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FACULDADE CATOLICA DO RIO GRANDE DO NORTE


KARILENE ÁDRIA SILVA DE MEDEIROS
ELTON OLIVEIRA DA SILVA
GEOVANIO DE SOUZA VARELA
LISANDRA FERNANDES TEIXEIRA

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO COM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA

MOSSORÓ-RN
2019
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KARILENE ÁDRIA SILVA DE MEDEIROS


ELTON OLIVEIRA DA SILVA
GEOVANIO DE SOUZA VARELA
LISANDRA FERNANDES TEIXEIRA

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO COM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA

Trabalho apresentado a Faculdade do Rio


Grande do Norte como um dos requisitos
da disciplina Metodológica da Pesquisa
Cientifica, do curso de Psicologia
ministrada pela Profº Dra. Adriana Martins
de Oliveira.

MOSSORÓ-RN
2019
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
..........................................................................................................4

2 REFERENCIAL TEORICO .......................................................................................5

2.1 HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER .............................................5

2.2 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA......................................................................................6

2.3 A PSICOLOGIA ATUANDO COM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA................................................................................................................8

3 METODOLOGIA
.......................................................................................................9

REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO

Na nossa história como sociedade um tema bastante discutido é a violência


contra as mulheres, em destaque aqui, a violência doméstica, apesar de toda essa
discussão ainda é possível identificar essa prática de selvageria, no entanto esse
problema se torna complexo se ser solucionado, por abranger várias vertentes. Esse
tipo de irritação causa na vítima, na maioria das vezes a mulher, danos,
prejudicando-a por muito tempo ou até para sempre, pois, na maioria das vezes,
além de sofrer violências físicas e sexuais ainda são abaladas psicologicamente e
emocionalmente, onde se faz necessário a atuação do psicólogo com as mulheres
que se tornam vítimas desse sofrimento.
A violência contra a mulher é um tema relevante perante a sociedade,
especialmente a violência doméstica que acontece em sua própria casa e
geralmente pelo seu companheiro, onde as vítimas podem desenvolver traumas,
medos, insegurança e receio de estar em sua residência na presença de seu
companheiro. Silva, Coelho e Capone (2007) comentam que as “violências
domésticas” ocorrem no âmbito familiar ou doméstico, entre quaisquer dos membros
da família e que esse tipo de violência é tratado no plural, por se tratarem de
diversas formas de violência que podem ocorrer nesse espaço. Apesar de não ser
uma forma de violência considerada nova, ainda necessita de uma maior
abordagem, pois o problema estar longe de ser considerado extinto. Partindo desse
preceito, o presente trabalho apresentou a seguinte questão-problema: como se dá
a atuação do profissional em Psicologia com mulheres vítimas de violência
doméstica?
Procurando responder à questão-problema, o presente artigo teve como
objetivo realizar uma discussão teórica sobre a atuação do psicólogo com mulheres
vítimas da violência doméstica. Para realização deste estudo se fez necessário a
descrição a respeito do histórico da violência contra as mulheres, onde será
abordado as luta feministas que levaram ao reconhecimento das agressões que as
mulheres sofriam dos seus companheiros e da própria violência doméstica onde
apresentamos os tipos dessas e o que podem causar. O mesmo pretende contribuir
com uma discussão teórica da temática, tenho em vista a importância de cunho
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social e de saúde pública deste tema, em especial, a contribuição do trabalho da


psicologia com as vítimas.
2 REFERENCIAL TEORICO

2 .1 HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A violência contra a mulher é um tema de antiguidade, na sociedade brasileira


