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BUDISMO

O Budismo foi fundado por Gautama Buddha ou Buda (“o sábio”) ou Sakya-Muni (“o solidário dos
sakvas”) no século VI a . C. e, não sendo propriamente uma religião, constituindo-se mais como
um sistema de moralidade e de filosofia. Realmente, Gautama não pretendeu fundar uma religião,
embora, mais tarde, seus discípulos começassem a dar-lhe um enfoque religioso.

Assim, é que o Budismo foi adotado, na Índia, no século III a . C ., como religião oficial, vindo,
posteriormente, a ser a religião dominante na China e em outras nações do Extremo-Oriente (Japão,
por exemplo, onde, atualmente está o grande centro do Budismo).

Um dos aspectos curiosos no Budismo, é que Buda, que não ensinou o culto a nenhum ser ou objeto
divino, mas trabalhou com sacrifício próprio, conforme sua visão, pela salvação do mundo, veio,
depois, a ser objeto, ele mesmo, de amor e culto por parte de seus seguidores. Doutrinariamente, o
Budismo nega a existência de um Deus pessoal e, a partir daí, adora diversos deuses.

O homem, no Budismo, é sem valor, tanto quanto a vida humana. Viver é sofrer. O sofrimento,
resulta da paixão, e o corpo humano é considerado um obstáculo à vida espiritual, dizem os
ensinamentos de Gautama.

O Budismo tem, pois, pouca estima pela vida, pelo homem e pelo mundo que o cerca: a chave para
a salvação está no sofrimento, na miséria e na dor.

Mas, quem foi Buda realmente?


Nascido filho único e herdeiro de rico governador e senhor de terras, chefe da tribo dos sakyas,
Buda foi criado em meio ao luxo e esplendores palacianos. Conta a história que, nos 16 anos, seu
pai construiu-lhe três palácios.

Aos 29 anos, já casado e com um filho, durante um passeio, ficou profundamente impressionado
por quatro cenas que presenciou: um homem velho e decrépito; um doente em estado lastimável;
um cadáver; e um tranquilo homem religioso não acometido por qualquer sofrimento. Chocado com
as cenas que testemunhara e, convencido de que todos os homens estão sujeitos àquelas misérias,
deixou mulher, filho e riquezas, afastou-se do convívio humano e fez-se um monge, passando a
levar uma vida de mortificações e sacrifícios.

Uma noite, já aos 35 anos, aproximadamente, estando em meditação, pernas cruzadas e sob uma
árvore, encontrou uma solução (“a iluminação”) e o remédio para o mal do homem: as “Quatro
Grandes Verdades” (assim chamadas) do Budismo, seu fundamento universal.
“Buda” é propriamente o verbo que expressa, em sâncrito, a experiência de “tornar-se iluminado”.
Desde então, Buda tornou-se o nome do fundador desta (se por acaso pode se chamar assim)
religião.

A partir da experiência da “iluminação”, Buda começou a pregar seu ensino salvívico, baseado no
cultivo de uma autodisciplina, segundo a qual a uma pessoa sincera é bastante exercitar,
adequadamente, seus estados de consciência, prescindindo de todos os recursos convencionais das
religiões então existentes: divindades, cultos cerimônias, etc.

O Budismo não proclama a fé em um Ser Supremo, merecedor de adoração, nem tão pouco, ainda
hoje, é um sistema filosófico que se possa dizer estável, salvo, é certo enquanto significa (se é
possível de se dizer assim), uma visão basicamente pessimista do mundo.

A partir daí é que ao relacionarem-se algumas de suas características principais, não se encontra
nelas uma disposição sempre coerente.
“A Lei do Karma”
Segundo o ensino budista, reflete essa lei, a “lei dos atos”. Trata-se de um princípio inarredável,
inafastável. Inexorável, pode-se dizer assim, um princípio de justiça impessoal e de retribuição
moral, segundo o qual “nem no céu, nem nos mares, nem na mais profunda e escondida gruta de
uma montanha, há algum lugar onde o homem possa escapar de suas más ações”.

Buda acreditava firmemente que se os homens tivessem consciência de que a maior parte dos males
cai sobre eles mesmos, muitos deixariam a maldade, inclinando-se à prática do bem.

Ora, a Sagrada Escritura nos ensina que, sem Jesus, nada podemos fazer (Jo 15, 5), e que: “Se
dissermos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os pecaedos e purificar-nos de
toda iniquidade. Se dissemos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós. Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis, mas, se alguém pecar, temos
um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (1Jo 1, 8-2, 2)”.

O Estado do “Nirvana”
Significa a “mais alta felicidade”, a qual se poderia atingir, segundo o ensino budista, a partir da
mais alta isenção, do maior afastamento, de toda e qualquer inquietude. É propriamente um estado
negativo do ser: uma paz sem paixões. A absoluta extinção da personalidade e da consciência do
indivívuo, tratando-se do estado do “Nirvana”, é conclusão que se pode extrair dos princípios
fundamentais do Budismo.

É verdade que o Senhor Jesus Cristo nos ensina que: “aquele que tenta conservar para si a vida,
vai perdê-la (Mt 10, 39)” e, em outro lugar: “Se alguém quiser vir após mim, renegue-se a si
mesmo, tome a sua cruz, e siga-me (Mt 16, 24)”. E também: “Quem quiser salvar a sua vida vai
perdê-la, mas quem perder a sua vida, por minha causa, vai encontrá-la (Mt 16, 25)”. Mas uma
coisa muito diferente é “perder a própria vida”, como no ensino de Jesus, por amor dele; e outra
coisa é a libertação de inquietudes e um aniquilamento da consciência com o objetivo de, por
esforço próprio, atingir a paz, um estado de “Nirvana”, segundo o ensinamento budista.

