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Captação e
desenvolvimento
de pessoas
Sumário
CAPÍTULO 1 – Planejando o Processo de Captação de Talentos...........................................05
Introdução.....................................................................................................................05
Síntese...........................................................................................................................19
Referências Bibliográficas.................................................................................................20
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Capítulo 1 Planejando o Processo
de Captação de Talentos
Introdução
Durante nossas vidas, sempre estamos planejando algo de bom para nosso futuro: uma viagem,
uma formatura, conseguir um bom emprego, trocar de carro etc. Esse planejamento envolve ava-
liação, análises e identificação das possibilidades e das dificuldades que podem surgir ao longo
do alcance das metas desejadas, não é verdade?
Pense em uma empresa: você consegue imaginar como o planejamento pode auxiliar o setor
de Recursos Humanos (RH)? O ato de planejar permeia todos os processos e as atividades rela-
cionadas ao trabalho do setor de RH. Um desses processos está ligado à escolha e à retenção
do seu capital humano: o colaborador. O autor Benedito Pontes (2010) assinala que um dos
grandes desafios da Gestão de Pessoas (GP) refere-se à identificação da pessoa certa e do enca-
minhamento ao local (setor, função etc.) correto, para que ela ofereça, assim, todo seu potencial
à organização.
Todos esses cuidados são relevantes, pois qualquer decisão precipitada pode atrapalhar todas as
etapas traçadas. Também são empecilhos o desânimo, a perda de tempo, de dinheiro e a distân-
cia para que, finalmente, atinjamos a tão sonhada meta. Você talvez esteja se perguntando como
esses exemplos estão relacionados com o setor de RHe, mais precisamente, com o processo de
captação de pessoas. Têm tudo a ver!
Você deve entender, assim, que o planejamento de pessoal está atrelado à colocação de pessoas
nos locais e momentos adequados. Essa colocação pressupõe um processo detalhado e rico de
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Captação e desenvolvimento de pessoas
informações que guiará o setor de RH na captação e na seleção da pessoa certa. Agora que esse
conceito está compreendido, observe as fases do planejamento de pessoal e seu objetivo final:
Perceba que, conforme a figura acima, o planejamento é a etapa inicial para captar, selecionar e
integrar as pessoas. Nesse tocante, Idalberto Chiavenato (2014) indica que o processo de agre-
gar pessoas – no qual está incluso o recrutamento e a seleção – compõe o primeiro passo para
entrada das pessoas nas organizações.
Como comparação, pense naquela brincadeira de infância que consiste em uma grande fileira
de pedras de dominó, de modo que a derrubada da primeira peça possibilitará que as outras
sejam atingidas. Seguindo a brincadeira, o objetivo é alcançado. Tal como na fileira de domi-
nó, vários cuidados devem ser levados em consideração. São exemplos a escolha do local no
qual serão posicionadas as peças, a distância entre estas e uma visualização mental do efeito
que desejamos alcançar, não é verdade? De modo semelhante, saiba que o planejamento de
pessoal envolve uma série de considerações prévias sobre a condição interna da organização
e os aspectos externos que interferem na colocação de pessoas. Vamos estudar a seguir alguns
desses pontos.
Ter conhecimento dessas movimentações permitirá ao setor de GP uma visão sistêmica das ne-
cessidades de pessoal, ou seja, ter uma visão do todo de modo a permitir sua análise: quem está
fazendo o quê, onde poderá chegar, as pretensões da organização a respeito de seus colabo-
radores e as possibilidades de promoção e transferências, por exemplo. Dito de outra maneira,
você poderá conhecer a real demanda de contratações externas, a possibilidade de realocação
de pessoal interno, promoções etc.
Para que fique mais claro para você, pense no exemplo a seguir. O supermercado Fernandes
possui 10 operadoras de caixa: uma delas está grávida de seis meses; duas serão chamadas
como fiscais de caixa em dois meses; outras duas pediram demissão e cumprirão o aviso-prévio.
A partir desse cenário, o setor de RH decidiu analisar e realizar o planejamento de seu pessoal,
estudando como substituiria a operadora de caixa que, em três meses, terá um bebê, as duas
Após análise de seu pessoal, o setor de GP necessita de uma postura proativa para lidar com
as necessidades da realização de um planejamento, prevendo necessidades – movimentações e
contratações –, bem como possíveis transtornos. Tenha em mente que todas essas entradas e sa-
ídas produzem também diversos custos para a organização, como impostos e cargas tributárias,
uso de tempo e até mesmo sobrecarga para colaboradores que permanecem na empresa até que
um novo funcionário seja contratado (PONTES, 2010).