ela é discutida desde a década de 70, intensificando-se as lutas em relação aos
direitos e amparos dessas vítimas a partir dos anos de 1980, sendo reconhecida a
partir de 1990. No Brasil as ações contra esses casos foram melhor elaboras e
ampliadas após a implantação da lei “Maria da Penha” que foi criada baseada em
uma mulher vítima de violência doméstica que teve garra e determinação para sair
dessa situação, através da luta e da história dessa mulher ouve a criação dessa lei
que hoje também abrange crimes de feminicídios, após esse momento iniciou as
delegacias específicas para receber denúncias de violência contra a mulher. Apesar
de todo o contexto de luta e resistência ainda é muito comum e diário esses casos e
eles acontecem de diversas formas, sejam psicológicas, sexual, física e emocional.
De acordo com Azambuja (2007) existem várias nomenclaturas para o termo
violência, ela pode ser considerada como força ou ação da mesma, bravo, vigor,
potência, tratar com violência, profanar, transgredir, sendo abuso sinônimo de
agressão. A violência é o ato de tratar maldosamente a pessoa, fazendo uso da
força e de agressões para proferir danos. De acordo com Santos e Witech (2016) se
propagam algumas características nos casos de violência contra mulher, são eles,
ciúmes, a necessidade de controle e de poder, e ou, fatores externos, álcool e
drogas.
Tento em vista a terminologia da palavra violência e seus significados
podemos identificar que esta pode ser propagada de inúmeras maneiras. A violência
psicológica acontece muitas vezes de forma silenciosa, pode ser considerada uma
das mais difíceis de ser identificada, pois se dá através da fala que esse
companheiro expressa diariamente para com a mulher, fazendo com que a mesma
se sinta desvalorizada, diminuída, impotente, prejudicando o seu psicológico.
Conforme Silva, Coelho e Capone (2007) a violência psicológica agrega ameaças,
humilhações, chantagens, discriminação e exploração além disso ainda exige
determinados comportamentos, critica pelo desempenho sexual, proíbe a saída
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dessa mulher de casa, causando isolamento da família e dos amigos e impede a


utilização do próprio dinheiro. Esse comportamento repete-se constantemente e com
o passar do tempo corre sérios riscos de desenvolver na vítima transtornos
ansiosos, depressivos e pode até leva-la a cometer suicídio. Violência sexual é
aquela que obriga a realização do ato sexual sem autorização ou interesse da outra
pessoa, por meio da força física, da pressão psicológica ou até pelo uso de drogas
ou armas. Sem esquecer da violência física, aquela que age brutalmente e
covardemente sob a mulher. Silva, Coelho e Capone (2007) ressalta que a violência
física ocorre quando o agressor tenta ou causa algum dano utilizando a força física,
arma ou algum instrumento que possa lesionar a vítima, esta pode ocorrer
internamente tendo hemorragias ou fraturas e externamente quando há cortes,
hematomas, feridas e etc.
Por último e não menos importante ainda existe a violência emocional, na
verdade esse tipo é uma espécie de resumo de todas as outras, não tem como
separar nenhum tipo de violência das emoções, tudo reflete nela. Quando o
agressor pratica qualquer tipo excesso contra sua companheira ela vai danificando
aos poucos o emocional da mesma, vai denegrido sua imagem tanto física como
psicológica e sexual, a vítima vai se diminuído e com isso vai entristecendo e
absorvendo toda aquela ofensa tonando-se assim uma pessoa também vítima de
uma violência emocional, causando um prejuízo incalculável pois ela pode ficar
naquele quadro por muitos anos podendo torná-lo irreversível.

2.2 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A violência doméstica é um de um dos tipos mais conhecidos, é sofrida na


maioria das vezes por mulheres dentro da sua própria residência, recebe essa
nomenclatura por esse motivo, impedindo-as de manter sua paz e tranquilidade no
aconchego do seu lar, é cometida por companheiros que convivem nesse âmbito
com estas. Esse homem pode ter diversos papéis na vida delas, pode ser seu
marido, ex-marido, namorado, irmão, tio, pai e etc., não importando-se com as
consequências de seus atos. Neste local ocorre vários tipos de violência que já
foram citados no capítulo anterior, pode acontecer apenas um tipo ou todos eles.
Segundo Guimarães e Pedroza (2015) essa temática tem sido cada vez
mais discutida pela sociedade brasileira, onde apesar de não ser um problema
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contemporâneo, vem tomando força no últimos 50 anos, o que a torna de caráter


