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SIMULADO COM INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E GABARITO

Texto para resolução das questões de número 1, 2 e 3

  
        Onovo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da
Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um
terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma
pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão,
claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o
enobrecimento do "ão" na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer
quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe
projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
         (...) Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio
de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha?
Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do
eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão
sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de "arena" (Arena da Baixada.
Arena Baruen). E no entanto ...
         No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de
Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem,
especialmente ao amor, que se convence de estar falando coisa séria): "A
terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as
pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de
fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração". A
passagem está no famoso capítulo do "homem cordial", isto é, o homem regido pelo
coração, que sena o brasileiro. Somos o país do Joãozinho, do amorzinho e da
"Dilminha" (como a trata a mãe da presidente, ela também chamada Dilma). Somos
a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o
jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para
melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o
Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a
outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem
carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que
há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e
lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado
estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não
chamá-lo de ão.

                                      (TOLEDO, Roberto Pompeu de."O fascínio do ão" , Veja , 09/03/2011.)

01) De acordo com o texto, é correto afirmar que

A) o emprego generalizado dos sufixos “-ão” e “-inho”, em diferentes palavras e


situações, é um indicativo de que os brasileiros são passionais.
B) o uso do “-ão” para apelidar estádios de futebol resulta exclusivamente da
grandiosidade dos projetos e das construções.
C) ao mencionar o “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda, o autor mostra
os traços de gentileza e polidez dos brasileiros.
D) os sufixos “-ão” e “-inho”, que se agregam a qualquer classe gramatical,
denotam objetividade na expressão dos sentimentos.
E) é inadmissível adicionar o sufixo “-ão” para nomear um estádio que sequer
começou a ser construído.

02) No contexto em que ocorre, o período “Somos a terra do jeitinho, do favorzinho


e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é
grande e o problema insolúvel” constitui
A) um indício de irritação do autor contra a malandragem do brasileiro.
B) uma manifestação ingênua usada pelos falantes para indicar afeto a amigos.
C) uma espécie de eufemismo usado para driblar certas imposições e dificuldades.
D) uma forma de intensificar a ideia, sendo equivalente ao uso do superlativo.
E) um recurso poético que expressa uma contradição no emprego dos diminutivos.

03) Em “... o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão,


Batistinha.”, as duas últimas vírgulas são usadas para:
A) separarem termos que exercem diferentes funções sintáticas.
B) marcarem a presença da elipse da locução verbal “deveria ser”.
C) isolarem os apostos explicativos.
D) marcarem a inversão dos adjuntos adverbiais de lugar.
E) indicarem uma enumeração

04) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a


dupla sertaneja Antenor e Secundino, onde excursionaram pela Europa, que
fizeram grande sucesso se divulgando a nossa música sertaneja.

Assinale a alternativa que reescreve o texto acima de acordo com a norma culta.

a) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a


dupla de cantores Antenor e Secundino,
que excursionou pela Europa, com grande sucesso na divulgação da nossa música
sertaneja.
b) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a
dupla de cantores Antenor e Secundino,
onde excursionaram pela Europa, em que fizeram grande sucesso e divulgando a
nossa música sertaneja.
c) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a
dupla de cantores Antenor e Secundino,
cujos excursionaram pela Europa e fizeram grande sucesso, onde divulgaram a
nossa música sertaneja.
d) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a
dupla de cantores Antenor e Secundino, os quais excursionaram pela Europa com
grande sucesso, se divulgando a nossa música sertaneja.
e) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a
dupla de cantores Antenor e Secundino, que excursionaram pela Europa, inclusive
que fizeram grande sucesso, onde divulgou a nossa música sertaneja.

Leia os textos a seguir e responda as questões 05 a 08.

Nordeste 40 graus 1
        A temporada de verão está levando ao Nordeste 42 voos charter por semana
vindos de catorze países. Fortaleza, Natal e Porto Seguro são os campeões da
preferência. É um desempenho de dar água na boca: no verão passado, apenas
dezoito voos desse tipo desembarcavam na região.

Nordeste 40 graus 2
Argentina e Portugal lideram a bem-vinda invasão, com quase a metade das linhas
de charters. Até da República Checa, Bolívia e Guiana Francesa vem gente.
Nenhum desses voos é oriundo dos EUA. E, do jeito que estão as coisas, nem é
bom tentar trazê-los.
                                                     (Veja, 14 jan. 2004, p. 35.)

05) Com base nos textos, assinale a alternativa correta:


a) O número de países que enviam voos do tipo charter ao Nordeste brasileiro e
que não foram identificados na reportagem é oito.
b) O número de voos internacionais do tipo charter para o Nordeste brasileiro quase
dobrou do verão de 2003 para o verão de 2004.
c) O número de voos internacionais do tipo charter que chega a Porto Seguro é
superior ao que chega a Salvador.
d) Os voos norte-americanos do tipo charter contribuíram para o êxito do verão no
Nordeste brasileiro.
e) Os voos portugueses do tipo charter que chegam a Natal são em torno de vinte
por semana.

06) Observe a frase retirada do texto “Nordeste 40 graus 2”: “Até da República
Checa, Bolívia e Guiana Francesa vem gente.” Assinale a alternativa correta:
a) A frase revela o espírito de inclusão e confraternização com povos de culturas
tão exóticas como os citados, saudados como novos integrantes da miscigenação
cultural brasileira.
b) A frase revela um sentimento de incômodo e aversão ao estrangeiro, com a
chegada maciça de turistas provenientes de países pouco civilizados.
c) A frase revela uma atitude preconceituosa em relação a países de pouca
projeção econômica, pois a vinda de turistas de países com mais tradição turística
como França e Alemanha não causaria estranhamento.
d) A frase revela uma estranheza diante da chegada de turistas pobres, reduzidos a
um povo culturalmente desqualificado.
e) A frase revela uma surpresa com a vinda de turistas de países tão distantes
geograficamente como os citados, enquanto Argentina e Portugal já oferecem
visitantes próximos e previsíveis.

