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ENSINO MÉDIO

2
PROFESSOR MateMática álgebra

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MATEMÁTICA ÁLGEBRA

Luiz Roberto Dante

FUNÇÕES E FUNÇÃO AFIM


1 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Explorando intuitivamente a noção de função. . . . . . . . . .5
A noção de função via conjuntos. . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
Domínio, contradomínio e conjunto imagem . . . . . . . . . .10
Funções definidas por fórmulas matemáticas. . . . . . . . .12
Estudo do domínio de uma função real . . . . . . . . . . . . .13
Gráficos de uma função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
Função par e função ímpar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
Função crescente e função decrescente . . . . . . . . . . . .24
Função injetiva, sobrejetiva e bijetiva. . . . . . . . . . . . . . .28
Função composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33
Função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
2 Função afim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Definição de função afim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
Casos particulares importantes da
função afim f(x) 5 ax 1 b. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
Valor de uma função afim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Determinação de uma função afim conhecendo-se seus
valores em dois pontos distintos . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Taxa de variação da função afim f(x) 5 ax 1 b . . . . . . . .50
Caracterização da função afim . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
Gráfico da função afim f(x) 5 ax 1 b. . . . . . . . . . . . . . .53
Propriedade característica

ÁLGEBRA
da função afim f(x) 5 ax 1 b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56
Gráfico de uma função definida
por mais de uma sentença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58
Função afim crescente e decrescente . . . . . . . . . . . . . .60
MATEMÁTICA

Estudo do sinal da função afim. . . . . . . . . . . . . . . . . . .64


Zero da função afim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64
Estudo do sinal pela análise do gráfico . . . . . . . . . . . . .65
Inequações do 1o grau com uma variável em R . . . . . . .68
Proporcionalidade e função linear . . . . . . . . . . . . . . . . .75
2117121 (PR) Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

Funções e função afim

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MÓDULO
Funções e
função afim

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FranS LemmenS/WWW.FranSLemmenS.Com/CorBiS/LatinStoCK
Ondas rompendo violentamente contra
um farol, durante uma tempestade em
IJmuiden, na Holanda.

REFLETINDO SOBRE A IMAGEM

É comum ouvirmos a locução “em função de”


com sentido de causa. Por exemplo: “a cidade
está em estado de alerta em função da tem-
pestade” – o que ocasionou o estado de alerta
foi a tempestade. Apesar de as normas da lín-
gua portuguesa condenarem esse uso – pois
essa locução deveria ser usada com sentido de
finalidade ou de dependência –, a locução já se
estabeleceu na fala e escrita do indíviduo com
relação de causa. E, na linguagem matemática,
a locução “em função de” tem algum signifi-
cado específico? Tem sentido de causa ou de
dependência? O  que significa dizer “a quanti-
dade de capital necessário para reerguer a cida-
de se dá em função do número de pessoas afe-
tadas multiplicado por certo valor”?

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CAPÍTULO

1 Funções

veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo.

Objetivos: A Matemática prevê resultados por meio de leis que têm como característica relacionar as
variáveis envolvidas em um fenômeno. Nesse contexto aparecem as funções, que apresentam mui­
c Reconhecer uma
tas dessas leis e contribuem para as pesquisas nas mais variadas áreas: Física, Economia, Ecologia,
função e os conceitos
Meteorologia, Genética, Engenharia, entre outras.
inerentes a ela.
As paisagens do mundo inteiro contêm pontes de diversas formas e tamanhos. Um formato
c Interpretar e produzir muito peculiar é o das pontes pênseis. A curva formada pelos cabos que as sustentam foi descrita
gráficos. algebricamente por meio de uma equação.
As funções, descrições algébricas da dependência entre grandezas, também podem ser repre­
c Conceituar função sentadas graficamente, facilitando a linguagem e favorecendo sua compreensão.
inversa.

A megarrampa utilizada nos campeonatos de skateboard é composta


de uma descida muito íngreme (reta), que vai dar velocidade suficiente
para o skatista saltar da rampa e alcançar o outro lado (as distâncias
dos saltos variam entre 7,5 m e 21 m). A parte da descida, como
veremos adiante, tem a forma de uma função linear decrescente.
miKe BLaBaC/quiKSiLver/
dC/GettY imaGeS

4 Funções e função afim

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EXPLORANDO INTUITIVAMENTE
A NOÇÃO DE FUNÇÃO
A ideia de função está presente quando relacionamos duas grandezas variáveis. Vejamos alguns
exemplos.
1o) Número de litros de etanol e preço a pagar
Considere a tabela a seguir, que relaciona o número de litros de etanol comprados e o preço a pagar
por eles (dados de fevereiro de 2013). Observe que o preço a pagar é dado em função do número
de litros comprados, ou seja, o preço a pagar depende do número de litros comprados.

aLF riBeiro/FoLHaPreSS
Número de litros (,) Preço a pagar (R$)
1 1,80
2 3,60
3 5,40
4 7,20
 

40 72,00

R$ 1,80 vezes o número


Preço a pagar 5
de litros comprados

2o) Lado do quadrado e perímetro


Veja agora a tabela que relaciona a medida do lado de um quadrado (,) e o seu perímetro (P):

ÁLGEBRA
PARA
,
REFLETIR
MATEMÁTICA

A letra p simboliza semiperí-


metro. Não existe um símbolo
para perímetro; costumamos uti-
lizar 2p para representá-lo. Aqui,
usaremos P.
,

Funções e função afim 5

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Medida do lado (,) Perímetro (P)
1 4
2 8
2,5 10
3 12
4,1 16,4
 
, 4,

Observe que o perímetro do quadrado é dado em função da medida do seu lado, isto é, o
perímetro depende da medida do lado. Cada valor dado para a medida do lado corresponde a
um único valor para o perímetro.

Perímetro 5 4 vezes a medida do lado


ou
P 5 4, → lei da função ou fórmula matemática da fun-
ção ou regra da função

Nessa função, o perímetro, como depende da medida do lado, é a variável dependente e a


medida do lado, como não depende de nada, é chamada variável independente.
3o) A máquina de dobrar
Observe o desenho imaginário de uma máquina de dobrar números.

1... 2... 3... 3,5... 4,3... 5... x

Formato ComuniCação Ltda./arquivo da editora


Saída

Entrada

MÁQUINA
DE DOBRAR

2... 4... 6... 7... 8,6... 10... 2x

Veja que os números que saem são dados em função dos números que entram na máquina, ou
seja, os números que saem dependem dos números que entram. Assim, a variável dependente
é o número de saída e a variável independente é o número de entrada.
Nesse caso, temos:

número de saída (n) é igual a duas vezes o número de entrada (x)


ou n 5 2x → regra da função ou lei da função ou, ainda, fórmula matemática da
função.

6 Funções e função afim

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4o) Numa rodovia, um carro mantém uma velocidade constante de 90 km/h
Veja a tabela que relaciona o tempo t (em horas) e a distância d (em kilometros):

Tempo (h) Distância (km)


0,5 45
1 90
1,5 135
2 180
3 270
4 360
t 90t

Observe que a distância percorrida é dada em função do tempo, isto é, a distância percorrida
depende do intervalo de tempo. Cada intervalo de tempo considerado corresponde a um
único valor para a distância percorrida. Dizemos, então, que a distância percorrida é função do
tempo e escrevemos:

distância 5 90 ? tempo
d 5 90t
variável dependente variável independente

A NOÇÃO DE FUNÇÃO VIA CONJUNTOS


Vamos estudar agora essa mesma noção de função usando a nomenclatura de conjuntos. Con­
sidere os exemplos a seguir.
1o) Observe os conjuntos A e B relacionados da seguinte forma: em A, estão alguns números inteiros
e, em B, outros. Devemos associar cada elemento de A a seu triplo em B.

• 28
22 •
• 26
21 • • 24
• 23
0• • 0
1• • 3
• 6
2• • 7

A B

xA yB
22 26

ÁLGEBRA
21 23
0 0
1 3
2 6
MATEMÁTICA

Note que:
todos os elementos de A têm correspondente em B;
cada elemento de A corresponde a um único elemento de B.
Nesse caso, temos uma função de A em B, expressa pela fórmula y 5 3x.

Funções e função afim 7

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2o) Dados A 5 {0, 4} e B 5 {2, 3, 5}, relacionamos A e B da seguinte forma: cada elemento de A é
menor do que um elemento de B:

•2
0•
•3

4• •5

A B

Nesse caso, não temos uma função de A em B, pois o elemento 0 de A corresponde a três
elementos de B (2, 3 e 5, pois 0  2, 0  3 e 0  5), e não apenas a um único elemento de B.
3o) Dados A 5 {24, 22, 0, 2, 4} e B 5 {0, 2, 4, 6, 8}, associamos os elementos de A aos elementos
de igual valor em B:

24 • •0

22 • •2

0• •4

2• •6

4• •8

A B

Observe que há elementos em A (os números 24 e 22) que não têm correspondente em B.
Nesse caso, não temos uma função de A em B.
4o) Dados A 5 {22, 21, 0, 1, 2}, B 5 {0, 1, 4, 8, 16} e a correspondência entre A e B dada pela fórmula
y 5 x4, com x  A e y  B, temos:

22 • •0
21 • •1

0• •4
1• •8
2• • 16

A B

Note que:
todos os elementos de A têm correspondente em B;
a cada elemento de A corresponde um único elemento de B.
Assim, a correspondência expressa pela fórmula y 5 x4 é uma função de A em B.
5o) Sejam P o conjunto das regiões poligonais do plano e R o conjunto dos números reais. A cada
região poligonal do plano fazemos corresponder a sua área em R. Essa correspondência é uma
função de P em R.

8 Funções e função afim

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6o) Consideremos S o conjunto dos segmentos de reta de um plano a e R o conjunto das retas
desse plano a. A cada segmento de reta de S fazemos corresponder a sua reta mediatriz. Essa
correspondência é uma função de S em R.

A M B

Definição e notação

Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma função de A em B é uma regra que indica
como associar cada elemento de x  A a um único elemento de y  B.

Usamos a seguinte notação:


f
f: A → B ou A B (lê­se: f é uma função de A em B)

f
• •
x y

A B

A função f transforma x de A em y de B.

PARA CONSTRUIR

1 Observe na tabela a medida do lado (em cm) de uma região b) Qual é a variável dependente?
quadrada e sua área (em cm2). a área (,2).

c) Qual é a variável independente?


Medida do lado (cm) 1 3 4 5,5 10 ... ,
o lado (,).

Área (cm ) 2
1 9 16 30,25 100 ... ,
2
d) Qual é a lei da função que associa a medida do lado com

ÁLGEBRA
a área?
a 5 ,2

e) Qual é a área de uma região quadrada cujo lado mede


,
MATEMÁTICA

12 cm?
144 cm2

f) Qual é a medida do lado da região quadrada cuja área é


a) O que é dado em função do quê? 169 cm2?
a área é dada em função do lado. 13 cm

Funções e função afim 9

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2 Quais dos seguintes diagramas representam uma função de 3 Dados A 5 {0, 1, 2, 3}, B  5  {21, 0, 1} e a correspondência
A em B? a, b, d, f entre A e B dada por y 5 x 2 2, com x  A e y  B, faça um
diagrama e responda se f é uma função de A em B.
a) 2• •0 d) 2• •1
•1
3• 5•
•2 •0 0
4• 10 • 21
•3 •2 1
5• •4 20 • 0
2
A B A B 1
3
b) e) • 0
21 • 0• A B
•1 • 22
0• 4• • 2
não é função, pois 0  a e não tem correspondente em B.
•0 • 23
1• 9•
• 3
A B A B
c) f)
0• •0 •2
1•
1•
•1 3• •6
2•
3• •2 4• •8

A B A B

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 4 Para aprimorar: 1

DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E CONJUNTO IMAGEM


Dada uma função f de A em B, o conjunto A chama­se domínio da função (D) e o conjunto B,
contradomínio da função (CD). Para cada x  A, o elemento y  B é denominado imagem de x
pela função f – ou o valor assumido pela função f para x  A2 e o representamos por f(x) (lê­se:
f de x). Assim, y 5 f(x).

f
• •
x y

A B

O conjunto de todos os y assim obtidos é chamado conjunto imagem da função f e é indi­


cado por Im(f).
Observe:
1 ) Dados os conjuntos A 5 {0, 1, 2, 3} e B 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, vamos considerar a função
o

f: A → B, que transforma x  A em 2x  B (fig. 1).

0• •0
•1
1• •2
•3
•4
2•
•5
•6
3•

Fig. 1 A B

f
Dizemos que f: A → B é definida por f(x) 5 2x ou por y 5 2x. A indicação x 2x significa que
x é transformado pela função f em 2x.

10 Funções e função afim

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Veja que para caracterizar uma função é necessário conhecer seus três componentes: o domínio
(A), o contradomínio (B) e uma regra que associa cada elemento de A a um único elemento de
B. Nesse exemplo, o domínio é A 5 {0, 1, 2, 3}, o contradomínio é B 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, a regra f
é dada por y 5 2x e o conjunto imagem é dado por Im(f) 5 {0, 2, 4, 6}. •
x

y
2 ) Vamos considerar a função f: N → N definida por f(x) 5 x 1 1 (fig. 2).
o

Nesse caso, a função f transforma todo número natural x em outro número natural y que é o N*
sucessor de x, indicado por x 1 1.
N N
A imagem de x 5 0 é f(0) 5 0 1 1 5 1.
A imagem de x 5 1 é f(1) 5 1 1 1 5 2. Fig. 2
A imagem de x 5 2 é f(2) 5 2 1 1 5 3.
e assim por diante.
Portanto, o domínio é N (D 5 N), o contradomínio é N (CD 5 N), a regra é y 5 x 1 1 e o
conjunto imagem é N* 5 N 2 {0}, isto é, Im(f) 5 N*. x x2
• •
3o) Seja a função f: R → R definida por y 5 x2 (fig. 3).
Nesse caso, a função f transforma cada número real x em um outro número real y, que é o qua­
drado de x. Como o quadrado de um número real é positivo ou nulo, então o conjunto imagem R1
é Im(f) 5 R15 {y  R u y > 0}, o domínio é R (D 5 R), o contradomínio é R (CD 5 R) e a R R
regra que associa todo x  R a um único y de R é dada por y 5 x2.
Fig. 3

PARA CONSTRUIR

4 O diagrama de flechas representa uma função f de A em B. a) D(f) f) x, quando f(x) 5 1


Determine: d(f) 5 {3, 4, 5, 6} x 5 3 ou x 5 4

b) Im(f) g) f(x), quando x 5 6


2• •0 im(f) 5 {1, 3, 7} f(x) 5 3
•2
c) f(4) h) y, quando x 5 3
•4
3• f(4) 5 1 y51
•6
•8
d) y, quando x 5 5 i) x, quando y 5 7
5• • 10
y57 x55
A B
e) x, quando y 5 3
a) D(f ) d(f) 5 {2, 3, 5} ou d(f) 5 a x56
b) CD(f ) Cd(f) 5 {0, 2, 4, 6, 8, 10} ou Cd(f) 5 B g
c) Im(f ) im(f) 5 {4, 6, 10} 6 Considere A B a função para a qual A 5 {1, 3, 4}, B 5 {3, 9, 12}
d) f(3) f(3) 5 6 e g(x) é o triplo de x, para todo x  A.
e) f(5) f(5) 5 10 a) Construa o diagrama de flechas da função.
f) x para f(x) 5 4 x 5 2
1 3
f
5 Considere a função A B dada pelo diagrama e determine: 3 9
4 12

ÁLGEBRA
A B
3• •1
b) Determine D(g), CD(g) e Im(g).
4• •3 d(g) 5 {1, 3, 4}; Cd(g) 5 {3, 9, 12}; im(g) 5 {3, 9, 12}.
MATEMÁTICA

5• •5
c) Determine g(3).
g(3) 5 9
6• •7
d) Determine x para o qual g(x) 5 12.
A B x54

Funções e função afim 11

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FUNÇÕES DEFINIDAS POR FÓRMULAS
MATEMÁTICAS
Grande parte das funções que estudamos é determinada por fórmulas matemáticas (regras ou leis).
No início do capítulo, vimos uma correspondência entre o número de litros de gasolina e o
preço a pagar expressa por:

R$ 2,40 vezes o número


preço a pagar 5
de litros comprados

em que o preço de 1 , é R$ 2,40. Essa função pode ser expressa pela fórmula matemática:

y 5 2,40x ou f(x) 5 2,40x

Veja outras funções expressas por fórmulas matemáticas:


f: R → R que a cada número real x associa o seu dobro → f(x) 5 2x ou y 5 2x;
f: R → R que a cada número real x associa o seu cubo → f(x) 5 x3 ou y 5 x3;
PARA
f: R → R que a cada número real x associa o seu triplo somado com 1 → f(x) 5 3x 1 1 ou
REFLETIR
y 5 3x 1 1;
Por que nesse último exemplo a f: R* → R que a cada número real diferente de 0 associa o seu inverso → f(x) 5 1 ou y 5 1 ou
função não pode ser de R em R? x x
y 5 x21.

Um pouco da história das funções


Ao longo da História, vários matemáticos contribuíram para que se chegasse ao conceito
de função atual.
Ao matemático alemão Gottfried Willhelm von Leibniz (1646­1716) atribuiu­se a deno­
minação de função que usamos hoje.
Já a representação de uma função pela notação “f(x)” é atribuída ao matemático suíço
Leonhard Euler (1707­1783), enquanto o matemático alemão Johan Dirichlet (1805­1859)
escreveu uma primeira definição de uma função muito semelhante àquela que usamos
atualmente:

“Uma variável y se diz função de uma variável x se,


para todo valor atribuído a x, corresponde, por alguma lei
ou regra, a um único valor de y. Nesse caso, x denomina­se
varíavel independente e y, variável dependente”.

No fim do século XIX, com a disseminação da teoria dos conjuntos, tornou­se possível
a definição formal do conceito de função por meio de conjuntos:

“Dados os conjuntos A e B, uma fun­


ção f: A → B é uma regra que determina
como associar a cada elemento x  A um
único y 5 f(x)  B”.

12 Funções e função afim

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1 (IFSP) Andando de bicicleta a 10,8 km/h, Aldo desloca-se RESOLUÇÃO:


da livraria até a padaria, enquanto Beto faz esse mesmo a) y 5 f(4) 5 42 2 5(4) 1 7 5 3
trajeto, a pé, a 3,6 km/h. Se ambos partiram no mesmo ins- b) y 5 f(x) ⇒ 1 5 x2 2 5x 1 7 ⇒ x2 2 5x 1 6 5 0 ⇒
tante, andando em velocidades constantes, e Beto chegou
⇒ (x 2 2)(x 2 3) 5 0 ⇒ x 5 2 ou x 5 3
10 minutos mais tarde que Aldo, a distância, em metros, do
percurso é: Portanto, y 5 1 ⇒ x 5 2 ou x 5 3.

a) 720 4 Seja f: R → R uma função tal que:


b) 780
c) 840 f(x) 5 x2 1 bx 1 c (b  R, c  R)
d) 900 f(1) 5 2
e) 960
f(21) 5 12
RESOLUÇÃO: Determine f(2).
De acordo com os dados do problema, temos:
RESOLUÇÃO:
Distância percorrida por Aldo: dA 5 10,8t
Distância percorrida por Beto: dB 5 3,6(t 1 10) f(1) 5 12 1 b 1 c 5 2  b 1c51
 ⇒
2 5 2 1 2 1 5 2b 1 c 5 11
2
dA 5 dB  f( 1) ( 1) b( 1) c 12

( )
10,8t 5 3,6 t 1
1
6



b  1 c 5 1
1
3t 5 t 1 1   2 b 1 c 5 11 
6
1 2c 5 12  ⇒  c 5 6 ⇒   b 5 25
t5
12
f(x) 5 x2 2 5x 1 6 ⇒ f(2) 5 22 2 5 ? 2 1 6 5 0
1 5 0,9 km 5 900 m. Alternativa d.
Portanto, dA 5 db 510,8
5
12
5 Seja f: R → R uma função tal que f(x 1 1) 5 f(x) 1 10.
2 Dada a função f: A → R, em que f(x) 5 3x 2 5 e A 5 {22, 0, 1}, Se f(6) 5 30, determine:
determine o conjunto imagem de f.
a) f(7)
RESOLUÇÃO: b) f(8)
c) f(5)
f(22) 5 3(22) 2 5 5 2111

f(0) 5 3 ? 0 2 5 5 25 ⇒ Im(f
Im(f)) 5 {211, 25, 22}
2
f(1) 5 3 ? 1 2 5 5 22 RESOLUÇÃO:
a) Se f(x 1 1) 5 f(x) 1 10, então:
f
3 Seja a função R R dada por y 5 x 2 5x 1 7. Determine:
2 f(7) 5 f(6) 1 10 5 30 1 10 5 40
a) a imagem do número 4; b) f(8) 5 f(7) 1 10 5 40 1 10 5 50
b) o número real x tal que y 5 1. c) f(6) 5 f(5) 1 10 ⇒ 30 5 f(5) 1 10 ⇒ f(5) 5 30 2 10 5 20

ESTUDO DO DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO REAL ÁLGEBRA

Vimos que uma função consta de três componentes: domínio, contradomínio e lei de corres­
MATEMÁTICA

pondência. Quando é citada uma função f de A em B, já ficam subentendidos o domínio (A) e o


contradomínio (B).
Às vezes, porém, é dada apenas a lei da função f, sem que A e B sejam citados. Nesses casos,
consideramos o contradomínio B 5 R e o domínio A o “maior” subconjunto de R (A , R) tal que
a lei dada defina uma função f: A → R. Veja no exercício resolvido a seguir a explicitação do domínio
em algumas funções.

Funções e função afim 13

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 13 10/21/14 4:43 PM


EXERCÍCIO RESOLVIDO

6 Explicite o domínio das seguintes funções reais: Para cada x Þ 5 e x Þ 1, f(x) existe e é único, pois é o inver-
so de um número real diferente de zero.
a) f(x) 5 1 d) f(x) 5 3 2 x O domínio da função não poderá ter os números reais 5 e 1.
x
Logo, D(f ) 5 R 2 {1, 5}.
b) f(x) 5 x 2 2 e) f(x) 5 1 1 1
x 1 5 x 1 5 x 2 2 4 d) f(x) 5 3 2 x

1 7 2 x 3 2 x só é possível em R se 3 2 x > 0 (em R não há raiz


c) f(x) 5 f) f(x) 5
x 2 6x 1 5
2
x 2 2 quadrada de número negativo).
RESOLUÇÃO: 3 2 x > 0 ⇒ 2x > 23 ⇒ x  3
Para cada x  3, f(x) existe e é único, pois é a raiz quadrada
1
a) f(x) 5 de um número real maior ou igual a zero.
x
Portanto, D(f) 5 {x  R | x  3}.
1 só é possível em R se x Þ 0 (não existe divisão por 0).
x 1  1  1
1 e) f(x) 5
Para cada x Þ 0, o valor sempre existe e é único (o inver- x 1 5 x 2 2 4
x
so de x). Nesse caso, devemos ter x 1 5 Þ 0 e x2 2 4 Þ 0.
Logo, D(f ) 5 R 2 {0} 5 R*. x 1 5 Þ 0 ⇒ x Þ 25
x 2 2 x2 2 4 Þ 0 ⇒ x' Þ 22 e x'' Þ 2
b) f(x) 5
x 1 5 O domínio não poderá ter os números reais 25, 22 e 2.
x 2 2 só é possível em R se x 1 5 Þ 0. Para cada x Þ 25, x Þ 22 e x Þ 2, f(x) existe e é úni-
x 1 5 co, pois é a soma dos inversos de dois números reais não
x 1 5 Þ 0 ⇒ x Þ 25 nulos.
Para cada x Þ 25, f(x) existe e é único, pois é a divisão de Logo, D(f) 5 R 2 {25, 22, 2}.
um número real por outro diferente de zero.
7 2 x
Então, D(f ) 5 R 2 {25}. f) f(x) 5
x 2 2
1
c) f(x) 5 2
x  2 6x 1 5
1 Nesse caso, devemos ter:
1 72x>0⇒x7
só é possível em R se x2 2 6x 1 5 Þ 0. x22.0⇒x.2
x 2  2 6x 1 5
1
Vamos, então, resolver a equação do 2o grau Ou seja, x  ]2, 7]. Para cada x  ]2, 7], f(x) existe e é único,
x2 2 6x 1 5 5 0: pois é a divisão de um número real positivo ou nulo por
Δ 5 16 outro positivo.
x' 5 5 e x" 5 1 Logo, D(f) 5 ]2, 7].

PARA CONSTRUIR

7 Num quadrado, a fórmula P 5 4, permite calcular a medida P do perímetro em função da medida ,


do lado, e a fórmula d 5 , 2 permite calcular a medida d da diagonal em função da medida , do
lado. Expresse uma fórmula matemática que permita calcular a medida d da diagonal em função da
medida P do perímetro. d
P ,
P 5 4, ⇒ , 5
4
P 2
d5, 2 ⇒d5
4
P 2
Portanto, a fórmula matemática é d 5 .
4
,

14 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 14 10/21/14 4:43 PM


8 Expresse por meio de uma fórmula matemática a função 10 (Enem) A tabela seguinte apresenta a média, em kg, de resí-
f: R → R, que a cada número real x associa: duos domiciliares produzidos anualmente por habitante, no
a) o seu quadrado. período de 1995 a 2005.
f(x) 5 x2
Produção de resíduos domiciliares
b) a sua terça parte. por habitante em um país
x
f(x) 5
3 Ano kg
c) o seu dobro diminuído de 3. 1995 460
f(x) 5 2x 2 3
2000 500
d) o seu quadrado diminuído de 4.
2005 540
f(x) 5 x2 2 4

e) a sua metade somada com 3. Se essa produção continuar aumentando, mantendo o mesmo
x padrão observado na tabela, a previsão de produção de resí-
f(x) 5 13
2 duos domiciliares por habitante no ano de 2020, em kg, será: c
f ) o seu cubo somado com o seu quadrado. a) 610. c) 660. e) 710.
b) 640. d) 700.
f(x) 5 x3 1 x2
Considerando que q(t) é a quantidade de resíduos domiciliares por ha-
9 Escreva a fórmula matemática que expressa a lei de cada bitante no ano t e observando a tabela, temos um aumento de 40 kg a
cada cinco anos. Portanto, em 2020 a quantidade será dada por:
uma das funções a seguir:
q(2020) 5 q(1995) 1 (25 ; 5) ? 40 ⇒ q(2020) 5 460 1 200 5 660
a) Uma firma que conserta televisores cobra uma taxa fixa
de R$ 40,00 de visita mais R$ 20,00 por hora de mão de 11 Se D 5 {1, 2, 3, 4, 5} é o domínio da função f: D → R definida
obra. Então, o preço y que se deve pagar pelo conserto por f(x) 5 (x 2 2)(x 2 4), quantos elementos tem o conjunto
de um televisor é dado em função do número x de ho- imagem da função?
ras de trabalho (mão de obra).
im(f) 5 {21, 0, 3}
y 5 20x 1 40
n(im) 5 3

12 Seja f: R* → R a função dada por f(x) 5 x 1 1. Qual é o valor


2
b) Um fabricante produz objetos a um custo de R$ 12,00 a
unidade, vendendo-os por R$ 20,00 a unidade. Por tanto, x
o lucro y do fabricante é dado em função do número x
de f(3) 1 f  1  ?
de unidades produzidas e vendidas.  3
y 5 8x 20
c) A Organização Mundial da Saúde recomenda que cada 3
cidade tenha no mínimo 14 m2 de área verde por habi- 13 Seja f: R → R uma função tal que:
tante. A área verde mínima y que deve ter uma cidade I. f(x) 5 x2 1 mx 1 n;
é dada em função do número x de habitantes. II. f(1) 5 21 e f(21) 5 7.
y 5 14x Nessas condições, determine f(3).
f(1) 5 21 ⇒ 1 1 m 1 n 5 21 ⇒ m 1 n 5 22
d) Um triângulo tem base fixa de 6 cm e altura variável de f(21) 5 7 ⇒ 1 2 m 1 n 5 7 ⇒ 2m 1 n 5 6
x cm. A área y, em cm2, é dada em função de x.
resolvendo o sistema, temos:
y 5 3x
 m 1 n 5 22

ÁLGEBRA
 1
2 m 1 n 5 6
2n 5 4 ⇒ n 5 2
m 1 n 5 22 ⇒ m 1 2 5 22 ⇒ m 5 24
MATEMÁTICA

x f(x) 5 x2 2 4x 1 2 ⇒ f(3) 5 9 2 12 1 2 5 21

Funções e função afim 15

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 15 10/21/14 4:43 PM


14 Numa indústria, o custo operacional de uma mercadoria é com- 1
d) f(x) 5
posto de um custo fixo de R$ 300,00 mais um custo variável de x 2 1 4x 2 5
R$ 0,50 por unidade fabricada. Portanto, o custo operacional, d(f) 5 R 2 {25, 1}
que representaremos por y, é dado em função do número de
unidades fabricada, que representaremos por x. Expresse, por x 2 1
meio de uma fórmula matemática, a lei dessa função. e) f(x) 5
4
custo operacional 5 custo fixo 1 custo variável ⇒ y 5 300,00 1 0,50x d(f) 5 R

15 Explicite o domínio das funções reais definidas por:


f) y 5 5 2 x
a) f(x) 5 1 d(f) 5 {x  R | x  5}
x 2 6
d(f) 5 R 2 {6} 1
g) f(x) 5
x 8 2 x
b) f(x) 5
x 2 2 9 d(f) 5 {x  R | x  8}
d(f) 5 R 2 {23, 3}
x 2 2
x 1 1 h) f(x) 5
c) y 5 x 2 3
x
d(f) 5 {x  R | x > 2 e x Þ 3}
d(f) 5 R*

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 5 a 10 Para aprimorar: 2 a 6

GRÁFICOS DE UMA FUNÇÃO


Em livros, revistas, jornais e na internet, frequentemente encontramos gráficos e tabelas que
procuram retratar determinada situação. Em geral, representam funções e, por meio deles, podemos
obter informações sobre a situação que retratam. Vamos analisar alguns.