Você percebeu como o planejamento de pessoal é importante? Por conta disso, seu delineamen-
to requer um cuidado minucioso sobre o que está acontecendo com os seus colaboradores e,
principalmente, sobre as influências externas e suas mudanças no cenário social. Frente a essa
afirmação, o autor Antonio Vieira de Carvalho (2007) assinala a necessidade de uma pesquisa
de potencial de pessoal, avaliando tanto o número quanto a qualidade dos colaboradores para
o funcionamento da organização. O autor apresenta duas causas que promovem essa demanda,
que podem ser verificadas por você no quadro a seguir.
A partir disso, você deve entender que, mesmo sendo importante recrutar pessoas para substituir
outras ou, ainda, que seja necessário ampliar o quadro de pessoal, existem questões econômi-
cas e orçamentárias envolvidas nesse processo. Assim, algumas análises merecem sua particular
atenção: a empresa possui orçamento suficiente para contratar um novo funcionário? Os cola-
boradores podem executar suas atividades sem a presença de outro que pediu demissão? Ou se
sobrecarregará? Não deixe de pensar nisso!
Toda essa análise não é uma tarefa simples, não é mesmo? Por isso, o trabalho não pode ser re-
alizado sem a presença de outros setores, tais como financeiro, administrativo, líderes e direção
da organização. Compreenda que todos esses personagens estão envolvidos e são corresponsá-
veis no processo de captação de pessoas, sendo influenciados diretamente pelo planejamento e
pela colocação de pessoal. E por quê? A GP captará e selecionará as pessoas com os quais eles
trabalharão, então não deve atuar sozinho. O setor precisa do apoio dos demais departamentos
da empresa.
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Captação e desenvolvimento de pessoas
Idalberto Chiavenato (2014) indica ainda a necessidade de uma análise do mercado de traba-
lho. Saiba que as características desse sistema influenciam diretamente o comportamento huma-
no e, consequentemente, a busca por empregos e a atitude frente às vagas em aberto. Imagine
que você esteja procurando emprego e se depare com um mercado de trabalho com ampla
oferta de vagas. Possivelmente, você escolherá o emprego que lhe ofereça o melhor salário ou
ótimas condições de trabalho, certo? Caso não goste do trabalho, poderá pedir demissão, pois
há muitas outras oportunidades. Por outro lado, se o mercado de trabalho sofrer com a escassez
de emprego, os candidatos sentirão a necessidade de maior preparação e de qualificação para
poderem participar dos processos seletivos ou para permanecerem nas organizações, com medo
de ficarem desempregados.
Há uma diferença bastante clara entre os cenários, não há? Isso certamente influenciará o pla-
nejamento de pessoal e o modo como será conduzida a colocação dos funcionários. A base do
processo deve ser a necessidade real da organização no alcance de seus objetivos estratégicos
para ter sucesso em um mercado de grande competitividade. E isso vale não somente com clien-
tes, mas também com candidatos qualificados.
VOCÊ O CONHECE?
Idalberto Chiavenato é um autor muito estudado e indicado nas áreas de Administração
e de Recursos Humanos. Publicou mais de 30 livros em português. Possui graduação
em Pedagogia e Filosofia, com pós-graduação em Psicologia, Direito e Administração
de Empresas. Tem ainda mestrado e doutorado na mesma área. É presidente do Insti-
tuto Chiavenato e conselheiro do Conselho Regional de Administração de São Paulo.
Não deixe de ler o livro: Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações (2014) atualizado e completo, com exemplos e ótimas indicações de sites
e livros.
Nesse sentido, Benedito Pontes (2010, p. 69) assinala que “[...] a maior vantagem do planeja-
mento de pessoal é que possibilita a empresa a agir antes do fato”. Desse modo, a organização
evitará, por exemplo, a promoção de um colaborador que não tenha o perfil adequado ou a
utilização do recrutamento externo como única fonte para captação de pessoas. No tocante ao
pessoal interno, o autor afirma a necessidade de um olhar crítico sobre as avaliações de produ-
tividade e de desempenho dos colaboradores como termômetro para promoções.
Deve estar claro para você que o RH necessita ter uma visão sistêmica e globalizada dos depar-
tamentos, dos colaboradores, dos cargos, das funções, das necessidades etc. Apesar de ser uma
tarefa de grande responsabilidade e exigência, o setor possui à disposição importantes ferramen-
tas que o auxiliarão na captação de pessoas. Você vai conhecê-las nos próximos tópicos.