Aliás, cabe aqui, uma referência ao “Movimento da Nova Era”, que, em seus ensinos, busca,
igualmente, aqueles métodos de meditação e concentração, difundidos como meio de crescimento
espiritual próprio, a partir de esforços, também próprios.

A Escritura Sagrada nega que se possa obter tal salvação utilizando um caminho próprio, pois “por
graça fostes salvos (Ef 2, 5)”, “porque é pela própria graça que fostes salvos, mediante a fé. E isto
não é a vós que deve; é dom de Deus. Não vem das obras para ninguém se poder gloriar. Pois nós
somos obra sua, criados em Jesus Cristo, em vista das boas ações que Deus de antemão preparou,
para nós as praticarmos (Ef 2, 8-10)”.

A Congregação Budista
Teoricamente , o Budismo com suas teorias e seus ensinos basicamente individualistas não deveria
comportar uma congregação. Entretanto, Buda organizou seus seguidores em uma ordem
“monástica” - diga-se assim. Desde a origem, constituiu-se a comunidade búdica organizada por
meio de regras monásticas (“vinaya”).

A admissão à sociedade monástica obriga o iniciado a passar por umas tantas provas. Na “Igreja”
budista, não há culto. A sociedade monástica se reúne tão somente para recitar as palavras de Buda.
AS mulheres são admitidas à congregação, mas em uma situação inferior.
Há uma importante fórmula do Budismo, que resume sua doutrina, e que é usada na cerimônia de
admissão dos iniciados, e diz assim: “Eu me refugio em Buda, que é a Lei e a Ordem”.

O “Eu”
O Budismo ensina que, primeiramente, o homem deve afastar de si, todo o suporte de “eu”. Este
pensamento do “ego” cobre toda a aspiração elevada e boa do homem, como a cinza sobre o fogo.
O homem deve tirar de si, então, todo o amor próprio, arrancá-lo, “como se tira a flor de outono,
com a mão”.

Se por um lado, um tal ensino possa ter semelhança com o Evangelho de Jesus, como fizemos
referência no ítem anterior ao falar do “estado do Nirvana”, na verdade, há uma diferença. O “tirar
de si todo o amor próprio” budista se afasta do Cristianismo que, categoricamente, afirma que o ser
humano é incapaz, sem a graça de Deus, de evitar o pecado ao qual está inclinado pela
concupiscência.

Jesus Cristo, nosso Senhor, não é somente um mestre ou ideal a ser seguido, mas,
fundamentalmente, é o nosso redentor-salvador, aliás, redentor-salvador universal. E sem sua graça,
ao homem jamais será possível “arrancar” de si mesmo aquela “cobertura”, de cinza, aliás, não
propriamente uma “cobertura”, mas sim, algo bem mais radical, de raiz, natural ao homem.

Diferenças Radicais entre o Budismo e o Cristianismo


Resumindo o que vem dizendo a respeito do Budismo, cabe, aqui, agora, encerrando o tema, elencar
alguns pontos que o distinguem do Cristianismo:

1 – Enquanto o Budismo nega a existência de um Deus pessoal, o Cristianismo ensina que há um


Ser Supremo, Deus, que deve ser obedecido, amado e que nos ama (“nos amou primeiro”) como um
Pai: “Abba, Pai (Lc 11,2)”.

2 – O homem no Budismo, é um ser temporal sem qualquer valor. O Cristianismo ensina que nós
somos “filhos de Deus”: “Mas a todos os que o receberam, aos que creem nele, deu-lhes o poder de
se tronarem filhos de Deus (Jo 1,12)”.

3 – No Budismo, o corpo humano é um entrave; não assim para o Cristianismo, pois somos corpo,
alma e espírito: “Que o Deus da paz vos santifique, e que todo o vosso ser – corpo, alma e espírito
– se conserve irrepreensível para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 5,23)”.

4 – A vida sob a visão budista, por causa de seus sofrimentos, não merece ser vivida. Para o
Cristianismo, a vida, malgrado suas penas, é valiosa. É dom do Pai.

5 – Segundo o ensino budista, não se pode pecar contra um ser divino, o que não é verdade, pois o
homem peca contra Deus, contra o próximo e contra a si mesmo.

6 - O Budismo é reencarnacionista. A Sagrada Escritura nega a reencarnação.

A Palavra do Concílio Vaticano II:


o Concílio Vaticano II, doutrinado a respeito das religiões não-cristãs, ensina que, “no Budismo,
que se manifesta em várias modalidades, reconhece-se a radical insuficiência deste mundo mutável
e se ensina o caminho pela qual os homens de espírito dedicado e resoluto possam atingir a
suprema iluminação, seja esforços, ou apoiados em ajuda superior”.

E, nesta linha, “Reprova toda e qualquer discriminação ou vexame contra homens por causa de
raça ou cor, classe ou religião, como algo incompatível com o espírito de Cristo”.

Oremos, pois, pelos que não creem no Cristo, nosso Senhor, para que, iluminados pelo Espírito
Santo, possam também ingressar no caminho da salvação, dizendo, como na Liturgia da Sexta-feira
Santa, assim: “Deus eterno e Todo-Poderoso, daí aos que não creem no Cristo e caminham sob o
vosso olhar, com sinceridade de coração, chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos
no mundo, testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns com os outros e
participando, com maior solicitude, do mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.

Bibliografia
Revista Jesus Vive e é o Senhor: 04/1994, n º 191, 06/1994, n º 192.

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