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CURSO DE ENGENHARIA Física: Cinemática e Dinâmica Gilson Debastiani

LEIS DE NEWTON

PRIMEIRA LEI DE NEWTON – LEI DA INÉRCIA

“Todo corpo, livre da ação de forças externas, não pode modificar seu estado de
repouso ou de movimento”.

O que significa a expressão “livre da ação de forças”?

Não há nenhuma força atuando sobre o corpo;


As forças atuantes neutralizam seus efeitos, o que significa que a resultante entre elas é nula.

Inércia é a propriedade da matéria que consiste em resistir a qualquer alteração brusca na


velocidade vetorial de um corpo. Ela está intimamente associada com a massa do mesmo, pois, a
resistência a alterações da velocidade cresce conforme aumentamos a massa.
As aplicações da 1ª Lei de Newton aparecem em nosso cotidiano sem que nós nos demos
conta disto. Por exemplo, o uso do cinto de segurança nos veículos impede que os ocupantes sejam
arremessados para fora durante um acidente; o encosto traseiro nos acentos dos veículos impede que os
ocupantes sofram fortes impactos na cabeça quando um outro veículo bater na traseira do automóvel. Ela
também é observada quando um motoqueiro for arremessado de cima da motocicleta durante um
acidente...

SEGUNDA LEI DE NEWTON – LEI DA ACELERAÇÃO

“A aceleração adquirida por um corpo é inversamente proporcional a sua massa e


diretamente proporcional à força resultante externa que atua sobre ele”.

Mas, o que é força?


Força é qualquer influência sobre o corpo que provoca a modificação da velocidade do corpo,
isto é, a sua aceleração.
E massa?
É uma propriedade intrínseca dos corpos e mede sua resistência à aceleração. A razão entre
duas massas pode ser obtida utilizando-se uma mesma força conhecida em dois corpos de massa
diferente, da seguinte forma:
F = m1.a1, e
F = m2.a2, como F é constante, temos
F = m1.a1= m2.a2, logo,
m2 = a1
m1 a2

FR a
m

FR = m.a

N = kg.m
s2,

Logo, 1 N é a intensidade da força que, aplicada na massa de 1 kg, produz na sua direção e
sentido, um movimento de aceleração a = 1 m/s2 .
CÁLCULO DA FORÇA RESULTANTE

1 – Quando as forças possuem a mesma direção:


a) No mesmo sentido; formam entre si ângulos de 0º: somam-se.

Ex: F1 = 10 N
F2 = 5 N

FR = F1 + F2
FR = 10 N + 5 N
FR = 15 N

b) Em sentido contrário; formam entre si ângulos de 180º: somamos sempre respeitando a


direção das respectivas forças, seus sinais.
Ex:

F2 = 5 N F1 = 10 N

FR = F1 + F2
FR = 10 N + (-5) N
FR = 5 N

2 – Forças ortogonais ou perpendiculares; formam entre si ângulos de 90º:


Deslocamos os vetores força, traçamos uma força resultante que vai da origem dos dois
vetores até o encontro dos mesmos. Aí é só aplicarmos o “Teorema de Pitágoras”.

F2 = 5 N

FR ‌

F1 = 10 N

FR2 = F12 + F22


FR2 = 102 + 52
FR2 = 100 + 25
_____
FR = √ 125
FR = 11,18 N

3 – Forças que, entre si, formam ângulos diferentes de 0º, 90º e 180º:

Deslocamos os vetores força, traçamos uma força resultante que vai da origem dos dois
vetores até o encontro dos mesmos. Aí é só aplicarmos a “Lei dos Co-senos”.

F2 = 5 N FR

F1 = 10 N
θ = 150º
FR2 = F12 + F22 - 2. F1.F2.cos θ
FR2 = 102 + 52 - 2.10.5.cos 30º
FR2 = 100 + 25 - 100.(-0,866)
FR2 = 211,6
______
FR = √ 211,6
FR = 14,54 N.
Exercícios:

01 – Um corpo de m = 4 kg é lançado num plano horizontal liso, com velocidade inicial V o = 40


m/s. Determinar a intensidade da força resultante que deve ser aplicada sobre o corpo, num sentido
contrário, para pará-lo em 20 seg. Qual foi o ∆S percorrido durante este intervalo de tempo?

