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A crise de 1975-1979 e o primeiro Programa de Estabilização com o

apoio do F.M.I.

• O primeiro choque do petróleo deu-se em 1974. Levou o mundo a uma recessão.


Coincidiu com o ano da Revolução.
• Os salários nominais explodiram imediatamente (as remunerações totais subiram
35% em 1974 e 34,6% em 1975).
• Nestes dois anos, os custos unitários do trabalho subiram 2,8% em termos reais.
O desemprego subiu de 1,5% para 5% (finais de 1976)
• A inflação disparou e o défice externo (que já era visível em finais de 1973)
cresceu acentuadamente, levando ao rápido esgotamento de reservas de divisas
do país.
• Os efeitos desta crise são os seguintes:
• As subidas em cerca de 11% do PIB dos preços do petróleo e dos preços das
restantes importações foram em parte compensadas pela subida dos preços das
exportações em cerca de 8%.
• Assim, entre 1974 e 1977, a deterioração do Índice das razões de troca foi de
cerca de 18%, tendo causado uma redução do PIB, que foi de 2,6% em 1974 e
atingiu 4,7% em 1977.
• Regista-se uma forte quebra nas quotas de mercados externos que atingiu cerca
de 5,5% do PIB, em 1977.
Tal resulta da apreciação real do Escudo em cerca de 23,5% de 1973 a 1976 +
Perturbações nos fornecimentos as clientes externos provocados pelos distúrbios
nas fábricas + Perda dos Mercados Coloniais.
• A desaceleração do Produto nos nossos parceiros comerciais levou a um
crescimento da procura externa, de apenas 8% entre 1974 e 1977 (se
considerarmos a perda dos mercados coloniais causados pela independência das
colónias, então a quebra da procura externa já atinge cerca de 25%, entre 1973 e
1977).
• Embora tenha havido substituição do comércio, importa também referir duas
respostas ao alargamento do GAP de recursos:
o O abrandamento do nível de actividade económica, causado pelas
perturbações já enunciadas.
o Recurso às reservas acumuladas ao longo das décadas anteriores no
Banco de Portugal (rapidamente se vieram a esgotar).
A desaceleração do PIB provocou ao longo do período 1974-77 uma
redução de importações que chegou a 8% do PIB no final do período.
Crise na Balança de Pagamentos

A deterioração da Balança foi alimentada pelo forte agravamento do défice


orçamental.

Este resultou:

1. Do aumento dos salários dos funcionários públicos


2. Do aumento do emprego no sector
3. Despesas com a manutenção das colónias, sob a forma de juros + transferências
+ subsídios (estimados em 540 mil)

• As despesas correntes aumentaram no período de 1973 a 1977, 62% a preços


constantes (destacando-se o crescimento de 4,2 vezes dos subsídios).
• O nível de actividade económica foi mantido, nas empresas, através da forte
expansão do crédito, agora controlado directa e quase integralmente pelo Estado
através da Banca Nacionalizada.

O crédito a empresas e particulares expandiu-se à média anual de 21,4%.

• Algumas medidas “avulso” são tomadas para corrigir o défice da Balança:


1. A 31 de Maio é introduzida uma taxa sobre importações de 20% e 30%.
Sobre importações de bens não essenciais.
2. Introduzem-se os seguintes boletins de importação: passa a ser mais
restritivo o controlo das importações
3. É introduzido um depósito prévio para efectuar importações
4. Foram estabelecidas quotas para a importação de alguns bens de
consumo (Ex. os automóveis, que perduraram até aos anos 80).

• No Verão de 1976, um estudo do M.I.T. alerta para a situação insustentável da


balança de pagamentos (sublinhando que Portugal não pode continuar a
endividar-se e gastar as reservas de ouro/ divisas, para sustentar o aumento do
consumo público e privado).
Recomenda-se que a politica económica passe a ser restrictiva. Os impostos
indirectos acabam por ser aumentados em 1977, mas as despesas correntes
(incluindo os juros) continuam a crescer 7% acima da taxa de inflacção.

