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Fernando Teles começa dando uma dica: procure um provedor que já esteja bem inserido
no mundo de meios de pagamento, como a Visa e o Ebanx, por exemplo. Nessas horas, é
importante contar com uma marca confiável, conhecida do mercado, para que o cliente se
sinta seguro na hora de comprar com o seu negócio.
Também é importante manter sua marca nas rede sociais como um meio de se comunicar
com o cliente e o potencial cliente. Anunciar novidades chegando, promoções, mostrar seus
diferenciais… tudo isso deve ser deixado claro ao cliente. É preciso enaltecer suas
vantagens para se manter competitivo quando o assunto é o universo da venda online.
André Boaventura afirma que é preciso desmistificar a ideia de que, ao entrar no mundo da
venda online, você estará automaticamente vendendo para todo o Brasil. Talvez começar
conquistando sua clientela mais próxima, primeiro, seja uma saída mais estratégica
— tal qual aconteceria com uma loja física, conquistando a vizinhança para crescer depois.
A dica é começar pequeno, com uma oferta simplificada de produtos, porém bem planejada.
"A lógica de vendas de seis semanas atrás não existe mais".
Apostar em landing pages também são bacanas. São páginas na internet dedicadas
exclusivamente a um produto, ou a uma linha de produtos, e isso torna mais fácil vender
esses produtos, divulgando a página em vez de divulgar o site principal da loja, recheado de
produtos diferentes que vão desviar a atenção do visitante.
Já na loja virtual, "manter a vitrine limpa" é importante. Fotos atualizadas, bem tiradas,
destaques na página inicial pensados na demanda do momento, são estratégias que dão
certo. Na loja física, o lojista muda a vitrine conforme as tendências, certo? Na internet, é
preciso fazer o mesmo.
Fernando diz que o link de pagamento é bastante poderoso. "Ao enviar um link de
pagamento com uma plataforma por trás, você transmite ao cliente uma segurança.
Ele pode colocar ali o número do seu cartão sem o medo de o cartão ser clonado. O
link é totalmente seguro, e o estabelecimento conta com um sistema de decisão,
garantindo que aquela é uma transação legítima". E isso ainda reforça a venda, pois o
lojista pode garantir ao cliente que aquela é mesmo uma transação segura.
Então, quem não tem a famosa "maquininha", consegue vender para que paguem online de
maneira segura. O cliente recebe o produto em casa ou o busca no estabelecimento sem
precisar transportar dinheiro, pois ele já fez o pagamento pelo link seguro.
O link seguro propicia a venda para entrega futura. Ainda, permite que vendedores que não
têm uma loja online possam vender pela internet. Esse vendedor pode oferecer seus
produtos pelas redes sociais, por exemplo, e trabalhar com links de pagamento para as
transações. E, no caso do Ebanx Beep, até mesmo pessoas físicas podem se cadastrar
para fazer vendas online. A plataforma foi desenhada justamente para atender a quem não
estava vendendo pela internet, fornecendo soluções para esses pequenos poderem
começar com simplicidade e segurança.
Testar diversas plataformas é legal, "mas cuidado para você não viver dando
manutenção a muitos marketplaces que não te dão retorno algum", recomenda. Uma
ferramenta legal é a Olist, um hub onde você se cadastra em uma única plataforma, para
que ela direcione seus produtos a vários marketplaces ao mesmo tempo. Você gerencia
tudo por ali mesmo, o que facilita bastante na hora de analisar os resultados.
"Por isso, o pós-venda, neste momento, se resume na melhor forma de marketing que
você pode ter", opina André. "Em vez de gastar muita energia para conquistar clientes
novos neste momento, foque nas pessoas próximas". E não esqueça de agradecer
depois de uma nova venda! As pessoas se sentem reconhecidas com uma simples
mensagem de agradecimento depois de uma compra, pois isso é visto como um gesto de
simpatia e proximidade entre vendedor e comprador.
"Se você tiver um cuidado, um carinho, com a sua base de clientes, essa base vai te
dar retorno depois", reforça Fernando. A dica é pensar em como você gostaria de ser
tratado enquanto cliente, para entender como, enquanto vendedor, deve tratar sua base de
consumidores. "Todos estão precisando de carinho agora, o comércio de bairro
justamente vive disso, e isso tudo você consegue replicar pela internet".
Durante a crise, muitos prestadores de serviços estão desesperados sem conseguir vender.
Por isso, a aposta é na entrega futura: vender agora, para entregar depois. E como
incentivar a clientela a comprar agora e esperar pela entrega? Ideias como descontos ou
vendas casadas com benefícios agregados. Exemplo: o salão de cabeleireiro pode vender
um corte aliado a uma tintura pela metade do preço. Melhor garantir o fluxo de dinheiro
agora, ainda que cobrando mais barato, do que ter as vendas estagnadas. Ainda, fornecer
consultoria online, via WhatsApp por exemplo, para ensinar os clientes a "se virarem"
durante o período de isolamento. Isso não é "entregar o ouro": isso é dar atenção ao seu
cliente, que está precisando do seu serviço, porém impossibilitado de contratá-lo por conta
da quarentena. Quando tudo isso passar, ele se lembrará da atenção fornecida, e valorizará
o trabalho profissional que você oferece, mantendo-se fiel.
Além disso, divulgar seu serviço de maneiras criativas pela internet é uma boa. Exemplo:
tutoriais no YouTube ou no Instagram. O mesmo salão de beleza, do exemplo acima, pode
lançar vídeos (e usar as redes sociais para divulgá-los) ensinando as clientes como manter
a cor de seus cabelos em casa, dando aquele "jeitinho" até a pandemia ir embora e a cliente
continuar frequentando o salão com segurança. Novamente, isso não é entregar o ouro: é
compartilhar sua expertise e conquistar atuais e futuros clientes por conta disso. Deixar de
vender a prestação do serviço por um tempo, vendendo seu conhecimento de especialista
até a crise passar. "Adapte o seu negócio!"
"Neste momento, as pessoas estão muito mais abertas a consumir pela internet em
troca de um cuidado, fornecendo seus dados para receber esse cuidado", afirma
André. "Talvez você não venda para todo mundo agora, mas você vai conquistar um
banco de dados para quem vender depois".
"Qualquer faturamento agora é bem-vindo", diz André. "Não fazer nada não é uma
opção. Mexa-se!", recomenda Fernando.