Evolução do número de inscritos no


Enem por tipo de escola (2009-2013)

br/educacao_basica/enem/downloads/2013/indicadores_consolidados_dados_nacionais_estados_
FONTE: inep. indicadores consolidados enem 2013. disponível em: <http://download.inep.gov.
6 000 000
5 500 000

5 000 000

4 200 000
Número de candidatos

4 000 000
3 800 000
3 200 000

3 000 000 2 500 000

2 000 000
enem_2013.pdf>. acesso em: 17 ago. 2014.

1 200 000 1 100 000 1 200 000 1 200 000 1 300 000

1 000 000
338 000 266 000 276 000 297 000 311 000

2009 2010 2011 2012 2013

Pública Particular Egresso

16 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 16 10/21/14 4:43 PM


Pela análise do gráfico, podemos verificar que:

GLOSSÁRIO
no período analisado, o número de candidatos oriundos de escola pública permaneceu quase Egresso:
que constante: houve uma pequena queda entre 2009­2010, depois um leve aumento entre 2010­ “egresso” designa uma pessoa que
­2011, que se manteve até o ano seguinte, aumentando novamente no período 2012­2013; deixou o grupo a que pertencia. Nes-
se caso, os dados referem-se tanto a
já no caso dos candidatos provenientes de escolas particulares, houve uma queda no período quem concluiu seus estudos como
2009­2010, enquanto no intervalo 2010­2013 o número aumentou, mas não superou o primeiro àqueles que abandonaram a escola e
ano analisado; estão interessados em obter o certifi-
cado de conclusão do Ensino Médio
o número de candidatos egressos da escola foi superior à soma dos outros dois tipos de candidatos
que o Enem oferece.
em todos os anos analisados. Fora isso, a quantidade de candidatos sempre aumentou no intervalo
2009­2013, tendo um aumento de 30% entre 2012­2013;

Produção física (PF) e pessoal ocupado (PO) na indústria


(1984-2005) – índices acumulados

180

FONTE: naSSiF, andré. Há evidências da desindustrialização

jan./mar. 2008. disponível em:.<http://www.scielo.br/scielo.


php?pid=S0101-31572008000100004&script=sci_arttext>.
160

no Brasil? Rev. Econ. Polit. vol. 28, n. 1, São Paulo,


140

120

100

80

acesso em: 17 ago. 2014.


60

2005*
1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
PF PO

*Valores médios no período de 12 meses até outubro de 2005 (nov. 2004 a out. 2005)

Pela análise do gráfico, podemos verificar que:


apesar de ter se elevado um pouco nos primeiros 7 anos (1984­1990), o índice que indica o total
do pessoal ocupado sofreu uma queda perceptível nos anos seguintes (1990­2005), o que implica
uma taxa de desemprego no setor industrial;
enquanto isso, a produção física no período analisado só sofreu três quedas: entre 1987­1988, 1989­
­1992 e 1997­1999. No geral, sua tendência foi só de crescimento.
PatriCK aventurier/GettY imaGeS

ÁLGEBRA
Robôs inteligentes estão cada vez mais
substituindo diversos tipos de trabalho.
O robô inteligente Baxter, da empresa Rethink
Robotics, ao contrário das usuais máquinas
robóticas que requerem operadores e
MATEMÁTICA

técnicos hábeis e milhões de reais em


investimento, possui visão e pode aprender
o que você quer que ele faça apenas vendo
você fazer. Além disso, ele pode executar
qualquer tipo de tarefa dentro do limite de
seus braços, custando menos que a média
anual do salário de um trabalhador.

Funções e função afim 17

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 17 10/21/14 4:43 PM


Construção de gráficos de funções
Para construir o gráfico de uma função dada por y 5 f(x), com x  D(f), no plano cartesiano,
devemos:
construir uma tabela com valores de x escolhidos convenientemente no domínio D e com valores
correspondentes para y 5 f(x);
a cada par ordenado (x, y) da tabela associar um ponto do plano cartesiano;
marcar um número suficiente de pontos, até que seja possível esboçar o gráfico da função.

Determinação do domínio e da imagem de uma função, conhecendo


o gráfico
Observando o gráfico de uma função no plano cartesiano, podemos, às vezes, determinar o
domínio D e o conjunto imagem Im da função, projetando o gráfico nos eixos:

y
5

Gráfico D(f) 5 {x  R | 2  x  4} 5 [2, 4]


Imagem de f Im(f) 5 {y  R | 1  y  5} 5 [1, 5]

0 2 4 x y

Domínio
2

Gráfico de g

0,3
D(g) 5 {x  R | 21 , x  1} 5 ]21, 1]
Im(g) 5 {y  R | 0,3  y , 2} 5 [0,3; 2[ –1 0 1 x

Determinando se um conjunto de pontos é gráfico de uma função


Para ter uma função de A em B, a cada x  A deve corresponder um único y  B. Geometrica­
mente, isso significa que qualquer reta perpendicular ao eixo x que intersecta o gráfico deve fazê­lo
num único ponto.
O gráfico a seguir é de uma função, pois qualquer reta perpendicular ao eixo x intersecta­o em um
único ponto.

0 x

18 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 18 10/22/14 8:36 AM


Este gráfico não é de uma função, pois existem retas perpendiculares ao eixo x intersectando­o
em mais de um ponto.

0 x

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

7 Construa o gráfico da função dada por f(x) 5 2x 1 1, sendo 8 Construa o gráfico da função f: R → R dada por f(x) 5 2x 1 1 e
o domínio D 5 {0, 1, 2, 3, 4}, e determine o conjunto ima- determine o conjunto imagem de f.
gem Im(f).
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: Como nesse caso D 5 R, vamos escolher alguns valores ar-
bitrários de x:
x y 5 f(x) 5 2x 1 1
x f(x) 5 2x 1 1
0 1
1 3 22 23
2 5 21 21
3 7 0 1
4 9 1 3
2 5

y y
9 E
5
8 f(x) 5 2x 1 1
4
7 D 3
2
6
1
5 C
2 1 0 1 2 x
1
4
2
3 B
3
2

ÁLGEBRA
1 A Agora, o gráfico é o conjunto de todos os pontos (x, y), com x
real e y 5 2x 1 1. Assim, o conjunto imagem é todo o eixo y
0 1 2 3 4 x das ordenadas: Im 5 R.
MATEMÁTICA

PARA
Nesse caso, o gráfico da função é o conjunto dos pontos A, REFLETIR
B, C, D e E.
Por que os gráficos dos exercícios resolvidos 7 e 8 são dife-
O conjunto imagem é o conjunto das ordenadas desses pon- rentes se a lei das duas funções é f(x) 5 2x 1 1?
tos: Im(f) 5 {1, 3, 5, 7, 9}.

Funções e função afim 19

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 19 10/21/14 4:43 PM


9 Construa o gráfico da função R →
f
R dada por: y
f(x) 5 3x
a) f(x) 5 2x 2

3
b) f(x) 5 3x

c) f(x) 5
{
x, se x    3
3, se x . 3 2

RESOLUÇÃO:
a) f(x) 5 2x2 1

x f(x) 5 2x2 (x, y)


22 24 (22, 24) 22 21 0 1 x

21,5 22,25 (21,5; 22,25)


21 21 (21, 21) Essa curva chama-se exponencial.

0
1 21
0 (0, 0)
(1, 21)
c) f(x) 5 {x, se x    3
3, se x . 3

1,5 22,25 (1,5; 22,25) Nesse caso, a função está definida por duas sentenças:
2 24 (2, 24)
{ f(x) 5 x, se x    3
f(x)  5 3, se x . 3

y
x x 3
22 21 0 1 2 x f(x) 5 x (x, y)
21 21 (21, 21)
21 1 1 (1, 1)
3 3 (3, 3)

22 f(x) 5 2x
2
x. 3
x f(x) 5 3 (x, y)
4 3 (4, 3)
23 5 3 (5, 3)
6 3 (6, 3)

24
y

A curva que contém todos os pontos obtidos com y 5 2x 2


3
é o gráfico da função dada. Essa curva chama-se parábola. 2
b) f(x) 5 3x
1

x f(x) 5 3 x
0
23 22 21 1 2 3 4 5 6 7 x
1 21
22
9
22
1
21 23
3
0 1 24
1 3

20 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 20 10/21/14 4:43 PM


PARA
REFLETIR

Você sabia que existe uma função f: [a, b] → R chamada função rampa cujo gráfico tem uma
destas formas?
y y
d a b
0 x

0 a bx 2d

PARA CONSTRUIR

16 Analise o gráfico a seguir e responda o que se pede:

Balan•a comercial brasileira (1990 a 2013)


260 000
256 041
250 000 242 178
240 000 242 580 239 617
230 000 226 251

220 000 223 142

210 000
201 916
200 000 197 953

190 000
180 000 173 148
181 6 38

170 000
160 649
160 000 152 252
Valores (em US$ milh›es)

150 000
140 000 137 470

130 000
127 637
120 000 118 309 120 610
110 000
100 000 96 475

90 000 91 396

80 000
73 084
70 000 73 545
59 734 57 765 58 223
60 000 53 314 55 837 60 362 62 813
49 658 49 295 55 581
50 000 43 558 52 994 55 086 44 764 46 074
35 862 38 597 46 501 47 747 51 140 48 011 47 240 48 291 40 039
40 000 31 620
31 414 33 662
29 790
30 000 25 480 33 168
24 793 24 615
20 661 21 041
20 000 24 805 19 438
20 554

ÁLGEBRA
10753 13 117 13 122 20 278
10 000 15 308
10 579 10 390 2 651
21 284 2 561
0
23 157 2751
210 000 25 567 26 740 26 625

220 000
MATEMÁTICA
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Ano
Importação Exportação Saldo
FONTE: <http://www.portalbrasil.net/economia_balancacomercial.htm>. Acesso em: ago. 2014.

Funções e função afim 21

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 21 10/21/14 4:43 PM


a) Em que ano as importações atingiram valor máximo? E mínimo?
máximo em 2013; mínimo em 1992.
b) Em que ano as importações foram superiores a 50 bilhões de dólares?
a partir do ano 2000 e nos anos 1997 e 1998.
c) Comparando o saldo de 2011 com o de 2012, houve aumento ou queda? De quanto por cento?
Houve uma queda de aproximadamente 35%.

17 (UFSJ-MG) Os gráficos das funções f(x) 5 2, g(x) 5 2x 2 4 e h(x) 5 2x 1 2 delimitam uma região y
do plano cartesiano, cuja área, em unidades de área, é: c
a) 6 c) 3 A B
f
b) 2 d) 4 2

C
esboçando o gráfico das funções f, g e h, obtemos a figura ao lado. 0 2 x
a área pedida corresponde à área do triângulo aBC. h
Como o gráfico de f é paralelo ao eixo x, basta calcularmos a
abscissa do ponto B. assim, g(x) 5 2 ⇔ 2x 2 4 5 2 ⇔ xB 5 3 24
2?3 g
e, portanto, a área do triângulo aBC é igual a 5 3 u.a.
2
18 (Enem) As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por kilogramas, existindo também a
variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que, independentemente da época ou variação de preço,
certa fruta custa R$ 1,75 o kilograma.
Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais pela compra de n kilogramas desse produto é: e
a) m d) m

1,75 1,75

1 n
1 n

b) m e) m

1,75 1,75

1 n 1 n

c) m

1,75

1 n

o gráfico corresponde à função m(n) 51,75n, sendo n o número de kilogramas comprados.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 11 a 13 Para aprimorar: 7 a 11

22 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 22 10/21/14 4:43 PM


FUNÇÃO PAR E FUNÇÃO ÍMPAR
Função par
Veja o gráfico da função f: R → R, definida por f(x) 5 x2.
y
4

22 21 0 1 2 x

Observe que:
f(1) 512  5 1 
 f(1) 5 f(21), ou seja, 1 e 21 têm a mesma imagem;
f(21) 5 (21)  5 1
2

f(2) 5 22  5 4 
 f(2) 5 f(22), ou seja, 2 e 22 têm a mesma imagem.
f(22) 5 (22)2  5 4 
O gráfico de f(x) 5 x2 é simétrico em relação ao eixo y. Para uma função qualquer, podemos escrever:

f é função par ⇔ f(x) 5 f(2x), para qualquer x  D, em que o domínio é simétrico em


relação à origem, isto é, x  D ⇒ 2x  D.
O gráfico de f é simétrico em relação ao eixo y.

Assim, f(x) 5 x2 é par, pois para qualquer x  D temos f(x) 5 x2 e f(2x) 5 (2x)2 5 x2, ou seja,
f(x) 5 f(2x).
y
Função ímpar 8

Vamos considerar a função f: R → R, definida por f(x) 5 x3.


Pela análise do gráfico, observe que:
f(1) 5 13  5 1 
 f(1) 5 2f(21), ou seja, 1 e 21 têm imagens opostas;
f(21) 5 (21)3  5 21
f(2) 5 23  5 8 
 f(2) 5 2f(22), ou seja, 2 e 22 têm imagens opostas;
f(22) 5 (22)  5 28 
3
1
22 21
para qualquer x  R, se f(x) 5 m, então f(2x) 5 2m, pois x3 5 2(2x)3. 1 2 x
0

ÁLGEBRA
Por isso, o gráfico de f(x) 5 x3 é simétrico em relação ao ponto O, origem do sistema cartesiano, 21

e dizemos que a função f é ímpar. De modo geral:

f é função ímpar ⇔ f(2x) 5 2f(x), para qualquer x  D, em que o domínio é simétrico


MATEMÁTICA

em relação à origem, isto é, x  D ⇒ 2x  D.


O gráfico de f é simétrico em relação à origem.

No exemplo dado, f(x) 5 x3 é ímpar, pois para qualquer x  D temos f(x) 5 x3 e 28


f(2x) 5 (2x)3 5 2x3, ou seja, f(2x) 5 2f(x).

Funções e função afim 23

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 23 10/21/14 4:43 PM


Observação: Existe função que não é par nem ímpar. Por exemplo, f: R → R tal que f(x) 5 2x 1 1.
Veja que: y
f(3) 5 2 ? 3 1 1 5 7
f(23) 5 2(23) 1 1 5 25
PARA Esse valor x 5 3 já é suficiente para afirmar
REFLETIR que f não é função par nem ímpar.
Por que nesse exemplo já se O gráfico da função f(x) 5 2x 1 1 não apre­ 0 x
pode tirar a conclusão analisan- senta simetria em relação ao eixo y nem em relação f(x) 5 2x 1 1
do um dos valores de x? à origem.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

10 Verifique se os gráficos a seguir representam funções pares c) y

ou ímpares:

a) y 1
1
0 x

0 x

21
RESOLUÇÃO:
b) y a) O gráfico é simétrico em relação à origem; portanto, a
1 função é ímpar.
b) O gráfico é simétrico em relação ao eixo y; portanto, a
função é par.
0 x
c) Não há simetria em relação à origem nem em relação ao
21 eixo y; portanto, a função não é par nem ímpar.

FUNÇÃO CRESCENTE E FUNÇÃO DECRESCENTE


Vamos analisar as seguintes situações:
O gráfico a seguir mostra a população brasileira de 1940 a 2000.

170
160
150
140
130
Milhões de habitantes

120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 Ano
FONTE: <http://www.ibge.gov.br>. acesso em: 22 nov. 2006.

24 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 24 10/21/14 4:43 PM


Pelo gráfico notamos o aumento da população em função do aumento do tempo (dado em
anos), ou seja, a curva é crescente.
O gráfico a seguir mostra um tanque de água sendo esvaziado:

Volume (em L)

600

500

400

300

200

100
Tempo (em min)
5 10 15 20 25 30 35

Pelo gráfico notamos a diminuição do volume de água em função do aumento do tempo (dado
em minutos), ou seja, a curva é decrescente.

Analisando gráficos
Vamos analisar os gráficos que já construímos.
Observe o gráfico da função de R em R dada por f(x) 5 2x 1 1: é uma reta.

y
5
nte

f(x) 5 2x 1 1
sce
Cre

22 21 0 1 2 x
21

23

Dizemos que essa função é crescente, pois, quanto maior o valor dado a x, maior será o valor
correspondente a f(x) 5 2x 1 1.
Observe o gráfico da função de R em R dada por f(x) 5 2x2: é uma parábola.

y
o
xim
M‡
22 21 0 1 2 x

ÁLGEBRA
21
Dec
nte

res
sce

f(x) 5 2x2
cen
Cre

22
MATEMÁTICA
te

23

24

Funções e função afim 25

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 25 10/21/14 4:43 PM


Veja que:
para x  0, essa função é crescente;
para x > 0, essa função é decrescente;
para x 5 0, f(x) 5 0; para x Þ 0, temos f(x)  0. Por isso, dizemos que x 5 0 é um ponto de má­
ximo da função;
o gráfico é simétrico em relação ao eixo y (f é função par).

Observe o gráfico da função de R em R dada por f(x) 5 {


x, se x    3
3, se x . 3
.

y
4
Constante
3 e
t
2 cen
es
Cr
1

23 22 21 0 1 2 3 4 5 6 7x
21
22

23
24

Veja que:
para x  3, essa função é crescente; para x 5 0, f(x) 5 0;
para x . 3, essa função é constante; para x . 0, f(x) . 0.
para x  0, f(x)  0;
Conclusões: De modo geral, analisando o gráfico de uma função, podemos descobrir propriedades
importantes, como:
Onde ela é positiva (f(x) . 0), onde é negativa (f(x)  0) e onde se anula (f(x) 5 0). Os valores
x0 nos quais ela se anula (f(x0) 5 0) são chamados zeros ou raízes da função f.
Onde ela é crescente (se x1  x2, então f(x1)  f(x2)), onde é decrescente (se x1  x2, então
f(x1) . f(x2)) e onde assume um valor máximo ou um valor mínimo, se existirem. Por exemplo,
considere o gráfico a seguir, que representa uma função definida no intervalo ]26, 6[:
y
4
3
Máximo
2
te
en
te

1 c
en

es
c

Cr
es

0
Cr

26 25 24 23 22 21 1 2 3 4 5 6 x
21
D
ec
re

22
sc
en
te

23
Mínimo
24

f é positiva em ]25, 21[ e em ]5, 6[.


f é negativa em ]26, 25[ e em ]21, 5[.
f é nula em x 5 25, x 5 21 e x 5 5. Esses são os zeros ou raízes da função.
f é crescente em ]26, 23] e em [2, 6[.
f é decrescente em [23, 2].
O ponto com x 5 23 é um ponto de máximo e f(x) 5 2 é o valor máximo de f.
O ponto com x 5 2 é um ponto de mínimo e f(x) 5 23 é o valor mínimo de f.

26 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 26 10/21/14 4:43 PM


Informações sobre uma função a partir do seu gráfico
Seja f: R → R a função cujo gráfico é o seguinte:
y
3
2
1

23 22 21 0 1 2 3 4 x
21
22
23

Algumas informações obtidas pela leitura do gráfico:


f(23) 5 21; f(1) 5 1
se f(x) 5 1, então x 5 1 ou x 5 21
' x  R | f(x) 5 3
D(f) 5 R e Im(f) 5 {y  R | y  2}
O gráfico de f corta o eixo x em (2, 0) e (22, 0) e corta o eixo y em (0, 2).
f é uma função par.
f é crescente para x  0.
f é decrescente para x > 0.

PARA CONSTRUIR

19 Verifique se os gráficos representam funções e, caso afirmati- d) y Sim; par.

vo, se elas são pares ou ímpares. 3


a) y Sim; não é par nem ímpar.

24 23 0 3 4x

0 x 20 Os gráficos seguintes representam funções. Classifique-as em


crescente ou decrescente.
y y
a) c)
b) y Sim; ímpar.

1
1 0 x 0 x

0 1 x

ÁLGEBRA
Crescente Crescente

b) y
c) y não.
MATEMÁTICA

0 x
0 x

decrescente

Funções e função afim 27

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 27 10/21/14 4:43 PM


21 (Enem) A produção agrícola brasileira evoluiu, na última década, de forma diferenciada. No caso da cultura de grãos, por exemplo,
verifica-se nos últimos anos um crescimento significativo da produção da soja e do milho, como mostra o gráfico a seguir.

60
55
Soja Milho Arroz Feij‹o
50
45
Milhões de toneladas

40
35
30
25
20
15
10
5
0
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
FONTE: ministério de agricultura e Produção agropecuária.

Pelos dados do gráfico é possível verificar que, no período considerado: a


a) a produção de alimentos básicos dos brasileiros cresceu muito pouco.
b) a produção de feijão foi a maior entre as diversas culturas de grãos.
c) a cultura do milho teve taxa de crescimento superior à da soja.
d) as culturas voltadas para o mercado mundial decresceram.
e) as culturas voltadas para a produção de ração animal não se alteraram.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 14 a 16 Para aprimorar: 12

FUNÇÃO INJETIVA, SOBREJETIVA E BIJETIVA


Função injetiva ou injetora
Uma função f: A → B é injetiva (ou injetora) quando elementos diferentes de A são trans­
formados por f em elementos diferentes de B, ou seja, não há elemento em B que seja imagem de
mais de um elemento de A. Assim, f é injetiva quando:

x1 Þ x2 em A ⇒ f(x1) Þ f(x2) em B

ou equivalentemente usando a contrapositiva:

f(x1) 5 f(x2) em B ⇒ x1 5 x2 em A

A B A B
Função injetiva Função injetiva

28 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 28 10/21/14 4:43 PM


Se houver um elemento em B que é imagem de dois ou mais elementos distintos de A, a função
é não injetiva.

A B
Função não injetiva

Exemplos:
1o) A função f: R → R dada por f(x) 5 x2 2 1 não é injetiva, pois:
para x 5 1 corresponde f(1) 5 0;
para x 5 21 corresponde f(21) 5 0.
Nesse caso, para dois valores diferentes de x encontramos um mesmo valor para a função.
No diagrama, temos:

21

0
1

R R

2o) A função f: R → R dada por f(x) 5 2x é injetiva, pois faz corresponder a cada número
real x o seu dobro 2x e não há dois números reais diferentes que tenham o mesmo dobro.
Simbolicamente, para quaisquer x1, x2  R, x1 Þ x2 ⇒ 2x1 Þ 2x2 ⇒ f(x1) Þ f(x2).

Observa•‹o:
Podemos verificar se uma função é injetiva observando seu gráfico. Sabemos que, se a função é injetiva, não há elemento do conjunto
imagem que seja imagem de mais de um elemento do domínio. Assim, imaginando linhas horizontais cortando o gráfico, essas linhas só
podem cruzar o gráfico uma única vez para cada valor de y.

y y

ÁLGEBRA

x
MATEMÁTICA

as linhas horizontais interceptam o gráfico mais de uma vez.


a função não é injetiva. x

as linhas horizontais nunca interceptam o gráfico mais de uma vez.


então, a função é injetiva.

Funções e função afim 29

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 29 10/21/14 4:43 PM


Função sobrejetiva ou sobrejetora
Uma função f: A → B é sobrejetiva (ou sobrejetora) quando, para qualquer elemento y  B,
pode­se encontrar um elemento x  A tal que f(x) 5 y. Ou seja, f é sobrejetiva quando todo elemento
de B é imagem de pelo menos um elemento de A, isto é, Im(f) 5 B.

A B A B A B
Função sobrejetiva Função sobrejetiva Função não sobrejetiva
im(f) 5 B im(f) 5 B (Há elementos em B sem correspon-
dente em a, logo lm(f) Þ B.)

Exemplos:
1o) A função f: R → R dada por f(x) 5 x 1 2 é sobrejetiva, pois todo elemento de R é imagem
de um elemento de R pela função [x 5 f(x) 2 2]. Veja:
f(x) 5 5 é imagem de x 5 3, pois 5 2 2 5 3;
f(x) 5 0 é imagem de x 5 22, pois 0 2 2 5 22.
2o) A função f: R → R1 dada por f(x) 5 x2 é sobrejetiva, pois todo elemento de R1 é imagem
de pelo menos um elemento de R pela função  x 5 6 f(x)  . Observe:
f(x) 5 9 é imagem de x 5 3 e de x 5 23 (6 9 );
f(x) 5 0 é imagem de x 5 0 (6 0);
f(x) 5 2 é imagem de x 5 2 e de x 5 2 2  (6 2 ).
3o) A função sucessora f: N → N definida por f(n) 5 n 1 1 não é sobrejetiva, pois Im(f) 5 N*
e N* Þ N. Em outras palavras, dado 0  N, não há natural algum que seja transformado
em 0 pela função f, isto é, 0 não é sucessor de nenhum número natural.

Função bijetiva ou bijetora (correspondência biunívoca)


Uma função f: A → B é bijetiva se ela for, simultaneamente, injetiva e sobrejetiva. Quando isso
ocorre, dizemos que há uma bijeção ou uma correspondência biunívoca entre A e B.

A B A B
Função bijetiva não é bijetiva
(É sobrejetiva, mas não é injetiva.)

A B A B
não é bijetiva não é bijetiva
(É injetiva, mas não é sobrejetiva.) (não é injetiva nem sobrejetiva.)

30 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 30 10/21/14 4:43 PM


Exemplos:
1o) A função f: R → R dada por f(x) 5 3x é bijetiva, pois ela é simultaneamente injetiva e
sobrejetiva; cada número real do contradomínio R tem como correspondente no domínio
a sua terça parte, que sempre existe e é única.
2o) A função f: R → R dada por f(x) 5 x 1 1 é bijetiva, pois é injetiva e sobrejetiva; cada nú­
mero real do contradomínio R tem sempre um só correspondente no domínio R (esse
número menos 1).
3o) A função f: R → R1 dada por f(x) 5 x2 não é bijetiva, pois, embora seja sobrejetiva, ela
não é injetiva: 3 Þ 23, mas f(3) 5 f(23) 5 9.
4o) A função f: R → R dada por f(x) 5 2x não é bijetiva; embora seja injetiva, ela não é sobre­
jetiva. Não existe x  R tal que f(x) 5 0 ou que f(x) seja negativo.

Número cardinal
Dizemos que dois conjuntos A e B têm o mesmo número cardinal quando se pode definir uma
bijeção f: A → B.
Exemplos:
1o) Sejam A 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B 5 {3, 6, 9, 12, 15, 18}. Definindo f: A → B pela regra
f(x) 5 3x, temos uma bijeção, em que f(1) 5 3, f(2) 5 6, f(3) 5 9, f(4) 5 12, f(5) 5 15
e f(6) 5 18.
Assim, dizemos que A e B têm o mesmo número cardinal.

1 3
2 6
3 9
4 12
5 15
6 18

A f(x) 5 3x B

2o) Sejam N (conjunto dos números naturais) e P o conjunto dos números naturais pares:
P 5 {0, 2, 4, 6, 8, …, 2x, …}.
A função f: N → P, definida por f(x) 5 2x para todo x  N, é bijetiva.
Assim, entre N e P existe uma correspondência biunívoca e, portanto, N e P têm o mesmo
número cardinal, embora P seja subconjunto de N e diferente de N.

