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Cerâmicas Especiais e
Refratárias
Prof. Dr. Humberto N. Yoshimura
humberto.yoshimura@ufabc.edu.br
Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas
Sumário
Dielétricos
Piezeletricidade
Cerâmicas piezelétricas
Semicondutores
Supercondutores
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Piezeletricidade
Efeito piezelétrico: interconversão de energia
mecânica e energia elétrica por meio de um material
que altera seu estado de polarização quando
tensionado mecanicamente (efeito ‘gerador’) ou que
altera sua forma geométrica (deformação) quando
há mudança no campo elétrico aplicado (efeito
‘motor’); processo reversível
Efeito piezelétrico direto: ação de tensão mecânica
formação de carga elétrica nos eletrodos gera
ddp e corrente (inverso do capacitor)
Efeito piezelétrico indireto ou inverso: ação de
campo elétrico alteração de dimensões do corpo
V = Q/C C = ε .A/d
Q – carga armazenada
V – tensão elétrica resultante
C – capacitância
ε – permissividade elétrica
A, d – área e distância entre
eletrodos
Direto (gerador) Indireto (motor)
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Campo coercivo
[V/m]
Campo elétrico
Lembrete:
Cerâmicas ferroelétricas: dielétricos não centrossimétricos com polarização espontânea
Domínios ferroelétricos: regiões com dipolos elétricos espontâneos curva de histerese
Temperatura de Curie (TC): temperatura crítica acima da qual ocorre transformação para estrutura
centrossimétrica e perda da polarização espontânea
Capacitores: aplicados com domínios ferroelétricos aleatórios (Pr = 0) 5
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Tetragonal
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g=[V.m/N]
Relações típicas:
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Propriedades acústico-mecânicas
Fator de qualidade mecânica – fator Qm: caracteriza a “agudeza” da
ressonância de um corpo piezelétrico (ressonador)
Propriedades dielétricas
Permissividade (ε) / constante dielétrica (k’)
Fator de dissipação dielétrica (fator de perda, tanδ)
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MPB
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Direções fáceis de
polarização
Tetragonal Romboédrico
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Cerâmicas piezelétricas
Classificação
Podem ser divididas em dois grupos conforme a mobilidade dos domínios (dipolos), i.e.
quanto ao comportamento de polarização/despolarização
Cerâmicas piezelétricas “moles”: mobilidade de domínio relativamente alta
polarização relativamente fácil (comportamento ferroelétrico “mole”)
Características/vantagens: altas constantes piezelétricas, permissividade moderada-
mente alta, altos fatores de acoplamento eletromecânico, apresentam grandes
deslocamentos/deformações
Principais áreas de aplicações: atuadores para micro- e nanoposicionadores, sensores e
aplicações eletroacústicas
Cerâmicas piezelétricas “duras”: baixa mobilidade de domínio polarização
relativamente difícil suportam altos campos elétricos e altas tensões mecânicas
Características/vantagens: permissividade moderada, altos fatores de acoplamento, altos
valores de fator de qualidade (fator-Q), estabilidade de propriedades em aplicações de
altas potências e elevadas cargas mecânicas; perdas dielétricas relativamente baixas
uso contínuo no modo de ressonância com baixo aquecimento do componente
Principais aplicações: geração de ondas ultrassônicas de alta potência
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Aplicações
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Nano e
microposicionadores
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Parâmetros eletromecânicos de cerâmicas de titanato zirconato de chumbo e niobato de
magnésio e chumbo
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Aplicação de eletrodo
Polarização
Montagem, inspeção 32
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Aspectos microestruturais
Polarização é afetada pela microestrutura: tamanho de grão, porosidade
Efeito piezelétrico desaparece em cerâmicas com grãos muito finos e tamanho de grão
abaixo de ~1 µm é difícil de polarizar. Cerâmicas com grãos muito grandes são fáceis de
polarizar, mas também fáceis de despolarizar e propriedades piezelétricas são menos
estáveis
Poros e inclusões tendem a fixar as paredes de domínios e dificultam a polarização.
Usualmente densidade mínima de ~96% da teórica é necessária para polarização
Peças devem ser fabricadas cuidadosamente para minimizar defeitos grandes de
processamento que diminuem a resistência mecânica, para poder suportar o elevado
campo elétrico aplicado durante a polarização e para não falhar prematuramente durante
a aplicação
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