02 – Duas forças, F1 = 20 N e F2 = 30 N, foram dispostas de maneira a formar ângulos de 0º,


60º, 90º e 120º. Encontre a força resultante em cada caso.

PESO DOS CORPOS

Em torno da Terra há uma região chamada campo gravitacional, na qual todos os corpos
sofrem sua influência, que se apresenta em forma de uma força. Essas forças de atração são
denominadas forças gravitacionais.

“Peso é uma força de atração gravitacional que a Terra exerce num corpo”.

Desprezando-se a resistência do ar, todos os corpos abandonados próximos à superfície da


Terra caem devido aos seus pesos, com velocidades crescentes, sujeitos a uma mesma aceleração,
denominada aceleração da gravidade.
Pela 2a Lei de Newton temos:
F = m.a
Fg = m ag , como Fg = P e ag = g, temos
P = m.g

O peso de um corpo é uma grandeza vetorial que tem direção vertical orientada para o centro
da Terra e cuja intensidade depende do valor local da aceleração da gravidade. A aceleração gravitacional
pode variar com a latitude, longitude e altitude, ou seja, cada local da superfície terrestre possui seu valor
para g.

Medida de uma força


Podemos medir a intensidade de uma força pela deformação que ela produz num corpo
elástico. É o que ocorre com o dinamômetro. Dispositivo constituído de uma mola helicoidal de aço que se
distende quando suspendemos algum corpo em sua extremidade livre.

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA – LEI DE HOOKE

É a força aplicada por uma deformação de um material elástico a um corpo nele associado.
Uma mola apresenta uma deformação elástica se, retirada à força que a deforma, ela retorna ao seu
comprimento e forma original.
Robert Hooke enunciou que: “A intensidade da força deformadora é proporcional à
deformação”.
A expressão matemática da Lei de Hooke é:
F = -k.x,
Onde:
F: força deformadora (pode ser o peso de um corpo – m.g)
k: constante de proporcionalidade característica da mola chamada de constante elástica da
mola.
x: deformação sofrida pela mola.

O ATRITO

Um corpo, quando em contato com uma superfície qualquer, sofre a influência de uma força,
chamada atrito. Ela ocorre devido à ligação entre as moléculas do corpo com as moléculas da superfície
onde estas estão em contato muito estreito. O cálculo da força de atrito que uma superfície exerce sobre
um corpo qualquer é encontrado através da fórmula:
f = µ . Fn,, onde:
f é a força de atrito;
µ é o coeficiente de atrito;
Fn é a força normal.

A força de atrito é sempre oposta ao movimento. Num plano inclinado, quando a força
resultante (Fx ) for maior que a força de atrito, esta (Fx ) é encontrada da seguinte forma:
Fx = m.g.senθ - µ . Fn = m.a x
Ou: Fx = m.g.senθ - µ . m.g.cosθ = m.a x

Exercícios:

01 – Considere uma mola de comprimento inicial xo, presa em uma das extremidades.
Fazendo-se forças de 100 N, 200 N e 300 N, a mola sofre deformações de 2 cm, 4 cm e 6 cm. Qual é a
intensidade da força deformadora quando a deformação for de 11 cm?

02 – Uma cadeira desliza sobre um piso encerrado, com velocidade de 3 m/s, e fica em
repouso depois de deslizar 2 m. Qual o coeficiente de atrito entre o piso e a cadeira?

03 – (FGV-SP) Um bloco de 4 kg é puxado a partir do repouso por uma força constante


horizontal de 20 N sobre uma superfície plana horizontal, adquirindo uma aceleração constante de 3 m/s2.
Logo, existe uma força de atrito entre a superfície e o bloco que vale, em N:
a) 5 b) 8 c) 12 d) 16 e) 17

TERCEIRA LEI DE NEWTON – LEI DA AÇÃO E REAÇÃO.