0 0
1 2
2 4
3 6
4 8
5. ..10
.. .

ÁLGEBRA
N f(x) 5 2x P

Esse exemplo é curioso, pois, além dos infinitos números pares, há os infinitos números
MATEMÁTICA

ímpares incluídos nos números naturais e, no entanto, N e P têm o mesmo número


cardinal.
3o) Sejam A 5 {0, 1, 2} e B 5 {0, 1, 2, 3, 4}. Não é possível definir uma função f: A → B que seja
bijetiva. Portanto, não existe uma correspondência biunívoca entre os conjuntos A e B. Logo,
eles não têm o mesmo número cardinal.

Funções e função afim 31

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 31 10/21/14 4:43 PM


Conjuntos finitos e conjuntos infinitos
Dado n  N*, vamos indicar por In o conjunto dos números naturais de 1 até n. Por exemplo,
I1 5 {1}, I3 5 {1, 2, 3} e I6 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6}. De modo geral, In 5 {1, 2, 3, 4, ..., n}.
Dizemos que um conjunto A tem n elementos e é finito quando é possível estabelecer uma
correspondência biunívoca f: In → A. O número natural n chama­se, então, número cardinal do
conjunto A, ou, simplesmente, número de elementos de A.
Por exemplo, se A 5 {a, e, i, o, u}, é possível definir a bijeção ou correspondência biunívoca
f: I5 → A. Logo, o número cardinal de A é 5 ou, simplesmente, o número de elementos de A é 5.
Admite­se o conjunto vazio como sendo finito e dizemos que [ tem zero elemento. Assim, por
definição, zero é o número cardinal do conjunto vazio.
Dizemos que um conjunto A é infinito quando ele não é finito, ou seja, A não é vazio e para
qualquer n  N* não existe correspondência biunívoca f: In → A.

PARA CONSTRUIR

22 Verifique se as funções a seguir são sobrejetivas, injetivas ou f ) f: {0, 1, 2, 3} → N dada por f(x) 5 x 1 2
bijetivas. É injetiva; não é sobrejetiva ⇒ não é bijetiva.
a) f: A → B
g) f: R1 → R1 tal que f(x) 5 x2
1 É sobrejetiva; não é injetiva ⇒
5 É injetiva; é sobrejetiva ⇒ é bijetiva.
⇒ não é bijetiva.
4
23 Analisando os gráficos a seguir, identifique quais funções são
6 7 injetivas, sobrejetivas ou bijetivas:
A B a) f: [0, 5] → [0, 8]
b) f: A → B y
8
É injetiva; não é sobrejetiva ⇒
3 2
⇒ não é bijetiva.
7
4 5 0 5 x

6 8 É sobrejetiva; não é injetiva ⇒ não é bijetiva.


A B
b) f: [0, 5] → [0, 8]
c) f: A → B
y
não é sobrejetiva; não é injetiva ⇒
2 • 8
• 5 ⇒ não é bijetiva. 6
7 • • 6
• 7
9 • 0 5 x
A B
É injetiva; não é sobrejetiva ⇒ não é bijetiva.
d) f: A → B
É sobrejetiva; é injetiva ⇒ c) f: [0, 5] → [0, 8]
1 • • 2 ⇒ é bijetiva. y
4 • • 5
8
6 • • 9
A B
0 5 x

e) f: R → R tal que f(x) 5 x 2

não é sobrejetiva; não é injetiva ⇒ não é bijetiva. É injetiva; é sobrejetiva ⇒ é bijetiva.

32 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 32 10/21/14 4:43 PM


d) f: R → R b) Sejam A 5 {1, 3, 5, 7}, B 5 {1, 3, 5, 7, 9} e f: A → B definida
y por f(x) 5 x para qualquer x  A.
y 5 2x

1 1
3
1 3
5
5 7
0 x
7 9
f(x) 5 x
É injetiva; não é sobrejetiva ⇒ não é bijetiva. A B

e) f: R → R1 f(x) 5 x não é bijetiva e não é possível definir uma função f: a → B


que seja bijetiva. Portanto, não existe uma correspondência biu-
y
y 5 2x nívoca
entre os conjuntos a e B, que, portanto, não têm o mesmo nú-
mero
1
cardinal.

0 x c) Sejam A 5 {1, 2, 3}, B 5 {1, 4, 9} e f: A → B definida por


f(x) 5 x2 para qualquer x  A.
É injetiva; é sobrejetiva ⇒ é bijetiva.

24 Verifique em cada caso se os conjuntos têm o mesmo núme- 1 1


ro cardinal: 2 4

a) Sejam N (conjunto dos números naturais), I (conjunto dos nú- 3 9


f(x) 5 x2
meros naturais ímpares) e f: N → I definida por f(x) 5 2x 1 1 A B
para qualquer x  N. f: a → B é bijetiva e, portanto, a e B têm o mesmo número
a função f: N → i, definida por f(x) 5 2x 1 1 para qualquer x  N, cardinal.
é bijetiva.

d) Sejam A 5 {1, 2, 3, 4}, B 5 {0, 7, 26, 63} e f: A → B definida


por f(x) 5 x3 2 1 para qualquer x  A.
0 1
1 3
1 0
2 5
7 2 7
3. .
. . 3 26
. f(x) 5 2x 1 1 .
4 63
N I f(x) 5 x3 2 1
então, entre N e i existe uma correspondência e, portanto, N e i A B
têm o mesmo número cardinal.
f: a → B é bijetiva e, portanto, a e B têm o mesmo número
cardinal.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 17 e 18

FUNÇÃO COMPOSTA
Vamos considerar a seguinte situação:

ÁLGEBRA
Um terreno foi dividido em 20 lotes, todos de forma quadrada e de mesma área. Nessas
condições, vamos mostrar que a área do terreno é uma função da medida do lado de cada lote
representando uma composição de funções. Para isso, indicaremos por:
x 5 medida do lado de cada lote;
MATEMÁTICA

y 5 área de cada lote;


z 5 área do terreno.
1 Área de cada lote 5 (medida do lado)2 ⇒ y 5 x2
Então, a área de cada lote é uma função da medida do lado, ou seja:
y 5 f(x) 5 x2

Funções e função afim 33

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 33 10/21/14 4:43 PM


2 Área do terreno 5 20 ? (área de cada lote) ⇒ z 5 20y
Então, a área do terreno é uma função da área de cada lote, ou seja:
z 5 g(y) 5 20y
Comparando 1 e 2 , temos:
Área do terreno 5 20 ? (medida do lado)2, ou seja, z 5 20x2, pois y 5 x2 e z 5 20y.
Então, a área do terreno é uma função da medida do lado de cada lote.

z 5 h(x) 5 20x2
f g
x x2 20x2

h
Composta de g com f

A função h, assim obtida, denomina­se função composta de g com f e pode ser indicada
por g + f.

h5g+f

f g

x
y 5 x2 z 5 20x2

A B C

(g + f)(x) 5 g(f(x)), para todo x  D(f).

Definição de função composta


Dadas as funções f: A → B e g: B → C, denominamos função composta de g e de f a
função g + f: A → C, que é definida por (g + f)(x) 5 g(f(x)), x  A.

g+f

f g

x
f(x) g(f(x))

A B C

34 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 34 10/21/14 4:43 PM


Exemplo:
Dados os conjuntos A 5 {1, 2, 3, 4}, B 5 {2, 3, 4, 5} e C 5 {4, 9, 16, 25}, vamos considerar as funções:
f: A → B dada por f(x) 5 x 1 1
g: B → C dada por g(x) 5 x2 f g
1 • •2 • 4
Notamos que:
(g + f)(1) 5 g(f(1)) 5 g(2) 5 4 e que (1 1 1)2 5 4; 2 • •3 • 9
(g + f)(2) 5 g(f(2)) 5 g(3) 5 9 e que (2 1 1)2 5 9;
(g + f)(3) 5 g(f(3)) 5 g(4) 5 16 e que (3 1 1)2 5 16; 3 • •4 • 16
(g + f)(4) 5 g(f(4)) 5 g(5) 5 25 e que (4 1 1)2 5 25.
4 • •5 • 25
Percebemos que g(f(x)) 5 (x 1 1)2, ou seja, (g + f)(x) 5 g(f(x)) 5 g(x 1 1) 5
5 (x 1 1)2. A B C

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

11 Sejam f(x) 5 3x 2 2 e g(x) 5 4x 1 1. 13 Dadas as funções f(x) 5 2x 2 1 e f(g(x)) 5 6x 1 11, calcule g(x).
Determine g(f(x)).
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: f(g(x)) 5 2g(x) 2 1 e f(g(x)) 5 6x 1 11. Então:
g(f(x)) 5 g(3x 2 2) 5 4(3x 2 2) 1 1 5 12x 2 8 1 1 5 12x 2 7
2g(x) 2 1 5 6x 1 11 ⇒ g(x) 5 6x 1 12 ⇒ g(x) 5 3x 1 6
2
12 Dada a função f(x) 5 x2 1 1, determine f(f(2)). 14 Dadas as funções f(x) 5 2x 1 a e g(x) 5 3x 2 1, determine o
valor de a para que se tenha (f + g)(x) 5 (g + f )(x).
RESOLUÇÃO:
f(f(x)) 5 f(x2 1 1) 5 (x2 1 1)2 1 1 5 x4 1 2x2 1 1 1 15 RESOLUÇÃO:
5 x4 1 2x2 1 2 (f + g)(x) 5 f(g(x)) 5 f(3x 2 1) 5 2(3x 2 1) 1 a 5 6x 2 2 1 a
f(f(2)) 5 (2)4 1 2(2)2 1 2 5 16 1 8 1 2 5 26 (g + f )(x) 5 g(f(x)) 5 g(2x 1 a) 5 3(2x 1 a) 2 1 5 6x 1 3a 2 1
A questão também pode ser resolvida da seguinte maneira: Como (f + g)(x) 5 (g + f )(x), temos:
f(2) 5 (2)2 1 1 5 4 1 1 5 5 6x 2 2 1 a 5 6x 1 3a 2 1 ⇒ a 2 3a 5 21 1 2 ⇒ 22a 5 1 ⇒
f(f(2)) 5 f(5) 5 (5)2 1 1 5 25 1 1 5 26 ⇒ 2a 5 21 ⇒ a 5 2 1
2

1• •4
2• •8
FUNÇÃO INVERSA f: A → B
2,5 • • 10
Quando associamos o lado e o perímetro de um quadrado, podemos pensar f(x) 5 4x
3• • 12 D(f) 5 {1; 2; 2,5; 3; 7}
em duas funções bijetivas: • 28
7• Im(f) 5 {4; 8; 10; 12; 28}
uma, que a cada valor do lado associa o perímetro (fig. 4);

ÁLGEBRA
outra, que a cada valor do perímetro associa o lado (fig. 5). A B
Fig. 4
Observe:
, 4• •1 g: B → A
8• •2
MATEMÁTICA

,: lado ,5 P 10 • • 2,5
g(x) 5 x
4 4
, , 12 • •3
P: perímetro P 5 4, D(g) 5 {4; 8; 10; 12; 28}
28 • •7 Im(g) 5 {1; 2; 2,5; 3; 7}
, B A
Fig. 5

Funções e função afim 35

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 35 10/21/14 4:43 PM


Temos que:
D(f) 5 Im(g);
D(g) 5 Im(f);
f e g são bijetivas.
Nesses casos, dizemos que uma função é a inversa da outra.
PARA Representamos a função inversa de f com o símbolo f 21.
REFLETIR
f: A → B f 21: B → A
Observe que f21 não é igual a 1. e
f f(x) 5 4x f21(x) 5 x
4

Definição de função inversa


Dada uma função f: A → B, bijetiva, denomina­se função inversa de f a função g: B → A
tal que, se f(a) 5 b, então g(b) 5 a, com a  A e b  B.

Exemplificando no diagrama de flechas, temos:

f: A → B g: B → A

1 • • 6 6 1

3 • • 8 8 3

4 • • 9 9 4

B A B A

De modo geral, se f é bijetiva, temos:

A B

f
x f(x) 5 y
• •

g 5 f21

g(y) 5 x ou f21(y) 5 x

PARA em que g: B → A é a função inversa da função f: A → B, uma vez que se tem:


REFLETIR

Só existe função inversa de uma g(y) 5 g(f(x)) 5 x e f(g(y)) 5 y; para quaisquer x


função bijetiva?  A e y  B.

36 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 36 10/21/14 4:43 PM


Processo para determinar a função inversa
No exemplo dado anteriormente, a função bijetiva f: A → B, definida por f(x) 5 4x, tem como
y
função inversa a função g: B → A, definida por g(y) 5 , uma vez que:
4

g(y) 5 g(f(x)) 5 g(4x) 5 4x 5 x


4
e
y y
f(g(y)) 5 f 54? 5y
4 4

para quaisquer x  A e y  B.
Vejamos um roteiro que nos permite, com base na fórmula da função bijetiva f, chegar à fórmula
de f21:
escrevemos f(x) 5 4x na forma y 5 4x;
em y 5 4x, trocamos y por x e x por y, obtendo x 5 4y;
em x 5 4y, determinamos y em função de x, obtendo y 5 x (pois não é comum, neste nível,
4
considerar y variável independente);
escrevemos y 5 x na forma f21(x) 5 x , que é a inversa de f.
4 4
Outros exemplos:
1o) f: R → R é função bijetiva tal que f(x) 5 23x 1 5
y 5 23x 1 5
x 5 23y 1 5 ⇒ 3y 5 2x 1 5 ⇒
⇒ y 5 2x 1 5 ⇒ f 21(x) 5 2x 1 5
3 3
Testando valores:
Por f: x 5 1 → f(1) 5 23 1 5 5 2

Por f 21: x 5 2 → f 21(2) 5 22 1 5 5 1


3
2o) f: R* → R 2 {2} é função bijetiva tal que f(x) 5 2x 1 1
x
y 5 2x 1 1
x
2y 1 1
x5 ⇒ xy 5 2y 1 1 ⇒ xy 2 2y 5 1 ⇒ y(x 2 2) 5 1 ⇒ y 5 1 ⇒
y x 2 2
⇒ f 21(x) 5 1
x 2 2
Testando valores:
Por f : x 5 1 → f(1) 5 2 1 1 5 3
1

ÁLGEBRA
Por f 21: x 5 3 → f 21(3) 5 1 5 1
3 2 2
3 ) f: R1 → R1 dada por f(x) 5 x2 é uma função bijetiva
o
MATEMÁTICA

y 5 x2
x 5 y2 ⇒ y 5 x ⇒ f 21(x) 5 x
Testando valores:
Por f : x 5 5 → f(5) 5 52 5 25
Por f 21: x 5 25 → f 21(25) 5 25 5 5

Funções e função afim 37

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EXERCÍCIO RESOLVIDO
3y 2 2
f 3x 2 2 x5 ⇒ 3y 2 2 5 4x ⇒ 3y 5 4x 1 2 ⇒
15 Dada a função R → R definida por f(x) 5 , determine: 4
4
4x  1 2
a) f 21(x) b) f 21(7) ⇒ y 5 4x 1 2 ⇒ f 21((x) 5
3 3
RESOLUÇÃO:
3x 2 2 ⇒ y 5 3x 2 2 b) f 21(7) 5 4 ? 7 1 2 5 10
a) f(x) 5 3
4 4

PARA Gráfico da função inversa


REFLETIR Vamos observar, por meio de exemplos, como ficam dispostos os gráficos de uma função f e
da sua função inversa f21 em um mesmo sistema de eixos.
Como descobrir f 21 (7) sem usar
f 21 (x)? 1o) Seja a função f dada por f(x) 5 x 1 2 e a sua função inversa dada por f 21(x) 5 x 2 2.
Se (a, b) pertence ao gráfico de f, y f
então (b, a) pertence ao gráfico x y 5 f(x) Reta y 5 x
de f 21? 4
0 2 f 21
3
1 3
2
2 4 1

0 1 2 x
x y 5 f21(x) 21
22
0 22
1 21
2 0

2o) Seja a função bijetiva f: R1 → R1 dada por f(x) 5 x2 e a sua função inversa f 21: R1 → R1
dada por f 21(x) 5 x .

y
x y 5 f(x) f
4
0 0 Reta y 5 x
3
1 1
2 f 21
2 4
1

x y 5 f21(x) 0 1 2 3 4 x

0 0
1 1
4 2

Os exemplos dados sugerem que o gráfico de uma função f e o gráfico de sua função inversa f 21
são simétricos em relação à reta y 5 x, que representa a bissetriz dos quadrantes ímpares. É possível
provar que isso ocorre em todos os casos de duas funções inversas.

38 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 38 10/21/14 4:43 PM


PARA CONSTRUIR

25 Dados f(x) 5 x 2 1 e g(x) 5 5x 2 6, determine: c) f(a)


f(a) 5 a2 2 4a 1 4
a) f(g(x))
f(g(x)) 5 5x 2 7

d) f(x)
b) g(f(x)) f(x) 5 x2 2 4x 1 4
g(f(x)) 5 5x 2 11

28 Determine a função inversa das seguintes funções bijetivas


c) f(f(x))
f(f(x)) 5 x 2 2 de R em R:
a) f(x) 5 x 2 6
f21(x) 5 x 1 6

d) g(g(x))
g(g(x)) 5 25x 2 36

b) f(x) 5 1 2 2x
f21(x) 5 1 2 x
2

26 Sejam as funções f(x) 5 x2 2 2 e g(x) 5 2x 1 1. Determine:


a) (f + g)(x)
(f + g)(x) 5 4x2 1 4x 2 1
c) f(x) 5 3x 1 4
f21(x) 5 x 2 4
3

b) (g + f)(x)
(g + f)(x) 5 2x2 2 3

d) f(x) 5 3x
f21(x) 5 x
3

27 Dados (f + g)(x) 5 x2 e g(x) 5 x 1 2, determine:


a) (f + g)(5)
(f + g)(5) 5 49
29 Determine a função inversa f 21(x) da função

ÁLGEBRA
x .
f: R 2 {2} → R 2 {1} dada por f(x) 5
x 2 2
f21(x) 5
2x
x 2 1
MATEMÁTICA

b) f(5)
f(5) 5 9

Funções e função afim 39

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 39 10/21/14 4:43 PM


30 Seja f: R → R a função bijetiva tal que f(x) 5 2x 1 5. Determine: 34 Dada a função f: R → R definida por f(x) 5 x2 1 1, faça o que
a) a função g, inversa de f, isto é, g(x) 5 f 21(x) se pede:
x 2 5 a) Determine D(f), CD(f) e Im(f).
g(x) 5
2 d(f) 5 R; Cd(f) 5 R; im(f) 5 {y  R | y > 1}.

b) (f + g)(x) e (g + f )(x) b) Calcule f(5), f( 3 ), f(21), f(0) e f  1  .


(f + g)(x) 5 x; (g + f)(x) 5 x  2
f(5) 5 26; f( 3),5 4; f(21) 5 2; f(0) 5 1; f    5  .
1 5
 2 4

31 Seja f: R → R a função definida por f(x) 5 26x 1 2. c) Calcule x tal que f(x) 5 10.
x' 5 3 e x'' 5 23
a) Determine f 21(x).
2 2 x
f21(x) 5
6

f(5 2 ) 2 f(0)
d) Calcule f(1) 2 f( 7 ) e .
f(22)
b) Construa os gráficos de f e f21 no mesmo sistema de eixos. f(5 2) 2 f(0)
f(1) 2 f( 7) 5 26; 5 10
y f(22)
f

1 1 e) Calcule x tal que f(x) 5 0.


3 2 não existe x real.
2
1 2
21 0 x
f 21
f) Calcule x tal que f(x) 5 1.
24 x50

g) Verifique se f é sobrejetiva, injetiva e bijetiva. Justifique.


210
f não é sobrejetiva, pois há elementos do contradomínio que não
pertencem à imagem de f; f não é injetiva, pois há elementos do
contradomínio que são imagem de dois elementos do domínio.
Portanto, f não é bijetiva.
32 Se f(x) 5 3x 1 4 e g(x) 5 2x 1 2k, calcule o valor de k para que
se tenha (f + g)(x) 5 (g + f)(x). h) Existe a função f 21, inversa de f ? Justifique.
k51 não existe f 21, pois f não é bijetiva.

33 Dados f(x) 5 4x 2 1 e g(x) 5 5 2 3x, para qual valor de x se i ) f é função par ou função ímpar?
tem (f + g)(x) 5 21? Par.
5
x5
3

j ) Determine (f + f )(x).
(f + f)(x) 5 x4 1 2x2 1 2

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 19 a 24 Para aprimorar: 13 e 14

40 Funções e função afim

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veja, no Guia do Professor, as respostas da “tarefa para casa”. as resoluções encontram-se no portal, em resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

PARAPARA PRATICAR
PRATICAR 5 Um retângulo tem comprimento c, largura , e perímetro 20.
Determine:
a) a fórmula que dá o valor de c em função de ,;
1 A tabela a seguir indica o custo de produção de certo número
de peças para informática: b) , em função de c.

Número de peças Custo (R$)


1 1,20
2 2,40 c

3 3,60
6 Considere f: R → R dada por f(x) 5 3x 1 5; determine f(23) e f(0).
4 4,80
5
6
6,00
7,20
7 Dada f: N → N tal que f(x) 5 {
x 1 5, se x é par,
2x, se x é impar
calcule:

a) f(5) d) f(31)
7 8,40 b) f(4) e) x tal que f(x) 5 14
8 9,60 c) f(0)

8 As funções f e g são dadas por f(x) 5 3x 1 2m e g(x) 5 22x 1 1.


a) A cada número de peças corresponde um único valor em Calcule o valor de m, sabendo que f(0) 2 g(1) 5 3.
reais?
b) O que é dado em função do quê? 9 A função f de R em R é tal que, para todo x  R, f(3x) 5 3 ? f(x).
c) Qual é a fórmula matemática que dá o custo (c) em fun- Se f(9) 5 45, então f(1) é igual a:
ção do número de peças (x)? a) 5 b) 6 c) 9 d) 10 e) 27
d) Qual é o custo de 10 peças? E de 20 peças? E de 50 peças?
10 Um fabricante vende um produto por R$ 0,80 a unidade.
e) Com um custo de R$ 120,00, quantas peças podem ser pro- O custo total do produto consiste numa taxa fixa de R$ 40,00
duzidas? mais o custo de produção de R$ 0,30 por unidade.

2 Considere a correspondência que associa a cada número na- a) Qual é o número de unidades que o fabricante deve ven-
tural seu sucessor. der para não ter lucro nem prejuízo?
b) Se vender 200 unidades desse produto, o comerciante
a) Construa uma tabela que indique essa correspondência. terá lucro ou prejuízo?
b) O sucessor de um número natural depende do número
natural? 11 Os seguintes gráficos representam funções; determine o do-
c) O que é dado em função do quê? mínio D e o conjunto imagem Im de cada uma delas:
d) Qual é a regra que associa um número natural ao seu a) y

sucessor? 2

e) Qual é o sucessor do maior número natural de três alga-


23
rismos?

ÁLGEBRA
0 1 x

3 Dados A 5 {22, 21, 0, 1, 2}, B 5 {21, 0, 1, 3, 4} e a correspon- 22


dência entre A e B dada por y 5 x2, com x  A e y  B, faça um
diagrama e escreva se f é uma função de A em B. b) y
MATEMÁTICA

{ }
4 Dados A 5 {21, 0, 1, 2, 3}, B 5 1 , 1, 2, 4, 6, 8 e uma corres-
2
1

pondência entre A e B expressa por y 5 2x, com x  A e y  B, 22 0 1 2 3x


essa correspondência é uma função de A em B?

Funções e função afim 41

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 41 10/21/14 4:43 PM


c) y 13 (Enem) O excesso de peso pode prejudicar o desempenho
de um atleta profissional em corridas de longa distância
2 como a maratona (42,2 km), a meia maratona (21,1 km) ou
uma prova de 10 km. Para saber uma aproximação do inter-
x valo de tempo a mais perdido para completar uma corrida
0 1 2 3 4
devido ao excesso de peso, muitos atletas utilizam os dados
apresentados na tabela e no gráfico:
y
d)
Peso ideal para atleta masculino de ossatura
Altura (m)
1 grande, corredor de longa distância (kg)
p
0 p 3p 2p x 1,57 56,9
2 2
1
1,58 57,4
1,59 58,0
12 Determine se cada um dos gráficos a seguir representa uma
função. 1,60 58,5
a) y  

Tempo 3 Peso
(modelo Wilmore e Benke)
Tempo perdido (minutos)
Maratona
0 x
1,33

Meia maratona
0,67
b) y Prova de 10 km
0,32

1 Peso acima do ideal (kg)

Usando essas informações, um atleta de ossatura grande, pe-


x
sando 63 kg e com altura igual a 1,59 m, que tenha corrido
0
uma meia maratona, pode estimar que, em condições de
peso ideal, teria melhorado seu tempo na prova em:
c) y a) 0,32 minuto d) 2,68 minutos
b) 0,67 minuto e) 3,35 minutos
c) 1,60 minuto
14 Considerando os gráficos a seguir, que representam funções,
responda para que valores reais de x a função é crescente e
para que valores de x ela é decrescente.
0 x
a) y b) y

d) y
x 0 1 2 x
0 2

c) y

p p
p 2 2 p
0 x 0 x

42 Funções e função afim

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15 (UFPB) Paulo é um zoólogo que realiza suas observações em um ponto, o de observação, e guarda seus equipamentos em um
outro ponto, o de apoio.
Em certo dia, para realizar seu trabalho, fez o seguinte trajeto:
Partiu do ponto de apoio com destino ao de observação e, da metade do caminho, voltou ao ponto de apoio, para pegar alguns
equipamentos que havia esquecido. Ali demorou apenas o suficiente para encontrar tudo de que necessitava. Em seguida, partiu
novamente em direção ao ponto de observação e lá chegou.
Depois de fazer algumas observações e anotações, partiu com destino ao ponto de apoio. Após alguns minutos de caminhada,
lembrou que havia esquecido o binóculo no ponto de observação e, nesse instante, retornou para pegá-lo. Ao chegar ao ponto
de observação, demorou ali um pouco mais, pois avistou uma espécie rara e resolveu observá-la.
Depois disso, retornou ao ponto de apoio, para guardar seus equipamentos, encerrando o seu trabalho nesse dia.
O gráfico a seguir mostra a variação da distância do zoólogo ao ponto de apoio, em função do tempo, medido em minutos, a partir
do instante em que ele deixou o ponto de apoio pela primeira vez.
Distância (metros)

0 5 10 15 25 35 40 45 55 75 Tempo (minutos)

Com base nas informações apresentadas e no gráfico acima, identifique as afirmativas corretas:
I. O zoólogo chegou ao ponto de apoio, para pegar os equipamentos que ali havia esquecido, 10 minutos depois de ter saído
desse ponto pela primeira vez.
II. O zoólogo chegou ao ponto de observação, pela primeira vez, 15 minutos depois de ter saído do ponto de apoio, após apanhar
os equipamentos que ali havia esquecido.
III. O zoólogo esteve no ponto de observação durante 20 minutos.
IV. O zoólogo notou que havia esquecido o binóculo, 5 minutos após deixar o ponto de observação.
V. O tempo transcorrido da chegada do zoólogo ao ponto de observação, pela primeira vez, a sua chegada ao ponto de apoio,
para encerrar o trabalho, foi de 50 minutos.

16 Analisando o gráfico a seguir, responda ao que se pede.


Os dez maiores vencedores da Fórmula 1 até o fm do campeonato de 2012
100
91
90
80
Número de vitórias

70
60
51
50
41
40

ÁLGEBRA
31
30 27 25 25 24 24 23
20
10
MATEMÁTICA

0
Schumacher Prost Senna Mansell Stewart Clark Lauda Fangio Alonso Piquet
ALE FRA BRA RU RU RU AUS ARG ESP BRA
Pilotos/países

a) Entre os dez pilotos, até o fim do campeonato de 2012, quem teve o maior número de vitórias na Fórmula 1 e quem teve o menor?
b) Quais pilotos tiveram o mesmo número de vitórias?

Funções e função afim 43

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 43 10/21/14 4:43 PM


17 Analisando os gráficos a seguir, identifique quais são funções 24 Seja uma função f injetiva cujo gráfico é dado a seguir:
injetivas.
y
a) y

0 x

b) y
1 0 x

22p 0 2p x

Assinale o gráfico que melhor representa a função f –1.


