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Consubstanciada no art. 226, §6º da Constituição Federal (com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 66/10), art. 1.571, inciso IV da LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE
2002, art. 731 e seguintes da LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015, e o fazem
escorados em legislação atinente, jurisprudência cristalizada em Instâncias Superiores e
pelos motivos e razões adiante expendidos:
1 - A QUAESTIO FACTI
2 - DO DIREITO
2.1 - DO DIVÓRCIO
A entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 66/ 2010, modificou o § 6°, do art. 226, da
Constituição Federal, deixando de condicionar o divórcio à prévia separação judicial ou de
fato, facilitando aos cônjuges o exercício pleno de sua antonímia privada.
Portanto, após 2010, o divórcio passou a ser Direito potestativo, bastando para a sua
decretação a manifestação de vontade de uma das partes, sem termos ou condições, já que
suprimida a exigência do requisito temporal e do sistema bifásico para que o casamento
pudesse ser dissolvido pelo divórcio.
Assim também, o Código Civil assevera que a sociedade conjugal termina pelo divórcio:
Por fim, Código de Processo Civil preconiza, elenca os requisitos para a homologação do
divórcio consensual. Todos atendidos nesta exordial, vide:
Pelo fato dos requerentes serem casados pelo regime de comunhão parcial de bens,
preceitua o art. 1.660 do Código Civil:
2 . Imóvel: Um sítio, com 2.000 m² de área total, localizado na zona rural do município de
Colatina/ES. Matrícula nº M-37.148, inscrito no cadastro municipal sob nº
008.357.0001.017-0.
O requerido e a requerida reconhecem as partes reciprocamente que qualquer bem que não
estejam arrolados acima é de sua propriedade exclusiva, não integrando ao acervo comum.
2 . A Requerida caberá a fração ideal de 50% dos bens, descrito no item 2.2, equivalente a
R$ 175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais).
Nesta seara, fica evidente que a culpa foi extinta das discussões referentes à concessão de
alimentos, podendo o ex-cônjuge receber alimentos necessários e civis. Contudo, os
requerentes declaram que em virtude de possuírem renda suficiente para a sua
manutenção e subsistência, não sendo necessária a fixação de alimento.
2.4.2 - EM FAVOR DO FILHO
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade;
Demonstra-se no mesmo sentido o art. 1.634, inciso I, do Código Civil quanto à criação e
educação dos filhos menores, e no art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
8.069/90 - ECA) relativo a dever de sustento, criação e educação.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos
filhos:
I - dirigir-lhes a criação e a educação;
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.
Desta forma, mostra-se claro de que compete também ao requerente prover o sustento do
filho, pois, trata-se de satisfações de necessidades vitais de quem não consegue provê-las
por si. Dessarte, o art. 1.696 do Código Civil preconiza que:
Assim, o § 1º do art. 1.694 do Código Civil supracitado, determina que para que possa
ocorrer sua concessão precisa-se de dois requisitos, sendo estes: Necessidade do
Alimentando e Capacidade do Alimentante.
2.5 - DA CRIANÇA
Em relação ao filho, CLEIMAR GARCIA DOS SANTOS, menor impúbere, atualmente com
sete anos de idade, observa-se aos Arts. 3° e 4° da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE
1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
Desta forma, pede-se a Vossa Excelência que sejam observados os fundamentos jurídicos
adiante.
2.5.1 - DA GUARDA
Quanto à guarda do menor CLEIMAR GARCIA DOS SANTOS, o art. 1.583 do código civil,
prevê a possibilidade de guarda compartilhada pelos requerentes.
Demonstra-se Excelência de que toda criança necessita de apoio familiar, desta forma, a
presença de ambos os pais e imprescindível para que esta cresça mental e
emocionalmente perfeita. Desta forma é direito de ambos os pais o convívio com a criança,
o direito de prestar visita é um direito fundamental da família brasileira em razão da
necessidade de um bom convívio familiar visto que o vínculo afetivo permanece e encontra
proteção jurídica contra potenciais agressões. Assim se posiciona o ordenamento jurídico,
conforme o disposto no Art. 19 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente):
A doutrinadora Maria Berenice Dias, Manual de Direito da Família (2011, p. 447), esclarece
que:
Quanto a mudança do nome, com base no art. 17 da Lei 6.515/77 e 1.578 do Código Civil, a
requerente desde já manifesta o desejo de voltar a usar seu nome de solteira.
Art 17 - Vencida na ação de separação judicial (art. 5º " caput "), voltará a
mulher a usar o nome de solteira.
§ 1º - Aplica-se, ainda, o disposto neste artigo, quando é da mulher a
iniciativa da separação judicial com fundamento nos §§ 1º e 2º do art. 5º.
§ 2º - Nos demais casos, caberá à mulher a opção pela conservação do
nome de casada.
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde
o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido
pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
§ 2º - Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de
casado.
Desta forma, a Requerente passará a usar o nome de solteira, qual seja: MARIANA
GARCIA.
3 - DO PEDIDO
Diante do exposto, não mais desejando manter o vínculo existente entre ambos, em
conformidade com art. 731, da LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015, requerem a
Vossa Excelência:
g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova de direito admitidas nos termos
do Art. 369 do Novo Código de Processo Civil;
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CLEITON NUNES MARIANA GARCIA NUNES
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Advogado
OAB-ES n°