Quando dois corpos interagem aparece um par de forças como resultado da ação que um
corpo exerce sobre o outro. Essas forças são chamadas de ação e reação.

“A toda ação corresponde uma reação, com mesma intensidade, mesma direção e
sentidos contrários”.
Como as forças estão sempre aplicadas em corpos diferentes elas não se equilibram.

Exercícios:
01 – Dois blocos de massas mA = 2 kg e mB = 3 kg apoiados sobre uma superfície horizontal e
sem atrito, são empurrados por uma força constante F de 20 N, conforme a figura:

A B

Determinar:
a aceleração do conjunto;
a) a intensidade das forças que A e B exercem entre si.

02 – Um passageiro de massa 80 kg está num elevador que desce verticalmente com


aceleração constante de 2 m/s2. Determinar a intensidade da força peso do passageiro sabendo que g =
10 m/s2. Quanto pesaria se o elevador subisse com a mesma velocidade?

03 – Considere duas pessoas A e B sobre patins em um chão completamente liso. O corpo A


tem massa de 50 kg e o corpo B, 75 kg. Em um dado instante, a pessoa A empurra B de modo que B é
acelerado com uma aceleração de 2 m/s2. Calcule a aceleração da pessoa A.

04 – Admita que um corpo de massa 10 kg é suspenso a um dinamômetro preso ao teto de um


elevador. Determine a indicação fornecida pelo dinamômetro nos seguintes casos: Adote g = 10 m/s2.
a) O elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2.
b) O elevador desce com aceleração constante de 4 m/s2.

05 – (UECE) Dois blocos, de massa 5 kg e 10 kg, repousam sobre um plano horizontal, sem
atrito, conforme a figura. Sabendo que a intensidade da força de tração T no fio que une os dois blocos
vale 10 N, a intensidade da força F que traciona o sistema é:
a) 150 N b) 300N c) 100 N d) 200 N e) 250 N

T F

CONSERVAÇÃO DO MOMENTO

O momento (ρ ) de uma partícula se define como o produto de sua massa pela velocidade. ρ =
m.v. Sua unidade de medida será o kg.m/s.
O momento é uma grandeza vetorial, podendo ser imaginado como a medida da dificuldade de
levar a partícula até o repouso. Num sistema em que não haja força externa aturando sobre um sistema de
partículas, o momento total do sistema se conserva; isto é, permanece constante no decorrer do tempo.

IMPULSO DE UMA FORÇA

Fisicamente, o impulso (I) é definido como o produto entre a força aplicada (F) num objeto e o
intervalo de tempo (∆ t) em que esta age sobre o objeto. Ou seja: I = F. ∆ t
Para um mesmo impulso, quanto maior a força aplicada no objeto, menor o intervalo de tempo
necessário de interação.
Pelo teorema do impulso (I) temos que, o impulso produzido pela resultante das forças
aplicadas em um corpo é igual à variação da quantidade de movimento (ou momento linear). I = ∆ ρ , logo
momento e impulso são equivalentes. Sendo assim:
I=ρ
F. ∆ t = m.v
F = m.v / ∆ t

Exercícios:

01 – Um projétil de massa 0,01 kg está com velocidade horizontal de 400 m/s e penetra num
bloco de massa 0,39 kg, que está inicialmente em repouso sobre uma mesa sem atrito. Achar:
a) a velocidade final do conjunto;
b) a energia mecânica inicial e final do sistema.

02 – Uma caixa de 2 kg se desloca para a direita, com velocidade de 5 m/s, e colide com outra
caixa de 3 kg que se desloca, na mesma direção, a 2 m/s. Depois da colisão, a caixa de 3 kg desloca-se
com velocidade de 4,2 m/s. Achar a velocidade da caixa de 2 kg depois da colisão.

03 – Uma gota de chuva, que tem massa aproximada de 0,005 kg, cai a uma velocidade de 25
m/s. No momento da queda, sofre uma interação com o solo por um período de tempo de 0,01 s. Qual o
valor da força exercida pela gota de chuva no solo?