21
a) y

18 Sendo f: R → A, determine o conjunto A para que o gráfico a


seguir represente uma função sobrejetiva.

y 1

3 0 x

y
b)
Ð2 0 2 x

Ð1

19 Sejam as funções f(x) 5 x2 2 2x 1 1 e g(x) 5 2x 1 1. 1


0 x
Calcule:
a) f(g(1)) b) g(f(2)) c) f(f(1))

20 Seja a função f(x) 5 3x 2 4 definida de R em R, determine:


a) f 21(x) b) f 21(2)
c) y
21 Sabendo que f(x) 5 x 1 1 e g(x) 5 x 2 1, calcule
2

f(g(x)) 2 g(f(x))
, com x real e x Þ 1.
1 2 x

22 Sendo f(x) 5 2x2 e g(x) 5 x 1 1, calcule f(g(2)) 1 g(f(2)).


0 1 x
f
23 Seja f 21(x) a função inversa de f(x) 5 3 1 1 x , e R → R.
5
Calcule f 21(3).

44 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 44 10/21/14 4:43 PM


d) y 3 A fórmula S 5 ,2 nos permite calcular a área S de uma região
quadrada em função da medida , de seu lado. Sendo P a
medida do perímetro desse quadrado, escreva uma fórmula
matemática que permita calcular a área S em função de P.

0 x
,

e) y

4 (UCS-RS) Considere as funções definidas por:


I. f(x) 5 29,8x 1 50 IV. f(x) 5 0,005x 1 750
1
II. f(x) 5 900(0,5)x V. f(x) 5 15,3x
III. f(x) 5 0,5x 1 800 VI. f(x) 5 9,8x 2 50
0 x Analisando essas funções, diga qual delas pode representar,
respectivamente, o modelo matemático para cada relação
descrita a seguir.
( ) Relação entre o salário mensal de um vendedor e o valor
total das vendas por ele efetuadas no mês, consideran-
do que ele recebe, além do seu salário fixo, uma comis-
são de 0,5% sobre o valor de suas vendas.
( ) Relação entre a quantidade de litros de gasolina no tan-
PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR que de um automóvel e o número de kilometros roda-
dos, sem abastecimento.
1 Observe a tabela a seguir e faça o que se pede. ( ) Relação entre o número de metros quadrados de área
verde em uma cidade e o número de seus habitantes,
A B considerando que a quantidade de área verde é propor-
x y cional ao número de habitantes.
1 1 Assinale a alternativa que preenche corretamente os parên-
teses, de cima para baixo.
4 2 a) III – I – V
9 3 b) III – VI – II
16 4 c) III – I – II
d) IV – VI – II
25 5 e) IV – I – V
2x
5 (IME-RJ) Dada a função f(x) 5 (156  1 156 ) , demonstre que
a) Faça um diagrama e escreva se f é uma função de A em B. x

b) Em caso afirmativo, escreva a fórmula matemática dessa 2


função. Caso contrário, justifique. f(x 1 y) 1 f(x 2 y) 5 2f(x) ? f(y).

ÁLGEBRA
2 Seja a função f real tal que:
I. f(x) ? f(y) 5 f(x 1 y) 6 Explicite o domínio das funções reais definidas por:
II. f(1) 5 2 a) y 5 x2 1 1
MATEMÁTICA

III. f( 2 ) 5 4 b) f(x) 5 x 2 7


O valor de f(3 1  2 ) é: c) y 5 3
x
a) 2 d) 16 d) f(x) 5 x
b) 4 e) 32 2x 2 1
c) 8

Funções e função afim 45

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 45 10/21/14 4:43 PM


7 (UFMG) A fábula da lebre e da tartaruga, do escritor grego Tempo
Esopo, foi recontada utilizando-se o gráfico a seguir para des- 0 1 2 3 4
(segundos)
crever os deslocamentos dos animais. Velocidade
0 35 70 105 140
Dist‰ncia (em metros)
(km/h)

200
b) Com base no gráfico, determine o valor aproximado da
150 velocidade máxima atingida e o tempo, em segundos, em
100 que Felix superou a velocidade do som. Considere a velo-
50 cidade do som igual a 1 100 km/h.

0 V (km/h)
5 240 245 Tempo (min.)
1 400
Suponha que na fábula a lebre e a tartaruga apostem uma 1 200
corrida em uma pista de 200 metros de comprimento. As
1 000
duas partem do mesmo local no mesmo instante. A tarta-
ruga anda sempre com velocidade constante. A lebre corre 800

por 5 minutos, para, deita e dorme por certo tempo. Quando 600
desperta, volta a correr com a mesma velocidade constan-
400
te de antes, mas, quando completa o percurso, percebe que
chegou 5 minutos depois da tartaruga. 200

Considerando essas informações,


0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 t (s)
a) determine a velocidade média da tartaruga durante esse
percurso, em metros por hora.
b) determine após quanto tempo da largada a tartaruga al- 12 (ITA-SP) Mostre que toda função f: R 2 {0} → R, satisfazendo
cançou a lebre. f(xy) 5 f(x) 1 f(y) em todo seu domínio, é par.
c) determine por quanto tempo a lebre ficou dormindo.
13 (Espcex (Aman)) Na figura a seguir está representado o gráfi-
8 Construa o gráfico de cada uma das seguintes funções f: R → R: co de uma função real do 1o grau f(x).

{
1, se x    2
a) f(x) 5 x, se x . 2 y

{
f(x)
4x, se x  >  0
b) f(x) 5 0, se x   0
1

9 Se f(x) 5 x 1 bx 1 c é tal que f(21) 5 1 e f(1) 5 21, calcule


2

0 x
o valor de b ? c. 22

10 Construa o gráfico de cada uma das seguintes funções y 5 f(x), A expressão algébrica que define a função inversa de f(x) é:
f: R → R: x
a) y 5 1 1
a) f(x) 5 x 2
b) y 5 2x b) y 5 x 1
1
2
11 (Unicamp-SP) Em 14 de outubro de 2012, Felix Baumgartner c) y 5 2x 2 2
quebrou o recorde de velocidade em queda livre. O salto foi
d) y 5 22x 1 2
monitorado oficialmente e os valores obtidos estão expres-
e) y 5 2x 1 2
sos de modo aproximado na tabela e no gráfico a seguir.
a) Supondo que a velocidade continuasse variando de acor- 14 Trace o gráfico da função definida por f(x) 5 n, se n  x  n 1 1,
do com os dados da tabela, encontre o valor da velocida- sendo n um número inteiro. Quais são o domínio e a imagem
de, em km/h, no 30o segundo. da função?

46 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C01.indd 46 10/21/14 4:43 PM


CAPÍTULO

2 Função afim

Objetivos: A ideia de proporcionalidade é natural para o ser humano. Está presente em nosso dia a
dia na compra de alimentos (quanto mais gramas, maior o preço), ao abastecer o carro (o con-
c Conceituar função
sumo de combustível é diretamente proporcional à quantidade de kilometros percorridos), no
afim.
preparo de um bolo (para dobrar uma receita, dobramos a quantidade dos ingredientes) e em
c Reconhecer e muitas outras situações. Grandezas diretamente proporcionais são expressas por meio de uma
identificar função chamada função linear.
função afim. A função linear é um caso particular da função afim, que expressa algebricamente o conjunto
de pontos cujo gráfico é uma reta.
c Aplicar o conceito
de função afim na

NASA
resolução de
situações-problema.

ÁLGEBRA
MATEMÁTICA

Era 20 de julho de 1969 quando os


tripulantes da Apollo 11 confirmaram o
primeiro pouso na Lua. Tanto na Terra
quanto na Lua, o peso dos corpos pode ser
expresso pela função P = mg, indicando
que o peso é diretamente proporcional à
massa de um corpo.

Funções e função afim 47

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 47 10/21/14 4:46 PM


Um representante comercial recebe mensalmente um salário composto de duas partes: uma
parte fixa, no valor de R$ 1 500,00, e uma parte variável, que corresponde a uma comissão de 6%
 6 5 0,06  sobre o total das vendas que ele faz durante o mês. Nessas condições, podemos dizer que:
 100 
salário total das vendas
5 1 500,00 1 0,06 
mensal do mês
Observamos, então, que o salário mensal desse vendedor é dado em função do total de vendas
que ele faz durante o mês, ou seja:
s(x) 5 0,06x 1 1 500,00 ou y 5 0,06x 1 1 500,00
em que x é o total das vendas do mês.
Esse é um exemplo de função afim. Observe outros exemplos:
1o) Uma pessoa tinha no banco um saldo positivo de R$ 230,00. Após um saque no caixa eletrônico
Para
refleTir que fornece apenas notas de R$ 50,00, o novo saldo é dado em função do número x de notas
retiradas. A lei da função é dada por f(x) 5 250x 1 230 ou y 5 250x 1 230.
Compare as leis dessas funções e o
2 ) Em um reservatório havia 50 , de água quando foi aberta uma torneira que despeja 20 , de água
escreva a lei geral de uma função
afim. por minuto. A quantidade de água no tanque é dada em função do número x de minutos em que a
torneira fica aberta. A lei dessa função é dada por f(x) 5 20x 1 50 ou y 5 20x 1 50.

definição de função afim


Uma função f: R → R chama-se função afim quando existem dois números reais a e b tal que

f(x) 5 ax 1 b, para todo x  R.

Exemplos:
1  1 
1o) f(x) 5 2x 1 1 (a 5 2, b 5 1) 3o) f(x) 5 x 1 5  a 5  , b 5 5
3  3 

2o) f(x) 5 2x 1 4 (a 5 21, b 5 4) 4o) f(x) 5 4x (a 5 4, b 5 0)


G. EVANGELISTA/OPÇÃO BRASIL IMAGENS

Observe outro exemplo:


Um motorista de táxi cobra uma taxa fixa de R$ 4,80 pela “bandeirada” mais R$ 1,80 por kilo-
metro rodado. Assim, o preço de uma corrida de x kilometros é dado, em reais, por:
f(x) 5 1,80x 1 4,80
De modo geral, se o preço da bandeirada fosse b reais e o preço do kilometro rodado fosse a reais,
então o preço de uma corrida de x kilometros seria dado, em reais, por f(x) 5 ax 1 b.

Taxímetro.
casos ParTiculares imPorTanTes da função
afim f(x) 5 ax 1 b
função linear
f: R → R definida por f(x) 5 ax para todo x  R. Nesse caso, b 5 0.
Exemplos:
1  1
1o) f(x) 5 22x (a 5 22) 2o) f(x) 5 x   a 5   3o) f(x) 5 3x (a 5  3 )
5  5
função constante
f: R → R definida por f(x) 5 b para todo x  R. Nesse caso, a 5 0.
Exemplos:
1o) f(x) 5 3 2o) f(x) 5 22 3o) f(x) 5 2 4o) f(x) 5 3
4

48 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 48 10/21/14 4:46 PM


função identidade
f: R → R definida por f(x) 5 x para todo x  R. Nesse caso, a 5 1 e b 5 0.

Translação
f: R → R definida por f(x) 5 x 1 b para todo x  R, com a 5 1 e b Þ 0.
Exemplos:
1 3
1o) f(x) 5 x 1 2 2o) f(x) 5 x 2 3 3o) f(x) 5 x 1 4o) f(x) 5 x 2
2 5

valor de uma função afim


O valor de uma função afim f(x) 5 ax 1 b para x 5 x0 é dado por f(x 0) 5 ax 0 1 b. Por exemplo,
na função afim f(x) 5 5x 1 1, podemos determinar:
f(1) 5 5  1 1 1 5 5 1 1 5 6. Logo, f(1) 5 6.
f(23) 5 5(23) 1 1 5 215 1 1 5 214. Logo, f(23) 5 214.

f  1   5 5  1  1 1 5 1 1 1 5 2. Logo, f  1  5 2.
 5  5  5
f(k) 5 5k 1 1
f(x 1 h) 5 5(x 1 h) 1 1 5 5x 1 5h 1 1

valor inicial
Numa função afim f(x) 5 ax 1 b, o número b 5 f(0) chama-se valor inicial da função f.
Por exemplo, o valor inicial da função a seguir:
f(x) 5 22x 1 3 é 3, pois f(0) 5 22  0 1 3 5 3.

exercício resolvido

1 Determine o valor da função afim f(x) 5 23x 1 4 para:


b) f   = 23  1 + 4
1
 3 3
a) x 5 1 c) x 5 0
f  = 3
1
b) x 5 1 d) x 5 k 1 1
 3
3
resolução: c) f(0) 5 23  0 1 4
a) f(1) 5 23  1 1 4 f(0) 5 4
f(1) 5 23 1 4 d) f(k 1 1) 5 23  (k 1 1) 1 4
f(1) 5 1 f(k 1 1) 5 23k 1 1

ÁLGEBRA
deTerminação de uma função afim
conHecendo-se seus valores em
dois PonTos disTinTos
MATEMÁTICA

Uma função afim f(x) 5 ax 1 b fica inteiramente determinada quando conhecemos dois dos
seus valores f(x1) e f(x2) para quaisquer x1 e x2 reais, com x1 Þ x2. Ou seja, com esses dados determi-
namos os valores de a e de b. Por exemplo:
se f(2) 5 22, então para x 5 2 tem-se f(x) 5 22, ou seja, 22 5 2a 1 b;
se f(1) 5 1, então para x 5 1 tem-se f(x) 5 1, ou seja, 1 5 a 1 b.

Funções e função afim 49

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 49 10/21/14 4:46 PM


Determinamos os valores de a e b resolvendo o sistema de equações:

2a 1 b 5 22  2a 1 b 5 22
 �  1
a 1 b 5 1 2 2a 2 2b 5 22
2b 5 24 � b 5 4
Como a 1 b 5 1, então:
a 1 4 5 1 � a 5 23
Logo, a função afim f(x) 5 ax 1 b tal que f(2) 5 22 e f(1) 5 1 é dada por f(x) 5 23x 1 4.
Generalização:
De modo geral, conhecendo y1 5 f(x1) e y2 5 f(x2) para x1 e x2 reais quaisquer, com x1 Þ x2, podemos
explicitar os valores a e b da função f(x) 5 ax 1 b, determinando-a completamente.
Assim:
y1 5
  f(x1 ) 5
    ax1 1   b  � y 2 y 5 (ax 1 b) 2 (ax 1 b) 5 ax 2 ax 5 a(x 2 x ), então:
y2 5
  f(x 2 ) 5   b  
   ax 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1

y 2 2 y1
a5 , x Þ x2
x 2 2 x1 1

Substituindo esse valor de a em y1 5 f(x1) 5 ax1 1 b, obtemos o valor de b:


 y  2   y 
y1 5  2 1
 x1 1 b � y1(x2 2 x1) 5 y2x1 2 y1x1 1 b(x2 2 x1) � y1x2 2 y1x1 2 y2x1 1 y1x1 5
 2
x 2  x 1

5 b(x2 2 x1), então:

y 1 x 2 2 y 2 x1
b5 , x1 Þ x2
x 2 2 x1

Observação:
Na resolução de exercícios fica a critério de cada um a determinação de a e de b: memorizando
essas fórmulas ou repetindo o processo para o caso particular.

Taxa de variação da função afim f(x) 5 ax 1 b


O parâmetro a de uma função afim f(x) 5 ax 1 b é chamado taxa de variação (ou taxa de
crescimento). Para obtê-lo, bastam dois pontos quaisquer, porém distintos, (x1, f(x1)) e (x2, f(x2)), da
função considerada.
Assim, f(x1) 5 ax1 1 b e f(x2) 5 ax2 1 b, de onde obtemos que f(x2) 2 f(x1) 5 a(x2 2 x1) e,
portanto:

f(x 2 ) 2 f(x1 )
a5
x 2 2 x1

A taxa de variação a é sempre constante para cada função afim, e isso é uma característica impor-
tante das funções afins. Por exemplo, a taxa de variação da função afim f(x) 5 5x 1 2 é 5 e a da função
g(x) 5 22x 1 3 é 22.
Observação:
A taxa de variação de uma função afim f(x) 5 ax 1 b pode ser obtida fazendo f(1) 2 f(0). Note
que f(1) 5 a 1 b e f(0) 5 b. Logo, f(1) 2 f(0) 5 (a 1 b) 2 b 5 a.
Assim:
f(1) 2 f(0) 5 a

50 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 50 10/21/14 4:46 PM


caracTeriZação da função afim
Recordamos que uma função f: A → R com A , R é:
crescente: se x1  x2, então f(x1)  f(x2);
decrescente: se x1  x2, então f(x1) . f(x2).
É possível provar que, dada uma função f:  R  →  R, crescente ou decrescente, se a diferença
f(x 1 h) 2 f(x) depende apenas de h, mas não de x, então f é uma função afim.
Por exemplo, f(x) 5 3x 2 4 é crescente (x1 5 2; x2 5 3; 2  3 e f(2) 5 2; f(3) 5 5; f(2)  f(5) e
para quaisquer x1 e x2, se x1  x2, então:
3x1 2 4  3x2 2 4 e f(x 1 h) 2 f(x) 5 [3(x 1 h) 2 4] 2 (3x 2 4) 5 3x 1 3h 2 4 2 3x 1 4 5 3h

Logo, f(x 1 h) 2 f(x) 5 3h. A expressão 3h não depende de x, mas apenas de h. Então, a função
f(x) 5 3x 2 4 é afim.

exercícios resolvidos

2 Escreva a função afim f(x) = ax 1 b, sabendo que: Logo, f(x) 5 22x 1 5.


Podemos resolver este exercício de outra maneira:
a) f(1) 5 5 e f(23) 5 27
Para f(21) 5 7, temos x1 5 21 e y1 5 7.
b) f(21) 5 7 e f(2) 5 1 Para f(2) 5 1, temos x2 5 2 e y2 5 1.
resolução: y 2 y1
Como a 5 2 , então :
a) f(1) 5 5 � a  1 1 b 5 5 � a 1 b 5 5 x 2 2 x1
f(23) 5 27 � a(23) 1 b 5 27 � 23a 1 b 5 27 a 5 1 2 7 5 26 522
Então: 2 2 (21)
2 3
a 1 b 5 5 a 1 b 5 5 y  x 2 y 2  x1
� 1 Como b 5 1 2 , então :
23a 1b
1 b 527  (211) x 2 2 x1
 3a 2 b 5 7
4a 5 12 � a 5 3 b 5 7  2 2 1  (21)
2 5 14 1 1 5 15 5 5
a1b55�b552352 2 2 (21)
2 2 11 3
Logo, f(x) 5 3x 1 2. Logo, f(x) 5 22x 1 5.
Podemos resolver este exercício de outra maneira:
Para f(1) 5 5, temos x1 5 1 e y1 5 5. 3 Na produção de peças, uma indústria tem um custo fixo de
Para f(23) 5 27, temos x2 5 23 e y2 5 7. R$ 8,00 mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade produ-
y 2 y1 zida. Sendo x o número de unidades produzidas:
Como a 5 2 , então :
x 2 2 x1 a) escreva a lei de função que fornece o custo total de x peças;
a 5 27 2 5 5 212 5 3 b) calcule o custo de 100 peças;
23 2 1 24
y  x 2 y 2  x1 c) escreva a taxa de crescimento da função.
Como b 5 1 2 , então :
x 2 2 x1
resolução:
b 5 5(23) 2 (27 )  1 5 215 1 7 5 28 5 2 a) f(x) 5 8 1 0,50x
23 2 1 24 24
Logo, f(x) 5 3x 1 2. b) f(100) 5 8 1 0,50  100 5 8 1 50 5 58.
ÁLGEBRA
O custo de 100 peças é de R$ 58,00.
b) f(21) 5 7 � 2a 1 b 5 7
f(2) 5 1 � 2a 1 b 5 1 c) f(x + h) 5 8 1 0,50(x 1 h) 5 8 1 0,50x 1 0,50h
Então: f(xx 1 h) 2 f (x)) 5 8 10,50x
1 x 1 0,50h 28
2 8 2 0,50x 50,50h
5
MATEMÁTICA

2a 1 b 5 7  (2
( 1) a 2 b 52
5 7
2a 1 b 5 1 � 1 f(xx 1 h)
h) 2 ff(x) 0,
0,50h
h
 2a 1 b 5 1 Logo: a 5 5 5 0,50
h h
3a 526 � a 522
Podemos encontrar a taxa de crescimento da função de ou-
2a 1 b 5 7 � b 5 7 2 2 5 5 tra maneira: como 0,50 é o coeficiente de x, então a 5 0,50.

Funções e função afim 51

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 51 10/21/14 4:46 PM


Para consTruir

1 Classifique as funções f: R → R abaixo em afim, linear, identi- 4 (UEL-PR) Um consumidor adquiriu um aparelho de telefonia celu-
dade, constante e translação: lar que possibilita utilizar os serviços das operadoras de telefonia
a) f(x) 5 5x 1 2 d) f(x) 5 x M e N. A operadora M cobra um valor fixo de R$ 0,06 quando ini-
b) f(x) 5 2x 1 3 e) f(x) 5 3x ciada a ligação e mais R$ 0,115 por minuto da mesma ligação. De
c) f(x) 5 7 f) f(x) 5 x 1 5 modo análogo, a operadora N cobra um valor fixo de R$ 0,08 e
mais R$ 0,11 por minuto na ligação.
Afim: todas; linear: d, e; identidade: d; constante: c; translação: f. Considere as afirmativas a seguir:
I. O custo de uma ligação de exatos 4 minutos é o mesmo,
qualquer que seja a operadora.
II. O custo da ligação pela operadora M será menor do que
2 (Uece) Em uma corrida de táxi, é cobrado um valor inicial fixo, o custo da ligação pela operadora N, independentemente
chamado de bandeirada, mais uma quantia proporcional aos do tempo de duração da ligação.
kilometros percorridos. Se por uma corrida de 8 km paga-se III. Uma ligação de 24 minutos efetuada pela operadora M custa-
R$ 28,50 e por uma corrida de 5 km paga-se R$ 19,50, então rá R$ 0,10 a mais do que a ligação efetuada pela operadora N.
o valor da bandeirada é d IV. O custo da ligação pela operadora N será menor do que o
a) R$ 7,50. custo da ligação pela operadora M, independentemente
b) R$ 6,50. do tempo de duração da ligação.
c) R$ 5,50. Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas cor-
d) R$ 4,50. retas. b I. M(t) 5 0,06 1 0,115t; M(4) 5 0,06 1 0,46 5 0,52
Considerando x o total de kilometros rodados e y o valor da corri- a) I e II N(t) 5 0,08 1 0,11t; N(4) 5 0,08 1 0,44 5 0,52
da, que poderá ser expresso através da função afim y 5 ax 1 b,
b) I e III M(4) 5 N(4) � I é verdadeira
em que a é o preço da corrida e b é o valor fixo da bandeirada.
De acordo com as informações do problema, temos o seguinte c) III e IV II. M(t) 5 N(t) � 0,06 1 0,115t 5 0,08 1 0,11t �
sistema linear: � 0,005t 5 0,02 � t 5 4
d) I, II e IV A partir de t 5 4, a função M(t) assume valores maio-
8  a 1 b 5 28,50
e) II, III e IV res que N(t) � II é falsa

5  a 1 b 5 19,50
III. M(24) 5 0,06 1 0,115  24 5 2,82; N(24) 5 0,08 1 0,11  24 5 2,72
Em que a 5 3 e b 5 4,50. M(24) 2 N(24) 5 2,82 2 2,72 5 0,10 � III é verdadeira
Portanto, o valor da bandeirada será de R$ 4,50. IV. Para t  4, a função N(t) assume valores maiores que M(t) � IV
é falsa

5 (FGV-SP) Seja f: R → R uma função afim. Se f(1)  f(2),


3 (ESPM-SP – Adaptado) A função f(x) 5 ax 1 b é tal que a  0. f(3)  f(4) e f(5) 5 5, então f(p) é: e
Sabe-se que f(a) 5 2b e f(b) 5 2a. O valor de f(3) é: c a) um número irracional
a) 2 b) um racional não inteiro
b) 4 c) 21
c) 22 d) 0
d) 0 e) 5
e) 21
f(1)  f(2) a11ba21b a0
f: R → R, f(a) 5 2b implica a  a 1 b 5 2b ⇔ b 5 a2 e f(3)  f(4) ⇔ a31ba41b ⇔ a0 ⇔
f(b) 5 2a implica a  b 1 b 5 2a ⇔ b 5
2a
. f(5) 5 5 a51b55 5a 1 b 5 5
a11
2a a50
Logo, a 5
2
⇔ a  (a 1 a 2 2) 5 0 ⇔ a  (a 2 1)  (a 1 2) 5
2

a11 b55
5 0 ⇔ a 5 0 ou a 5 1 ou a 5 22.
f(x) = 5, portanto, f(π) = 5
Portanto, como a  0, só pode ser a 5 22. Em consequência:
f(3) 5 22  (3) 1 (22)2 5 22

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 5 Para aprimorar: 1

52 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 52 10/21/14 4:46 PM


Gráfico da função afim f(x) 5 ax 1 b
O gráfico de uma função afim f(x) 5 ax 1 b é uma reta.
Geometricamente, b é a ordenada do ponto em que a reta, gráfico da função f(x) 5 ax 1 b,
intersecta o eixo y, pois para x 5 0 temos f(0) 5 a  0 1 b 5 b.
y

P3

P2
P1
(0, b)

0 x

www.ser.com.br
O número a chama-se inclinação ou coeficiente angular dessa reta em relação ao eixo horizontal x.
Como já vimos, ele também é chamado de taxa de variação da função f. Acesse o portal e utilize o Cons-
O número b chama-se valor inicial da função f ou coeficiente linear dessa reta. trutor de gráficos: função afim.

Traçado de gráficos de funções afins


Vamos construir os gráficos de algumas funções afins no plano cartesiano.

função afim com a Þ 0 e b Þ 0

f(x) 5 2x 1 1 5 f(x) 5 2x 1 1

x f(x) (0, 1):


3 Ponto em
22 23 que a reta
intersecta
b51 o eixo y
21 21 1
22 21
0 1 0 x
1 2
21
1 3
2 5
–3

y
5
f(x) 5 23x 1 2

f(x) 5 23x 1 2 (0, 2):


Ponto em
que a reta
x f(x) intersecta
2

ÁLGEBRA
b52 o eixo y
0 2
21 5
21 0 1 2 x
MATEMÁTICA

1 21 21

2 24

24

Funções e função afim 53

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 53 10/21/14 4:46 PM


função linear (b 5 0)
y
6

f(x) 5 3x
3

x f(x)
b50
22 26
21 23 22 21 0 1 2 x

0 0
1 3 23

2 6

f(x) 5 3x 26

f(x) 5 22x y

f(x) 5 22x 4

x f(x)
2
22 4 b50

21 2
0 x
0 0 22 21 1 2

1 22 22

2 24
24

O gráfico da função linear f(x) 5 ax é uma reta não vertical que passa pela origem (0, 0).

função identidade (a 5 1 e b 5 0)
f(x) 5 x
y
Glossário

Bissetriz: x f(x)
f(x) 5 x
bissetriz de um ângulo é a semirreta
22 22 b50
2
com origem no vértice desse ângu-
1
lo e que o divide em dois ângulos 21 21
congruentes. Todos os pontos que x
22 21 0 1 2
pertencem a ela equidistam das duas 0 0 21
retas concorrentes que formam o ân-
gulo – nesse caso, os eixos x e y. 22
1 1
2 2

Observe que o gráfico da função identidade f(x) 5 x é a bissetriz do 1o e do 3o quadrante.

54 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 54 10/21/14 4:46 PM


Translação (a 5 1 e b Þ 0)
A seguir temos a construção do gráfico da translação f(x) 5 x 1 2 no plano cartesiano:

f(x) 5 x 1 2 y

x f(x)
4
22 0
3
21 1 b52
2
0 2
1
1 3
2 4 22 21 0 1 2 x

2
1
x
)5 x
f(x )5
f(x

O gráfico da translação f(x) 5 x 1 b é uma reta paralela à bissetriz do 1o e do 3o quadrantes. Para


refleTir
função constante (a 5 0) Por que a função f(x) 5 x 1 b
Observe, agora, a construção do gráfico da função constante f(x) 5 2 para qualquer x  R, no recebe o nome de translação?
plano cartesiano.

f(x) 5 2
y
x f(x)

22 2 b52

21 2 2 f(x) 5 2

0 2 1

1 2 x
22 21 0 1 2
2 2

ÁLGEBRA
Para
refleTir

Por que a função f(x) 5 b recebe


O gráfico da função constante f(x) 5 b é uma reta paralela ao eixo x que passa pelo pon-
MATEMÁTICA

o nome de função constante?


to (0, b). Nesse caso, Im(f) 5 {b}.
Observações:
1a) O gráfico de uma função afim f(x) 5 ax 1 b é uma reta não vertical, isto é, não paralela ao eixo y.
2a) Como dois pontos determinam uma reta, basta considerar dois pontos do plano cartesiano para
construirmos o gráfico (compare isso com o que foi estudado nas páginas 49 e 50).