07) Observe as palavras: “países”, “preferência” e “água”. Assinale a alternativa


correta quanto à acentuação destas palavras:
a) A primeira palavra é acentuada pelo mesmo motivo que “Croácia”.
b) A segunda palavra é acentuada pelo mesmo motivo que “voos”.
c) A primeira palavra é acentuada porque se trata de paroxítona terminada em
hiato.
d) A terceira palavra é acentuada porque apresenta um hiato.
e) As duas últimas palavras são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em
ditongo.
08) Observe a frase: “É um desempenho de dar água na boca: no verão passado,
apenas dezoito voos desse tipo desembarcavam na região.” Assinale a alternativa
que contém uma versão adequada desta frase, sem lhe alterar o sentido:
a) É um desempenho estimulante, pois, no verão passado, apenas dezoito voos
desse tipo desembarcavam na região.
b) É um desempenho invejável o do verão passado: dezoito voos desse tipo
desembarcavam na região.
c) Foi um desempenho fascinante, no verão passado: somente dezoito voos desse
tipo chegavam à região.
d) No último verão, somente dezoito voos desse tipo chegavam à região: foi um
desempenho excitante.
e) No verão passado, houve um desempenho fantástico: somente dezoito voos
desse tipo desembarcavam na região.
09) Analise com atenção os comentários contidos nas opções e assinale aquele
que contraria a compreensão do segmento a que se reporta.
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me. (...)
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
[Comentário contido na letra a]
Não morrerei agora. Um dia
inteiro se desata à minha frente. (...)
Visito o banco. (...)
Passo nos escritórios.(...)
Estou na cidade grande e sou um homem
na engrenagem. (...)
A fatura. A carta. Faço mil coisas
Que criarão outras mil, aqui, além, nos Estados Unidos.

Tenho pressa. Compro um jornal. É pressa


embora vá morrer. (...)
Comprometo-me ao extremo, combino encontros
a que nunca irei, pronuncio palavras vãs,
minto dizendo: até amanhã. Pois não haverá.
Subo uma escada. Curvo-me. Penetro
no interior da morte.
A morte dispôs poltronas para o conforto
de espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
(...)golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia.

 (Baseado em artigo de Roberto Pompeu de Toledo, Veja,17/03/200)