04 – (UFMT) Um furgão de massa igual a 1,6 x 10 3 kg e trafegando a 50 km/h colide com um


carro de massa igual a 0,90 x 103 kg, inicialmente em repouso. Após o choque, o furgão e o carro movem-
se em conjunto. Logo após a colisão, a velocidade deles é, aproximadamente, de:
a) 16 km/h b) 24 km/h c) 32 km/h d) 40 km/h e) 48 km/h

LANÇAMENTO HORIZONTAL DE PROJÉTEIS

Quando um corpo é lançado horizontalmente no vácuo, ele descreve em relação à Terra, uma
trajetória parabólica.
Imaginemos um projétil lançado horizontalmente com uma velocidade inicial V0 num local onde a
aceleração da gravidade seja g. Depois do impulso inicial, dado através de uma força que imprimiu uma
velocidade inicial, nenhuma outra força atua no corpo a não ser o se próprio peso. A partir deste momento
ele está em queda livre.
Se observarmos o deslocamento em relação ao eixo x (horizontal) temos um MRU, e em relação
ao eixo y (vertical) temos um MRUV, com aceleração igual ao valor de g.
Velocidade num instante t: seja um projétil lançado horizontalmente no vácuo com velocidade
inicial V0. Em um dado instante t teremos:
Vx = V0 (por se tratar de MRU)
Vy = V0y + g.t (por se tratar de MRUV; geralmente V0y = o)

Tempo de queda: a partir da função horária das posições y = y0 + V0y.t + ½ gt2, podemos
encontrar o tempo que o objeto demora para atingir o solo:
tq = √2h/g (o tempo de queda não depende nem da velocidade inicial de lançamento V0, nem da
massa do corpo)

Alcance horizontal: a partir da função horária das posições do MRU, X = X 0 + V0.t, podemos
encontrar o alcance (caminho percorrido pelo objeto em relação ao solo), por:
A = V0.tq, ou A = V0. √2h/g

LANÇAMENTO OBLÍQUO DE PROJÉTEIS


Consideremos um ponto material (projétil) que vai ser lançado obliquamente com uma velocidade
inicial V0 no campo gravitacional terrestre. Devemos considerar que a aceleração da gravidade seja
constante e, também que a resistência do ar seja desprezível.
O movimento real do projétil pode ser decomposto em dois movimentos parciais, independentes
um do outro.
Como, após o lançamento, a única força agente no móvel é a força peso, teremos como
aceleração apenas a aceleração da gravidade, vertical, dirigida para baixo, indicando um movimento
variado em y (MUV). Isto também significa que, como na horizontal não há aceleração, teremos um
movimento uniforme (MU).
Componentes da velocidade inicial:
Seja θ o ângulo da velocidade inicial, formado com o eixo x, teremos:
V0 = V0x + V0y, onde:
V0x = V0.Cos θ
V0y = V0.Sen θ
Ou: V0 = V0.Cos θ + V0.Sen θ

Velocidade num instante t:


Seja um projétil lançado obliquamente no vácuo com velocidade inicial V0 e seja g a aceleração
da gravidade no local:
o módulo da velocidade horizontal Vx permanece constante durante todo o movimento, pois a ação
gravitacional só ocorre na vertical.
• O módulo da velocidade vertical Vy diminui durante a subida e aumenta na descida, devido à
aceleração da gravidade

No eixo x: MRU No eixo y: MRUV


V0x = V0.Cos θ = cte V0y = V0.Sen θ – g.t

Velocidade no ponto culminante (y máximo)


No ponto mais elevado da trajetória parabólica, a componente Vy é igual a 0, pois neste instante
ocorre a inversão do movimento enquanto a componente Vx continua constante e igual a V0x.