Funções e função afim 55

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 55 10/21/14 4:46 PM


ProPriedade caracTerísTica da função afim
f(x) 5 ax 1 b
Vimos que o gráfico de uma função afim f(x) 5 ax 1 b é uma reta.
As funções afins são as únicas funções (crescentes ou decrescentes) para as quais acréscimos
iguais dados a x (x 1 h) e a x' (x' 1 h) correspondem a acréscimos iguais dados a f(x 1 h) 2 f(x) e
f(x' 1 h) 2 f(x').
Analise o gráfico a seguir:

10

2 8

2 4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 x
f(x) 5 2x 1 1
1 1

Demos dois acréscimos iguais a 1 em x e obtivemos dois acréscimos iguais a 2 em y.


De modo geral, em qualquer função afim f(x) 5 ax 1 b, temos:

f(x)

f(x' 1 h) 2 f(x')

f(x 1 h) 2 f(x)

h
b
f(x) 5 ax 1 b

x x1h x' x' 1 h x

Demos dois acréscimos iguais a h em x e obtivemos dois acréscimos iguais em f(x):

f(x 1 h) 2 f(x) 5 f(x' 1 h) 2 f(x')

56 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 56 10/21/14 4:46 PM


PARA CONSTRUIR

6 Construa, num sistema cartesiano ortogonal, o gráfico das b) y


seguintes funções:
a) f(x) 5 2x 1 3 b) f(x) 5 22x 1 5 3
2
y y 1
5 5
–3 –2 –1 0 1 2 3 4 x
4 4 –1
3 3 –2
2 2 –3
1 1

22 21 0 1 2x 22 21 0 1 2 x x f(x) y 5 ax 1 b
0 2
2 5 a ? 0 1 b b 5 2
4 0  ⇒ 
0 5 a ? 4 1 b 4a 1 b 5 0
7 Um corpo se movimenta em velocidade constante de acordo 1
4a 1 b 5 0 ⇒ 4a 1 2 5 0 ⇒ 4a 5 22 ⇒ a 5 2 x
2
com a fórmula matemática S 5 2t 2 3, em que S indica a posi-
Então, y 5 2 1 x 1 2.
ção do corpo (em metros) no instante t (em segundos). Cons- 2
trua o gráfico de S em função de t.
9 (Unioeste-PR) Uma empresa de telefonia celular possui so-
mente dois planos para seus clientes optarem entre um de-
S
les. No plano A, o cliente paga uma tarifa fixa de R$ 27,00 e
mais R$ 0,50 por minuto de qualquer ligação. No plano B, o
22 21 0 1 2 t
21 cliente paga uma tarifa fixa de R$ 35,00 e mais R$ 0,40 por
22
minuto de qualquer ligação. É correto afirmar que, para o
cliente, b
23
24
a) com 50 minutos cobrados, o plano B é mais vantajoso que
o plano A.
25
b) a partir de 80 minutos cobrados, o plano B é mais vantajo-
26
so que o plano A.
c) 16 minutos de cobrança tornam o custo pelo plano A
8 Dados os gráficos das funções de R em R, escreva a fun- igual ao custo pelo plano B.
ção f(x) 5 ax 1 b correspondente: d) o plano B é sempre mais vantajoso que o plano A, inde-
pendente de quantos minutos sejam cobrados.
a) y e) o plano A é sempre mais vantajoso que o plano B, inde-
3 pendente de quantos minutos sejam cobrados.
2 Preço da ligação do plano A: PA 5 27 1 0,5t
Preço da ligação do plano B: PB 5 35 1 0,4t, na qual t é o tempo
1 da ligação em minutos.
Fazendo PA 5 PB, temos:
–3 –2 –1 0 1 2 3 4 x 27 1 0,5t 5 35 1 0,4t ⇒ y
–1 PA
⇒ 0,1 ? t 5 8 ⇒ 80 min.
–2 Analisando o gráfico, PB
67
concluímos que, a partir

ÁLGEBRA
–3
de 80 minutos cobra-
dos, o plano B é mais
x f(x) y 5 ax 1 b vantajoso que o plano A. 35
23 0 27
0 5 a(23) 1 b
23a 1 b 5 0
 ⇒ 
MATEMÁTICA

0 2 2 5 a ? 0 1 b
b 5 2
2
23a 1 b 5 0 ⇒ 23a 1 2 5 0 ⇒ 23a 5 22 ⇒ a 5
3 0 80 x
2
Então, y 5 x 1 2.
3

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 6 a 8

Funções e função afim 57

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 57 10/22/14 8:38 AM


Gráfico de uma função definida Por mais de
uma senTença
Em um determinado ano, uma empresa em expansão contratou 100 funcionários em março e
100 em setembro. Em janeiro desse mesmo ano, o número de funcionários era 200.
Temos, então, um exemplo de função que é definida por mais de uma sentença:
f: A → N
A 5 {meses do ano}

200, se x  {janeiro, fevereiro}
300, se x  {março, abril, maio, junho,

f(x) 5         julho, agosto}
400, se x  {setembro, outubro,

        novembro, dezembro}

Para Veja o gráfico dessa função:


refleTir
Número de funcionários
Interprete este gráfico e o signifi-
cado de e . 400
300
200
100

J F M A M J J A S O N D Meses do
ano

Veja como construir, num sistema cartesiano de coordenadas ortogonais, o gráfico de uma
função definida por duas ou mais sentenças:

f(x) 5 
x 1  1, se x    1
 2, se x   1 
Construindo separadamente as tabelas, temos:

x f(x) 5 x + 1 x f(x) 5 2

1 2 0 2
2 3 21 2
3 4 22 2

–2 –1 0 1 2 3 x

58 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 58 10/21/14 4:46 PM


exercícios resolvidos

4 Construa o gráfico das funções a seguir: 22, se x    0



b) f(x) 5 2x, se 0   x  2
 4, se x . 2
 x, se x    0
a) f(x) 5 2x, se x   0

y

4
22, se x    0
 3
b) f(x) 5 2x, se 0   x  2
 4, se x . 2 2

resolução: 0 1 2 x
21

22
 x, se x   0
a) f(x) 5 
2x, se x  0
5 Seja f(x) a função representada no gráfico a seguir:
y
x f(x) 5 x
6
0 0
1 1
4
2 2
3

x f(x) 5 –x

21 1
0 x
21 1 2
22 2
23 3 a) Qual é a lei que define f(x)?
b) Resolva a equação f(x) 5 5.

resolução:
y
a) Entre 21 e 1: f(21) 5 2a 1 b 5 6; f(0) 5 b 5 4. Logo:
a 5 b 2 6 5 22.
Entre 1 e 2: f(1) 5 a 1 b 5 2; f(2) 5 2a 1 b 5 3;
 a1 b 52
2a 1 b 5 3 2
ÁLGEBRA
3

2a 521 ⇒ a 51
2 Logo, b 5 1.
Assim:
MATEMÁTICA

1
22x 1 4, se x < 1
f(x) 5 
 x 1 1, se x > 1
23 22 21 0 1 2 3 x b) Como 5 . 1, temos:
f(5) 5 5 1 1 5 6

Funções e função afim 59

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 59 10/21/14 4:46 PM


função afim crescenTe e decrescenTe
Já vimos que uma função afim f(x) 5 ax 1 b tem como gráfico uma reta (que indicamos por
y 5 ax 1 b) não vertical, ou seja, não paralela ao eixo y.
A ordenada do ponto em que a reta intersecta o eixo y é sempre b. O ângulo a que a reta faz
com o eixo x (quando a Þ 0) é chamado de ângulo de inclinação da reta. Ele pode ser agudo (entre
0° e 90°) ou obtuso (entre 90° e 180°).
O número a chama-se coeficiente angular ou inclinação da reta em relação ao eixo horizon-
tal x. Quanto maior o valor absoluto de a, mais a reta se afasta da posição horizontal.
Para a Þ 0 existem duas possibilidades:

f(x)
f(x2)

a.0

f(x1)

a
0 x1 x2 x
(0, b)

O ângulo a é agudo.
a . 0 e x2 . x1 � ax2 . ax1 � ax2 1 b . ax1 1 b � f(x2) . f(x1)
Logo, f é crescente.

y
f(x)
(0, b)
a,0

f(x1)

f(x2)

0 x1 x2 x

O ângulo a é obtuso.
a  0 e x2 . x1 � ax2  ax1 � ax2 1 b  ax1 1 b � f(x2)  f(x1)
Logo, f é decrescente.

Assim, o que determina se a função afim f(x) 5 ax 1 b, com a Þ 0, é crescente ou decres-


cente é o sinal de a. Se a é positivo, ela é crescente; se a é negativo, ela é decrescente.
No caso de a 5 0, o valor de f(x) permanece constante [f(x) 5 b] e o gráfico de f é a reta paralela
ao eixo x que passa por (0, b).

60 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 60 10/21/14 4:46 PM


exercícios resolvidos

6 Cada um dos gráficos a seguir representa uma função afim. Os 8 Construa o gráfico da função do exercício anterior e localize o
coeficientes a e b são positivos (. 0), negativos ( 0) ou nulos ângulo de inclinação da reta, indicando-o por α.
(5 0)? As funções são crescentes ou decrescentes?
resolução:
a) y d) y
Como o gráfico é uma reta, basta determinar dois de seus pontos:
y
x x
2

x f(x) = 5x – 3 a
b) y e) y 1 x
0 23

x x
1 2
23

y y
9 Determine o ponto de intersecção das retas das funções afins
c) f)
f(x) 5 x 1 1 e g(x) 5 2x 2 1:
a) pelo gráfico;
x x b) sem usar o gráfico.

resolução:
resolução: a) Desenhando as retas no mesmo plano cartesiano, temos:
a) a  0 e b  0 d) a  0 e b 5 0
função decrescente função decrescente x f(x) = x + 1 x g(x) = 2x – 1
b) a . 0 e b . 0 e) a  0 e b . 0
função crescente função decrescente 1 2 1 1
c) a . 0 e b 5 0 f) a . 0 e b  0
2 3 2 3
função crescente função crescente
0 1 0 21
7 Considere a função f: R → R definida por f(x) 5 5x 2 3; sem
construir o gráfico, responda: y
a) Qual é a figura do gráfico de f? g(x) 5 2x 2 1
f(x) 5 x 1 1
b) Em que ponto o gráfico de f intersecta o eixo x ?
3
c) Em que ponto o gráfico de f intersecta o eixo y ?
d) f é função crescente ou decrescente? 2
e) O ângulo de inclinação da reta de f é agudo ou obtuso? 1
resolução:
22 21 0 1 2 3 x
a) O gráfico de f é uma reta, pois f é uma função afim.
21
b) Todo ponto do eixo x tem ordenada 0:
5x 2 3 5 0 � 5x 5 3 � x 5 3
5

ÁLGEBRA
O ponto de intersecção é P(2, 3).
O gráfico de f intersecta o eixo x em  , 0 .
3
5  b) Como y 5 f(x), então y 5 x 1 1.
c) Todo ponto do eixo y tem abscissa 0: Como y 5 g(x), então y 5 2x 2 1.
f(0) 5 5  0 2 3 � f(0) 5 23 Igualando y, temos:
MATEMÁTICA

O gráfico de f intersecta o eixo y em (0, 23). x 1 1 5 2x 2 1 � 2 5 x


d) f é crescente, pois a 5 5, isto é, a . 0. Substituindo o valor de x encontrado em qualquer uma
e) Se a . 0, a função é crescente. Portanto, o ângulo de incli- das funções acima, obtemos y 5 2 1 1 5 3.
nação é agudo. Assim, o ponto de intersecção é P(2, 3).

Funções e função afim 61

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 61 10/21/14 4:46 PM


Para consTruir

10 Construa, num sistema de coordenadas cartesianas ortogo- 11 Considere as funções afins dadas por f(x) 5 23x 1 4,
nais, o gráfico das seguintes funções:
g(x) 5 x e h(x) 5 x 2 2. Para cada uma das funções, responda:
2, se x   0
a) f(x) 5  3
 x 1 2, se x  0 a) Em que pontos a reta correspondente corta os eixos x e y?
4 
f(x) corta o eixo y no ponto (0, 4) e o eixo x no ponto  , 0 .
3 

g(x) corta os eixos x e y no ponto (0, 0).


h(x) corta o eixo y no ponto (0, 22) e o eixo x no ponto (2, 0).
y

22 21 0 x

b) A função é crescente ou decrescente? O ângulo de incli-


 x 1 1, se x    1
b) f(x) 5  nação é agudo ou obtuso?
2x 11, se x   1 f(x) é decrescente e o ângulo de inclinação é obtuso.
g(x) é crescente e o ângulo de inclinação é agudo.
h(x) é crescente e o ângulo de inclinação é agudo.

3
2

22 21 0 1 2 x

c) Construa os gráficos e confira as respostas dadas nos itens


anteriores.

y
f(x)
x, se x  >  2
 4
c) f(x) 5 21, se 0  < x , 2
3
x 2 1, se x , 0
2 h(x)

1 g(x)
y
21
3 24 23 22 0 1 2 3 4 x

2 21

22

22 21 2 3 x

22

23

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 9 a 15 Para aprimorar: 2 a 6

62 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 62 10/21/14 4:46 PM


função afim e Geometria analítica
No estudo da Geometria Analítica, os elementos geométricos são descritos por equações, entre eles, a reta, que particularmente
nos interessa, pois a equação que descreve uma reta não vertical é uma função afim. A equação dessa reta pode ser descrita de várias
maneiras, e uma delas, a equação reduzida, é dada por:

y 5 mx 1 q

(Note que não há diferença entre escrever f(x) 5 ax 1 b ou y 5 mx 1 q, exceto as letras empregadas em cada caso.)
Na Geometria Analítica, chamamos o m de coeficiente angular e o q de coeficiente linear. O coeficiente angular da reta é
exatamente a taxa de variação da função afim, sendo dado por:

∆y y 2 y2
m5 5 1
∆x x1 2 x 2

Enquanto a taxa de variação a é dada por:

f(x 2 ) 2 f(x1 )
a5
x 2 2 x1

São apenas maneiras diferentes de dizer a mesma coisa: sabemos que y 5 f(x), então y1 5 f(x1) e y2 5 f(x2). Compare e verifique
que, nessas condições, m 5 a.
O nome coeficiente angular é dado pelo fato de m ser o responsável pela inclinação da reta. Sua relação com o ângulo de inclinação a é
dada por m 5 tg a. O nome taxa de variação é referente à relação entre a variação da grandeza y e a variação da grandeza x.
A diferença de nomenclatura, coeficiente angular nas equações da reta e taxa de variação nas funções afins, é fruto somente da
interpretação que se pretende em cada caso. Numa equação da reta, é mais importante a informação relativa ao ângulo de inclinação
da reta do que sobre a variação de y em relação a x. Na função afim, ocorre o oposto: privilegiamos a informação relativa à variação de
y em relação a x e não nos interessa muito saber qual é o ângulo de inclinação da reta. Além disso, na função afim, a alteração das escalas
dos eixos modificaria o ângulo da reta desenhada.
O importante é saber que, a qualquer momento, é possível usar elementos de Geometria Analítica no estudo de fun-
ções e vice-versa. Só depende da conveniência. Vamos refazer o exemplo citado ao final da página 49 usando o conceito de
coeficiente angular.
Se f(2) 5 22 e f(1) 5 1, então montamos a tabela:

x f(x)

2 22
1 1

ÁLGEBRA
De onde tiramos que ∆y 5 22 2 1 5 23 e ∆x 5 2 2 1 5 1. Para
∆y 23 refleTir
Portanto, a 5 m 5 5 5 23.
∆x 1
MATEMÁTICA

A reta vertical não é gráfico de


Assim, y 5 23x 1 b. uma função. Por quê?
Substituindo qualquer um dos pares (x, y) da tabela, obtemos b:
1 5 23(1) 1 b � b 5 4
Então, y 5 23x 1 4 ou f(x) 5 23x 1 4.

Funções e função afim 63

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 63 10/21/14 4:46 PM


esTudo do sinal da função afim
Um comerciante gastou R$ 300,00 na compra de um lote de maçãs. Como cada maçã será
vendida a R$ 2,00, ele deseja saber quantas maçãs devem ser vendidas para que haja lucro no final
da venda.
Observe que o resultado final (receita menos despesa) é dado em função do número x de
maçãs vendidas, e a lei da função é f(x) 5 2x 2 300.
Para x 5 150, temos f(x) 5 0.
Vendendo 150 maçãs, não haverá lucro nem prejuízo.
Para x . 150, temos f(x) . 0.
Vendendo mais de 150 maçãs, haverá lucro.
Para x  150, temos f(x)  0.
Vendendo menos de 150 maçãs, haverá prejuízo.
Em situações como essa, dizemos que foi feito o estudo do sinal da função, que consiste em
determinar os valores de x do domínio para os quais f(x) 5 0, f(x) . 0 e f(x)  0.

Zero da função afim


O valor de x para o qual a função f(x) 5 ax 1 b se anula, ou seja, para o qual f(x) 5 0, denomina-se
zero da função afim.
Para determinar o zero de uma função afim, basta resolver a equação ax 1 b 5 0.
Exemplos:
5
1o) O zero da função f(x) 5 2x 1 5 é 2 .
2
2o) O zero de f(x) 5 2x 2 4 é 2.
3o) O zero da função y 5 x 2 8 é 8.

interpretação geométrica
Geometricamente, o zero da função afim f(x) 5 ax 1 b é a abscissa do ponto de intersecção
do gráfico da função com o eixo x. Por exemplo, dada a função afim definida por f(x) 5 2x 2 5,
temos:
Para 2x 2 5 5 0 � 2x 5 5 � x 5 5 (zero da função)
refleTir 2

O que acontece com o valor de y


5
f(x) quando x . ?
2 1
5
E quando x  ?
2 0 1 2 3 x
x f(x) 21 5
,0
2
1 23
22
3 1
23

5 
Logo, a reta dessa função intersecta o eixo x no ponto  , 0  .
2

64 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 64 10/21/14 4:46 PM


2x 2 4 5 0 � 2x 5 4 � x 5 2 (zero da função)

y
4

1
x f(x)
23 22 21 0 1 2 3 4 x
1 22
21
2 0
22

23

Logo, a reta dessa função intersecta o eixo x no ponto (2, 0).

esTudo do sinal Pela análise do Gráfico


Vejamos, agora, como fazer o estudo do sinal da função analisando o gráfico.

a . 0 → função crescente a  0 → função decrescente

y y

r Ž o zero da fun•‹o
r Ž o zero da fun•‹o

x x
(r, 0)
(r, 0)

x 5 r � f(x) 5 0 x 5 r � f(x) 5 0
x . r � f(x) . 0 x . r � f(x)  0
x  r � f(x)  0 x  r � f(x) . 0
Para
refleTir
Dispositivo prático: Dispositivo prático:
Qual é o significado dos sinais 1 e
ÁLGEBRA
2 nesse dispositivo?

1
1
MATEMÁTICA

r x
2 r x
2

Funções e função afim 65

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 65 10/21/14 4:46 PM


exercícios resolvidos

10 Dada a função f: R → R tal que f(x) 5 24x 1 1, faça o que se pede.


a) Qual é o zero dessa função f? Qual é seu significado geométrico?
b) Construa o gráfico de f.
c) Faça o estudo do sinal da função f.

resolução:
1
a) 24x 1 1 5 0 � 24x 5 21 � 4x 5 1 � x 5 (raiz de f)
4
1
Se é o zero de f, então o gráfico de f intersecta o eixo x em  1 , 0 .
4 4 
b) y
x f(x)
ƒ o ponto ⎛⎜ 1 , 0⎞⎟
1 ⎝4 ⎠
0 1
1 x
1 23 21
22
23

c) f(x) 5 24x 1 1
Sinal de a: a 5 24  0 (função decrescente)
x 5 1 � f(x) 5 0
4
1
x . 1 � f(x)  0 2 x
4 1
4
1
x � f(x) . 0
4

11 Estude o sinal da função f(x) 5 3x 2 1.

resolução:
1
Zero da função: 3x 2 1 5 0 � 3x 5 1 � x 5
3
Sinal de a: a 5 3 . 0 � f(x) é crescente
1
f(x) 5 0 para x 5
3 1
2 x
1 1
f(x) . 0 para x . 3
3
1
f(x)  0 para x 
3

12 Para quais valores de x a expressão 4 2 19x é positiva?

resolução:
4
219x 1 4 5 0 � 219x 5 24 � x 5 (zero da função)
19
a 5 219  0 (função decrescente) 1
2 x
4 2 19x . 0 quando x  4
4
Valores procurados 19
19

66 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 66 10/21/14 4:47 PM


Para consTruir

12 Estude a variação do sinal das seguintes funções afins: d) f(x) 5 2 2 6x


a) f(x) 5 x 1 4
2 2 6x 5 0 � 26x 5 22 � x 5 1
3
x 1 4 5 0 � x 5 24 a 5 26  0 � f(x) é decrescente
a 5 1 . 0 � f(x) é crescente
1
1 2
2 24 1 x
x 3
f(x) 5 0 para x 5 24 1
f(x) 5 0 para x 5
f(x) . 0 para x . 24 3
f(x)  0 para x  24 1
f(x) . 0 para x 
3
1
f(x)  0 para x .
3

e) f(x) 5 2 3 x 1 4
b) f(x) 5 22x 1 1 5
3 3?5
1 2 x1350�x5 �x55
22x 1 1 5 0 � 22x 5 21 � x 5 5 3
2
a 5 22  0 � f(x) é decrescente 3
a 5 2  0 � f(x) é decrescente
5
1
2 x
1
2 1
1 5 2 x
f(x) 5 0 para x 5
2
1
f(x) . 0 para x  f(x) 5 0 para x 5 5
2
1 f(x) . 0 para x  5
f(x)  0 para x .
2 f(x)  0 para x . 5

2x 2
f) f(x) 5 1
3 3
2
2
1 2 2 3
c) f(x) 5 21 1 x x 1 50 ⇒ x 5
2
⇒ x 5 21
2 3 3
3
1 1
21 1 x 5 0 � x 5 1 � x 5 2 2
2 2 a5 . 0 � f(x) é crescente
3
1
a 5 . 0 � f(x) é crescente
2
1
1
2

ÁLGEBRA
x 2 21 x
2
f(x) 5 0 para x 5 2
f(x) . 0 para x . 2 f(x) 5 0 para x 5 21
f(x)  0 para x  2 f(x) . 0 para x . 21
MATEMÁTICA

f(x)  0 para x  21

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 16

Funções e função afim 67

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 67 10/21/14 4:47 PM


INEQUAÇÕES DO 1O GRAU COM UMA VARIÁVEL EM ®
Na resolução de inequações devemos usar adequadamente as propriedades das desigualdades
entre números reais e das desigualdades envolvendo adição e multiplicação de números reais. Algumas
dessas propriedades são:
1a) Dados x, y [ R, vale uma e somente uma das possibilidades: x , y, x 5 y ou y , x.
2a) Se x , y e y , z, então x , z (transitiva).
3a) Se x , y, então, para qualquer z [ R tem-se x 1 z , y 1 z, ou, de outra forma, se x , y e
x' , y', então x 1 x' , y 1 y' (soma membro a membro).
4a) Se x , y e z é positivo, então xz , yz, ou, de outra forma, dados x, y, x', y' positivos, se x , y e x' , y',
então xx' , yy' (produto membro a membro).
PARA 5a) Se x , y e z é negativo, então xz . yz (quando multiplicamos os dois membros de uma desi-
REFLETIR gualdade por um número negativo, o sentido dessa desigualdade se inverte). Isso pode ser de-
monstrado assim:
A notação x < y significa ne-
gar x . y. Logo, x < y significa
O produto dos números positivos (y 2 x) e (2z) é positivo, ou seja, (y 2 x)(2z) . 0. Efe-
x , y ou x 5 y. tuando a multiplicação, obtemos xz 2 yz . 0 e, assim, xz . yz.
Por exemplo, são verdadeiras as 6a) Se x Þ 0, então x2 . 0 (exceto zero, todo quadrado é positivo).
afirmações 2 < 2 e 6 < 8.
7a) Se 0 , x , y, então 0 , 1 , 1 (quanto maior for um número positivo, menor será seu inverso).
y x

Resolução de inequações
Vamos recordar como se resolvem inequações do 1o grau.
Exemplos:
1o) 2x 2 5 . 0 em R
5
2x . 5 ⇒ x .
2 
 5 
S 5 x [ R | x . 
 2
Podemos também resolver essa inequação por meio do estudo do sinal da função afim.
5
2x 2 5 . 0 , 2x 2 5 5 0 ⇒ x 5 (zero da função)
f(x) 2

1
2 x
x . 5 ⇒ f(x) . 0
5 2
2


S 5 x [ R | x . 5


 2
2 ) Observe a inequação 3 2 2x > x 2 12 em R resolvida de dois modos:
o

3 2 2x > x 2 12 ⇒ 22x 2 x > 212 2 3 ⇒ 3x < 15 ⇒ x < 5


S 5 {x [ R | x < 5}
3 2 2x > x 2 12 ⇒ 22x 2 x 1 3 1 12 > 0 ⇒ 23x 1 15 > 0


f (x)
23x 1 15 5 0 ⇒ 3x 5 15 ⇒ x 5 5 (zero)
y

15
x < 5 ⇒ f(x) > 0
x . 5 ⇒ f(x) , 0

5 x

68 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 68 10/22/14 8:38 AM


sistemas de inequações do 1o grau
Utilizamos o estudo do sinal para resolver sistemas de inequações do 1o grau em R.
Exemplos:
3x 2 4 . 0
1o)  , para x  R
 x 1 5    0
2
A solução do sistema será dada pela intersecção das soluções das duas inequações.

 4 
3x 2 4 . 0 � SS1 5
5 x [ R | x . 
 3
2x 1 5  0 � S2 5 {x  R | x  5}

4
3
S1

S2
5

S = S1 ù S2
4 5
3

 
 x  5  ou  4 , 5 
4
S5 x R
 3  3 

2o) 23  x 1 2  5 para x  R
Essas desigualdades equivalem ao sistema:

 x 1 2    23 �  x 1 5    0


 
 x 1 2    5  x 2 3    0
Esse sistema pode ser resolvido como no exemplo anterior.
Outra forma de resolução:
23  x 1 2  5 �
� 23 2 2  x  5 2 2 �
� 25  x  3
S 5 {x  R | 25  x  3} ou [25, 3]
3o) 22x 1 3  x 1 6  2x para x  R
Com as desigualdades montamos o sistema:

 x 1 6    22x 1 3 3x 1 3    0


 �
 x 1 6   2x 2x 1 6   0
3x 1 3  0 �
� x  21
2x 1 6  0 �

ÁLGEBRA
�x.6
Com essas desigualdades, obtemos:
x  21 e x . 6 � x . 6
S 5 {x  R | x . 6}
MATEMÁTICA

outras aplicações das funções afins


1a) Vamos resolver a inequação-produto
(x 2 2)(1 2 2x)  0, para x  R.
Primeiro, estudamos os sinais das funções separadamente.

Funções e função afim 69

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 69 10/21/14 4:47 PM


Então, se (x 2 2) for positivo, (1 2 2x) deverá ser negativo.
Se (x 2 2) for negativo, (1 2 2x) deverá ser positivo.
Podemos verificar isso estudando os sinais de cada função separadamente:

f(x) 5 x 2 2 g(x) 5 1 2 2x
y y

2 x

x
1
2

22

f(x)  0 para x  2 g(x)  0 para x  1


2
Precisam ocorrer
simultaneamente

1
f(x)  0 para x  2 g(x)  0 para x 
2
Precisam ocorrer
simultaneamente

Assim, para ocorrer x 2 2  0 e 1 2 2x  0, devemos ter x  2.