a) O narrador do poema tem plena consciência de que vai morrer dali a pouco, e,
no entanto, não deixa de cumprir os pequenos rituais da vida.
b) O narrador prossegue a sequência de afazeres, como um ritual inexorável a ser
cumprido.
c) Postergando compromissos, o narrador resolve apressar seu embarque para
tornar menos dolorosa a angustiante espera do fim próximo.
d) Consciente de que a hora é chegada, o narrador entra no avião. Não há mais
como retroceder do salto para a morte.
e) A teia de pequenos movimentos cotidianos pulveriza-se no ar e desfaz-se em
tragédia.
Leia os itens seguintes, que formam um texto.
10) Marque o item que expressa o tema central desse texto.
a)  Se a data da Abolição marcará no Brasil o fim do predomínio agrário, o quadro
político instituído no ano seguinte quer responder à conveniência de uma forma
adequada à nova composição social.
b)  Existe um elo secreto estabelecendo entre esses dois acontecimentos e
numerosos outros uma revolução lenta, mas segura e concertada, a única que,
rigorosamente, temos experimentado em toda a nossa vida nacional.
c)  Processa-se, é certo, sem o grande alarde de algumas convulsões de superfície,
que os historiadores exageram frequentemente em seu zelo, minucioso e fácil, de
compendiar as transformações exteriores da existência dos povos.
d)  Perto dessa revolução, a maioria de nossas agitações do período republicano,
como as suas similares das nações da América espanhola, parecem desvios na
trajetória da vida política legal do Estado comparáveis a essas antigas “revoluções
palacianas”,
e)  Tão familiares aos conhecedores da história europeia.
                                                          (Sérgio Buarque de Holanda)
11) (AFTN) Indique a ordem em que os períodos devem-se organizar no texto, de
modo a preservar-lhe a coesão e coerência:
1. O País não é um velho senhor desencantado com a vida que trata de acomodar-
se.
2. O Brasil tem memória curta.
3. É mais como um desses milhões de jovens mal-nascidos, cujo único dote é um
ego dominante e predador, que o impele para frente e para cima, impedindo que a
miséria onde nasceu e cresceu lhe sirva de freio.
4. “Não me lembro”, responde, “faz muito tempo”.
5. Lembra a personagem de Humphrey Bogart em Casablanca, quando lhe
perguntaram o que fizera na noite anterior.
6. Mas esta memória curta, de que políticos e jornalistas reclamam tanto, não é,
como no caso de Bogart, uma tentativa de esquecer os lances mais penosos de
seu passado, um conjunto de desilusões e perdas que leva ao cinismo e à
indiferença.
                                                (Baseado em texto de José Onofre)
a) 1, 2, 6, 5, 4, 3                     d) 1, 5, 4, 6, 3, 2
b) 2, 5, 4, 6, 3, 1                       e) 2, 5, 4, 1, 6, 3
12) (AFTN) Marque, entre as opções propostas, aquela que não contém, ainda que
parcialmente, as mesmas ideias expressas no texto abaixo:
          “A reificação do escravo produzia-se objetiva e subjetivamente. Por um lado,
tornava-se uma peça cuja necessidade social era criada e regulada pelo
mecanismo econômico de produção. Por outro lado, o escravo auto representava-
se e era representado pelos homens livres como um ser incapaz de ação
autonômica.”
    (F.H. Cardoso. Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional, Rio, Paz e Terra,
1977)
A. “Do ponto de vista jurídico é óbvio que, no sul como no resto do país, o escravo
era uma coisa, sujeita ao poder e à propriedade de outrem…”.
B. “… o escravo não encontra a condição de pessoa humana objetivada no respeito
e nas expectativas formadas em torno de si pelos homens livres, pelos senhores”.
C. “A liberdade desejada e impossível apresentava-se, pois, como mera
necessidade subjetiva da afirmação, que não encontrava condições para realizar-se
concretamente”.
D. “… o escravo se apresentava, enquanto ser humano tornado coisa, como
alguém que, embora fosse capaz de empreender ações com “sentido”, pois eram
ações humanas, exprimia, na própria consciência e nos atos que praticava,
orientações sociais impostas pelos senhores”.
E. “… a consciência do escravo apenas registrava e espelhava, passivamente, os
significados sociais que lhe eram impostos”.
(CEETEPS) Texto para as questões 13 a 19:
O HOMEM ENERGÉTICO
        Imagine uma cidade antiga, sem energia elétrica. Vamos passear por ela, à
noite. As ruas completamente escuras. Com um pouco de sorte, poderá haver um
luar agradável, permitindo enxergar o contorno das casas e a torre da igreja.
        Na sala de uma casa qualquer, após o jantar, um grande lampião de gasolina
ilumina todo o ambiente. Produz uma luz intensa, muito branca, por causa de uma
pequena rede de titânio que envolve a chama. Esta, aquecida, emite uma luz muito
mais forte e clara que a chama tremeluzente amarelo avermelhada de um simples
lampião de querosene ou de uma lamparina.
        Nessa sala, cada membro da família se entrega a um passatempo favorito:
tricô, vitrola de corda, jogo de cartas, leitura. Não existe televisão, rádio, vídeo
filmes ou outros passatempos eletrônicos. Tampouco a enorme variedade de
eletrodomésticos que substituem o esforço físico na realização dos trabalhos de
rotina.
        Sem muito que fazer, dormem demasiado cedo. A falta de luz castiga a vista; é
grande o consumo de querosene, de gasolina e de velas. Toda atividade é penosa.
Durante a noite, fica acesa apenas uma ou outra lamparina. O silêncio é completo.
Não existem buzinas nem roncos de motores acelerados. Ouve-se apenas o ruído
compassado dos cascos ferrados de cavalos batendo nas pedras do calçamento.
         Parece uma cidade fictícia, mas não é. É São Paulo do século passado. O
Brasil teve sua primeira usina hidrelétrica em 1889. Em 1900, quando começaram
os bondes elétricos, em São Paulo já existia gerador a vapor. Próximo de 1930, era,
preponderantemente, a gás a iluminação das ruas. Nas casas, a eletricidade era
empregada apenas para acender umas poucas lâmpadas.
         Como as locomotivas, as máquinas industriais eram movidas, principalmente,
a vapor obtido de grandes caldeiras aquecidas pela queima de carvão inglês. De
manhã, ouviam-se os apitos emitidos pelas caldeiras das fábricas, anunciando a
hora da entrada para o trabalho. À tarde, os acendedores de lampiões, funcionários
públicos, acendiam os postes de iluminação da cidade.
        Para uma pessoa nascida no final deste século, é difícil sequer imaginar a vida
na cidade sem eletricidade. Quase não se vê uma casa, modesta que seja, sem ter
sobre o telhado, uma arborescente antena de televisão e, na cozinha, pelo menos
um liquidificador. É o progresso, dizemos. Sem energia, não há civilização, não há
desenvolvimento!
        O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder
sobre a natureza – de construir ou destruir. O progresso dos últimos cem anos foi
superior ao que aconteceu nos cinquenta séculos da conhecida história da
humanidade.
        Esse progresso mecânico, porém, baseados apenas no domínio da energia,
pode ser sempre considerado benéfico à espécie humana? Foi o resultado do real
aumento da inteligência ou da capacidade de compreensão humana? Não poderá o
emprego das diversas fontes de energia, em larga escala, gerar algum prejuízo,
alguma consequência negativa para a própria natureza?
       (Adaptado de BRANCO, Samuel Murgel. Energia e Meio Ambiente. São Paulo.Moderna, 1991, Coleção
Polêmica)