Alcance horizontal: a partir da função horária das posições do MRU, A = V0x.tt, podemos
encontrar o alcance (caminho percorrido pelo objeto em relação ao solo), por:
A = V0x.tt, como tt = 2.V0.Sen θ/g
ou A = V0.cosθ. 2.V0.Sen θ/g, ou
A = V02/g.Sen 2θ

Alcance horizontal máximo (Amax): Da equação do alcance, se não alteramos os valores de V0 e


g, verificamos que ele também fica na dependência apenas do ângulo de lançamento (θ). O alcance,
portanto, será máximo quando sen 2θ assumir seu maior valor, que, como sabemos da trigonometria, é 1.
sen 2θ = 1 (máximo valor do seno de um ângulo)
2θ = 90º
θ = 45º (ângulo que fornece o máximo alcance)
logo:
A = V02/g
Altura máxima (Hm): para o cálculo da altura máxima, usaremos a Equação de Torricelli, sabendo
que, no momento que ela for atingida, a velocidade vertical Vy se anula (é igual a 0).
Hm = V0y2/2g
Hm = (V02/2g)Sen2θ

TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA

Em Física, só há trabalho realizado por uma força sobre um corpo quando um ponto de aplicação
da força se desloca uma certa distância e há uma componente de força ao longo da trajetória do
movimento. Ou seja, para que haja trabalho, é necessário que haja deslocamento, logo T = F.d
“Trabalho é uma medida de energia transferida ou transformada através de uma força, sendo
portanto, uma grandeza escalar.”
Quando empurramos um corpo, o trabalho realizado pelas nossas forças musculares é medido
pela energia transferida para o corpo. Quando aplicamos uma força em um corpo e não conseguimos
desloca-lo, não conseguimos realizar trabalho.
Quando um corpo desliza sobre uma superfície, parando devido à ação da força de atrito, o
trabalho é medido pela energia transformada da forma mecânica para outras formas, principalmente a
térmica.
Quando um corpo está em queda livre, o trabalho realizado pelo seu peso é medido pela energia
transformada, isto é, pela energia potencial gravitacional que se transforma em energia cinética.
O conceito de trabalho está estreitamente associado ao conceito de energia, que é a capacidade
de um sistema efetuar trabalho. Um dos princípios mais importantes da ciência é o da conservação da
energia: a quantidade de energia de um sistema, mais o das suas vizinhanças, não se altera. Quando a
energia de um sistema diminui, há sempre o aumento correspondente da energia das vizinhanças, ou de
um outro sistema.

ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA (Ee)

Esta energia está associada à deformação de um sistema elástico, como, por exemplo, uma mola
elástica ou a borracha de um estilingue. Pela Lei de Hooke, consideremos uma mola elástica ideal
submetida a uma força deformadora de intensidade F; seja x a deformação sofrida pela mola, a
intensidade da força deformadora e a deformação produzida são diretamente proporcionais. (F = k.x). A
energia potencial associada a esta deformação é então igual ao trabalho realizado por um operador, na
tarefa de deformar a mola, dado por:
Ee = T = k.x2/2

força (k.x)

T deformação

x
T = F.d (como o trabalho é representado pela área da figura formada, logo: A = b.h/2)
T = Ee
Ee = F.d/2
Ee = k.x.x/2
T = Ee = k.x2/2

ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL – TRABALHO DO PESO (U)

A energia potencial de um corpo de massa m numa altura h acima de um ponto de referência é:


T = F.d
T = FP.d
U = m.g.h
Nota: durante a descida, em qualquer caso, o trabalho realizado pelo peso não depende do
caminho percorrido nem do tempo gasto, e sim, da altura relativa à posição inicial e a posição final.
Durante a subida, o processo é o mesmo, porém como o movimento se opõe a gravidade g, o
trabalho resultante será negativo.
U = - m.g.h
ENERGIA CINÉTICA

A energia cinética é a energia associada ao movimento de um corpo e está relacionada à massa


e à velocidade por: K = ½ m.v2 .
Obs: 1) a energia cinética nunca será negativa, pois m> 0 e V2 ≥ 0.
2) a energia cinética depende da velocidade e, portanto, depende do referencial adotado.
Ex: Um passageiro sentado no banco de um ônibus a 50 km/h, em relação ao solo, tem
energia cinética nula para um referencial ligado ao ônibus e energia cinética não nula para um referencial
ligado ao solo.