1
Para ocorrer x 2 2  0 e 1 2 2x  0, devemos ter x  . Portanto:
2

1
S5 x [R x < ou x > 2 .
2

Podemos determinar o conjunto solução usando um quadro de sinais. Veja:


1
2 2

f(x) 2 2 1

g(x) 1 2 2

f(x) ? g(x) 2 1 2

1 2
2

1
Logo, S 5 x [ R x < ou x > 2 .
2

70 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 70 10/21/14 4:47 PM


y
2a) Vamos resolver a inequação-quociente x 1 4  0, com
x 2 1 4
x  R e x Þ 1:
f(x) 5 x 1 4
zero da função: x 5 24
sinal de a: a 5 1 . 0
x
24

g(x) 5 x 2 1
zero da função: x 5 1
sinal de a: a 5 1 . 0 1
x
21

Quadro de sinais:
24 1
Para
f(x) 2 1 1 refleTir

Uma fração é igual a zero quan-


g(x) 2 2 1 do só seu numerador é zero.

f(x)
1 2 1
g(x)

24 1

Logo, S 5 {x  R | x  24 ou x . 1}.
a
3 ) Vamos explicitar o domínio da função f:

R → R definida por f(x) 5 x 2 2


.
1 2 x
x 2 2
Sabemos que só é possível em R se x 2 2  0 e x Þ 1.
1 2 x 1 2 x
x 2 2
Portanto, vamos resolver a inequação  0:
1 2 x
y

g(x) 5 x 2 2
zero da função: x 5 2
sinal de a: a 5 1 . 0 2
x

22

ÁLGEBRA
y
h(x) 5 1 2 x
MATEMÁTICA

zero da função: x 5 1
sinal de a: a 5 21  0 1

x
1

Funções e função afim 71

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 71 10/21/14 4:47 PM


Quadro de sinais:
1 2

g(x) 2 2 1

h(x) 1 2 2

g(x) 2 1 2
h(x)

1 2

Logo, D 5 {x  R | 1  x  2}.
4a) Vamos resolver a inequação-produto (x 2 2)5(x 2 4)8  0.
Inicialmente, examinamos o expoente de cada função (ax 1 b)n:
Se n é par, então (ax 1 b)n é sempre positivo, exceto no zero da função ax 1 b.
Se n é ímpar, então (ax 1 b)n tem o mesmo sinal de (ax 1 b).
Assim, como o expoente de f(x) 5 (x 2 2)5 é ímpar, o sinal é o mesmo de (x 2 2):
zero da função: x 5 2
sinal de a: a 5 1 . 0

0 2 x

22

Como o expoente de g(x) 5 (x 2 4)8 é par, o sinal é sempre positivo, exceto no zero da função:
x54
Quadro de sinais:

2 4

f(x) 2 1 1

g(x) 1 1 1

f(x) ? g(x) 2 1 1

Logo, S 5 {x  R | x  2 ou x 5 4}.

72 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 72 10/21/14 4:47 PM


Para consTruir

13 Resolva, em R, as seguintes inequações usando o processo 5 2 2x  <  4


c)
que julgar mais conveniente: x 2 5 ,  1 2 x
a) 3x 2 4  0 5 2 2x  4 22x  21 2x  1 x1 (I)
4 2
3x 2 4  0 � 3x  4 � x  � � �
3 x2512x 2x  6 x3 x3 (II)
4
S5 xR|x
3 SI
1
SII 2
3
SI ∩ SII
b) 3 2 4x . x 2 7 1 3
3 2 4x . x 2 7 � 24x 2 x . 27 2 3 � 25x . 210 � 2
� 5x  10 � x  2
S 5 {x  R | x  2} S5 xR | 21  x  3

15 Resolva, em R, as seguintes inequações:


3(x  21)
c) x  2  1
4 10 2x 2 3
a) 0
1 2 x
x 3(x 2 1) 5x 6(x 2 1) 20
2 1 � 2  �
4 10 20 20 20
� 5x 2 6x 1 6  20 � 2x  20 2 6 � 2x  14 � x  214 2x 2 3
0
1 2 x
S 5 {x  R | x  214}
f(x) 5 2x 2 3 (a 5 2: função crescente)
3
2x 2 3 5 0 � 2x 5 3 � x 5
2
1
2 3 x
2
14 Resolva os sistemas de inequações em R:
g(x) 5 1 2 x (a 5 21: função decrescente)
a) 0  x 2 3  3
0 x23 3 �013 x 313�3 x 6 1 2 x 5 0 � 2x 5 21 � x 5 1
S 5 {x  R | 3  x  6} 1
1 2 x
3
1 2

f(x) 2 2 1
b) 2x  x 1 4  3x
g(x) 1 2 2
II
f(x)
g(x)
2 1 2
2x  x 1 4  3x
1 3
I 2

ÁLGEBRA
2x  x 1 4 � x  4 (I)
x 1 4  3x � 22x  24 � x . 2 (II) S= xR 1x 3 |
2
SI
4
SII
MATEMÁTICA

2
SI ∩ SII
2 4
S 5 {x  R | 2  x  4}

Funções e função afim 73

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 73 10/21/14 4:47 PM


2x 2 1 (x 1 1)(x 1 4)
b) .1 d) 0
x 2 3 x 22
2x 2 1 2x 2 1 2x 2 1 2 x 1 3
.1� 21.0� .0�
x 23 x 23 x 23 f(x) 5 x 1 1 (a 5 1: função crescente)
x 12 x 1 1 5 0 � x 5 21
� .0
x 23
f(x) 5 x 1 2 (a 5 1: função crescente) 1
x 1 2 5 0 � x 5 22
2 21 x
1
2 22 x
g(x) 5 x 1 4 (a 5 1: função crescente)
g(x) 5 x 2 3 (a 5 1: função crescente) x 1 4 5 0 � x 5 24
x2350�x53
1
1
2 2 24 x
3 x

22 3
h(x) 5 x 2 2 (a 5 1: função crescente)
f(x) 2 1 1 x2250�x52

g(x) 2 2 1 1
f(x) 2 2 x
1 2 1
g(x)
22 3
24 21 2
S 5 {x  R | x  22 ou x . 3}
f(x) 2 2 1 1

g(x) 2 1 1 1

x(4 2 x) f(x) ? g(x)


c) 0 1 2 1 1
2 2 x
h(x) 2 2 2 1
x(4 2 x)
0 f(x) ? g(x)
22x
2 1 2 1
f(x) 5 x (a 5 1: função crescente) h(x)
x50
S 5 {x  R | 24  x  21 ou x . 2}
1
2 0 x
g(x) 5 4 2 x (a 5 21: função decrescente)
42x50�x54
1
4 2
x
h(x) 5 2 2 x (a 5 21: função decrescente)
22x50�x52
1
2
2 x

0 2 4

f(x) 2 1 1 1

g(x) 1 1 1 2

h(x) 1 1 2 2
f(x) ? g(x)
2 1 2 1
h(x)
0 2 4
S 5 {x  R | x  0 ou 2  x  4}

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 17 a 20

74 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 74 10/21/14 4:47 PM


ProPorcionalidade e função linear
Um motorista mantém seu carro numa rodovia a uma velocidade constante de 90 km/h.
a) Em quanto tempo ele percorrerá 225 km?
b) Quantos kilometros ele percorrerá em 3,5 horas?
Essa é uma situação que envolve os conceitos de proporcionalidade e de função linear.

Proporcionalidade
Analisando a tabela a seguir, que representa a situação citada anteriormente, observe que:
a) quanto maior o tempo, maior será a distância percorrida;
b) se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor do tempo (t), então o valor correspondente da distância (d)
fica dobrado, triplicado, etc.
Quando isso ocorre entre duas grandezas, dizemos que elas são proporcionais (ou di-
retamente proporcionais). Logo, tempo e distância percorrida são grandezas proporcionais
quando se tem velocidade constante.

t (em horas) d (em km)

1
30
3

1
45
2

1 90

2 180

3 270

4 360

t d 5 90t

linguagem matemática
Na linguagem matemática, essa noção de proporcionalidade pode ser assim expressa:
ÁLGEBRA
Duas grandezas são diretamente proporcionais se para cada valor x de uma delas corresponde
um valor y bem definido na outra (x → y), satisfazendo:
a) Quanto maior for x, maior será y, ou seja:
MATEMÁTICA

se x → y e x' → y', então x  x' implica y  y'.


b) Se dobrarmos, triplicarmos, etc. o valor de x, então o valor correspondente de y será dobrado,
triplicado, etc., ou seja:
se x → y, então nx → ny para todo n  N*.
A correspondência x → y que satisfaz essas duas condições chama-se proporcionalidade.

Funções e função afim 75

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 75 10/21/14 4:47 PM


exercício resolvido

13 Ao ser aplicada uma quantia de dinheiro x em uma caderneta de poupança, após um mês é obtido um montante y. Verifique se a
correspondência x → y é uma proporcionalidade, isto é, se o montante no fim do mês é proporcional à quantia aplicada.

resolução:
Podemos notar que as duas condições da proporcionalidade estão satisfeitas:
a) Quanto maior a quantia investida, maior será o montante.
b) Ao ser dobrada, triplicada, etc. a quantia x, duplicado, triplicado, etc. será o montante. Por exemplo, uma aplicação de
R$ 1 000,00 que rende 0,7% ao mês dá um montante de R$ 1007,00 no fim de um mês:

Capital inicial (C) Juros (j) Montante (M 5 C 1 j)

R$ 1 000,00 R$ 7,00 R$ 1 007,00

R$ 2 000,00 R$ 14,00 R$ 2 014,00

Veja que, dobrando-se o capital, dobra-se o montante no fim de um mês.


Observe, porém, que no segundo mês calculamos 0,7% de R$ 1007,00 (e não de R$ 1000,00), sendo obtido um montante de
R$ 1014,05:

Tempo
Capital Juros Montante
(em meses)

1 R$ 1 000,00 R$ 7,00 R$ 1 007,00

2 R$ 1 007,00 R$ 7,05 R$ 1 014,05

Conclusão:
Num período fixo, o retorno é proporcional ao capital inicial investido, mas não é proporcional ao tempo de investimento.

função linear
É possível provar que, se uma função f: R1 → R1 é uma proporcionalidade, então f(x) 5 ax, em
que a 5 f(1), para todo x positivo.
Por outro lado, já vimos que a função linear f: R → R é definida por f(x) 5 ax, em que a  R
é uma constante.
Quando a . 0, a função linear f(x) 5 ax transforma um número real positivo x no nú-
mero positivo ax. Portanto, define, com essa restrição, uma proporcionalidade f: R1 → R1.
O coeficiente a chama-se fator de proporcionalidade ou constante de proporcionalidade.
É por isso que dizemos que a função linear é o modelo matemático para os problemas de
proporcionalidade.

Gráfico de uma função linear


Já vimos também que o gráfico de uma função linear é uma reta que passa pela ori-
gem (0, 0).

76 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 76 10/21/14 4:47 PM


Vamos representar a situação apresentada na tabela do item “Proporcionalidade” por um
gráfico:
d (em km)
90

d 5 90t ou f(t) 5 90t


45
30

0 1 1 1 t (em horas)
3 2

Observe que:
f(1) 5 90  1 5 90 f(3) 5 270 5 3  f(1)
f(2) 5 180 5 2  f(1) f(4) 5 360 5 4  f(1)
e que a 5 f(1) 5 90. Nesse caso, a 5 90 é o fator de proporcionalidade. Observe que:

30 ; 1 5 90 180 ; 2 5 90
3

45 ; 1 5 90 270 ; 3 5 90
2
90 ; 1 5 90 360 ; 4 5 90

Quando temos uma proporcionalidade f : R 1 → R 1, para quaisquer x1, x2 com f(x1) 5 y1 e


y1 y2 y1 y2
f(x2) 5 y2, obtemos  5   5 a. A igualdade   5   chama-se proporção. Ao procedimento
x1 x2 x1 x2
que permite, conhecendo três dos números x1, y1, x2, y2, determinar o quarto número damos o nome
de regra de três.
Usando uma regra de três podemos resolver as questões do item “Proporcionalidade”:
a) Em quanto tempo o carro percorrerá 225 km?
90 5 225 � x 5 1  225 5 2,5 horas
1 x 90
O carro percorrerá 225 km em 2 horas e 30 minutos.
b) Quantos quilômetros ele percorrerá em 3,5 horas?
90 5 x � x 5 3,5  90 5 315 km
1 3,5 1
Em 3,5 horas o carro percorrerá 315 km.

Grandezas inversamente proporcionais


Fixada uma distância de 400 km, por exemplo, o tempo gasto para que um veículo percorra essa
distância é inversamente proporcional à sua velocidade, ou seja, quando dobramos a velocidade,
o tempo fica dividido por 2; quando triplicamos a velocidade, o tempo fica dividido por 3; e assim
ÁLGEBRA
por diante. Veja:

t 5 400 ou f(v) 5 400


v v
MATEMÁTICA

Assim:
f(40) 5 400 5 10 h
40
400 f(40)
f(80) 5 f(2  40) 5 55h5
80 2

Funções e função afim 77

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 77 10/21/14 4:47 PM


f(40)
f(120) 5 f(3  40) 5 400  3,3 h 5
120 3
...
f(x)
f(kx) 5 (k . 0)
k
1
Logo, dizer que y é inversamente proporcional a x equivale a dizer que y é proporcional a . Pelo
x
que vimos anteriormente, se y é inversamente proporcional a x, então temos que y 5 a , em que o fator
x
de proporcionalidade a é igual a f(1), ou seja, é o valor de y que corresponde a x 5 1.
Vamos analisar alguns exemplos:
1o) Consideremos as regiões retangulares cuja medida da base é x, a medida da altura é y e cuja área é 1.

1 y çrea: x ? y 5 1

Quanto maior o valor de x, menor será o valor de y.


Quando se dobra x, y fica dividido por 2; quando se triplica x, y fica dividido por 3; e assim
por diante. Nesse caso, a altura y é inversamente proporcional à base x e temos y 5 1 , ou seja,
x
entre as regiões retangulares, fixada a área, a altura é inversamente proporcional à base.
2o) Consideremos V o volume (em cm3) e m a massa (em g) de uma porção de um líquido homogêneo.
A massa (m) é proporcional ao volume (V) e escrevemos m 5 dV. Nesse caso, o fator de pro-
porcionalidade d é importante e é chamado de densidade do líquido:

m
d5
V

1
Para uma massa de 1 g, temos d 5 , e vemos que a densidade (D) é inversamente proporcional
V
ao volume (V), pois, quanto maior o volume, menor será a densidade, e dobrando-se o volume,
a densidade fica dividida por 2; triplicando-se o volume, a densidade fica dividida por 3; e assim
por diante.
3o) Há grandezas que são diretamente e/ou inversamente proporcionais a várias outras. A lei da
gravitação universal, de Isaac Newton, é um exemplo disso:
Dois corpos, de massas m1 e m2 respectivamente, situados a uma distância d um do outro, se
atraem segundo uma força F cuja intensidade é diretamente proporcional a essas massas e in-
versamente proporcional ao quadrado (d2) da distância entre eles:

m1  m2
F5G
d2

em que G é a constante de gravitação universal e depende do sistema de unidades escolhido.


4o) A pressão exercida por uma determinada massa de um gás ideal é diretamente proporcional à
temperatura absoluta e inversamente proporcional ao volume ocupado pelo gás:

T
P5k
V

em que k é uma constante, T é a temperatura, V é o volume e P é a pressão exercida pelo gás.

78 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 78 10/21/14 4:47 PM


Para consTruir

16 Sejam , a medida do lado e P o perímetro de um quadrado, 19 (IFPE) As escalas de temperatura mais conhecidas são Cel-
verifique se a correspondência , → P é uma proporcionalidade. sius (°C) e Fahrenheit (°F). Nessas escalas, o ponto de conge-
P 5 4, lamento da água corresponde a 0 °C e 32 °F, e o ponto de
A correspondência , → P é uma proporcionalidade direta (dobrando, ebulição corresponde a 100 °C e 212 °F. A equivalência entre
triplicando, etc. a medida do lado, o perímetro dobra, triplica, etc.)
as escalas é obtida por uma função polinomial do 1o grau,
17 (Unisinos-RS) Uma empresa está asfaltando uma rodovia de ou seja, uma função da forma f(x) 5 ax 1 b, em que f(x) é a
50 km. Sabendo-se que ela levou 12 dias para asfaltar 20 km, temperatura em grau Fahrenheit (°F) e x, a temperatura em
quantos dias levará para asfaltar os 30 km restantes? c grau Celsius (°C). Se em um determinado dia a temperatura
a) 14 b) 16 c) 18 d) 20 e) 24 no centro do Recife era de 29 °C, a temperatura equivalente
em grau Fahrenheit (°F) era de: e
Pelo enunciado temos que:
a) 84 °F c) 84,1 °F e) 84,2 °F
20 km 12 dias
30 km x dias b) 84,02 °F d) 84,12 °F
Logo,
20 5 12 ⇔ 20x 5 360 ⇔ x 5 18 dias 100 °C 212 °F
30 x

18 Em um tanque há 100 litros de água. Ao se destampar o ralo,


escorrem por ele x litros de água por minuto, esvaziando o
tanque em t minutos, ou seja, para cada valor de x corres- 29 f

ponde um valor de t.
a) Faça uma tabela com valores para as grandezas x (litros/min) 0 °C 32 °F
e t (minutos). 29 f 2 32 29 f 2 32
5 � 5
x (,/min) 50 25 20 10 5 100 212 2 32 5 9
t (min) 2 4 5 10 20 5f – 160 5 261
5f 5 421
f 5 84,2 °F
b) Escreva o produto xt para todos os valores x e t e, depois,
o valor de t em função de x.
xt 5 100; t 5 100
20 (PUC-MG) Um motorista de táxi, que cobra R$ 3,70 a bandei-
x rada e R$ 1,20 por kilometro rodado, faz duas corridas. Na pri-
meira delas percorre uma distância três vezes maior do que
c) Construa o gráfico dessa função (x e t só podem assumir va- na segunda. Nessas condições, é correto afirmar que o custo
lores reais positivos). da primeira corrida é: b
t a) igual ao triplo do custo da segunda.
20
18 b) menor do que o triplo do custo da segunda.
16 c) maior do que o triplo do custo da segunda.
14 d) igual ao custo da segunda.
O valor da corrida pode ser representado pela função
12
c(x) 5 3,7 1 1,2x, em que x é o número de kilometros rodados.
10
Se a é a distância percorrida na primeira corrida, então a distância
8
6 percorrida na segunda corrida será a .
3
4 Portanto:
 a

ÁLGEBRA
2 c(a) 5 3,7 1 1,2a e c   5 3,7 1 0,4a
 3
x
 a
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Multiplicando c   por 3, temos:
 3
 a
3  c   5 11,1 1 1,2a . c(a) 5 3,7 1 1,2a
 3
MATEMÁTICA

d) Essa função caracteriza uma proporcionalidade? Direta ou Concluímos que o custo da primeira corrida é menor do que o
inversa? triplo do custo da segunda corrida.
Sim; inversa.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 21 a 25 Para aprimorar: 7 a 9

Funções e função afim 79

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 79 10/21/14 4:47 PM


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

Tarefa Para casa


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

8 Determine o valor de m para que o gráfico da função


PARAPara PraTicar
PRATICAR
f(x) 5 2x 1 m 2 3:
a) intersecte o eixo y no ponto (0, 5);
1 A academia Corpo em Forma cobra uma taxa de matrícula de
R$ 90,00 e uma mensalidade de R$ 45,00. A academia Chega b) intersecte o eixo x no ponto (3, 0).
de Moleza cobra uma taxa de matrícula de R$ 70,00 e uma
9 Determine a lei da função afim cuja reta intersecta os eixos
mensalidade de R$ 50,00.
em (28, 0) e (0, 4). Essa função é crescente ou decrescente?
a) Determine as expressões algébricas das funções que in-
dicam os custos acumulados ao longo dos meses para se 10 A função f: R → R definida por f(x) 5 6x 2 5 é bijetiva.
frequentar cada academia.
a) Determine f 21, função inversa de f.
b) Qual academia oferece o menor custo para uma pessoa
se exercitar durante um ano? b) Construa no mesmo sistema de eixos os gráficos de f,
f 21 e y 5 x.
2 O proprietário de uma fábrica de chinelos verificou que, quando c) Que relação existe entre esses três gráficos?
se produziam 600 pares de chinelos por mês, o custo mensal da
empresa era de R$ 14 000,00, e, quando se produziam 900 pares, 11 Determine o ponto P.
o custo mensal era de R$ 15 800,00. O gráfico que representa a
relação entre o custo mensal (C ) e o número de chinelos produ- y
zidos por mês (x) é formado por pontos de uma reta.
a) Obtenha C em função de x. 2
P
b) Se a capacidade máxima de produção da empresa for de
1 200 chinelos/mês, determine o valor do custo máximo
mensal. 23 21 0 1 x

3 Devido ao desgaste, o valor (V ) de uma mercadoria decresce 22


com o tempo (t ). Por isso, a desvalorização que o preço des-
sa mercadoria sofre em razão do tempo de uso é chamada
de depreciação. A função depreciação pode ser uma fun-
ção afim, como neste caso: o valor de uma máquina é hoje 12 Construa, num sistema cartesiano ortogonal, o gráfico das
R$ 1 000,00, e estima-se que daqui a 5 anos será R$ 250,00. seguintes funções:
a) Qual será o valor dessa máquina em t anos? a) f(x) 5 22 2 2x
b) Qual será o valor dessa máquina em 6 anos? b) f(x) 5 3 1 3x
c) Qual será sua depreciação total após esse período de 6 anos? 1
c) f(x) 5 x
2
4 (Fuvest-SP) A função que representa o valor a ser pago d) f(x) 5 24x
após um desconto de 3% sobre o valor x de uma merca-
e) f(x) 5 5
doria é:
a) f(x) 5 x 2 3 c) f(x) 5 1,3x e) f (x) 5 1,03x 13 Dois corpos A e B se movimentam em velocidade constan-
b) f(x) 5 0,97x d) f(x) 5 23x te. Suas posições, SA e SB, são dadas pelas seguintes fórmulas
matemáticas: SA 5 t 2 1 e SB 5 2 2 t, em que t indica um
5 (FGV-SP) Uma função polinominal f do 1o grau é tal que f(3) 5 6 instante de tempo qualquer.
e f(4) = 8. Portanto, o valor de f(10) é:
a) Determine, num gráfico, o ponto em que os corpos A e B se
a) 16 c) 18 e) 20
encontram (ou seja, SA 5 SB).
b) 17 d) 19
b) Resolva o sistema de equações simultâneas
6 Faça o gráfico da função f(x) 5 2 2 5x , sendo f: R → R.
3 SA 5 t 2 1 determinando o tempo que os corpos A e B
S  5 2 2 t ,
7 Obtenha, em cada caso, a função f(x) 5 ax 1 b, cuja reta, que  B
é seu gráfico, passa pelos pontos: demoram para se encontrar e a posição em que estarão
a) (21, 1) e (2, 0) b) (3, 0) e (0, 4) quando se encontrarem.

80 Funções e função afim

SER1_CAD2_MAT_ALG_C02_pt1.indd 80 10/21/14 4:47 PM


14 No gráfico a seguir estão representadas duas funções defini- 20 Determine o menor valor inteiro positivo de x que satisfaz a
das por f(x) 5 rx 1 s e g(x) 5 mx 1 n. Determine os valores
de m, n, r e s. (x 1 1)10 (6 1 3x)11
inequação  0.
x 22
y 21 (IFSP) O joalheiro utiliza uma medida de pureza do ouro, o
quilate. Sabe-se que uma peça de ouro terá 18 quilates se,
g(x) 5 mx 1 n
2
dividindo seu peso em 24 partes, 18 partes corresponderem
a ouro puro, e o restante, a outros metais. Uma pessoa pediu
1
para um ourives avaliar sua joia e ficou sabendo que ela tinha
0 1 2 x aproximadamente 58% de ouro puro. Isso significa que é uma
f(x) 5 rx 1 s joia de
a) 14 quilates.
b) 16,5 quilates.
c) 18 quilates.
15 Seja f uma função afim cuja reta r passa pelos pontos (10, 5) e d) 19 quilates.
(13, 21). Descubra se cada ponto indicado a seguir pertence e) 19,2 quilates.
ou não à reta r.
a) (7, 11) c) (11, 2)
22 Para transformar graus Fahrenheit em graus Celsius usa-se a fór-
b) (29, 7) d) (12, 1)
5
mula C 5 (F 2 32), em que F é o número de graus Fahrenheit
16 Sem construir gráficos, descubra os pontos em que as retas, 9
gráficos das funções a seguir, cortam os eixos x e y . e C é o número de graus Celsius.
a) f(x) 5 x 2 5 c) f(x) 5 1 1 4x
a) Transforme 35 graus Celsius em graus Fahrenheit.
b) f(x) 5 2x 1 4 3
d) f(x) 5 2 2 x b) Qual é a temperatura (em graus Celsius) em que o nú-
4 mero de graus Fahrenheit é o dobro do número de
17 Um comerciante teve uma despesa de R$ 230,00 na compra de graus Celsius?
certa mercadoria. Como vai vender cada unidade por R$ 5,00, o
lucro final será dado em função das x unidades vendidas. Res- 23 Se x é o volume e y é a massa de uma porção de um líquido
ponda: homogêneo, a correspondência x → y é uma proporcionalida-
a) Qual é a lei dessa função f? de? Justifique.
b) Para quais valores de x temos f(x)  0? Como pode ser
interpretado esse caso? 24 As grandezas x e y são diretamente proporcionais. Se x sofre
c) Para qual valor de x haverá um lucro de R$ 315,00? um acréscimo de 10%, o que ocorre com y?
d) Para quais valores de x o lucro será maior que
R$ 280,00? 25 As grandezas x e y são inversamente proporcionais. Se x sofre
e) Para quais valores de x o lucro estará entre R$ 100,00 e um acréscimo de 15%, o que ocorre com y?
R$ 180,00?
Para
PARA aPrimorar
PRATICAR
18 Resolva, em R, as seguintes inequações:
a) (2x 1 1)(x 1 2)  0 1 (UFPR) Numa expedição arqueológica em busca de artefa-
b) (x 2 1)(2 2 x)(2x 1 4) 0 tos indígenas, um arqueólogo e seu assistente encontraram
um úmero, um dos ossos do braço humano. Sabe-se que o
comprimento desse osso permite calcular a altura aproxi-
19 Explicite o domínio D das seguintes funções:
ÁLGEBRA
mada de uma pessoa por meio de uma função do primeiro
grau.
a) f(x) 5 (x 2 1)(3x 1 5)
a) Determine essa função do primeiro grau, sabendo que o
MATEMÁTICA

úmero do arqueólogo media 40 cm e sua altura era 1,90 m,


b) f(x) 5 2x 2 3 2
  1 e o úmero de seu assistente media 30 cm e sua altura era
x 1,60 m.
b) Se o úmero encontrado no sítio arqueológico media 32 cm,
x 2 1 qual era a altura aproximada do indivíduo que possuía
c) f(x) 5
x 2 5 esse osso?

Funções e função afim 81

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2 Faça o gráfico de cada uma das seguintes funções: b) Para qual quantidade de água consumida o valor a ser
a) f(x) 5 x 2 3 pago será maior na cidade B do que na cidade A?
b) f(x) 5 2x 7 A distância entre São Carlos (SP) e Uberlândia (MG) é de aproxima-
c) f(x) 5 23 damente 400 km. O tempo gasto para um veículo percorrer essa
distância depende da sua velocidade média.
3 Mostre que, numa função afim da forma f(x) 5 x 1 b, a) Faça uma tabela com valores para velocidade (km/h) e
acréscimos iguais a h dados a x e a x' provocam acréscimos tempo (h).
iguais a h em y 5 f(x).
b) Construa o gráfico com os valores da tabela.
4 Construa, num sistema de coordenadas cartesianas ortogo- c) Verifique se essa é uma função com proporcionalidade dire-
nais, o gráfico das seguintes funções: ta ou inversa.

1, se x    0 8 Um dos mais famosos usos de extrapolação linear foi des-


a) f(x) 5 
0, se x   0 coberto pelo cientista francês Jacques Charles em 1787. Ele
observou que os gases se expandem quando aquecidos
1, se 0   x    1 e se contraem quando resfriados. (Isso pode ser verifica-
b) f(x) 5 2, se 1   x    2 do experimentalmente ao se encher uma bexiga e depois
3, se 2   x    3 congelá-la – colocando-a no congelador, por exemplo. A
bexiga encolherá.)
5 (FGV-SP) Os gastos de consumo (C ) de uma família e sua

FOTOS: HELY DEMUTTI


renda (x) são tais que C 5 2 000 1 0,8x. Podemos, então,
afirmar que:
a) se a renda aumenta em 500, o consumo aumenta em
500.
b) se a renda diminui em 500, o consumo diminui em 500.
c) se a renda aumenta em 1000, o consumo aumenta em
800.
d) se a renda diminui em 1000, o consumo diminui em 2 800.
e) se a renda dobra, o consumo dobra.

