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Olá pessoal, como estão? Espero que bem.

Seguindo a nossa série de publicações, desta vez abordaremos a temática a respeito do


“Indeferimento da Petição Inicial”. A última publicação teve como objeto de estudo a
ferramenta por meio da qual se provoca o Estado-Juiz, instrumento hábil a, cumpridos os
requisitos elencados em lei, dar início ao processo.

Após o protocolo da peça de ingresso — ato que, para a parte autora dá início ao processo — e
a sua devida distribuição (etapa necessária para o cumprimento e observância do princípio do
“Juiz Natural”), culminando na recepção da Inicial pelo magistrado, este pode proceder aos
seguintes atos: determinar a sua emenda, decidir pela improcedência liminar do pedido, ou
ainda extinguir o processo sem a resolução meritória através do Indeferimento da Petição
Inicial, que é o nosso tema de hoje.

As hipóteses de indeferimento encontram-se aludidas no artigo 330 do Código de Processo


Civil de 2015, quais sejam: I – inépcia da Inicial; II – ilegitimidade manifesta da parte; III – falta
de interesse processual da parte e; IV – não observância das prescrições presentes nos artigos
106 e 321.

[CURIOSIDADE: a exordial pode ser indeferida parcialmente. De início, pode parecer uma idéia
um tanto quanto estranha, mas sim, é possível o indeferimento segmentário da peça
vestibular. Por exemplo: se um dos pedidos realizados na inaugural tiver sofrido o instituto da
prescrição, o magistrado pode decidir pelo indeferimento deste pedido, bem como quando o
juízo a que se dirige a Petição Inicial for incompetente para julgar um dos pedidos. Outro
exemplo ainda é quando apenas uma parte, em havendo litisconsórcio, é considerada
ilegítima, podendo assim o julgador decidir pelo indeferimento para a parte manifestamente
ilegítima para integrar a relação processual]

I - Quanto à inépcia da peça preambular, pode-se dizer que sua consideração se dá quando
nesta lhe faltar: 1)pedido ou causa de pedir; 2)o pedido for indeterminado —ressalvadas as
hipóteses em que o pedido abstrato é permitido; 3) não houver conclusão lógica a que se
chegue a partir da narrativa fatual e; 4) houver incompatibilidade dos pedidos.

II – A legitimidade da parte depende de aquele que está a pleitear algo frente ao Judiciário seja
titular de um Direito.

III – O interesse processual diz respeito à conveniência que a prestação jurisdicional terá em
relação à parte, isto é, não se pode demandar por algo que não seja ou que não venha a
afetar, direta ou indiretamente, a esfera jurídico-patrimonial de direitos ou deveres do sujeito.

IV – O artigo 106 faz referência às incumbências do advogado que postula em causa própria. A
sua presença no rol de ocasiões bastantes para o indeferimento da inicial causa certa
estranheza, uma vez que o que elenca o seu inciso I e II já é de obrigação a qualquer pessoa
que esteja a ajuizar uma ação.
Por fim, vale dizer que a natureza jurídica do indeferimento sumário, como chama o ilustre
Humberto Theodoro Jr., é de “despacho”, via de regra, de mero expediente.

Cremos ter sido bastante frutuoso o assunto de hoje. Até a próxima!

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