13. De acordo com o texto, pode-se afirmar que:


a) o progresso só traz consequências benéficas à humanidade.
b) a tecnologia, ao lado bem, pode trazer o mal.
c) o homem possui inteligência para somente produzir o bem.
d) as técnicas humanas nem sempre são bem entendidas por todos.
e) jamais o homem, usando a eletricidade, proporcionará apenas o bem.
14. O texto afirma que:
A. com o progresso, a cidade de São Paulo, não mais viveu na escuridão.
B. uma cidade sem eletricidade não proporciona o conforto de hoje.
C. um paulistano de hoje, nem imagina sua cidade sem eletricidade.
D. a energia elétrica resolveu todos os problemas dos paulistanos.
E. as fontes de energia são a salvação do homem de hoje.
15. Pelo texto, pode-se concluir, unicamente, com certeza, que:
a) a história da humanidade é conhecida há pelo menos 5000 anos.
b) a eletricidade apenas foi conhecida no final do século XX.
c) o homem não consegue viver sem as fontes de energia elétrica.
d) sem energia elétrica, não há progresso humano.
e) as antenas de TV indicam progresso em benefício da humanidade.
16. Na antiga cidade de São Paulo, antes da chegada da energia elétrica, vivia-se,
segundo o texto:
a) com mais intensidade familiar, no ambiente doméstico.
b) com problemas de visão, decorrentes da falta de luminosidade.
c) sem ilusão e fantasia, porque não havia vídeo filmes.
d) sem fraternidades, porque cada família se fechava em si mesma.
e) com problemas de comunicação, pois as antenas eram precárias.
17. De acordo com o texto, é válido afirmar que, na antiga São Paulo:
a) os eletrodomésticos substituíam o esforço físico.
b) à noite, pela falta de luz elétrica, nada se podia ver ou enxergar.
c) apenas o querosene iluminava as casas de seus habitantes.
d) a luz proveniente da queima do querosene era a mais forte de todas.
e) por não existir muita atividade à noite, dormiam cedo.
18. Os bondes elétricos começaram a transitar em São Paulo:
a) na terceira década deste século.
b) no ano em que surgiu, em São Paulo, a primeira usina hidrelétrica.
c) no ano em que foi descoberta a energia elétrica.
d) após a iluminação das ruas com a energia elétrica.
e) no último ano do século XIX.
19. De acordo com o autor, com o controle de várias formas de energia, o homem
sentiu-se de posse de enorme poder que permite:
a) dominar o mundo.
b) propiciar a toda humanidade mais conforto e progresso.
c) iluminar as cidades e mover as fábricas e veículos.
d) construir e destruir.
e) atuar na sociedade, diminuindo a distância entre as classes.
20. (TRE-RO) Texto para as questões 20 a 22:
        João Soares estava com a razão: política só se ganha com muito dinheiro. A
começar pelo alistamento, que é trabalhoso e caro: tem-se de ir atrás de eleitor por
eleitor, convencê-los a se alistarem, e ensinar tudo, até a copiar o requerimento.
Cabo de enxada engrossa as mãos – e o sedenho das rédeas, o laço de couro cru,
machado e foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito delicadas. A lida é
outra: labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos currais. E quem perdeu tempo
com leitura e escrita, em menino, acaba logo esquecendo-se do pouco que
aprendeu. Ler o quê? Escrever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem aí, e o
título de eleitor rende a estima do patrão, a gente vira pessoa. Acontece, também,
que Pé-de-Meia não quer saber de histórias: é cabo eleitoral alistador de gente,
pago por cabeça, e tem de mostrar serviço. Primeiro, a conversa pacienciosa,
amaciando o terreno; a luta, depois:
        “- Minha vista anda que é uma barbaridade. E de uns tempos para cá, apanhei
uma tremedeira que a mão não me para mais quieta… “O novato sua, desiste:” –
Vai não, Pé-de-Meia.” Mas o cabo é jeitoso: não força, não insiste – espera. Tempo
só de passar a gastura que a caneta sempre dá no principiante. Tão fácil… – o
requerimento já está pronto, rascunhado no papel almaço a lápis fininho, macio de
apagar: “João Francisco de Oliveira, abaixo assinado, brasileiro, residente … “Qual
… minha vista não presta mesmo mais não. Besteira teimar … “Pé-de-Meia não
deixa afrouxar o embalo:
        “- Me dá licença, seu João.” E pega no mãozão cascudo, pesado tal um
caminhão de tora. Vai choferando a bicha, para cima e para baixo, caminhando
com ela por sobre o papel; o rastro fica: primeiro, a foice espigada do jota; depois, a
laçada bamba do ó; em seguida, mais duas voltas grandes, repassadas e atreladas
uma à outra. Aos poucos João Francisco aprende a relaxar a mão, descobre que
não carece de fazer tanta força, já não molha de suor o papel. Animal bom de sela,
agora, maneiro de queixo e ligeiro de rédea, a mão passeia pela dúzia e tanto dos
trechos alinhados, um sob o outro, no comprido requerimento.
        Quando o caboclo é ruim de ensino, Pé-de-meia é quem enche todo o papel,
borrando-o de propósito, errando de velhaco, completando um perfeito e
indiscutível requerimento de eleitor da roça. Mas, quando o cujo é jeitoso de moda
do João Francisco, Pé-de-Meia prefere carregar-lhe a mão durante o serviço todo –
do “Exmo. Sr. Doutor Juiz de Direito” até o “P.D.” que precede a assinatura (…)
        “- Pois está ficando um serviço de gente, Seu João. O senhor até que tem jeito
– um letraço!
                             (Mário Palmério – Vila dos Confins – Adaptado).