De igual maneira, entenda que o trabalho de planejamento para captar pessoas requer uma aná-
lise a respeito do perfil profissional do colaborador que a organização deseja, bem como dos co-
nhecimentos que deverá possuir, suas habilidades, seus comportamentos e suas atitudes. Quanto
mais informações sobre esse perfil o setor de GP tiver disponíveis, mais fácil se tornará o processo
de captação desse profissional, exatamente como a compra da roupa no exemplo dado.
Uma das ferramentas que contribuem para o conhecimento desse perfil é a descrição de cargos.
Seu objetivo é definir “quem faz o quê”. Nesse sentido, o cargo é “[...] a ocupação oficial do
empregado [...]”, a função diz respeito a um conjunto de atribuições que desempenhará e as
tarefas (seu papel no cargo) é um “[...] conjunto de elementos que requer esforço humano para
determinado fim [...]” (OLIVEIRA, 2013, p. 6-7).
Nessa ferramenta, constarão dados importantes, como a descrição sumária – de modo breve
e geral, aponta as tarefas e funções desempenhadas pelo profissional no cargo apontado –, a
descrição detalhada – atividades realizadas cotidianamente pelo profissional –, o código da pro-
fissão na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), conhecimentos e formação exigida para
desempenhar as funções, os materiais e os equipamentos utilizados na prática profissional, os
aspectos comportamentais, e, se necessário, a experiência mínima exigida.
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Captação e desenvolvimento de pessoas
Prestar serviços de apoio nas diversas áreas e ramos da administração, como: recursos hu-
manos, financeiro, logística; oferecer e receber informações; elaborar relatórios e planilhas;
executar serviços de escritórios e bancários.
DESCRIÇÃO DETALHADA:
___________________________ ______________________________
Você já deve estar ciente de que o objetivo da descrição de cargos é justamente indicar com
riqueza de detalhes o perfil da pessoa que deveria ocupar o cargo de assistente administrativo
da Ferla Empresa de Produtos Automotivos. Mais que isso: funcionará como uma bússola, apon-
tando a pessoa certa que deve ser captada ou recrutada.
Figura 2 – A descrição de cargos indica o perfil do profissional adequado para cada cargo.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Com todos esses dados em mãos, o planejamento de pessoal para captar pessoas começa a ser
delineado. E quem você acha que deve ser priorizado: o público interno ou o externo? O tópico
seguinte tratará das diferenças, das vantagens e das desvantagens na escolha de cada uma das
formas de recrutamento.
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Captação e desenvolvimento de pessoas
Se estiver de acordo com o parágrafo acima, provavelmente você pode estar pensando que o
público interno deve ser priorizado na escolha do tipo de recrutamento ou captação de pessoas,
não é mesmo? Exatamente! Isso ocorre porque os colaboradores que já trabalham na empresa
conhecem os procedimentos e as normas e fazem parte da “família”.
Mas você sabe o que significa recrutar? Segundo Chiavenato (2010, p. 205-206):
O processo de recrutamento possui uma sequência de ações e medidas tomadas para assegurar
que ocorra da melhor maneira possível e alcance seu resultado: o candidato ideal. Normalmen-
te, os setores de GP contam com uma ficha ou um formulário de seleção de pessoal, que é pre-
enchido pelos líderes de cada setor e que apontará os requisitos necessários ao preenchimento
da vaga em aberto.
Tenha em mente que aspectos como cargo a ser preenchido, prazo, salário, solicitante e informa-
ções adicionais – somados às características traçadas na descrição de cargo – serão relevantes
para que o RH tenha a exata noção do perfil que o líder deseja encontrar. Pode ser uma ficha
simples (sem a descrição de cargos) ou mais detalhada (caso tenha a descrição de cargos atuali-
zada), conforme a demanda da organização. Não há a necessidade de utilização de um modelo
fixo ou pré-determinado por autores e profissionais da área. Observe o exemplo a seguir:
UNIDADE:
SOLICITANTE:
CARGO A SER PREENCHIDO:
PRAZO PARA PREENCHIMENTO:
SALÁRIO:
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
ASSINATURA E DATA:
Os líderes imediatos também podem indicar quais de seus liderados estão prontos ou poderão
atuar num cargo específico. Ainda assim, a análise e o acompanhamento do colaborador por
meio de avaliações de desempenho, treinamentos e demais índices de produtividade, conforme o
cargo (percentual de vendas, atendimento, tempo de operação no atendimento receptivo, quan-
tidade de produção etc.) são formas de planejamento de pessoal. Entenda que Pontes (2010)
afirma que este é o melhor método, por prever possibilidade de ascensão dos colaboradores e
antecipar as necessidades organizacionais.