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA

Na Mecânica, existem dois grandes teoremas: um é o da conservação da quantidade de


movimento e o outro é o teorema da energia cinética.
Consideremos uma partícula de massa m movendo-se em trajetória retilínea e suponhamos que,
num determinado instante, ela passe por um ponto A e, algum tempo depois, passe por um ponto B, sendo
suas velocidades respectivamente Vo e V, respectivamente.
Suponhamos que a força resultante sobre a partícula seja na direção do movimento.
O trabalho da força resultante sobre a partícula será dado por:
T = F.d
T = m.a.∆S (1)

Da equação de Torricelli:
V2 = Vo2+ 2a. ∆S V2 - Vo2 = 2a. ∆S
Logo,
a. ∆S = (V2 - Vo2 )/2 (2)

Substituindo (2) em (1), teremos:


T = m.(V2 - Vo2 )/2
T = mV2 - m.Vo2
2 2

O termo mV2 / 2 é conhecido como energia cinética.


Portanto:
T = Ecf - Eci
T = ∆Ec

Enunciado: “o trabalho total realizado entre dois pontos quaisquer pelas forças que atuam sobre
uma partícula é sempre igual à variação de sua energia cinética entre os dois pontos considerados.”

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA (Em)

A soma da energia potencial (gravitacional e elástica) com a energia cinética de um sistema é


chamada de energia mecânica total do sistema, se esta mantém-se constante, o sistema é dito
conservativo, logo: Em = Ec + U ou Em = Ec + Ee
Quando apenas as forças conservativas efetuam trabalho sobre um corpo, a soma das energias
cinética e potencial, do corpo, permanece constante. Quando conhecermos a energia mecânica total de
um corpo em movimento, ou em repouso, podemos encontrar a velocidade com que este corpo se
desloca, ou a que altura ele se encontra.
Quando um sistema se define cuidadosamente, verifica-se que mesmo quando se incluem a
energia térmica e outros tipos de energia, (como a energia química), a energia total do sistema nem
sempre permanece constante. A energia de um sistema pode diminui, muitas vezes, em virtude de algum
tipo de radiação, como as ondas acústicas da colisão entre dois corpos, ou as ondas de água provocadas
por um navio, ou as ondas eletromagnéticas induzidas por cargas aceleradas numa antena de rádio. A
energia de um sistema também pode aumentar pela absorção de energia radiante. Por exemplo, a terra
absorve energia radiante do sol. “No entanto, o aumento ou a diminuição da energia de um sistema
pode sempre ser igualado ao aparecimento ou desaparecimento de algum tipo de energia em
algum lugar.”
Exemplos:
1. Quando um corpo está sob ação exclusiva da força de gravidade, sua energia mecânica
permanece constante. O corpo pode estar:
a) em queda livre vertical;
b) subindo verticalmente;
c) em trajetória parabólica (movimento balístico)
d) em movimento orbital em torno da Terra (órbita circular ou elíptica)

2. Quando um corpo desliza livremente ao longo de uma trajetória sem atrito, ele fica sob a ação
exclusiva de seu peso e da reação normal de apoio e sua energia mecânica permanece constante.

3. Quando um pêndulo ideal está oscilando, a esfera pendular fica sub a ação exclusiva de seu
peso e da força aplicada pelo fio ideal, e sua energia mecânica permanece constante.

TRABALHO
Uma força F realiza trabalho quando:
a) transfere energia mecânica de um corpo para outro;
b) transforma energia cinética em potencial ou vice-versa;
c) transforma energia mecânica em outra forma de energia (por exemplo, térmica, acústica,
luminosa,etc)

CÁLCULO DO TRABALHO
A energia pode ser transferida de um corpo para outro, ou ainda pode ser transformada de uma
modalidade para outra.
“O trabalho realizado por uma força constante, durante um deslocamento retilíneo, é definido pelo
produto do módulo da força pelo módulo do deslocamento e pelo co-seno do ângulo, formado entre a força
e o deslocamento.” Ou seja: T = F.d. cos α.
Para forças que formam ângulo de 0º, utiliza-se simplesmente a fórmula T = F.d.
A unidade para o trabalho, no SI, é o N.m, que recebe o nome de joule (J).