• Tendo em conta o aumento de parte do consumo na despesa – de 76% em 1973,


para 83% em 1976.
A saída para a crise é a dinamização das exportações e investimento.
• O saldo da Balança de transacções correntes averbava um excedente de 2,5%
(1973). Estava deficitário em cerca de 8% do PIB (1977).
• Devido às perturbações no aparelho produtivo do país + deterioração da balança
acentuam-se as expectativas de desvalorização na Economia.
• Verifica-se forte retracção no envio de remessas do exterior (só voltam ao
normal em 1979).
• As receitas de turismo também caíram (só recuperam em 1979)

O impacto sobre as divisas foi desastroso.

• No principio de 1977, já tinham sido esgotados os limites de endividamento que


aqueles credores estavam disponíveis a aceitar,
• Em 4 anos (de 1974 a 1978), havia-se perdido o equivalente a 27,5% do PIB em
disponibilidades externas.
A divida externa em relação às exportações de bens e serviços passou de 18,9%
(1974) para 170,4% em 1978.
• Em meados de 1977, as disponibilidades de divisas estão esgotadas. Tornava-se
necessário reembolsar os empréstimos de curto prazo obtidos junto dos bancos
centrais com a garantia de ouro, o que foi feito em 1977 e 1978, à custa da venda
de 172 toneladas das reservas.
• A situação de moratória na divida externa foi apenas evitada graças ao “Grande
Empréstimo”, a médio prazo, no montante de 750 milhões de dólares, liderado
pelos E.U.A. e com contribuições de uma grande parte dos países desenvolvidos.
• Uma das condições da sua concessão era a celebração dum acordo de stand by
com o F.M.I., para inverter o processo de agravamento da situação da balança de
pagamentos, o que veio a ocorrer com a tomada de medidas prévias, no 2º
semestre de 1977 e a assinatura do acordo em Maio de 1978.

O 1º Programa de Estabilização

• Em 25 de Fevereiro de 1977, o escudo era desvalorizado em 15%, depois de


uma desvalorização adicional de 4%, a 25 de Agosto foi anunciada a adopção de
um novo regime cambial de “crawling peg” (com o ritmo programado de
desvalorização de 1% ao mês, em termos de taxa efectiva)
• As taxas de juro foram aumentadas de forma significativa (Banco de Portugal).
• A taxa de redesconto sobe para 18%, contra 12% (1977) e 6,5%.
• Autoriza-se a constituição de depósitos em moeda estrangeira aos nacionais.
• Cria-se um regime de incentivo para os depósitos e crédito (em moeda
estrangeira) aos emigrantes.
• O défice orçamental é reduzido de 5,3% do PIB, em 1976 para 4,1% em 1977.
• O défice da balança começa a melhorar. Contudo a situação financeira
continuava preocupante, que novas medidas são tomadas em 1978:
1. A taxa de desconto do Banco de Portugal sobe para 23% em Maio de
1978, a par duma desvalorização discreta de 7%.
2. A política monetária passa a estar orientada para a prossecução do
equilíbrio externo e só depois para a contenção da inflação.

Em Maio de 1978 é assinado um acordo de stand by com o FMI, o programa


estabelece:

1. Um tecto para as responsabilidades liquidas do sistema bancário em relação ao


exterior.
2. Um tecto ao crédito liquido do sector bancário.
3. Um tecto para o crédito liquido ao sector público.

• Este programa necessitou para a sua execução da introdução de limites


quantitativos à expansão do crédito pelo sistema bancário, que eram
determinados pela procura da moeda + valores programados para o défice da
balança de pagamentos.

São também estabelecidas no acordo medidas várias relativas à política


orçamental de redução do défice + liberalização do comércio externo (para
acompanharem o processo de ajustamento)

Impacto do programa

• Em 1978, o défice da balança de transacções correntes reduz-se para 3,9% (Em


1977 o valor era 7,9%)
• Em 1979 a balança de transacções correntes já estava equilibrada (com a forte
recuperação do Turismo + Remessas de emigrantes).
• A balança comercial é ajudada por uma desvalorização real de quase 20%, entre
1976 e 1979.
• Este ajustamento acabou por ser conseguido através de uma politica monetária
restritiva, pois o défice orçamental não registou melhorias.