20. O texto põe em evidência a(s):


a) obrigatoriedade do voto
b) elegibilidade do voto
c) preparação do eleitor
d) resistência do eleitor ao processo eleitoral
e) sanções estabelecidas pela justiça eleitoral
21. A remuneração do cabo eleitoral depende da(o):
a) sua produtividade no trabalho
b) vitória do candidato
c) generosidade do eleito
d) capacidade de aprendizagem do caboclo
e) prestígio político do candidato
22. (…) “borrando-o de propósito, errando de velhaco”. O objetivo de Pé-de-Meia
era:
a) invalidar de vez o requerimento
b) forjar a autenticidade do documento
c) menosprezar a capacidade do eleitor
d) dificultar o alistamento do eleitor
e) facilitar a identificação do documento
23. (FUVEST):
       “O Ministério da Fazenda descobriu uma nova esperteza no Instituto de
Resseguros do Brasil. O Instituto alardeou um lucro no primeiro semestre de 3,1
bilhões de cruzeiros, que esconde na verdade um prejuízo de 2 bi. Brasil, Cuba e
Costa Rica são os três únicos países cujas empresas de resseguros são estatais.
                                                              ( Veja, 1/9/93, pág. 31)
Conclui-se do texto que seu autor:
A.acredita que a esperteza do Instituto de Resseguros gerou lucro e não prejuízo.
B. dá como certo que o prejuízo do Instituto é maior do que o lucro alardeado.
C. julga que o Instituto de Resseguros agiu de boa fé.
D. dá a entender que é contrário ao fato de o Instituto de Resseguros ser estatal.
E. tem informação de que em Cuba e na Costa Rica os Institutos de Resseguros
camuflam seus prejuízos.
O GRANDE AMOR.
                                                  Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Haja o que houver


Há sempre um homem para uma mulher
E há de sempre haver
Para esquecer um falso amor
E uma vontade de morrer
Seja como for
Há de vencer o grande amor
Que há de ser no coração
Como um perdão para quem chorou.

24. Sobre o texto acima, é correto afirmar que:

a) possui interdependência entre elementos argumentativos e descritivos, os quais


são transformados em poesia.

b) narra, poeticamente, a história de um personagem que conseguiu esquecer um


falso amor quando encontrou um grande amor.

c) apresenta um narrador que expõe seu ponto de vista sobre o relacionamento


amoroso, usando o procedimento de auto referência.

d) expressa a ideia, por meio de elementos discursivos, arranjados numa linguagem


poética-argumentativa, de que o verdadeiro amor sempre vence.
TEXTO: LUAR DO SERTÃO
Oh! Que saudades
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá de cidade
Tão escuro não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão!
25. Os versos acima ilustram características do Arcadismo:
a) exaltação à natureza da terra natal.
b) declarada contenção dos sentimentos.
c) expressão de sentimentos universais.
d) volta ao passado para escapar das agruras do presente.
e) oposição entre o campo e a cidade.

TEXTO.
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um
outro estilo de época: o romantismo.
      "Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a
mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza a mais voluntariosa. Não digo
que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto
não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas
e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou
espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço,
precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para fins secretos da
criação."
26. A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está
transcrita na alternativa:
a) ...o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas...
b) ...era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...
c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e
eterno, ...
d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos...
e) ...o indivíduo passa a outro indivíduo, para fins secretos da criação.

28) (UNIFOR CE):


        Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a abandonar os estudos de
arquitetura por causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não marcou de
forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de
funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque de morbidez, até no
erotismo. Tradutor de autores como Marcel Proust e William Shakespeare, esse
nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal idealizado
por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida,
Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, depois que
ele mesmo já o fez tão bem em versos.
Revista Língua Portuguesa, nº 40, fev. 2009.
                              
A coesão do texto é construída principalmente a partir do(a)
a)  repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações
apresentadas no texto;
b)  substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e “morbidez”,
“melancolia” e “nostalgia”;
c)  emprego de pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos: “sua”, “seu”,
“esse”, “nosso”, “ele”;
d)  emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam as orações e
períodos que compõem o texto;
e)  emprego de expressões que indicam sequência, progressividade, como
“iminência”, “sempre”, “depois”.
29) (UFPR):
Os economistas são entendidos em mercado financeiro.
Os economistas descreveram os efeitos dos juros.
Os juros são altos.
Todos os efeitos são arrasadores.
Assinale a alternativa em que as informações acima foram reunidas
adequadamente e sem ambiguidade.
a)  Os economistas que são entendidos em mercado financeiro descreveram os
efeitos dos juros altos, que são arrasadores.
b)  Os economistas entendidos em mercado financeiro descreveram os efeitos que
são arrasadores dos altos juros.
c)  Entendidos em mercado financeiro, os economistas descreveram os efeitos dos
altos juros que são arrasadores.
d)  Em relação aos juros altos, os economistas, entendidos em mercado
financeiros, descreveram os efeitos que são arrasadores.
e)  Os economistas, que são entendidos em mercado financeiro, descreveram os
efeitos, arrasadores, dos juros, que são altos.
30) Marque a alternativa correta, segundo o texto

        O avanço do conhecimento é normalmente concebido como um processo


linear, inexorável, em que as descobertas são aclamadas tão logo venham à luz, e
no qual as novas teorias se impõem com base na evidência racional. Afastados os
entraves da religião desde o século 17, o conhecimento vem florescendo de
maneira livre, contínua.

a) O avanço do conhecimento sempre será por um processo linear, do contrário


não será avanço.

Um pequeno livro agora publicado no Brasil mostra que nem sempre é assim.
Escrito na juventude (1924) pelo romancista francês Louis-Ferdinand Céline, A Vida
e a Obra de Semmelweis relata aquele que é um dos episódios mais lúgubres no
crônica da estupidez humana e talvez a pior mancha na história da medicina.

b) O episódio de Semmelweis é indiscutivelmente a pior mancha na história da


medicina.

c) O livro de Céline prova que nem sempre a racionalidade preponderava no


cientificismo.
Ignác Semmelweis foi o descobridor da assepsia. Médico húngaro trabalhando num
hospital de Viena, constatou que a mortalidade entre as parturientes, então um
verdadeiro flagelo, era diferente nas duas alas da maternidade. Numa delas, os
partos eram realizados por estudantes; na outra, por parteiras.
Não se conhecia a ação dos micro-organismos, e a febre puerperal era atribuída às
causas mais estapafúrdias. Em 1846, um colega de Semmelweis se cortou
enquanto dissecava um cadáver, contraiu uma infecção e morreu. Semmelweis
imaginou que o contágio estivesse associado à manipulação de tecidos nas aulas
de anatomia.
Mandou instalar pias na ala dos estudantes e tornou obrigatório lavar as mãos com
cloreto de cal. No mês seguinte, a mortalidade entre as mulheres caiu para 0,2%!
Mais incrível é o que aconteceu em seguida. Os dados de Semmelweis foram
desmentidos, ele foi exonerado, e as pias - atribuídas à superstição -, arrancadas.

d) A ala dos estudantes apresentava menores problemas de contágio.