Dessa maneira, a vaga será preenchida por meio de promoção para um cargo com maior res-
ponsabilidade, por transferência de setor ou por transferência de setor com promoção – o que
implica maiores responsabilidades e salário, por exemplo. O método ajuda a diminuir o índice
de turnover, pois atende à expectativa dos colaboradores em serem promovidos e sentirem-se
valorizados (TACHIZAWA et al., 2006).
Por sua vez, os autores Scott Snell e George Bohlander (2013) destacam que, caso a organização
opte pela política de promoção por meio do recrutamento interno, os colaboradores devem estar
cientes dessa escolha e dos meios necessários para participar desses processos. Comumente, as
empresas adotam como método para escolha interna concursos ou provas que avaliarão os co-
laboradores que realizaram uma inscrição prévia. Nesse método, as provas (teóricas ou práticas)
abordam temáticas referentes ao cargo a ser desempenhado, avaliando o conhecimento ou a
habilidade do candidato. Aquele que alcançar a maior nota é recrutado.
Porém, apesar de justa – ao considerar a maior nota –, o modelo sofre algumas ressalvas de Pon-
tes (2010), que prevê consequências à organização na escolha desse método. Você poderá per-
ceber o aumento da competitividade, quando muitos colaboradores disputam uma única vaga
– causando descontentamento generalizado –, há a possibilidade de não recrutar um candidato
com potencial e desempenho compatíveis com o cargo e, ainda, pode existir fofoca sobre a “es-
colha do colaborador” ao cargo – sem considerar o merecimento e a atribuição de uma nota.
Você deve compreender que não existe somente o recrutamento interno. Dessa forma, há vanta-
gens e desvantagens na escolha desse método de captação e recrutamento de pessoas. Confira-
-as no quadro a seguir.
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Captação e desenvolvimento de pessoas
VANTAGENS DESVANTAGENS
Você percebeu quantas vantagens o recrutamento interno traz para a empresa? Pode produzir um
ótimo ambiente de satisfação e produtividade, reconhecendo e propiciando aos colaboradores
o planejamento e o crescimento em suas carreiras na organização. Contudo, caso não seja bem
realizado, pode ter o efeito contrário – insatisfação e sentimento de desmerecimento. Caso a or-
ganização não possua, em seu quadro de colaboradores, profissionais com qualificação neces-
sária ou quantidade ideal de pessoas para o preenchimento das vagas em aberto, será necessá-
rio optar por outro tipo de recrutamento, o externo. O próximo tópico explica seu funcionamento.
Algumas pessoas que estão trabalhando podem não estar satisfeitas com sua colocação ou sua
remuneração e, por isso, estão atentas às vagas presentes nos anúncios de jornal. E, provavel-
mente, você já foi em busca de emprego ou conhece alguém que iniciou sua carreira profissional
entregando currículos nas organizações ou distribuindo-os aos amigos e demais conhecidos
como indicação, certo?
A organização possui diversas fontes por meio das quais poderá captar e recrutar o candidato
ideal para ocupar a vaga em aberto. A GP deve conhecer o público que deseja atrair e captar, o
melhor meio de alcançá-lo e as fontes disponíveis para que isso ocorra. A escolha errada poderá
acarretar em custos demasiadamente altos, perda de tempo do setor e necessidade de reabertu-
ra do processo. Fique atento, então, às fontes que apresentamos aqui e suas possibilidades de
indicação:
FONTES DEFINIÇÕES
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Essa é a fonte mais usada pelos RHs. Porém, algumas questões mere-
cem atenção:
São muitas as possibilidades. A escolha da fonte deve ser vinculada ao perfil e ao alcance do
candidato procurado. Como você conferiu, o anúncio em jornais é a forma mais comum para
captar pessoas externas. Outros pontos, no entanto, merecem um cuidado especial, como a
exigência de sexo ou gênero ao cargo. O ideal seria indicar, ao lado do título do cargo, a ex-
pressão “ambos os sexos” ou M/F ao lado da vaga, para que todos tenham direito a participar
do processo. Caso haja a necessidade de um sexo específico para a vaga, deve ser indicado o
porquê. Um exemplo seria o da contratação de enfermeira para atuar numa clínica ginecológica
e obstétrica. Saiba ainda que foi criada a Lei9.799, de 26 de maio de 1999,com o objetivo de
combater o preconceito e a impossibilidade de acesso ao trabalho às mulheres. Leia-a com
atenção e perceba como a legislação trata das práticas de captação de pessoas: <www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L9799.htm>.