A crise de 1982-1984 e o segundo programa de Estabilização com o apoio do F.M.I.

• Depois da situação verificada em 1979, o défice volta a agravar-se de uma forma


ainda mais intensa que no período 1977/78.
• Em 1983 o défice da balança de transacções correntes atinge o valor sem
precedentes, de 3245 milhões de dólares, o equivalente a 11,6% do PIB.
Esta deterioração acompanhou o agravamento do défice orçamental, que passou
de 5,8% (1979) para 12,5% (1981), 8,5% (1982).

A que se deve esta nova crise Macroeconómica? Mais uma vez, uma combinação
de choques internos e externos.

• A deterioração das razões de troca determinou um agravamento da balança


equivalente, em média, a 8% do PIB (valor um pouco superior ao choque
anterior).
• De 1978 a 1980, as cotações internacionais do petróleo subiram cerca de 127%
(em termos reais). Em 1983 encontravam-se 50% acima de 1978.
• Como as importações do petróleo representavam em 1982, cerca de 21,6% do
total das importações de mercadorias, mais uma vez esta subida representava um
forte desgaste para as contas externas e uma intensa pressão sobre os custos de
produção.
• As razões de troca deterioram-se cerca de 14% entre 1977 e 1984.
• A forte desvalorização real do escudo começava, entretanto a surtir efeito.
• De 1978 a 1980 o ganho de mercados externos cifrava-se em cerca de 35 pontos
percentuais, dando um forte contributo para a melhoria da balança.
• Do lado das respostas de politica, foi o endividamento externo a componente
dominante, não tendo a desaceleração do crescimento nem a substituição efeitos
apreciáveis.

Segunda crise da balança de pagamentos

Esta crise de balança dava-se num contexto internacional bastante diferente.


Estávamos em plena crise da divida externa.

• México (Verão de 1982) declara a sua incapacidade de satisfazer as suas


obrigações em relação à divida externa.
• O problema alastra a grande parte dos países subdesenvolvidos (América Latina
e África).

Augusto Mateus (1981) alerta para a continuação das políticas económicas então
seguidas.

Exemplos:

1. Politica laxista
2. Estava-se a pensar numa desvalorização, sem se tomar a medida.
3. Também se dizia que o défice de 1982 (8,2% do PIB) era contraccionista – Se
juntarmos os atrasados e os défices quasi-orçamentais teríamos mesmo um
défice superior a 10%.

O país teria de recorrer novamente ao FMI e entrar em esquemas de


reescalonamento da dívida, e em reescalonamento da divida.

Este último mal foi evitado, mas o recurso a um novo acordo de stand by tornou-se
inevitável.

• As reservas em divisas do Banco de Portugal caem abaixo do meio mês (o que


revela uma situação critica).
• O stock da divida externa ascendia, em finais de 1983 a 15.043 milhões de
dólares. Em relação às exportações de bens e serviços subia de 170% (1978)
para 252% (1982).
• O serviço da divida em relação ao crédito de transacções correntes era de 27,6%
em 1983 e ascendia a 35,5% em 1984 (valores que colocavam Portugal próximo
de alguns países da América Latina).

MUITO IMPORTANTE

O principal factor que originou esta crise foi o elevado e crescente défice
orçamental (embora, o défice registado pelas contas públicas tenha sido, em 1981
(12,5%) e em 1982 (8,5%), este não inclui uma parte substancial de pagamentos
atrasados que se foram acumulando entre A.P., as E.P. e o sector privado).
O F.M.I. estimava o défice do sector público alargado (incluindo empresas
públicas), no ano de 1983, em cerca de 18,5% do PIB.

Segundo Programa de Estabilizações


O 2º Programa de ajustamento cobre o período de 7 de Outubro de 1983 a 28 de
Fevereiro de 1985 e envolve um apoio do FMI no montante de 445 milhões de dólares.

A carta de intenções refere as medidas que tiveram de ser aplicadas.

Refere:

“ A melhoria visada para as contas externas será obtida através de um programa


global de contenção monetária e orçamental, acompanhado por políticas realistas e
flexíveis ao nível das taxas de juro, taxa de câmbio e preços administrativos e por
esforços destinados a moderar o crescimento dos rendimentos nominais”.