Nos dez anos seguintes, Semmelweis tentou alertar os médicos em toda a Europa,
sem sucesso. A Academia de Paris rejeitou seu método em 1858. Semmelweis
enlouqueceu e foi internado. Em 1865, invadiu uma sala de dissecação, feriu-se
com o bisturi e morreu infeccionado. Pouco depois, Pasteur provou que ele estava
certo.

e) A rejeição aos métodos de Semmelweis ocorreu em função da inveja comum ao


meio.

Para o leitor da nossa época, o interessante é que Semmelweis foi vítima de um


obscurantismo científico. Como nota o tradutor italiano no prefácio agregado à
edição brasileira, qualquer xamã de alguma cultura dita primitiva isolaria cadáveres
e úteros por meio de rituais de purificação. No científico século 19, isso parecia
crendice.

                      (Adaptado de: FRIAS FILHO, Otávio. Ciência e superstição. Folha de S. Paulo, São Paulo 30 abril de
1998.).

Vocabulário

Inexorável - inabalável - inflexível


Lúgubre - triste - sombrio - sinistro
Estapafúrdia - extravagante - excêntrico - esdrúxulo -
Obscurantismo - oposição ao conhecimento - política de fazer algo para impedir o
esclarecimento das massas

Texto para as questões 31 e 32


        O avanço do conhecimento é normalmente concebido como um processo
linear, inexorável, em que as descobertas são aclamadas tão logo venham à luz, e
no qual as novas teorias se impõem com base na evidência racional. Afastados os
entraves da religião desde o século 17, o conhecimento vem florescendo de
maneira livre, contínua.

31) Com base no texto, assinale a alternativa correta.

(A) Em relação aos povos primitivos, a Europa do século passado praticava uma
medicina atrasada.

(B) A comunidade científica sempre deixa de reconhecer o valor de uma


descoberta.

(C) A higiene das mãos com cloreto de cal reduziu moderadamente a incidência de
febre puerperal.

(D) Semmelweis feriu-se com o bisturi infectado porque queria provar a importância
de sua descoberta.

(E) Ignorar a redução nas estatísticas obituárias resultante da introdução da


assepsia foi uma grande estupidez.

32) A partir da leitura do texto, é possível concluir que

(A) o livro A Vida e a Obra de Semmelweis recebeu recentemente uma cuidadosa


tradução para o italiano.

(B) a teoria de Semmelweis foi rejeitada porque propunha a existência de


microorganismos, que não podia ser provada cientificamente.

(C) a nacionalidade húngara do médico pode ter sido um empecilho para sua
aceitação na Europa do século passado.

(D) Semmelweis foi execrado pelos seus pares porque transformou a assepsia
numa obsessão.

(E) Semmelweis enlouqueceu em consequência da rejeição de sua descoberta.

33) Assinale a opção que apresenta a ideia principal do trecho abaixo.

        Gente bem qualificada é um ativo com importância cada vez mais óbvia.
Nestes primeiros anos do novo milênio, passados os solavancos provocados pelas
reestruturações, fusões, aquisições, trocas de mão-de-obra por tecnologias e com a
estrada pavimentada pelas crescentes exportações de produtos nacionais
"alimentos, bebidas, couros, têxteis, sucos, calçados e vestuário", a indústria
brasileira de bens de consumo busca avidamente capitais humanos de alta
qualidade para suas necessidades presentes e futuras. As empresas mais
conscientes de que tais carências podem afetar a sustentação do crescimento
acelerado do setor têm bastante claro que a gestão do capital humano, numa
perspectiva temporal de longo prazo, é tão crítica para o êxito empresarial quanto
dispor de fundos a custos competitivos, tecnologia avançada e clientes satisfeitos.
Gente bem qualificada e motivada é um ativo cuja importância é cada vez mais
óbvia para os que investem na indústria de bens de consumo e fator decisivo para
se obter níveis de desempenho diferenciados.
                        (Francisco I. Ropero Ramirez, Gazeta Mercantil, 22/6/2005)
A. No novo milênio, já passaram os solavancos provocados pelas reestruturações,
fusões e aquisições.
B. No início deste milênio, houve troca de mão-de-obra por tecnologias, fator
decisivo para a sustentação do crescimento das empresas.
C. As exportações de produtos nacionais "alimentos, bebidas, couros, têxteis,
sucos, calçados e vestuário"– estão em franco crescimento.
D. No mundo empresarial, é importante dispor de fundos a custos competitivos,
tecnologia avançada e clientes satisfeitos.
E. Gente bem qualificada e motivada, ativo cuja importância é óbvia, é fator
decisivo para que sejam obtidos níveis de desempenho diferenciados.
34) Assinale a opção que está de acordo com as ideias do texto abaixo.