recente, o destaque se dá pela gravidade e seriedade do assunto e das situações de
sofrimento vivido pela mulher em suas relações afetivas e de vínculo. Estas acarreta
diversos dano dificultando até mesmo o desenvolvimento pleno do exercício dos
direitos humanos e da própria cidadania. Se a mulher não consegue exercer
atividades básicas dentro de uma sociedade, sendo desrespeitada direta ou
indiretamente por alguém, sua cidadania, automaticamente estar sendo ameaçada.
Santos e Witech (2016) comenta que a violência doméstica muitas vezes é
“aceitada” pelo motivo da vítima ter uma relação de afeto com o agressor que a faz
deixar de lado a violência que sofre em nome do amor, do medo, por receio, por
necessidade financeira ou pelos filhos fruto dessa relação ou de outras, perpetuando
essa situação por muito tempo. Existem algumas características comuns nos
agressores, a prática da violência tem como motivo o ciúme, a raiva, a necessidade
de pertencimento e de exercer posse sob a vítima e também pode acontecer pelo
uso de álcool drogas que são considerados fatores externos.
Porto (2006) expõe que a violência doméstica causa diversas consequências
nas mulheres, essas vão de um leve empurrão ao próprio óbito. Pode levar a
doenças crônicas pelo uso da força, hemorragias ou doenças sexualmente
transmissíveis repassadas pela violência sexual, além de traumas, depressão,
ansiedade e etc. que a violência psicológica e emocional trás. Elas podem ser
levadas até aos filhos, que muitas vezes assistem essas senas assustadoras, além
de ouvir comentários onde seus próprios parentes mais próximos acabam
comentando. Guimarães e Pedroza (2015) ainda ressalta que vários estudos
mostram o quanto os valores culturais está muito presente na realização dessa
violência, principalmente as de valores machistas e patriarcais que são a maioria em
nossa sociedade. Infelizmente em pleno século XXI ainda existem esses tipos de
comportamento por simplesmente diferenças de gêneros, onde em nossa sociedade
sempre foi comum o comando dos homens e a obediência das mulheres em todos
os aspectos, inclusive no pensamento de posse, podendo fazer o que lhes convêm.
Fonseca, Ribeiro e Leal (2012) afirmam que a violência doméstica repercute
de várias formas na vida dessa mulher, no trabalho, na saúde (física ou psicológica)
e consequentemente na sua vida social, a violência doméstica atinge cerca de 25%
a 50% da população feminina e esse número causa um custo na saúde. Quanto
mais mulheres sofrem de violência mais a saúde gasta com esse processo,
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transformando assim esse problema em algo social e motivo de grande


preocupação.

2.3 A PSICOLOGIA ATUANDO COM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA

A violência doméstica é um campo muito difícil de atuar, pois em sua


totalidade as mulheres tem vergonha, medo, receio de falarem sobre o que sofrem,
pois isso vai gerar um “julgamento” social sob elas. Por esse motivo as dificuldades
aumentam tanto para pesquisa científica, pela medo de se expressar e também pelo
risco que os entrevistadores pode correr, quanto para executar tratamentos
psicológicos, pelo mesmo motivo de receio. De acordo com Hanada, D’Oliveira e
Schraiber (2010) a violência doméstica contra as mulheres é uma configuração de
um problema de grande magnitude, complexo e sensível tanto para a pesquisa
como para a atuação. Trata-se de uma negação do humano, transbordando
sentimentos de humilhação justificando a dificuldade de falar sobre a situação vivida,
isso caracteriza-se como uma experiência de violação dos próprios direitos humanos
e podem permear julgamentos morais que modelam o ser masculino e feminino
perante a sociedade, desqualificando a subjetividade feminina.
Esse problema se torna transversal, pois envolve a complexidade de diversas
dimensões, por esse motivo, não tem como ser trabalhado apenas uma área, o
tratamento tem que ser dado pluralmente, para melhor resultado. Para isso, deve ser
desenvolvidos trabalhos, culturais, institucionais, familiar e individual, transformando
valores e levantando possibilidades de criação de políticas públicas nesses setores
promovendo uma melhor assistência a mulheres vítimas de violência doméstica. O
envolvimento de vários setores da sociedade é primordial para o tratamento, tanto
da área da saúde para cuidar dos maus tratos físicos, quando no setor policial para
receber e investigar as denúncias, no social para orientação dessas mulheres sobre
seus direitos e também auxilio do psicólogo para ajudar nos danos emocionais da
mesma e outros profissionais.
Conforme Porto (2006) observou-se que os serviços de saúde ofertados eram
insuficientes para o atendimento que as vítimas precisavam, esse modelo não tinha
respostas eficientes, em último caso era utilizado o uso da psicologia, no entanto, o
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trabalho desse profissional se faz necessário para enfrentamento desse problema. A