TRABALHO NULO

O trabalho é nulo quando não há transferência ou transformação de energia mecânica. Isso


acontece em três casos:
1. Força nula: sem força não há realização de trabalho;
2. Deslocamento nulo: se o ponto de aplicação da força não sofre deslocamento, não há
trabalho, porque não há transferência, nem transformação de energia mecânica;
3. Força perpendicular ao deslocamento: quando a força e o deslocamento forem
perpendiculares (θ = 90º), temos:
T = F.d.cos 90º
T = F.d.0
T=0

POTÊNCIA MECÂNICA

A potência mecânica de uma força mede a rapidez de realização de um trabalho, isto é, a


velocidade com que a energia mecânica está sendo transferida ou transformada.
A potência média desenvolvida por uma máquina para a realização de um trabalho é a relação
entre o trabalho realizado e o tempo gasto nesta realização.
P=T/t
A unidade de potência é o joule por segundo, que é definida por watt.
A potência também pode aparecer representada sob a unidade HP ou CV, que valem,
respectivamente, 746 W e 735 W.

Exercícios complementares

1 – (MACK-SP) Dois blocos A e B, apoiados sobre uma superfície horizontal, estão inicialmente
em repouso. Suas massas são, respectivamente, 3 kg e 2 kg. Uma força horizontal de 20 N é aplicada
sobre o bloco A; sendo 0,2 o coeficiente de atrito entre os blocos e a superfície, encontre: (g = 9,81 m/s2):
a) o módulo da aceleração dos blocos;
b) a intensidade da força de atrito em cada bloco.

2 – Um objeto de 2 kg é abandonado sobre um plano inclinado que possui ângulo de 30º com a
horizontal. Sabendo que o coeficiente de atrito cinético entre o objeto e o plano é de 0,2, calcule a
aceleração deste corpo.

3 – (UFPE) Um corpo de massa 2 kg desloca-se com velocidade de 7 m/s sobre uma superfície
sem atrito e choca-se contra uma mola presa a uma parede, fazendo a mesma comprimir 0,50 m até parar
completamente. Encontre o valor da constante elástica da mola:

4 – (CESGRAMRIO) Uma força constante de atrito realiza trabalho:


a) sempre positivo;
b) sempre negativo;
c) que pode ser positivo, nulo ou negativo;
d) ou positivo ou nulo;
e) ou negativo ou nulo.

5 – (UFPE) Um menino, sentado numa canoa parada na superfície de um lago, atira um tijolo
para fora. A massa do menino e da canoa é, no total, de 40 kg. Sabendo que a massa do tijolo é de 0,4 kg
e que sua velocidade, ao sair da mão do menino, é 10 m/s em relação à água, qual é a velocidade, em
cm/s, com que a canoa começa a se movimentar?
a) 5; b) 1; c) 15; d) 10; e) 12.

6 – Um corpo de massa 30 kg está em movimento. Durante certo intervalo de tempo, o módulo


da sua velocidade passa de 10 m/s para 30 m/s. Qual o trabalho realizado pela força resultante nesse
intervalo de tempo?

7 – (FGV-SP) Um bloco de 4 kg é puxado a partir do repouso por uma força constante horizontal
de 20 N sobre uma superfície plana horizontal, adquirindo uma aceleração constante de 3 m/s2. Logo,
existe uma força de atrito entre a superfície e o bloco que vale, em N:
a) 5 b) 8 c) 12 d) 16 e) 17

8 – Admita que um corpo de massa 10 kg é suspenso a um dinamômetro preso ao teto de um


elevador. Determine a indicação fornecida pelo dinamômetro nos seguintes casos: Adote g = 10 m/s2.
c) O elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2.
d) O elevador desce com aceleração constante de 4 m/s2
9 – (UECE) Dois blocos, de massa 5 kg e 10 kg, repousam sobre um plano horizontal, sem atrito,
conforme a figura. Sabendo que a intensidade da força de tração T no fio que une os dois blocos vale 10
N, a intensidade da força F que traciona o sistema é:
a) 15 N b) 30N c) 10 N d) 20 N e) 25 N

T F

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