Uma das causas principais da crise da balança de pagamentos foi o endividamento


externo por parte das E.P. (estando o crédito interno limitado pelos tectos quantitativos
estabelecidos pelo Banco de Portugal, aquelas foram encorajadas a irem ao exterior
buscar crédito para expandirem o nível de actividade na carta de intenções, as EP’s
teriam de passar a ser estritamente controladas no recurso ao crédito externo, mediante o
estabelecimento de limites de endividamento.

• Além disso, era dada a orientação no futuro, de substituir esse financiamento por
crédito interno.

O défice do sector público é reduzido de 8,5% para 6,7% entre 1982 e 1983,
através de subidas de impostos, aumento de preços administrados e alguma
contenção de despesas.

• As necessidades de financiamento das E.P. são reduzidas no equivalente a 4%


do PIB.
• As taxas de juro que tinham sido aumentadas de 4 pontos percentuais em Março
de 1983, voltam a ter uma subida de 2,5 pontos percentuais em Agosto do
mesmo ano.
• Em Março, a taxa mensal de crawling peg passará de 0,75% para 1%
• A 22 de Junho, o escudo sofre uma desvalorização discreta de 12%, destinado “a
tornar mais credível a nova taxa deslizante”.

No total do período de 1980 a 1984, o escudo é desvalorizado 46% em termos


nominais efectivos, mas apenas 5% em termos reais.

A transmissão da subida dos preços de importação aos preços internos era cada vez mais
rápida, e a espiral inflação tornava-se cada vez mais notória.

• O défice orçamental deve reduzir-se em cerca de 1,8% do PIB de 1982 para


1983. Os subsídios aos bens e serviços deviam ser reduzidos.

O impacto do Programa

Os objectivos do programa incluíam uma redução da inflação para 23% (atingiu o pico
– 34% em 1983), do défice do sector público alargado (incluindo empresas públicas)
para 14,5% do PIB em 1984 e uma redução do défice do SPA para 7% do PIB.

O controlo das necessidades de Financiamento pelas E.P.’s era conseguido pela redução
dos programas de Financiamento/ contenção de aumentos salariais.
Fazia-se depender a outorga de subsídios pelo estado da negociação, empresa a
empresa, de contratos de reestruturação.

Os resultados do programa foram um sucesso:

• Défice externo reduziu-se de 12% (1982) para 3% (1984).


• O PIB cresceu a 1,5% ao ano, a inflação acelerou para uma média de 23%.
• A taxa de desemprego (1984) era de 7%.
• Os salários reais caíram 7,6% no período (1982-85). (Muitos salários em
atraso..)
• O programa foi um sucesso.
• Contudo: Forte desvalorização/ Inflação + adiamento no ajustamento da
combinação de politicas = elevados custos na economia.
• Outra conclusão importante.
Elevada correlação entre os deficit orçamental e da Balança de Pagamentos
(depois de excluirmos efeitos como razões, troca as alterações estruturais
institucionais da economia portuguesa.
• Após a revolução deram-se profundas alterações institucionais na economia
portuguesa.
A alteração fundamental corresponde à alteração dos direitos de propriedade.
• As nacionalizações/ ocupações, paragens de trabalho, para além da própria
redução do horário de trabalho decretada, tiveram um impacto importante na
produção de 1974-1975.
• O nº. de horas trabalhadas ter-se-á reduzido em cerca de 2,6% (1974), 11,1%
(1975), apesar do emprego só se ter reduzido neste período cerca de 2,6%.
• A taxa de lucro bruta (de acordo com OCDE) baixou de 22% em 1973, para
11,6% e atingem-se valores negativos – 1% (1975) e 0,5% (1976).
• Esta evolução deve-se à subida dos custos de trabalho/ matérias primas +
apreciação real do escudo e ao controlo administrativo de preços finais.
(Em finais dos anos 80, as taxas de lucro brutas regressam a valores acima dos
10%). O impacto sobre o investimento é dramático.
• A F.B.C.F que estava a crescer a um ritmo de 13,6% ao ano (entre 1969-73),
desacelera para 6% (1974), cai para 21% (1975), 6% (1976), acompanhando a
queda brusca da taxa de rentabilidade das empresas.
• A bolsa fecha em 25 de Abril de 1975 (só reabrirá em 1982).
• Com a bolsa fechada + nacionalizações, as acções tornam-se completamente
Ilíquidas.