atuação do psicólogo se faz imprescindível na situação de mulheres vítimas dessa
violência pois ela se propõe a cuidar das emoções desta para que se tornem
pessoas que se amam acima de tudo, para Gomes (2014) a finalidade do
atendimento psicológico na Estratégia de Saúde Familiar (ESF) se dá pela
importância de ações que previnem e diminuem as consequências que a violência
doméstica pode ocasionar. Pensando nisso, o primeiro passo a ser dado é fortalecer
a auto estima da mulher, valorizando-a e para isso é importante que sejam aplicadas
técnicas de empoderamento e viabilizem formas de fortalecimento para a saída de
um relacionamento pautado na violência.
No decorrer da nossa história o papel da mulher em sociedade era e em
alguns momentos ainda são de submissa ao homem, desta forma, existe uma
grande dificuldade de interpretação social que reconheça que a mulher é vítima
dessa “caixinha” implantada ao longo do tempo. Esse motivo fez com que por muitos
anos pensasse que o ser feminino tinha problemas mentais e situação de violência
doméstica era de sua própria responsabilidade e culpa, após muitas lutas feministas
onde foram conquistando o seu lugar passou-se a ver o homem como agressor e
causador dessa situação, em decorrência de diversos estudos que foram surgindo
observou-se essa modificação no olhar social e atualmente o tratamento se dá não
somente auxiliando a mulher, mas também realizando essa terapia diretamente com
o casal, identifica-se uma dificuldade desse homem reconhecer o seu erro e
procurar ajuda, no entanto o avanço nos resultados é promissor.
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3 METODOLOGIA

O presente artigo teve como tipologia central a investigação de caráter


descritivo com uso de procedimentos teóricos, tendo como base outros trabalhos já
publicados, que trouxeram significativo embasamento teórico para a abordagem do
assunto. Segundo Severino (2007) a pesquisa bibliográfica se realiza a partir de um
registro que esteja disponível para a pesquisa, seja em documentos impressos,
como livros e artigos. Os mesmos são fontes do temas a serem pesquisados.
Nessa modalidade de pesquisa, encontram-se, também, os hipertextos,
documentos retirados da web, em fontes de pesquisas científicas como: Bibliotecas
Virtuais e Digitais, Base de Dados, Portais, Periódicos Científicos etc. Realizou-se
uma análise baseada em 9 artigos científicos, onde buscou-se realizar uma
discussão teórica sobre a atuação do psicólogo no atendimento de mulheres vítimas
de violência doméstica. Descritores: sociedade, desrespeito, feminismo.
Conforme Treinta (2014) utilizamos o método de investigação de definição de
conceitos principais da pesquisa, elencando pontos como o contexto, problema,
objetivo principal, objetivos específicos e questões de pesquisa. Com relação a
teoria na análise dos dados procuramos causar uma reflexão de um acontecimento
social, destacando assim os resultados das pesquisas.
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REFERÊNCIAS

AZAMBUJA, Mariana Porto Ruwer de; NOGUEIRA, Conceição. Violência de gênero: uma
reflexão sobre a variabilidade nas terminologias. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 31, n.
75/76/77, p. 97-106, jan./dez. 2007.

FONSECA, Denise Holanda da; RIBEIRO, Cristiane Galvão; LEAL, Noêmia Soares
Barbosa. Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicologia
& Sociedade, v. 24, n. 2, p. 307-314, 2012.

GOMES, Nadirlene Pereira et al. Cuidado às mulheres em situação de violência conjugal:


importância do psicólogo na Estratégia de Saúde da Família. Psicologia USP, v. 25, n. 1, p.
63-69, 2014.

GUIMARÃES, Maisa Campos; PEDROZA, Regina Lucia Sucupira. Violência contra a


mulher: problematizando definições teóricas, filosóficas e jurídicas. Psicologia & Sociedade,
v. 27, n. 2, p. 20, 2015.

HANADA, Heloisa; D'OLIVEIRA, Ana Flávia Pires Lucas; SCHRAIBER, Lilia Blima. Os
psicólogos na rede de assistência a mulheres em situação de violência. Revista Estudos
Feministas, v. 18, n. 1, p. 33, 2010.

PORTO, Madge. Violência contra a mulher e atendimento psicológico: o que pensam os/as
gestores/as municipais do SUS. Psicologia: ciência e profissão, v. 26, n. 3, p. 426-439, 2006.

SANTOS, Ana Paula Coelho Abreu dos; WITECK, Guilherme. Violência doméstica e
familiar contra a mulher. Seminário Internacional Demandas Sociais e Políticas Públicas
na Sociedade Contemporânea, 2016.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed., revista e


atualizada. São Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, Luciane Lemos da; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi
Cucurullo de. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física
doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007.

TREINTA, Fernanda Tavares et al. Metodologia de pesquisa bibliográfica com a utilização de


método multicritério de apoio à decisão. Production, v. 24, n. 3, p. 508-520, 2014.
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