6 (UEL-PR) Na cidade A, o valor a ser pago pelo consumo de


água é calculado pela companhia de saneamento, conforme
mostra o quadro a seguir.

Quantidade de água Valor a ser pago pelo consumo


consumida (em m3) de água (em reais)
Observando valores diversos para a temperatura e os valo-
Até 10 R$ 18,00 res correspondentes do volume, os pares ordenados obti-
dos pareciam estar em linha reta, ou seja, a relação é linear.
R$ 18,00 1 (R$ 2,00 por m3 que
Mais do que 10 a) Suponha que um determinado gás tenha um volume de
excede 10 m3)
500 cm3 a 27 °C e um volume de 605 cm3 a 90 °C. Escreva
uma equação para esses dados.
Na cidade B, outra companhia de saneamento determina
b) Use a equação que você obteve no item a e descubra em
o valor a ser pago pelo consumo de água por meio da fun-
qual temperatura temos o volume de 0 cm3. Ao fazer isso,
ção cuja lei de formação é representada algebricamente
você calculará a menor temperatura possível. (Essa tem-
17, se x  <  10
por B(x) 5  , em que x representa a quan- peratura, chamada de zero absoluto, foi primeiramente
2,1x 2 4, se x  . 10 estimada por Charles.)
tidade de água consumida (em m3) e B(x) representa o va-
lor a ser pago (em reais). 9 Consideremos r e s retas paralelas. Dado qualquer triângulo que
a) Represente algebricamente a lei de formação da função tenha um vértice em uma dessas retas e o lado oposto contido
que descreve o valor a ser pago pelo consumo de água na na outra, verifique se a correspondência x (medida desse lado)
cidade A. e A (área da região triangular) é uma proporcionalidade.

82 Funções e função afim

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Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Revisão”. As resoluções

REVISÃO
encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

1 (CFTMG) O gráfico represen- y O gráfico mostra a capacidade (C), a demanda (D) de


ta a função real definida por passageiros/ano em 2010 e a expectativa/projeção para
f(x) 5 ax 1 b. 3 2014 do Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre, RS), se-
O valor de a 1 b é igual a: gundo dados da lnfraero – Empresa Brasileira de lnfraes-
a) 0,5 trutura Aeronáutica.
b) 1,0 De acordo com os dados fornecidos no gráfico, o núme-
c) 1,5 ro de passageiros/ano, quando a demanda (D) for igual
d) 2,0 à capacidade (C) do terminal, será, aproximadamente,
0 2 x igual a
2 (Uerj) O reservatório A perde água a uma taxa constan- a) sete milhões, sessenta mil e seiscentos.
te de 10 litros por hora, enquanto o reservatório B ganha b) sete milhões, oitenta e cinco mil e setecentos.
água a uma taxa constante de 12 litros por hora. No grá- c) sete milhões, cento e vinte e cinco mil.
fico, estão representados, no y
d) sete milhões, cento e oitenta mil e setecentos.
eixo y, os volumes, em litros, 720 e) sete milhões, cento e oitenta e seis mil.
da água contida em cada um B
5 (UFV-MG) Seja f a função real tal que f(2x 2 9) 5 x para
dos reservatórios, em função
todo x real. A igualdade f(c) 5 f21(c) se verifica para c
do tempo, em horas, repre-
igual a:
sentado no eixo x.
A a) 9
Determine o tempo x0 em ho- 60
b) 1
ras, indicado no gráfico. 0 x0 x
c) 5
d) 3
3 (Uece) Sejam f(x) 5 x2 para x . 0 e g(x) a inversa de f,
e) 7
então o valor de f(g(4)) 1 g(f(4)) está no intervalo:
a) [0, 6[ c) [12, 18[ 6 (Unirio-RJ) Sob pressão constante, conclui-se que o vo-
b) [6, 12[ d) [18, 24[
lume V, em litros, de um gás e a temperatura, em graus
Celsius, estão relacionados por meio da equação
4 (UFSM-RS) Os aeroportos brasileiros serão os primeiros
locais que muitos dos 600 mil turistas estrangeiros, VT
V 5 V0 1 0 , em que V0 denota o volume do gás a 0 °C.
estimados para a Copa do Mundo FIFA 2014, conhe- 273
cerão no Brasil. Em grande parte dos aeroportos, estão Assim, a expressão que define a temperatura como fun-
sendo realizadas obras para melhor receber os visitan- ção do volume V é:
tes e atender a uma forte demanda decorrente da ex-
a) T 5  V 2 0  V0
V
pansão da classe média brasileira.  273 
Disponível em: <www.copa2014.gov.br>.
Acesso em: 7 jun. 2012. Adaptado.
V 2 V0
b) T 5
273V0
Passageiros (em milhões)

C
8,0
D 273V 2 V0
7,2 c) T 5

ÁLGEBRA
6,7 V0

V 2 273V0
4,0 d) T 5
MATEMÁTICA

V0

(V 2 V0 )
e) T 5 273 ?
2010 2014 Ano V0

Funções e função afim 83

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7 (ITA-SP) Seja D 5 R 2 {1} e f: D → D uma função dada por f(x) 5 x 1 1. Considere as afirmações:
x21
I. f é injetiva e sobrejetiva.
II. f é injetiva, mas não sobrejetiva.
III. f(x) 1 f  1  5 0, para todo x [ D, x Þ 0.
 x
IV. f(x) ? f(2x) 5 1, para todo x [ D.
Então, são verdadeiras:
a) apenas I e III. b) apenas I e IV. c) apenas II e III. d) apenas I, III e IV. e) apenas II, III e IV.

8 (UFRN) O gráfico a seguir representa a taxa de desemprego na Grande São Paulo, medida nos meses de abril, segundo o Dieese:
RECORDE NA GRANDE SÃO PAULO
Taxa de desemprego – Meses de abril – Em %
20 20,3 20,4
18,8
18
18,6 17,7
16 15,516,115,3 15,9
14 14,2 13,1 15,9
12 11,6 13,5
10,4 10,3
10 8,9
8 10,6

20 0

02
19 5
86

19 7
19 8
19 9
90

19 1
19 2
19 3
19 4
19 5
19 6
19 7
98

20 9

20 1
0
0
8

8
8
8

9
9
9
9
9
9
9

9
19

19

19

19
Fonte: Carta Capital, ano 8, n. 192, 5 jun. 2002.

Analisando o gráfico, podemos afirmar que a maior variação na taxa de desemprego na Grande São Paulo ocorreu no
período de:
a) abril de 1985 a abril de 1986. c) abril de 1997 a abril de 1998.
b) abril de 1995 a abril de 1996. d) abril de 2001 a abril de 2002.

9 (Unit-SE) Seja f a função de A em R definida por f(x) 5 1 2 2x. Se o conjunto imagem de f é o intervalo [23, 11], o conjunto A é:
a) ]25, 2] b) [22, 5[ c) ]25, 1] d) [1, 25[ e) [1, 5[

10 (Insper-SP) Num restaurante localizado numa cidade do Nordeste brasileiro são servidos diversos tipos de sobremesas, den-
tre os quais sorvetes. O dono do restaurante registrou numa tabela as temperaturas médias mensais na cidade para o horário
do jantar e a média diária de bolas de sorvete servidas como sobremesa no período noturno.

Mês Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Temperatura média
29 30 28 27 25 24 23 24 24 28 30 29
mensal (graus Celsius)
Bolas de sorvete 980 1 000 960 940 900 880 860 880 880 960 1 000 980

Ao analisar as variáveis da tabela, um aluno de Administração, que fazia estágio de férias no restaurante, percebeu que po-
deria estabelecer uma relação do tipo y 5 ax 1b, sendo x a temperatura média mensal e y a média diária de bolas vendidas
no mês correspondente. Ao ver o estudo, o dono do restaurante fez a seguinte pergunta:
“É possível com base nessa equação saber o quanto aumentam as vendas médias diárias de sorvete caso a temperatura
média do mês seja um grau maior do que o esperado?”
Das opções abaixo, a resposta que o estagiário pode dar, baseando-se no estudo que fez é:
a) Não é possível, a equação só revela que, quanto maior a temperatura, mais bolas são vendidas.
b) Não é possível, pois esse aumento irá depender do mês em que a temperatura for mais alta.
c) Serão 20 bolas, pois esse é o valor de a na equação.
d) Serão 20 bolas, pois esse é o valor de b na equação.
e) Serão 400 bolas, pois esse é o valor de a na equação.

84 Funções e função afim

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11 (Uepa) O treinamento físico, na dependência da qualida- (16) f(f(f(0))) 5 0 e f(f(f(1))) 5 1.
de e da quantidade de esforço realizado, provoca, ao lon- (32) f f f é a função identidade.
go do tempo, aumento do peso do fígado e do volume
do coração. De acordo com especialistas, o fígado de uma 13 Resolva em R:
pessoa treinada tem maior capacidade de armazenar gli- a) 1 < x 1 1 , 5 c) (1 2 3x)(x 1 3) . 0
cogênio, substância utilizada no metabolismo energéti-
co durante esforços de longa duração. De acordo com b) 3x 2 1  . 0 d) (x 2 2 )(x 1 2) < 0
2x 2 2 . 0
dados experimentais realizados por Thörner e Dummler
(1996), existe uma relação linear entre a massa hepática e 14 Explicite o domínio D da função f(x) 5 x(x 1 1)(x 2 1).
o volume cardíaco de um indivíduo fisicamente treinado.
Nesse sentido, essa relação linear pode ser expressa por 15 A fórmula que dá o número do sapato (N ) em função do
y 5 ax 1 b, onde y representa o volume cardíaco em mi- comprimento do pé (c), em centimetros, é
lilitros (m,) e x representa a massa do fígado em gramas 5c 1 28 5
(g). A partir da leitura do gráfico abaixo, afirma-se que a lei N5 ou N 5 c 1 7. Calcule:
4 4
de formação linear que descreve a relação entre o volume a) o número do sapato quando o comprimento do pé é
cardíaco e a massa do fígado de uma pessoa treinada é: de 24 cm;
Volume cardíaco
(m) b) o comprimento do pé de quem calça 40.

16 (Unicamp-SP) Três planos de telefonia celular são apre-


1 315
sentados na tabela a seguir:

745 Custo adicional


Plano Custo fixo mensal
por minuto
1 400 2 000
Massa do fígado (g) A R$ 35,00 R$ 0,50
Cálculo para ciências médicas e biológicas, Editora Harbra,
São Paulo, 1988. Adaptado. B R$ 20,00 R$ 0,80
a) y 5 0,91x 2 585 d) y 5 20,94x 1 585
C 0 R$ 1,20
b) y 5 0, 92x 1 585
c) y 5 20,93x 2 585 e) y 5 0,95x 2 585
a) Qual é o plano mais vantajoso para alguém que utiliza
12 (UFBA) Sobre a função f: [0, 1] → R, representada pelo gráfi- 25 minutos por mês?
co a seguir, é correto afirmar: b) A partir de quantos minutos de uso mensal o plano A é
y mais vantajoso que os outros dois?

17 (Enem) As curvas de oferta e de demanda de um produto


1
representam, respectivamente, as quantidades que ven-
dedores e consumidores estão dispostos a comercializar
1 em função do preço do produto. Em alguns casos, essas
2 curvas podem ser representadas por retas. Suponha que
as quantidades de oferta e de demanda de um produto
sejam, respectivamente, representadas pelas equações:
0 1 1 x QO 5 220 1 4P
2 QD 5 46 2 2P

ÁLGEBRA
(01) A imagem da função f é o intervalo [0, 1]. em que QO é quantidade de oferta, QD é a quantidade de
demanda e P é o preço do produto.
(02) Existe um único x ∈[0, 1] tal que f(x) 5 .
1
2 A partir dessas equações, de oferta e de demanda, os eco-
(04) A função f é decrescente em 0, 1  e crescente em nomistas encontram o preço de equilíbrio de mercado,
MATEMÁTICA

 2 
 1 , 1 . ou seja, quando QO e QD se igualam.
 2  Para a situação descrita, qual o valor do preço de equilíbrio?
(08) A imagem da função g: [21, 0] → R definida por a) 5 c) 13 e) 33
g(x) 5 f(2x) é o intervalo [0, 1]. b) 11 d) 23

Funções e função afim 85

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18 (Fatec-SP) Se uma função do primeiro grau é tal que a) 2027 b) 2026 c) 2028 d) 2025
f(100) 5 780 e f(250) 5 480, então é verdade que:
a) f(2100) 5 280 d) f(150) 5 850 22 (FGV-SP) Quando o preço por unidade de certo modelo
b) f(0) 5 380 e) f(200) 5 1 560 de telefone celular é R$ 250,00, são vendidas 1 400 unida-
c) f(120) 5 820 des por mês. Quando o preço por unidade é R$ 200,00, são
vendidas 1700 unidades mensalmente.
19 (UPE) Um dos reservatórios d’água de um condomínio Admitindo que o número de celulares vendidos por mês
empresarial apresentou um vazamento a uma taxa cons- pode ser expresso como função polinomial do primeiro
tante, às 12 h do dia 1o de outubro. Às 12 h dos dias 11 e 19 grau do seu preço, podemos afirmar que, quando o preço
do mesmo mês, os volumes d’água no reservatório eram, for R$ 265,00, serão vendidas:
respectivamente, 315 mil litros e 279 mil litros. Dentre as a) 1 290 unidades. d) 1 320 unidades.
alternativas seguintes, qual delas indica o dia em que o b) 1 300 unidades. e) 1 330 unidades.
reservatório esvaziou totalmente? c) 1 310 unidades.
a) 16 de dezembro d) 19 de dezembro
b) 17 de dezembro e) 20 de dezembro 23 (UFC-CE) O conjunto solução, nos números reais, da ine-
c) 18 de dezembro 1 2 x
quação . 21 é igual a:
1 1 x
20 (Vunesp) Duas pequenas fábricas de calçados, A e B, têm
a) {x [ R | x . 21} d) {x [ R | x . 2}
fabricado, respectivamente, 3 000 e 1 100 pares de sapatos
por mês. Se, a partir de janeiro, a fábrica A aumentar suces- b) {x [ R | x . 0} e) {x [ R | x . 3}
sivamente a produção em 70 pares por mês e a fábrica B au- c) {x [ R | x . 1}
mentar sucessivamente a produção em 290 pares por mês, a
produção da fábrica B superará a produção de A a partir de: 24 (CFTMG) Um experimento da área de Agronomia mostra
a) março. c) julho. e) novembro. que a temperatura mínima da superfície do solo t(x),
b) maio. d) setembro. em °C, é determinada em função do resíduo x de planta e
biomassa na superfície, em g/m2, conforme registrado na
21 (UFRN) Uma empresa de tecnologia desenvolveu um pro- tabela seguinte.
duto do qual, hoje, 60% das peças são fabricadas no Brasil,
e o restante é importado de outros países. Para aumentar x (g/m2) 10 20 30 40 50 60 70
a participação brasileira, essa empresa investiu em pesqui-
sa, e sua meta é, daqui a 10 anos, produzir, no Brasil, 85% t(x) (°C) 7,24 7,30 7,36 7,42 7,48 7,54 7,60
das peças empregadas na confecção do produto.
Com base nesses dados e admitindo-se que essa porcen- Analisando os dados acima, é correto concluir que eles sa-
tagem varie linearmente com o tempo contado em anos, tisfazem a função:
o percentual de peças brasileiras na fabricação desse pro- a) y 5 0,006x 1 7,18 c) y 5 10x 1 0,06
duto será superior a 95% a partir de: b) y 5 0,06x 1 7,18 d) y 5 10x 1 7,14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
BOYER, Carl B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. (Coleção do Professor
de Matemática, v. 1 e 2).
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
____. Mathematical Discovery. Nova York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA do professor de Matemática. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1-36.

86 Funções e função afim

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MAIS ENEM
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias

REFRIGERANTE CAUSA OBESIDADE açúcar) por bebida sem açúcar, seus organismos não sentiam a
ausência de calorias, e não as substituíam por outros alimentos e
No dia 21 de setembro de 2012, três estudos foram publi-
cados na revista New England Journal of Medicine (Jornal de Me- bebidas”, disse Martijn Katan, da Universidade VU, de Amsterdã.
Disponível em: <http://br.reuters.com/article/worldNews/
dicina da Nova Inglaterra), no qual pesquisadores apresentaram idBRSPE88K06T20120921>.
fortes indícios de que as bebidas açucaradas são um dos prin-
cipais responsáveis pela epidemia nacional de obesidade nos Exercícios
Estados Unidos, e que eliminá-las seria a mais eficaz ação à
O aumento de peso pode ter inúmeras causas, entre elas a in-
disposição.
gestão de alimentos muito calóricos e a falta de atividade física.
Pesquisas anteriores a essa data eram mais ambíguas, e os
Leia as questões e as responda.
fabricantes contestam a ideia de que uma só fonte de calorias
possa ter tamanha responsabilidade pela obesidade, que atinge 1 O texto afirma que pesquisadores reconhecem que o “vilão” da
cerca de um terço dos adultos nos EUA. obesidade dos norte-americanos é a bebida açucarada. Entre
Uma nota da Associação Americana de Bebidas dizia: elas, temos o refrigerante, sendo que cada marca tem um valor
“Sabemos, e a ciência ampara, que a obesidade não está calórico específico. Vamos supor que a média de calorias nos
causada unicamente por um só alimento ou bebida. Estudos e refrigerantes mais consumidos seja 95 kcal a cada 250 mililitros.
artigos opinativos que focam apenas em bebidas adoçadas com Responda:
açúcar ou em qualquer fonte individual de calorias não fazem
nada de significativo para contribuir com essa séria questão”. Qual das fórmulas define a ingestão calórica a cada litro de re-
Mesmo assim, a prefeitura de Nova York proibiu a venda de frigerante? e
a) C 5 95 ? , 1
bebidas com açúcar em embalagens maiores do que 454 gramas, 250 m, 5 0,25, ou ,
4
em determinados estabelecimentos. b) C 5 205 ? , 1
, ––– 95 kcal
Dados do governo americano mostram que, entre 1977 e c) C 5 300 ? , 4 ⇒ x 5 380
2002, o número de calorias consumidas nos refrigerantes e ou- d) C 5 150 ? , 1, ––– x

tras bebidas doces pelos norte-americanos duplicou, fazendo e) C 5 380 ? , Logo: C 5 380 ? ,

dessa a maior fonte de calorias na sua dieta. A associação dos


2 Se durante a tarde uma pessoa consumir 0,9 litro de refrige-
fabricantes argumenta que depois disso o consumo caiu e que
rante, um lanche de 504 kcal e uma batata de 220 kcal, ela terá
mesmo assim a obesidade continuou subindo.
ingerido ao todo quantas calorias? a
Embora estudos observacionais já mostrassem que consu-
a) 1 066 kcal
midores de bebidas açucaradas têm mais chances de serem
b) 1 204 kcal
obesos, nenhuma relação de causa-efeito havia sido estabeleci- C 5 380 ? 0,9 1 504 1 220
c) 908 kcal C 5 1 066 kcal
da até então. Afinal, os consumidores desse tipo de bebida tam-
d) 1 003 kcal
bém foram apontados com maior tendência a verem mais TV e
comerem mais fast-food, o que pode questionar a hipótese do e) 1 212 kcal
açúcar líquido ser o principal vilão. 3 O controle da obesidade, além de uma boa alimentação, pode
Num dos estudos publicados pela revista, crianças de 5 a ser feito com a ajuda de atividades físicas regulares.
12 anos, com peso saudável, eram induzidas a tomar 250 mi-
Se uma pessoa ingerir o que foi descrito na questão 2, quantas
lilitros de uma bebida sem gás, que podia ser com açúcar ou
adoçada artificialmente. horas aproximadamente ela terá que caminhar para perder es-
Ao final de 18 meses, o grupo que consumiu a bebida sem sas calorias? d
açúcar ganhou menos gordura corporal, 1 kilo a menos de (Gasto calórico médio em uma caminhada 180 kcal/h)
peso, e 0,36 unidade do índice de massa corporal do que o a) 4,5 h 180 kcal –– 1 h
outro grupo. b) 5 h 1 066 kcal –– x
Segundo os pesquisadores, tudo indica que o açúcar na for- c) 5,5 h x5
1066
.6h
ma líquida não produz a mesma sensação de saciedade que ou- d) 6 h 180
tras calorias. “Quando as crianças substituíam (a bebida com e) 6,5 h

87

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QUADRO DE IDEIAS

Presidência: Mário Ghio Júnior


Direção: Carlos Roberto Piatto
Direção de inovação em conteúdo: René Agostinho
Função Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Conselho editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves,
Carlos Roberto Piatto, Daniel Augusto Ferraz Leite, Eduardo
Função par dos Santos, Eliane Vilela, Helena Serebrinic, Lidiane Vivaldini
f(x) 5 f(2x) Olo, Luís Ricardo Arruda de Andrade, Marcelo Mirabelli,
Domínio, contradomínio e Marcus Bruno Moura Fahel,
Marisa Sodero, Ricardo Leite, Ricardo de Gan Braga, Tania
conjunto imagem Fontolan
Função ímpar Gerência editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves
Edição: Alessandra Naomi Oskata (coord.), Pietro Ferrari,
f(2x) 5 2f(x) Tatiana Leite Nunes
Função decrescente e Assistência editorial: Aline Moojen Pedreira,
função crescente Tadeu Nestor Neto
Organização didática: Maitê Fracassi
Função injetiva, Coordenação de produção: Fabiana Manna da Silva (coord.);
sobrejetiva e bijetiva colaboração: Adjane Oliveira, Solange Pereira

Revisão: Adriana Gabriel Cerello (coord.),


Danielle Modesto, Edilson Moura, Letícia Pieroni, Marília
Lima, Tatiane Godoy, Tayra Alfonso, Vanessa Lucena;
colaboração: Karina Novais, Rosani Andreani
Função inversa
Supervisão de arte e produção: Ricardo de Gan Braga
f 21
Edição de arte: Daniel Hisashi Aoki
Diagramação: Antonio Cesar Decarli, Claudio Alves dos
Santos, Fernando Afonso do Carmo, Flávio Gomes Duarte,
Kleber de Messas
Função composta Iconografia: Sílvio Kligin (supervisão),
(g f ) (x) 5 g(f(x)) Marcella Doratioto; colaboração: Fábio Matsuura,
Fernanda Siwiec, Fernando Vivaldini
Licenças e autorizações: Edson Carnevale
Ilustrações: Paulo Manzi
Cartografia: Eric Fuzii
Função afim Capa: Daniel Hisashi Aoki
f(x) 5 ax 1 b, para todo x [ R Foto de capa: Latinstock/Staffan Widstrand/Corbis
Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
Editoração eletrônica: Casa de Tipos

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Ensino Abril Educação S.A.
Função linear Avenida das Nações Unidas, 7221 – Pinheiros
(b 5 0) CEP: 05425-902 – São Paulo – SP
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f(x) 5 ax © Sistemas de Ensino Abril Educação S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Inequações do (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

1o grau Dante, Luiz Roberto


Sistema de ensino ser : ensino médio,
caderno 2 : álgebra : PR / Luiz Roberto
Dante. -- 2. ed. -- São Paulo : Ática, 2015.
Proporcionalidade
1. Álgebra (Ensino médio) 2. Matemática (Ensino
médio) I. Título.

14–11305 CDD–510.7
Função identidade
(a 5 1 e b 5 0) Índice para catálogo sistemático:
1. Matemática : Álgebra : Ensino médio 510.7
Função constante f(x) 5 x
2014
(a 5 0)
ISBN 978 85 08 17110-1 (AL)
f(x) 5 b ISBN 978 85 08 17092-0 (PR)
2ª edição
1ª impressão

Impressão e acabamento

Uma publicação

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MATEMÁTICA ÁlGEBRA

GUIA DO PROFESSOR

LUIZ ROBERTO DANTE


Livre-docente em Educação Matemática pela Unesp – Rio Claro/SP.
Doutor em Psicologia da Educação: Ensino da Matemática pela
PUC/São Paulo.
Mestre em Matemática pela USP.
Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática
(Sbem).
Ex-secretário executivo do Comitê Interamericano de Educação
Matemática (Ciaem).
Pesquisador em ensino e aprendizagem da Matemática pela Unesp
– Rio Claro/SP.
Autor de vários livros: Didática da resolução de problemas de
Matemática; Didática da Matemática na pré-escola; Coleção

ÁLGEBRA
Aprendendo Sempre – Matemática (1o ao 5o ano); Tudo é Mate-
mática (6o ao 9o ano); Matemática – Contexto & Aplicações –
Volume único (Ensino Médio); Matemática – Contexto & Aplica-
ções – 3 volumes (Ensino Médio).
MATEMÁTICA

MÓDULO
Funções e função afim (24 aulas)

Funções e função afim

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AULAS 1 e 2 Páginas: 4 a 10

Explorando intuitivamente a noção de


MÓDULO função; a noção de função via conjuntos
Funções e função afim Objetivo
Apresentar a noção de função.