Expansão do Sector Público e Nacionalizações

• O sector público expande-se e normalmente.


• Em 1976 o sector empresarial do Estado representava 8% do PIB, 22% da
FBCF, 2,5% do Crédito e 6,7% do emprego não agrícola.
• As nacionalizações directas representaram cerca de 9% do produto
industrial.
• Com a nacionalização dos bancos e dos seguros, o Estado adquiriu o
controlo de Gestão em empresas que representavam 2% do PIB industrial e
em acções, mais 5% do PIB.
• Além disso havia um controlo total do Estado na electricidade, gás, água,
transportes ferroviários, navais, aéreos, parte do rodoviário e, salvas as
empresas estrangeiras que já operavam em Portugal, na banca e seguros.
• As empresas nacionalizadas na indústria incluíam cervejas, tabaco, papel e
pasta de papel, químicas e derivados do petróleo, cimentos, siderurgia e
industrias têxteis, vestuário e calçado, produtos metálicos e eléctricos e
equipamento de transporte.
• Centenas de outras empresas vieram a cair no domínio do Estado através de
ligação de capital ou creditícias/ simples ocupação pelos trabalhadores. (Esta
transformação profunda do regime de propriedade teve efeitos que, até hoje,
mantêm ainda profunda influência na economia),
• É durante o período revolucionário (Março a Agosto de 1975) que o
Governo Vasco Gonçalves e o Conselho de Revolução (controlado pelo
PCP) procedem à maioria das nacionalizações, começando por todas as
instituições de crédito em 14 de Março de 1975.
• No Alentejo procede-se à ocupação das propriedades agrícolas pelos
trabalhadores, constituindo-se unidades colectivas de produção. Estas vieram
a beneficiar de incentivo/ cobertura legal.
• 25 Novembro de 1975: Dá-se um reequilíbrio das forças politicas do país
(finaliza-se a preparação da nova Constituição).
• 23 de Julho de 1976: toma posse o 1º governo Constitucional com Mário
Soares.
• A Constituição (2 de Abril de 1976) estabelecia o socialismo como modelo
para a economia/ com propriedade colectiva dos meios de produção/
Irreversibilidade das nacionalizações.
(Logo em 1977 a primazia do Sector Público foi substituída pelo
“pragmatismo” na delimitação dos sectores).
• Com efeito a Lei 46/77 de 8 de Julho, permitiu à iniciativa privada
participar, em situação minoritária, na refinação do petróleo, química de
base, adubos, siderurgia e abrir sociedades financeiras não bancárias.
• Veda a empresas privadas, a produção, transporte e distribuição de energia
eléctrica e gás, captação de energia eléctrica e gás, captação, tratamento e
distribuição de água e saneamento básico, comunicações postais, telefónicas
e telegráficas, transportes públicos colectivos urbanos de passageiros e a
exploração de portos marítimos/ aeroportos.
• São ainda vedados à iniciativa privada as indústrias do cimento, refinação de
petróleo, petroquímica de base e siderurgia, além das actividades televisivas.

Inicio das desintervenções

• A primeira sociedade Financeira surgiu em 1981.


• As desintervenções/ entrega das propriedades ocupadas aos seus proprietários
começaram a dar-se em força entre 1978/1980.
As indemnizações sãs nacionalizações/ expropriações só começaram em
Outubro de 1977.
(Em 1985, foi autorizado que os detentores dos títulos, os utilizassem em
aumentos de capital de empresas públicas ou privadas).
• Para gerir o pesado sector empresarial do Estado, este havia criado, já em 1975,
o IPE que pretendia controlar a actividade económica através de monopólios
sectoriais.

A Revisão constitucional de 1982 estabeleceu a coexistência dos sectores públicos,


privado e cooperativo, mas continuou a assentar a organização económica na
apropriação colectiva dos meios de produção.