Ferla Empresa de Produtos Automotivos, com grande nome no mercado e em fase de expan-
são, recruta:
Observou com atenção o exemplo de anúncio apresentado? Precisamos, então, realizar alguns
apontamentos importantes sobre o que deve constar nele. O primeiro é a apresentação à em-
presa. Você pode escolher um anúncio aberto ou fechado. Nesse caso, o nome foi apresentado,
mas caso fosse um anúncio fechado, poderia ser usado: Empresa de Grande Porte do Ramo
Automotivo recruta... O segundo ponto é a exposição clara e destacada da vaga em aberto,
pois chama a atenção do leitor. O terceiro trata de forma detalhada das exigências (formação,
experiências – caso haja –, conhecimentos, disponibilidade). No quarto ponto, devem ser des-
tacados todos os benefícios que a organização pode oferecer ao candidato – como atrativo, ob-
servou que frisamos de segunda a sexta? Esse é um requisito muito procurado pelos concorrentes
na atualidade. Lembre-se de que existem pessoas qualificadas que estão atuantes no mercado
de trabalho, mas que desejam algo melhor do que aquilo que recebem. Por fim, o quinto ponto
corresponde ao modo como o candidato à vaga deve concorrer, apresentando suas qualificações
ao recrutador. Entretanto, alguns anúncios são mais simples, não apresentando telefones para
agendamento, benefícios, salários etc; dependendo do perfil e métodos que organização escolhe
para recrutar.
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Simples, concorda? Basta seguir esses passos, avaliar a descrição de cargos ou o perfil da vaga
e prestar atenção aos detalhes que provoquem no leitor o desejo de participar do processo de
seleção para concorrer à oportunidade.
Saiba que as organizações também podem fechar contratos com agências de empregos e con-
sultorias externas especializadas em recrutamento e seleção de pessoas, participar em feiras de
empregos, anunciar vagas na própria entrada da organização, dentre outros. Não se esqueça de
que a fonte deve ser escolhida de acordo com o nível do cargo (operacional, técnico ou estraté-
gico), com o público-alvo e o local no qual organização está instalada.
Volte ao exemplo do cargo de assistente administrativo da empresa Ferla. São sugestões de fon-
tes de recrutamento externo para a vaga a divulgação de anúncios em jornal, as redes sociais e
anúncios expostos nas universidades. É importante destacar que o uso de somente uma fonte de
recrutamento pode não ser suficiente, dependendo do cargo, do nível hierárquico e da demanda
de profissionais disponíveis no mercado de trabalho. Pode ser necessária uma diversidade de
fontes para alcançar seu objetivo.
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Pode propiciar a entrada de novas ideias • Mais lento e demorado para captar pessoas.
na organização.
• Economicamente mais caro, pois necessi-
• Os colaboradores atuais podem não ter ta de investimento em dinheiro, tempo e
a experiência exigida, alcançada por adaptação do novo colaborador ao cargo
meio de um novo colaborador. e à organização. É indicado utilizar apenas
• Método indicada quando uma organiza- de 10% a 20% de pessoas externas para
ção inicia uma nova área de atuação. compor o quadro de pessoal.
Apesar da necessidade de levantar custos, perceba que o recrutamento externo pode trazer
vantagens para a organização. Por exemplo: em um setor de Marketing, os colaboradores estão
viciados num tipo de escolha ou de implantação de projeto – o que pode ocasionar perda de
clientes. Nesse caso, um novo colaborador traria ideias e possibilidades de mudanças no setor,
bem como um novo “gás” às campanhas e à comunicação interna.
• O recrutamento externo procura os candidatos que estão fora do mercado ou querendo mudar
de emprego para atuarem conforme suas qualificações. Essa modalidade de recrutamento
possui como fontes a apresentação espontânea, a indicação de colaboradores, os convênios
com estabelecimentos de ensino, os anúncios em classificados, as redes sociais, o site da
organização, as feiras de emprego, as agências de empregos, entre outras.
• A fonte de recrutamento deve ser escolhida de acordo com o nível do cargo (operacional,
técnico ou estratégico), com seu público-alvo e o local no qual organização está instalada.
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Referências Bibliográficas
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