         Infelizmente, há muitas pessoas que ingressam na política para facilitar seus negócios, defender interesses
escusos ou mesmo obter imunidade parlamentar para encobrir delitos e crimes. Com meios suficientes para financiar
as despesas da campanha eleitoral, essas pessoas, muitas vezes, conseguem êxito e não se submetem ao controle
da disciplina partidária. Essas são as figuras que dão à política a conotação de atividade indigna, senão imoral. Dois
outros fatores abrem campo para a corrupção: a facilidade para a criação de novos partidos e o excessivo número de
cargos em comissão. A pulverização de partidos leva a recorrer-se à troca de votos por concessões e favorecimentos
nem sempre de interesse coletivo. Já os quase 30 mil cargos preenchidos por nomeação política pouco contribuem
para a coordenação das políticas públicas do governo, porque se tornam moeda de troca para a aglutinação
partidária e a formação da base de apoio. Nosso atual sistema presidencial, de fato, foi concebido para atender aos
anseios dos donos do poder e não para viabilizar políticas de bem-estar social. Urge, pois, uma reforma política
radical conforme as exigências éticas de uma democracia, que inclui, além da representatividade política, o
atendimento das demandas sociais e econômicas do povo.

    (Dom Geraldo Majella, cardeal Agnelo, Folha de S. Paulo, 21/6/2005)

A. Os cargos em comissão são preenchidos por nomeação, o que favorece a


aglutinação partidária e a formação da base de apoio.
B. A pulverização de partidos permite a representação popular mais ampla e o
atendimento aos interesses coletivos.
C. Há três fatores que favorecem a corrupção: pessoas que ingressam na política
com interesses pessoais escusos, facilidade de criação de partidos e excessivo
número de cargos em comissão.
D. O atual sistema presidencial foi idealizado para viabilizar políticas de bem-estar
social e não para atender aos anseios dos donos do poder.
E. Uma reforma política radical deve ser postergada para que obedeça às
exigências éticas de uma democracia.

 35 -Assinale a opção correta com base no que se depreende do texto.

A. Na adolescência, o bispo de Hipona foi concupiscente.


B. O clamor de Santo Agostinho a Deus incluía o adiamento dos prazeres
libidinosos.
C. A predisposição para o pagamento de altas taxas de juros é causa da urgência
de se querer viver intensamente o momento presente.
D. A atitude tomada pelo filósofo católico, na adolescência, diferenciava-o dos
demais homens e prenunciava a santificação futura.
E. O teólogo e filósofo do catolicismo contribuiu significativamente para a
formulação do conceito das taxas de juros, ainda que fosse contrário à matéria.
36) Assinale em que ordem os seguintes fragmentos, adaptados de Roberto de
Aguiar, Ética e Direitos Humanos, em Desafios Éticos, p.63-64, devem ser escritos
de modo a compor um texto coeso e coerente.

I. Nesse quadro, alguns direitos humanos passam a ser paradigmáticos: o direito à


liberdade, o direito à segurança pessoal, o direito a um julgamento justo, o direito à
privacidade, à inviolabilidade do domicílio, à nacionalidade, à propriedade, à livre
expressão do pensamento, entre outros.
II. Sua única missão era a de transformar o mundo por seu trabalho.
III. O homem do iluminismo era um desterrado. Ele já não tinha mais a segurança
de um cosmos hierarquizado medieval, não possuía a segurança de Deus e era
considerado como um átomo individual, que financiava a produção ou vendia sua
força de trabalho.
IV. É a partir disso que a ciência passa a ter importância crescente, a fim de
melhorar os processos produtivos, renovar a organização dos poderes e manter os
trabalhadores com um mínimo de condições para produzir

A. I, IV, II, III


B. III, I, IV, II
C. IV, II, I, III
D. II, III, IV, I
E. III, II, I, IV

Texto para as questões 37 a 41


        Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG
Combibloc, principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica
no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de
faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder
global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os
estudos para a implantação da fábrica foram recentemente concluídos e apontam
para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais
clientes da Combibloc na região estão a Unilever, com a marca de atomatado
Malloa, no Chile, e a 10 italiana Cirio, no Brasil.
                                                    (Denise Brito, na Exame, dez./99)
37) Segundo o texto, a SIG Combibloc:
a) produz menos embalagem que a Tetrapak.
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul.
c) possui oito clientes no Brasil.
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil.
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não esteja instalada no país.
38) Segundo o texto:
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma fábrica no Sul.
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de atomatado.
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2o lugar mundial na produção de embalagem
longa vida.
d) a Unilever é empresa chilena.
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo.

39) Os estudos apontam para o Sul porque:


a) o clima favorece a produção de embalagens longa vida.
b) está próximo aos demais países que compõem o Mercosul.
c) a Cirio já se encontra estabelecida ali.
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc.
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora.

40) “...que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado.” Das alterações
feitas nessa passagem do texto, a que não mantém o sentido original é:
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal mercado.
b) que possui perto de 80% dos negócios nesse mercado.
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em tais mercados.
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios nesse mercado.
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse mercado.

41) “...e apontam para o Sul do país...” O trecho destacado só não pode ser
entendido, no texto, como:
e indicam o Sul do pai
b) e recomendam o Sul do país
c) e incluem o Sul do país
d) e aconselham o Sul do país
e) e sugerem o Sul do país

Texto para as questões 42 a 45


        Você se lembra da Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais
de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de
supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no
início dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a família Velloso, decidiram
ressuscitá-la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um
acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve
programas para supermercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o
faturamento, A GW gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará
apenas das 10 compras e das entregas.
                                         (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)
42) Segundo o texto, a família Velloso resolveu ressuscitar as Casas da Banha
porque:
a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionários.
b) a rede foi desativada no início dos anos 90.
c) uma empresa do ramo de programas para supermercados propôs um acordo.
vantajoso, em que a rede só entraria com as compras e as entregas.
d) mais da metade dos cariocas não esqueceram as Casas da Banha.
e) a rede funcionará apenas virtualmente.