Estratégias
Plano de aulas sugerido Explore, informalmente, a noção de função por meio dos quatro
Carga semanal de aulas: 3 exemplos apresentados nas páginas 5 a 7. Em cada exemplo, destaque
Número total de aulas do módulo: 24 os termos lei da função ou regra da função, variável dependente
e variável independente.
Desenhe na lousa os diagramas dos quatro exemplos, mas não coloque
as flechas, e escreva, ao lado de cada um, a respectiva regra de formação.
Competências Habilidades Com os alunos, associe, por meio de flechas, cada elemento de A a
c Construir noções de c Identificar a relação de seu correspondente em B, de acordo com a regra de formação.
variação de grandezas para dependência entre grandezas. Apresente a definição de função (página 9) e retorne aos exemplos
a compreensão da realidade c Resolver situações-problema
(páginas 7 a 9) a fim de que os alunos verifiquem que o segundo e o
e a solução de problemas do envolvendo a variação terceiro não são funções.
cotidiano. de grandezas, direta ou
c Modelar e resolver problemas inversamente proporcionais.
c Analisar informações
Tarefa para casa
que envolvam variáveis
socioeconômicas ou técnico- envolvendo a variação de Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 1 a 4 do “Para
-científicas, usando grandezas como recurso para praticar” (página 41) e a atividade 1 do “Para aprimorar” (página 45).
representações algébricas. a construção da realidade. Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
c Avaliar propostas de
juntamente com a classe.
intervenção na realidade
envolvendo variação de
grandezas. AULA 3 Páginas: 10 e 11
c Identificar representações
algébricas que expressem a Domínio, contradomínio e conjunto imagem
relação entre grandezas.
c Interpretar gráfico cartesiano Objetivo
que represente relações entre Esclarecer as noções de domínio, de contradomínio e de conjunto
grandezas.
c Resolver situação-problema
imagem.
cuja modelagem envolva Estratégias
conhecimentos algébricos.
c Utilizar conhecimentos Destaque que o domínio de uma função f de A em B é o conjunto
algébricos/geométricos como dos elementos de A, e o contradomínio, o conjunto dos elementos
recurso para a construção de de B. Já o conjunto imagem será um subconjunto do contradomínio,
argumentação.
c Avaliar propostas de
podendo até mesmo ser igual a ele. Utilize os exemplos para enfatizar
intervenção na realidade a notação f: A → B, que será bastante utilizada no decorrer do curso.
utilizando conhecimentos
algébricos. AULA 4 Páginas: 12 a 16

Funções definidas por fórmulas


1. FUNÇÕES matemáticas; estudo do domínio
de uma função real
Objeto do conhecimento
Conhecimentos algébricos. Objetivos
Conhecimentos algébricos/geométricos.
Abordar as funções definidas por fórmulas matemáticas.
Objeto específico Apresentar a noção de domínio de uma função real.
Gráficos e funções. Funções algébricas do 1o e 2o graus,
polinomiais, racionais, exponenciais e logarítmicas. Equações Estratégias
e inequações.
Para cada uma das quatro funções definidas na página 12, construa
Plano cartesiano.
uma tabela e peça aos alunos que escolham valores para x a fim de

2 GUIA DO PROFESSOR

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calcularem o correspondente valor para y 5 f(x). Lembre-se de dis- AULAS 5 e 6 Páginas: 16 a 22
cutir com os alunos o boxe “Para refletir” (página 12) e a implicação
quando x 5 0 no quarto exemplo. Gráfico de uma função
f(x) 5 2x f(x) 5 y 5 x3 Objetivos
Mostrar como representar uma função em um gráfico cartesiano.
x f(x) x f(x) Mostrar como construir o gráfico da função y = f(x).
23 26 23 227 Mostrar como determinar o domínio e imagem de uma função a
partir de seu gráfico.
22 24 22 28 Explicar como identificar gráficos que são funções.
21 22 21 21 Estratégias
0 0 0 0 Apresente o seguinte problema, adaptado da Olimpíada Brasileira
de Matemática das Escolas Públicas.
1 2 1 1
Uma formiga parte do centro de um círculo e percorre uma só vez,
2 4 2 8 com velocidade constante, o trajeto ilustrado na figura.
Construa um gráfico representando a distância da formiga em re-
31 6 3 27
lação ao centro do círculo em função do tempo t.
Gráfico
esperado:
f(x) 5 3x 1 1 f(x) 5 1 ∆S
x
x f(x) O
x f(x)
23 28
23 21
22 25 3
t
21 22 22 21
2
Com a participação dos alunos, construa o gráfico passo a passo.
0 1 21 21 Destaque os eixos cartesianos e o que representam ∆S e t. Pergunte
1 4 0 não existe aos alunos a posição inicial da formiga (o centro da circunferência;
logo, a sua distância até o centro vale zero) e o que acontece com a
2 7 1 1 distância enquanto ela percorre o arco da circunferência.
1 Peça-lhes que acompanhem, no módulo, a abordagem dos dois
3 10
2 2 exemplos das páginas 16 e 17. Esclareça que, nesses gráficos, as retas
que ligam cada dois pontos têm a função de auxiliar visualmente o
1
3 comportamento da função e poderiam ser apagadas.
3
Siga as três instruções (página 18) para construir o gráfico de cada
Resolva os exercícios resolvidos da página 13. Faça tabelas e cálcu- um dos exercícios resolvidos das páginas 19 e 20.
los indicando, passo a passo, como calcular a imagem de um número Desenhe na lousa os gráficos da página 18. Projete o gráfico nos eixos
conforme demonstrado no terceiro, no quarto e no quinto exercícios. cartesianos e identifique o domínio e a imagem das funções. Destaque
Discuta o domínio das funções dadas no exercício resolvido 6 as possibilidades de notação do domínio e da imagem sobre intervalos.
(página 14). No item d e no item f, avalie a competência dos alunos Leve para a sala uma régua de um metro. Desenhe os dois gráficos
para resolução de inequações e chame a atenção para o caso: dados como exemplo nas páginas 18 e 19. Auxilie os alunos a perceber
que o gráfico de uma função só permite um ponto correspondente em
ÁLGEBRA
32x>0
2x > 23 y para cada ponto em x. Para isso, coloque a régua paralela ao eixo
x<3 y e percorra o eixo x da esquerda para a direita, mostrando que, no
Explique por que houve inversão do sinal da desigualdade. primeiro exemplo, a régua “toca” somente um ponto do gráfico para
MATEMÁTICA

cada ponto do eixo x e que, no segundo exemplo, existe mais de um


Tarefa para casa momento em que a régua “toca” dois pontos do eixo x.
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 5 a 10 do “Para No item a do exercício resolvido 9, chame a atenção dos alunos para o
praticar” (página 41) e as atividades 2 a 6 do “Para aprimorar” (página 45). fato de o número de pontos escolhidos não garantir a compreensão to-
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões tal da curva do gráfico. Mostre que, se forem escolhidos apenas números
juntamente com a classe. positivos, não será possível perceber que o gráfico vai “fazer uma curva”.

Funções e função afim 3

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Tarefa para casa Estratégias
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 11 a 13 do Desenvolva, passo a passo, a situação apresentada nas páginas 33
“Para praticar” (páginas 41 e 42) e as atividades 7 a 11 do “Para e 34 e mencione a definição de função composta.
aprimorar” (página 46). Explicite a técnica de determinar a composta de uma função con-
siderando a segunda função como o termo independente.
AULAS 7 e 8
Desenhe os diagramas da página 35 e peça aos alunos que iden-
Páginas: 23 a 28
tifiquem as relações entre o domínio da função f e a imagem da
Função par e função ímpar; função g , e vice-versa.
Defina função inversa a partir dessa observação e do texto das
função crescente e decrescente páginas 35 e 36.
Objetivo Ensine o processo para determinar a função inversa trocando x por y
na função inicial e, a partir daí, isolando y conforme o exemplo da função
Definir função par, ímpar, crescente e decrescente. f(x) 5 4x (página 37). Utilize o mesmo roteiro proposto nessa página.
Para a função f(x) 5 x 1 2, calcule sua inversa usando o processo
Estratégias
descrito na página 37. Monte uma tabela relacionando y 5 f(x) para
Defina função par ou ímpar. a função f(x) 5 x 1 2 e sua inversa f 21(x) 5 x 2 2. Desenhe o gráfico
Desenhe os gráficos das funções f(x) 5 2x 1 1 e f(x) 5 2x2 das duas funções no mesmo sistema de eixos cartesianos (página 38).
(página 25). Indique, sobre a curva desses gráficos, o ponto em que Repita a estratégia na função do segundo exemplo: f(x) 5 x2.
elas são crescentes e decrescentes.
Tarefa para casa
Leia com os alunos o texto “Informações sobre uma função a partir
do seu gráfico” (página 27). Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 19 a 24 do
“Para praticar” (páginas 44 e 45) e as atividades 13 e 14 do “Para
Tarefa para casa aprimorar” (página 46).
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 14 a 16 do Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
“Para praticar” (páginas 42 e 43) e a atividade 12 do “Para aprimorar” juntamente com a classe.
(página 46). AULA 13 Páginas: 83 a 86
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
juntamente com a classe. Revisão
Objetivo
AULAS 9 e 10 Páginas: 28 a 33
Desenvolver, por meio de exercícios, uma revisão dos conteúdos
Função injetiva, sobrejetiva e bijetiva estudados no capítulo.
Estratégias
Objetivo
Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os exercícios da “Re-
Introduzir os conceitos de função injetiva, sobrejetiva e bijetiva.
visão” referentes ao capítulo estudado. Identifique os conteúdos em
Estratégias que ainda há dúvidas e resolva os exercícios correspondentes na lousa.
Por meio dos gráficos e diagramas presentes no material, defina
2. FUNÇÃO AFIM
função injetiva, sobrejetiva e bijetiva, destacando que o domínio, o
contradomínio e a imagem das funções serão avaliados para que seja Objeto do conhecimento
possível definir essa classificação das funções. Conhecimentos algébricos.
Conhecimentos algébricos/geométricos.
Tarefa para casa
Objeto específico
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 17 e 18 do Gráficos e funções. Funções algébricas do 1o e 2o graus, polinomiais,
“Para praticar” (página 44). racionais, exponenciais e logarítmicas. Equações e inequações.
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões Plano cartesiano.
juntamente com a classe.
AULAS 14 e 15 Páginas: 47 a 52
AULAS 11 e 12 Páginas: 33 a 40
Função afim
Função composta e função inversa Objetivos
Objetivos Definir função afim.
Mostrar como obter a função composta. Mostrar a relação entre pontos distintos de uma função afim e sua
Introduzir a noção de função inversa. equação.
Mostrar os gráficos de f e f 21 no mesmo sistema de eixos cartesianos. Definir taxa de variação.

4 GUIA DO PROFESSOR

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Estratégias Objetivos
Explore o exemplo do salário do representante comercial (página Mostrar os gráficos da função afim e de seus casos particulares.
48). Pergunte aos alunos qual será seu salário caso tenha vendido Relacionar função afim com geometria analítica.
R$ 5 000,00 em bens. Construa uma tabela do salário do representan-
te em função do total de vendas no mês: Estratégias
Leia com os alunos o item “Gráfico da função afim f(x) 5 ax 1 b”
Vendas Salário e esclareça as eventuais dúvidas que surgirem.
Trabalhe com os exemplos das páginas 53 a 55.
1 000,00 1 560,00 Peça aos alunos que pensem sobre as questões apresentadas nos
5 000,00 1 800,00 “Para refletir” (página 55) e converse com eles sobre as respostas.
Finalize a aula destacando que, para a construção do gráfico da
10 000,00 2 100,00 função afim, bastam dois pontos distintos.
Informe os alunos da característica da função afim de retornar acrésci-
Mostre à turma que, para montar essa tabela, poderia ser usada mos iguais em y para acréscimos iguais dados em x (exemplo da página 56).
a seguinte função: s(x) 5 1 500,00 1 0,06x, em que x é o total de
vendas durante o mês. Tarefa para casa
Utilize as funções afins apresentadas para destacar os coeficientes a e b. Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 6 a 8 do “Para
Chame a atenção dos alunos para os quatro casos particulares da fun- praticar” (página 80).
ção afim: função identidade, função linear, função constante e translação Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
(páginas 48 e 49). Para cada caso, dê a definição da característica da juntamente com a classe.
função e peça-lhes exemplos, enfatizando que, para a função identi-
dade, só existe uma expressão, f(x) 5 x. Se necessário, corrija os exem-
plos dados pelos alunos e destaque os valores de a e b. Complete os AULA 18 Páginas: 58 a 63
exemplos dados por eles com os exemplos presentes no caderno.
Mostre como determinar o valor de uma função afim. Esclareça Gráfico de uma função definida por mais de
que a função afim nada mais é que um caso particular de função. Para uma sentença; função afim crescente
essa explicação, utilize a função e os exemplos da página 49. e decrescente
Explore o exemplo das páginas 49 e 50, em que é dado o valor de uma
função f em dois pontos: f(2) 5 22 e f(1) 5 1. Como f(x) 5 ax 1 b é Objetivos
a forma geral da função afim, explique aos alunos que, ao substituir x
Mostrar um gráfico de uma função definida por mais de uma sentença.
por 2 e f(x) por 22, obtemos a equação 22 5 2a 1 b. De maneira
Relacionar função afim com geometria analítica.
análoga, com f(1) 5 1, obteremos 1 5 a 1 b, resultando no sistema:
Apresentar as características das funções crescente e decrescente.
2a 1 b 5 22, cuja solução é a 5 23 e b 5 4.
a1b51 Estratégias
Substituindo esses valores na forma geral f(x) 5 ax 1 b, teremos a Mostre a situação-problema da página 58 e explique o tipo de fun-
função afim f(x) 5 23x 1 4. ção e a construção do gráfico dessa função.
Defina taxa de variação (página 50) lembrando que, caso a função Explique o exemplo do gráfico de uma função definida por duas
seja dada explicitamente, basta verificar o valor do coeficiente a. sentenças e o exercício resolvido 2.
Explore os exemplos f(x) 5 5x 1 2 e g(x) 5 22x 1 3 e apresente- Defina função crescente e decrescente (página 60), chamando
-os também de maneira invertida, isto é, f(x) 5 2 51 5x e g(x) 5 3 2 a atenção dos alunos para o fato de que, dependendo do sinal do
2 2x. Chame a atenção para o fato de a taxa de variação não mudar, coeficiente a da função afim f(x) 5 ax 1 b, a função será crescente
pois o coeficiente a é o número que multiplica x. (quando a é positivo) ou decrescente (quando a é negativo).
Leia com os alunos o texto “Função afim e geometria analítica” e
Tarefa para casa
apresente a equação reduzida da reta y 5 mx 1 q, fazendo analogia
ÁLGEBRA
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 1 a 5 do “Para com a conhecida função afim y 5 ax 1 b. Defina coeficiente angular
praticar” (página 80) e a atividade 1 do “Para aprimorar” (página 81). e coeficiente linear.
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
juntamente com a classe. Tarefa para casa
MATEMÁTICA

Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 9 a 15 do


AULAS 16 e 17 Páginas: 53 a 57 “Para praticar” (páginas 80 e 81) e as atividades 2 a 6 do “Para apri-
morar” (página 82).
Gráfico da função afim; uma propriedade Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
característica da função afim juntamente com a classe.

Funções e função afim 5

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AULA 19 Páginas: 64 a 67 Tarefa para casa
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 17 a 20 do
Estudo do sinal da função afim; “Para praticar” (página 81).
zero da função afim; estudo do Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
sinal pela análise do gráfico juntamente com a classe.

Objetivo
AULA 22 Páginas: 75 a 79
Ensinar como acontece a variação do sinal de uma função afim.

Estratégias Proporcionalidade e função linear


Escreva a função f(x) 5 2x 2 300 na lousa e discuta a questão Objetivos
proposta na página 64.
Relacionar função linear com proporcionalidade.
Solicite aos alunos que calculem o resultado final para a venda de
Enunciar o procedimento da regra de três.
150 maçãs. Calcule o resultado final na venda de 100 maçãs e de 200
Explicar como verificar se duas grandezas são direta ou inversa-
maçãs, obtendo 2100,00 reais no primeiro caso e 1100,00 reais no
mente proporcionais.
segundo.
Explore os exemplos das páginas 64 e 65 para calcular o zero da fun-
Estratégias
ção afim.
Faça a interpretação geométrica do zero da função afim, desenhan- Desenhe na lousa a tabela da página 75 e enfoque a proporciona-
do o gráfico da função f(x) 5 2x 2 5. lidade entre as grandezas tempo e distância.
Analise os gráficos da página 65 para enfocar a variação do sinal de Chame a atenção dos alunos para o fato de que duplicando-se,
uma função afim. Lembre-se de pedir aos alunos que leiam os boxes triplicando-se, etc. uma grandeza, duplica-se, triplica-se, etc. a gran-
“Para refletir” e converse com eles a respeito. deza relacionada.
Peça aos alunos que desenhem o gráfico obtido com os pontos
Tarefa para casa da tabela.
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 16 do “Para Leia com os alunos o texto do item “Função linear” (páginas 76 e
praticar” (página 81). 77) e esclareça as dúvidas.
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões Retome a definição de função linear f(x) 5 ax e verifique com os
juntamente com a classe. alunos que a função dada na tabela, d 5 90t, possui fator de pro-
porcionalidade 90.
AULAS 20 e 21 Páginas: 68 a 74 Conceitue grandezas inversamente proporcionais utilizando a
situação-problema.
Inequações do 1o grau com uma variável em R
Tarefa para casa
Objetivos
Solicite aos alunos que façam em casa as atividades 21 a 25 do
Rever o estudo de inequações.
Explicar os processos de resolução da inequação-produto e da “Para praticar” (página 81) e as atividades 7 a 9 do “Para aprimorar”
inequação-quociente. (página 82).
Se achar oportuno, no início da próxima aula corrija as questões
Estratégias juntamente com a classe.
Revise a resolução de inequação e o significado dos sinais , (menor) e Revisão e Mais Enem
. (maior), como também de < (menor ou igual) e > (maior ou igual).
Explore os dois primeiros exemplos da página 68: peça aos alunos AULAS 23 e 24 Páginas: 83 a 87
que tentem resolver o proposto e, em seguida, solucione a inequação
por meio do estudo do sinal da função. Objetivo
Mostre aos alunos como resolver um sistema de inequações por
meio dos exemplos apresentados (página 69). Inicialmente resolva Rever, por meio de exercícios, os conteúdos estudados no capítulo.
cada uma das inequações e, depois, faça a intersecção das soluções.
Utilize os exemplos (páginas 69 a 72) e demonstre aos alunos que, Estratégias
para resolver inequações-produto e inequações-quociente, começamos Proponha aos alunos que, em duplas, resolvam os exercícios da
pelas inequações separadamente, pelo estudo de seu sinal, e então sinte- “Revisão” . Identifique os conteúdos em que ainda há dúvidas e resol-
tizamos a resposta com a análise do quadro de sinais. Enfatize o uso das va os exercícios correspondentes na lousa.
convenções “bolinha vazia” para , ou . e “bolinha cheia” para < ou >. Explore a seção “Mais Enem” com o aluno.

6 GUIA DO PROFESSOR

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RESPOSTAS

c) Crescente: {x [ R| 2p < x < 0};


CAPÍTULO 1 – FUNÇÕES
Decrescente: {x [ R| 0 < x < p}.
PARA PRATICAR – páginas 41 a 45 15. I, III, IV e V.
1. a) Sim 16. a) Maior: Schumacher; Menor: Piquet.
b) O custo de produção (c) é dado em função do número de pe- b) Clark e Lauda; Fangio e Alonso.
ças (x).
17. a.
c) c 5 1,20x
d) R$ 12,00; R$ 24,00; R$ 60,00 18. A 5 {–1, 1, 2, 3}
e) 100 peças 19. a) f(g(1)) 5 4 b) g(f(2)) 5 3 c) f(f(1)) 5 1
x14
2. a) 20. a) f 21(x) 5
Número natural 0 1 2 3 ... n 3
b) f 21(2) 5 2
Sucessor 1 2 3 4 ... n11
21. 2 22. 27 23. f 21(3) 5 0 24. c.
b) Sim
c) O sucessor é dado em função do número natural. PARA APRIMORAR – páginas 45 e 46
d) n 1 1 1. a)
0• • 0
e) 1 000 1• • 1
3. 4• • 2
–2 • • –1 9• • 3
–1 • • 0 16 • • 4

0• • 1 25 • • 5

1• • 3 A B
2• • 4 É função.
A B b) y 5 x
2
É função.
2. e. 3. S 5 P . 4. e.
4. Sim 16

5. a) c 5 10 2 , b) , 5 10 2 c 5. f(x 1 y) 1 f(x 2 y) 5

6. f(23) 5 24; f(0) 5 5 156 x 1y 1 1562x 2y 156 x 2 y 1 1562x 1y


5 1 5
d) f(31) 5 62 2 2
7. a) f(5) 5 10 x 1y 2x 2 y x2y 2x 1 y
156 1 156 1 156 1 156
b) f(4) 5 9 e) x = 7 5 (l)
2
c) f(0) 5 5
2f(x) ? f(y) 5
8. m 5 1
9. a.  156 x 1 1562x   156 y 1 1562y 
52?  ?   5
 2 2
10. a) 80 unidades b) Lucro x1y x2y 2x 1 y 2x 2 y
156 1 156 1 156 1 156
11. a) D 5 [–3, 1]; Im 5 [22, 2]. 5 (ll)
2
b) D 5 ]22, 3[; Im 5 [1, 3]. Como (I) 5 (II), temos que f(x 1 y) 1 f(x 2 y) 5 2f(x) ? f(y).

ÁLGEBRA
c) D 5 [0, 4]; Im 5 [0, 2]. 6. a) D(f ) 5 R
d) D 5 [0, 2p]; Im 5 [21, 1]. b) D(f ) = {x [ R| x > 7}
12. a) Sim b) Sim c) Sim d) Não c) D(f ) = R
MATEMÁTICA

13. e. 1
d) D(f ) = x [ R| x .
14. a) Crescente: {x [ R| x < 2}; 2
Decrescente: {x [ R| x > 2}. 7. a) 50 m/h
b) Crescente: {x [ R| x < 1}; b) 1 h
Decrescente: {x [ R| x > 1}. c) 3 h 45 min

Funções e função afim 7

SER1_CAD2_MAT_ALG_MP.indd 7 10/21/14 4:52 PM


8. a) b) página 36
y y Sim.
página 38
4 4 3x 2 2
f(x) 5 7 ⇒ 5 7 ⇒ x 5 10 ⇒ f 21 (7) 5 10
3
4
Sim.
2

1
CAPÍTULO 2 – FUNÇÃO AFIM
x x
0
0 1 2 3 4 1 PARA PRATICAR – páginas 80 e 81
9. b ? c 5 1 1. a) Corpo em Forma: f(x) 5 90 1 45x; Chega de Moleza: g(x) 5
5 70 1 50x.
10. a) b)
y y b) Corpo em Forma
2. a) C(x) 5 6x 1 10 400 b) R$ 17 600,00
2
1
3. a) V(t) 5 2150t 1 1 000 c) R$ 900,00
x x b) R$ 100,00
0 1 0 1
4. b.
11. a) 1 050 km/h. 5. e.
b) Vmáx . 1 350 km/h; t . 37,5 s. 6.
y
12. f(xy) 2 f(2xy) 5 f(x) 1 f(y) 2 [f(2x) 1 f(y)] 5
5
5 f(x) 1 f(y) 2 f(2x) 2 f(y) 5 f(x) 2 f(2x) 5 0, pois, para uma
função par, temos f(x) 5 f(2x). 4
3
13. c.
2
14. y
1
1 x
3 –2 –1 0 2
–1

2
7. a) f(x) 5 2 1 x 1 2
3 3
1
4
b) f(x) 5 2 x 1 4
3
8. a) m 5 8
–3 –2 –1 0 1 2 3 4 x
b) m 5 23
–1
9. f(x) 5 x + 4; função crescente.
2
–2 x 15
10. a) f (x) 5
21
6
b)
–3 y
f(x)
7
D(f ) 5 R; Im(f ) 5 Z
6
PARA REFLETIR 5
página 12 4
Porque, para x 5 0, não existe 1. 3 y=x
x
página 19 2 f –1(x)
Porque, no exercício resolvido 7, D(f ) 5 {0, 1, 2, 3, 4} e, no exercício 1
resolvido 8, D(f ) 5 R. x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3
página 24 –1

Porque, para ser par, f(3) 5 f(23), o que não acontece. Para ser –2
ímpar, f(23) 5 2f(3), o que também não acontece.

8 GUIA DO PROFESSOR

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c) Os gráficos de f e f 21 são simétricos em relação ao da função
e) y
y 5 x.

( )
5
11. P 2 3 , 1
2 4
3
12. a)
y 2
1
2
x
1 –2 –1 0 1 2 3
x
–2 –1 0 1 2
–1
–2 13. a)
y
–3
2 SA
11 3, 1
b) 2 2 2 x
y –1 0 1 3 2
–1 2 SB
5
4 –2

1
2 b) S 5 {( )}3 1
,
2 2
–1 x 14. m 5 1, n 5 0, r 5 21 e s 5 2.
–2 0 1 2 3
–2 15. a) Sim
–1 b) Não
c) Não
d) Sim
c)
y 16. a) Eixo x : (5, 0); eixo y : (0, 25).
4 b) Eixo x : (4, 0); eixo y : (0, 4).
3
2
1
( )
c) Eixo x : 2 , 0 ; eixo y : (0, 1).
4

( )
1
x 8
d) Eixo x : , 0 ; eixo y : (0, 2).
–1 0 1 2 3 4 3
–1 17. a) f(x) 5 5,00x 2 230,00
–2 b) Para x , 46. O comerciante terá prejuízo se vender menos de
46 unidades.
c) x 5 109
d)
2 d) x . 102
1 e) 66 , x , 82
2 x
–2 –1 0 1 3 18. a) S 5 x [ R | 2 2 < x < 2 1
–1 2

ÁLGEBRA
–2
b) S 5 {x [ R | x , 1 ou 2 , x , 4}
–3
–4 19. a) D 5 x [ R | x < 2 5 ou x > 1
3
MATEMÁTICA

–5
b) D 5 {x [ R | x , 0 ou x > 3}
–6
c) D 5 {x [ R | x < 1 ou x . 5}
–7
20. x 5 3
–8
21. a.

Funções e função afim 9

SER1_CAD2_MAT_ALG_MP.indd 9 10/21/14 4:52 PM


22. a) 95 °F 4. a)
y
b) 160 °C
1
23. Sim, pois y 5 dx, em que d é a densidade. x
0
24. Sofre um acréscimo de 10%.
25. y sofre um decréscimo de, aproximadamente, 13%.
b) y

PARA APRIMORAR – páginas 81 e 82 3


1. a) f(x) = 3x + 70 2

b) 1,66 m. 1
x
2. a) 0 1 2 3
y

1 5. c.
2 x 18, para x > 0
0
6. a) A(x) 5
–2 –1 1 3 18 1 (x 2 10) ? 2, para x . 10
–1
b) x . 20m3
–2
7. a)
–3

–4 Velocidade (km/h) 50 100 80 25 40 20

Tempo (h) 8 4 5 16 10 20
b)
y
b) t (h)
3
20
2
16
1 12
x
8
–3 –2 –1 0 1 2
4
–1 v (km/h)
–2 0 20 40 60 80 100 120

–3
c) Proporcionalidade inversa.
8. a) V 5 5 t 1 455
3
c)
y
b) 2273 ºC
9. A correspondência x → A é uma proporcionalidade, ou seja,
quando a altura relativa a um lado de uma região triangular é
1 x fixada, sua área (A) é proporcional a esse lado (x).
–2 –1 0 2 3
–1 r
–2
A 2A
–3 h h
–4
s
x 2x

3. f(x 1 h) 2 f(x) 5 (x 1 h 1 b) 2 (x 1 b) 5 h (I)


As duas condições da proporcionalidade estão satisfeitas: quan-
f(x' 1 h) 2 f(x') 5 x' 1 h 1 b 2 (x' 1 b) 1 h (II) to maior o valor de x, maior será o valor da área; e dobrando-se,
Logo, f(x 1 h) 2 f(x) 5 f (x' 1 h) 2 f(x'). triplicando-se, etc. o valor de x, duplica-se, triplica-se, etc. a área A.

10 GUIA DO PROFESSOR

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PARA REFLETIR 8. c.
9. a.
página 48
10. c.
Uma função afim é sempre do tipo f(x) 5 ax 1 b, em que a e b são
números reais. 11. e.
12. 29 (01 1 04 1 08 1 16)
página 55
13. a) S 5 {x [ R | 0 < x , 4}
Porque você pode “andar” com a reta y 5 x 1 b paralelamente
com a reta y 5 x. b) S 5 [

Porque, para qualquer valor de x, o valor de f(x) é o mesmo (valor 1


c) S 5 x [ R | 23 , x ,
constante b). 3

página 64
d) S 5 {x [ R | 22 < x < 2 }
5 5 14. D = {x [ R | 21 < x < 0 ou x > 1}
Quando x . , f(x) . 0; quando x , , f(x) , 0.
2 2
15. a) 37
página 65
b) 26,4 cm
O sinal 1 significa f(x) . 0 e o sinal – significa f(x) , 0.
16. a) O plano C.
b) A partir de 50 minutos.
REVISÃO – páginas 83 a 85 17. b.
1. c. 18. c.
2. x0 5 30h 19. e.
3. b. 20. d.
4. b. 21. a.
5. a. 22. c.
6. e. 23. a.
7. a. 24. a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Cálculo 1: funções de uma variável. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1982.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher/Edusp, 1974.
COLEÇÃO do professor de Matemática. Rio de Janeiro: SBM, 1993. 14 v.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. 12. ed. São Paulo: Ática, 1997.
DAVIS, P. J; HERSH, R. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
LIMA, E. L. et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997. (Coleção do Professor de
Matemática, v. 1 e 2).
MORETTIN, P. A; BUSSAB, W. O. Estatística básica. São Paulo: Atual, 1981.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986.
. Mathematical Discovery. New York: John Wiley & Sons, 1981. 2 v.
REVISTA do professor de Matemática. São Paulo: SBM, 1982/1998. v. 1 a 36.

ÁLGEBRA
MATEMÁTICA

Funções e função afim 11

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ANOTAÇÕES

12 GUIA DO PROFESSOR

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ANOTAÇÕES

ÁLGEBRA
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Funções e função afim 13

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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O sistema de ensino SER quer conscientizar seus alunos sobre os problemas da
atualidade. Pensando nisso, apresentamos, no Ensino Médio, capas com animais da
fauna brasileira em extinção. Esperamos que as imagens e as informações fornecidas
motivem os estudantes a agir em favor da preservação do meio ambiente.
A onça-pintada (Panthera onca) chama a atenção por seu tamanho e sua imponência. Quando
adulta, seu corpo pode medir 1,85 m mais a cauda (chega a ter aproximadamente 65 cm),
e pesar 150 kg. É encontrada do México ao norte da Argentina, tanto em meio à vegetação
densa como em campos. Essa espécie está na lista de animais em extinção do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por isso, diversos
programas e projetos trabalham para a sua preservação. Em conjunto, universidades e
institutos de pesquisa estão elaborando o mapa genético da onça-pintada, o que permitirá o
desenvolvimento de estratégias de preservação mais eficazes. O maior felino das Américas
sofre principalmente com a perda de hábitat, decorrente de atividades agropecuárias.

www.ser.com.br 0800 772 0028 PROFESSOR 518905

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