Com o DL 406/83 de 19 de Novembro, abriu-se à iniciativa privada, os sectores da


Banca, Seguros, adubos e cimentos.

Em 1988 abrem-se à iniciativa privada os sectores dos transportes aéreos regulares


internos e os transportes públicos colectivos urbanos de passageiros.
Admitia-se a possibilidade de alienação à iniciativa privada até 49% das empresas
nacionalizadas. (Ao abrigo desta lei foram iniciadas em 1989, as primeiras
alienações de capital de várias empresas nacionalizadas (Unicer, BTA, Aliança
Seguradora e Tranquilidade).

- A 2ª Revisão Constitucional (Julho 1989) eliminou o modelo socialista como


objectivo da evolução da sociedade, substituindo-o pela “Construção duma
sociedade livre, justa, solidária” e reconheceu que a apropriação pública só deve ter
lugar quando ditada pelo interesse público.

- Em 1990 foi publicada a lei Quadro das privatizações (Lei 11/90).

- Segundo dados do Ministério das Finanças, o máximo da participação do S.E.E.


(E.P.) foi atingido em 1984 (13,6%).

Decresceu para 9% (1989) devido à forte expansão do sector privado e finalmente


com as privatizações baixava para 7,7% (1985).

Em resultado da ineficiência da gestão, dos erros de investimento e estratégia, das


perturbações internas e da sua utilização como instrumento de politicas partidárias
ou governamentais, os prejuízos acumulados pelas E.P. foram enormes.
(até finais de 1995, os encargos do Estado com as empresas nacionalizadas
ascendiam a 3300 milhões de contos, a preços de 1995 (excluindo as indemnizações
compensatórias) que tiveram de ser pagos pelos seus contribuintes e gerações
futuras (títulos de divida pública).

Em 1989, o Estado detinha, directa e indirectamente, cerca de 20% do PIB e 6,5%


do emprego.
Estima-se que, em q995, esses valores se tenham reduzido par 10,4% e 3%,
respectivamente.

Entre 1989/1995, realizaram-se cerca de 130 operações de alienação de


participações públicas no capital social de mais de 100 empresas.
As operações de privatização foram muitas vezes precedidas de processos de
reestruturação, saneando défices, criando condições para a inserção de concorrência.

A reprivatização das empresas foi feita com três orientações:

1. Assegurou-se um núcleo accionista nacional estável.


2. Constitui-se ou reforçaram-se os grupos económicos.
3. Estimulou-se a participação dos trabalhadores/ pequenos subscritores nas
operações de privatizações.

• As privatizações contribuíram ainda para o desenvolvimento do mercado de


capitais, através do aumento da sua capitalização e da diversidade de títulos
cotados.
• As receitas das privatizações contribuíram por seu turno, para a redução da
divida pública.
De 1989 a 1995, a receita global das privatizações foi de 1370 milhões de
contos. Destes, cerca de 600 milhões foram afectados à amortização da divida.
• De facto, segundo uma das regras utilizadas, cerca de 2/3 das receitas deviam ser
utilizadas para reduzir a divida pública ou recapitalizar empresas a privatizar.
• Por sectores, as privatizações mais significativas deram-se no sector industrial
(cervejeiro, siderúrgico, cimenteiro, pasta de papel, alimentar, refinação de
petróleos), bancário, segurador, transportes rodoviários interurbanos e outros
serviços.
• Portugal foi conjuntamente com a Nova Zelândia e Reino Unido, o país que
prosseguiu um esforço mais intenso de amortizações.
• Entre 1989-1995, Portugal gerou uma receita acumulada de 10,8% do PIB,
contra 17,8% (Nova Zelândia) e 12,6% (Reino Unido).
• Do universo das restantes 59 empresas que ainda permanecem públicos são de
destacar ainda, os sectores dos transportes ferroviários e aéreos, energia,
telecomunicações e infra-estruturas de transportes.
• A evolução institucional do sector público versus privado continua a ser objecto
de discussão acesa entre economistas.
• Na provisão de certos bens públicos, como as infra-estruturas, novos regimes de
associação e concessão vão aparecendo com forte componente de Engenharia
Financeira e de Project Finance.

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