43) A palavra ou expressão que justifica a resposta ao item anterior é:


a) Você
b) desaparecida.
c) Por isso.
d) Desta vez.
e) acordo.

44) “Desta vez, porém, apenas virtualmente.”

Com a passagem destacada acima, entende-se que as Casas da Banha:


a) funcionarão virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos.
b) não venderão produtos de supermercado.
c) estão associando-se a uma empresa de informática.
d) estão mudando de ramo.
e) não venderão mais seus produtos em lojas.

45) O pronome “Ia” não pode ser, semanticamente, associado a:


Casas da Banha.
b) pesquisa.
c) daquela.
d) uma.
e) desaparecida

Texto para as questões 46 a 52


        Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras
realizar jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que
aquelas, no desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando sem 
fixarem-se,  estes  foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados,
catequizando o nativo para seus misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro
caso era o ir e voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a
fazenda e o engenho, o vaqueiro e o lavrador, realizando uma obra de conquista
dos altos sertões, exclusive a pioneira.
                                              (José Alípio Goulart, in Brasil do Boi)
46) Segundo o texto:
a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro.
b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram.
c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos.
d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o
caminho.
e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer.

47) Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que:


a) desbravaram
b) mataram
c) catequizaram
d) despovoaram
e) não se fixaram

48) Os índios foram:


a) maltratados
b) aviltados
c) expulsos
d) presos
e) massacrados

49) O par que não caracteriza a oposição existente entre as bandeiras e o


boi e o vaqueiro é:
a) aquelas / estes.
b) ir-e-voltar / ir-e-ficar.
c) no primeiro caso/ no segundo.
d) enquanto / e assim.
e) despovoando / pontilhando.

50) “...catequizando o nativo para seus misteres...” Das alterações feitas na


passagem acima, a que altera basicamente o seu sentido é:
a) doutrinando o indígena para seus misteres
b) catequizando o aborígine para suas atividades
c) evangelizando o nativo para seus ofícios
d) doutrinando o nativo para seus cuidados
e) catequizando o autóctone para suas tarefas

51) O elemento conector que pode substituir a preposição com


mantendo o sentido e a coesão textual, é:
a) mesmo
b) não obstante
c) de
d) a respeito de
e) graças a

52) “...o aparato de suas hordas guerreiras...” sugere que as conquistas dos
bandeirantes ocorreram com:
a)organização e violência
b) rapidez e violência
c) técnica e profundidade
d) premeditação e segurança
e) demonstrações de racismo e violência.

Leia o texto para responder às próximas três questões


       

Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção
dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade
dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de
uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor
recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante.
Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim,
quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa
de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto:
pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes
fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos
outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira
escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso
não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se
interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela
cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
                        (Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
53) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) De acordo com o texto, os candidatos
(A) não tinham assimilado suas leituras.
(B) só conheciam o pensamento alheio.
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes.
(D) tinham perfeito autocontrole.
(E) ficavam em fila, esperando a vez.
54) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) O autor entende que os candidatos deveriam
(A) ter opiniões próprias.
(B) ler os textos requeridos.
(C) não ter treinamento escolar.
(D) refletir sobre o vazio.
(E) ter mais equilíbrio.
55) (TJ/SP – 2010 – VUNESP) A expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo)
refere-se a
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
Leia o texto para responder às próximas 4 questões.

Os eletrônicos “verdes”
Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente
correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o
primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama
W233 Eco e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a
compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se
um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir do
bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratasse do Eco
Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem
uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do impacto de
sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa
americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI (tecnologia da
informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de dióxido de carbono
na atmosfera.
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade
do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais
máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir os custos de
orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale
do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo
fato de que, atualmente, conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de
empresa sustentável.
O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o
fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente
criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio
ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder
espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e
alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma
impressora que, em vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de
impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a
borra de café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia
provém de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador.
Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes
empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
          (Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)

56) (CREMESP – 2011 - VUNESP) Leia o trecho: 


        Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é
politicamente correto na área ambiental.  É correto afirmar que a frase inicial do
texto pode ser interpretada como
(A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um novo celular
com fibra de bambu.
(B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que evita a
emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as
empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
(D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner Group
para criar celulares sem o uso de carbono.
(E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos que não
agridam o meio ambiente.
57) (CREMESP – 2011 - VUNESP) Em – Computadores “limpos” fazem uma
importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas pode ser
substituída, sem alterar o sentido no texto, por:
(A) com material reciclado.
(B) feitos com garrafas plásticas.
(C) com arquivos de bambu.
(D) feitos com materiais retirados da natureza.
(E) com teclado feito de alumínio.
58) (CREMESP – 2011 - VUNESP) A partir da leitura do texto, pode-se concluir que
(A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial.
(B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com que são
feitos.
(C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas
assegurado.
59) (CREMESP – 2011 - VUNESP) O presidente da Apple, Steve Jobs,
(A) preocupa-se com o carbono emitido na fabricação de produtos eletrônicos.
(B) pesquisa acerca do uso de bambu em teclados de laptops.
(C) descobriu que impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não duram
muito.
(D) responsabiliza a fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de carbono
no meio ambiente.
(E) está de acordo com outras empresas a favor do uso de materiais recicláveis em
eletrônicos.

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