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O primeiro poema de a “Mensagem” mostra-
a sua religião, por mares nunca antes navegados, regressando mais ricos do que
nunca, pois o contacto de culturas só pode enriquecer quem passa por tão
profundo conhecimento e traz no coração e nos dedos o dom da criação. Nasceu para 2
criar beleza, para dar de si aos demais, para tornar mais rico o património do povo
português com as suas imagens, suas figuras de barro, seus vasos utilitários, seus bois de
longos cornos, seus peixes leves como versos, seus porcos e galos feitos de terra e de
a cobra
se
ao deslocar 3
se
deixa rasto.
a cabra cobra
se
no óbito
há choro de mutudi.
... rasgar a noite negra?
se
e só no pó
se lê:
- o riso da morte
é único
e redondo
como um ponto final.
Pingo de chuva,
Que pinga, 5
Que pinga,
Pinga de leve
No meu coração.
Pingo de chuva,
Tu lembras a canção,
Que um preto cansado,
Cantou para mim,
Pingo de chuva,
A canção é assim.
Congo meu congo
Aonde nasci
Jamais voltarei
Disto bem sei
Congo meu congo
Aonde nasci...
A miragem desfez-se
6
em sobressalto
aquele enorme estandarte rubro
desfez-se e m nada
toda a minha alegria
esfumou-se em vento
duas fartas lágrimas
lavraram minhas faces
todo eu tremi desesperado.
É que na verdade
a miragem a alegria o estandarte
tudo isso era mentira
fora um sonho.
A língua portuguesa já teve o seu esplendor no passado, sobretudo com os grandes vultos
brasileiros e portugueses. A atribuição do Nobel em certa medida premeia esse passado,
bem como os autores consagrados de hoje, cujas obras lemos e amamos. E há ainda que
referir uma nova geração que está a despontar com vigor, como Francisco José Viegas,
Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Ana Paula Tavares, Luíz Rufatto, Pedro Rosa
Mendes, Adriana Lisboa e outros tantos, fazendo da língua portuguesa, não só esplendor
de Portugal, mas de todos quantos a utilizam e a potenciam como uma língua universal.
Pássaros do ar
E ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguém,
Calai
Calai
Canas e bambus
Árvores e “ai - rús”
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai
Calai
Calai-vos e calemo-nos