Fixador 1 Aço 1020
4 Mancal 1 Ferro
3 Mandíbula móvel 1 Ferro
2 Mandíbula fixa 1 Ferro
1 Base 1 Aço 1020
Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Curitiba Des. Milton Pereira
mm
Data: Dezembro/93 Proj.
Escala Desenho N.º
s/ Gaveta
Morsa Subst. o
Subst. por

17. Exercícios
1. Estude o desenho do conjunto abaixo e passe para a página seguinte.

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


108
12 Parafuso cabeça panela com fenda 01 Aço SAE 1045 (galvanizado)
11 Chaveta 01 Aço SAE 1045
10 Mola de compressão 01 Aço mola Ø int. 13 x p = 3 mm
9 Arruela lisa 01 Aço SAE 1020
8 Porca sextavada 01 Aço M12 x 1,75
7 Manípulo 01 Aço SAE 1020
6 Parafuso guia 01 Aço SAE 1045
5 Prisioneiro 01 Aço SAE 1045
4 Arruela 01 Aço SAE 1020
3 Modelo 01 Aço SAE 1020
2 Suporte móvel 01 Aço SAE 1020
1 Base 01 Aço SAE 1045
Pos. Denominação Quant. Material e Dimensões
Visto
Departamento Regional do Paraná
Aprov.
Unidade Local: Curitiba Des. Milton Pereira
mm
Data: Dezembro/93 Proj.
Escala Desenho N.º
s/ Gaveta
Dispositivo para Fresar Subst. o
Subst. por

Estão representadas separadamente, nas páginas seguintes, as peças do conjunto já estudado.


Identifique-as colocando a letra correspondente à peça adequada para seu funcionamento.

Observação
O desenho de conjunto do dispositivo para fresar, da página anterior, e a peça número 1, nesta
página, estão corretos.

CETCEP – Centro de Tecnologia em Celulose e Papel


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2

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Esfera  25

Esfera  25

18 Leitura e Interpretação
1. Examine o desenho e responda:

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1. Quais são os tipos de empregos de linhas indicadas pelas letras:
A ___________________________________________________________________________
B ___________________________________________________________________________
C ___________________________________________________________________________
D ___________________________________________________________________________
E ___________________________________________________________________________
F___________________________________________________________________________
2. Qual é o comprimento total da peça?
_____________________________________________________________________________
3. Qual é altura da peça?
_____________________________________________________________________________
4. E a largura?
_____________________________________________________________________________
5. Qual é o diâmetro do furo?
_____________________________________________________________________________

6. Questionário
Material: Aço SAE 1020

1. Qual é o nome da peça?


_____________________________________________________________________________
2. Qual o material empregado?
_____________________________________________________________________________
3. Quais os tipos e empregos das linhas indicadas pelas letras?
A ___________________________________________________________________________
B ___________________________________________________________________________

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C ___________________________________________________________________________
D ___________________________________________________________________________
4. Qual o comprimento total da peça?
_____________________________________________________________________________
5. Qual a altura total da peça?
_____________________________________________________________________________
6. Qual a distância entre os dois furos superiores?
_____________________________________________________________________________
7. Qual a distância entre os dois furos inferiores?
_____________________________________________________________________________
8. Calcular a distância E: _______________________________________________________
9. Qual é o raio médio da dobra?
_____________________________________________________________________________
10. Qual o diâmetro dos furos?
_____________________________________________________________________________

2. Completar o desenho da peça, fazendo as linhas omitidas:

3. Calcular as cotas representadas com letras na peça e colocar o resultado na tabela abaixo:
A F
B G
C H
D I
E J
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4. Calcular as cotas representadas com letra na peça e colocar o resultado na tabela abaixo:
Material: Aço SAE 1045
Escala: 1:2

A
B
C
D
E
F
G

5. Qual é o material e a escala da peça?


____________________ ; ____________________

19 Planificação
É o desenho de todas as superfícies de um objeto sobre um mesmo plano formando uma só
parte, a qual dobrada ou enrolada, terá a forma exata do referido objeto.
Exemplo:

A B C

O desenho acima ilustra a planificação de um cubo.


Em A, o cubo desenhado em perspectiva. Em B, o cubo sendo aberto.
Em C, a planificação de todos os lados sobre um mesmo plano.

19.1 Interseção
São pontos e arestas localizados na superfície de uma parte que se encontram ou se cortam
com a superfície de outra parte.
As linhas de interseção devem ser determinadas antes das superfícies serem planificadas.
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Exemplo:
A figura abaixo mostra, em perspectiva, a interseção e a planificação de duas caixas.

1. Traçado da planificação de um prisma quadrangular truncado obliquamente.

2. Traçado da planificação de um prisma hexagonal regular.

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3. Traçado da planificação do cilindro truncado obliquamente.

4. Traçado da planificação da pirâmide truncada paralelamente à base.

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5. Traçado da planificação de um cone reto.

6. Traçado da planificação de um cone reto, truncado obliquamente.

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18. Exercícios
1. Desenhar as planificações em Escala 1:1, usando papel no formato A3.

Conservar no tamanho executado, para verificação, o traçado de construção.

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2. Desenhar as planificações em escala 1:1, usando papel no formato A3, consultando as folhas
anteriores.

Conservar no trabalho executado, para verificação, o traçado de construção.

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